uso de ava para o ensino de matemática
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Licenciatura em Matemática
Bruna de Aguiar Torrezan
O Uso de A.V.A. Para o Ensino de Matemática
Birigui-SP 2014
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Bruna de Aguiar Torrezan
O Uso de A.V.A. Para o Ensino de Matemática
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus Birigui, como requisito para obtenção do grau de Licenciada em Matemática.
Orientadora: Profa. Dra. Zionice Garbelini Martos Rodrigues
Birigui 2014
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FICHA CATALOGRÁFICA
Brito, Adriele.
Sistemas de informação : um enfoque gerencial / Adriele Brito, Patrícia Araújo. – Birigui, 2012.
183f.
Trabalho de conclusão de curso (Técnico em Administração) – Instituto Federal de São Paulo, Câmpus Birigui.
Orientadores: Andréia de Alcântara Cerizza, Lidiane Aparecida Longo e Garcia Gonçalves, Luiz Fernando da Costa Zonetti.
T649u Torrezan, Bruna de Aguiar.
O uso de A.V.A. para o ensino de matemática / Bruna de Aguiar Torrezan. - Birigui: IFSP-Campus Birigui, 2014. 50 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Matemática) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Birigui, 2014. Orientador: Profa. Dra. Zionice Garbelini Martos Rodrigues.
1. Ensino - Matemática. 2. Aprendizagem 3. Informática - educação. I. Rodrigues, Zionice Garbelini Martos. II. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. III.Título.
CDD: 510.7
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Bruna de Aguiar Torrezan
O Uso de A.V.A. Para o Ensino de Matemática
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Campus Birigui, como requisito para obtenção do grau de Licenciada em Matemática.
Comissão examinadora
__________________________________________________ Profa. Dra. Zionice Garbelini Martos Rodrigues, IFSP Birigui
___________________________________________________
Profa. Dra. Luciane de Castro Quintiliano, IFSP Birigui
___________________________________________________ Prof. Ms. Helen de Freitas, IFSP Birigui
Birigui, 03 de dezembro de 2014.
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RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com uma aluna do nono ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Profa. Yone Dias de Aguiar na cidade de Penápolis-SP. O trabalho consiste em apresentar uma das possibilidades de melhoria no ensino da matemática por meio de Ambiente Virtual de Aprendizagem (A.V.A.). Com o desenvolvimento dessa pesquisa foi possível verificar o rendimento da aluna em estudo. O objetivo foi investigar a aceitação desse ambiente pelos alunos. Chegamos a conclusão que houve uma boa aceitação por parte da aluna que participou da pesquisa.
Palavras-chave: Educação Matemática. A.V.A.. Metodologia Alternativa.
ABSTRACT
This research was developed with a ninth year student of the elementary School Prof. Yone Dias de Aguiar in Penápolis-SP. The research presents ways improving the teaching of Mathematics through Virtual Learning Environment (VLE). The development of this research enabled the verification of the student performance. Our objective was to investigate the acceptance of this environment by the students and we have concluded that there was a good acceptance by the student who participated in the study.
Keyword: Mathematics Education. Virtual Learning Environment. Alternative Methodology.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Tela inicial......................................................................................................... 7
Figura 2: Cadastro inicial. ................................................................................................ 8
Figura 3: E-mail enviado para conclusão do cadastro. ..................................................... 9
Figura 4: Escolha da missão inicial. ............................................................................... 10
Figura 5: Cadastro dos alunos. ....................................................................................... 10
Figura 6: Criando uma conta para o aluno. .................................................................... 11
Figura 7: Cadastro de aluno com o código da turma. ..................................................... 12
Figura 8: Escolha de como começar o conteúdo. ........................................................... 12
Figura 9: Lista de conteúdo. ........................................................................................... 13
Figura 10: Lista de aulas e exercícios. ............................................................................ 14
Figura 11:Exercícios ....................................................................................................... 14
Figura 12: Exemplo de dois métodos diferente para a resolução da mesma
equação. ........................................................................................................................ 18
Figura 13: Etapas necessárias para a resolução do problema, onde o aluno
teria que encontrar onde estava o erro. ................................................................... 20
Figura 14: Gráfico que relaciona o tempo utilizado em vídeos e atividades além
da quantidade de pontos de energia ganhos. ......................................................... 21
Figura 15: Gráfico mostrando o tempo gasto em atividades e com os vídeos. . 22
Figura 16: Gráfico mostrando os exercícios que a aluna errou (vermelho) e os
que ela acertou (azul) e o tempo gasto em cada um. ........................................... 22
Figura 17: Encontrar o valor de x na equação 4x²+36x+196=0, no qual a aluna
estava se confundindo nas etapas necessárias para a resolução do problema.
........................................................................................................................................ 23
Figura 18: Tela que mostra a resolução do exercício proposto. .......................... 24
Figura 19: Exercício propõe encontrar os números que completariam o
quadrado da equação. Em destaque está o tempo gasto para a resolução do
mesmo. .......................................................................................................................... 25
x
Figura 20: Resolução do exercício da Figura 05 feito pela ALUNA2. ................. 25
Figura 21: Como se pode ver no destaque superior, foi gasto bastante tempo
para a resolução e a explicação do exercício, em que o aluno deveria
completar o quadrado da equação e posteriormente encontrar as raízes do
problema. ...................................................................................................................... 26
Figura 22: Explicação do exercício da Figura 11 que está toda rasurada, pois
foi necessário explicar mais de uma vez as etapas necessárias para a
resolução do exercício. ............................................................................................... 27
xi
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LISTA DE SIGLAS
AVA ………....………………………...Ambiente Virtual de Aprendizagem
EDUCOM...……………...........…….………..Computadores na Educação
MEC…………………….………......……Ministério da Educação e Cultura
PIBID ………...Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência
PROINFE..……………..Programa Nacional de Informática na Educação SEI......................................................Secretaria Especial de Informática
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DE A.V.A. .......................................................... 3
3. APRESENTAÇÃO DA PLATAFORMA KHAN ACADEMY ..................................... 5
4.CRIAÇÃO DE CONTA E PRIMEIROS PASSOS NA KHAN ACADEMY ................. 7
5. ALGUNS EPISÓDIOS ........................................................................................... 16
5.1 Dia dez de outubro de 2014 .............................................................................. 16
4.2 Dia vinte de outubro de 2014 ............................................................................ 18
4.3 Dia vinte e um de outubro de 2014 .................................................................. 19
4.4 Dia vinte e dois de outubro de 2014 ................................................................ 20
4.5 Dia vinte e três de outubro de 2014 ................................................................. 23
4.6. Dia vinte e sete de outubro de 2014 ............................................................... 28
4.7. Participação do VI Encontro Estadual do PIBID/IFSP ................................... 29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31
ANEXOS ................................................................................................................... 32
Anexo 01: Uso de A.V.A. (ambiente virtual de aprendizagem) em aulas de
matemática ............................................................................................................... 32
Anexo 02: AUTORIZAÇÃO ...................................................................................... 33
Anexo 03: Autorização de direito de imagem da ALUNA2 ................................... 34
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1. INTRODUÇÃO
A maioria das escolas tentam impedir que aparelhos eletrônicos sejam
utilizados em sala de aula, a fim de fazer com que o aluno não perca o foco da aula
e preste atenção no conteúdo, entretanto, privar o aluno de usar a tecnologia em
sala é como colocar a escola em uma redoma de vidro impedindo que coisas novas
entrem, o que é impossível, visto que os aparelhos eletrônicos, principalmente os
que têm acesso a redes sociais e a jogos estão cada vez mais presentes na vida
das pessoas e, sobretudo na vida dos jovens e adolescentes.
Apesar de muitos projetos como Educom (Computadores na Educação) e
Proninfe (Programa Nacional de Informática na Educação) que foram criados pelo
Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Secretaria Especial de Informática (SEI),
desde o ano de 1983 com o intuito de desenvolver pesquisas sobre as diversas
aplicações do computador na educação, formar recursos humanos para o trabalho
na área de informática educativa e a criação de laboratórios e centros para a
capacitação de professores, respectivamente. Em 1997, a Secretaria de Educação a
Distância juntamente com o MEC, criaram o PROINFO (Programa Nacional de
Informática na Educação), que visava estimular e dar suporte para a introdução de
tecnologia e informática nas escolas do nível fundamental e médio de todo o país
(BORBA, 2012, p. 20).
Temos como inquietação a seguinte questão: Como transformar essa
tecnologia cada vez mais presente em nossas vidas em algo bom para a educação?
Como mudar a ideia de que os jogos provenientes de tecnologia são maléficos para
o ensino? O primeiro passa seria começar a utilizar esses aparelhos, afim de
conhecê-los e ver o que eles têm a oferecer.
Concorrer com os celulares e tablets pela atenção dos alunos em uma sala
de aula não é tarefa fácil. Os aparelhos são muito mais atrativos do que as aulas
tradicionais de Matemática, por exemplo. Mesmo que o professor diversifique o
método de ensino e traga novas realidades, muitos alunos tendem a se
desinteressar com facilidade, ou por não entenderem corretamente a matéria, ou por
falta de interesse. E como mudar isso? Uma das alternativas está na mão dos
alunos, o computador, que para muitos parece algo muito estranho e para outros é
como a extensão do próprio corpo, literalmente.
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O computador pode e deve ser uma ferramenta muito útil na vida de qualquer
estudante, inclusive do professor, já que o uso dessa mídia deveria ser elemento
fundamental no plano de aula de qualquer matéria, seja através de vídeos
demonstrativos, sites que relacionam a matéria dada com o cotidiano, exemplos do
dia-a-dia, ou até jogos que fazem uma ponte entre o conhecimento adquirido em
sala e o brincar.
Neste sentido, uma das alternativas metodológicas para o ensino de
matemática é o uso de jogos. O jogo está presente na vida do indivíduo desde o
momento em que ele nasce, pois o brincar nos ensina muitas coisas, de uma forma
mais prazerosa do que os métodos tradicionalmente empregados. Mas como
apresentar jogos que prendam a atenção das pessoas nas diferentes faixas etária?
Como motivar desde a criança até os adolescentes a brincar com jogos educativos?
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2. AS CONTRIBUIÇÕES DO USO DE A.V.A.
Decidiu-se realizar um estudo sobre o A.V.A (Ambiente Virtual de
Aprendizagem) devido a uma demanda cada vez maior por novas tecnologias.
Entende-se que privar os alunos do uso delas em sala de aula é uma luta inútil, visto
que a tendência atual é a de que a tecnologia esteja cada vez mais presente em
nossas vidas. A internet, a televisão, os celulares, as novas mídias, entre outros,
podem muitas vezes atrapalhar a aprendizagem, pode tirar o foco do aluno,
entretanto, se trabalhada de uma forma diferente, com outras perspectivas,
podemos mudar essa realidade, e podemos começar apresentando os sites certos,
os melhores programas e aplicativos para o aprendizado do deste aluno.
O presente Trabalho é realizado em um nono ano da EE Profª Yone Dias de
Aguiar na cidade de Penápolis-SP, onde notou-se a dificuldade dos alunos em se
interesarem pelas aulas. Mesmo que o professor se renove a cada dia, busque
exemplos diversificados e materiais diferentes, parece que o celular e as redes
sociais chamam mais atenção do que o mundo de conhecimento que deveria estar
na sua frente. A questão é que a culpa não pode ser atribuída aos professores, nem
ao aluno. O professor nem sempre teve a orientação para entender essas novas
mídias, e o aluno, por sua vez, nasceu praticamente dentro dessas mídias e, por
isso, parece que há um grande abismo entre o método de ensino do professor e a
realidade do aluno.
Cada aluno tem seu jeito de perceber o mundo que o cerca, e quando o
assunto é tecnologia, podemos classificá-los segundo cinco grupos, o que facilita a
compreensão do universo de cada um deles e um pouco do modo como os mesmos
pensam e se comportam.
De acordo com (Santos, 2012), existem cinco grupos em que podemos
classificar as pessoas: imersos, ferramentados, fascinados, emparelhados e
evoluídos. Os imersos são aqueles que “suas personalidades e identidades foram
definidas pela era digital”. Os ferramentados “recorrem à tecnologia para agilizar as
tarefas, mas não a idolatram.”. Os fascinados “querem parecer modernos e
tecnológicos. [...] Preocupados com sua imagem pública, eles são um excelente
exemplo de como o relacionamento com os outros foi bastante modificado”. Para os
emparelhados “a tecnologia é fundamental para por em prática os projetos da vida.
4
[...] Para este grupo, as máquinas são como uma extensão do seu corpo,
potencializando suas capacidades humanas”. Para os evoluídos “o universo das
máquinas e da tecnologia é seu habitat.”
O universo de nossos alunos está imersos destas descrições acima,
apresentaremos no próximo capítulo os recursos que a ferramenta estudada
proporciona a aprendizagem matemática de seus usuários.
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3. APRESENTAÇÃO DA PLATAFORMA KHAN ACADEMY
Diante do exposto anteriormente busca-se responder tal inquietação foi
escolhido estudar e trabalhar a plataforma Khan Academy, trata-se de uma entidade
sem fins lucrativos que tem o objetivo “de mudar a educação para melhor” (KHAN,
2014), não importando o usuário, seja aluno, professor, pais ou alguém interessado
a aprender algo novo. A plataforma é inteiramente gratuita.
A plataforma foi criada por Salman Khan, um rapaz que começou ajudando a
prima a estudar matemática através de vídeos feito por ele e enviados por um site
na internet, logo outros parentes e amigos se interessaram pelas aulas, então Khan
colocou os vídeos no Youtube, a ideia deu tão certo que pouco tempo depois ele e
seu amigo Josh Gefner resolveram criar a Khan Academy com o intuito de ajudar
cada vez mais pessoas pelo mundo.
Os alunos têm a sua disposição uma grande biblioteca de conteúdos, desde
Matemática à Biologia, de economia a artes, ou seja, uma enorme quantidade de
conteúdos, onde o aluno pode escolher o que deseja aprender e aprender no nível
que lhe convém, só necessitando de um computador com acesso à internet.
Os pais ou professores (tutores), contam com uma plataforma que
disponibiliza as informações do que aluno está aprendendo e se de fato o está
fazendo bem, sendo que o tutor pode visualizar e acompanhar o desenvolvimento
tanto individual quanto geral, no caso de uma turma. O tutor ainda pode ver os
exercícios que os alunos resolveram, ver se eles pediram ajuda da plataforma para
resolver o mesmo.
O Khan Academy oferece desde exercícios do nível básicos até o avançado,
abrangendo desde as primeiras noções de Matemática até a Matemática Pura e
Aplicada, por exemplo. O site foca o Ensino de Matemática, mas também aborda
muitos outros conteúdos. Como diria Salman Khan (2014) "Eu ensino do jeito que
gostaria de ter sido ensinado. As aulas são feitas por mim, um ser humano real que
é fascinado pelo mundo que o cerca."
O aprendizado é feito por meio de vídeos explicativos, exercícios e
aplicações, sendo que os problemas a serem resolvidos disponibilizam dicas caso
seja necessário. Tais dicas mostram o passo a passo de como resolver o problema,
explicando o caminho a ser seguido. Os exercícios são apresentados ao aluno de
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acordo com o nível de suas dificuldades, assim se o aluno for muito bem, os
exercícios serão diferenciados para este aluno também, forçando-o a buscar cada
vez mais o conhecimento.
A plataforma estimula, entre outras coisas, a conquista das medalhas, pois a
cada passo dado o aluno recebe uma medalha, e conforme os níveis vão avançando
as medalhas vão ficando cada vez mais difíceis de se conseguir, tendo em vista que
algumas pessoas estudam por um grande período de tempo para conquistar as mais
disputadas. As medalhas são acumulativas e os alunos não chegam a perder
nenhuma. O que se exige do aluno é uma autonomia de estudos. Segundo Khan
(2014), “Nossa missão é promover o potencial do mundo. A maioria das pessoas
acha que sua inteligência é algo imutável. A ciência diz que não é. E tudo começa
quando você sabe que ‘você pode aprender qualquer coisa’.” (KHAN, 2014).
O site tem uma parceria com a Fundação Lemann no Brasil, que é
responsável por traduzir os conteúdos e adaptar para o curriculum escolar brasileiro,
além de fazer divulgações da Khan e oferecer instruções de como melhor aproveitar
as ferramentas presentes na plataforma. A Fundação ainda é responsável por
elaborar e traduzir os mais de 300 mil exercícios de matemática.
O conhecimento sobre esta plataforma foi obtido nas aulas de Informática e
Educação Matemática com a Professora Msa Helen de Freitas Santos, na qual uma
colega de classe apresentou a plataforma para a turma. Resolvemos usa-la por ser
bem completa, abranger praticamente tudo o que o professor precisa para ensinar e
avaliar seu aluno e/ou turma.
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4.CRIAÇÃO DE CONTA E PRIMEIROS PASSOS NA KHAN ACADEMY
Comecei a usar a plataforma Khan Academy, conforme já dito, nas aulas de
Informática e Educação Matemática, quando resolver fazer esse trabalho sobre a
Khan foi quando me dediquei a entender o site de fato, comecei me cadastrando
como aluno para ver como seria essa experiência, e apesar do conteúdo escolhido
eu já ter conhecimento, foi muito prazerosa as aulas e até os exercícios que pensei
que seriam chatos e maçantes acabaram se surpreendendo.
Foi gasto cerca de oito horas para que eu pudesse ter uma boa visão do que
seria a plataforma, vi os vídeos, resolvi os exercícios e explorei os gráficos,
conforme o projeto na escola foi evoluindo tive a oportunidade de ir descobrindo
novas ferramentas que só vieram a acrescentar no ensino e na forma de avaliar o
aluno. Foi gasto esse tempo pois fui aprendendo sozinha, mas com a ajuda de
alguém que já conheça o site esse tempo pode reduzir bastante, mas de todo modo
é importante que o professor conheça bem o site antes de indicar aos alunos.
A plataforma é auto explicativa, necessitando apenas de um pouco de tempo
para aprender como usar. Abaixo vou fazer uma breve explicação de como se
cadastrar, criar uma turma e adicionar um aluno.
Ao entrar no site, a primeira tela que aparece é Figura 01, onde em azul
pode-se ver o trabalho da Fundação Lemman que está sempre presente para
possíveis erros nas traduções, logo em seguida temos a plataforma com três opções
de cadastros, vamos escolher a opção “Professor, comece aqui”.
Figura 1: Tela inicial
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Você pode se cadastrar com o seu perfil do Facebook, com o Gmail ou criar
uma conta, para o cadastro usando as duas primeiras opções basta informar link e
senha. Para os que preferirem criar uma conta basta preencher o que se pede, como
mostra a Figura 2. A imagem está ampliada para uma melhor visualização.
Figura 2: Cadastro inicial.
Posteriormente, será enviado um e-mail para a conclusão do cadastro, é
preciso abrir o e-mail, você receberá uma mensagem semelhante à Figura 3.
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Figura 3: E-mail enviado para conclusão do cadastro.
Logo após, será pedido para você terminar de preencher seu cadastro, com
nome, nome de usuário e senha. Então abrirá uma tela para você escolher o seu
avatar, que vai te representar na plataforma, esse avatar pode ir evoluindo conforme
você vai progredindo na Khan além de pode ser tocado.
Pronto, seu cadastro está concluído, a plataforma vai pedir para que você
conheça o site e por isso pede para que escolha um tema, feito isso o site abrirá um
desafio, que já é uma forma da plataforma te avaliar. Também está disponível um
guia de como proceder no site, que contém explicações de como criar a conta,
adicionar alunos, conhecer as experiências dos alunos, dicas para melhor
aproveitamento do Khan e por fim, pede para que seus alunos entrem na plataforma.
Logo abaixo do guia aparecerá um campo “ADICIONAR UMA TURMA”,
clicando nele abrirá uma janela pedindo para que seja colocado o nome da turma,
posteriormente você deve escolher uma missão para a turma, Figura 4, ou
simplesmente clicar no símbolo que aparece no canto superior esquerdo e ir direto
para o cadastro dos alunos.
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Figura 4: Escolha da missão inicial.
Na figura 4 podemos ver as missões iniciais disponíveis bem como o Código
da turma que será importante para o próximo passo.
Figura 5: Cadastro dos alunos.
Existem três modos para adicionar seus alunos, como mostra a Figura 5, o
primeiro é inserindo o e-mail do aluno, onde o site envia um convite para cada aluno
pedindo para que aceitem você como tutor deles. O segundo é para criar uma conta,
é muito útil para os alunos que não tem e-mail ou estão com dificuldade de criar as
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próprias contas, basta preencher o que é pedido, Figura 6, é importante ressaltar
que é obrigatória o e-mail de um responsável caso o aluno tenha menos de treze
anos.
Figura 6: Criando uma conta para o aluno.
O terceiro modo é para os alunos que já tem uma conta no Khan e por isso
não há a necessidade de criar outra, para isso o aluno precisa entrar em sua conta,
clicar em cima do nome de usuário dele (1), ir em perfil, depois Tutores (2) e então
colocar o código da turma (3) destacado na Figura 4, conforme a Figura 7.
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Figura 7: Cadastro de aluno com o código da turma.
Adicionado os alunos é hora de indicar as atividades que eles devem fazer,
basta ir em Assunto (1) e escolher o conteúdo a ser estudado, vou dar um exemplo
de Fundamentos da Matemática. Aparecerá alguns desafios (2), você pode começar
por eles ou ir “visualizar lista completa do conteúdo Fundamentos de matemática”
(3), Figura 8.
Figura 8: Escolha de como começar o conteúdo.
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Os desafios basta clicar e começar, são perguntas referente a matéria a ser
estudada, onde a plataforma já começa avaliando o aluno para posteriormente
oferecer atividades que correspondente ao nível dele. Ao clicar em visualizar a lista
completa (3) abrirá uma nova janela, Figura 9.
Figura 9: Lista de conteúdo.
No lado esquerdo está apresentação do conteúdo e do lado direito uma lista
das matérias daquele conteúdo, no caso Fundamentos de matemática.
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Figura 10: Lista de aulas e exercícios.
Ao clicar na matéria desejado abrirá uma nova lista, agora com o material
das aulas, onde se encontra um círculo com um triângulo dentro (play) são vídeo-
aulas, onde se encontra círculo com uma estrela dentro são as atividades a serem
resolvidas, Figura 10.
Figura 11:Exercícios
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Os exercícios são de alternativas, de preencher o espaço indicado ou de
interagir com o exercício, fazer retas paralelas com pontos e retas dados
aleatoriamente, em geometria por exemplo. O aluno pode responder a questão,
pode pedir dicas ou ver uma vídeo-aula sobre o assunto, o aluno ainda pode fazer
suas contas na própria plataforma, “Usar rascunho”, conforme a Figura 11. No canto
superior direito encontra-se os dizeres “Consiga 5 respostas corretas em seguida”,
onde o aluno tem que acertar cinco perguntas corretamente e em seguida para
poder passar para a próxima atividade.
Além das vídeo-aulas e os exercícios, a plataforma oferece para o tutor uma
gama de gráficos e tabelas com o desempenho dos alunos, tanto individual como da
turma toda, mostrando as dificuldade dos alunos, os acertos, os tempo gasto em
cada atividade, a pontuação e medalhas, mostra também os vídeos que os alunos
assistiram e quanto tempo levou, caso o aluno pule parte do vídeo para acabar mais
rápido tem como controlar e cobrar do aluno que assista o vídeo todo, além de saber
quando e quanto tempo o aluno ficou na plataforma, mas isso está mais explicado
no capitulo 5.
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5. ALGUNS EPISÓDIOS
O projeto foi iniciado apresentando alguns problemas, pois o objetivo era
apresentar primeiramente a plataforma a toda sala para, então, convidá-los a
participar do projeto propriamente dito. Entretanto, apesar de ter agendado com o
pessoal da sala de informática, que a escola chama de “Sala do Acessa”, o
responsável da manhã não foi para a escola, pois ele havia ido a uma reunião do
projeto Acessa Escola e ninguém tinha me avisado.
Após do ocorrido, foi conversado com as coordenadoras da escola afim de
ver o que era preciso para fazer um projeto, pois nosso trabalho é recente, desde
sendo assim, não conheçemos ainda todos os processos necessários para o
desenvolvimento de um projeto na unidade.
Com o material em mãos houve uma reunião com a orientadora deste
trabalho a Profa. Dra. Zionice Garbelini Martos Rodrigues para trabalhar com base
no que a escola havia proposto. Sendo assim, levamos uma semana para elaborar o
projeto e adequá-lo às exigências.
Feito isso, começaram alguns problemas, foram perdidas duas semanas de
trabalho, pois uma das coordenadoras da escola estava de licença e a outra estava
com muito trabalho e, não quisemos fazer muitas cobranças á elas. Quando
conseguimos a devolutiva, nos pediram para fazer uma autorização para os pais
assinarem, autorizando o direito de imagem e a ida à escola no período da tarde,
assim como a participação no projeto. Essa tarefa demandou mais uma semana de
trabalho com a orientadora.
Ao tentar enviar o projeto às coordenadoras da escola, por algum motivo
desconhecidos, o e-mail não foi enviado e, como as coordenadoras não sabiam que
havia sido enviado um e-mail e não sabiamos que elas não tinham recebido, perdida
mais uma semana.
No início de outubro de 2014, conseguimos organizar tudo e dar continuação
ao projeto, entretanto, entre os dias treze e dezessete de outubro ocorreu um
recesso, ou seja, houve mais uma semana de trabalho parado. Ao todo foram 45
dias em que não houve progresso no trabalho.
5.1 Dia dez de outubro de 2014
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Era o dia que antecedeu as “férias de outubro” na sala em que trabalhamos,
de um total de trinta alunos somente oito estavam presentes, então não pudemos
dar continuidade à matéria. Era uma sexta-feira e teriamos a primeira e a quinta aula
da manhã com aquela turma. Na primeira aula, foi trabalhado com um bingo de
equação de primeiro grau, como forma de revisão e prometemos que na quinta aula
iríamos para a sala de informática se ela não estivesse agendada.
Durante esse período, ocorreu algo novo para mim. Uma aluna, vamos
chamar de ALUNA1, que veio de uma clínica de reabilitação e precisava de
“estímulos” para continuar na escola, precisava de nota e precisava recuperar as
faltas. Porém, em nossa opinião não devemos dar nota ao aluno, principalmente
para essa aluna que em três meses de aulas dadas já possuía mais de vinte faltas e
não fazia as atividades propostas.
Propomos a ela fazer dois trabalhos, um para recuperar as faltas e outro para
as notas. Para as faltas foi indicamos a leitura do livro: “O diabo dos números” de
autoria de Enzensberger (2009) e a realização de um resumo. A entrega do resumo
seria feita depois do recesso, dia vinte de outubro (ela teria dez dias para ler e fazer
um resumo). O trabalho para as notas seria proposto depois.
Na quinta aula do dia, como prometido, os alunos foram levados para a sala
de informática. Aproveitamos a oportunidade e falei sobre o Khan Academy e
pedimos para os alunos entrarem no site. A proposta era realizar um teste de como
seria o projeto, e foi ótimo, pois ocorreram muitos problemas. Os problemas
começaram com o fato de a plataforma não aceitar alguns cadastros no site e não
aceitar contas do hotmail. Uma das soluções seria cadastrar cada aluno por meio da
nossa conta. Entretanto, como a sala possuia vinte computadores e a turma era de
oito alunos, logo um professor pediu para colocar outra turma na sala e acabamos
ficando sem computador para cadastrá-los.
O computador da ALUNA1 entrou na plataforma sem problemas. Então
explicamos como funcionava e o que ela deveria fazer. Depois de ter passado o
primeiro desafio, ela perguntou o que mais era para fazer. Então, propusemos que
ela fizesse as aulas do projeto, já que a mesma não poderia ir à tarde para
participar. A aluna gostou da ideia e começou a escutar a primeira vídeo-aula. Em
um dado momento, ela constata que já havia aprendido aquele conteúdo.
Explicamos, que aquela era uma forma diferente de resolver os exercícios vistos em
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sala. Em seguida a aluna também constatou que as contas mesmo sendo iguais
eram solucionadas de forma diferente.
Figura 12: Exemplo de dois métodos diferente para a resolução da mesma equação.
Então, explicamos que era a mesma conta, a diferença era que na conta da
direita se igualou a zero, o que facilitou a resolução. Então a ALUNA1 constatou que
a conta da direita era mais fácil. Concordei e propusemos que esse fosse o segundo
trabalho dela: desenvolver o projeto em casa e, se tivesse dúvidas, poderia mandar
mensagem pelo Facebook ou nos procurar na sala de aula. A aluna aprovou a ideia.
Infelizmente a ALUNA1 foi transferida para o período da tarde, pois estavam
com receio de que ela tivesse uma recaída em seus problemas. Desta forma o
trabalho foi interrompido.
4.2 Dia vinte de outubro de 2014
No dia vinte de outubro de 2014 estava previsto o começo do projeto com os
alunos no período da tarde, entretanto, de manhã quando haveria aula, apenas três
dos oito interessados confirmaram presença de que iriam participar. Entreguei,
então, a autorização de direito de imagem e autorização para ida e permanência na
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escola no período contrário ao da aula. Todavia, nenhuma das três alunas
compareceram.
No mesmo dia, à noite, enviamos uma mensagem para a ALUNA2, pois era a
mais interessada e comprometida das três, perguntando o porquê de sua ausência
no projeto. Ela me pediu desculpas e respondeu que havia descansado e perdido
hora, mas se comprometeu a ir no dia seguinte.
4.3 Dia vinte e um de outubro de 2014
Nesse dia somente a ALUNA2 apareceu para o projeto, depois de pedir para
ser liberada às 15h, mesmo sendo o horário de início às 14h. Concordamos, pois ela
era a única aluna para trabalhar.
No começo da aula foi explicado o que era o Khan, qual o intuito dele,
expliquei a ideia da pontuação, das medalhas que ela iria ganhando por cada
atividade desenvolvida. Então, fizemos um cadastro para ela. Depois mostrei o perfil
e o campo de medalhas e, ela foi adicionada à nossa turma.
Começamos por um desafio, que consistia em diagnosticar o nível em que a
aluna se encontrava, com questões de conteúdos necessários para começar a
matéria proposta, dos quais a ALUNA2 passou sem problemas e com tranquilidade.
Em seguida ela começou a resolver a lista de exercícios proposta, Equação do
Segundo Grau. Ela já havia aprendido esse tópico nas aulas regulares, entretanto,
achamos interessante mostrar uma nova abordagem para essas equações, já que a
aluna havia apresentado uma certa dificuldade anteriormente com Soma e Produto.
Visto os dois primeiros vídeos, ela começou a fazer os exercícios, com um pouco de
dificuldade, pois eles eram bem diferentes do modo que ela havia aprendido em
sala, também houve dificuldade devido resistência por parte da aluna ao uso do
computador para fazer os rascunhos.
Então, depois de um pouco de resistência, ela aceitou fazer os exercícios por
escrito em uma folha a parte. Fizemos os primeiros exercícios juntas. O segundo
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exercício foi pedido que a aluna fizesse sozinha ou que pedisse a orientação da
plataforma. Contudo, a aluna ainda pedia a ajuda da professora.
Às 15h a aluna foi dispensada, entretanto, como ela havia gostado do site e
do modo como ele funcionava, pediu para que na quarta pudesse ficar mais tempo.
Ela disse que queria começar às 13h30 e ir até as 15h. No mesmo dia, à noite, a
ALUNA2 escreveu pedindo autorização para continuar a trabalhar em casa e esta a
autorização foi dada, já que busca-se que os alunos tenham autonomia nos estudos.
4.4 Dia vinte e dois de outubro de 2014
A ALUNA2 compareceu à aula um pouco desanimada, pois não havia
conseguido fazer todos os exercícios. Entramos na conta dela e, de fato, ela não
havia conseguido completar a sequência de cinco acertos seguidos conforme é
pedido pela plataforma, apesar de já ter acertado oito exercícios, mas não na ordem.
Então fizemos o exercício juntas, porém erramos já que houve uma confusão com
relação ao enunciado. Quando a aluna foi fazer o exercício novamente sozinha
também não acertou, pois estava confundindo as etapas, como mostra na Figura 13.
Figura 13: Etapas necessárias para a resolução do problema, onde o aluno teria que encontrar onde
estava o erro.
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Depois de explicar que a linha 2 era referente à etapa 1 e a linha 3 referente à
etapa 2 e assim por diante, ela conseguiu resolver os próximos exercícios sem
muitos problemas. Então, ela foi prosseguindo e percebemos uma certa
dependência do professor, visto que mesmo o exercício estando certo, ela ainda
chamava o professor para ter certeza, com medo de errar e ter que começar
novamente.
No final da aula, propusemos que a ALUNA2 fizesse os exercícios em casa.
Como faltavam alguns minutos para as 15h, mostramos para a aluna o progresso
durante nosso projeto. Começamos mostrando a planilha que o tutor tem acesso, na
qual aparece a quantidade de minutos que ela utilizou para fazer as atividades. Foi
mostrado também a planilha que aparece no perfil dela, nesta tela ela pode perceber
a quantidade de habilidades que ela praticou, dominou e as que não foram muito
bem assimiladas. Ela gostou da possibilidade de ver o próprio desempenho e
começou pesquisar no site para entender melhor o que cada gráfico significava, tais
como os gráficos 3 e 4 que mostram respecitivamente a quantidade de pontos de
energia ganhos bem como as medalhas além dos tempos utilizados em casa
atividade.
Figura 14: Gráfico que relaciona o tempo utilizado em vídeos e atividades além da quantidade de
pontos de energia ganhos.
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Figura 15: Gráfico mostrando o tempo gasto em atividades e com os vídeos.
Figura 16: Gráfico mostrando os exercícios que a aluna errou (vermelho) e os que ela acertou (azul) e
o tempo gasto em cada um.
Na Figura 14, podemos ver o progresso da ALUNA2 nos quatro dias de projeto,
além dos pontos ganhos com energia e os tempos utilizados com os vídeos e as
atividades. Na Figura 15, observamos a distribuição dos tempos da aluna,
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mostrando o quanto foi gasto com cada habilidade trabalhada. Já na Figura 16,
mostra o desempenho em uma habilidade especifica, que no caso é “Resolução de
equações do segundo grau for fatoração 2”, bem como os tempos gasto com cada
exercício e os exercícios que a aluna utilizou as dicas da plataforma, indicada pelo
ponto de interrogação, e os exercícios que a aluna errou e acertou, além ainda, do
número de atividades desenvolvidas nessa habilidade.
4.5 Dia vinte e três de outubro de 2014
À tarde, a ALUNA2 quis ficar até um pouco mais tarde para adiantar o
trabalho, já que por dia estávamos ficando uma hora e meia e o combinado eram
duas horas. Então, começamos analisando os exercícios que ela não havia
conseguido terminar em casa. Ela já tinha feito alguns e acabou se irritando por
estar errando bastante, então fizemos juntas com ela. A aluna conseguiu ler e
compreender o que o exercício pedia e assim, pôde ser identificado seu erro. Como
mostra a Figura 17.
Figura 17: Encontrar o valor de x na equação 4x²+36x+196=0, no qual a aluna estava se confundindo
nas etapas necessárias para a resolução do problema.
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Figura 18: Tela que mostra a resolução do exercício proposto.
O erro da aluna é que ela encontrava o (x+7) mas não estava entendendo
que o valor de x não era 7, ela deveria considerar (x+7)=0, tendo como resposta -7 e
não 7, como demostrado na Figura 18. Corrigido isso, ela deu continuidade às
atividades.
Nos exercícios seguintes, propunha-se encontrar um a e um b para completar
os quadrados e escrever a expressão na formula (x+a)²+b, Figuras 19 e 20.
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Figura 19: Exercício propõe encontrar os números que completariam o quadrado da equação. Em
destaque está o tempo gasto para a resolução do mesmo.
Figura 20: Resolução do exercício da Figura 05 feito pela ALUNA2.
A aluna não teve muitos problemas, para resolver esse exercício. Foi pedido
para ela primeiro ver as dicas do primeiro exercício depois tentar fazer o restante
sozinha. Ela precisou de um pouco de ajuda no primeiro, mas o restante fez com
tranquilidade.
A aluna estava com medo de resolver o exercício, pois não queria ter que
refazê-lo caso errase. Desta forma ficava confirmando a resposta com a professora.
As figuras 21 e 22 mostram exercícios de completar os quadrados com os
quais foi gasto muito tempo.
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Figura 21: Como se pode ver no destaque superior, foi gasto bastante tempo para a resolução e a
explicação do exercício, em que o aluno deveria completar o quadrado da equação e posteriormente
encontrar as raízes do problema.
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Figura 22: Explicação do exercício da Figura 11 que está toda rasurada, pois foi necessário explicar
mais de uma vez as etapas necessárias para a resolução do exercício.
O problema proposto por esse exercício era identificar os números que
completariam o quadrado. Terminamos a aula fazendo esses exercícios e, por fim,
optamos por deixar as outras duas listas sem fazer, pois a aluna já estava
desmotivada e não quisemos insistir em fazer novamente as atividades.
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4.6. Dia vinte e sete de outubro de 2014
O proposto para o último dia era a explicação da fórmula de Bhaskara, que
nós pensamos ser muito interessante, pois mostraria para o aluno todos os métodos
possíveis para resolver uma equação do segundo grau, para depois mostrar a
fórmula, evitando, assim, que o aluno criasse uma dependência da fórmula. Como
as primeiras nove atividades eram vídeos e um documento, a aluna ficou um pouco
entediada, já que não tinha muito o que fazer a não ser assistir aos vídeos. Porém,
ela parou os vídeos algumas vezes para me fazer perguntas, ou comentar que o
modo como o conteúdo havia sido apresentado na sala de aula era mais difícil, que
consistia em calcular o delta separado e depois colocar o resultado na fórmula, o
que deixava a conta um pouco mais extensa. Porém, logo ela mudou de ideia,
falando que fazer todas os passos juntos dava para se confundir com mais
facilidade.
Quando a aluna estava assistindo o último video proposto: “Exemplo 5: uso
da fórmula de Bhaskara”, ela começou a anotar algumas coisas para auxiliá-la nos
exercícios.
Os exercícios eram para ser resolvidos por Bhaskara e, como ela havia feito
vários em sala, pedimos para que ela resolvesse sozinha, e ela fez, meio a contra
gosto, e acertou.
O segundo exercício não tinha raiz exata, sendo, por isso, mais trabalhoso.
Como estavam faltando poucos minutos para ela ir embora, foi emprestada a ela
uma calculadora científica, para que ela conseguisse terminar os exercícios antes do
horário.
Explicamos a forma como utilizar a calculadora e, assim, ela fez três dos
cinco (mínimo) exercícios propostos e saímos da sala. Aconselhamos a aluna a
utilizar o site para estudar outras matérias, como geometria. A aluna se interessou e
pediu para indicarmos mais exercícios para ela fazer em casa.
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4.7. Participação do VI Encontro Estadual do PIBID/IFSP
Juntamente com a minha orientadora participamos do VI Encontro Estadual
do PIBID/IFSP na cidade de São Paulo, que ocorreu entre os dias sete e oito de
novembro de 2014, pois seria uma importante oportunidade de investigar e socializar
a respeito do objetivo da presente pesquisa.
No dia oito de novembro, ministramos uma oficina sobre o Khan Academy
para os presentes, explicando como entrar no site, cadastrar os alunos, fazer uma
turma e como proceder a partir disso. Mostramos os conteúdos disponíveis no site
entre outras coisas.
Para a nossa surpresa havia um professor supervisor de um subprojeto do
PIBID entre os presentes que já trabalhava com o Khan há pelo menos seis meses
com uma sala de sétimo ano em sua escola. O mesmo me relatou que duas aulas
por semana ele leva os alunos para a sala de informática a fim de fazer com que
eles estudem Matemática pelo site, e essa prática deu tão certo que estávamos em
um sábado a tarde nessa oficina e haviam alunos fazendo as atividades do site.
Segundo esse professor supervisor, às vezes quando faltam alguns
minutinhos para acabar a aula, ele autoriza os alunos a usarem o celular para entrar
no aplicativo do Khan e assim, continuar estudando pelo celular em sala de aula.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O intuito do trabalho foi propor uma maneira diferente de ensinar conteúdos
matemáticos, algo que mesclasse a tecnologia e a sala de aula, algo que chamasse
a atenção do aluno e lhe ensinasse os conteúdos propostos em sala d aula.
O Khan Academy foi a ferramenta utilizada para se alcançar o propósito do
trabalho. O site mescla o uso de tecnologia com o ensino de matemática, fazendo
uma espécie de jogo com os alunos, incentivando-os a irem cada vez mais longe,
contribuindo assim para o aprendizado do mesmo, além de aprimorar sua autonomia
de estudos.
De acordo com a experiência fora da sala de aula com a ALUNA2, o Khan foi
fundamental importância para o desenvolvimento da mesma, foi percebeu-se um
maior interesse nas aulas regulares, além de uma maior participação da aluna e,
mesmo após o término do projeto na escola, a aluna continua usando a plataforma
para estudar e me pedir ajuda e explicações em alguns exercícios, que é mais um
exemplo de que o site de fato cumpre seu papel de prender a atenção do aluno e o
incentivar a estudar mais.
Um fator importante que deve ser lembrado é a importância da leitura, visto
que para resolver os exercícios propostos o aluno precisa ler e interpretar muito bem
o texto, que é onde os alunos tem muita dificuldade, entender o que o exercício
pede, o que acaba dificultando ainda mais a resolução dos exercícios.
Esperamos que este trabalho possa contribuir para futuras pesquisas que
relacionem a Educação Matemática e o uso de tecnologias para o ensino da
Matemática.
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REFERÊNCIAS
BORBA, M. C; PENTEADO, M. G.Informática e Educação Matemática, 5ª ed., Autentica ,Belo Horizonte MG, 2012.
ENZENSBERGER, H. M; O Diabo dos Números, 1º Ed., Companhia das Letras, São Paulo, 2009.
KHAN, Salman. Khan Academy. disponível em: https://pt.khanacademy.org/about. Acesso em 21 set. 2014.
KHAN, Salman. Khan Academy. disponível em: https://pt.khanacademy.org/youcanlearnanything. Acesso em 03 set. 2014.
SANTOS, H. F. et. al.; Tecnologia da Informação: Aprendizagem Necessária para o Professor do Século XXI. 2012. 53p. Trabalho de conclusão de curso; Formação pedagógica para as disciplinas da educação profissional - IFSP, Birigui.
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ANEXOS
Anexo 01: Uso de A.V.A. (ambiente virtual de aprendizagem) em aulas de matemática Professora: Bruna de Aguiar Torrezan Público Alvo: alunos do 9º ano Quantas horas aulas para a execução do Projeto: 10h Séries/anos envolvidos: 9º ano Disciplina: Matemática Datas: 29 de setembro à 02 de outubro de 2014 Período: vespertino, das 14h:00 às 16h:00 Justificativa:
Este projeto faz parte do trabalho de conclusão de curso do curso de Licenciaturra em matemática do IFSP Campus Birigui e visa a melhoria da qualidade, da aprendizagem e de conceitos matemáticos. Com recurso ao uso de um site para a resolução de exercícios de Matemática num ambiente informatizado. Objetivos:
Melhorar os resultados das avaliações; Incentivar a busca por conhecimento; Incentivar a autonomia de estudos; Propiciar momentos lúdicos em que a teoria é colocada em prática; Propiciar uma oportunidade diferenciada de aprendizagem;
Etapas/Conteúdos: Aula 1 (29/09/2014 segunda-feira): apresentação da plataforma e exploração livre do AVA;Resolução de equações de segundo grau obtendo-se a raiz quadrada. Aula 2: (30/09/2014 - terça-feira) Resolução de equações do segundo grau por fatoração; Resolução de equações do segundo grau por fatoração. Aula 3: (01/10/2014 - quarta- feira) Completando o quadrado; A fórmula de Bhaskara (equação quadrática). Aula 4: (02/10/2014 - quinta-feira) Caracteristica das funções Equação do Segundo Grau; Representação gráfica de funções quadráticas. Material/Equipamentos que serão utilizados: Sala do Acessa Escola Referencias Bibliográficas: KHAN, Salman. Khan Academy. disponível em: https://pt.khanacademy.org. Acesso em 21 set. 2014.
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Anexo 02: AUTORIZAÇÃO
Pela presente autorização, os responsáveis legais pelo aluno(a)______________ _____________________________, RA ______________, permitem que o mesmo participe do projeto: Uso de A.V.A. (ambiente virtual de aprendizagem) em aulas de matemática, ministradas pela professora Bruna de Aguiar Torrezan, que será realizado no período da tarde na escola EE.”Profª Yone Dias de Aguiar”, como parte de seu trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Matemática e para eventuais divulgação de fotos e vídeos dos alunos em eventos acadêmicos, congressos e cursos. Está definido que a professora está expressamente proibida de explorar as fotografias de um modo que possa ser considerado como atentado à vida privada do(a) aluno(a) e de as difundir sobre qualquer suporte considerado pornográfico, xenófobo, violento ou ilícito, respeitando-se o disposto na Lei Federal nº 8069/90. Os responsáveis legais confirmam que seja qual for a utilização, o genêro ou a importância da difusão, não haverá nenhum tipo de ônus e/ou remuneração a ser paga pela professora, excluindo-se desde já qualquer pedido posterior de remuneração. A presente autorização é concedida em caráter irrevogável, irretratável e de forma gratuita, ficando a professora, isenta do pagamento de quaisquer ônus a qualquer tempo e sob qualquer pretexto pela utilização das imagens e sons. Na qualidade de responsáveis legais, assinamos a presente autorização para que produza os efeitos legais de direito.
Penápolis-SP, _____, de __________ de 2014.
Nome: ____________________________________
RG: _____________________
Parentesco:_______________
Assinatura:________________________
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Anexo 03: Autorização de direito de imagem da ALUNA2