visão do melhoramento florestal na interação com o manejo · melhoramento genético florestal -...

Edson Mori

VI Workshop de Melhoramento Genético Florestal e

XLI Reunião Técnico - Científica do PTSM / IPEF

Adaptação genotípica ao estresse hídrico e térmico

Visão do melhoramento florestal na Visão do melhoramento florestal na

interação com o manejo interação com o manejo

Edson Mori

Cristiano Bueno de Moraes

E. dunniiE. benthamii

Híbrido espontâneo

de E. urophylla E. grandis

IINTRODUÇÃONTRODUÇÃO

� A silvicultura brasileira – modelo de sucesso� Plantios homogêneos e produtivos:

� Plantação clonal� Plantios por sementes:

� Plantios base genética restrita: mistura de poucos genétipos no pomar comercial de sementes (Ex: 6 a 10 genótipos superiores);genótipos superiores);

� Plantios de progênies de meios irmãos (Ex: histórica semente híbrida de urograndis da Aracruz

01 mãe E. grandis X 06 pais E. urophylla);� Hoje: plantios comerciais de monoprogênies de E. grandis da Suzano ( 01 mãe de polinização aberta no pomar de sementes)� Média de 76 m3/ha.ano.

Veracell

Plantio Clonal de híbridos na Veracell

�Clone 248 �Clone 975

76 m3/ha.ano

MONOPROGÊNIES DE EUCALYPTUS GRANDIS NA

SUZANO PAPEL E CELULOSE (2 ANOS)

76 m3/ha.ano

Chegamos no limite da produção?E a qualidade da matéria prima?A sustentabilidade da produção?

Interação melhoramento genético e manejo florestal

50

60

70

Melhoramento Genético Florestal

0

10

20

30

40

1970 1980 1990 2000 2010 2020

MATERIAL GENÉTICO X AMBIENTE

� Eucalyptus urophylla e seus híbridos na Austrália:� Fracasso !

� Eucalyptus regnans no mundo:� Fracasso !

EUCALYPTUS REGNANS

AUSTRÁLIA (SUL DE VICTORIA)

Importância do melhoramento genético e do manejo florestal

- O relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) afirmou que a

ocorrência de secas vai aumentar globalmente nos próximos 50 anos com mudanças

importantes nos regimes de chuvas (IPCC, 2007)

- Ganhos genéticos nos últimos 30 anos tem sido atribuídos à maior tolerância a estresses

(bióticos e abióticos) e não a um aumento de produtividade (Duvick, 2004)

- O aumento verificado na produção de eucalipto se deve, em grande parte, ao

melhoramento genético e das diferentes condições ambientais brasileiras (Freitas et al.,

2009)


2009)

- O melhoramento genético, associado ao manejo florestal, tem proporcionado o

estabelecimento de povoamentos produtivos e adequados a diferentes regiões, condizentes

com os usos diversificados da madeira (Martins et al., 2005)

- O melhoramento genético e o manejo florestal são cruciais para o aumento da qualidade

da madeira para fins de serraria (Santos et al., 2003)


“O melhoramento genético tem que estar associado as práticas adequadas

de manejo e silviculturais para o melhor


de manejo e silviculturais para o melhor aproveitamento do potencial domaterial genético utilizado.”

Introdução

Melhoramento Genético x Manejo Florestal

Matéria Vegetal x Sustentabilidade


Silvicultura de

Alta Produtividade

Matéria Vegetal x Sustentabilidade


Qual é o melhor espaçamento para o material genético que eu estou utilizando? Altera os ganhos?


Fonte: Stape, 2004

“É interessante que as técnicas de manejo da floresta e as práticas silviculturais estejam

aliadas a uma ou mais estratégias de melhoramento florestal, para prover materiais



melhoramento florestal, para prover materiais genéticos diversificados e melhorados em

quantidade e qualidade.”

Fonte: Berger, 2000

FATORES QUE RESULTAM O FENÓTIPO

�Fenótipo = Genótipo + Ambiente + IGxA

� Interação Genótipos X Ambientes (IGxA)

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICASFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICASFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICASFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

� Interação Genótipos X Ambientes (IGxA)

� Variação de respostas de 2 ou mais genótipos

� Em 2 ou mais ambientes

INTERAÇÃO GENÓTIPOS X AMBIENTES

PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DA

INTERAÇÃO GENÓTIPOS X AMBIENTES

� A) Posição na Classificação� B) Análise de Variância


� C) Estabilidade Fenotípica e Análises de Regressão

POSIÇÃO NA CLASSIFICAÇÃO

Genótipos Ambientes

X Y Z

A 1 3 3


B 5 1 2

C 3 2 5

D 2 4 4

E 4 5 1

7 Anos

Fonte: Stape, 2004

ESTABILIDADE DE UM MATERIAL GENÉTICO

FRENTE A UM GRADIENTE AMBIENTAL

X

X

X Y

W Z

Z

ZZ

ZZ

Z

YYYY Y

Herdabilidade e ganho na seleção

Ganho na seleção para diferentes características, localidades e conjunta


Fonte: Mori et al., 1988



Fonte: Mori et al., 1986



Fonte: Morais et al., 2010

Carater Local Média Conjunta

Estimativas de Ganhos Genéticos para Eucalyptus grandis


Anhembi Brotas Lençois Pta.

Volume madeira 4,1 13,7 24,6 14,1 4,7

Dendidade básica 9,2 9,4 13,2 10,6 9,6

Fonte: Moraes, 1987


Recomendação de material genético/fazenda/clima/solo – Empresa Florestal Eucatex


Fonte: Moraes et al., 2010

Material genético para regiões

com déficit hídrico

Clone AEC-601

E. camaldulensis x E. grandis

AcelorMittal

Recomendação de material genético/fazenda/clima/solo


AcelorMittal

Material bem

adaptado as

condições de

clima/solo/manejo

Fonte: Henriques, 2010

Recomendação de material genético/fazenda/clima/solo

Melhorado para uma região e plantado em outra


Clones AEC-601 com desenvolvimento ruim na Austrália (Henriques, 2010)

Recomendação de material genético/fazenda/clima/solo – Empresa Florestal Eucatex

Implantação de testes clonais

2 ou mais regiões edafoclimáticas


Fonte: Moraes et al., 2010

1 ano de idade

Recomendação de material genético/fazenda/clima/solo – Empresa Palmasola

Avaliação da qualidade dos testes instalados


Fonte: Moraes e Mori, 2009

Região de geada

Recomendação de material genético apropriado – Empresa Palmasola



Eucalyptus benthamii – Palmasola S/A

Região de geada

Recomendação de material genético apropriado – Empresa Palmasola



Eucalyptus dunnii – Palmasola S/A

Híbrido Espontâneo

E. grandis x E. camaldulensis

2 anos de idade

Média de Altura 13,5 metros

Média de DAP 10,0 cm

Projeto Novas

Trabalhos em andamento


Projeto Novas

Cultivares/IPEF/USP

Híbridos de polinização

Controlados (4 anos)

Aumento dos ganhos

genéticos



genéticos

Explorar a Capacidade Específica de

Combinação (CEC)

Eucatex

Material genético potencial para

regiões

com déficit hídrico

Eucalyptus longirostrata



Fonte: Henriques, 2010

até 650mm de chuva na Austrália


TÍTULO DO PROJETO:TÍTULO DO PROJETO:TÍTULO DO PROJETO:TÍTULO DO PROJETO: “VARIABILIDADE GENÉTICA EM “VARIABILIDADE GENÉTICA EM “VARIABILIDADE GENÉTICA EM “VARIABILIDADE GENÉTICA EM Eucalyptus PARA TOLERÂNCIA ÀS PARA TOLERÂNCIA ÀS PARA TOLERÂNCIA ÀS PARA TOLERÂNCIA ÀS CONDIÇÕES DE DÉFICIT HÍDRICO”CONDIÇÕES DE DÉFICIT HÍDRICO”CONDIÇÕES DE DÉFICIT HÍDRICO”CONDIÇÕES DE DÉFICIT HÍDRICO”

Orientado:Orientado: Cristiano B. MoraesCristiano B. MoraesOrientador:Orientador: Edson S. MoriEdson S. MoriCoCo--Orientador:Orientador: Rinaldo C. PaulaRinaldo C. Paula

Objetivos


• determinar as alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas dos genótipos de Eucalyptus

urophylla submetidos à estresse hídrico em condições de viveiro e campo;

• determinar as correlações entre plantas juvenis e adultas em diferentes idades no ciclo da espécie; e

• estimar os parâmetros genéticos quantitativos das progênies de Eucalyptus urophylla, sob o efeito do

estresse hídrico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

� Fenótipo = Genótipo + Ambiente + IGxA;

� Portanto, para uma Silvicultura de alta produtividade é importante considerar os efeitos da IGxA;

� Fase atual: do melhoramento para a qualidade da � Fase atual: do melhoramento para a qualidade da madeira;

� Aumentos de produtividade do produto final pela melhoria da qualidade da matéria-prima;

� Sustentabilidade – palavra chave da silvicultura.

OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO

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