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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA EDUCACIONAL
APROVADA
NOTA: 8,5
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA INICIAÇÃO DO FUTEBOL ENTRE CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS
MARCELO HENRIQUE RIBEIRO PEZATI
ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
BRASNORTE/2016
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA EDUCACIONAL
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA INICIAÇÃO DO FUTEBOL ENTRE
CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS
MARCELO HENRIQUE RIBEIRO PEZATI
ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia Clínica Educacional.”
BRASNORTE/2016
RESUMO
O presente estudo tem por finalidade elucidar mestres, pais e todos os
profissionais na área da infância e juventude que lidam com a iniciação esportiva de
crianças e os pontos positivos e negativos que cada atividade resulta, durante o
desenvolvimento psicomotor das crianças e adolescentes.
As atividades físicas devem priorizar as necessidades físicas, fisiológicas e
psicopedagógico do educando. O futebol, o esporte escolhido para a realização
deste estudo, mostrou-se complexo e cheio de pontos a serem trabalhados para que
possa ser aplicada a faixa etária em questão, que vai dos sete aos dez anos de
idade.
O trabalho é formado por pesquisas bibliográficas e as bibliografias citadas
neste trabalho divergem quanto à idade certa para a iniciação esportiva, por não ser
suficientemente unânimes, unimos tais opiniões às experiências e obteve-se um
resultado.
Crianças são sensíveis e suscetíveis a opiniões, ainda mais se partirem dos
pais, embalados por opiniões e comentários a respeito dos seus filhos e seus
talentos e por impulso moldam os filhos de acordo com suas expectativas.
Palavras-chave: Psicopedagógico. Infantil. Desenvolvimento psicomotor. Futebol.
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................ 04
1. Desenvolvimento psicomotor........................................................................ 09
1.1 Desenvolvimento do ser humano................................................................ 09
1.2 Psicomotricidade.......................................................................................... 10
1.2.3 Definição das fases do desenvolvimento.................................................. 12
2. Futebol: história e prática ............................................................................ 13
2.1 História......................................................................................................... 13
2.2 Futebol: uma prática da Educação Física ................................................. 14
2.2.1 Aspectos técnicos do futebol .................................................................. 15
2.2.2 Definição ................................................................................................. 16
2.2.3 Habilidades necessárias a iniciação no esporte ..................................... 16
2.2.4 Características ........................................................................................ 17
2.2.5 – Interesses ............................................................................................ 18
2.2.6 Atividade física recomendada ................................................................. 19
2.2.7 Benefícios com a prática do futebol ........................................................ 20
3. Como ensinar............................................................................................... 21
3.1 Educação Básica do futebol a iniciação esportiva................................. 21 3.2 Progressão esportiva na pré adolescência.............................................. 23
3.3 Técnicas esportivas aplicadas a adolescência........................................ 24
3.4. Fundamentos ............................................................................................... 26
3.4.1 Preparação do corpo para atividades físicas ............................... 27
3.4.1.1 Aquecimento e alongamento .................................................................. 27
3.4.2 Manejo do corpo ........................................................................................ 28
3.4.3 Domínio de bola ........................................................................................ 28
3.4.4 Drible ......................................................................................................... 29
3.4.5 Passe e recepção ...................................................................................... 30
3.4.6 Correção e aprimoramento ....................................................................... 31
3.5. Treinamento Precoce................................................................................... 32
Considerações Finais ....................................................................................... 36
Referências Bibliográficas................................................................................. 37
INTRODUÇÃO
O ser humano vive em constante desenvolvimento e podemos dizer que um
dos mais importantes desses é o desenvolvimento psicomotor que se mantém em
um processo continuo de evolução da comunicação, inteligência e da efetividade,
sociabilidade e da aprendizagem de forma global e simultânea. Sendo que todas as
crianças passam por etapas do desenvolvimento e depende da maturação do
sistema nervoso central de cada indivíduo. O desenvolvimento motor é definido
como mudanças nas habilidades e em padrões de movimento que ocorrem ao longo
da vida. (CARVALHO, 2008).
Todas as crianças passam pelas etapas, embora o ritmo na aquisição possa
variar de uma para outra. Ocorrendo essa variação devemos manter uma atenção
maior as crianças com dificuldades de executar as etapas e auxiliar para uma
melhora no desenvolvimento das atividades propostas durante as etapas. A
aprendizagem motora é o adquirir, o refinar, o estabilizar e aplicar prontidões
motoras, ela esta inclusa no desenvolvimento global da personalidade humana
"permitir brincar as crianças é uma tarefa essencial do educador " (LE BOULCH,
1982, p.139).
O processo do desenvolvimento motor é classificado em fase motora reflexa
que ocorre do nascimento até o 1º ano de idade, fase motora rudimentar com início
também ao nascimento até os 2 (dois) anos, fase motora fundamental entre 2 (dois)
e 7 (sete) anos e fase motora especializada entre 7 (sete) e 14 (quatorze) anos de
idade, perdurando por toda vida do indivíduo. (GALLAHUE; OZMUN, 2005).
A iniciação precoce de crianças tem exigido muito delas na responsabilidade
de ser o melhor no esporte sem levar em consideração o seu mais importante, são
apenas crianças com vontade de brincar e em plena formação de caráter onde tudo
é assimilado desde espírito competitivo, falta de companheirismo e desrespeito com
os demais. Segundo SANTANA (2004), uma iniciação esportiva que contemple
toda a complexidade humana, a entende como o período em que a criança inicia a
prática regular e orientada de uma ou mais modalidades esportivas, com objetivo
imediato de dar continuidade ao seu desenvolvimento de forma integral, não
implicando em competições regulares.
Muito se fala sobre a especialização precoce, mas o que se vê é o crescente
número de crianças abaixo dos oito anos de idade iniciando a prática desportiva
submetendo-se a fortes treinamentos, não apropriados para tais idades.
Uma vez que se concluíra que as crianças realmente aprendem de forma mais concentrada e objetiva na faixa dos 08 aos 11 anos, época em que também mais se dedicam sistemática e seriamente aos exercícios físicos. (DIEM, 1977, p. 58-59).
Tal movimentação foi geradora deste estudo, uma pesquisa bibliográfica em
que se coletarão as informações na literatura especializada sobre a iniciação
esportiva no futebol e a opinião dos autores sobre.
Os estudos apontam que o desenvolvimento psicomotor e a iniciação com
crianças futebolistas na faixa etária de sete a dez anos, idade propícia para
trabalhos multilaterais, ou seja, para adquirir habilidades corporais (movimentos
naturais); treinamento variado e predominantemente com atividades aeróbias;
aprendizagem das habilidades coordenativas motoras básicas e desenvolvimento da
tática integrada aos processos de capacidades cognitivas e motoras. (SANTOS et al,
2015).
O desenvolvimento motor da criança deve ser testado de uma forma
compatível com a sua idade, com o tempo acrescentando desafios para estimular
novos movimentos, mas tudo de acordo com a sua idade, sem que ultrapasse sua
capacidade de superar (DOHME, 2003).
Os estudos sugerem que as atividades e treinamentos esportivos não devem
ser sistematizados objetivando uma especialização precoce. Não devem ser
enfatizados trabalhos que tendem a objetivar níveis máximos de capacidades
psicológicas e fisiológicas da criança. A prática esportiva deve ser adequada às
fases de crescimento e desenvolvimento da criança. A criança evolui suas
habilidades motoras, na sua troca com o meio, conquistando aos poucos e
ampliando sua capacidade de se adaptar, o espaço físico é importante nesse
processo, e diversidade de material, de jogos lúdicos. O exercício físico também é
um fator importante nesse processo, auxiliando no desenvolvimento mental, corporal
e emocional, do ser humano e em especial da criança. (FALADOR, 2010).
Como é notório, o futebol está integrado à cultura brasileira, portanto,
observa-se o grande número de praticantes desse esporte nas mais diferentes
faixas etárias e com objetivos distintos. Muitos o praticam dentre outros fatores,
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como simples meio de lazer ou recreação, alguns como promoção da saúde e
muitos, principalmente crianças e adolescentes, com perspectivas de se tornarem
profissionais bem sucedidos e a partir daí, obterem estabilidade financeira e
reconhecimento. (ARAUJO et al., 2008).
Podemos constatar que o futebol no Brasil é mais que um esporte, é uma
paixão e/ou fenômeno social que está constantemente sendo exposta na mídia, nos
bares, nas esquinas ou onde quer que você chegue, “mesmo o futebol, considerado
um esporte coletivo, teve um processo de desenvolvimento autônomo, nunca
sistematizado de forma acadêmica ou escolar” (LUCENA, 2001, p.09).
A mídia contribui muito com a divulgação deste tipo de ascensão financeira
através do esporte e, mais especificamente no futebol. Há vários programas
televisivos, colunas de jornais e sites voltados para a área, o que de certa forma
estimula e cria expectativas principalmente nas crianças e adolescentes (MARIANO
et al, 2005).
OBJETIVO OBJETIVO GERAL
Verificar as expectativas de todos os interessados e as crianças e
adolescentes que participam do processo de desenvolvimento psicomotor durante
sua vida e ao decorrer da prática do futebol.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Priorizar as necessidades físicas, fisiológicas e psicopedagógico do
educando com a pratica de atividades físicas pelo futebol.
Buscar um corpo teórico norteador para o desenvolvimento psicomotor com
análise do jogo de futebol para crianças e pré adolescentes.
Analisar a ótica do jogo, estudos de autores da pedagogia do esporte que
vem com a proposta o ensino do esporte futebol desvinculando-os do modo como
fazer ( gesto técnico ) e considerando os razões necessárias de fazer ( tática ) como
o subsidio pelo qual deve-se basear o processo de ensino-aprendizagem da
psicopedagogia.
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METODOLOGIA.
Este trabalho de pesquisa bibliográfica está restrito a análise descritiva
referente a metodologia da iniciação no futebol e o desenvolvimento psicomotor,
onde a realidade esportiva na modalidade é excessivamente competitiva em que as
crianças estão expostas as variáveis dos aspectos físicos, técnicos e táticos que
operam sobre o desempenho esportivo.
Este trabalho tem como finalidade propor uma metodologia de treinamento
adequado a faixa etária de sete a dez anos, nas chamadas categorias Fraldinha,
Dentinho e Dente de Leite, a fim de contribuir com discussões a cerca da
participação da criança na iniciação do futebol em relação aos aspectos físicos,
técnicos e táticos e as fases do desenvolvimento psicomotor de um individuo.
O presente trabalho tem como objeto de estudo a Metodologia de Ensino
dos Esportes na Educação Física Escolar, isto é, uma forma de operacionalização
de um método, com a finalidade de formação de sujeitos-cidadãos.
A opção epistemológica adotada estará vinculada a uma linha cultura lista,
compreendendo o movimento humano como uma teia de significados (sociais,
culturais, biológicos, físicos, mecânicos, etc.).
Para a realização deste trabalho foram utilizadas diversas fontes de
pesquisa sobre o assunto, como livros e sites sobre este assunto disponíveis na
internet. O conteúdo pesquisado foi revisado e compilado de modo a resultar em um
texto de linguagem simples e acessível, e lembrando sempre que o assunto deve
ser sólido e atual.
ESTRUTURA DO TRABALHO
Este trabalho esta dividido em três capítulos. O primeiro capítulo fala sobre o
desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento do ser humano, a psicomotricidade
e a definição das fases do desenvolvimento psicomotor. O segundo capítulo é sobre
o Futebol: história e prática, aborda a história do futebol, a prática do futebol na
educação física, os aspectos técnicos do futebol, sua definição, a habilidade
necessária a iniciação dessas praticas, as características e interesses, quais
atividades físicas são recomendadas e os benefícios da pratica do futebol. E o
terceiro capítulo expões como ensinar, a educação básica do futebol como iniciação
esportiva, a progressão esportiva na pré-adolescência, as técnicas esportivas
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aplicadas a essa faixa etária, o aquecimento e alongamento, manejo do corpo, o
domínio da bola, os dribles, passes e recepção, as correções e aprimoramento para
essa pratica e a importância do treinamento precoce.
1.
08
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
1.1 DESENVOLVIMENTOS DO SER HUMANO
Todo ser humano, segundo CARVALHO (2008), passa pelo
desenvolvimento psicomotor por ser um processo contínuo durante o qual se dá a
evolução da inteligência, da comunicação, da afetividade, da sociabilidade e da
aprendizagem de forma global e simultânea. O desenvolvimento também esta
relacionado às etapas e depende da maturação do sistema nervoso central, sendo
que todas as crianças passam por estas fases, embora o ritmo na aquisição possa
variar de uma para a outra e isto pode dar uma continuidade se não forem
respeitadas as fases desde o nascimento até o seu mais completo grau de
maturidade e estabilidade.
Durante o desenvolvimento de um ser humano, segundo LE BOULCH
(1992), devemos ter muito cuidado, quando a criança nasce mostra aquilo que
conhecemos como reflexos primitivos, que mais tarde possibilitarão os movimentos
voluntários, durante os dois primeiros anos de vida, o desenvolvimento da
motricidade e do psiquismo confundem-se e sobrepõem-se através do
desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo, que constituem o desenvolvimento
psicomotor.
O desenvolvimento psicomotor da criança, segundo DODOT (2015),
consiste em um aumento da capacidade de realizar variadas funções cognitivas e
motoras, atividade cada vez mais complexa. Estudiosos dizem que os fatores
genéticos e o meio em que os bebés vivem eles podem aprender rapidamente o que
lhe ensinamos, portanto é muito importante proporcionar as crianças um ambiente
estimulante, a possibilidade de brincar e de explorar, porque assim oferecemos-lhe
uma oportunidade única de adquirir rapidamente conhecimentos.
O sexo, segundo DODOT (2015), também tem influência sobre o modo
como um bebê vai se desenvolvendo. Por exemplo, as meninas têm mais facilidade
para aprender a linguagem, e os meninos, por outro lado, são geneticamente mais
hábeis no desenvolvimento da motricidade.
Quando os bebês atingem a idade de 2 anos e seis meses, eles adquirem
uma velocidade maior no crescimento, com isso se movimentam melhor tem
também uma coordenação maior dos membros podendo assim executar
atividades com êxito e não deixando de se desenvolver durante toda sua vida
(DODOT, 2015).
Nunca devemos esquecer que nós seres humanos vivemos em constante
desenvolvimento e devemos continuar aprimorando a cada dia para que possamos
manter uma vida ativa e com um futuro promissor, pois o desenvolvimento só
depende de cada individuo, mas se necessário, segundo ALVES JR. (2009), pode
ter ajuda de alguns especialistas para desenvolver algumas atividades em caso de
dificuldades ocasionadas por algum tipo de doença ou acidente que ocorre ao
decorrer dos anos, mas mesmo assim nunca desista de seus objetivos eles estão
presentes em nosso dia a dia para serem desenvolvidos com muito empenho e
dedicação.
O padrão de crescimento e comportamento motor humano que se modifica
por meio da vida e do tempo, e a grande quantidade de influência que os afetam,
constituem basicamente por diferentes teorias científicas e sustentam a evolução de
estudos que se caracterizam pelas técnicas de pesquisa e pelos meios utilizados na
obtenção de dados, que são elaborados e discutidos, como forma de elucidar os
diferentes vieses que perfazem a existência do homem e sua evolução física,
orgânica, cognitiva e psicológica. Os conceitos, ilustrações e teorias adicionam ao
contexto, a estrutura necessária para que tais estudos possam legitimar-se e
oferecer fundamentos fidedignos sobre as hipóteses que pretendem estabelecer e
discutir. É importante lembrar que o caráter estatístico de nível normal de referência
dos testes não engloba o mesmo valor para todas as populações, tendo em conta os
aspectos afetivos e sociais. (ROSA NETO, 1996).
1.2 PSICOMOTRICIDADE
De acordo com Associação Brasileira de Psicomotricidade (2015), é a
ciências que estuda o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao
seu mundo interno e externo. E todo este estudo esta relacionado ao processo de
maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas
é também sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o
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afeto.
Psicomotricidade é baseada em uma concepção unificada da pessoa, que
inclui as interações cognitivas, sensórias motoras e psíquicas na compreensão das
capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto
psicossocial. Ela também usa de outras ciências como, por exemplo; na sociologia
visando compreender o processo de socialização das crianças; na biologia
visando compreender o processo de maturação dos músculos e aquisição de
novos movimentos corporais e na psicologia que tem o papel integrado, de
unificações entre o movimento do corpo e o pensamento para realização do
movimento por que todo movimento é dependente do pensamento que o produziu.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE, 2015).
E também podemos usar os jogos como um dos principais meios para
desenvolver os aspectos cognitivos e psicomotores, pois o adolescente, segundo
PERFEITO e PIMENTA (2012), aprende a explorar o seu corpo através dos
movimentos de uma forma lúdica, ou seja, se divertindo com jogos o mesmo
desenvolve gradativamente diversos elementos que compõem a psicomotricidade. É
também importante sabermos que devido ao fato de a psicomotricidade ser
desenvolvida através do processo de estimulação dos movimentos físicos,
movimentos estes que quando estimulados de forma correta previnem o
desenvolvimento de diversos distúrbios psicomotores, sendo estes causadores
inúmeras vezes de mau rendimento escolar e dificuldade de interação com o grupo
social.
Então a psicomotricidade, está presente para atuar na intervenção de todo
ser humano que ao decorrer de seu desenvolvimento psicomotor vêm apresentar
dificuldades ao realizar atividades que propõem o uso das mesmas, assim a
intervenção é de suma importância para um bom desenvolvimento das atividades.
(ROSSI, 2012).
Sendo assim na adolescência, segundo SILVA (2005), é muito importante á
estimulação da realização de diversos movimentos, pois somente através destas
práticas podemos observar como esta ocorrendo o processo de desenvolvimento
psicomotor do adolescente e como a mesma vivência a descoberta de novos
movimentos passando assim muitas vezes a descobrir o próprio corpo e seus limites
que podem até mesmo ser quebrados, pois tem jovens que não utilizam de todas as
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suas habilidades alguma das vezes por não conhecerem seus limites outras por falta
de interesse em buscar algo diferente para desenvolver.
Diante de todo estudo sobre a psicomotricidade foi possível analisar que ela
contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema
corporal e tem como objetivo principal, segundo GROMOWSKI e SILVA (2014),
incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança.
Podemos analisar as crianças, além de se divertir, criam, interpretam e se
relacionam com o mundo em que vivem sendo que a finalidade é de auxiliar no
desenvolvimento físico, mental e afetivo do indivíduo, com o propósito de um
desenvolvimento sadio.
1.2.3 DEFINIÇÃO DAS FASES DO DESENVOLVIMENTO
As fases do desenvolvimento estão presentes em nossas vidas desde o
nosso nascimento e continuam até a nossa morte, todos nós passamos por quatro
fases do desenvolvimento, porém o inicio e o término de cada uma delas pode sofrer
variações em função das características da estrutura biológicas de cada indivíduo
(ALHEIT; DAUSIEN, 2006).
Os estágios do desenvolvimento segundo PIAGET (1994), considera 4
períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por
aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas
etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (FURTADO,1999). São eles:
1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
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2. FUTEBOL: HISTÓRIA E PRÁTICA
2.1 HISTÓRIA
A origem do futebol é confusa e indefinida na antiguidade. Apesar dos raros
registros na idade média da prática dos esportes antecessores ao futebol, sabe-se
que naquela época a bola já conquistava multidões em um esporte muito violento,
no qual as regras praticamente não existiam. A China/ Japão com o kemari, na
Grécia o Epyskiros, Roma Harpastun, França Soule, Florença Cálcio são algumas
práticas desportivas antecessoras ao futebol praticado nos dias atuais. A história e a
prática do futebol tiveram início, há muitos anos, desde então tem transposto
barreiras e eliminando preconceitos de cunho racial e social (CARVALHO; MARCHI,
2006).
No início dos tempos, segundo CARVALHO e MARCHI (2006), havia
práticas esportivas que hoje são comparadas ao futebol, mas muitos são os países e
historiadores que defendem a origem do futebol como que se os mesmos tivessem
inventado o esporte. O esporte pode ter surgido em qualquer lugar do mundo, tão
simples e descontraído se faz as próprias regras de acordo com local e momento
não importando o número de pessoas que está jogando.
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um
jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para
chutar a cabeça dos soldados inimigos, substituídas após por bolas de couro
revestidas com cabelo (MASSARANI; ABRUCIO, 2004).
Os gregos no século I a.C , segundo MASSARANI e ABRUCIO (2004),
chamavam Episkiros o jogo, bola de bexiga de boi com areia ou terra, as equipes
eram formadas por quinze jogadores; outro esporte muito parecido com o futebol na
Idade Média, permitia-se socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos, há
relatos de morte durante a partida, equipe de 27 jogadores, divididos em:
corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Com regras claras e objetivas foi na Inglaterra por volta do século XVII,
segundo MARQUES (2013), que o futebol começou a ser praticado por estudantes e
filhos da nobreza inglesa, no ano de 1848 em Cambridge, estabeleceu-se um único
código de regras para o futebol.
No ano de 1871, foi criado o goleiro, o único a colocar as mãos na bola e
deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida
a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a
falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento
(MARQUES, 2013).
O profissionalismo, segundo MARQUES (2013), foi iniciado somente em
1885, no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, cujo objetivo
principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário, no ano de
1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da
Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.
Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios
e campeonatos internacionais, mas foi no ano de 1904 que criaram a FIFA
(Federação Internacional de Futebol Association) que hoje regulamenta o futebol em
todo mundo. A FIFA organiza os grandes campeonatos como a Copa do Mundo que
acontece a cada quatro anos, entre outros campeonatos pelo mundo todo.
(MARQUES, 2013).
Para o Brasil, segundo CARMONA e POLL (2006), o precursor do futebol foi
um paulistano do Brás, Charles Miller que viajou para a Inglaterra aos nove anos de
idade para estudar, teve contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894,
trouxe a primeira bola de futebol e o conjunto de regras do futebol.
O primeiro jogo de futebol no Brasil, foi realizado em 15 de abril de 1895
entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo, todos eram de
origem inglesa. O primeiro time a se formar no Brasil, foi o São Paulo Athletic,
fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado apenas por
pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.
(CARMONA; POLL 2006).
Em 1950, segundo NAPOLEÃO e ASSAL (2006), a Copa do Mundo foi
realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno
Maracanã, para a seleção Uruguaia.
2.2 FUTEBOL: UMA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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2.2.1 ASPECTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL
O futebol, segundo FILGUEIRA (2006), possui a técnica como uma de suas
particularidades, sendo atividade que depende e dá ao esportista maior nível de
desempenho na forma mais objetiva e econômica possível, técnica comum aos
atletas e formada pelos fundamentos do esporte.
Desta forma o esporte se apresenta com imagem complexa e, por isso,
sugere-se que se adapte às regras e normas à uma aprendizagem mais sutil na
infância, de um modo que se obtenha desenvolvimento motor na medida do possível
em relação as diversas faixas etárias.
Na iniciação esportiva, torna-se indispensável priorizar-se a aprendizagem
dos movimentos básicos, a psicomotricidade e, após, dar continuidade dispondo de
técnicas e elementos técnicos (FILGUEIRA, 2006).
Para LUCENA (2001, p. 7), a iniciação esportiva refere-se à “aquisição de
bons hábitos motores, e ao domínio de técnicas elementares, [...] e se fundamenta
progressivamente no desenvolvimento técnico da criança.”
Podem-se relacionar as técnicas do futebol com as de outros esportes que
utilizem pernas e pés basicamente, porém algumas ações típicas como defender,
atacar e marcar gols utiliza, segundo AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM
(2000), não apenas estes membros, mas o restante do corpo fazendo do futebol
completo na formação de corpo e mente.
As técnicas a serem aplicadas durante o ensino da modalidade devem,
seguir a faixa etária de cada turma (fraldinha, dentinho e dente), devendo ser
programada quanto à complexidade, intensidade e duração. Nestes níveis de idade,
os trabalhos técnicos devem ser formados por ações básicas, voltadas a
aprendizagem dos movimentos e não a técnica propriamente dita (AMERICAN
SPORT EDUCATION PROGRAM, 2000).
FREIRE (2003), define como componentes técnicos que representam o
treinamento de conteúdos que visam o perfeito domínio das habilidades especificam
do futebol, e habilidade maneira geral, ou seja, capacidade adquirida divididas em
habilidades individuais (chute, condução, cabeceio e controle de bola) e em coletivas
(drible, passe, domínio, cruzamento e treino de goleiro).
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2.2.2 DEFINIÇÃO
Definir um esporte de tamanha versatilidade e popularidade entre os jovens,
pode-se dizer que seja “uma modalidade esportiva intermitente, com constantes
mudanças de intensidade e atividades, [...] exigindo que o atleta esteja preparado
para reagir aos mais diferentes estímulos da maneira mais eficiente possível”
(REILLY, 1997, p. 256).
A imprevisibilidade dos acontecimentos em uma partida exige, segundo
BARBANTI (1996), que o atleta esteja preparado para reagir aos estímulos, de
maneira eficiente com intensidade submáxima, um jogo no qual as demandas
fisiológicas são multifatoriais e variam durante a partida encontrando-se alta
concentração de lactato no sangue e amônia, indicando maior metabolismo
muscular e alterações iônicas levando à fadiga.
Caracterizando-se como exercício de alta intensidade intermitente e a
relação entre o repouso e períodos de baixas e grandes intensidades, segundo
MARTIN (2002), variam de acordo com o estilo individual de jogar, mas o mais
importante é a posição de jogador em campo, já que o jogador corre
aproximadamente 10 km por partida, sendo que de 8 a 18% é na maior velocidade
individual.
2.2.3 HABILIDADES NECESSÁRIAS A INICIAÇÃO
As competências primárias na iniciação de qualquer esporte, segundo
GREGÓRIO e SILVA (2014), devem ser tratadas e desenvolvidas levando em
consideração as diversidades do mesmo e enfatizando as características dos atletas
que o praticam, sejam estes crianças ou adultos.
No processo da prática pedagógica, deve haver mudança obrigatoriamente
de acordo com cada biótipo e componente físico de quem irá praticar, alterando as
suas aulas a fim de se conciliar os mais diversos tipos de alunos e a sua realidade
chegando ao ponto de ele próprio se transformar. (GREGÓRIO; SILVA, 2104).
Ao avistar tal necessidade, começamos a perceber os alunos e as suas
necessidades, o que querem e o que precisam, o educador deve procurar colocar os
alunos para observarem a realidade, decidirem problemas sistematizados, aspectos
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das situações que julga necessários estudar e todas as demais situações-problema
que vai encontrando como uma forma intensa de dar a palavra ao aluno, permitindo
sua expressão e valorizando-a.
Todo educador deve ter em mente, segundo ZANELLA (2012), que na
infância deve ser trabalhada todas as possibilidades físicas e coordenativas da
criança motivando-as durante praticas que venham a ser realizado, conhecer a
etapa psicológica e fisiológica de cada faixa etária trabalhada, e cuidar da
intensidade procurando não sobrecarregar a criança com relação à carga aplicada.
Devemos nos importar em trabalhar, a alegria motivando em todas as aulas,
a capacidade geral de coordenação, cálculo de movimento; avaliar técnicas na
condução da bola, domínio, passe, recepção, tabela, chute a gol, disposição para
correr, saltar, rolar; táticas para “fazer e evitar gols”; conhecimento das regras do
jogo; domínio de emoções como perder e vencer, compreensão de trabalho equipe e
colaboração. (ZANELLA, 2012).
Assim torna-se explícito aos profissionais que ao treinar um grupo de
crianças deve, segundo LANARO et al (2001), ter conhecimento de características
físicas e psicológicas de cada faixa etária, procurar trabalhar todos os elementos do
processo de iniciação ao futebol de maneira global, ajustando a criança a um bom
desempenho para quando atingir idade e maturidade certa para dar início as
competições.
2.2.4 CARACTERÍSTICAS
Uma educação esportiva de qualidade, conforme João Freire (2003), deve
estimular a tomada de decisões sendo independente ao ser crítico se conquistando
seu lugar de direito e se adaptando a realidade, o que leva a crer que o primeiro
passo é o tomado de consciência e em seguida envolver o aluno neste projeto
elaborado e estudado pelo professor.
O educador, segundo Freire (2003), deve dar oportunidades e propor ações
que os alunos possam realizar todo o estudo, sistematizando soluções, fazer, criar,
opinar e votar ações que mostram que não está repetindo ou se deixando levar pelo
comodismo do que já está pronto.
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Portanto o educador deve criar, elaborar e deixar de ser submisso e se
tornar um ser ativo da situação, ou seja, sujeito da realidade que propõe no projeto
para se auto-afirmar na ideologia da sala de aula e no seu dia-a-dia, de forma a
propor novas experiências e situações problemas no decorrer da convivência mestre
aluno e vice-versa, pois ambos te a ensinar.
2.2.5 – INTERESSES
A realidade cultural do Brasil deposita sobre o futebol um mar de expectativa
de mudança de vida, fuga da pobreza e realidade adversa, desta forma tal atividade
desperta interesse nas mais diferentes classes sociais e faixas etárias.
O esporte é uma conquista cultural, aquisição que pertence ao patrimônio da humanidade e, como tal, deve ser transmitido ao aluno, como conteúdo das aulas de Educação Física, possibilitando sua vivencia nas mais diferentes modalidades. (GONÇALVES, 1994, p.163).
O interesse pelo futebol pode ser identificado, por volta dos cinco anos, é um
atrativo popular e acessível, a criança pratica a atividade brincando e estimula a
sociabilidade ajuda a lidar com desafios, fortalece o sistema cardiovascular e
desenvolve habilidades de equilíbrio e reflexo. (FREIRE, 2003).
A educação física assume um papel importante na transmissão da cultura
corporal, através dos jogos, dança, luta, ginástica e esporte, através dos mesmos e
da vasta cultura de movimentos se permite que o indivíduo expresse sua
corporeidade no meio em que vive.
A partir desse entendimento,
cultura é todo o conhecimento que uma sociedade tem de si mesma, sobre outras sociedades, sobre o meio material em que vive, e sobre a própria existência. Inclui ainda maneiras como este conhecimento é expresso por uma sociedade, como é o caso de sua arte, religião, esportes e jogos, tecnologia, ciência e política (GODOY, 1992, p.41).
O profissional de educação física não deve determinar movimentos como
errados ou que não se enquadra nos padrões técnicos e reprimi-los, tal atitude pode,
vir a inibir a revelação de criatividade antes suprimida pelo cotidiano, restando ao
professor incentivar o avanço motor dos alunos, dando aos mesmos a chance de
adquirir novas experiências. (BARROS, 1970).
O que se pode confirmar com exatidão é que a cultura passa de hábitos que
18
a população por si só faz e desfaz de acordo com os momentos e experiências do
cotidiano, portanto a prática da Educação Física escolar deve considerar à
transformação da realidade e permitir ao educando evoluir em todos os aspectos.
As tradições do esporte transmitem uma linguagem cheia de si e maneiras
de se manifestar através melhoria de comportamento sociocultural, ou seja,
despertando visão critica ao se deparar com drogas, más influencias fora e dentro
de casa, no modo de sentir, pensar e agir em relação à sociedade e ao mundo.
(DAOLIO, 1995).
2.2.6 ATIVIDADE FÍSICA RECOMENDADA
Na infância, o organismo está em formação e é preciso tomar alguns
cuidados para evitar lesões nos joelhos, tornozelos e lombar, já que são as partes
do corpo mais solicitadas, mas a criança não precisa se privar dos treinos para
evitar, basta respeitar os limites do corpo em cada fase e a adaptação do
treinamento. (PEREIRA, 2009).
Abaixo pode-se observar a tabela de treinamento físico, desenvolvida de
forma a descrever as atividades recomendadas a cada faixa etária dos alunos.
Faixa etária Objetivo Atividade
Fraldinha (7 a 9) Formar esquema corporal, trabalhar atividades naturais e recreativas.
Desenvolver noção de lateralidade, domínio, peso, altura, tamanho, direção, profundidade e velocidade.
Dentinho (9 a 11) Aperfeiçoar movimentos de forma geral e naturais ritmados.
Técnicas simples, variedades de exercícios, incorporação de técnicas motoras e desenvolvimento de criatividade.
Dente de Leite (11 a 13)
Formação física de base e fundamentos desportivos.
Exercícios de deslocamento utilizando bolas e desenvolvimento de destrezas técnicas.
Quadro 1 Atividades relacionadas por faixa etária Fonte: CUNHA (2009 c).
Tais atividades acima relacionadas devem ser realizadas seguindo
observações preliminares a respeito do desenvolvimento de cada criança afim de
não exigir atividades desnecessárias e poder acompanhar se a mesma evolui ou
não com as atividades.
19
2.2.7 BENEFÍCIOS COM A PRÁTICA DO FUTEBOL Os alunos em processo são crianças, desta forma estão em constante
transformação física e psíquica mesmo que pequena, porém acontece e é
irreversível.
Para FREIRE (1980, p. 40).
O professor tem aí um papel importantíssimo, pois, o homem não pode participar ativamente da história, na sociedade, na transformação da realidade se ele não é auxiliado a tomar consciência da realidade e da sua própria capacidade de transformá-la.
A Educação Física escolar, segundo ALMEIDA et al (2008), expõe o aluno a
situações desagradáveis, mas pode também usar da sua particularidade,
promovendo autonomia nos alunos frente aos desafios revelando ações práticas que
afirmam valores e sentidos ampliando a elucidando cidadania.
Dessa maneira a prática escolar envolve o aluno no processo ensino-
aprendizagem, deve deixar o centro aos alunos cabendo-lhe a ele dirigir realidade
criticamente em da busca autonomia, oferecendo possibilidades de escolherem os
times, definirem os agrupamentos distribuí-los pelo espaço, participarem da
construção e adequação de materiais e modificação de regras.
O aluno aprende no início do envolvimento com os demais, sendo o primeiro
contato com a realidade, medida que se apropria dos fatos e toma conhecimento da
realidade gerando pensamento próprio fora do comum indo além do pedido a ele a
tal ponto até que ele chega a uma ação correspondente aos pensamentos gerados
pelo estudo.
Portanto a Educação Física na escola tem por obrigação promover a
autonomia de fato, e é preciso que as aulas se tornem diferentes, tanto do ponto de
vista da escola sobre o que se deve ensinar, assim como pelos procedimentos
adotados pelo professor a serem utilizados nas suas aulas. (KORSAKAS; DE ROSE,
2009).
20
3. COMO ENSINAR
O modo de ensinar, segundo LIBÂNEO (1990), influencia diretamente no
desenvolvimento do aluno, portanto determinados cuidados com o treinamento físico
devem ser seguidos a fim de não prejudicar o educando que ainda se encontra em
fase de crescimento físico e psico-pedagógico.
Por meio da prática da educação física, pode-se trabalhar, segundo
KORSAKAS e DE ROSE (2009), uma grande quantidade de valores e atitudes,
durante a realização de exercícios e atividades através de comportamentos que por
sua vez implicam valores.
Os principais valores e atitudes que são trabalhados na educação física são
os relacionados, segundo LORENZ e TIBEAU (2003), com auto-conceito, a auto-
confiança, o respeito para consigo mesmo e para com os outros, o esforço, a
cooperação e a solidariedade.
Uma maneira fácil e confortável de refletir sobre os valores e atitudes é,
segundo DARIDO (2001), formar um circulo com as crianças, que permita as
mesmas ter contato com os outros, é um convite ao diálogo e reflexão em grupo nos
momentos de descanso entre os exercícios e na parte final de cada dia ou sessão
de exercícios. Portanto a iniciação esportiva pode ser divididaem etapas de acordo
com a faixa etária em que se irá trabalhar. Devendo considerar a fase psico-
pedagógica em que se encontra cada criança, pois as mesmas não se encontram
com o mesmo desenvolvimento devido a criação e educação recebida em casa
assim como a liberdade de movimento que cada pai e mãe dá a seus filhos.
3.1 EDUCAÇÃO BÁSICA DO FUTEBOL A INICIAÇÃO ESPORTIVA A educação física é fundamental entre os sete e nove anos de idade para o desenvolvimento da autonomia, a aceitação, o auto-conhecimento e a confiança em si mesmo. Levando-se em consideração esses objetivos, propomos os seguintes conteúdos: expressão corporal, habilidades motoras básicas e estruturais, imagem e percepção corporal. (MONTES, 2007, p. 9).
As primeiras manifestações do movimento são comuns em todas as
crianças; no entanto, a partir dos sete anos, as habilidades motoras dependem da
prática e da transmissão social, e variam entre diversas culturas. Por esse motivo, é
importante adaptar os exercícios às necessidades e características culturais das
crianças.
Os exercícios do grupo temático de estrutura, imagem e percepção corporal
têm como objetivo, o conhecimento do próprio corpo, as principais percepções a
serem desenvolvidas são a espacial e a temporal. Assim, os exercícios a serem
aplicados a esse grupo devem trabalhar os seguintes conteúdos: estrutura corporal,
lateralidade, estruturação espacial e temporal, relaxamento e respiração. (BETTI;
ZULIANI, 2009).
A comunicação e a expressão corporal, segundo MONTES (2007),
potencializam o crescimento, o desenvolvimento e o amadurecimento, possibilitando
formas de expressão variadas que permitindo a criança ser consciente do seu corpo
e seus recursos expressivos. Potencializando assim os movimentos naturais e
espontâneos, evitando gestos artificiais e estereotipados.
Desse modo, os exercícios propostos devem oportunizar a criança o conhecimento de seu corpo e explorar movimentos de comunicação e expressão no desenvolvimento psicomotor básico, de habilidade motora e expressão corporal. Os exercícios temáticos devem administrar estrutura corporal, relaxamento-contração, respiração e relações espaciais (MONTES, 2007, p.10).
A motricidade, segundo PERFEITO e PIMENTA (2012), depende do
amadurecimento da criança e de suas características. Os exercícios de relaxamento
e de controle de postura ajudam a melhorar a regulação tônica, facilitam um maior
conhecimento do corpo e das massas musculares, e também permitem obter
movimentos eficazes e econômicos.
A respiração e o relaxamento são essenciais na atividade tônico-postural da
criança, assim, o controle da respiração favorece uma boa estruturação da
consciência corporal. Os exercícios de respiração devem ser trabalhados de
maneira contínua, evitando-se concentrá-Ios em sessões isoladas (VIEIRA, 2014).
Os aspectos a serem trabalhados, segundo BALBÉ et al. (2009), são:
• Adaptação espacial: adaptação do movimento do corpo ao espaço, como por
exemplo, saltar.
• Noções espaciais: expressões que delimitam espaço, por exemplo, correr em
direção ao gol.
• Orientação: noção de onde está e para onde vai, através de trajetos e localização
22
espacial.
• Estruturação espacial: organização do espaço sem utilizar o corpo como ponto de
referência, mas o espaço em si e se encontrar nele.
3.2 PROGRESSÃO ESPORTIVA NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA O desenvolvimento motor e do restante do corpo se dá ao longo de diferentes etapas como cognitivo, afetivo e social, há momentos em que é mais favorável enfatizar determinadas práticas, entre nove e onze anos de idade se têm um sistema nervoso maduro, permite aprimorar habilidades motoras e consolidar adaptação de habilidades estruturais, temporais e espaciais. (MONTES, 2007, p. 69).
Um dos objetivos gerais da educação física, é conseguir um
desenvolvimento integral e equilibrado da pessoa, relacionando assim os seguintes
conteúdos: capacidades condicionais, habilidades motoras básicas e iniciação
esportiva. (BETTI; ZULIANI, 2009).
Ao trabalhar as capacidades condicionais com crianças dessa faixa etária
deve, segundo OLIVEIRA et al (2007), concentrar-se na resistência anaeróbica, na
musculatura geral, de modo a permitir um crescimento harmônico e sadio,
manutenção da flexibilidade, respeitando as possibilidades de cada criança, e o
aumento da velocidade de execução de habilidades específicas.
Durante a iniciação esportiva deve-se estimular as crianças a se divertir com
a prática esportiva devendo ser potencializado a prática e o respeito às normas, a
aceitação das decisões dos colegas ou do educador e avaliar as próprias
possibilidades e as possibilidades dos colegas. Podemos então dar início as
capacidades condicionais básicas como força, resistência, velocidade e flexibilidade,
e trabalha-Ias de modo pontual é pouco eficiente e perigoso é importante adequar a
intensidade às características das crianças, evitando riscos desnecessários
(SANTANA, 2002).
O desenvolvimento da força na infância e na pré-adolescência, segundo
OLIVEIRA et al. (2013), é importante porque reduz o risco de lesões, ajuda a
manter uma postura corporal correta e aumenta a eficácia motora. A força é
trabalhada por meio de saltos, corridas, arremessos, etc. Nesta faixa etária, a força
não deve ser desenvolvida por meio de cargas, já que pode ser prejudicial à saúde.
Uma grande quantidade de órgãos e sistemas do corpo, como o aparelho
23
cardiovascular e o sistema nervoso é frágil por isso, é aconselhável trabalhar
somente a resistência aeróbica, realizando exercícios de baixa intensidade e longa
duração, controlando a freqüência cardíaca. A resistência anaeróbica, é introduzida
em idades mais avançadas e se desenvolve por meio de exercícios de intensidades
mediana ou alta e de curta duração, a flexibilidade é uma capacidade que diminui
com a idade, e a sua manutenção pode ser realizada a partir dos cinco anos.
(OLIVEIRA et al., 2007).
Assim, é interessante acrescentar o trabalho das capacidades condicionais
nas crianças, já que essas intervêm na melhora geral do rendimento e favorecem
um desenvolvimento equilibrado.
A iniciação esportiva pode começar a ser trabalhada com meninos e
meninas, a partir de nove uma série de habilidades motoras básicas e específicas, é
motivador para as crianças e facilita o desenvolvimento das suas capacidades
cognitivas e sociais. A iniciação esportiva, deve combinar os aspectos técnicos ao
desenvolvimento das capacidades relacionais e cognitivas das crianças, priorizar o
aprendizado de padrões motores e estratégicos básicos e gerais, que as crianças
possam aplicar em diferentes esportes e situações motoras. (SANTANA, 2002).
3.3 TÉCNICAS ESPORTIVAS APLICADAS A ADOLESCÊNCIA
Os exercícios de capacidades condicionais para meninos e meninas de onze
a treze anos, segundo VALENTE (2002), aumentam de dificuldade e de intensidade
com relação aos exercícios destinados a crianças de nove a onze anos, mantendo
os mesmos conteúdos: força, resistência, flexibilidade e velocidade.
O desenvolvimento de capacidades condicionais melhora o rendimento
geral, permitindo a realização de deslocamentos mais eficazes e aumentando a
resistência ao cansaço. Os exercícios de força estão orientados para que as
crianças tenham uma musculatura equilibrada e harmônica, sem desequilíbrios
entre as diferentes massas musculares. Em exercícios com pesos, devem ser
tomadas precauções com a coluna vertebral, escolhendo um peso que se adapte às
características da criança, e realizando um aquecimento adequado. (WEINECH,
2003).
24
Nas crianças, é desenvolvida fundamentalmente a resistência anaeróbica
por meio de exercícios de longa duração e com uma intensidade baixa ou mediana.
Os exercícios estão orientados para trabalhar a resistência de maneira contínua,
sem intervalos entre um e outro, já que é a metodologia mais adequada para esta
faixa etária. A flexibilidade, facilita a adoção de gestos e posturas variadas, além de
prevenir lesões musculares e articulares. O trabalho de flexibilidade deve iniciar-se
com exercícios simples de pouca intensidade, aumentando progressivamente o
potencial articular, evitando os puxões bruscos, os rebates e as posturas forçadas
demais. (MONTES, 2007).
Com crianças de onze a treze anos, velocidade e exercícios de freqüência,
velocidade e reação melhoram a coordenação mecânica. São aconselháveis
introduzir em idades não tenras exercícios que trabalhem de forma conjunta duas.
velocidade e força ou a resistência, já que são de uma intensidade bastante elevada
podem afetar o correto desenvolvimento das crianças. (MONTES, 2007).
Nas primeiras etapas do desenvolvimento motor, segundo DOHME (2003),
as respostas motoras são semelhantes entre os meninos e as meninas, e vão se
especificando e diferenciando umas das outras, desenvolvem-se por meio da
evolução das estruturas motoras, que permitem adaptar o deslocamento.
As habilidades básicas, segundo MONTES (2007), se tornam
comportamentos específicos e especializados à medida que as crianças encontram
a sua aplicação na iniciação esportiva. Os exercícios de habilidades motoras para
crianças de onze a treze anos de idade, aumentam de dificuldade com relação aos
exercícios destinados às de sete a nove anos, mantendo os mesmos conteúdos:
deslocamentos, giros, saltos e manipulação de objetos. Os deslocamentos são
trabalhados por meio de corridas de diferentes ritmos, saltando obstáculos, levando
colegas, agachamentos, exercícios laterais e que favoreçam o equilíbrio. Na
manipulação de objetos, são trabalhados especialmente os arremessos e as
recepções mediante a adaptação dos movimentos às trajetórias dos objetos.
Com crianças dessas idades, segundo RODRIGUES (2002), são
trabalhados os saltos em corrida, tanto verticais como os saltos com barreiras, os
horizontais ou os longitudinais. Assim, progressivamente, as crianças vão ficando
mais conscientes das possibilidades e dos recursos das habilidades básicas, que
são a base para o desenvolvimento correto das habilidades específicas.
25
3.4. FUNDAMENTOS
Para que o jogo transcorra com tranqüilidade, é necessário seguir algumas
regras para que o mesmo siga sem violência e com disciplina, e foi a Federação
Internacional de Futebol Associado (FIFA) criada em 1904 para regulamentar as
partidas com dezessete regras e algumas, segundo AMERICAN SPORT
EDUCATION PROGRAM (2000), são:
Campo de jogo com comprimento de noventa a cento e vinte metros e largura
que vai de quarenta e cinco a noventa metros, delimitado por linhas que o circundam
nas laterais, as linhas de fundo, a área, a grande área e tiro de meta;
A bola deve ser esférica, com diâmetro de 68 a 70 cm, peso de 410 a 450g e
pressão de 600 a 1100 g/cm2;
Os jogadores devem ser no mínimo 7 e no máximo 11 e um deve ser goleiro;
Os jogadores devem estar trajando camisas de mangas curtas ou compridas,
bermudas, meias compridas, caneleiras e chuteiras;
O arbitro que tem a função de regular a partida, assim como, tempo das
partidas, conduta dos jogadores e dos técnicos;
Os árbitros assistentes devem auxiliar o arbitro de fora do campo e advertindo
o arbitro dos impedimentos e demais faltas que ver e for da sua competência;
A duração das partidas deve ser de noventa minutos, divididos em dois
tempos, acréscimo ao final de cada tempo dos minutos perdidos com pênaltis, troca
de jogador, assistência médica e outros intervenções e quinze minutos de intervalo.
E demais regras, como impedimento, gol, cartões, etc.
Porém, mais que as regras observadas acima, existem atividades prévias
antes de se iniciar a partida e/ou antes mesmo se inserir um atleta em competições
de categoria amadora ou profissional.
3.4.1 PREPARAÇÃO DO CORPO PARA ATIVIDADES FÍSICAS
Antes de iniciarmos qualquer atividade física, é imprescindível fazermos
alongamento e aquecimento, preparando o corpo para as atividades que virão a
26
seguir como caminhada, futebol, tênis e/ou outros.
A função do aquecimento e do alongamento, segundo DI ALENCAR e
MATIAS (2010), é preparar os músculos, tendões e articulações para sofrerem
impactos, impedir o acometimento de lesões e até mesmo fraturas provenientes de
tombos, escorregões e outros acontecimentos durante a prática de uma atividade
física.
O alongamento a ser feito, deve ser assistido por um profissional
competente, pois para cada atividade física o corpo exerce uma força diferente e
dessa forma há sempre um exercício própria para cada uma delas. E mal feito o
aquecimento por desconhecimento do corpo e do exercício pode vir a ser uma fonte
de problemas. (DI ALENCAR; MATIAS, 2010).
3.4.1.1 AQUECIMENTO E ALONGAMENTO
Os exercícios tanto de alongamento quanto o de aquecimento, tem por
função principal, segundo WEINECK (2003), aumentar o bem estar e aliviar o
estresse, e não é realizado apenas em esportes, vai de atividades do cotidiano das
pessoas ao teatro. O aquecimento e o alongamento, devem ser feitos antes e depois
das atividades, sendo que o primeiro tem a função de aumentar a temperatura
interna e aquecer os músculos antes do esforço, e após a atividade faz com que os
músculos voltem ao seu lugar e a circulação sanguínea volte ao estado normal
diminuindo a pressão arterial.
Pelo fato da musculatura ser contrátil e aumentar seu tamanho durante
atividade física é que, segundo ROBERGS e ROBERTS (2002), se deve alongar
bem lentamente com a ajuda da gravidade, sem esquecer-se dos limites do corpo
para não prejudicar o desempenho e sanidade do mesmo. Os tendões não possuem
a mesma flexibilidade dos músculos, devendo então exigir maior cuidado e atenção.
O aquecimento, realizado antes do alongamento pode ser feito sem se
mover, a partir de saltos e rotações dos braços que aumentam a temperatura do
corpo e avisam aos músculos que devem “acordar”. Antes das atividades físicas não
podemos nos esquecer de aquecer e preparar a respiração e o coração (DANTAS,
2003).
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O alongamento pode ser feito sentado, em pé ou deitado o importante é
esticar os membros para traz e para frente realizando a autotração com ou sem o
auxílio de materiais, o uso da gravidade agachando e esticando as pernas uma por
vez, o passivo sentado ou deitado esticando pernas e braços e ativo-passivo
esticando e encolhendo pernas e braços usando apenas a força do corpo. Porém o
importante é não se esquecer de aquecer e alongar e que os mesmos estejam
relacionados as atividades a serem executadas, lembrando que uma atividade
rápida de alto esforço físico não deve ser tratada com as demais e vice-versa
(DANTAS, 2003).
3.4.2 MANEJO DO CORPO
O corpo, segundo SILVA (2007), é o item principal de um bom desempenho
nos treinos e partidas, o fato de conseguir movimentar-se e controlar a direção, o
gingado, equilíbrio e alguns fundamentos de “manuseio” desta ferramenta, pode ser
aplicada através de exercícios. As atividades relacionadas a este treinamento
específico do corpo impede quedas e até fraturas acidentais, ao trabalhar o corpo
impede e ensina a cair e rolar e muitas outras coisas, mas tudo isso através de
coisas bobas como corrida de frente, costas, lateral e com mudanças de
direção,giros, saltos dribles, fintas, paradas repentinas e demais exercícios.
Provocar reações aparentemente bruscas, faz que o atleta conheça e prenda os
riscos de uma partida podendo se defender de acasos que não há como inibir.
3.4.3 DOMÍNIO DE BOLA
Dominar ou controlar a bola, segundo SILVA (2007), pode ser de grande
valia na carreira de um jogador e em uma partida de futebol. A habilidade de
dominar a bola é tão sutil que deve ter pratica para realizar essa manobra que pode
ganhar uma partida já que a posse da bola feita com perfeição chega a intimidar o
oponente.
Para ser bom no controle da bola, o jogador deve, segundo GONÇALVES
(1994), saber lidar com ela das mais diferentes formas possíveis, podendo então
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fazer uso de membros como coxas, ombros e cabeças combinando-os de forma
elegante e precisamente rápida sem perder a concentração e o equilíbrio. Durante a
posse da bola, deve tocá-la sempre ao centro para que não se desvie aos lados,
usando os braços na altura do peito em forma de arco, corpo levemente inclinado a
frente e músculos relaxados, joelhos flexionados e base do corpo a cada movimento,
e sem esquecer-se dos olhos que não podem desconcentrar e sair da bola.
3.4.4 DRIBLE
Toda criança antes mesmo de saber andar com perfeição aprende o drible e
pratica entre pessoas e desvia de obstáculos, mas por brincadeira, e esse
desempenho frente ao “perigo” de quebrar objetos em casa e se machucar é uma
habilidade que não se adquire mas sim nasce com ela e com o preparo correto se
torna uma “arma” potente durante as partidas de futebol. O drible, não passa de
corrida com obstáculos, pode aparentar certo grau de facilidade, mas nesse caso
os obstáculos são móveis estão vindo ao seu encontro em várias direções ao seu
lado, pelas suas costas e todas as direções possíveis. Portanto torna-se
indispensável trabalhar essa tática, que tem por objetivo tirar vantagem do
adversário. (VOSER, 2001).
O objetivo do drible é passar pelo adversário com a posse da bola e não
deixar que o mesmo a tome, girando e gingando fazendo o adversário perder o
equilíbrio sem que o driblador perca o seu. Para um bom desempenho no drible, o
corpo deve estar levemente inclinado, pernas pouco flexionadas e abertas e os
braços soltos dando apoio ao movimento. O drible nada mais é que enganar o
adversário, com o corpo mostra que segue para a direita e quando o mesmo se
desloca para aquele lado se vira e arranca com a bola para o lado oposto. (DARIDO,
2007).
É importante, segundo RIBEIRO (2004), não deixar que o oponente chegue
perto demais da bola mantendo distância suficiente que o impossibilite de esticar a
perna para alcançar a mesma, assim quando ele tentar alcançar a bola com uma
das pernas e perder o equilíbrio arranca com a bola para o lado da perna que
estendeu saindo assim do campo de ataque do adversário.
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3.4.5 PASSE E RECEPÇÃO
Pode-se assim dizer que passe, é o mais importante em uma partida e deve
ser preciso, pois podem gerar gols. O passe, segundo RIBEIRO (2004), é o meio de
comunicação entre os membros de uma equipe possibilitando ao grupo a
progressividade nas jogadas sejam elas defensivas ou não.
Este domínio da bola pode, de acordo com CUNHA (2009B), ser curto, longo
ou por elevação e podem ser feitos utilizando os pés, as coxas, a cabeça, os ombros
e calcanhar. Para isso ocorrer de forma precisa é necessário treino a fim de que os
mesmos sejam realizados com grande precisão.
Para a realização de tais manobras torna-se indispensável um maior
treinamento físico, manejar as pernas a fim de conseguir assimilar um alvo e projetar
a bola para a direção indicada por outro jogador ou técnico, calculando as diretrizes
e a distância esteja o alvo parado ou não.
Para a jogada ser concluída com êxito é necessário que os jogadores
estejam entrosados e aptos a realizar a passe.
Algumas dessas jogadas, segundo FILGUEIRA (2006), são ensaiadas nos
treinos, utilizando cones como obstáculos de chão, e no alto usando os próprios
jogadores simulando um contra-ataque que pode vir a ser de cabeça ou não, o mais
certo é que deve-se aprender a “enganar” o adversário e deixá-lo sem saber de
onde virá o passe e pra onde irá.
É papel do técnico, de acordo com WEINECK (2003), junto aos jogadores
dando instruções para corrigir falhas de passe e dar a eles a autonomia de decidir
como será o passe:
Curtos realizados com as partes internas e externas dos pés;
Longos utilizando o dorso dos pés atingindo um maior impacto;
Cavado levantando a bola com a ponta do pé atingindo a parte debaixo da
bola com rapidez fazendo-a levantar do chão;
Rasteiro com o passe da bola feito pelo dorso do pé é eficaz e preciso.
Mas para que os passes sejam precisos é obvio o treinamento dos pés com
chutes de bico de pé, dorso do pé, voleio e bate-pronto. Os chutes de efeito como
quando usado o dorso do pé ou o bico, o passe ou chute de bico, segundo Filgueira
(2006), se dá geralmente com a bola em movimento e caso não acerte o centro da
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bola a trajetória será modificada e meta de gol alterada, já com o uso do dorso o
contato é maior aumentando as chances de gol.
O voleio, segundo CARMONA e POLL (2006), é feito com as bolas vindas
do ar e não toca o chão usando o dorso do pé, com o bate-pronto a bola jogada que
vem pelo ar ao tocar o chão é imediatamente repassada e pode ser passada de bico
ou dorso de pé.
Para a finalização de um passe e marcação do gol é preciso, segundo
GODOY (1992), que a recepção ocorra de forma correta, ou seja, quem recebe deve
amortecer, dominar e manter controle sobre a mesma podendo ser feito com os pés
parte (interna e externa) e com o peito e a coxa. Para a recepção ser feita com os
pés, deve manter os olhos fixos na bola te o contato e manter o peso do corpo na
perna de apoio ao tocar a bola o pé deve ir pouca coisa para trás e pressionar a bola
contra o chão mantendo-a cravada junto ao solo até poder passada e/ou chutá-la a
gol.
Quando se recepciona a bola com membros cheios de músculos como as
coxas, segundo SILVA (2009), deve-se relaxar os músculos para amortecer a
chegada e erguer a perna contraindo o joelho e descê-la junto com a bola
acompanhando o movimento da bola. No caso de usar o peito para recepcionar a
bola deve, tirar o ar dos pulmões para relaxar a musculatura do mesmo e
amortecendo, não usando somente o peito mas também os braços que devem dar
equilíbrio ao jogador pois o mesmo deve inclinar-se levemente para trás ao receber
a bola, os braços em forma de arco dão equilíbrio e auxiliam no domínio da bola.
Portanto, para a realização destas façanhas é necessário treino e mais,
domínio do corpo que se dá com equilíbrio na hora de recuar e/ou inclinar-se e o
auxilio dos músculos que devem contraídos e relaxados de acordo com o momento.
3.4.6 CORREÇÃO E APRIMORAMENTO
Para um melhor desempenho dentro e fora de campo, já para ser um bom
atleta primeiro deve ser uma pessoa consciente de sua atividade e das
conseqüências de suas ações e se torna necessário aprimorar tais comportamentos.
Pode-se então usar de recursos como atividades em dupla ou em grupo onde um
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dependa do outro para a conclusão do exercício. Desta forma pode ser aplicada,
segundo CUNHA (2009A), algumas atividades como:
Corridas de duplas onde os membros se encontram um pé atado ao pé do
companheiro e ambos desviando de obstáculos como cones e os próprios colegas
de equipe;
Conduzir a bola em direção ao gol passando por cones até finalizar atividade
que deve ser realizada em dupla para aumentar o entrosamento;
Saltar sobre o banco sueco com os pés atados a outra pessoa e desviar dos
vãos do banco;
Cabecear a bola de um para outro e devolver da mesma forma e sem parar
de andar;
Passe de bola e recepção;
Chutes a gol de ângulos diferentes e após recepções de bola diferentes,
pode ser de peito, coxa ou pé;
Drible entre paredão de jogadores com ou sem finalizações.
Algumas atividades como as citadas acima pode melhorar o trabalho em
grupo, a convivência e a compreensão das atitudes dentro de campo como passar
ou não a bola e dominar ou não, entendendo as falhas e limitações dos
companheiros. O aprimoramento, depende essencialmente da força de vontade de
cada esportista, em ser melhor para si e em grupo, pois às vezes a falha está na
falta de companheirismo e/ou intimidade que podem ser resolvidos com atividades
simples uma roda de diálogo onde se dá sugestões uns aos outros de forma
organizada e sem alterações de comportamento ou voz. (CUNHA, 2009 d).
3.5 TREINAMENTO PRECOCE
Há alguns anos, a iniciação esportiva se dava entre crianças de uma mesma
rua, bairro e escola todos eram bons e as regras as próprias crianças elaboravam e
assim começava a famosa pelada sem técnico, professor ou qualquer outra pessoa
que regulamentasse o jogo e corrigisse falhas. Estes meninos e meninas não se
classificam ou classificavam os outros, eram apenas jogadores de bola
(GREGÓRIO; SILVA, 2014).
Hoje em dia, com o aparecimento de escolinhas especializadas que dividem
32
as crianças e as treina para se tornarem competidores, sem se atentarem a um
pequeno detalhe são apenas crianças. Ao passar uma idéia de esporte no caso o
futebol, torna-se indispensável ver que a criança precisa sentir prazer no que faz,
evoluir a sua consciência com o auxílio do grupo, interpretar o esporte como lazer,
construir a sua cidadania e o mais importante valorizar a alto-estima. (SANTANA,
2004).
Abaixo pode se observar os possíveis objetivos do esporte na infância.
Quadro 2. Possíveis objetivos do futebol na infância
Técnica
- Até nove anos: vivenciar as habilidades que exercita sozinho e que melhora o seu relacionamento com a bola, melhorando a sua visão periférica. Isso não significa que deve deixar de treinar a posse e a oposição. - Vivenciar as habilidades predominante num contexto de jogo, isto é, não o como fazer do motivo de fazer. - Aos dez e onze anos: as experiências anteriores de jogo deverão sinalizar para que a visão esteja menos centrada na bola e mais na tática. Logo o contexto de jogo deve ser mantido.
Tática
- Até nove anos: aumentar a participação no jogo coletivo, isto é, introduzir aos poucos a ocupação racional (inteligente) do espaço, o que facilitará a comunicação com os colegas e contra os adversários. - Aos dez, onze e doze anos: pautar o aprendizado tático na idéia de versatilidade. - Introduzir alguns princípios do jogo de ataque, de defesa e de transição (ofensiva e defensiva.
Motora
- Aos seis e sete nos: preocupar-se em desenvolver as habilidades básicas (locomoção, manipulação e estabilidade). - Dos sete aos dez anos: desenvolver a velocidade (de reação) e a coordenação de vários movimentos (por isso a aula deverá prever movimentos diversificados). - Entre sete e doze anos: desenvolver a flexibilidade. - A partir dos doze anos: desenvolver mais pontualmente a resistência e a força.
Sociomoral
- Entre cinco e doze anos: criar um ambiente cooperativo x coercitivo. - A partir dos nove e dez anos: desenvolver mais pontualmente cooperação, democracia e uma moral voltada para a autonomia. - O professor deve minimizar a sua autoridade e incitar as trocas sociais; os objetivos morais são tão mais passíveis de serem atingidos quanto mais a criança avança na idade.
Competitiva
- De sete a onze anos: elevar a auto-estima da criança (o que será possível se todos participarem, se o tipo de competição permitir o êxito e se as pessoas envolvidas independentemente dos resultados apoiarem). - Aos doze anos (já em competições federadas): aprender a conviver com as vitórias e as derrotas, mas sem supervalorizá-las; colocar a criança sob situações novas.
Fonte: SANTANA (2004). O resultado deve ser a melhoria do eu interior da criança e não estimulá-lo a
pensar ser superior as demais crianças, formando pessoas reais ao invés de
máquinas de habilidades superiores.
Quando uma criança adentra uma escolhinha especializada ou não de
futebol as intenções do educador não estão claras, tão menos o educador da
intenção dos pais que tomados de orgulho influenciam os filhos os fazem de
marionetes, segundo SANTANA (2004), brincam de Deus e moldam a infância da
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criança esquecendo que nesta fase o psicológico é muito frágil e moldável.
As crianças ao chegarem a escola trazem consigo toda uma história de vida.
São as suas experiências sociais, afetivas, intelectuais, morais, sensíveis. Esse
conhecimento segundo a realidade de cada criança será mais ou menos intenso,
criativo, criativo, rico. (SANTANA, 2004).
A inteligência tática de perceber o espaço, o colega, o adversário, de decidir,
de antecipar-se pode ser estimulado desde cedo. A didática ao orientar crianças,
deve transmitir experiências adquiridas por estudos bibliográficos e no cotidiano de
trabalho, definindo assim regras um conjunto de normas que darão vida a aula.
(SILVA, 2009).
O educador deve objetivar auxiliar o aluno a aprender, não se trata apenas
de mostrar o que deve ser feito, mas ajudar o aluno a absorver o conteúdo de forma
que o a criança se espelhe e melhore sua conduta e comportamento. (MUTTI, 2003).
As crianças entre seis e dez anos apresentam atitude otimista,
despreocupada, mais assimilação isenta de crítica, de conhecimento e habilidades.
Surge nesta fase o aumento da capacidade de concentrações, acompanhada de
uma maior capacidade de diferenciação de movimento e de uma aquisição refinada
de informações. É uma fase muito favorável à aprendizagem. (MUTTI, 2003).
A maior característica da criança dos onze aos doze anos, caracteriza-se
como a melhor idade para aprender, pois existe uma intensa necessidade de
movimento, um entusiasmo, um “querer-poder”, uma firmeza e uma aceitação do
risco o que exerce uma influência extraordinária favorável na capacidade evidente
de desenvolvimento. O que for omitido nessa fase, não se recupera mais tarde,
senão com muita dificuldade e ao preço de um esforço incomparavelmente mais
elevado. (MUTTI, 2003).
Os moldes das competições atuais podem se encaixar perfeitamente a um
adulto, mas é contra-indicado para crianças, não só pelos esforços desmedidos de
ordem física, mas também pela profunda solicitação emocional que pode causar
sérias perturbações na formação da personalidade das crianças. (MUTTI, 2003).
Muitos pais querem se realizar as custas dos filhos, enxergando neles a
oportunidade de conseguir este sonho, muitos pais depositam sobre os filhos a
responsabilidade de ser o representante da família – no desempenho da criança
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estará o orgulho ou a vergonha da família.
Outros ainda, veem seus filhos como adultos em miniatura; cobram,
coagem, pressionam, ficam eufóricos ou enfurecidos côo se fossem eles no campo
ao invés da criança.
Há pais que exaltam os seus filhos e que são os melhores, e nessa mesma
proporção esperam que o mesmo de o máximo, não aceitando fracasso e muitas
vezes punindo a criança.
Esses comportamentos acima descritos causam na criança reações como
ansiedade, medo, nervosismo, revolta, baixa alto-estima e estresse. E são estas
reações as responsáveis pela formação de caráter e muito prejudiciais tanto no
esporte quanto na personalidade da criança. (MUTTI, 2003).
O estresse excessivo pode surgir de forma aguda em determinado momento
da competição, ou crescer aos poucos de forma crônica ao longo de todo o evento.
Durante as fases iniciais da vida, segundo PEREIRA (2009), nos avaliamos
pelo que os outros fazem de nós; nossa auto-imagem, é em muito determinada pela
imagem que percebemos despertar nas outras pessoas. O espelho que diz o quanto
estamos com uma boa imagem ou não, são os olhos de aprovação ou reprovação
das pessoas que consideramos importantes.
A prática desportiva precoce, segundo LUCENA (2001), leva a uma
sobrecarga as crianças onde a evolução fisiológica está em plena ascensão,
portanto a estrutura óssea está sujeita a lesões devido a desigualdade de
crescimento dos diversos sistemas corporais, ósseo tecidos. Ou seja, a iniciação
desportiva é contra-indicada antes dos doze anos de idade, devido a
heterogeneidade de maturação, o que provoca acidentes e prejuízo emocional em
caso de insucesso.
As competições causam perturbações na formação da personalidade da
criança, ficando restritas a um confronto de capacidades e habilidades, mas sim, que
proporcionem alegria aos participantes, e que o fato de superar ou ser superado
não implique em derrota ou glória da vitória. (MUTTI, 2003).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado com crianças de sete a dez anos de idade, busca
elucidar que a precocidade não apenas no futebol mais em qualquer outro esporte
faz do jovem um estereótipo mecanizado e iludido, mas ainda assim pode causar
traumas psicológicos irreversíveis como mudança de caráter e comportamento seja
no meio familiar ou social.
O educador tem um papel fundamental na educação e na evolução psico-
pedagógica do aluno, pois o mesmo sabe das conseqüências que cada atividade
realizada de forma inadequada pode causar e das marcas visíveis ou não da
mesma.
A criança como muitos costumam dizer é uma esponja apta a absorver tudo
o que se tem a ensinar, e quanto mais sabe mais quer descobrir, o esporte em
questão o futebol tem em si um mundo particular e cruel que não escolhe quem vai
subir ou descer apenas faz de crianças competidoras insaciáveis.
A estrutura física fica extremamente abalada e em fase de crescimento pode
fazer de uns grandes craques, porém de uma hora para outra derruba sem avisar, a
criança não está preparada para encarar o esporte onde adultos perdem a noção e
ficam agressivos, depressivos e outros se enterram em drogas para suportar o peso
das competições.
Talvez não seja essa a perspectiva que desejamos aos nossos filhos, a
tomada de consciência do erro pode levar minutos ou anos, pensar refletir e acima
de tudo não exigir que o filho ainda criança ou até mesmo adulto siga os passos dos
pais a escolha é da criança.
Mas nada impede que as crianças pratiquem esportes por praticar apenas
para desenvolvimento pessoal e físico de forma adequada e com orientação
coerente faz bem sem pressão ou cobranças.
Portanto as crianças devem agir como tal e serem respeitadas na sua
individualidade, independente de ser um fenômeno ou não cada uma delas é
especial no seu íntimo, um ser moldável e livre de malícia cada gesto ou atitude fica
gravado e interpretado como certo e errado de acordo com o que lhe é informado.
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