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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA EDUCACIONAL APROVADA NOTA: 8,5 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA INICIAÇÃO DO FUTEBOL ENTRE CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS MARCELO HENRIQUE RIBEIRO PEZATI [email protected] ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO BRASNORTE/2016

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA EDUCACIONAL

APROVADA

NOTA: 8,5

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA INICIAÇÃO DO FUTEBOL ENTRE CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS

MARCELO HENRIQUE RIBEIRO PEZATI

[email protected]

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

BRASNORTE/2016

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA EDUCACIONAL

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA INICIAÇÃO DO FUTEBOL ENTRE

CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS

MARCELO HENRIQUE RIBEIRO PEZATI

ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia Clínica Educacional.”

BRASNORTE/2016

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RESUMO

O presente estudo tem por finalidade elucidar mestres, pais e todos os

profissionais na área da infância e juventude que lidam com a iniciação esportiva de

crianças e os pontos positivos e negativos que cada atividade resulta, durante o

desenvolvimento psicomotor das crianças e adolescentes.

As atividades físicas devem priorizar as necessidades físicas, fisiológicas e

psicopedagógico do educando. O futebol, o esporte escolhido para a realização

deste estudo, mostrou-se complexo e cheio de pontos a serem trabalhados para que

possa ser aplicada a faixa etária em questão, que vai dos sete aos dez anos de

idade.

O trabalho é formado por pesquisas bibliográficas e as bibliografias citadas

neste trabalho divergem quanto à idade certa para a iniciação esportiva, por não ser

suficientemente unânimes, unimos tais opiniões às experiências e obteve-se um

resultado.

Crianças são sensíveis e suscetíveis a opiniões, ainda mais se partirem dos

pais, embalados por opiniões e comentários a respeito dos seus filhos e seus

talentos e por impulso moldam os filhos de acordo com suas expectativas.

Palavras-chave: Psicopedagógico. Infantil. Desenvolvimento psicomotor. Futebol.

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SUMÁRIO

Introdução............................................................................................................ 04

1. Desenvolvimento psicomotor........................................................................ 09

1.1 Desenvolvimento do ser humano................................................................ 09

1.2 Psicomotricidade.......................................................................................... 10

1.2.3 Definição das fases do desenvolvimento.................................................. 12

2. Futebol: história e prática ............................................................................ 13

2.1 História......................................................................................................... 13

2.2 Futebol: uma prática da Educação Física ................................................. 14

2.2.1 Aspectos técnicos do futebol .................................................................. 15

2.2.2 Definição ................................................................................................. 16

2.2.3 Habilidades necessárias a iniciação no esporte ..................................... 16

2.2.4 Características ........................................................................................ 17

2.2.5 – Interesses ............................................................................................ 18

2.2.6 Atividade física recomendada ................................................................. 19

2.2.7 Benefícios com a prática do futebol ........................................................ 20

3. Como ensinar............................................................................................... 21

3.1 Educação Básica do futebol a iniciação esportiva................................. 21 3.2 Progressão esportiva na pré adolescência.............................................. 23

3.3 Técnicas esportivas aplicadas a adolescência........................................ 24

3.4. Fundamentos ............................................................................................... 26

3.4.1 Preparação do corpo para atividades físicas ............................... 27

3.4.1.1 Aquecimento e alongamento .................................................................. 27

3.4.2 Manejo do corpo ........................................................................................ 28

3.4.3 Domínio de bola ........................................................................................ 28

3.4.4 Drible ......................................................................................................... 29

3.4.5 Passe e recepção ...................................................................................... 30

3.4.6 Correção e aprimoramento ....................................................................... 31

3.5. Treinamento Precoce................................................................................... 32

Considerações Finais ....................................................................................... 36

Referências Bibliográficas................................................................................. 37

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INTRODUÇÃO

O ser humano vive em constante desenvolvimento e podemos dizer que um

dos mais importantes desses é o desenvolvimento psicomotor que se mantém em

um processo continuo de evolução da comunicação, inteligência e da efetividade,

sociabilidade e da aprendizagem de forma global e simultânea. Sendo que todas as

crianças passam por etapas do desenvolvimento e depende da maturação do

sistema nervoso central de cada indivíduo. O desenvolvimento motor é definido

como mudanças nas habilidades e em padrões de movimento que ocorrem ao longo

da vida. (CARVALHO, 2008).

Todas as crianças passam pelas etapas, embora o ritmo na aquisição possa

variar de uma para outra. Ocorrendo essa variação devemos manter uma atenção

maior as crianças com dificuldades de executar as etapas e auxiliar para uma

melhora no desenvolvimento das atividades propostas durante as etapas. A

aprendizagem motora é o adquirir, o refinar, o estabilizar e aplicar prontidões

motoras, ela esta inclusa no desenvolvimento global da personalidade humana

"permitir brincar as crianças é uma tarefa essencial do educador " (LE BOULCH,

1982, p.139).

O processo do desenvolvimento motor é classificado em fase motora reflexa

que ocorre do nascimento até o 1º ano de idade, fase motora rudimentar com início

também ao nascimento até os 2 (dois) anos, fase motora fundamental entre 2 (dois)

e 7 (sete) anos e fase motora especializada entre 7 (sete) e 14 (quatorze) anos de

idade, perdurando por toda vida do indivíduo. (GALLAHUE; OZMUN, 2005).

A iniciação precoce de crianças tem exigido muito delas na responsabilidade

de ser o melhor no esporte sem levar em consideração o seu mais importante, são

apenas crianças com vontade de brincar e em plena formação de caráter onde tudo

é assimilado desde espírito competitivo, falta de companheirismo e desrespeito com

os demais. Segundo SANTANA (2004), uma iniciação esportiva que contemple

toda a complexidade humana, a entende como o período em que a criança inicia a

prática regular e orientada de uma ou mais modalidades esportivas, com objetivo

imediato de dar continuidade ao seu desenvolvimento de forma integral, não

implicando em competições regulares.

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Muito se fala sobre a especialização precoce, mas o que se vê é o crescente

número de crianças abaixo dos oito anos de idade iniciando a prática desportiva

submetendo-se a fortes treinamentos, não apropriados para tais idades.

Uma vez que se concluíra que as crianças realmente aprendem de forma mais concentrada e objetiva na faixa dos 08 aos 11 anos, época em que também mais se dedicam sistemática e seriamente aos exercícios físicos. (DIEM, 1977, p. 58-59).

Tal movimentação foi geradora deste estudo, uma pesquisa bibliográfica em

que se coletarão as informações na literatura especializada sobre a iniciação

esportiva no futebol e a opinião dos autores sobre.

Os estudos apontam que o desenvolvimento psicomotor e a iniciação com

crianças futebolistas na faixa etária de sete a dez anos, idade propícia para

trabalhos multilaterais, ou seja, para adquirir habilidades corporais (movimentos

naturais); treinamento variado e predominantemente com atividades aeróbias;

aprendizagem das habilidades coordenativas motoras básicas e desenvolvimento da

tática integrada aos processos de capacidades cognitivas e motoras. (SANTOS et al,

2015).

O desenvolvimento motor da criança deve ser testado de uma forma

compatível com a sua idade, com o tempo acrescentando desafios para estimular

novos movimentos, mas tudo de acordo com a sua idade, sem que ultrapasse sua

capacidade de superar (DOHME, 2003).

Os estudos sugerem que as atividades e treinamentos esportivos não devem

ser sistematizados objetivando uma especialização precoce. Não devem ser

enfatizados trabalhos que tendem a objetivar níveis máximos de capacidades

psicológicas e fisiológicas da criança. A prática esportiva deve ser adequada às

fases de crescimento e desenvolvimento da criança. A criança evolui suas

habilidades motoras, na sua troca com o meio, conquistando aos poucos e

ampliando sua capacidade de se adaptar, o espaço físico é importante nesse

processo, e diversidade de material, de jogos lúdicos. O exercício físico também é

um fator importante nesse processo, auxiliando no desenvolvimento mental, corporal

e emocional, do ser humano e em especial da criança. (FALADOR, 2010).

Como é notório, o futebol está integrado à cultura brasileira, portanto,

observa-se o grande número de praticantes desse esporte nas mais diferentes

faixas etárias e com objetivos distintos. Muitos o praticam dentre outros fatores,

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como simples meio de lazer ou recreação, alguns como promoção da saúde e

muitos, principalmente crianças e adolescentes, com perspectivas de se tornarem

profissionais bem sucedidos e a partir daí, obterem estabilidade financeira e

reconhecimento. (ARAUJO et al., 2008).

Podemos constatar que o futebol no Brasil é mais que um esporte, é uma

paixão e/ou fenômeno social que está constantemente sendo exposta na mídia, nos

bares, nas esquinas ou onde quer que você chegue, “mesmo o futebol, considerado

um esporte coletivo, teve um processo de desenvolvimento autônomo, nunca

sistematizado de forma acadêmica ou escolar” (LUCENA, 2001, p.09).

A mídia contribui muito com a divulgação deste tipo de ascensão financeira

através do esporte e, mais especificamente no futebol. Há vários programas

televisivos, colunas de jornais e sites voltados para a área, o que de certa forma

estimula e cria expectativas principalmente nas crianças e adolescentes (MARIANO

et al, 2005).

OBJETIVO OBJETIVO GERAL

Verificar as expectativas de todos os interessados e as crianças e

adolescentes que participam do processo de desenvolvimento psicomotor durante

sua vida e ao decorrer da prática do futebol.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Priorizar as necessidades físicas, fisiológicas e psicopedagógico do

educando com a pratica de atividades físicas pelo futebol.

Buscar um corpo teórico norteador para o desenvolvimento psicomotor com

análise do jogo de futebol para crianças e pré adolescentes.

Analisar a ótica do jogo, estudos de autores da pedagogia do esporte que

vem com a proposta o ensino do esporte futebol desvinculando-os do modo como

fazer ( gesto técnico ) e considerando os razões necessárias de fazer ( tática ) como

o subsidio pelo qual deve-se basear o processo de ensino-aprendizagem da

psicopedagogia.

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METODOLOGIA.

Este trabalho de pesquisa bibliográfica está restrito a análise descritiva

referente a metodologia da iniciação no futebol e o desenvolvimento psicomotor,

onde a realidade esportiva na modalidade é excessivamente competitiva em que as

crianças estão expostas as variáveis dos aspectos físicos, técnicos e táticos que

operam sobre o desempenho esportivo.

Este trabalho tem como finalidade propor uma metodologia de treinamento

adequado a faixa etária de sete a dez anos, nas chamadas categorias Fraldinha,

Dentinho e Dente de Leite, a fim de contribuir com discussões a cerca da

participação da criança na iniciação do futebol em relação aos aspectos físicos,

técnicos e táticos e as fases do desenvolvimento psicomotor de um individuo.

O presente trabalho tem como objeto de estudo a Metodologia de Ensino

dos Esportes na Educação Física Escolar, isto é, uma forma de operacionalização

de um método, com a finalidade de formação de sujeitos-cidadãos.

A opção epistemológica adotada estará vinculada a uma linha cultura lista,

compreendendo o movimento humano como uma teia de significados (sociais,

culturais, biológicos, físicos, mecânicos, etc.).

Para a realização deste trabalho foram utilizadas diversas fontes de

pesquisa sobre o assunto, como livros e sites sobre este assunto disponíveis na

internet. O conteúdo pesquisado foi revisado e compilado de modo a resultar em um

texto de linguagem simples e acessível, e lembrando sempre que o assunto deve

ser sólido e atual.

ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho esta dividido em três capítulos. O primeiro capítulo fala sobre o

desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento do ser humano, a psicomotricidade

e a definição das fases do desenvolvimento psicomotor. O segundo capítulo é sobre

o Futebol: história e prática, aborda a história do futebol, a prática do futebol na

educação física, os aspectos técnicos do futebol, sua definição, a habilidade

necessária a iniciação dessas praticas, as características e interesses, quais

atividades físicas são recomendadas e os benefícios da pratica do futebol. E o

terceiro capítulo expões como ensinar, a educação básica do futebol como iniciação

esportiva, a progressão esportiva na pré-adolescência, as técnicas esportivas

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aplicadas a essa faixa etária, o aquecimento e alongamento, manejo do corpo, o

domínio da bola, os dribles, passes e recepção, as correções e aprimoramento para

essa pratica e a importância do treinamento precoce.

1.

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DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

1.1 DESENVOLVIMENTOS DO SER HUMANO

Todo ser humano, segundo CARVALHO (2008), passa pelo

desenvolvimento psicomotor por ser um processo contínuo durante o qual se dá a

evolução da inteligência, da comunicação, da afetividade, da sociabilidade e da

aprendizagem de forma global e simultânea. O desenvolvimento também esta

relacionado às etapas e depende da maturação do sistema nervoso central, sendo

que todas as crianças passam por estas fases, embora o ritmo na aquisição possa

variar de uma para a outra e isto pode dar uma continuidade se não forem

respeitadas as fases desde o nascimento até o seu mais completo grau de

maturidade e estabilidade.

Durante o desenvolvimento de um ser humano, segundo LE BOULCH

(1992), devemos ter muito cuidado, quando a criança nasce mostra aquilo que

conhecemos como reflexos primitivos, que mais tarde possibilitarão os movimentos

voluntários, durante os dois primeiros anos de vida, o desenvolvimento da

motricidade e do psiquismo confundem-se e sobrepõem-se através do

desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo, que constituem o desenvolvimento

psicomotor.

O desenvolvimento psicomotor da criança, segundo DODOT (2015),

consiste em um aumento da capacidade de realizar variadas funções cognitivas e

motoras, atividade cada vez mais complexa. Estudiosos dizem que os fatores

genéticos e o meio em que os bebés vivem eles podem aprender rapidamente o que

lhe ensinamos, portanto é muito importante proporcionar as crianças um ambiente

estimulante, a possibilidade de brincar e de explorar, porque assim oferecemos-lhe

uma oportunidade única de adquirir rapidamente conhecimentos.

O sexo, segundo DODOT (2015), também tem influência sobre o modo

como um bebê vai se desenvolvendo. Por exemplo, as meninas têm mais facilidade

para aprender a linguagem, e os meninos, por outro lado, são geneticamente mais

hábeis no desenvolvimento da motricidade.

Quando os bebês atingem a idade de 2 anos e seis meses, eles adquirem

uma velocidade maior no crescimento, com isso se movimentam melhor tem

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também uma coordenação maior dos membros podendo assim executar

atividades com êxito e não deixando de se desenvolver durante toda sua vida

(DODOT, 2015).

Nunca devemos esquecer que nós seres humanos vivemos em constante

desenvolvimento e devemos continuar aprimorando a cada dia para que possamos

manter uma vida ativa e com um futuro promissor, pois o desenvolvimento só

depende de cada individuo, mas se necessário, segundo ALVES JR. (2009), pode

ter ajuda de alguns especialistas para desenvolver algumas atividades em caso de

dificuldades ocasionadas por algum tipo de doença ou acidente que ocorre ao

decorrer dos anos, mas mesmo assim nunca desista de seus objetivos eles estão

presentes em nosso dia a dia para serem desenvolvidos com muito empenho e

dedicação.

O padrão de crescimento e comportamento motor humano que se modifica

por meio da vida e do tempo, e a grande quantidade de influência que os afetam,

constituem basicamente por diferentes teorias científicas e sustentam a evolução de

estudos que se caracterizam pelas técnicas de pesquisa e pelos meios utilizados na

obtenção de dados, que são elaborados e discutidos, como forma de elucidar os

diferentes vieses que perfazem a existência do homem e sua evolução física,

orgânica, cognitiva e psicológica. Os conceitos, ilustrações e teorias adicionam ao

contexto, a estrutura necessária para que tais estudos possam legitimar-se e

oferecer fundamentos fidedignos sobre as hipóteses que pretendem estabelecer e

discutir. É importante lembrar que o caráter estatístico de nível normal de referência

dos testes não engloba o mesmo valor para todas as populações, tendo em conta os

aspectos afetivos e sociais. (ROSA NETO, 1996).

1.2 PSICOMOTRICIDADE

De acordo com Associação Brasileira de Psicomotricidade (2015), é a

ciências que estuda o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao

seu mundo interno e externo. E todo este estudo esta relacionado ao processo de

maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas

é também sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o

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afeto.

Psicomotricidade é baseada em uma concepção unificada da pessoa, que

inclui as interações cognitivas, sensórias motoras e psíquicas na compreensão das

capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto

psicossocial. Ela também usa de outras ciências como, por exemplo; na sociologia

visando compreender o processo de socialização das crianças; na biologia

visando compreender o processo de maturação dos músculos e aquisição de

novos movimentos corporais e na psicologia que tem o papel integrado, de

unificações entre o movimento do corpo e o pensamento para realização do

movimento por que todo movimento é dependente do pensamento que o produziu.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE, 2015).

E também podemos usar os jogos como um dos principais meios para

desenvolver os aspectos cognitivos e psicomotores, pois o adolescente, segundo

PERFEITO e PIMENTA (2012), aprende a explorar o seu corpo através dos

movimentos de uma forma lúdica, ou seja, se divertindo com jogos o mesmo

desenvolve gradativamente diversos elementos que compõem a psicomotricidade. É

também importante sabermos que devido ao fato de a psicomotricidade ser

desenvolvida através do processo de estimulação dos movimentos físicos,

movimentos estes que quando estimulados de forma correta previnem o

desenvolvimento de diversos distúrbios psicomotores, sendo estes causadores

inúmeras vezes de mau rendimento escolar e dificuldade de interação com o grupo

social.

Então a psicomotricidade, está presente para atuar na intervenção de todo

ser humano que ao decorrer de seu desenvolvimento psicomotor vêm apresentar

dificuldades ao realizar atividades que propõem o uso das mesmas, assim a

intervenção é de suma importância para um bom desenvolvimento das atividades.

(ROSSI, 2012).

Sendo assim na adolescência, segundo SILVA (2005), é muito importante á

estimulação da realização de diversos movimentos, pois somente através destas

práticas podemos observar como esta ocorrendo o processo de desenvolvimento

psicomotor do adolescente e como a mesma vivência a descoberta de novos

movimentos passando assim muitas vezes a descobrir o próprio corpo e seus limites

que podem até mesmo ser quebrados, pois tem jovens que não utilizam de todas as

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suas habilidades alguma das vezes por não conhecerem seus limites outras por falta

de interesse em buscar algo diferente para desenvolver.

Diante de todo estudo sobre a psicomotricidade foi possível analisar que ela

contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema

corporal e tem como objetivo principal, segundo GROMOWSKI e SILVA (2014),

incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança.

Podemos analisar as crianças, além de se divertir, criam, interpretam e se

relacionam com o mundo em que vivem sendo que a finalidade é de auxiliar no

desenvolvimento físico, mental e afetivo do indivíduo, com o propósito de um

desenvolvimento sadio.

1.2.3 DEFINIÇÃO DAS FASES DO DESENVOLVIMENTO

As fases do desenvolvimento estão presentes em nossas vidas desde o

nosso nascimento e continuam até a nossa morte, todos nós passamos por quatro

fases do desenvolvimento, porém o inicio e o término de cada uma delas pode sofrer

variações em função das características da estrutura biológicas de cada indivíduo

(ALHEIT; DAUSIEN, 2006).

Os estágios do desenvolvimento segundo PIAGET (1994), considera 4

períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por

aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas

etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (FURTADO,1999). São eles:

1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)

2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)

3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)

4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

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2. FUTEBOL: HISTÓRIA E PRÁTICA

2.1 HISTÓRIA

A origem do futebol é confusa e indefinida na antiguidade. Apesar dos raros

registros na idade média da prática dos esportes antecessores ao futebol, sabe-se

que naquela época a bola já conquistava multidões em um esporte muito violento,

no qual as regras praticamente não existiam. A China/ Japão com o kemari, na

Grécia o Epyskiros, Roma Harpastun, França Soule, Florença Cálcio são algumas

práticas desportivas antecessoras ao futebol praticado nos dias atuais. A história e a

prática do futebol tiveram início, há muitos anos, desde então tem transposto

barreiras e eliminando preconceitos de cunho racial e social (CARVALHO; MARCHI,

2006).

No início dos tempos, segundo CARVALHO e MARCHI (2006), havia

práticas esportivas que hoje são comparadas ao futebol, mas muitos são os países e

historiadores que defendem a origem do futebol como que se os mesmos tivessem

inventado o esporte. O esporte pode ter surgido em qualquer lugar do mundo, tão

simples e descontraído se faz as próprias regras de acordo com local e momento

não importando o número de pessoas que está jogando.

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um

jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para

chutar a cabeça dos soldados inimigos, substituídas após por bolas de couro

revestidas com cabelo (MASSARANI; ABRUCIO, 2004).

Os gregos no século I a.C , segundo MASSARANI e ABRUCIO (2004),

chamavam Episkiros o jogo, bola de bexiga de boi com areia ou terra, as equipes

eram formadas por quinze jogadores; outro esporte muito parecido com o futebol na

Idade Média, permitia-se socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos, há

relatos de morte durante a partida, equipe de 27 jogadores, divididos em:

corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.

Com regras claras e objetivas foi na Inglaterra por volta do século XVII,

segundo MARQUES (2013), que o futebol começou a ser praticado por estudantes e

filhos da nobreza inglesa, no ano de 1848 em Cambridge, estabeleceu-se um único

código de regras para o futebol.

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No ano de 1871, foi criado o goleiro, o único a colocar as mãos na bola e

deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida

a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a

falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento

(MARQUES, 2013).

O profissionalismo, segundo MARQUES (2013), foi iniciado somente em

1885, no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, cujo objetivo

principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário, no ano de

1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da

Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.

Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios

e campeonatos internacionais, mas foi no ano de 1904 que criaram a FIFA

(Federação Internacional de Futebol Association) que hoje regulamenta o futebol em

todo mundo. A FIFA organiza os grandes campeonatos como a Copa do Mundo que

acontece a cada quatro anos, entre outros campeonatos pelo mundo todo.

(MARQUES, 2013).

Para o Brasil, segundo CARMONA e POLL (2006), o precursor do futebol foi

um paulistano do Brás, Charles Miller que viajou para a Inglaterra aos nove anos de

idade para estudar, teve contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894,

trouxe a primeira bola de futebol e o conjunto de regras do futebol.

O primeiro jogo de futebol no Brasil, foi realizado em 15 de abril de 1895

entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo, todos eram de

origem inglesa. O primeiro time a se formar no Brasil, foi o São Paulo Athletic,

fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado apenas por

pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.

(CARMONA; POLL 2006).

Em 1950, segundo NAPOLEÃO e ASSAL (2006), a Copa do Mundo foi

realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno

Maracanã, para a seleção Uruguaia.

2.2 FUTEBOL: UMA PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

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2.2.1 ASPECTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL

O futebol, segundo FILGUEIRA (2006), possui a técnica como uma de suas

particularidades, sendo atividade que depende e dá ao esportista maior nível de

desempenho na forma mais objetiva e econômica possível, técnica comum aos

atletas e formada pelos fundamentos do esporte.

Desta forma o esporte se apresenta com imagem complexa e, por isso,

sugere-se que se adapte às regras e normas à uma aprendizagem mais sutil na

infância, de um modo que se obtenha desenvolvimento motor na medida do possível

em relação as diversas faixas etárias.

Na iniciação esportiva, torna-se indispensável priorizar-se a aprendizagem

dos movimentos básicos, a psicomotricidade e, após, dar continuidade dispondo de

técnicas e elementos técnicos (FILGUEIRA, 2006).

Para LUCENA (2001, p. 7), a iniciação esportiva refere-se à “aquisição de

bons hábitos motores, e ao domínio de técnicas elementares, [...] e se fundamenta

progressivamente no desenvolvimento técnico da criança.”

Podem-se relacionar as técnicas do futebol com as de outros esportes que

utilizem pernas e pés basicamente, porém algumas ações típicas como defender,

atacar e marcar gols utiliza, segundo AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM

(2000), não apenas estes membros, mas o restante do corpo fazendo do futebol

completo na formação de corpo e mente.

As técnicas a serem aplicadas durante o ensino da modalidade devem,

seguir a faixa etária de cada turma (fraldinha, dentinho e dente), devendo ser

programada quanto à complexidade, intensidade e duração. Nestes níveis de idade,

os trabalhos técnicos devem ser formados por ações básicas, voltadas a

aprendizagem dos movimentos e não a técnica propriamente dita (AMERICAN

SPORT EDUCATION PROGRAM, 2000).

FREIRE (2003), define como componentes técnicos que representam o

treinamento de conteúdos que visam o perfeito domínio das habilidades especificam

do futebol, e habilidade maneira geral, ou seja, capacidade adquirida divididas em

habilidades individuais (chute, condução, cabeceio e controle de bola) e em coletivas

(drible, passe, domínio, cruzamento e treino de goleiro).

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2.2.2 DEFINIÇÃO

Definir um esporte de tamanha versatilidade e popularidade entre os jovens,

pode-se dizer que seja “uma modalidade esportiva intermitente, com constantes

mudanças de intensidade e atividades, [...] exigindo que o atleta esteja preparado

para reagir aos mais diferentes estímulos da maneira mais eficiente possível”

(REILLY, 1997, p. 256).

A imprevisibilidade dos acontecimentos em uma partida exige, segundo

BARBANTI (1996), que o atleta esteja preparado para reagir aos estímulos, de

maneira eficiente com intensidade submáxima, um jogo no qual as demandas

fisiológicas são multifatoriais e variam durante a partida encontrando-se alta

concentração de lactato no sangue e amônia, indicando maior metabolismo

muscular e alterações iônicas levando à fadiga.

Caracterizando-se como exercício de alta intensidade intermitente e a

relação entre o repouso e períodos de baixas e grandes intensidades, segundo

MARTIN (2002), variam de acordo com o estilo individual de jogar, mas o mais

importante é a posição de jogador em campo, já que o jogador corre

aproximadamente 10 km por partida, sendo que de 8 a 18% é na maior velocidade

individual.

2.2.3 HABILIDADES NECESSÁRIAS A INICIAÇÃO

As competências primárias na iniciação de qualquer esporte, segundo

GREGÓRIO e SILVA (2014), devem ser tratadas e desenvolvidas levando em

consideração as diversidades do mesmo e enfatizando as características dos atletas

que o praticam, sejam estes crianças ou adultos.

No processo da prática pedagógica, deve haver mudança obrigatoriamente

de acordo com cada biótipo e componente físico de quem irá praticar, alterando as

suas aulas a fim de se conciliar os mais diversos tipos de alunos e a sua realidade

chegando ao ponto de ele próprio se transformar. (GREGÓRIO; SILVA, 2104).

Ao avistar tal necessidade, começamos a perceber os alunos e as suas

necessidades, o que querem e o que precisam, o educador deve procurar colocar os

alunos para observarem a realidade, decidirem problemas sistematizados, aspectos

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das situações que julga necessários estudar e todas as demais situações-problema

que vai encontrando como uma forma intensa de dar a palavra ao aluno, permitindo

sua expressão e valorizando-a.

Todo educador deve ter em mente, segundo ZANELLA (2012), que na

infância deve ser trabalhada todas as possibilidades físicas e coordenativas da

criança motivando-as durante praticas que venham a ser realizado, conhecer a

etapa psicológica e fisiológica de cada faixa etária trabalhada, e cuidar da

intensidade procurando não sobrecarregar a criança com relação à carga aplicada.

Devemos nos importar em trabalhar, a alegria motivando em todas as aulas,

a capacidade geral de coordenação, cálculo de movimento; avaliar técnicas na

condução da bola, domínio, passe, recepção, tabela, chute a gol, disposição para

correr, saltar, rolar; táticas para “fazer e evitar gols”; conhecimento das regras do

jogo; domínio de emoções como perder e vencer, compreensão de trabalho equipe e

colaboração. (ZANELLA, 2012).

Assim torna-se explícito aos profissionais que ao treinar um grupo de

crianças deve, segundo LANARO et al (2001), ter conhecimento de características

físicas e psicológicas de cada faixa etária, procurar trabalhar todos os elementos do

processo de iniciação ao futebol de maneira global, ajustando a criança a um bom

desempenho para quando atingir idade e maturidade certa para dar início as

competições.

2.2.4 CARACTERÍSTICAS

Uma educação esportiva de qualidade, conforme João Freire (2003), deve

estimular a tomada de decisões sendo independente ao ser crítico se conquistando

seu lugar de direito e se adaptando a realidade, o que leva a crer que o primeiro

passo é o tomado de consciência e em seguida envolver o aluno neste projeto

elaborado e estudado pelo professor.

O educador, segundo Freire (2003), deve dar oportunidades e propor ações

que os alunos possam realizar todo o estudo, sistematizando soluções, fazer, criar,

opinar e votar ações que mostram que não está repetindo ou se deixando levar pelo

comodismo do que já está pronto.

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Portanto o educador deve criar, elaborar e deixar de ser submisso e se

tornar um ser ativo da situação, ou seja, sujeito da realidade que propõe no projeto

para se auto-afirmar na ideologia da sala de aula e no seu dia-a-dia, de forma a

propor novas experiências e situações problemas no decorrer da convivência mestre

aluno e vice-versa, pois ambos te a ensinar.

2.2.5 – INTERESSES

A realidade cultural do Brasil deposita sobre o futebol um mar de expectativa

de mudança de vida, fuga da pobreza e realidade adversa, desta forma tal atividade

desperta interesse nas mais diferentes classes sociais e faixas etárias.

O esporte é uma conquista cultural, aquisição que pertence ao patrimônio da humanidade e, como tal, deve ser transmitido ao aluno, como conteúdo das aulas de Educação Física, possibilitando sua vivencia nas mais diferentes modalidades. (GONÇALVES, 1994, p.163).

O interesse pelo futebol pode ser identificado, por volta dos cinco anos, é um

atrativo popular e acessível, a criança pratica a atividade brincando e estimula a

sociabilidade ajuda a lidar com desafios, fortalece o sistema cardiovascular e

desenvolve habilidades de equilíbrio e reflexo. (FREIRE, 2003).

A educação física assume um papel importante na transmissão da cultura

corporal, através dos jogos, dança, luta, ginástica e esporte, através dos mesmos e

da vasta cultura de movimentos se permite que o indivíduo expresse sua

corporeidade no meio em que vive.

A partir desse entendimento,

cultura é todo o conhecimento que uma sociedade tem de si mesma, sobre outras sociedades, sobre o meio material em que vive, e sobre a própria existência. Inclui ainda maneiras como este conhecimento é expresso por uma sociedade, como é o caso de sua arte, religião, esportes e jogos, tecnologia, ciência e política (GODOY, 1992, p.41).

O profissional de educação física não deve determinar movimentos como

errados ou que não se enquadra nos padrões técnicos e reprimi-los, tal atitude pode,

vir a inibir a revelação de criatividade antes suprimida pelo cotidiano, restando ao

professor incentivar o avanço motor dos alunos, dando aos mesmos a chance de

adquirir novas experiências. (BARROS, 1970).

O que se pode confirmar com exatidão é que a cultura passa de hábitos que

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a população por si só faz e desfaz de acordo com os momentos e experiências do

cotidiano, portanto a prática da Educação Física escolar deve considerar à

transformação da realidade e permitir ao educando evoluir em todos os aspectos.

As tradições do esporte transmitem uma linguagem cheia de si e maneiras

de se manifestar através melhoria de comportamento sociocultural, ou seja,

despertando visão critica ao se deparar com drogas, más influencias fora e dentro

de casa, no modo de sentir, pensar e agir em relação à sociedade e ao mundo.

(DAOLIO, 1995).

2.2.6 ATIVIDADE FÍSICA RECOMENDADA

Na infância, o organismo está em formação e é preciso tomar alguns

cuidados para evitar lesões nos joelhos, tornozelos e lombar, já que são as partes

do corpo mais solicitadas, mas a criança não precisa se privar dos treinos para

evitar, basta respeitar os limites do corpo em cada fase e a adaptação do

treinamento. (PEREIRA, 2009).

Abaixo pode-se observar a tabela de treinamento físico, desenvolvida de

forma a descrever as atividades recomendadas a cada faixa etária dos alunos.

Faixa etária Objetivo Atividade

Fraldinha (7 a 9) Formar esquema corporal, trabalhar atividades naturais e recreativas.

Desenvolver noção de lateralidade, domínio, peso, altura, tamanho, direção, profundidade e velocidade.

Dentinho (9 a 11) Aperfeiçoar movimentos de forma geral e naturais ritmados.

Técnicas simples, variedades de exercícios, incorporação de técnicas motoras e desenvolvimento de criatividade.

Dente de Leite (11 a 13)

Formação física de base e fundamentos desportivos.

Exercícios de deslocamento utilizando bolas e desenvolvimento de destrezas técnicas.

Quadro 1 Atividades relacionadas por faixa etária Fonte: CUNHA (2009 c).

Tais atividades acima relacionadas devem ser realizadas seguindo

observações preliminares a respeito do desenvolvimento de cada criança afim de

não exigir atividades desnecessárias e poder acompanhar se a mesma evolui ou

não com as atividades.

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2.2.7 BENEFÍCIOS COM A PRÁTICA DO FUTEBOL Os alunos em processo são crianças, desta forma estão em constante

transformação física e psíquica mesmo que pequena, porém acontece e é

irreversível.

Para FREIRE (1980, p. 40).

O professor tem aí um papel importantíssimo, pois, o homem não pode participar ativamente da história, na sociedade, na transformação da realidade se ele não é auxiliado a tomar consciência da realidade e da sua própria capacidade de transformá-la.

A Educação Física escolar, segundo ALMEIDA et al (2008), expõe o aluno a

situações desagradáveis, mas pode também usar da sua particularidade,

promovendo autonomia nos alunos frente aos desafios revelando ações práticas que

afirmam valores e sentidos ampliando a elucidando cidadania.

Dessa maneira a prática escolar envolve o aluno no processo ensino-

aprendizagem, deve deixar o centro aos alunos cabendo-lhe a ele dirigir realidade

criticamente em da busca autonomia, oferecendo possibilidades de escolherem os

times, definirem os agrupamentos distribuí-los pelo espaço, participarem da

construção e adequação de materiais e modificação de regras.

O aluno aprende no início do envolvimento com os demais, sendo o primeiro

contato com a realidade, medida que se apropria dos fatos e toma conhecimento da

realidade gerando pensamento próprio fora do comum indo além do pedido a ele a

tal ponto até que ele chega a uma ação correspondente aos pensamentos gerados

pelo estudo.

Portanto a Educação Física na escola tem por obrigação promover a

autonomia de fato, e é preciso que as aulas se tornem diferentes, tanto do ponto de

vista da escola sobre o que se deve ensinar, assim como pelos procedimentos

adotados pelo professor a serem utilizados nas suas aulas. (KORSAKAS; DE ROSE,

2009).

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3. COMO ENSINAR

O modo de ensinar, segundo LIBÂNEO (1990), influencia diretamente no

desenvolvimento do aluno, portanto determinados cuidados com o treinamento físico

devem ser seguidos a fim de não prejudicar o educando que ainda se encontra em

fase de crescimento físico e psico-pedagógico.

Por meio da prática da educação física, pode-se trabalhar, segundo

KORSAKAS e DE ROSE (2009), uma grande quantidade de valores e atitudes,

durante a realização de exercícios e atividades através de comportamentos que por

sua vez implicam valores.

Os principais valores e atitudes que são trabalhados na educação física são

os relacionados, segundo LORENZ e TIBEAU (2003), com auto-conceito, a auto-

confiança, o respeito para consigo mesmo e para com os outros, o esforço, a

cooperação e a solidariedade.

Uma maneira fácil e confortável de refletir sobre os valores e atitudes é,

segundo DARIDO (2001), formar um circulo com as crianças, que permita as

mesmas ter contato com os outros, é um convite ao diálogo e reflexão em grupo nos

momentos de descanso entre os exercícios e na parte final de cada dia ou sessão

de exercícios. Portanto a iniciação esportiva pode ser divididaem etapas de acordo

com a faixa etária em que se irá trabalhar. Devendo considerar a fase psico-

pedagógica em que se encontra cada criança, pois as mesmas não se encontram

com o mesmo desenvolvimento devido a criação e educação recebida em casa

assim como a liberdade de movimento que cada pai e mãe dá a seus filhos.

3.1 EDUCAÇÃO BÁSICA DO FUTEBOL A INICIAÇÃO ESPORTIVA A educação física é fundamental entre os sete e nove anos de idade para o desenvolvimento da autonomia, a aceitação, o auto-conhecimento e a confiança em si mesmo. Levando-se em consideração esses objetivos, propomos os seguintes conteúdos: expressão corporal, habilidades motoras básicas e estruturais, imagem e percepção corporal. (MONTES, 2007, p. 9).

As primeiras manifestações do movimento são comuns em todas as

crianças; no entanto, a partir dos sete anos, as habilidades motoras dependem da

prática e da transmissão social, e variam entre diversas culturas. Por esse motivo, é

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importante adaptar os exercícios às necessidades e características culturais das

crianças.

Os exercícios do grupo temático de estrutura, imagem e percepção corporal

têm como objetivo, o conhecimento do próprio corpo, as principais percepções a

serem desenvolvidas são a espacial e a temporal. Assim, os exercícios a serem

aplicados a esse grupo devem trabalhar os seguintes conteúdos: estrutura corporal,

lateralidade, estruturação espacial e temporal, relaxamento e respiração. (BETTI;

ZULIANI, 2009).

A comunicação e a expressão corporal, segundo MONTES (2007),

potencializam o crescimento, o desenvolvimento e o amadurecimento, possibilitando

formas de expressão variadas que permitindo a criança ser consciente do seu corpo

e seus recursos expressivos. Potencializando assim os movimentos naturais e

espontâneos, evitando gestos artificiais e estereotipados.

Desse modo, os exercícios propostos devem oportunizar a criança o conhecimento de seu corpo e explorar movimentos de comunicação e expressão no desenvolvimento psicomotor básico, de habilidade motora e expressão corporal. Os exercícios temáticos devem administrar estrutura corporal, relaxamento-contração, respiração e relações espaciais (MONTES, 2007, p.10).

A motricidade, segundo PERFEITO e PIMENTA (2012), depende do

amadurecimento da criança e de suas características. Os exercícios de relaxamento

e de controle de postura ajudam a melhorar a regulação tônica, facilitam um maior

conhecimento do corpo e das massas musculares, e também permitem obter

movimentos eficazes e econômicos.

A respiração e o relaxamento são essenciais na atividade tônico-postural da

criança, assim, o controle da respiração favorece uma boa estruturação da

consciência corporal. Os exercícios de respiração devem ser trabalhados de

maneira contínua, evitando-se concentrá-Ios em sessões isoladas (VIEIRA, 2014).

Os aspectos a serem trabalhados, segundo BALBÉ et al. (2009), são:

• Adaptação espacial: adaptação do movimento do corpo ao espaço, como por

exemplo, saltar.

• Noções espaciais: expressões que delimitam espaço, por exemplo, correr em

direção ao gol.

• Orientação: noção de onde está e para onde vai, através de trajetos e localização

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espacial.

• Estruturação espacial: organização do espaço sem utilizar o corpo como ponto de

referência, mas o espaço em si e se encontrar nele.

3.2 PROGRESSÃO ESPORTIVA NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA O desenvolvimento motor e do restante do corpo se dá ao longo de diferentes etapas como cognitivo, afetivo e social, há momentos em que é mais favorável enfatizar determinadas práticas, entre nove e onze anos de idade se têm um sistema nervoso maduro, permite aprimorar habilidades motoras e consolidar adaptação de habilidades estruturais, temporais e espaciais. (MONTES, 2007, p. 69).

Um dos objetivos gerais da educação física, é conseguir um

desenvolvimento integral e equilibrado da pessoa, relacionando assim os seguintes

conteúdos: capacidades condicionais, habilidades motoras básicas e iniciação

esportiva. (BETTI; ZULIANI, 2009).

Ao trabalhar as capacidades condicionais com crianças dessa faixa etária

deve, segundo OLIVEIRA et al (2007), concentrar-se na resistência anaeróbica, na

musculatura geral, de modo a permitir um crescimento harmônico e sadio,

manutenção da flexibilidade, respeitando as possibilidades de cada criança, e o

aumento da velocidade de execução de habilidades específicas.

Durante a iniciação esportiva deve-se estimular as crianças a se divertir com

a prática esportiva devendo ser potencializado a prática e o respeito às normas, a

aceitação das decisões dos colegas ou do educador e avaliar as próprias

possibilidades e as possibilidades dos colegas. Podemos então dar início as

capacidades condicionais básicas como força, resistência, velocidade e flexibilidade,

e trabalha-Ias de modo pontual é pouco eficiente e perigoso é importante adequar a

intensidade às características das crianças, evitando riscos desnecessários

(SANTANA, 2002).

O desenvolvimento da força na infância e na pré-adolescência, segundo

OLIVEIRA et al. (2013), é importante porque reduz o risco de lesões, ajuda a

manter uma postura corporal correta e aumenta a eficácia motora. A força é

trabalhada por meio de saltos, corridas, arremessos, etc. Nesta faixa etária, a força

não deve ser desenvolvida por meio de cargas, já que pode ser prejudicial à saúde.

Uma grande quantidade de órgãos e sistemas do corpo, como o aparelho

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cardiovascular e o sistema nervoso é frágil por isso, é aconselhável trabalhar

somente a resistência aeróbica, realizando exercícios de baixa intensidade e longa

duração, controlando a freqüência cardíaca. A resistência anaeróbica, é introduzida

em idades mais avançadas e se desenvolve por meio de exercícios de intensidades

mediana ou alta e de curta duração, a flexibilidade é uma capacidade que diminui

com a idade, e a sua manutenção pode ser realizada a partir dos cinco anos.

(OLIVEIRA et al., 2007).

Assim, é interessante acrescentar o trabalho das capacidades condicionais

nas crianças, já que essas intervêm na melhora geral do rendimento e favorecem

um desenvolvimento equilibrado.

A iniciação esportiva pode começar a ser trabalhada com meninos e

meninas, a partir de nove uma série de habilidades motoras básicas e específicas, é

motivador para as crianças e facilita o desenvolvimento das suas capacidades

cognitivas e sociais. A iniciação esportiva, deve combinar os aspectos técnicos ao

desenvolvimento das capacidades relacionais e cognitivas das crianças, priorizar o

aprendizado de padrões motores e estratégicos básicos e gerais, que as crianças

possam aplicar em diferentes esportes e situações motoras. (SANTANA, 2002).

3.3 TÉCNICAS ESPORTIVAS APLICADAS A ADOLESCÊNCIA

Os exercícios de capacidades condicionais para meninos e meninas de onze

a treze anos, segundo VALENTE (2002), aumentam de dificuldade e de intensidade

com relação aos exercícios destinados a crianças de nove a onze anos, mantendo

os mesmos conteúdos: força, resistência, flexibilidade e velocidade.

O desenvolvimento de capacidades condicionais melhora o rendimento

geral, permitindo a realização de deslocamentos mais eficazes e aumentando a

resistência ao cansaço. Os exercícios de força estão orientados para que as

crianças tenham uma musculatura equilibrada e harmônica, sem desequilíbrios

entre as diferentes massas musculares. Em exercícios com pesos, devem ser

tomadas precauções com a coluna vertebral, escolhendo um peso que se adapte às

características da criança, e realizando um aquecimento adequado. (WEINECH,

2003).

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Nas crianças, é desenvolvida fundamentalmente a resistência anaeróbica

por meio de exercícios de longa duração e com uma intensidade baixa ou mediana.

Os exercícios estão orientados para trabalhar a resistência de maneira contínua,

sem intervalos entre um e outro, já que é a metodologia mais adequada para esta

faixa etária. A flexibilidade, facilita a adoção de gestos e posturas variadas, além de

prevenir lesões musculares e articulares. O trabalho de flexibilidade deve iniciar-se

com exercícios simples de pouca intensidade, aumentando progressivamente o

potencial articular, evitando os puxões bruscos, os rebates e as posturas forçadas

demais. (MONTES, 2007).

Com crianças de onze a treze anos, velocidade e exercícios de freqüência,

velocidade e reação melhoram a coordenação mecânica. São aconselháveis

introduzir em idades não tenras exercícios que trabalhem de forma conjunta duas.

velocidade e força ou a resistência, já que são de uma intensidade bastante elevada

podem afetar o correto desenvolvimento das crianças. (MONTES, 2007).

Nas primeiras etapas do desenvolvimento motor, segundo DOHME (2003),

as respostas motoras são semelhantes entre os meninos e as meninas, e vão se

especificando e diferenciando umas das outras, desenvolvem-se por meio da

evolução das estruturas motoras, que permitem adaptar o deslocamento.

As habilidades básicas, segundo MONTES (2007), se tornam

comportamentos específicos e especializados à medida que as crianças encontram

a sua aplicação na iniciação esportiva. Os exercícios de habilidades motoras para

crianças de onze a treze anos de idade, aumentam de dificuldade com relação aos

exercícios destinados às de sete a nove anos, mantendo os mesmos conteúdos:

deslocamentos, giros, saltos e manipulação de objetos. Os deslocamentos são

trabalhados por meio de corridas de diferentes ritmos, saltando obstáculos, levando

colegas, agachamentos, exercícios laterais e que favoreçam o equilíbrio. Na

manipulação de objetos, são trabalhados especialmente os arremessos e as

recepções mediante a adaptação dos movimentos às trajetórias dos objetos.

Com crianças dessas idades, segundo RODRIGUES (2002), são

trabalhados os saltos em corrida, tanto verticais como os saltos com barreiras, os

horizontais ou os longitudinais. Assim, progressivamente, as crianças vão ficando

mais conscientes das possibilidades e dos recursos das habilidades básicas, que

são a base para o desenvolvimento correto das habilidades específicas.

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3.4. FUNDAMENTOS

Para que o jogo transcorra com tranqüilidade, é necessário seguir algumas

regras para que o mesmo siga sem violência e com disciplina, e foi a Federação

Internacional de Futebol Associado (FIFA) criada em 1904 para regulamentar as

partidas com dezessete regras e algumas, segundo AMERICAN SPORT

EDUCATION PROGRAM (2000), são:

Campo de jogo com comprimento de noventa a cento e vinte metros e largura

que vai de quarenta e cinco a noventa metros, delimitado por linhas que o circundam

nas laterais, as linhas de fundo, a área, a grande área e tiro de meta;

A bola deve ser esférica, com diâmetro de 68 a 70 cm, peso de 410 a 450g e

pressão de 600 a 1100 g/cm2;

Os jogadores devem ser no mínimo 7 e no máximo 11 e um deve ser goleiro;

Os jogadores devem estar trajando camisas de mangas curtas ou compridas,

bermudas, meias compridas, caneleiras e chuteiras;

O arbitro que tem a função de regular a partida, assim como, tempo das

partidas, conduta dos jogadores e dos técnicos;

Os árbitros assistentes devem auxiliar o arbitro de fora do campo e advertindo

o arbitro dos impedimentos e demais faltas que ver e for da sua competência;

A duração das partidas deve ser de noventa minutos, divididos em dois

tempos, acréscimo ao final de cada tempo dos minutos perdidos com pênaltis, troca

de jogador, assistência médica e outros intervenções e quinze minutos de intervalo.

E demais regras, como impedimento, gol, cartões, etc.

Porém, mais que as regras observadas acima, existem atividades prévias

antes de se iniciar a partida e/ou antes mesmo se inserir um atleta em competições

de categoria amadora ou profissional.

3.4.1 PREPARAÇÃO DO CORPO PARA ATIVIDADES FÍSICAS

Antes de iniciarmos qualquer atividade física, é imprescindível fazermos

alongamento e aquecimento, preparando o corpo para as atividades que virão a

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seguir como caminhada, futebol, tênis e/ou outros.

A função do aquecimento e do alongamento, segundo DI ALENCAR e

MATIAS (2010), é preparar os músculos, tendões e articulações para sofrerem

impactos, impedir o acometimento de lesões e até mesmo fraturas provenientes de

tombos, escorregões e outros acontecimentos durante a prática de uma atividade

física.

O alongamento a ser feito, deve ser assistido por um profissional

competente, pois para cada atividade física o corpo exerce uma força diferente e

dessa forma há sempre um exercício própria para cada uma delas. E mal feito o

aquecimento por desconhecimento do corpo e do exercício pode vir a ser uma fonte

de problemas. (DI ALENCAR; MATIAS, 2010).

3.4.1.1 AQUECIMENTO E ALONGAMENTO

Os exercícios tanto de alongamento quanto o de aquecimento, tem por

função principal, segundo WEINECK (2003), aumentar o bem estar e aliviar o

estresse, e não é realizado apenas em esportes, vai de atividades do cotidiano das

pessoas ao teatro. O aquecimento e o alongamento, devem ser feitos antes e depois

das atividades, sendo que o primeiro tem a função de aumentar a temperatura

interna e aquecer os músculos antes do esforço, e após a atividade faz com que os

músculos voltem ao seu lugar e a circulação sanguínea volte ao estado normal

diminuindo a pressão arterial.

Pelo fato da musculatura ser contrátil e aumentar seu tamanho durante

atividade física é que, segundo ROBERGS e ROBERTS (2002), se deve alongar

bem lentamente com a ajuda da gravidade, sem esquecer-se dos limites do corpo

para não prejudicar o desempenho e sanidade do mesmo. Os tendões não possuem

a mesma flexibilidade dos músculos, devendo então exigir maior cuidado e atenção.

O aquecimento, realizado antes do alongamento pode ser feito sem se

mover, a partir de saltos e rotações dos braços que aumentam a temperatura do

corpo e avisam aos músculos que devem “acordar”. Antes das atividades físicas não

podemos nos esquecer de aquecer e preparar a respiração e o coração (DANTAS,

2003).

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O alongamento pode ser feito sentado, em pé ou deitado o importante é

esticar os membros para traz e para frente realizando a autotração com ou sem o

auxílio de materiais, o uso da gravidade agachando e esticando as pernas uma por

vez, o passivo sentado ou deitado esticando pernas e braços e ativo-passivo

esticando e encolhendo pernas e braços usando apenas a força do corpo. Porém o

importante é não se esquecer de aquecer e alongar e que os mesmos estejam

relacionados as atividades a serem executadas, lembrando que uma atividade

rápida de alto esforço físico não deve ser tratada com as demais e vice-versa

(DANTAS, 2003).

3.4.2 MANEJO DO CORPO

O corpo, segundo SILVA (2007), é o item principal de um bom desempenho

nos treinos e partidas, o fato de conseguir movimentar-se e controlar a direção, o

gingado, equilíbrio e alguns fundamentos de “manuseio” desta ferramenta, pode ser

aplicada através de exercícios. As atividades relacionadas a este treinamento

específico do corpo impede quedas e até fraturas acidentais, ao trabalhar o corpo

impede e ensina a cair e rolar e muitas outras coisas, mas tudo isso através de

coisas bobas como corrida de frente, costas, lateral e com mudanças de

direção,giros, saltos dribles, fintas, paradas repentinas e demais exercícios.

Provocar reações aparentemente bruscas, faz que o atleta conheça e prenda os

riscos de uma partida podendo se defender de acasos que não há como inibir.

3.4.3 DOMÍNIO DE BOLA

Dominar ou controlar a bola, segundo SILVA (2007), pode ser de grande

valia na carreira de um jogador e em uma partida de futebol. A habilidade de

dominar a bola é tão sutil que deve ter pratica para realizar essa manobra que pode

ganhar uma partida já que a posse da bola feita com perfeição chega a intimidar o

oponente.

Para ser bom no controle da bola, o jogador deve, segundo GONÇALVES

(1994), saber lidar com ela das mais diferentes formas possíveis, podendo então

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fazer uso de membros como coxas, ombros e cabeças combinando-os de forma

elegante e precisamente rápida sem perder a concentração e o equilíbrio. Durante a

posse da bola, deve tocá-la sempre ao centro para que não se desvie aos lados,

usando os braços na altura do peito em forma de arco, corpo levemente inclinado a

frente e músculos relaxados, joelhos flexionados e base do corpo a cada movimento,

e sem esquecer-se dos olhos que não podem desconcentrar e sair da bola.

3.4.4 DRIBLE

Toda criança antes mesmo de saber andar com perfeição aprende o drible e

pratica entre pessoas e desvia de obstáculos, mas por brincadeira, e esse

desempenho frente ao “perigo” de quebrar objetos em casa e se machucar é uma

habilidade que não se adquire mas sim nasce com ela e com o preparo correto se

torna uma “arma” potente durante as partidas de futebol. O drible, não passa de

corrida com obstáculos, pode aparentar certo grau de facilidade, mas nesse caso

os obstáculos são móveis estão vindo ao seu encontro em várias direções ao seu

lado, pelas suas costas e todas as direções possíveis. Portanto torna-se

indispensável trabalhar essa tática, que tem por objetivo tirar vantagem do

adversário. (VOSER, 2001).

O objetivo do drible é passar pelo adversário com a posse da bola e não

deixar que o mesmo a tome, girando e gingando fazendo o adversário perder o

equilíbrio sem que o driblador perca o seu. Para um bom desempenho no drible, o

corpo deve estar levemente inclinado, pernas pouco flexionadas e abertas e os

braços soltos dando apoio ao movimento. O drible nada mais é que enganar o

adversário, com o corpo mostra que segue para a direita e quando o mesmo se

desloca para aquele lado se vira e arranca com a bola para o lado oposto. (DARIDO,

2007).

É importante, segundo RIBEIRO (2004), não deixar que o oponente chegue

perto demais da bola mantendo distância suficiente que o impossibilite de esticar a

perna para alcançar a mesma, assim quando ele tentar alcançar a bola com uma

das pernas e perder o equilíbrio arranca com a bola para o lado da perna que

estendeu saindo assim do campo de ataque do adversário.

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3.4.5 PASSE E RECEPÇÃO

Pode-se assim dizer que passe, é o mais importante em uma partida e deve

ser preciso, pois podem gerar gols. O passe, segundo RIBEIRO (2004), é o meio de

comunicação entre os membros de uma equipe possibilitando ao grupo a

progressividade nas jogadas sejam elas defensivas ou não.

Este domínio da bola pode, de acordo com CUNHA (2009B), ser curto, longo

ou por elevação e podem ser feitos utilizando os pés, as coxas, a cabeça, os ombros

e calcanhar. Para isso ocorrer de forma precisa é necessário treino a fim de que os

mesmos sejam realizados com grande precisão.

Para a realização de tais manobras torna-se indispensável um maior

treinamento físico, manejar as pernas a fim de conseguir assimilar um alvo e projetar

a bola para a direção indicada por outro jogador ou técnico, calculando as diretrizes

e a distância esteja o alvo parado ou não.

Para a jogada ser concluída com êxito é necessário que os jogadores

estejam entrosados e aptos a realizar a passe.

Algumas dessas jogadas, segundo FILGUEIRA (2006), são ensaiadas nos

treinos, utilizando cones como obstáculos de chão, e no alto usando os próprios

jogadores simulando um contra-ataque que pode vir a ser de cabeça ou não, o mais

certo é que deve-se aprender a “enganar” o adversário e deixá-lo sem saber de

onde virá o passe e pra onde irá.

É papel do técnico, de acordo com WEINECK (2003), junto aos jogadores

dando instruções para corrigir falhas de passe e dar a eles a autonomia de decidir

como será o passe:

Curtos realizados com as partes internas e externas dos pés;

Longos utilizando o dorso dos pés atingindo um maior impacto;

Cavado levantando a bola com a ponta do pé atingindo a parte debaixo da

bola com rapidez fazendo-a levantar do chão;

Rasteiro com o passe da bola feito pelo dorso do pé é eficaz e preciso.

Mas para que os passes sejam precisos é obvio o treinamento dos pés com

chutes de bico de pé, dorso do pé, voleio e bate-pronto. Os chutes de efeito como

quando usado o dorso do pé ou o bico, o passe ou chute de bico, segundo Filgueira

(2006), se dá geralmente com a bola em movimento e caso não acerte o centro da

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bola a trajetória será modificada e meta de gol alterada, já com o uso do dorso o

contato é maior aumentando as chances de gol.

O voleio, segundo CARMONA e POLL (2006), é feito com as bolas vindas

do ar e não toca o chão usando o dorso do pé, com o bate-pronto a bola jogada que

vem pelo ar ao tocar o chão é imediatamente repassada e pode ser passada de bico

ou dorso de pé.

Para a finalização de um passe e marcação do gol é preciso, segundo

GODOY (1992), que a recepção ocorra de forma correta, ou seja, quem recebe deve

amortecer, dominar e manter controle sobre a mesma podendo ser feito com os pés

parte (interna e externa) e com o peito e a coxa. Para a recepção ser feita com os

pés, deve manter os olhos fixos na bola te o contato e manter o peso do corpo na

perna de apoio ao tocar a bola o pé deve ir pouca coisa para trás e pressionar a bola

contra o chão mantendo-a cravada junto ao solo até poder passada e/ou chutá-la a

gol.

Quando se recepciona a bola com membros cheios de músculos como as

coxas, segundo SILVA (2009), deve-se relaxar os músculos para amortecer a

chegada e erguer a perna contraindo o joelho e descê-la junto com a bola

acompanhando o movimento da bola. No caso de usar o peito para recepcionar a

bola deve, tirar o ar dos pulmões para relaxar a musculatura do mesmo e

amortecendo, não usando somente o peito mas também os braços que devem dar

equilíbrio ao jogador pois o mesmo deve inclinar-se levemente para trás ao receber

a bola, os braços em forma de arco dão equilíbrio e auxiliam no domínio da bola.

Portanto, para a realização destas façanhas é necessário treino e mais,

domínio do corpo que se dá com equilíbrio na hora de recuar e/ou inclinar-se e o

auxilio dos músculos que devem contraídos e relaxados de acordo com o momento.

3.4.6 CORREÇÃO E APRIMORAMENTO

Para um melhor desempenho dentro e fora de campo, já para ser um bom

atleta primeiro deve ser uma pessoa consciente de sua atividade e das

conseqüências de suas ações e se torna necessário aprimorar tais comportamentos.

Pode-se então usar de recursos como atividades em dupla ou em grupo onde um

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dependa do outro para a conclusão do exercício. Desta forma pode ser aplicada,

segundo CUNHA (2009A), algumas atividades como:

Corridas de duplas onde os membros se encontram um pé atado ao pé do

companheiro e ambos desviando de obstáculos como cones e os próprios colegas

de equipe;

Conduzir a bola em direção ao gol passando por cones até finalizar atividade

que deve ser realizada em dupla para aumentar o entrosamento;

Saltar sobre o banco sueco com os pés atados a outra pessoa e desviar dos

vãos do banco;

Cabecear a bola de um para outro e devolver da mesma forma e sem parar

de andar;

Passe de bola e recepção;

Chutes a gol de ângulos diferentes e após recepções de bola diferentes,

pode ser de peito, coxa ou pé;

Drible entre paredão de jogadores com ou sem finalizações.

Algumas atividades como as citadas acima pode melhorar o trabalho em

grupo, a convivência e a compreensão das atitudes dentro de campo como passar

ou não a bola e dominar ou não, entendendo as falhas e limitações dos

companheiros. O aprimoramento, depende essencialmente da força de vontade de

cada esportista, em ser melhor para si e em grupo, pois às vezes a falha está na

falta de companheirismo e/ou intimidade que podem ser resolvidos com atividades

simples uma roda de diálogo onde se dá sugestões uns aos outros de forma

organizada e sem alterações de comportamento ou voz. (CUNHA, 2009 d).

3.5 TREINAMENTO PRECOCE

Há alguns anos, a iniciação esportiva se dava entre crianças de uma mesma

rua, bairro e escola todos eram bons e as regras as próprias crianças elaboravam e

assim começava a famosa pelada sem técnico, professor ou qualquer outra pessoa

que regulamentasse o jogo e corrigisse falhas. Estes meninos e meninas não se

classificam ou classificavam os outros, eram apenas jogadores de bola

(GREGÓRIO; SILVA, 2014).

Hoje em dia, com o aparecimento de escolinhas especializadas que dividem

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as crianças e as treina para se tornarem competidores, sem se atentarem a um

pequeno detalhe são apenas crianças. Ao passar uma idéia de esporte no caso o

futebol, torna-se indispensável ver que a criança precisa sentir prazer no que faz,

evoluir a sua consciência com o auxílio do grupo, interpretar o esporte como lazer,

construir a sua cidadania e o mais importante valorizar a alto-estima. (SANTANA,

2004).

Abaixo pode se observar os possíveis objetivos do esporte na infância.

Quadro 2. Possíveis objetivos do futebol na infância

Técnica

- Até nove anos: vivenciar as habilidades que exercita sozinho e que melhora o seu relacionamento com a bola, melhorando a sua visão periférica. Isso não significa que deve deixar de treinar a posse e a oposição. - Vivenciar as habilidades predominante num contexto de jogo, isto é, não o como fazer do motivo de fazer. - Aos dez e onze anos: as experiências anteriores de jogo deverão sinalizar para que a visão esteja menos centrada na bola e mais na tática. Logo o contexto de jogo deve ser mantido.

Tática

- Até nove anos: aumentar a participação no jogo coletivo, isto é, introduzir aos poucos a ocupação racional (inteligente) do espaço, o que facilitará a comunicação com os colegas e contra os adversários. - Aos dez, onze e doze anos: pautar o aprendizado tático na idéia de versatilidade. - Introduzir alguns princípios do jogo de ataque, de defesa e de transição (ofensiva e defensiva.

Motora

- Aos seis e sete nos: preocupar-se em desenvolver as habilidades básicas (locomoção, manipulação e estabilidade). - Dos sete aos dez anos: desenvolver a velocidade (de reação) e a coordenação de vários movimentos (por isso a aula deverá prever movimentos diversificados). - Entre sete e doze anos: desenvolver a flexibilidade. - A partir dos doze anos: desenvolver mais pontualmente a resistência e a força.

Sociomoral

- Entre cinco e doze anos: criar um ambiente cooperativo x coercitivo. - A partir dos nove e dez anos: desenvolver mais pontualmente cooperação, democracia e uma moral voltada para a autonomia. - O professor deve minimizar a sua autoridade e incitar as trocas sociais; os objetivos morais são tão mais passíveis de serem atingidos quanto mais a criança avança na idade.

Competitiva

- De sete a onze anos: elevar a auto-estima da criança (o que será possível se todos participarem, se o tipo de competição permitir o êxito e se as pessoas envolvidas independentemente dos resultados apoiarem). - Aos doze anos (já em competições federadas): aprender a conviver com as vitórias e as derrotas, mas sem supervalorizá-las; colocar a criança sob situações novas.

Fonte: SANTANA (2004). O resultado deve ser a melhoria do eu interior da criança e não estimulá-lo a

pensar ser superior as demais crianças, formando pessoas reais ao invés de

máquinas de habilidades superiores.

Quando uma criança adentra uma escolhinha especializada ou não de

futebol as intenções do educador não estão claras, tão menos o educador da

intenção dos pais que tomados de orgulho influenciam os filhos os fazem de

marionetes, segundo SANTANA (2004), brincam de Deus e moldam a infância da

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criança esquecendo que nesta fase o psicológico é muito frágil e moldável.

As crianças ao chegarem a escola trazem consigo toda uma história de vida.

São as suas experiências sociais, afetivas, intelectuais, morais, sensíveis. Esse

conhecimento segundo a realidade de cada criança será mais ou menos intenso,

criativo, criativo, rico. (SANTANA, 2004).

A inteligência tática de perceber o espaço, o colega, o adversário, de decidir,

de antecipar-se pode ser estimulado desde cedo. A didática ao orientar crianças,

deve transmitir experiências adquiridas por estudos bibliográficos e no cotidiano de

trabalho, definindo assim regras um conjunto de normas que darão vida a aula.

(SILVA, 2009).

O educador deve objetivar auxiliar o aluno a aprender, não se trata apenas

de mostrar o que deve ser feito, mas ajudar o aluno a absorver o conteúdo de forma

que o a criança se espelhe e melhore sua conduta e comportamento. (MUTTI, 2003).

As crianças entre seis e dez anos apresentam atitude otimista,

despreocupada, mais assimilação isenta de crítica, de conhecimento e habilidades.

Surge nesta fase o aumento da capacidade de concentrações, acompanhada de

uma maior capacidade de diferenciação de movimento e de uma aquisição refinada

de informações. É uma fase muito favorável à aprendizagem. (MUTTI, 2003).

A maior característica da criança dos onze aos doze anos, caracteriza-se

como a melhor idade para aprender, pois existe uma intensa necessidade de

movimento, um entusiasmo, um “querer-poder”, uma firmeza e uma aceitação do

risco o que exerce uma influência extraordinária favorável na capacidade evidente

de desenvolvimento. O que for omitido nessa fase, não se recupera mais tarde,

senão com muita dificuldade e ao preço de um esforço incomparavelmente mais

elevado. (MUTTI, 2003).

Os moldes das competições atuais podem se encaixar perfeitamente a um

adulto, mas é contra-indicado para crianças, não só pelos esforços desmedidos de

ordem física, mas também pela profunda solicitação emocional que pode causar

sérias perturbações na formação da personalidade das crianças. (MUTTI, 2003).

Muitos pais querem se realizar as custas dos filhos, enxergando neles a

oportunidade de conseguir este sonho, muitos pais depositam sobre os filhos a

responsabilidade de ser o representante da família – no desempenho da criança

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estará o orgulho ou a vergonha da família.

Outros ainda, veem seus filhos como adultos em miniatura; cobram,

coagem, pressionam, ficam eufóricos ou enfurecidos côo se fossem eles no campo

ao invés da criança.

Há pais que exaltam os seus filhos e que são os melhores, e nessa mesma

proporção esperam que o mesmo de o máximo, não aceitando fracasso e muitas

vezes punindo a criança.

Esses comportamentos acima descritos causam na criança reações como

ansiedade, medo, nervosismo, revolta, baixa alto-estima e estresse. E são estas

reações as responsáveis pela formação de caráter e muito prejudiciais tanto no

esporte quanto na personalidade da criança. (MUTTI, 2003).

O estresse excessivo pode surgir de forma aguda em determinado momento

da competição, ou crescer aos poucos de forma crônica ao longo de todo o evento.

Durante as fases iniciais da vida, segundo PEREIRA (2009), nos avaliamos

pelo que os outros fazem de nós; nossa auto-imagem, é em muito determinada pela

imagem que percebemos despertar nas outras pessoas. O espelho que diz o quanto

estamos com uma boa imagem ou não, são os olhos de aprovação ou reprovação

das pessoas que consideramos importantes.

A prática desportiva precoce, segundo LUCENA (2001), leva a uma

sobrecarga as crianças onde a evolução fisiológica está em plena ascensão,

portanto a estrutura óssea está sujeita a lesões devido a desigualdade de

crescimento dos diversos sistemas corporais, ósseo tecidos. Ou seja, a iniciação

desportiva é contra-indicada antes dos doze anos de idade, devido a

heterogeneidade de maturação, o que provoca acidentes e prejuízo emocional em

caso de insucesso.

As competições causam perturbações na formação da personalidade da

criança, ficando restritas a um confronto de capacidades e habilidades, mas sim, que

proporcionem alegria aos participantes, e que o fato de superar ou ser superado

não implique em derrota ou glória da vitória. (MUTTI, 2003).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo realizado com crianças de sete a dez anos de idade, busca

elucidar que a precocidade não apenas no futebol mais em qualquer outro esporte

faz do jovem um estereótipo mecanizado e iludido, mas ainda assim pode causar

traumas psicológicos irreversíveis como mudança de caráter e comportamento seja

no meio familiar ou social.

O educador tem um papel fundamental na educação e na evolução psico-

pedagógica do aluno, pois o mesmo sabe das conseqüências que cada atividade

realizada de forma inadequada pode causar e das marcas visíveis ou não da

mesma.

A criança como muitos costumam dizer é uma esponja apta a absorver tudo

o que se tem a ensinar, e quanto mais sabe mais quer descobrir, o esporte em

questão o futebol tem em si um mundo particular e cruel que não escolhe quem vai

subir ou descer apenas faz de crianças competidoras insaciáveis.

A estrutura física fica extremamente abalada e em fase de crescimento pode

fazer de uns grandes craques, porém de uma hora para outra derruba sem avisar, a

criança não está preparada para encarar o esporte onde adultos perdem a noção e

ficam agressivos, depressivos e outros se enterram em drogas para suportar o peso

das competições.

Talvez não seja essa a perspectiva que desejamos aos nossos filhos, a

tomada de consciência do erro pode levar minutos ou anos, pensar refletir e acima

de tudo não exigir que o filho ainda criança ou até mesmo adulto siga os passos dos

pais a escolha é da criança.

Mas nada impede que as crianças pratiquem esportes por praticar apenas

para desenvolvimento pessoal e físico de forma adequada e com orientação

coerente faz bem sem pressão ou cobranças.

Portanto as crianças devem agir como tal e serem respeitadas na sua

individualidade, independente de ser um fenômeno ou não cada uma delas é

especial no seu íntimo, um ser moldável e livre de malícia cada gesto ou atitude fica

gravado e interpretado como certo e errado de acordo com o que lhe é informado.

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