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PLANO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
DO MONTIJO (PEDTM)
Versão Resumo
Montijo, 6 de Maio de 2011
Equipa Técnica
Coordenação Técnico/Científica
Doutora Luísa Carvalho – Instituto Politécnico de Setúbal | ESCE
Doutora Teresa Costa – Instituto Politécnico de Setúbal | ESCE
Equipa Técnica da Câmara Municipal do Montijo
Divisão de Economia e Turismo
?
Consultores Externos
Eng.º José Nunes - ADTR
Dr. Pedro Mares | Mestrando do Curso de Mestrado em Gestão | Universidade Évora
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ÍNDICE
1. Introdução
2. Metodologia de Elaboração do PEDTM
3. Análise do Meio Envolvente
4. Análise de Mercado
5. Diagnóstico Estratégico
6. Vertentes Estratégicas, Programas de Intervenção e Acções
1. INTRODUÇÃO
1. Introdução
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O Concelho de Montijo insere-se no distrito de Setúbal e pertence à área metropolitana de Lisboa.
Geograficamente o concelho está dividido em duas partes:
• parte Oeste – constituída pelas freguesias: Montijo, Afonsoeiro, Sarilhos Grandes, Atalaia e Alto Estanqueiro/Jardia, com uma área aproximada de 56,3 Km2 (sendo 1000ha ocupados pela Base Aérea nº6);
• parte Este – constituída pelas freguesias: Sto. Isidro de Pegões, Canha e Pegões, com uma área aproximada de 291,7 Km2.
1. Introdução
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O Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo no Montijo (PEDTM) surgiu através da formalização por Protocolo celebrado em Dezembro de 2008, entre a Câmara Municipal do Montijo e a Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal.
A proposta vertida no Protocolo propunha-se, através do seu objectivo principal, a identificar as linhas orientadoras para o desenvolvimento sustentável do turismo no concelho do Montijo. Neste sentido, a proposta de execução do PEDTM pretendia:
(1) inventariar e propor a integração dos recursos disponíveis no concelho e respectiva afectação ao turismo;
(2) identificar a procura turística actual e potencial;
(3) delinear a análise competitiva do concelho;
(4) avaliar e propor uma estratégia de marketing a nível do concelho e da área promocional do Montijo;
(5) desenvolver os instrumentos de planeamento e de operacionalização dessa estratégia;
(6) contribuir para o envolvimento dos vários parceiros promovendo a sua participação na formulação do plano.
2. METODOLOGIA
2. Metodologia
Para a elaboração de um Plano Estratégico de Desenvolvimento para o turismo no concelho do Montijo, foi proposto um conjunto de linhas metodológicas que deram corpo à metodologia aplicada ao projecto.
Pretendeu-se que desde a recolha de dados até à formulação final das propostas houvesse participação activa entre os diversos stakeholders envolvidos directa ou indirectamente.
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2. Metodologia
Inventariação dos Recursos
Diagnóstico Integrador
Recolha Participada de Informação
Oferta Turística
Análise e Tratamento Da Informação
Procura Turística
PEDTM Produtos Turísticos
Apresentação Pública
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3. AMBIENTE EXTERNO
• O concelho está dependente predominantemente dos turistas nacionais. Relativamente à procura internacional o grupo que assume alguma representatividade são os espanhóis;
• Em termos de taxa de ocupação-cama no concelho do Montijo, observa-se que é muito inferior ao verificado no país, apresentando uma taxa de ocupação de 33,7% face aos 43% apurados no país;
• Existe uma menor concentração da procura no Verão relativamente ao verificado no país, 31,7% das dormidas no Montijo realizam-se entre Julho e Agosto, enquanto que em Portugal, no mesmo período, verificam-se 36,8% do total das dormidas. Deste modo, constata-se que, em termos de dormidas no concelho do Montijo, existe uma menor sazonalidade face ao verificado na média do país;
• Por outro lado, verifica-se que o concelho do Montijo apresenta dificuldades em reter os turistas por um maior período de tempo, sendo que a estada média, em 2007, foi de 2,1 dias. Apesar deste valor estar em linha com os valores dos outros concelhos analisados, encontra-se distante do valor observado no país (3 dias).
3.1. Caracterização do Sector Turístico no Concelho
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Fonte: INE, Anuário Estatístico * Dados de 2007
3.2. Análise de Benchmarking
Capacidade de
Alojamento (nº camas/ 1.000 hab.)
Taxa de ocupação-cama
(%)*
Estada média
(nº noites)*
Nº estabele-cimentos
classificados no Turismo de
Portugal I.P.
Capacidade de alojamento na
categoria hotéis (%
camas face ao total)
Dormidas em estab. hoteleiros
por 100 hab.*
Proporção de dormidas entre Julho e Setembro (% face ao
total)*
Proporção de hóspedes estrangeiros (% face ao
total)*
MONTIJO 5,7 33,7 2,1 3 73,7 69,8 31,7 49,7
Alcochete 3,7 47,4 2,1 1 100 65,9 28,6 39,0
Moita 0,0 // // 0 0 0,0 // //
Palmela 7,4 39,1 1,9 6 0 43,4 36,0 39,0
Coruche 8,3 14,9 1,6 2 0 39,8 15,4 18,7
Setúbal 14,0 41,3 1,9 15 57,2 238,9 31,8 34,5
Região de Lisboa 18,1 48,0 2,3 306 75,2 309,0 32,2 62,2
Portugal 25,8 43,0 3,0 2041 50,1 374,3 36,8 52,7
Posicionamento do concelho face
à média da Região de Lisboa
Indicadores de turismo
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Indicadores de turismo
3.2. Análise de Benchmarking
O concelho do Montijo apresenta um número muito reduzido de alojamentos classificados no Turismo de Portugal I.P., existindo apenas 5 estabelecimentos dos quais apenas 1 se enquadra na tipologia de estabelecimento hoteleiro.
13
Capacidade de Alojamento (nº de camas), 2008
Fonte: INE, Anuário Estatístico
4. ANÁLISE DE MERCADO
O turismo constitui uma actividade que envolve um conjunto de serviços, cujo objectivo, é a satisfação de necessidades e de motivações de viagens, férias e lazer. Esta actividade é transversal a múltiplos sectores com diferentes graus de intervenção, uns com contrapartida de preços cobrados, tais como, produtores e operadores, agentes de viagens, meios de transporte, comunicação, alojamento, restauração, comércio, artesanato, diversão e recreio, museus, palácios, castelos, etc., outros como serviços públicos não cobrados directamente, como serviços de fronteira, segurança, utilização de estradas, etc. (Baptista, 2003).
4.1. Análise da Oferta Turística
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4.1. Análise da Oferta Turística
Oferta Primária ou Original
Património arquitectónico,
Histórico, Cultural e Arqueológico
História, Cultura, Tradições,
Artesanato, etc.
Clima, Paisagem, Natureza, Recursos
Naturais
Infra-Estruturas Básicas
Acessibilidades Comunicações Redes de Águas, Gás e
Electricidade
Serviços de Saúde
e Sistemas de
Segurança
Oferta Derivada ou
Construída
Estruturas de Animação Cultural e
Recreativa
Termalismo, Talassoterapia, Clubes
de Saúde e Similares
Estruturas de apoio ao turismo
alternativo e de natureza
Alojamento Restauração Golfe e outras estruturas de desporto e
recreio de interesse para os turistas
Saneamento
O PRODUTO TURÍSTICO
Fonte: BAPTISTA, Mário (2003) 16
Constituída pelo património arquitectónico, histórico, cultural e arqueológico, pelo clima, paisagem, natureza, recursos naturais e pela história, cultura, tradições, artesanato, etc., (Baptista, 2003). A descrição da oferta primária ou original é importante para a avaliação das potencialidades do concelho e para a formulação estratégica do desenvolvimento do concelho do Montijo.
4.1.1. Oferta Primária ou Original
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O concelho do Montijo apresenta algumas assimetrias entre os dois territórios no que respeita às infra-estruturas básicas. O território oeste encontra-se apetrechado de um maior número de infra-estruturas básicas, por apresentar uma maior densidade urbana.
4.1.2. Infra-estruturas Básicas
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Unidades Hoteleiras Modalidade Nº Quartos Localidade
Tryp Montijo Parque Hotel ***
Hotel 84 Montijo
Residencial Havanesa ***
Residencial 16 Montijo
Pensão Catraio Pensão 9 Montijo
Albergaria Mala Posta ****
Albergaria 16 Pegões
Monte da Charca Casa de Campo –
Turismo Rural 8 Canha
4.1.3. Oferta Derivada ou Construída 4.1.3.1. Alojamento
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No âmbito do alojamento existente no concelho do Montijo, destaca-se a seguinte oferta:
4.1.3.2. Estruturas de Apoio ao Turismo Alternativo e Animação Turística
O concelho do Montijo dispõe, principalmente na zona Este, de um conjunto de entidades que oferecem excelentes estruturas de apoio ao turismo alternativo e de natureza, destacando-se:
•Associação Amigos do Campo e Aventura (A.A.C.A);
•Herdade do Moinho Novo (complementarmente à actividade principal);
•Monte das Mós (complementarmente à actividade principal).
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Freguesia Estruturas de Animação Cultural e
Recreativa
Montijo
Museu do Pescador Moinho de Maré do Cais Cinema Teatro Joaquim d’Almeida Tertúlia Tauromáquica do Montijo Moinho de Vento do Esteval Museu da Santa Casa da Misericórdia
Afonsoeiro Centro Social S. Pedro de Afonsoeiro
Atalaia Museu dos ex-Votos do Santuário de Nossa Senhora da Atalaia Museu Agrícola da Atalaia
Canha Museu Etnográfico de Canha
4.1.3.3. Estruturas de Animação Cultural e Recreativa
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5. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Recurso 1 – Freguesias Este – Santo Isidro/Pegões/Canha
5.1. Binómio Recursos e Produtos Turísticos Potenciais
• O Território Este é caracterizado por uma forte ruralidade;
• A vila de Canha é uma antiga vila medieval situada na margem esquerda da Ribeira de Canha. Ainda que não possua muito património edificado tem características rurais e beleza natural e paisagística de interesse. A ribeira de Canha caracteriza-se pela criação de um habitat particular com avifauna, reprodução de peixes e valor paisagístico;
• A região de Pegões, com uma área vinícola de 967 hectares, produz diversas castas tintas;
• Na freguesia de Santo Isidro de Pegões destaca-se o colonato implantado nos terrenos da Herdade de Pegões Velhos. O casario edificado tem interesse do ponto de vista turístico e constitui um exemplo único deste tipo na margem Sul do Tejo. Ainda nesta freguesia é possível visitar o Fontanário de Pegões e a Igreja de Santo Isidro de Pegões.
Produto A – Gastronomia e vinhos
Produto B – Turismo em espaço rural (TER)
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Recurso 2 – Património Religioso - Atalaia
5.1. Binómio Recursos e Produtos Turísticos Potenciais
• O Santuário da Senhora da Atalaia congrega tradições religiosas bastante antigas e é objecto de um culto que envolve romeiros e festeiros de diversas regiões da margem Sul e Norte do Tejo;
• De salientar ainda o cruzeiro manuelino com as imagens decapitadas, bem como o retábulo em talha do altar-mor da igreja, sendo a Festa Grande o ponto alto das cerimónias religiosas;
• O núcleo museológico da Quinta Nova da Atalaia é dedicado à ruralidade da região e apresenta um percurso visitável que se desenvolve em torno dos lagares de azeite e vinho, adega, reservas com alfaias, pomar e horta.
Produto C – Turismo religioso
Produto D – Touring cultural e paisagístico
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Recurso 3 – Eixo Ribeirinho – Montijo/Afonsoeiro/Sarilhos Grandes
5.1. Binómio Recursos e Produtos Turísticos Potenciais
• O Montijo beneficia de uma localização junto à margem Sul do estuário do rio Tejo, possuindo esteiros navegáveis e fauna e flora diversificada;
• As freguesias ribeirinhas, nomeadamente a freguesia do Montijo, no trajecto junto ao rio vulgarmente conhecido por bairro dos pescadores possui um conjunto urbanístico simples mas típico de uma antiga aldeia de pescadores e conserva um património ligado ao rio;
• Estas freguesias apresentam um vasto património edificado de elevado interesse turístico;
• Nesta linha territorial, a freguesia de Sarilhos Grandes constitui um prolongamento da margem do rio e apresenta fortes tradições ligadas à gastronomia de produtos do rio e uma importante ligação ao campo traduzida pela tradição tauromáquica e arte equestre.
Produto A – Gastronomia e Vinhos
Produto D – Touring cultural e paisagístico
Produto E – Turismo Náutico
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Recurso 4 – Tauromaquia, Criação de Gado e Transformação de Carnes - Montijo
5.1. Binómio Recursos e Produtos Turísticos Potenciais
• O concelho possui uma forte identificação com as actividades de criação de gado e tauromaquia típicas dos concelhos do Ribatejo. A praça de touros Amadeu Augusto Santos situada na freguesia do Montijo constitui um marco na tauromaquia nacional e internacional;
• Destacam-se ainda algumas quintas com tradição na produção de gado e criação de cavalos lusitanos;
• O Montijo tem tradição no abate e transformação de carnes acolhendo actualmente três grandes fábricas de transformação de carnes.
Produto A – Gastronomia e Vinhos
Produto F – Turismo de Eventos e Animação
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Recurso 5 – Floricultura, Horticultura e Cortiça - Montijo
5.1. Binómio Recursos e Produtos Turísticos Potenciais
• O Montijo possui condições ecológicas e climatéricas favoráveis à floricultura e horticultura;
• No concelho tem ganho importância crescente a cultura cerealífera, especialmente o triticale e o trigo. Relativamente à riqueza florestal do concelho, é de destacar o sobreiro, pinheiro manso e eucalipto. O sobreiro desempenha um papel importante na economia do concelho, nomeadamente, no abastecimento da indústria de preparação e transformação de cortiça.
Produto B – Turismo em espaço rural (TER)
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Recurso 1 – Freguesias Este – Santo Isidro/Pegões/Canha
5.2. Diagnóstico dos Recursos
Atracções Turísticas:
• Paisagem rural preservada;
• Adega e cultura de vinha;
• Colonato de Santo Isidro;
• Ribeira de Canha;
• BTT e provas de orientação;
• Património construído, quintas e legados arqueológicos (Canha);
• Produção de Gado, gado bravo e cavalos;
• Observação de aves (Ribeira de Canha);
• Pesca desportiva e caça;
• Observação astronómica.
Pontos Fortes
• Condições para a prática de desportos;
• Paisagem rural preservada e flora e fauna propícias à observação e contemplação da natureza;
• Produção de produtos locais de elevada qualidade;
• Beleza paisagística e fauna e flora diversificada;
• Condições propícias à observação astronómica;
• Recursos endógenos locais que favorecem a comercialização de produtos locais;
• Cultura ligada ao vinho e adega como promotores de enoturismo;
• Existência de património com características singulares, nomeadamente, o colonato de Pegões que pela sua história e edificado podem ser um recurso visitável muito interessante;
• Património e tradições locais;
• Existência de quintas e herdades, algumas das quais ligadas à produção de gado.
Pontos Fracos
• Ausência de estratégia de desenvolvimento turístico adaptada para a zona;
• Massa critica e mobilização de recursos por freguesia e não por região o que dificulta a criação de escala e não reforça a identidade local associada ao Montijo;
• Falta de qualificação de alguns aglomerados de suporte;
• Parte do património edificado de maior valor urbanístico com necessidade de intervenção e requalificação
• Alterações urbanísticas;
• Toponímica de indicação de locais pouco clara;
• Ribeira de Canha com necessidade de intervenção e limpeza;
• Falta de serviços de apoio, nomeadamente, de alojamento de qualidade e de restauração;
• Produtos e tradições locais pouco divulgadas aproveitadas para fins turísticos.
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Recurso 2 – Património Religioso - Atalaia
5.2. Diagnóstico dos Recursos
Atracções Turísticas:
• Celebração religiosa ligada ao culto de Nossa Senhora da Atalaia;
• Património edificado;
• Museu Agrícola da Atalaia.
Pontos Fortes
• Simbolismo ligado ao culto a Nossa Senhora da Atalaia, imagem devota dos Círios de ambas as margens do Tejo;
• Tradições ligadas à festa religiosa e círios com forte componente popular;
• Património agrícola e história agrícola do concelho congregados num museu que foi uma antiga quinta e permite uma visita envolvente e sensorial do património agrícola.
Pontos Fracos
• Visitas do santuário mais frequentes no período da festa grande;
• Pressão urbanística na área circundante ao santuário;
• Atritos entre os novos residentes e os círios no período da festa grande.
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Recurso 3 – Eixo Ribeirinho – Montijo/Afonsoeiro/Sarilhos Grandes
5.2. Diagnóstico dos Recursos
Atracções Turísticas:
• Canoagem, remo, vela;
• Pesca desportiva;
• Windsurf e Kitesurf;
• Provas desportivas federadas;
• Passeios fluviais;
• Observação da fauna e flora;
• Restauração associada aos produtos do rio.
Pontos Fortes
• Potencial da área designada “Mar da Palha”;
• Condições naturais para a criação de praias fluviais;
• Potencial para o desenvolvimento de segmentos desportivos que apresentam níveis crescentes de procura e que podem afectar meios humanos e financeiros apreciáveis;
• Possibilidade de criação de externalidades positivas geradas pelas actividades náuticas sobre outros eixos de desenvolvimento económico;
• Beleza paisagística e peculiaridade da fauna e flora favoráveis à contemplação da natureza.
Pontos Fracos
• Carências infra-estruturais de acesso ao rio para actividades náuticas;
• Não há escala em termos de zonas de embarque e condições logísticas para o ancoramento de barcos;
• Concorrência de Lisboa e de outros concelhos da margem Sul do Tejo (Moita e Alcochete);
• Inexistência de estratégia de desenvolvimento turístico integrada para a zona, que envolva outros concelhos
ribeirinhos (Alcochete e Moita);
• Pressão urbana das freguesias em crescimento e perda de identidade local;
• Falta de qualificação de algum património urbano;
• Deficiências ao nível da limpeza e saneamento das margens do rio em diversos pontos que afectam o ecossistema e a imagem turística;
• Existência de grandes empreendimentos industriais que circundam o estuário do rio Tejo.
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Recurso 4 – Tauromaquia, Criação de Gado e Transformação de Carnes - Montijo
5.2. Diagnóstico dos Recursos
Atracções Turísticas:
• Património imaterial ligado às tradições tauromáquicas;
• Quintas e herdades dedicadas à criação de gado e de cavalos;
• Indústria de transformação de carnes com tradição no concelho sobretudo de produtos porcinos;
• Praça de touros.
Pontos Fortes
• Tradições tauromáquicas e atracção de turistas para eventos desta natureza;
• Herdades com criação de cavalos e treino especializado em equitação com atracção de turistas nacionais e estrangeiros neste segmento de mercado;
• Fábricas de transformação de carnes com elevada tradição e reconhecimento nacional onde estão a ser realizadas fortes apostas em novos produtos gourmet;
• Feiras ligadas à transformação de carnes em particular ao porco.
Pontos Fracos
• A não existência de uma estratégia que promova o potencial turístico dos produtos transformados pela indústria de carne;
• Fraca associação de marca de produtos de carne transformados ao Montijo e a inexistência de produtos locais certificados;
• Fraca ligação entre os produtos de carne transformados locais e a tradição gastronómica do concelho;
• Promoção de eventos ligados ao porco e transformação de carnes de forma esporádica e sem um calendário bem definido;
• Fraca divulgação dos Primores produzidos no concelho do Montijo, dos quais se salientam as favas, as ervilhas, as batatas e as cebolas.
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Recurso 5 – Floricultura, Horticultura e Cortiça – Montijo
5.2. Diagnóstico dos Recursos
Atracções Turísticas:
• Estufas de Flores;
• Produtos hortícolas de elevada qualidade e de produção local;
• Existência de produtos de artesanato local associado à cortiça;
• Festival da batata.
Pontos Fortes:
• Indústria de transformação de cortiça que confere identidade local relevante;
• Existência de pequenas hortas privadas que fornecem produtos locais;
• Vontade do poder local na dinamização e divulgação dos produtos provenientes da floricultura, horticultura e cortiça;
• Existência de grande espaço comercial de escoamento e divulgação dos produtos locais.
Pontos Fracos:
• Linha e estação de comboio desactivadas junto a antiga fábrica de cortiça;
• Antigo complexo de transformação de cortiça desactivado e degradado;
• Falta de condições/infra-estruturas que viabilizem visitas turísticas às estufas, hortas e fábricas-museus da indústria da cortiça;
• Inexistência de parcerias que potenciem iniciativas conjuntas entre floricultores, agricultores e produtores de cortiça;
• Promoção de eventos ligados à floricultura, horticultura e produção de cortiça de forma esporádica sem calendarização periódica que confira identidade à região;
• Inexistência de produtos locais certificados que confiram tradição gastronómica ao concelho.
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Peso na procura
turística do concelho
Grau de diferenciação actual
face a outros territórios nacionais
Potencial de desenvolvimento
futuro Principais concorrentes Entraves actuais a ultrapassar
Sol e Mar – – – – –
Touring Cultural e Paisagístico ** **** **** Alcochete, Moita,
Palmela Reabilitação e preservação do
património
City Breaks – – – – –
Turismo de Negócios * * *** Alcochete, Palmela,
Lisboa Construção do aeroporto e
acessibilidades
Turismo de Natureza * * * Alcochete, Palmela,
Setúbal Pequena dimensão das áreas
protegidas
Golfe * *** ** Palmela, Setúbal Enquadramento
territorial/ambiental
Turismo Náutico * * ***** Alcochete, Moita,
Setúbal, Lisboa Infra-estruturas de acesso ao
rio
Resorts Int./Turismo Residencial – – – – –
Saúde e Bem-estar – – – – –
Gastronomia e Vinhos *** * ***** Palmela, Lisboa, Setúbal Marketing territorial,
acessibilidades e sinalética
Turismo de Eventos e de Animação
** ** ** Alcochete, Moita,
Lisboa, Setúbal Qualificação da oferta e
marketing territorial
Turismo Religioso *** **** **** Alcochete, Moita Requalificar a oferta e a
procura
Turismo em Espaço Rural ** ** **** Alcochete, Palmela,
Setúbal Infra-estruturas, reabilitação e
preservação ambiental
5.3. Enquadramento dos Produtos Turísticos Territoriais no PENT
6. VERTENTES ESTRATÉGICAS, PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO E ACÇÕES
Vertentes Estratégicas do PEDTM:
V1 (Vertente 1) – Criar e desenvolver infra-estruturas / projectos públicos e/ou privados de apoio ao turismo;
V2 (Vertente 2) – Garantir educação e formação que assegure o desenvolvimento de competências no sector turismo;
V3 (Vertente 3) – Projectar a região como destino turístico nos segmentos identificados, através de uma estratégia de marketing adequada;
V4 (Vertente 4) – Reforçar parcerias e a coordenação entre agentes locais e entre estes e os agentes de outras regiões criando sinergias.
6. Vertentes Estratégicas, Programas de Intervenção e Acções
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Cada uma das vertentes estratégicas originará um conjunto de programas de intervenção que por sua vez se concretizarão através de um conjunto de acções.
As acções serão calendarizadas atendendo à possibilidade de execução num horizonte temporal (2011-2020) definido em:
•curto prazo – período que medeia a implementação do PEDTM-2011, e dura, até no máximo dois anos seguintes, onde os resultados dependem da consolidação e/ou aperfeiçoamento dos vários segmentos de mercado;
•curto/médio prazo – período subsequente ao anterior, a que acrescem dois ficando compreendido entre um/dois anos e cinco anos após a implementação do PEDTM, cujos resultados advêm de melhorias de competitividade decorrentes do lançamento de novos produtos ou de exploração de novos segmentos de mercado;
•médio/longo prazo – período final de implementação do PEDTM, que se inicia após cinco anos , cujos resultados são originados pelo crescimento sustentado do sector.
6. Vertentes Estratégicas, Programas de Intervenção e Acções
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6.1. Articulação entre Recursos Turísticos, Produtos Turísticos e Vertentes Estratégicas
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Recurso 1Freguesias Este
Recurso 2Património
Religioso Atalaia
Recurso 3Eixo Ribeirinho
Recurso 4Tauromaquia,
Gad, Carnes
Recurso 5Floricult.,
Horticult., Cortiça
Produto AGastronomia
e Vinhos
Produto BTER
Produto CTurismoReligioso
Produto DTouringCultural
Paisagístico
Produto ETurismoNáutico
Produto FTurismo
Animação eEventos
V1- Criar e desenvolver infra-estruturas/ projectospúblicos e/ ou privados de
apoio ao turismo
V2- Garantir educação e formação que assegure o
desenvolvimento de competências no sector
turismo
V3- Projectar a região como destino turístico nos segmentos identificados, através de uma estratégia
de marketing adequada
V4- Reforçar parcerias e a coordenação entre agentes
locais e entre estes e os agentes de outras regiões
criando sinergias
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
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Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P1: Valorização do Montijo como destino turístico
Acção 1 – Requalificação urbanística e paisagística da restante área da frente ribeirinha do Montijo
X
Acção 2 – Requalificação urbanística do centro urbano da cidade do Montijo
X
Acção 3 – Requalificação de edifícios com interesse patrimonial e histórico e de espaços públicos dos núcleos urbanos e rurais com especial interesse turístico
X
Acção 4 – Desenvolvimento de um plano de intervenção para a preservação do traçado arquitectónico da colónia de Santo Isidro e criação de circuito pedonal com sinalética associada à história do colonato
X
Acção 5 – Construção de Marina na zona ribeirinha da cidade do Montijo
X
V1 – Criar e desenvolver infra-estruturas/ projectos públicos e/ou privados de apoio ao turismo
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
39
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P1: Valorização do Montijo como destino turístico
Acção 6 – Requalificação dos esteiros e navegabilidade
X
Acção 7 – Criação de um ponto de observação de aves no estuário do Tejo
X
Acção 8 – Projecto animação Montijo X
Acção 9 – Reforço, actualização e inovação de infra-estruturas e equipamentos de apoio ao turismo
X
Acção 10 – Valorização turística das artes e ofícios tradicionais
X
Acção 11 – Criação de percursos pedestres devidamente assinalados
X
Acção 12 – Harmonização da sinalética turística
X
Acção 13 – Criação de condições para requalificar praias fluviais
X
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
40
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P2: Estruturação da oferta turística
Acção 14 – Requalificação de alguns meios de alojamento existentes
X
Acção 15 – Apoio à instalação de novas unidades de alojamento dependendo da construção do novo aeroporto de Lisboa
X
Acção 16 – Requalificação de alguns estabelecimentos de restauração
X
Acção 17 – Melhoria do ambiente de acolhimento ao turista
X
Acção 18 – Promoção das rotas turísticas existentes
X
Acção 19 – Valorização dos produtos locais X
Acção 20 – Implementação de novas formas de organização e comercialização da oferta
X
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
41
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P3: Estratégia de formação para a valorização dos recursos humanos
Acção 21 – Execução de um “Programa Operacional de Formação Profissional”
X
Acção 22 – Desenvolvimento de parcerias entre Escola Profissional e outros parceiros, nomeadamente a Associação de Comerciantes para a criação de cursos de formação profissional de curta e longa duração nas áreas da hotelaria e turismo
X
V2 – Garantir educação e formação que assegure o desenvolvimento de competências no sector turismo
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
42
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P4: Estratégia de Promoção e Marketing
Acção 23 – Elaboração de um “Plano de Marketing” do destino turístico
X
Acção 24 – Criação de “Marca Turística” X
Acção 25 – Criação de um slogan e logótipo adequado à Marca
X
Acção 26 – Criação e divulgação de folheto promocional
X
Acção 27 – Criação de uma agenda de eventos turísticos
X
Acção 28 – Presença de Montijo em feiras, workshops e outros eventos com interesse turístico
X
Acção 29 – Concepção de um portal de venda electrónica com a oferta turística do concelho (plataforma de vending de serviços)
X
V3 – Projectar a região como destino turístico nos segmentos identificados, através de uma estratégia de marketing adequada
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
43
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P5: Criação de sinergias para reforço de parcerias
Acção 30 – Criação de um serviço de apoio aos investidores
X
Acção 31 – Criação de redes de comunicação formais e informais entre a Câmara Municipal do Montijo e os vários agentes locais
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Acção 32 – Criação de parcerias com Instituições de Ensino Superior, Instituto do Emprego e Formação Profissional e outras entidades para a promoção do empreendedorismo e criação de empresas
X
Acção 33 – Reforço das parcerias com a Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (ADREPES) para a criação de produtos certificados
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V4 – Reforçar parcerias e a coordenação entre agentes locais e entre estes e os agentes de outras regiões criando sinergias
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
44
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P5: Criação de sinergias para reforço de parcerias
Acção 34 – Criação de parcerias entre pequenos produtores agrícolas para o escoamento dos produtos e a manutenção da paisagem rural nas áreas peri-urbanas (projecto PROVE-ADREPES).
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Acção 35 – Sensibilização dos produtores de flores do concelho para a criação de condições que permitam a visita às estufas de flores e integração de pontos de venda nesses locais
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Acção 36 – Desenvolvimento de parceria com o Forum Montijo para a realização periódica de feiras de produtos locais e exposições sobre temas ligados à região
X
6.2. Calendarização das Acções Previstas para as Vertentes Estratégicas
45
Programa Acções Curto prazo Curto/médio
prazo Médio/longo
prazo
P5: Criação de sinergias para reforço de parcerias
Acção 37 – Articulação de políticas regionais com territórios contíguos ao concelho do Montijo (Alcochete e Moita para a zona ribeirinha e Palmela, Vendas Novas e Coruche para a zona rural)
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Acção 38 – Sensibilização das escolas do concelho para a inclusão de projectos no currículo educativo de temas relacionados com a cultura e história do concelho
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Acção 39 – Criação de parcerias com produtores locais para promoção e venda de produtos regionais no mercado municipal
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Acção 40 – Criação de pacotes de produtos turísticos de combate à sazonalidade, envolvendo diversos parceiros locais
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PLANO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO
DO MONTIJO (PEDTM)
Muito obrigada!
Montijo, 6 de Maio de 2011