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1 Dezembro 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Dezembro 2011

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Dezembro 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2011

20 razões para investir, residir e visitar o Montijo – 20 e 21

Comemorações do Dia da Cidade – 22

Um trabalho em defesa da floresta – 23

Montijo no Ano Europeu do Voluntariado – 24

Projeto “Junto de Si” – 25

Universidade Sénior inicia sexto ano letivo – 26

Saúde e Cidadania em debate - 27

Empresas e Empresários

Farmavenix – 28 a 29

Um património a descobrir – 30

Maratona de BTT Canha 2011 – 31

Dia da Freguesia do Montijo – 32

Montijo recebeu autarcas romenos – 33

Executivo municipal visitou Sarilhos Grandes – 34

Câmara aprova Orçamento para 2012 – 35

O que pensa do Parque Municipal? – 36

Um concelho preparado para o século XXI - 37

Em prol da Segurança – 38

Editorial -3

Vespeira na Galeria Municipal – 4

“Instantâneos” homenageia Manuel Giraldes da Silva – 5

D. Pedro Varela e Jorge Peixinho conquistam bandeira verde – 6

Centro de Saberes abre de novo portas - 7

Fregueses e FreguesiasJoão Direitinho – 8 e 9

“A ética pública no século XXI” – 10

“A Terra mais maciçamente republicana: Memorial Republicano” – 11

A responsabilidade e a transparência nos “Cafés com Debate” - 12

Novos TalentosTiago Cruz – 13

Educar para a Cultura – 14 e 15

As Nossas InstituiçõesClube Olímpico do Montijo – 16 e 17

Inscrições para Projetos Internacionais - 18

Montijo recebeu intercâmbio internacional – 19

{í n d i c e }

Ficha Técnica

Diretora

Maria Amélia Antunes

Editor

Alcídio Torres

Redação

Ana Cantas Ribeiro,

Ana Cristina Santos – Gabinete

de Comunicação e Marketing

Fotografia

Carlos Rosa

Miguel Gervásio

Colaboração

Joaquim Baldrico

Nuno Canta

Grafismo e Paginação

Divisão de Comunicação

e Relações Públicas

Propriedade

Câmara Municipal do Montijo

Impressão

Armazéns Papeis do Sado

Publicação semestral

Distribuição Gratuita

Depósito Legal

121058/98

ISSN

1645-7218

5000ex.

Os textos desta publicação foram escritos

ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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Dezembro 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

As medidas de contenção e cortes anunciados pelo governo para as autar-quias locais não tem em conta o seu papel no desenvolvimento e moderni-zação do país e no apoio diversificado às comunidades locais que represen-tam.

A situação difícil que o nosso país enfrenta não se resolve apenas cor-tando na despesa pública e com o enfoque nos salários dos trabalhadores da administração pública. O corte cego dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e pensionistas é uma “colossal” agressão aos que trabalham ou já trabalharam que assim se veem privados dos rendimentos a que têm direito.

O principal endividamento público está na administração central. A obriga-ção dos governantes é realizar uma boa gestão com uma justa repartição dos recursos disponíveis e não imiscuir-se na gestão municipal. Gerir bem não é acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança

Social Pública, núcleos centrais do Estado Social que importa salvaguardar. Gerir bem é atuar com equidade, com transpa-rência, combatendo a corrupção, ter em conta a eficiência e eficácia do serviço público, não na lógica do mercado, mas de resposta às necessidades coletivas dos cidadãos na base dos seus direitos e deveres constantes da Constituição da República Portuguesa e na Lei.

Com o desemprego a agravar-se, com o empobrecimento das famílias, com austeridade e recessão não se vislumbra

saída para a crise que vai acentuando e aumentando as desigualdades so-ciais.

O Orçamento de Estado para 2012 viola o princípio da autonomia local con-sagrado na Constituição da República Portuguesa e na Carta Europeia da Au-tonomia Local. Princípio fundamental das autarquias locais, a autonomia é a expressão do exercício responsável das condições e meios para desenvolver a sua ação, que a lei consagra. Desde logo a redução de meios financeiros pode levar à redução ou encerramento de serviços públicos prestados pelas autarquias.

Os municípios atravessam uma fase de graves dificuldades em consequên-cia da redução das suas receitas, quer as que são transferidas pelo Governo, via orçamento do Estado, quer das suas receitas próprias. O Orçamento de Estado para 2012, tendo em vista a diminuição do défice público, pretende impor aos municípios e freguesias, limites que ultrapassam as suas capaci-dades de funcionamento. Tais limites, de natureza administrativa e financei-ra conduzirão a situações insustentáveis face ao conjunto de atribuições e competências que detêm e que ficam impossibilitados de realizar por falta de meios.

Na lógica deste Governo, para as autarquias quanto menos melhor, pouco se interessando que nos seus territórios vivam e trabalhem as pessoas.

O Orçamento de Estado para 2012, tendo em vista

a diminuição do défice público, pretende impor aos

municípios e freguesias, limites que ultrapassam as suas capacidades de

funcionamento. Tais limites, de natureza administrativa

e financeira conduzirão a situações insustentáveis

face ao conjunto de atribuições e competências

que detêm e que ficam impossibilitados de realizar

por falta de meios.

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GOVERNO VIOLA AUTONOMIA LOCAL

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2011

{c u l t u r a }

A Galeria Municipal tem patente, até 16 de março, a exposição “Marcelino Vespeira 1925-2002: 10 anos de conversas ausen-tes”, que reúne a coleção gráfica doada em vida pelo autor à Câmara do Montijo.

Numa altura em que se assinalam os dez anos da morte do pintor Marcelino Vespei-ra, a Galeria Municipal do Montijo oferece ao público uma exposição de um dos gran-des pintores portugueses contemporâne-

os, que se notabilizou pela versatilidade. Passou por diversas correntes estéticas, entre elas o neorrealismo, o surrealismo e o abstracionismo geométrico, tendo-se des-tacado em todas elas.

Marcelino Vespeira nasceu em 1925, no Samouco (Alcochete) e faleceu a 22 de fe-

vereiro de 2002. Fez o curso da Escola de Ar-tes Decorativas António Arroio e frequentou a Escola de Belas Artes de Lisboa. Inte-grou a corrente neorrealista da Arte Portugue-sa, tendo-se tornado conhe-

cido pela sua participação na 1.ª Exposi-ção Geral de Artes Plásticas, SNBA, Lisboa (1946).

Em 1948 rompe com esta corrente artísti-ca e adere ao surrealismo, tendo participa-do na primeira exposição do Grupo Surre-alista de Lisboa (1949). Na década de 50, passou pelo abstracionismo geométrico, tendo participado no 1.º Salão de Arte Abs-trata. Em 1957 recebeu o Prémio “Colum-

VESPEIRANA GALERIAMUNICIPAL

bano” e, em 2000, o Prémio Nacional de Artes Plásticas atribuído pela Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).

Pode visitar a exposição “Marcelino Ves-peira 1925-2002: 10 anos de conversas au-sentes” de segunda a sexta feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Arquivo Pessoal do Maestro Jorge Peixinho

Candidatura aprovadaA Câmara Municipal do Montijo viu apro-vada uma candidatura apresentada à Fundação Calouste Gulbenkian para a execução do projeto “Arquivo Pessoal Maestro Jorge Peixinho”.

Este é, assim, o primeiro passo para a disponibilização de toda a documen-tação pertencente ao fundo pessoal do Maestro Jorge Peixinho, através da sua descrição documental, inventariação e digitalização.

O projeto, com um montante de apoio financeiro de 15 mil euros, terá a duração de um ano (1 de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2012) e será executado pelo Arquivo Municipal.

Recordamos, que o arquivo pessoal do Maestro Jorge Peixinho, que inclui correspondência pessoal e profissional, documentos pessoais, pautas musicais, fotografias e bobines foi doado à Câmara Municipal do Montijo, sua terra natal.

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“O focus principal desta exposição é des-cobrir a faceta de fotógrafo do meu avô”. As palavras são de João Barroso, neto de Manuel Giraldes da Silva, e retratam o espírito da mostra de fotografia “Instan-tâneos” que reúne fotos de João Barroso e Manuel Giraldes da Silva, patente na Biblioteca Municipal até 21 de janeiro de 2012.

A mostra “Instantâneos” é, assim, uma homenagem a Manuel Giraldes da Silva, patrono da Biblioteca Municipal, que se-gundo a vereadora da Cultura, Maria Cla-ra Silva, deixou um “legado, um espólio importantíssimo à Câmara. Na Biblioteca, com o nome do seu avô, João Barroso pode, com esta mostra, expor a sua visão do mundo”.

Apesar da distância temporal, João Barroso partilhava com o avô a paixão pela fotografia. Em 1954, Manuel Giral-des da Silva foi premiado no 1.º Salão Fotográfico das Festas Populares de S. Pedro.

Visite a exposição “Instantâneos” de terça a sexta-feira das 10h00 às 19h00, sábado e segunda-feira das 14h00 às 19h00.

Exposição

INSTANTÂNEOS homenageia Manuel Giraldes da Silva

A Câmara Municipal do Montijo leva a efei-to a segunda edição da exposição “A Arte dos Presépios”. A mostra está patente até 6 de janeiro de 2012 no Posto de Turismo do Montijo, tendo como objetivo a promo-ção do artesanato genuíno, na vertente do tradicional e do contemporâneo.

Da exposição constam cerca de 20 pre-sépios elaborados por artesãos e desig-ners nacionais, vindos de diferentes pon-tos do país: Coruche, Mafra, Palmela, Vila Franca de Xira, entre outros. Estas peças únicas foram realizadas nas mais diversas

Exposição

A ARTE DOS PRESÉPIOSmatérias primas, como o barro, a rafia, a casca de ovo de avestruz e a cortiça. Esta última matéria prima é uma das repre-sentativas da Associação de Artesãos de Montijo, presente nesta mostra. As peças estão à venda ao público.

A iniciativa realiza-se no âmbito do Pla-no Estratégico de Desenvolvimento Turísti-co do Montijo.

A exposição pode ser visitada no Posto de Turismo de Montijo, de terça a sába-do, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

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{e d u c a ç ã o }A Escola Básica D. Pedro Varela e a Escola Secundária Jorge Peixinho foram distingui-das com a bandeira verde, galardão Eco Escolas 2010-2011, símbolo de um bom de-sempenho no cumprimento do programa.

No passado dia 24 de outubro, a Escola Básica D. Pedro Varela hasteou a sua ban-deira, ao som dos Batucando - grupo de percussão, na presença das coordenadoras responsáveis do projeto, do diretor da es-

cola e de alguns convidados. Os alunos do Curso de Educação e Formação (C.E.F.) de fotografia fizeram a reportagem fotográfica e foram distribuídos marcadores de livros com dicas ambientais.

O Eco-Escolas é um Programa Interna-cional, que pretende encorajar ações e re-conhecer o trabalho de qualidade desenvol-

vido pelas escolas, no âmbito da Educação Ambiental/Educação para o Desenvolvimen-to Sustentável. Fornece fundamentalmente metodologia, formação, materiais pedagó-gicos, apoio e enquadramento ao trabalho desenvolvido pelas escolas.

As escolas foram reconhecidas pela im-plementação de boas práticas ambientais durante o ano escolar, como a diminuição do consumo de água, a participação em ses-

sões de sensibilização sobre biodiversidade do estuário do Tejo, na Casa do Ambiente, a realização e afixação de cartazes, por alunos, apelando à redução de consumo de água e a dinamização de outras atividades como a presença nas escolas da carrinha Amarsul com informação sobre resíduos.

Recorde-se, que a Câmara Municipal do Montijo é parceira da ABAE – Associação Bandeira Azul Europa/ FEE Portugal na im-plementação do Programa Eco-Escolas, apoiando todos os anos as escolas aderen-tes nas atividades desenvolvidas nas temáti-cas água, resíduos, energia, biodiversidade, floresta, etc.

No ano letivo 2011/12 estão inscritas no programa três escolas do concelho: a Escola Básica de D. Pedro Varela, a Escola Secun-dária Jorge Peixinho e a Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.

D. Pedro Varela e Jorge Peixinho

conquistam bandeira verde

Está patente até ao dia 7 de janeiro de 2012 a exposição “Cesário Verde: Vida e Obra”, na Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva. A mostra retrata a vida de Cesário Verde, poeta português do século XIX, através de um conjunto de textos bio-bibliográfi-cos, ilustrados com imagens.

A Câmara Municipal do Montijo pre-tende dar continuidade a um ciclo de exposições sobre alguns dos gran-des vultos da Literatura Portuguesa, convidando o público a descobrir ou a redescobrir esses autores.

Esta exposição inseriu-se no ciclo de iniciativas que decorreu durante o mês de novembro no âmbito das co-memorações dos 18 anos da abertu-ra da Biblioteca Municipal, no espaço onde hoje se encontra, e simultane-amente homenagou Manuel Giraldes da Silva, por ocasião do aniversário da sua morte, a 27 de novembro de 1974.

A exposição poderá ser visitada na Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva, na Avenida 25 de Abril, 13-15, no Montijo de Terça a Sexta entre a s 10h00 e as 19h00 e de Segunda e Sábado das 14h00 às 19h00

Exposição

Cesário VerdeVida e Obra

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O Centro de Saberes do Montijo, uma par-ceria da Câmara Municipal do Montijo com a Universidade de Lisboa (U.L), ganhou um novo fôlego, no dia 30 de setembro, na Galeria Municipal, com a assinatura de um novo protocolo entre as duas entidades.

A cerimónia contou com as presenças da presidente, Maria Amélia Antunes, e da vice-reitora da Universidade de Lisboa, Maria Amélia Loução.

A presidente da câmara salientou que este protocolo permite dar continuidade à colaboração “profícua entre a câmara e a Universidade de Lisboa. Desde 2004, com o Centro de Saberes muitos cidadãos do Montijo tiveram a oportunidade de contactar com o conhecimento, de aprender e é essa aposta que persistimos em prosseguir, no caminho da inovação, da modernidade, do saber e do conhecimento”.

O Centro de Saberes do Montijo foi dos primeiros núcleos externos da U.L, que tem tentado, segundo a sua vice-reitora, “ser cada vez mais uma universidade externa e externalista, tentando responder aos apelos da sociedade, aos novos desafios que esta globalização do século XXI nos trouxe”.

Maria Amélia Loução enfatizou que o novo protocolo do Centro de Saberes do Montijo vai “permitir o desenvolvimento de novos programas, de novas parcerias. O protoco-lo pressupõe a formação ao longo da vida, por isso, estamos completamente abertos à participação de toda a população do Monti-jo. Isto inclui os empresários porque, no fun-do, são eles que têm um papel importante a desenvolver com a câmara na formação dos munícipes”.

“É um novo paradigma que enfrentamos com a crise financeira. Se houver a partici-pação de todos, com todos conseguimos uma sociedade mais esclarecida e estamos a contribuir para a melhoria do futuro da nossa sociedade”, concluiu.

Este novo convénio entre a câmara e U.L estabelece as formas de cooperação que permitem convergir interesses mútuos na promoção da educação, da arte, da ciência e da cultura no concelho do Montijo.

Entre as atividades previstas estão a ela-boração de candidaturas conjuntas a Pro-gramas Europeus; a realização de cursos e unidades de formação suscetíveis de certi-ficação e creditação pela UL; a promoção de ações de formação contínua para os ci-dadãos em geral e de ações de divulgação

Centro de Saberes abre de novo portasdas atividades de Formação ao Longo da Vida, desenvolvidas no contexto da UL.

Este novo convénio vem, assim, ao en-contro do Projeto Cultural Concelhio da Câmara do Montijo, que pretende contribuir para a formação global dos cidadãos, com vista ao seu pleno desenvolvimento.

Recordamos, que o Centro de Saberes do Montijo foi criado em 16 de dezembro de 2004, através de um Convénio de Co-

operação. Ao longo dos anos, foram de-senvolvidas inúmeras ações de formação, conferências e outras atividades, dirigidas à população em geral, no domínio da cultura e da educação.

Após a assinatura do protocolo, teve lu-gar a conferência inaugural “As políticas e o território” pela professora doutora Teresa Alves, geógrafa e professora associada da Universidade de Lisboa.

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A batalhados avestruzes

O proprietário/criador de avestruzes nasceu em Moçambique. Ainda menino veio para Portugal, com os pais. Esteve em Coim-bra, terra dos avós maternos, em Lisboa e na Charneca da Caparica, onde ainda hoje mantém habitação.

Castelo Branco foi o local escolhido para tirar o curso superior, em Engenharia de Pro-dução Animal. “ Não tenho ninguém da fa-mília na área, mas sou ligado aos animais”, afirma confessando que a escolha “foi um pouco por engano, pensei que o curso tinha mais a ver com genética e melhoramento ani-

mal, é muito mais virado para a agricultura e para a pecuária, mas acabei por gostar”.

Ainda a licenciatura não tinha acabado já, o jovem empreendedor, tinha em mente o que queria fazer. “Tive a oportunidade de via-jar por Africa e conhecer realidades diferen-tes. Procurava algo que não fosse a criação de ovelhas, vacas ou galinhas, áreas já muito exploradas. Optei pelos avestruzes. Queria fazer algo de diferente”, afirma.

A escolha de Santo Isidro de Pegões, para iniciar atividade, não foi por acaso: “Tinha in-teresse em instalar-me numa região desfavo-recida, como era o caso, porque tinha uma maior percentagem nos subsídios a fundo perdido e também porque era o mais próxi-mo da Charneca da Caparica”.

Luxos não fazem parte das prioridades de João, o trabalho sim. Talvez por isso a sua ha-bitação na Charneca da Caparica acabou por deixar de ser uma opção. “Durante uns tem-pos ia e vinha, todos os dias, mas era muito

É difícil qualificar João Direitinho, pelo menos, não nos espantarmos com as suas escolhas, lutas e conquistas. Aos 36 anos gere, sozinho, no meio de terras insuladas, na freguesia de Santo Isidro de Pegões, 15 hectares da sua propriedade dedicada à criação (pouco comum) de avestruzes. Aprecia o isolamento, o silêncio, o contato com a natureza e os animais. Há mais de dez anos que, com destreza, aplica os seus conhecimentos para aproveitar todas as vertentes do seu negócio. Com coragem enfrenta as noites sombrias e as ameaças constantes de assaltos ao seu espaço. A audácia deste jovem permite-lhe travar batalhas constantes, seja contra a crise ou o infortúnio. João Direitinho, sozinho, constrói o seu mundo.

João Direitinho cansativo e optei por permanecer aqui, embo-ra mantenha a casa. Aqui tenho refeitório, bal-neário, lavatórios e um escritório. Como não tenho propriamente uma habitação, trouxe uma roulotte que funciona como quarto.”

O investimento inicial foi de 600 mil euros, “em parte financiado por um projeto do Insti-tuto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvi-mento da Agricultura e das Pescas (IFADAP) para Jovens Agricultores e, também, com re-curso ao crédito”, explica o empresário.

João negoceia através do seu site da in-ternet e exporta praticamente toda a produ-ção. “Vendo para Africa, Espanha, França, Polónia, Roménia e Alemanha. Em Portugal há procura, mas não há uma capacidade de oferta regular”.

O criador explica que a carne de avestruz é “mais magra que a de frango ou peru, com menos colesterol. Assemelha-se à carne de vaca pela sua textura vermelha e é muito suculenta. Em Portugal ainda é considerada carne ‘gourmet”.

No entanto, esta é apenas uma vertente do negócio. “Do avestruz pode-se aproveitar quase tudo. A pele, a carne, as plumas e os ovos. Temos um clima excelente para a pro-dução de avestruzes, eles são fotoperiódicos ou seja, regulam a produção pelo compri-mento dos dias e em Portugal vai de feverei-ro a outubro. Enquanto na natureza metem entre 12 a 20 ovos aqui fazem cinco ciclos, dá uma média de 60 ovos por ano, o que é ótimo”, elucida.

João esclarece que, apesar de considerar o negócio lucrativo, tem passado por algu-mas dificuldades, pois “iniciei atividade com um sócio e mais tarde tive de comprar a parte dele, o que não estava previsto. Na altura foi um esforço adicional para mim”.

As conjunturas do mercado também têm-lhe reservado algumas surpresas. “Ouve um ano que um cliente, que se tinha comprome-tido em comprar-me toda a produção, faliu. Este é o tipo de negócio que tem de ser feito antes da produção, não posso especular no

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mercado ou esperar vender a vários clientes, porque é uma quantidade muito grande. Esse ano praticamente não tive receita.”

No rol de dificuldades, a enfrentar no seu trilho, João Direitinho, estão as acessibilidades à propriedade. “Era urgente melhorar os aces-sos, não falo em alcatroar mas apenas em co-locar umas manilhas para que, quando chove, não fique a zona inacessível, como até agora acontece. Já expus por várias vezes o pro-blema ao presidente da Junta de Freguesia, que sempre me assegurou que a obra é viável mas, apesar disso, até agora não foi executa-da. Tenho prejuízo com a situação, porque se o caminho não estiver livre qualquer acesso à propriedade, por fornecedores ou clientes, tem de ser feito por um caminho muito mais longo, o que envolve mais encargos.”

No entanto, a adversidade maior, conta o jovem, é a falta de segurança do local, que já quase o fez desistir do negócio. “Tenho tido vários problemas com a segurança. Já me cortaram redes, mataram animais. O ano passado, todas as noites se ouviam tiros, in-clusive chegaram a disparar na minha dire-ção. Passava as noites em branco e de dia não tinha concentração para trabalhar. Che-guei a ponderar desistir por causa da insegu-rança, porque não há nada que compense arriscar a própria vida.”

“Agora está mais calmo, mas continua a haver furtos. Acabo por estar numa prisão, não só porque os animais precisam de mui-tos cuidados, mas principalmente porque quando saio daqui sou assaltado e tenho pa-gamentos para cumprir”, lamenta.

Para além da exploração de avestruzes, João, dedica-se também à elaboração de projetos para o PRODER, auxiliando jovens agricultores na apresentação dos seus projetos.“Para mim, era importante haver no-vos agricultores dedicados a este negócio, pois permitiria a criação de uma cooperativa e possibilitava a produção, em maior quanti-dade, com trabalho coordenado entre vários produtores.”

O empreendedor aposta ainda na venda das pinhas, (também estas alvo repetido de assaltos) e nas energias alternativas. “Há pouco tempo fiz um contrato com a EDP, com a colocação de painéis solares. Produzo e vendo energia. É um investimento que se paga por si próprio”.

No futuro, gostava de rentabilizar o espa-ço “como quinta pedagógica para explicar a produção de avestruzes às crianças e também para a produção de eventos, uma ideia que tenho desde início, mas que, por motivos financeiros, ainda não foi possível concretizar.”

João Direitinho não é de baixar os braços e

vai continuar a lutar pelo seu mundo. “Gosto de estar aqui por que estou longe, mas perto de tudo. As pessoas dizem que a vida no campo não tem stress, mas eu garanto que tem e mui-

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Inaugurado em 1957 pela Junta de Coloni-zação Interna e fazendo parte do conjunto edificado, no âmbito do projeto de colo-nização do planalto de Pegões, conheci-do como Colónia Agrícola de Pegões, o edifício da igreja é um notável exemplo da plasticidade vibrante que caracteriza todo o conjunto envolvente assumindo um pro-tagonismo de exceção.Projetado pelo arquiteto Eugénio Correia, embora integrado nos planos de edifica-ções do Estado Novo, possui uma arqui-tetura que foge aos cânones, então em voga, integrando-se perfeitamente na pai-sagem circundante.Edificado no topo do arruamento que lhe dá acesso, o templo, cuja fachada se en-contra voltada a norte, apresenta-se com uma linguagem moderna e de grande despojamento decorativo, onde o ele-mento preponderante é a nave, a partir da qual, aparecem dois corpos correspon-dentes ao batistério e à sacristia e onde a cabeceira do edifício, de formato curvo e abobadado, surge-nos como um rema-te do mesmo. Na fachada principal, para além do volume parabolóide hiperbólico vazado, que corresponde à entrada e an-tecipa o nartex, destaca-se, pela sua ele-gância austera, a torre sineira encimada por uma cruz. A capela-mor possui um altar, em forma de sarcófago, a que se acede através de três degraus, cuja abobada, desenhada em estilo de concha está integralmente coberta por uma grandiosa pintura mural a fresco, onde se encontra representada a figura de Santo Isidro.Para a decoração da capela-mor, a Junta de Colonização Interna escolheu o notá-vel pintor a fresco que foi Severo Portela Júnior (1898 – 1985), considerado justa-mente um dos maiores artistas plásticos da sua geração. Na elaboração desta grandiosa pintura mural, o mestre revelou profundos conhe-cimentos sobre a vida do santo, uma vez que executou uma equilibrada e brilhante

composição plástica sobre a vida de Santo Isidro. Encontrando-se, a igreja, numa zona rural, por excelência, e dentro do espírito que con-duziu ao aparecimento do colonato, outra coisa não seria de esperar senão a escolha do patrono dos agricultores para orago do templo. Assim, pode-se observar, na pintura a fres-co, uma paisagem de um vale vendo-se ao fundo uma escarpa onde se encontra um povoado, ostentando ao centro a figura do Santo, vestido de camponês, possuindo na mão direita uma pá que cravada na terra faz brotar água numa clara alusão a uma das várias lendas da sua vida. Neste contexto e tendo em linha de conta que o santo levou uma vida de oração, caridade e trabalho, nun-ca começando a trabalhar sem primeiro assistir à sagrada eucaris-tia, o que lhe valeu a inveja dos seus companheiros de labuta e a acusa-ção destes peran-te o patrão de que Santo Isidro faltava ao trabalho. Facto, este, que levou o patrão a tentar descobrir a verdade nesta acusação, tendo constatado que, embora ausente para cui-dar dos seus afazeres espirituais, nas suas ausências, o trabalho que devia ser feito por Santo Isidro, era feito por um anjo. Severo Portela Júnior representa, por isso, Santo Isidro ladeado por dois anjos, um com um arado e o outro no pastoreio, num ambiente campestre, tendo a coroar todo o conjunto, num céu azul, com nuvens, a figu-ra do espírito santo, representado por uma pomba de asas abertas pairando num cir-culo de luz rodeado de estrelas.

Joaquim Baldrico

to! No entanto, é deste negócio que vivo, rode-ado pelos animais e pela natureza. Já conheci muitas culturas e estou convencido que a felici-dade está nas coisas simples”, conclui.

Igreja de Santo Isidro de Pegões

O fresco de Severo Portela Júnior

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A Galeria Municipal foi palco, no dia 22 de setembro, do lançamento do livro “A ques-tão da ética pública no século XXI” da auto-ria de Alcídio Torres.

A apresentação da obra coube a Ma-ria Amélia Antunes, presidente da Câmara Municipal do Montijo, que classificou o livro “como um trabalho importante de grande envergadura e investigação”.

Na opinião de Maria Amélia Antunes, “as-sistimos hoje à degradação da nossa vida política, cívica e institucional cuja base, a meu ver, reside na falta de ética. Os efeitos da falta de ética estão patentes nos níveis de corrupção, na degradação das instituições e na desconfiança generalizada”.

“Do conteúdo deste livro podemos concluir que só a ética é revolucionária, só a ética nos pode abrir o caminho para novas relações institucionais mais saudáveis”, acrescentou.

Na sua intervenção, Alcídio Torres abor-dou inúmeras questões como o valor da dívida pública portuguesa, o endividamen-to do Estado e o Estado Social vs o Estado Social Liberal, tantas vezes abordados por comentadores e líderes de opinião, para demonstrar “que sem transparência, hones-tidade intelectual e preocupações éticas na

abordagem destes ou de outros problemas é fácil manipular as pessoas, induzi-las em erro”.

Para o autor, o “Estado tem vindo a pôr-se a jeito para o ataque destes encarniçados lutadores contra o Estado Social, quando investiu nos estádios de futebol do Euro 2004, quando se meteu em parcerias públi-co-privadas de forma indiscriminada e com muito pouca transparência”, entre outros exemplos.

{c u l t u r a }

A ética públicano século XXI

Lançamento do livro Contudo, considera que o “Estado vive acima das suas possibilidades, como todos os outros, porque a isso é obrigado, para corrigir as falhas de mercado, apoiar os mais necessitados e proteger os cidadãos. E quando o Estado deixar de viver acima das suas possibilidades, como quer hoje o sistema financeiro, quem vai ser penalizado são os povos de todo o mundo, que paga-rão bem cara a ideia, esta sim inovadora, de os Estados passarem a viver não acima das suas possibilidades, mas a par das exigên-cias dos credores e dos mercados”.

“A sustentabilidade dos comportamentos, do combate à corrupção e das condutas éti-cas só é possível se conseguirmos, como sugiro no livro, estruturar uma rede Nacio-nal de Ética pública, com a finalidade de promover atividades no âmbito da conduta ética, garantir uma maior transparência no sistema, uma maior vigilância no compor-tamento dos agentes políticos e públicos, bem como um maior rigor no recrutamento dos mesmos”, concluiu.

Alcídio Torres, investigador social e mes-tre em Administração e Políticas Públicas é autor de vários livros, entre os quais se des-tacam: “Porto de Sines – Porta Atlântica da Europa”; “História de uma crise – O grito do Bispo de Setúbal”; “O Regresso dos Parti-dos” (em coautoria com Maria Amélia Antu-nes) e “Profissões tradicionais em Montijo”.

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{c u l t u r a }A Câmara Municipal do Montijo proce-deu, no dia 4 de outubro, na Galeria Municipal ao lançamento do livro “A Terra mais maciçamente republicana: Memorial Republicano”, da autoria do historiador local, Francisco Correia. Um tributo à memória de todos aque-les que combateram e deram a vida pela República e que contribuíram para projetar, no futuro, os valores re-publicanos.

A cerimónia contou com a presença de Amadeu Carvalho Homem, professor catedrático da Universidade de Coim-bra, que elaborou o prefácio e de Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara Municipal do Montijo.

A presidente felicitou “o trabalho de Francisco Correia e todos aqueles que colaboraram para que esta obra surgis-se de uma forma tão simples, mas digna com recursos da Câmara Municipal do Montijo”.

Para a autarca, este livro “pretende guardar para memória futura a essência do trabalho da autarquia em 2010 no âmbito das comemorações do centená-rio da república”.

O lançamento desta obra foi o culmi-nar das comemorações do centenário da república assinaladas, durante o ano de 2010, com um conjunto de exposi-ções, mostras e conferências.

Amadeu Carvalho Homem considerou “o título da obra, só por si, arrasador. Constitui desde logo uma responsabi-lidade enorme para todos os montijen-ses de hoje e de todos os tempos. Não é por acaso que um homem como An-tónio José D’Almeida declarou: ‘Aldeia Galega, Montijo de hoje, talvez a terra mais maciçamente republicana”.

Recorde-se, que Aldeia Galega (hoje Montijo) foi referida pela imprensa da época como sendo “a primeira a içar a bandeira republicana” pois ao amanhe-cer do dia 4 de outubro de 1910 já se viam bandeiras republicanas hasteadas nas ruas. Para Amadeu Carvalho “este é um feito notável que demonstra a au-dácia desta terra”.

Para o professor catedrático, esta obra é da autoria de um “apaixonado republicano”, que contempla “um flash de tudo aquilo que esta terra (Montijo) pôde ser na altura da implementação da

república e nos tempos imediatamente subsequentes”

O autor, Francisco Correia, ao realizar a obra “A Terra mais maciçamente republi-cana: Memorial Republicano” pretendeu

A Terra mais maciçamente republicana: Memorial Republicano

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Lançamento do livro

“fazer um álbum de memórias, de recor-dações de um dos capítulos mais famo-sos da nossa história”. “É preciso que a terra tenha orgulho do seu passado para melhorar o seu dia a dia”, concluiu.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2011

{c u l t u r a }

O anfiteatro da Escola Profissional do Montijo foi palco, no dia 28 de novem-bro, da primeira sessão dos “Cafés com Debate”, uma iniciativa do recém-criado Clube Autárquico, que contou com a presença do professor Guilher-me d´Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas e dos Tribunais de Contas Europeus.

O orador convidado começou por recordar a grande coragem do poder local, quando se envolveu, de forma empenhada, no desenvolvimento das escolas profissionais e de um servi-ço público de educação. “Saber de onde vimos e para onde vamos” é, na perspetiva do presidente do Tribu-nal de Contas, um problema chave no atual contexto de crise económica e financeira. Na tentativa de respon-

der à questão formulada, referiu que a situação que vivemos tem origem na crise do sub-prime nos EUA, em 2008. “Tudo foi fácil até ao momento em que as pessoas podiam pagar o crédito facilmente concedido, a partir daí as famílias deixaram de poder assumir os seus compromissos e tudo desabou”, sublinhou o orador. A dívida externa da Irlanda, dez vezes superior ao seu Produto Interno Bruto anual (PIB) e a da Inglaterra, seis vezes superior ao seu PIB são, na opinião de Guilherme d´Oliveira Martins, pequenos exem-plos demonstrativos da forma como as dívidas soberanas têm sido afetadas por esta crise financeira. Manifestando algum ceticismo sobre o domínio dos mercados sobre a política, o orador enfatizou a ideia de que “nem tudo se compra e nem tudo se vende”, defen-dendo que a sociedade humana tem de assentar em valores, na liberdade, na responsabilidade e deve escolher entre o essencial e o acessório.

Para o ex-ministro das Finanças do governo de António Guterres, a aus-teridade é um meio e não um fim em si mesmo, pelo que a economia deve servir a democracia, como um siste-

ma de valores, que deve assentar na dignidade das pessoas, na responsa-bilidade e na liberdade. “A organização democrática precisa de se aperfeiçoar para dar espaço à cidadania, de forma a permitir que a sociedade se possa desenvolver e afirmar-se”, precisou Guilherme d´ Oliveira Martins.

Agora, o que precisamos, defendeu, é valorizar a criatividade cultural, atra-vés da formação, da ciência, da edu-cação etc, porque a atual crise tem origem nessa desvalorização da cria-tividade e da inovação. “Aprender é o que distingue as sociedades atrasadas das desenvolvidas”, referiu.

Por fim, o presidente de Tribunal de Contas valorizou a importância da go-vernação de proximidade, que se deve nortear pela transparência, como o ato de cuidar do interesse público, que a todos diz respeito, e pela responsabi-lidade, entendida como a capacidade de responder perante os problemas colocados.

A responsabilidade e a transparência nos “Cafés com Debate”

“O que precisamos é valorizar a criatividade cultural, através da formação, da ciência, da educação, etc, porque a atual crise tem origem nessa desvalorização da criatividade e da inovação. Aprender é o que distingue as sociedades atrasadas das desenvolvidas.”

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Dezembro 2011 | REVISTA MUNICIPAL Montijo

O World Maths Day é um dos maiores eventos educacionais a nível mun-dial, realiza-se on-line, na primeira semana de março, no âmbito das co-memorações do Dia Mundial da Ma-temática. Tiago Cruz, de 17 anos, es-tudante da Escola Secundária Jorge Peixinho consagrou-se pelo segundo ano consecutivo campeão nacional, na categoria dos 14 aos 18 anos. O seu recorde é de 81 contas em 60 segundos. Ficou no top 100 mundial, classificando-se em 47º lugar num universo de 5,3 milhões de alunos de 218 países do mundo.

Foi Dulce Neta, professora de matemáti-ca do 3.º ciclo do ensino básico, de Tiago Cruz, que lhe chamou a atenção para este concurso. “Assim que nos falou do concur-so, mostrei-me logo interessado por ser on-line e podermos competir com jogadores de todo o mundo.”

Da Escola Secundária Jorge Peixinho par-ticiparam 31 jovens na edição de 2011 do World Math Day. Dois dos alunos destaca-ram-se: na classe 11-13 anos, na posição 81.ª a aluna Raquel Tapadinhas com 5123 pontos, e na classe 14-18 anos, na posição 47.ª, Tiago Cruz, com 4943 pontos, isto nos 100 primeiros. Foram os únicos portugue-ses classificados na tabela Mundial 2011.Tiago Cruz frequenta o 12.º ano e afirma-se como o “típico adolescente agarrado ao computador, aos jogos e à playstation”. É praticante de futsal e em relação aos estu-dos tem uma média de 17 valores dos dois anos anteriores. Considera que “as notas podiam ser melhores. Não sou muito dado aos estudos”.

“Todos me dizem que podia ser aluno de 19 ou 20, mas estudar dá muito trabalho (risos). Não estudo, mas estou atento nas aulas. Para o exame nacional de Física e Química estudei uma semana mas, normalmente, es-tudo na véspera ou antevéspera dos testes”, garante.

Este ano, Tiago Cruz, assegura que “não há desculpas, com um bom horário e quase todas as tardes livres fico com tempo para tudo”.

Tiago considera Montijo uma terra pacata, onde “não se passa nada mas tem a vanta-gem de se poder estar em plena Praça da

República mas não rodeado de milhões de pessoas como seria de esperar em Lisboa. É uma cidade agradável.”

Em relação à escola, garante ser “boa” apesar “das obras”, uma situação contor-nável uma vez que considera ter “um corpo docente excelente”.

O estudante gostaria de ver os governan-tes em Portugal “darem mais importância a competições como o World Math Day. Para quem fala tanto da importância das notas em matemática, deviam dar mais valor a estes resultados.”

Num futuro próximo, o campeão nacional do World Math Day gostaria de “entrar na Imperial College, em Londres, em Engenha-ria Aeroespecial. Não é comum, mas é uma escolha que eu gosto e que fora do país tem saída”.

Em http://www.worldmathsday.com/ , o site oficial da competição pode ler-se que a orga-nização aguarda na edição de 2012 “mais de 5.5 milhões de alunos de 200 países”. Dados que estimulam Tiago Cruz. “Vou participar com o objetivo de voltar a ser campeão na-cional, bater o meu recorde pessoal e entrar no top 20 mundial”.

Tiago Cruz campeão nacional do World Maths Day

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Um jogo on-line que pretende unir as crianças e jovens de todo o mun-do em torno de uma iniciativa que visa estimular o gosto pela Mate-mática.

Neste desafio matemático podem participar alunos entre os 5 e os 18 anos. O jogo consiste em respon-der corretamente ao maior número possível de operações, num minu-to, adequadas à faixa etária. O grau

de dificuldade é adequado à idade do aluno.

O objetivo desta competição mun-dial é lançar desafios aos discentes de diversos países para testarem, em comum, as suas capacidades cogniti-vas e a sua rapidez de raciocínio ma-temático. Os alunos testam as suas capacidades através de 100 jogos matemáticos, 20 por cada nível, com a duração de 60 segundos por jogo.

Acerca de … World Maths Day

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Montijo REVISTA MUNICIPAL | Dezembro 2011

{c u l t u r a }No âmbito do Projeto Cultural Concelhio, a Câmara tem vindo a executar o pro-grama “Educação para a Cultura Montijo 2010/2011”, um contributo para estimu-lar a curiosidade e a participação das crianças, refletindo uma linha de orien-tação geral e articulada da Câmara no que concerne à sua política educacional e cultural.

O Programa “Educação para a Cultu-ra” é um exemplo da política integrado-ra do município ao nível cultural, sendo constituído por atividades de diversos serviços como o Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida, o Museu Municipal e a Bi-blioteca Pública Municipal Manuel Giral-des da Silva.

Na edição de junho da Revista Montijo (página 15), o leitor pôde constatar o tra-balho desenvolvido, no âmbito do Pro-grama “Educação para a Cultura”, pelo Serviço Educativo do Museu Municipal, que implementou o Programa Pedagógi-co para o Público Escolar junto de 2300 crianças de todas as escolas básicas do 1.º ciclo e jardins de infância do Montijo, no ano letivo 2010/2011.

Agora, na edição de dezembro da Re-vista Montijo pode complementar essa informação e conhecer um pouco melhor os números, as atividades, as ações, os objetivos e a abrangência do Programa “Educação para a Cultura”, mais concre-tamente, o trabalho desenvolvido pelos serviços educativos do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida e da Biblioteca Mu-nicipal.

Ler transforma os sonhos em realidade

De outubro de 2010 a novembro de 2011, mais de 3400 crianças participa-ram nas atividades de promoção e divul-gação da leitura promovidas pelo Serviço Educativo da Biblioteca Pública Munici-pal, no âmbito do programa “Educação para a Cultura Montijo 2010/2011”.

Entre as atividades promovidas pela Biblioteca, tanto nas suas instalações como nos estabelecimentos de ensino do concelho (desde o pré-escolar ao 1.º ciclo do ensino básico), encontram-se visitas guiadas para a descoberta das coleções e dos serviços da Biblioteca;

“Hora do Conto”; dramatização de His-tórias; e ateliers de expressão plástica.

No primeiro sábado de cada mês, rea-liza-se a atividade “1, 2, 3… um conto de cada vez”, vocacionada para as crian-ças e familiares acompanhantes. Todos participam, assim, num momento de partilha de afetos, tanto na “Hora do Conto” como atra-vés dos ateliers de expressão plástica. A atividade é gratui-ta e tem a duração de cerca de 120 mi-nutos.

Os principais ob-jetivos do Serviço Educativo da Biblio-teca Pública Munici-pal são divulgar as suas coleções; sen-sibilizar os leitores e potenciais leitores a utilizarem os servi-ços colocados à sua disposição; estimu-lar a criatividade e o gosto pela leitura e informação, dando a conhecer autores nacionais e estran-geiros, ampliando assim o conheci-mento das crianças dos três aos treze anos de idade.

As atividades de promoção e divul-gação da leitura, promovidas pelo Serviço Educativo,

têm funcionado também como um fator estimulante para a inscrição das crian-ças como leitores da Biblioteca Munici-pal, tendo assim acesso ao serviço de empréstimo domiciliário e usufruindo da leitura no espaço que consideram mais adequado.

Educar para a cultura

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CTJA e a descoberta de um novo mundo

O Serviço Educativo do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA) também de-senvolve ações no âmbito do Programa “Educação para a Cultura”, trabalhando com crianças em idade pré-escolar, ado-lescentes, adultos e seniores. Na tempo-rada 2010/2011, o Serviço Educativo do CTJA teve quase 7000 espectadores nas várias categorias: dança, música, teatro, marionetas, entre outras.

Através de visitas guiadas com ateliers de expressão plástica, visitas guiadas com peddy-paper, horas de conto, espe-táculos programados para a comunidade escolar, os espetáculos do Projeto Mon-tijo TEM e outras iniciativas de apoio aos espetáculos programados para o público em geral, o Serviço Educativo do CTJA oferece, assim, um conjunto de diversas atividades e eventos lúdico-pedagógicos que permitem descobrir conceitos de forma diferente e experienciar realidades originais.

O projeto do Serviço Educativo com a comunidade escolar do concelho arran-cou no ano letivo de 2010/2011 e contou com cerca de 4000 espectadores. Foi um ano de experiências com realização de múltiplas atividades especialmente agen-dadas para as escolas ao longo de todo o ano escolar. Dos vários espetáculos realizados destaque para “Auto da Barca do Inferno”, “Me TV”, “Serendipity” (teatro em inglês), “Episódios da Vida Românti-ca”, “Pedro e o Lobo”, “Nova Bailarina”, “Personagens d’Água”.

É um projeto anual em que os professo-res, representantes de cada agrupamen-to/escola, assumem em conjunto com o Cinema-Teatro a decisão sobre a escolha das atividades a realizar no ano letivo se-guinte, pesando sempre a capacidade financeira de ambas as partes (escolas e autarquia). O objetivo é ir ao encontro das necessidades pedagógicas de quem está a aprender com uma oferta baseada na qualidade artística.

O Montijo TEM – Talentos Emergentes do Montijo é outro dos projetos do Ser-viço Educativo do CTJA, criado para re-velar e consagrar artistas mais ou menos

amadores do concelho. Durante o ano de 2011, contou com várias experiências positivas como “Moe’s Implosion”, “Re-alidades Dançadas –We can Dance” e “Retocar a Pantera”.

Todos os projetos são bem-vindos e podem ser apresentados através de can-didatura para os contactos do CTJA.

É neste contexto de dança, música, te-atro, novo circo, marionetas, jogos de luz e som que o Serviço Educativo do CTJA desenvolve as suas atividades do Progra-ma “Educação para a Cultura”, permitin-do que o seu público, no geral, e o públi-co escolar, em particular, descubram um novo mundo.

O Programa “Educação para a Cultura” é um exemplo da política integradora do município ao nível cultural, sendo constituído por atividades de diversos serviços como o Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida, o Museu Municipal e a Biblioteca Pública Municipal Manuel Giraldes da Silva.

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“A principal dificuldade do Olímpico são as instalações”Por vezes, a História, a história das pes-soas, a história das instituições é feita de avanços e recuos e, algumas vezes, de rutura com o passado. A história desta nossa instituição é disso exemplo. Devi-do às enormes e complicadas dificulda-des financeiras, a extinção do Clube Des-portivo do Montijo (CDM) fez nascer, a 10 de julho de 2007, uma nova instituição no concelho: o Clube Olímpico do Montijo.

Carlos Dias é, desde julho, o presi-dente do Clube. O antigo dirigente do Clube Desportivo do Montijo confessa ter sido “com muita mágoa que viu o CDM acabar”. Quanto ao presente, ad-mite não saber se cumpre a totalidade do seu mandato. “Não estou cansado,

nem desmotivado mas com muito medo da parte financeira. Estamos a conseguir fazer uma gestão rigorosa para diminuir as dívidas, mas a crise financeira é mui-to grande, não sei se poderemos conti-nuar a contar com determinados apoios, como o da Câmara por exemplo. Estou com muito medo”.

“Compreendo a situação da Câmara, porque é um momento difícil e não po-

demos exigir mais. Quando vim para o Olímpico, tanto eu como os meus cole-gas da Direção, sabíamos as condições e enquanto cá estivermos vamos dar o máximo pelo clube, sem nos queixar-mos”, salienta Carlos Dias.

Para além do apoio da Câmara para a

vertente da formação, o Olímpico conta com a verba da cotização mensal dos seus 300 associados, com as verbas oriundas de publicidade e as mensali-dades dos praticantes das escolas de formação para fazer face às suas despe-sas.

“Os jogos em casa dão prejuízo, te-mos despesas na ordem dos 800 euros e receitas apenas de 300. Algumas em-presas colaboram com a oferta de equi-pamentos. Os pais dos alunos das esco-linhas pagam 20 euros/mês e nos outros escalões 15 euros/mês e até 10 euros/mês. Só de inscrições desses miúdos na Associação de Futebol de Setúbal, esta

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“Vejo miúdos que pedem sandes e bolos

e apercebo-me que passam dificuldades ou miúdos, que não podem praticar futebol, como duas crianças que não

podemos inscrever porque a Associação de Futebol

pediu mais 150 euros que o habitual por serem estrangeiros e nem nós ou

os pais podemos pagar, por causa das regras do

futebol”

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época, pagámos 15 mil euros, mas tam-bém não podemos pedir mais ajuda aos pais”, explica o presidente.

Atualmente, ao nível dos escalões de formação, o Olímpico tem mais de 300 praticantes, entre os 5 e os 18 anos. “Te-mos 14 equipas, dez são federadas e dis-putam competições oficiais”.

O elevado número de atletas obriga a despesas elevadas, “na ordem dos três mil euros só com inspeções médicas. Tudo o resto, somo nós, dirigentes, que fazemos. Somos nós que levamos os mi-údos na carrinha para os jogos, que mui-tas vezes suportamos as despesas de gasóleo e de almoço dos miúdos”.

Por estes motivos, a relação de Carlos Dias com o Clube é, também, uma rela-ção emocional. Com um brilho particular nos olhos, confessa que se emociona “quando vejo miúdos que pedem san-des e bolos e apercebo-me que passam dificuldades ou miúdos, que não podem praticar futebol, como duas crianças que não podemos inscrever porque a Asso-ciação de Futebol pediu mais 150 euros

que o habitual por serem estrangeiros e nem nós ou os pais podemos pagar, por causa das regras do futebol”.

Nesta “aventura”, Carlos Dias conta com os seus colegas de Direção: João Monteiro (vice-presidente), Jorge Dias (tesoureiro), Filipe David (secretário), Jo-aquim Alcobia (secretário geral adjunto), Rui Vilhena e Jorge Margaça (suplentes). “Isto dividido por todos não custa tanto e, por isso, toda a Direção colabora. Todos têm uma área de que são responsáveis. Os meus colegas são pessoas espetacu-lares, honestas e trabalhadoras em prol do Clube”.

A equipa sénior

Aos escalões de formação, o Olímpi-co acrescenta uma outra vertente com a equipa sénior. Composta por 23 elemen-tos, a equipa encontra-se a disputar a III Divisão Nacional Série E, após a subida do ano transato da I Divisão Distrital.

“A equipa está no meio da tabela (N.R.: 6.º lugar em final de Novembro). São 12 equipas e no fim da 2.ª volta, os primeiros seis disputam a subida e os últimos seis a descida. O nosso objetivo era fi-car nos primeiros seis, para nos mantermos na III Divisão Nacio-nal, porque não somos obrigados a subir e não temos condições para isso. Numa subida é impensável jogar nes-tas instalações, treinar três vezes por sema-na, às 21h00, quando os nossos adversários treinam cinco vezes por semana e a horas de-centes”.

De facto, “a principal dificuldade do Olímpi-co são as instalações, a falta de espaço físi-co para treinar, jogar e receber os outros adequadamente é mui-to complicada e, por

vezes, triste. Tenho pena que a Câmara, não tivesse feito o Parque Desportivo. Não estou a apontar o dedo, sei que agora é impossível de fazer, mas sinto pena, porque vamos a outros concelhos jogar e a grande maioria tem condições bastante melhores que as nossas. Te-mos o Campo da Liberdade com relva sintética, o que é ótimo, porque senão era impossível estar na III Divisão e, ain-da, um outro campo pelado contíguo a este que só não funciona por falta de luz eléctrica”, afirma Carlos Dias.

A questão das instalações afeta, tam-bém, o trabalho das equipas de forma-ção. “Desde sempre que o Olímpico tem feito um bom trabalho na formação de jo-gadores, fomos ganhando nome, temos miúdos do Montijo e de concelhos vizi-nhos que querem jogar no Olímpico, mas não temos infraestruturas para colocar mais miúdos a praticar futebol. Já aluga-mos campos fora para podermos treinar os nossos jovens, o que representa uma despesa mensal de quase 500 euros”.

Carlos Dias defende que o Olímpico só existe com equipas de formação e senio-res e, por isso, é essencial que o Clube continue a conseguir conciliar as duas vertentes, mesmo com tantas dificulda-des. “ O Clube é um todo e fazem parte dele a formação e os seniores. Os miú-dos são o futuro, os seniores o presente e o que dá nome ao Olímpico. Se desa-parecerem, o nome do Clube desaparece dos jornais e um concelho como o Monti-jo merece mais. O futebol também ajuda a promover a terra e o envolvimento dos montijenses com o Olímpico tem sido muito positivo”.

Para o futuro, com ou sem a sua pre-sença nos órgãos sociais do Clube, Car-los Dias deseja que o Olímpico consiga, um dia, “ter condições físicas de traba-lho, para poder fazer muito mais enquan-to clube e representante da cidade do Montijo”.

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Como habitualmente, a Câmara Municipal do Montijo, através do Gabinete da Juventu-de, continuou, durante 2011, a proporcionar a cidadãos montijenses a participação em projetos internacionais, no espaço europeu, ao abrigo do programa comunitário Juven-tude em Ação.

Mais de 60 participantes em 25 projetos, um pouco por toda a Europa, desde a Tur-quia à Dinamarca, passando pela Itália, Po-lónia, Roménia, Sérvia entre outros países, tiveram assim oportunidade de realizarem intercâmbios, seminários ou cursos de for-mação.

Anabela Domingues participou, em agos-to, na Polónia, no seminário internacional “Let’s Face the Future” e considerou ter sido uma “experiência enriquecedora a nível pes-soal e profissional, contribuindo para a mul-tiplicação de futuros projetos”.

Jovens montijenses visitam parlamento europeu

No curso de formação “Learning from Ga-mes”, que decorreu na Hungria, em março, a participante montijense foi Mónica Tomé. O seu testemunho é revelador da sua sa-tisfação: “foi uma experiência única! Muito rica na aprendizagem de outras culturas. Foi gratificante em todos os sentidos e gostava muito de repetir a experiência!”

Para 2012, a Câmara Municipal do Mon-tijo já tem diversas candidaturas aprovadas ao programa Juventude em Ação, que as-segura o pagamento de 70 por cento das passagens aérea e todas as despesas com alojamento e alimentação.

Estão abertas inscrições para o seminá-rio “MEDsynergy” (8 a 14 de janeiro, em Atenas), o intercâmbio “Body Language: Understand me!” (Itália, 14 a 21 janeiro), o curso de formação “: New Technologies for Youth Leaders” (Républica Checa, data a definir), e o curso de formação ““Power of Narrative” (Reino Unido, 13 a 20 março).

Todos os interessados em participar nes-tes projetos devem contactar o Gabinete da Juventude, na Rua António Manuel da Sil-va, N.º 43 Loja B 2870 Montijo, através do e-mail [email protected] ou do telefone 212 327 878.

No âmbito do projeto municipal “Es-cola da Cidadania”, a Câmara Muni-cipal do Montijo, através do Gabinete da Juventude, proporcionou a 15 jo-vens e três professores das duas es-colas secundárias do concelho e da Escola Profissional do Montijo uma visita guiada ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, entre 10 e 12 de novem-bro.

A visita pretendeu promover a par-ticipação cidadã dos jovens e incre-mentar o conhecimento do funcio-namento das instituições europeias. Alunos e professores foram recebidos pelos eurodeputados Miguel Portas e Marisa Matias.

Os alunos participantes da Esco-la Secundária Jorge Peixinho foram Inês Póvoas, Ana Rita Enriquez, Ana Tapadinhas, Duarte Albano, Gonçalo Seixas Luz.

Pela Escola Secundária Poeta Joa-quim Serra participaram Carina Mar-ques, Ana Catarina Sampaio, Miguel Moreira, Ricardo Silva e Tiago Soa-res.

A Escola Profissional do Montijo enviou Cátia Gomes, Liliana Rosa, Raquel Bronze, Rute Carvalho e Ivo Correia.

A visita ao Parlamento Europeu foi totalmente financiada e incluiu aloja-mento, passagens aéreas e transpor-te em Bruxelas.

O projeto “Escola da Cidadania” pretende explorar pedagogicamente as questões da participação, da cida-dania e do funcionamento das insti-tuições democráticas, portuguesas e europeias, com recurso a ações pe-dagógicas dirigidas a vários públicos, desenvolvendo nos beneficiários prin-cípios e práticas de cidadania. Desde 2006, tem o alto patrocínio do Presi-dente da República.

Inscrições para projetos

internacionais

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{j u v e n t u d e }A cidade do Montijo foi, mais uma vez, cenário de interculturalidade e de diversi-dade europeia com o intercâmbio “Euro-pean Soul: Our Heritage” que reuniu, de 12 a 20 de setembro, 30 jovens de Portu-gal, Itália, Turquia, Polónia e Eslováquia.

O grande objetivo deste projeto foi refletir sobre a identidade europeia e conhecer os aspetos comuns às várias culturas, através de atividades baseadas no método de educação não formal. Este intercâmbio permitiu quebrar barreiras e estereótipos, promovendo desta forma o respeito e a tolerância cultural entre os jovens.

De entre as inúmeras iniciativas, de quatro áreas distintas (desporto, música, artes plásticas e gastronomia) destaque para o “Taste to Europe” – uma degus-tação de pratos tipicamente portugueses confecionados com produtos regionais.

Os pratos apresentados foram elabo-rados pelo jovem Chef José Galla com a ajuda dos participantes deste projeto. A degustação decorreu no Museu Agríco-la da Atalaia e os produtos e vinhos da região foram oferecidos pela STEC-RA-PORAL, Adega Cooperativa de Pegões e APISET – Associação de Apicultores da Península de Setúbal.

Além destas atividades, nas instala-ções da associação “Páteo das Faenas”, os jovens tiveram ainda oportunidade de mostrar a sua própria cultura, através das noites interculturais, momentos que visam consciencializar os participantes para os aspetos mais particulares de cada uma das culturas presentes.

O intercâmbio foi uma parceria da Câ-mara Municipal do Montijo, através do Gabinete da Juventude, e da Associação para a Formação Profissional de Monti-jo, no âmbito do Programa Comunitário Juventude em Ação. Contou com a co-laboração do Clube Atlético do Montijo, na área desportiva, e do Conservatório Regional de Artes do Montijo, na vertente musical.

Esta iniciativa espelha a política ativa de cooperação institucional europeia que a Câmara do Montijo tem vindo a desen-volver, ao longo dos últimos anos, através de projetos de mobilidade europeia e de formação profissional, contribuindo, as-sim, para a valorização e enriquecimento pessoal dos jovens montijenses.

Montijo recebeu intercâmbio internacional

Plano Municipal de Promoção para a CidadaniaAté 30 de dezembro, o Gabinete da Ju-ventude está a aceitar inscrições para o Plano Municipal de Promoção para a Cidadania 2012.

Se tens entre 16 e 25 anos, és estu-dante e/ou resides no concelho do Mon-tijo e tens interesse em ajudar aqueles que são socialmente mais vulneráveis (crianças e idosos) e em melhorar a tua formação cívica, enquanto cidadão do teu país e do mundo, participa no Plano

Municipal de Promoção para a Cidadania.Os jovens participantes irão realizar ati-

vidades de voluntariado em várias institui-ções e associações do concelho, de acor-do com os seus horários escolares do ano letivo de 2011/2012.

Para mais informações e inscrições con-tacta o Gabinete da Juventude através do e-mail [email protected] ou do telefone 212 327 878.

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20 razões para investir, residir e visitar o Montijo

… Investir no Montijo

1. Zona iminentemente industrial e de exploração agrícola, pelo que as respos-tas ao nível dos serviços poderá ser um terreno fértil a explorar, bem como a revi-talização de algumas industriais locais;

2. Crescimento visível da população, com o surgimento de novos residentes, facto que poderá trazer ao Montijo um novo perfil de consumo;

3. Excelente localização estratégica, com boas acessibilidades rodoviárias a Lisboa, ao Sul e ao Norte do país e com ligação fluvial a Lisboa;

4. Freguesias rurais com grandes áre-as agrícolas, que podem ser rentabiliza-das para o investimento em áreas como a produção de cereais;

5. Condições favoráveis para o inves-timento em áreas como a floricultura, a horticultura e a vitivinicultura;

6. Forte tradição na criação de gado suíno e na indústria de abate e transfor-mação de carnes;

7. Boas condições para o investimento em projetos relacionados com o enoturis-mo e a produção de vinhos de qualida-de.

… Residir no Montijo

8. Boas respostas ao nível social, o que conduz a uma cidade onde as as-simetrias sociais são atenuadas, conse-quência de inúmeros serviços de apoio à população socialmente mais carenciada;

9. Zona comercial (Forum Montijo)

consolidada que responde às necessida-des locais;

10. Um concelho que apresenta, ain-da, um bom nível de segurança urbana;

11. Boa relação qualidade-preço no investimento imobiliário, comparativa-mente com outras zonas da Área Metro-politana de Lisboa;

12. Escolas públicas promotoras de uma efetiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar, através da oferta de uma rede de educação escolar e pré-escolar adequada, boa qualidade das infraestruturas e equipamentos edu-cativos, oferta de atividades de enrique-cimento curricular e serviços de apoio à família nos JI e escolas básicas do 1.º ciclo, oferta de uma efetiva ação social escolar, rede de transportes e serviço de psicologia;

Seja como visitante, morador ou investidor existem inúmeras ra-zões para apostar no concelho do Montijo como o local ideal para abrir a sua empresa, comprar habitação e/ou visitar, sozinho ou com a família, o nosso concelho.

Esta edição da Revista Montijo apresenta-lhe 20 razões, por nós consideradas fundamentais, para visitar, investir ou residir no Mon-tijo, que já cativaram muitos novos residentes, diversos empresá-rios e/ou visitantes frequentes do património ambiental e edificado do concelho.

Estas são as nossas razões para investir, residir e visitar o Montijo. Quais são as suas? Fica aqui o nosso desafio. Contamos com a sua participação!

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13. Promoção e realização regular de diversas iniciativas culturais, como espe-táculos de teatro, música, dança, exposi-ções, conferências, entre outros.

… Visitar o Montijo

14. Cidade Ribeirinha, com uma exce-lente paisagem e potencial para a restau-ração e outros serviços;

15. Património natural diversificado, sobretudo na zona este do concelho, nas freguesias predominantemente rurais de Santo Isidro, Canha e Pegões;

16. Património edificado com caracte-rísticas interessantes, nomeadamente ao nível do património religioso;

17. Interessante e boa oferta ao nível da gastronomia e do enoturismo;

18. Tradições culturais, tauromáquicas e religiosas interessantes, com diversas festividades e romarias no período do ve-rão;

19. O Parque Municipal, um espaço único no interior da cidade onde é possí-vel desenvolver atividades desportivas e de lazer diversificadas;

20. Boa oferta de espaços de diversão nocturnos, sendo alguns já referência a nível nacional.

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COMEMORAÇÕESDO DIA DA CIDADE

Biodiversidade e cultura foram o mote do 26.º aniversário da cidade, no dia 14 de agosto, com a inauguração das exposi-ções “Fauna Selvagem do Montijo – Via-gens pela Biodiversidade do Concelho”, na Frente Ribeirinha, e “Bleuretália (acha-dos, infructuosidades e quadros pinta-dos)”, na Galeria Municipal.

O vice-presidente, Nuno Canta, salien-tou que, “nas comemorações de mais um aniversário da cidade, com estas duas exposições, uma sobre biodiversidade do concelho e outra de um cidadão montijen-se, conseguiu-se evocar duas questões importantes: o território e as pessoas,

ou seja, o que nos faz ser montijenses”. “No Dia da Cidade, acredito que pou-

ca gente conheça ao pormenor a zona este do concelho. Por isso, esta exposi-ção é importante para dar a conhecer a fauna da zona rural, mas também para as pessoas perceberem a necessidade de preservação das espécies”, salientou o vice-presidente.

A exposição “Fauna Selvagem do Mon-tijo – Viagens pela biodiversidade do concelho”, patente na Frente Riberinha até 29 de fevereiro de 2012, fecha o ciclo de exposições dedicadas à diversidade biológica do concelho.

Dedicada à fauna da zona este do concelho (freguesias de Santo Isidro de Pegões, Canha e Pegões), a exposição procura alertar para a riqueza faunística local, dando a conhecer parte significati-va da sua biodiversidade, nomeadamen-te, répteis, anfíbios, aves, mamíferos, en-tre outros.

A exposição “Bleuretália (achados, in-fructuosidades e quadros pintados) de José Miguel Gervásio esteve patente até ao final de outubro. José Miguel Gervásio é um artista plástico natural do Montijo,

que foi distinguido com uma menção honrosa no Prémio Vespeira – Bienal In-ternacional de Artes Plásticas, de 2008.

Com estas duas exposições, a Câmara do Montijo continuou a evidenciar a sua aposta na cultura e na divulgação da bio-diversidade local, como forma de dar a conhecer um pouco melhor, a munícipes e visitantes, os artistas plásticos monti-jenses e o património ambiental e natural do concelho.

Recordamos que, a 14 de agosto de 1985, a vila de Montijo foi elevada à cate-goria de cidade devido ao seu desenvol-vimento notável e uma importante ascen-são económica.

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No Ano Internacional das Florestas (2011), declarado pela Organização das Nações Unidas com o objetivo de sensibilizar para a gestão, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas para benefício das gerações atual e futura, a Revista Montijo dá-lhe a conhecer o trabalho desenvolvido pelo Gabinete Técnico Flores-tal Intermunicipal de Montijo-Alcochete (GTFI) em defesa deste património ambiental tão valioso e diversificado.

Uma das suas funções é a centralização da informação relativa a incêndios florestais nos municípios de Alcochete e Montijo. Esse trabalho revela que, entre Janeiro e Outubro de 2011, houve um total de 107 fogos em ambos os concelhos, menos 34 que no perí-odo homólogo do ano anterior.

Os números revelam, também, o trabalho que o GTFI desenvolve, em matéria de incên-dios florestais, através da implementação de diversas ações de sensibilização e preven-ção, junto dos mais variados públicos.

São exemplos dessas atividades, a infor-mação aos proprietários rurais para a obriga-toriedade de procederem à execução de fai-xas de combustíveis nas suas propriedades; ações de sensibilização junto da população escolar sobre comportamentos preventivos; e a sensibilização da população, em geral, e dos proprietários florestais, agricultores e/ou caçadores, em particular, para evitarem com-portamentos de risco.

Regularmente, o GTFI colabora com outras entidades em matéria de defesa da floresta contra incêndios e presta atendimento a mu-nícipes que necessitem de esclarecimento sobre assuntos da sua competência.

De salientar que uma das principais atribui-ções do GTFI é a elaboração e actualização do Plano Intermunicipal de Defesa da Flores-ta contra Incêndios, que foi o primeiro Plano do distrito de Setúbal a ser aprovado pela Au-toridade Florestal Nacional, em 27 de Março de 2008.

Entre as atribuições da Comissão Inter-municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios que o GTFI executa, destaca-se, ainda, a elaboração anual dos Planos Operacionais de Alcochete e Montijo; a participação nas tarefas de planeamento e ordenamento dos espaços rurais; a promo-ção do cumprimento das medidas e ações do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios; a gestão de um sistema de informação geográfica; e a emissão de pareceres para florestação ou refloresta-ção.

Recordamos que, a Comissão Intermunici-pal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, criada em 27 de Março de 2008, é um orga-nismo que tem como missão coordenar e executar, a nível local, as ações de defesa da floresta contra incêndios. Tem coordenação do presidente da Câmara Municipal de Alco-chete, até ao final de 2011. Em 2012 passará

GTFI Montijo-AlcocheteUm trabalho em defesa da floresta

a ser coordenada pela presidente da Câmara Municipal do Montijo.

Para além dos presidentes das câmaras municipais referidas, fazem parte da Comis-são dois presidentes das juntas de freguesia de ambos os concelhos, bem como repre-sentantes de entidades com responsabilida-de em matéria de defesa da floresta contra incêndios como a Autoridade Florestal Na-cional (AFN), a GNR, a PSP, a Autoridade Mili-tar do Exército, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICN), a Orga-nização de Produtores Florestais (AFLOPS), os Bombeiros Voluntários de Canha, de Montijo e de Alcochete e três personalidades do concelho designadas pela presidente da câmara.

Plano Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios Este Plano identifica e assegura os meca-nismos apropriados para uma gestão mais eficiente dos meios/recursos existentes para o combate aos fogos florestais, nos concelhos de Alcochete e Montijo.

É um instrumento de apoio na gestão de infra-estruturas, definição de zonas críticas, estabelecimento de prioridades de defesa e de mecanismos/procedimentos de coor-denação entre os vários intervenientes na defesa da floresta contra incêndios.

Dividido em cinco eixos estratégicos (aumento da resiliência do território aos incêndios florestais; redução da incidên-cia dos incêndios; melhoria da eficácia do ataque e da gestão dos incêndios; recuperação e reabilitação dos ecossis-temas; adaptação de uma estrutura orgâ-nica, funcional e eficaz), o Plano é mais um contributo para a promoção e defesa da floresta nos concelhos de Montijo e Alcochete.

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O corrente ano, 2011, foi declarado pelo Conselho de Ministros da U.E. como o Ano Europeu do Voluntariado. Um pouco por toda a Europa milhões de voluntários traba-lham de forma gratuita nas suas comunida-des, nomeadamente em escolas, hospitais, clubes desportivos ou em atividades de pro-teção do ambiente, prestação de serviços sociais e apoio às populações de outros pa-íses. Os esforços destes voluntários e dos vários milhares de organizações de volunta-riado fazem, de muitas formas, uma enorme diferença nas vidas de quem mais precisa.

A Câmara Municipal do Montijo abraçou

esta celebração e desafio. A Divisão de So-lidariedade e Promoção da Saúde deu con-tinuidade às ações que tem vindo a colocar em prática ao longo dos últimos anos, como o Banco Local de Voluntariado, a Loja Social e a Universidade Sénior. Nesse sentido, de-senvolveu novas atividades com o objetivo de realçar a importância da solidariedade e do voluntariado como aconteceu nas come-morações do Dia Internacional da Mulher e ao impulsionar a realização do II Fórum “Jun-tos pelo Bem-Estar e pela Solidariedade”, da Rede Social/Montijo Saudável, que também destacou o tema na edição deste ano.

Montijo no Ano Europeu do Voluntariado

O Banco Local de Voluntariado (BLV) re-úne voluntários e instituições locais com in-teresse em acolhe-los. No total integra 134 voluntários, que são alvo de entrevistas de avaliação de expetativas e vocações e de formação para a integração no Banco Lo-cal.

Por sua vez, a Loja Social é direcionada para a população em situação de maior vul-nerabilidade socioeconómica, com a finali-dade de colmatar carências urgentes dos munícipes, mediante a entrega de bens, novos ou usados, doados por particulares ou entidades, a título gratuito.

Parte dos integrantes do BLV exercem funções na Loja Social como, entre outras, receber e fazer a triagem dos bens e atender os beneficiários da Loja, disponibilizando os bens, de acordo com as necessidades iden-tificadas ao nível da sinalização e avaliação social previamente efectuada pelos serviços de Ação Social concelhios.

Ao nível da Universidade Sénior, os volun-tários desempenham um papel fundamen-tal, pois são eles os docentes. Ao fim de seis anos de existência, a Universidade Sénior conta com 24 professores.

No dia 18 de Março, no âmbito das come-morações do Dia Internacional da Mulher, realizou-se na Galeria Municipal do Montijo, uma Mesa Redonda sobre o tema “Volun-tariado no Feminino”. A iniciativa foi mode-rada e dinamizada pela jornalista Fernanda Freitas, coordenadora em Portugal do Ano Europeu do Voluntariado.

A abertura da cerimónia contou com a presença de Maria Amélia Antunes, presi-dente da Câmara Municipal do Montijo, e de Teresa Fragoso, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

O debate contou, ainda, com os testemu-nhos de mulheres que se distinguem pelo trabalho desenvolvido na área do volunta-riado.

A autarquia acredita que as estratégias adoptadas contribuíram e continuarão a ci-mentar, em Montijo, um caminho que dá ao Voluntariado o destaque que a sua prática deve ter na influência sobre a (re)construção do desenvolvimento local.

“A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.”

(Franz Kafka)

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PROJETOJunto de SiNo Ano Europeu do Envelhecimento Ati-vo e da Solidariedade entre Gerações, 2012, a Câmara Municipal do Montijo dará vida ao projeto “Junto de Si”, uma iniciativa dirigida ao público Sénior em parceria com a Escola Profissional do Montijo e a Cruz Vermelha (núcleo do Montijo).

“Junto de Si” resulta de uma candida-tura ao PRODER (Programa de Desen-volvimento Rural) aprovada com uma comparticipação de 83.301.54 euros, com vista a aumentar a participação dos idosos nas atividades desportivas e re-creativas, aumentar os níveis de escola-

rização da população jovem e adulta e facilitar a sua inserção na vida ativa.

O projeto vem colmatar as fragilidades decorrentes da ruralidade das fregue-sias Este e Oeste do Concelho do mon-tijo (Canha, Stº Isidro de Pegões, Pe-gões, Alto-Estanqueiro/Jardia e Sarilhos Grandes), nomeadamente, de pessoas em situação de maior fragilidade social: idosos(as), beneficiários de RSI, com si-tuações de maior pobreza.

Das principais propostas apresenta-das, destaque para a constituição da “Academia Sénior” e da “Oficina ao Do-micilio”.

A Academia Sénior terá a sua sede na Junta de Freguesia de Pegões e preten-de manter os seniores socialmente ati-vos na partilha de conhecimentos. Será um pólo de animação e aprendizagens, motivador de sabedorias e experiências da vida, que fará renascer tradições e conhecimentos daquelas gentes.

Um espaço livre de convívio onde se-rão desenvolvidas atividades diversas desde a ginástica, ao cicloturismo, das

{a ç ã o s o c i a l }artes à alfabetização, passando por visi-tas ao património concelhio.

Por sua vez, a Oficina ao domicílio terá lugar na sede da Junta de Freguesia do Alto Estanqueiro/Jardia e pretende res-ponder às necessidades de efetuar pe-quenos arranjos (eletricidade, serralha-ria, carpintaria, etc) nas habitações das pessoas mais idosas e socialmente mais vulneráveis.

Este projeto vai ao encontro às priori-dades definidas pelo Diagnóstico Social e de Saúde, um projeto descentralizado, que irá permitir dinamizar um serviço de proximidade para famílias em risco, re-alizar ações de rastreio e monitorizar a saúde da população idosa. Em suma, a candidatura pretende rentabilizar recur-sos e respostas já existentes tornando-as mais acessíveis às gentes da zona rural do Montijo.

“Junto de Si” contará com o Banco Lo-cal de Voluntariado, integrando voluntá-rios nas diferentes atividades.

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A Universidade Sénior de Montijo iniciou no dia 11 de outubro, o sexto ano letivo com cerca de 22 disciplinas. A Universida-de conta hoje com mais de uma centena de alunos e 24 professores.

A sessão solene de abertura teve lugar no dia 10 de outubro, na Galeria Municipal do Montijo, e contou com a presença da presidente da Câmara Municipal do Mon-tijo, Maria Amélia Antunes, e do reitor da Uniseti, Brissos Lino.

À semelhança de anos anteriores, a ce-rimónia serviu para dar as boas vindas a docentes e alunos, em especial, aos recém-chegados. Clara Silva, vereadora do pelouro da Solidariedade e Promoção da Saúde, referiu que as Universidades Seniores “têm ganho ao longo dos anos expressividade, reforçando a sua impor-tância no combate ao isolamento, na partilha de experiências de vida e numa aprendizagem contínua, mantendo os seniores ativos e naturalmente mais sau-dáveis’”.

A vereadora garantiu que a autarquia irá continuar o trabalho desenvolvido e de-clarou que “será inaugurada, no início do próximo ano, nas freguesias rurais, uma academia sénior, um pólo de animação e aprendizagem para seniores através do projeto “Junto de Si”.

Por sua vez, o reitor, Brissos Lino, reite-rou que “ as Universidades Séniores estão a crescer não só em Portugal como nas comunidades portuguesas no estrangeiro, o que significa que são uma resposta so-cial eficaz.”

O reitor destacou a importância desta atividade na vida das pessoas não só para a vida emocional e mental das pessoas mas também “do ponto de vista da cida-dania. Desde logo os professores, as pes-soas que através da Universidade Sénior podem desenvolver voluntariado social. A sua compensação é o que aprendem com os alunos e o feed-back que recebem dos mesmos. Por outro lado, os alunos, ao inscreverem-se na Universidade Sénior

também estão a desenvolver a sua cida-dania ativa.”

A cerimónia foi, ainda, palco para a con-ferência denominada “Existe Cidadania Sénior?” dinamizada por Cristina Gomes da Silva, docente do Instituto Politécnico

{a ç ã o s o c i a l }de Setúbal/Escola Superior de Educação de Setúbal. O programa curricular 2011/12 contempla disciplinas de diversas áreas, desde as Línguas e Literaturas, passando pelas Ciências Sociais e Humanas, Ciên-cias Experimentais, Artes Expressivas até à Motricidade Humana. As novas disciplinas introduzidas este ano letivo são História de Heráldica, Filosofia, História de Portugal e local, Higiene Oral, Sociologia, Desenho e Pintura, Comunicação e Jornalismo.

Como habitualmente, os estudantes po-derão contar, ainda, com atividades extra-curriculares, tais como visitas de estudo, exposições, seminários e semanas aber-tas, assim como integrar a Tuna Académi-ca.

Dentro das atividades extracurriculares, merece especial destaque a Horta Biológi-ca, um ateliê que será realizado no espa-ço envolvente à Quinta do Saldanha, que visa envolver os alunos(as) com o espaço onde está inserido a Universidade. Esta atividade pretende despertar a sensibilida-de dos alunos (as) para a agricultura, com o intuito de valorizar e respeitar a natureza e aquilo que ela nos pode dar.

Recorde-se, que a Universidade Sénior pretende proporcionar à população resi-dente no concelho do Montijo, com idade igual ou superior a 50 anos, formação mul-tidisciplinar em diversas áreas. Se é o seu caso, dispõe de tempo livre e tem vontade de aprender novos saberes e competên-cias, não hesite. A Universidade Sénior não tem requisitos de admissão nem ava-liações obrigatórias.

As inscrições podem ser efetuadas na Universidade Sénior, sita na Casa Senho-rial, na Quinta do Saldanha, Estrada do Seixalinho, telefone 21 231 42 03, e-mail: [email protected].

Universidade Sénior inicia sexto ano letivo

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“Saúde e Cidadania nas Escolas” foi o mote do II Encontro Comunitário que teve lugar no dia 17 de novembro na Escola Profis-sional do Montijo, uma iniciativa da Divisão de Solidariedade e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo. Em debate estiveram temas como o consumo de dro-gas, a sexualidade, a violência e o bullying nas escolas.

Este evento realizou-se no âmbito do programa de prevenção dos comporta-mentos de risco nas escolas de 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário do concelho do Montijo, dinamizado através de uma parceria entre os estabelecimentos de ensino, a Câmara Municipal do Montijo e a Unidade de Cuidados à Comunidade Montijo/Alcochete do ACES Arco Ribeiri-nho – Saúde Escolar.

Com objetivo de promover e consolidar esta rede de trabalho, o encontro debateu a construção e implementação de progra-mas preventivos aos comportamentos de risco, em meio escolar, além de um siste-ma de comunicação, responsabilização e avaliação das ações a incrementar.

O II Encontro teve início com uma mesa redonda, que abordou o tema “Comporta-mentos de Risco em Meio Escolar: Balanço e Estratégias Futuras de atuação”, dina-mizada por Melanie Tavares – Instituto de Apoio à Criança.

Maria Clara Silva, vereadora do pelouro da Solidariedade e Promoção da Saú-de, que fez parte do páinel de oradores, sublinhou que “o problema maior não é não sabermos, é não aceitarmos que não sabemos”, acrescentando que “o jovem tem aprendizagens com o colega do lado que ainda sabe menos do que ele. É fun-damental haver uma rede na comunidade, que efetivamente responda às questões dos jovens” salientou.

José Evangelista, da Escola Secundária Jorge Peixinho, Helena Lourenço da Escola Secundária Joaquim Serra, Nuno Peres, da Escola Básica D. Pedro Varela, Ana Basto, do EB do Esteval, Jorge Romão, da EB23 Pegões e João Martins, da Escola Profis-sional do Montijo também expuseram as suas opiniões e experiências.

A importância de elementos exteriores à escola abordarem estes temas com os jo-vens e os informarem antes de agir foi con-siderado fundamental pelos docentes.

Melanie Tavares, Ana Ferreira e Anabela

Lopes do Instituto de Apoio à Criança de-bateram Mediação Escolar e Prevenção de Comportamentos de Risco.

A parte da tarde foi preenchida com ses-sões de trabalho subordinadas aos temas bullying, sexualidade e consumo de substân-cias psicoativas.

Saúde e Cidadania em debate

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No final, alunos e moderadores apresen-taram as conclusões e fizeram a apresen-tação de resultados.

A dinamização do dia de trabalhos este-ve a cargo do Instituto de Apoio à Criança (IAC), através da sua Unidade de Mediação Escolar.

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Mais de um milhão de euros de investimento. Mais de cin-co mil m2 de área e uma capa-cidade de armazenagem su-perior a quatro mil paletes são alguns dos impressionantes números da plataforma logís-tica de distribuição farmacêu-tica da Farmavenix, empresa do grupo espanhol Cofares, no Montijo.

Farmavenix com mais de um milhão

de investimentoNuma altura de crise económico-financei-

ra, a Farmavenix abriu, em julho deste ano, a sua operação em Portugal. “ O mercado das operadoras logísticas farmacêuticas é muito dinâmico, há espaço para novos players, mas não sei se haverá para todos. Quem, como nós, está representado em vários países, acaba por ter outra capaci-dade face a um operador local e, cada vez mais, as empresas estão a encarar Portu-gal e Espanha como um mercado comum, o mercado Ibérico”, explica João Costa, diretor técnico e comercial da Farmavenix em Portugal.

As instalações do Montijo têm uma ca-pacidade instalada de 4300 paletes, “com possibilidade de ampliação para 8000. Neste momento, temos 80 por cento da capacidade instalada ocupada. A partir do Montijo conseguimos colocar um produto, em 24 horas, em qualquer ponto do territó-rio continental”.

E que tipo de produtos pode a Farma-venix armazenar e distribuir? “Estamos preparados para distribuir todo e qualquer produto farmacêutico, quer de uso huma-no quer veterinário, tanto de temperatura ambiente como de frio, bem como todas as categorias de dispositivos médicos. Po-demos ainda distribuir alimentos especiais juvenis e suplementos alimentares”, afirma João Costa.

O investimento de um milhão de euros serviu para a transformação do armazém, para possibilitar a armazenagem de medi-camentos “a temperatura controlada, área de armazenamento em altura, equipamen-tos de rádio frequência para a gestão do armazém, câmara de frio de grandes di-mensões, entre outros”.

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“Temos uma área de 5000 m2 totalmente climatizada, isolada e com uma humidade estável. Uma câmara frigorífica com motores em redundância, para o caso de se avariar algum, o cais de embarque é refrigerado, o sistema de rádio frequência que permite criar uma rede de transmissões com duplo backup para a casa mãe e fizemos estes investimentos de modo a disponibilizar aos clientes umas instalações modernas e de qualidade”.

Esta operação de ar-mazenamento e distri-buição farmacêutica é mais complexa do que, aparentemente, pode parecer. “Não é só re-ceber o medicamento, colocá-lo na prateleira e depois despachar para algum lado. Fazemos uma logística integral que começa na entrada do produto, recolhemos amostras do mesmo que enviamos para a direção técnica do la-boratório proprietário do medicamento que, só depois de devidamente verificadas, liberta o lote. Fazemos, portanto, ges-tão de quarentena”.

“Após a libertação do lote, desbloqueamos o mesmo no nosso sis-tema e começamos a fornecer os pedidos. De-pois fazemos também processos de logística inversa que consistem na devolução e recolha de medicamentos, por diversos motivos como, por exemplo, mudança de preços”, acres-centa o diretor da Farmavenix.

Sendo o mercado da logística farmacêuti-ca bastante concorrencial, João Costa con-sidera que a Farmavenix se distingue pela “inovação tecnológica, qualificação dos recursos humanos e excelência do serviço prestado”.

Esta política transversal de qualidade traduz-se, também, na certificação da ope-ração da empresa. “É uma exigência do Grupo Cofares. Todos os nossos procedi-

mentos são os do Grupo, foram convertidos à legislação portuguesa, aprovados pelo Infarmed e pela Direção Geral de Veterinária e estamos a fazer auditorias para certifica-ção final. Os procedimentos de garantia de qualidade estão implementados, alguns até mais do que o exigido por lei”.

Farmacêutico de formação, João Costa tem uma experiência de 20 anos na área da indústria farmacêutica. “Tive a perspetiva

de cliente, agora tenho a de fornecedor. Por isso entendo o ponto de vista do nosso in-terlocutor, sei o que ele precisa. Constato que a distribuição farmacêuti-ca, ao longo dos anos, foi evoluindo devido ao rigor legislativo e, funda-mentalmente, porque as empresas são cada vez mais rigorosas e seleti-vas no que diz respeito aos seus fornecedores”.

O Montijo foi o local eleito pelo Grupo Cofa-res para a instalação da operação da Farmave-nix em Portugal devido “às condições ímpares para a atividade logísti-ca, não só pelos exce-lentes acessos e proxi-midade a Lisboa, mas também por existirem na zona empresas que po-dem fornecer todo o tipo de serviços que neces-sitamos, como empre-sas de equipamentos e manutenção de frio, de plataformas elevatórias, de material de embala-

mento e acondicionamento, entre outras”.A Farmavenix criou 24 postos de traba-

lho diretos no concelho e é mais um exem-plo do parque empresarial logístico que o concelho conseguiu captar. João Costa, setubalense, conhece há largos anos o concelho e, na sua opinião, “o Montijo tem potencialidades e está a aproveitá-las. Existem ainda espaços para parques in-dustriais, excelentes acessos rodoviários para Lisboa, Norte e Sul do país. Há bas-tante potencial no Montijo”.

Grupo Cofares e Farmavenix

A Farmavenix é uma empresa do grupo espanhol Cofares, uma cooperativa de far-macêuticos, fundada em 1944, que faturou 2900 milhões de euros em 2010, represen-tando cerca de 28 por cento do mercado espanhol.

O Grupo Cofares proporciona aos seus clientes (9500 farmácias associadas e 3000 não sócias) um leque vasto de servi-ços, desde o fornecimento de soluções in-formáticas para farmácias e armazenistas, a produtos OTC – medicamentos que não necessitam de prescrição médica.

A Farmavenix surgiu da necessidade do Grupo Cofares rentabilizar a sua capacida-de instalada. “A Cofares, quando cresceu ao ponto de estar espalhada por toda a Espanha, criou infraestruturas que lhe per-mitiram vender serviços a terceiros”. Como explica João Costa, a Farmavenix é um operador logístico que “presta um serviço de armazenagem e distribuição de produ-tos farmacêuticos e todos os serviços lo-gisticos a laboratórios que, por algum mo-tivo, não têm uma central de distribuição própria”. Neste momento,

temos 80 por cento da capacidade instalada ocupada. A partir do Montijo conseguimos

colocar um produto, em 24 horas, em qualquer

ponto do território continental”.

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Já reparou nos inúmeros edifícios reves-tidos a azulejos que estão “espalhados” pelo centro histórico do Montijo? E nos painéis de azulejo da Igreja Matriz?

São estes e outros pequenos ou gran-des pormenores da tão típica arte azu-lejar portuguesa que se “escondem” na nossa cidade, pelos quais passa diaria-mente e nem se apercebe da sua beleza e importância, que a Câmara do Montijo lhe quer dar a conhecer através do roteiro “O Azulejo no Montijo”.

O Roteiro foi lançado no dia 23 de se-tembro, no âmbito das Jornadas Euro-peias do Património 2011 e a ocasião ser-viu, também, para a abertura ao público do Centro de Documentação do Montijo, no Museu Municipal.

Com dois percursos distintos – azuleja-ria civil e azulejaria religiosa – ambas as propostas, até ao final de 2011, iniciam sempre no Museu Municipal com a visita à exposição “O Azulejo no Montijo”.

Se optar pelo percurso da azulejaria civil vai poder apreciar as fachadas azu-lejares, por exemplo, da Casa de Isido-ro Maria de Oliveira na Rua Conde Paçô Vieira, de diversos edifícios na Rua Almi-

Dia Europeudo EnoturismoNo âmbito das comemorações do Dia Europeu do Enoturismo, realizou-se no dia 13 de novembro um Curso de Iniciação à Prova de Vinhos, na ade-ga do Museu Agrícola da Atalaia, que contou com 21 participantes. Uma ini-ciativa da Câmara Municipal do Monti-jo em colaboração com a AMPV – As-sociação de Municípios Portugueses do Vinho e a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões.

O Curso de Iniciação à Prova de Vinhos nível I, com a duração de três horas, pretendeu descrever e ensinar a arte de apreciar um vinho, com base nos sentidos da visão, do olfato e do paladar.

Para enriquecer esta experiência ví-nica, teve lugar uma degustação gas-tronómica, adequada a cada tipo de vinho, confecionada pelo restaurante O Ninho.

Aos participantes foi solicitado o preenchimento de um questionário de avaliação da ação, ao qual tinham respondido 15 pessoas até ao fecho da edição.

Deste universo de participantes na avaliação global da atividade a maior parte optou por pontuar com 4 (na escala de 0-5) mostrando satisfação pela participação na Prova de Vinhos e revelando interesse em repetir a ex-periência.

Um património a descobrir

rante Cândido dos Reis e a fachada do edifício da Padaria Taboense, na Rua Mi-guel Pais.

No total, o percurso inclui 12 edifícios com fachadas de azulejos geométricos, monocromáticos, azulejos policromos que, em alguns casos, denotam influên-cias da Arte Nova, exemplificando a ri-queza e a beleza da arquitetura civil exis-tente na cidade de Montijo.

Se preferir o percurso da azulejaria reli-giosa vai poder visitar e conhecer melhor os pormenores da arte azulejar presentes na Igreja Matriz, na Igreja da Misericórdia, na Capela de Santo António da Quinta do Páteo d’ Água e na capela do Senhor dos Aflitos no Saldanha.

O percurso da azulejaria civil pode realizá-lo livremente ou através de visita guiada, sujeita a marcação prévia. O per-curso da azulejaria religiosa necessita, obrigatoriamente, de marcação prévia.

Mais informações e marcações no Mu-seu Municipal do Montijo, na Avenida dos Pescadores n.º 52 ou através do telefone 21 232 78 11.

Venha descobrir o património da sua cidade!

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A 7.ª edição da Maratona de BTT de Canha, no dia 4 de dezembro, registou, mais uma vez, centenas de participan-tes. Os trilhos de Canha foram invadi-dos por 500 bttistas, num dia de saudá-vel convívio desportivo.

Este ano, ao contrário de edições anteriores, o São Pedro também contri-buiu para o sucesso da prova, e o sol brilhou durante todo o dia, os trilhos estavam relativamente secos e rápidos, condições mais agradáveis para todos os atletas.

De acordo com a organização, no fi-nal da prova, os participantes mostra-ram-se bastante satisfeitos com a esco-lha dos trilhos, com as marcações e os abastecimentos.

O percurso da meia-maratona (40 quilómetros) foi realizado nas imedia-ções da Vila de Canha, na área junto à Ribeira, marcada pelo montado de sobro, os pinhais e os eucaliptais. A distância da Maratona, por opção da organização, foi reduzida de 100 para 70 quilómetros, facto que foi do agrado dos participantes.

Tal como em edições anteriores, a Maratona de Canha reuniu três tipos de atletas: o grupo dos competidores que apresenta excelentes condições físicas e é bastante exigente nos pontos de controlo de tempo; o grupo dos atletas que, em equipa ou em grupos de ami-gos, disputam entre si o melhor tempo da sua equipa; e um terceiro grupo de amantes da modalidade que realizam a prova de forma tranquila, sozinhos ou em família, num passeio calmo e des-contraído pela paisagem de Canha.

Para além do tradicional almoço de convívio, onde os vinhos da região de Pegões marcaram mais uma vez pre-sença, a organização reforçou, durante toda a prova, os habituais abastecimen-tos de água e fruta com barras e bebi-

das energéticas, fornecidas, amavel-mente, pela Decathlon.

Durante a prova, como habitual-mente, a segurança, proteção e as-sistência aos atletas foram executa-das pela GNR, Bombeiros Voluntários de Canha, Serviço Municipal de Pro-teção Civil do Montijo e pela empresa Tripuevents.

A Maratona de BTT Canha 2011 foi complementada com uma Mostra de Produtos Regionais, onde vários artesãos e produtores expuseram os seus artigos, promovendo, assim, o concelho do Montijo.

A organização da prova foi da As-sociação Amigos do Campo e Aven-tura e da Câmara Municipal do Mon-tijo, através da Divisão de Desporto e Juventude, com o apoio dos Bombei-ros Voluntários de Canha, da Junta de Freguesia de Canha e da Decathlon Montijo.

A Maratona de BTT voltou a ser um excelente veículo de promoção turís-tica da região mais rural do concelho do Montijo, a Vila de Canha, já uma referência no mundo do BTT.

Maratona de BTT Canha 2011Mais um ano de sucesso

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Dia da Freguesia do MontijoComo habitualmente, no dia 15 de setembro, Dia da Freguesia do Montijo, teve lugar no Ci-nema Teatro Joaquim d’ Almeida a cerimónia de entrega das distinções de mérito “Barca Aldegalega”, com o espetáculo “Rita Guerra ao piano”.

Este ano, a distinção “Barca Aldegalega” foi entregue a Fernando Alberto Carreira Quendera, Maria Helena Correia Leite Rapo-so de Oliveira e Albino da Veiga Bruno.

Fernando Alberto Carreira Quendera, natu-ral do Montijo, tem formação inicial no domí-nio da Eletrotecnia. É empresário na área do comércio e indústria de artigos desportivos, marketing e publicidade.

No domínio desportivo destaca-se por ter sido fundador do União – Grupo Amador de Desporto e Cultura, dirigente do clube “O Pal-meiras” — Clube Montijense de Desportos, do Clube Desportivo do Montijo, fundador e dirigente da Secção de Basquetebol do Clu-be Desportivo do Montijo, em 1999, tendo fei-to parte daquela secção até junho de 2002, fundou o Montijo Basket Associação, em 28 de agosto de 2002, permanecendo até hoje como presidente da Direção.

Maria Helena Correia Leite Raposo de Oliveira é licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de Ciências de Lisboa. Viveu, de 1972 a 1995, em Inglaterra, Grécia

e Estados Unidos da América. Trabalhou, durante cinco anos, como assistente no de-partamento de Histologia Química do Royal Postgraduate Medical School da Universida-de de Londres.

Regressada a Portugal, dedicou-se à viti-cultura. Atualmente faz parte da Direção da Cooperativa Agrícola de Pegões, empenhan-do-se na melhoria da Adega e dos vinhos de Pegões, assim como na sua divulgação no concelho, no país e no estrangeiro.

A par da atividade profissional tem mantido atividades de cariz cívico e social. É membro do Lions Clube do Montijo, desde há oito anos, servindo a comunidade local e outros concelhos. Atualmente faz parte da direção desta instituição.

Albino da Veiga Bruno, natural de Aldeia Galega do Ribatejo (hoje Montijo), nasceu em 1926. Desde há anos que é membro dos corpos sociais da Santa Casa da Misericór-dia do Montijo. No atual triénio 2011-2013 é vogal com o pelouro da Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos. Nestas liga-ções à tauromaquia montijense, foi sócio fundador da Tertúlia Tauromáquica do Mon-tijo e é, desde 1964, Técnico do Grupo de Forcados Amadores do Montijo.

Francisco Santos, presidente da Junta de Freguesia de Montijo, afirmou que foram ho-menageadas “três personalidades que du-rante muitos anos tem servido a freguesia e a cidade de Montijo com elevado espírito de cumprimento do dever cívico.”

Por sua vez, Maria Amélia Antunes reiterou que os homenageados “merecem o nosso respeito, o nosso reconhecimento e a ho-menagem. Os seus currículos falam por si. A sua vida é uma vida de dedicação à sua terra com boas práticas e bons exemplos.”

Após a entrega da “Barca Aldegalega”, Rita Guerra subiu ao palco do Cinema Te-atro Joaquim d’ Almeida para apresentar o seu mais recente e surpreendente proje-to: Noites ao Piano. A cantora interpretou alguns dos seus maiores sucessos, bem como músicas que inspiraram e influencia-ram a sua carreira.

Como já é tradição, a Junta de Freguesia do Alto Estanqueiro Jardia celebrou mais um aniversário nos dias 4 e 5 de Outubro. No dia 4 de outubro, depois do desfile et-nográfico e da atuação do rancho folclórico e etnográfico “Os Águias”, foram entregues as distinções de mérito “Espigas de Milho” às instituições integrantes da comissão social e de saúde da freguesia do Alto/Es-tanqueiro: Junta de Freguesia, União Mutu-alista Nossa Senhora da Conceição, Centro Social de São Pedro, Agrupamento de Es-colas Poeta Joaquim Serra, Grupo Cultural e Desportivo Águias Negras, União Fute-bol Clube Jardiense, Academia Desportiva Bairro Miranda e Comissão da Igreja do Alto/Estanqueiro.

O presidente da Junta, Tolentino Gomes, recordou a Comissão Social e de Saúde e de Freguesia, como “um projeto assente essencialmente nos recursos de parceria local, enquadrado pelo Conselho Local de Ação Social do concelho do Montijo, apoia-do pela Divisão de Solidariedade e Promo-ção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo, que pretende alertar para ao flagelo da pobreza e da exclusão social, não só identificando casos e as suas causas, mas também apontando caminhos, soluções e alternativas”.

A noite prosseguiu, com a atuação do grupo “Pilha Galinhas” e o fogo de artifício.

No dia 5 de Outubro teve lugar o tradi-cional desfile equestre. As comemorações foram encerradas com fogo rijo depois da procissão em honra da padroeira “Madre Teresa de Calcutá”.

XXVI Aniversário Alto Estanqueiro--Jardia

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Montijo recebeu autarcas romenos

{c o o p e r a ç ã o }Uma comitiva de 14 autarcas romenos da região de Timis deslocou-se, no dia 22 de agosto, à cidade do Montijo para conhecer, mais detalhadamente, o fun-cionamento político/administrativo da Câmara Municipal do Montijo.

Os edis romenos foram recebidos, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo vice-presidente da Câmara Munici-pal do Montijo, Nuno Canta, que abor-dou a importância do poder local como “uma das mais genuínas concretizações da ideia de democracia”, porque “o po-der deve ter uma relação o mais próxima possível com os seus destinatários. Só um poder de proximidade será capaz de conhecer as aspirações e os anseios dos cidadãos”.

Perante os seus homólogos rome-nos, o autarca montijense salientou que, hoje, as autarquias já não se debatem com problemas como “o combate ao isolamento físico, as vias de comunica-ção, ou a construção de novos equipa-mentos.” Hoje, o esforço dos autarcas e das políticas locais deve centrar-se “na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável, na integração social plena de todos os cidadãos, no combate à po-breza, à exclusão social e ao abandono escolar, no reforço da capacidade pro-dutiva e na competitividade” dos seus concelhos.

“Nos nossos dias, as autarquias de-vem ser agentes ativos do desenvolvi-mento social, prestar atenção acrescida ao fomento de iniciativas empresariais e aos fatores que condicionam a criação de novos empregos, apoiar e estimular

o investimento na educação e na me-lhoria das qualificações das pessoas”, concluiu.

Os autarcas romenos aproveitaram para esclarecer diversas questões rela-cionadas com o modo de funcionamen-to administrativo/político em Portugal, no geral, e da Câmara do Montijo, em particular, abordando também o papel da União Europeia no desenvolvimento do nosso país e as dificuldades que os municípios hoje enfrentam devido à crise económica.

No final da visita, a delegação rome-na teve, ainda, oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor a cultura, o património e a cidade do Montijo com a visita à Frente Ribeirinha e ao Moinho de Maré.

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O executivo municipal deslocou-se, no dia 27 de setembro, a Sarilhos Grandes para ve-rificar os principais problemas e preocupa-ções da população e dos autarcas locais.

Durante a manhã, juntamente com a pre-sidente da Junta de Sarilhos Grandes, Carla Braziel, a comitiva municipal percorreu di-versos locais da freguesia para contactar di-retamente com algumas das preocupações da junta, como é o caso da falta de manu-tenção dos espaços verdes junto ao Merca-do e na Rua do Emigrante (Bairro Novo); da pavimentação da Rua Fernando Pessoa; da alteração para sentido único do trânsito na Rua do Cemitério; da necessidade de corte de ervas, canas e outros arbustos em diver-sas estradas e de uma maior periodicidade na recolha do lixo grosso.

Na sede da Academia Musical União e Trabalho (AMUT) teve lugar uma reunião com representantes do Juventude Futebol Clube Sarilhense, da Associação de Refor-mados, Pensionistas e Idosos de Sarilhos Grandes e da AMUT.

Ao final da tarde, na sede da AMUT, o exe-cutivo municipal reuniu com os munícipes de Sarilhos Grandes para perceber as suas principais inquietações, das quais se desta-cam a pavimentação da Rua Fernando Pes-soa, o corte de ervas na Estrada do Arce e a insegurança provocada por acampamentos de pessoas de etnia cigana.

Relativamente à Rua Fernando Pessoa, a presidente afirmou “já existir um projeto pronto a executar. Se houver condições fi-nanceiras, a prioridade em Sarilhos Grandes vai para a pavimentação dessa rua”.

De acordo com o vereador Nuno Canta, o corte de ervas na Estrada do Arce “está relacionado com um problema de recursos humanos da Câmara, que será resolvido brevemente. Sabemos que é uma situação que causa transtorno às pessoas e espera-mos corrigi-la durante o mês de outubro”.

A insegurança provocada por pessoas de etnia cigana é um problema recorrente na freguesia. A presidente da Câmara voltou a frisar que as “questões de segurança não

são responsabilidade da Câmara, mas das autoridades policiais. Se os acampamen-tos dessas pessoas estão em propriedade privada, devem ser os proprietários, con-juntamente com a GNR, a atuar. À Câmara cabe reunir com as forças de segurança e sensibilizá-los para uma intervenção efetiva neste tipo de problemas”.

A recolha do lixo grosso foi dos temas mais debatidos, com os munícipes a ques-tionar a pouca periodicidade da mesma. O vereador Nuno Canta começou por explicar que, por imposições legais, foi “adotado um sistema de recolha por turnos, que natu-ralmente obriga a folgas do pessoal e, por isso, existem menos meios humanos para a recolha do lixo grosso. É um problema operacional que estamos a tentar resolver, mas é também um problema de civismo das pessoas e de necessidade de maior fiscalização”.

A presidente da Câmara corroborou esta posição, salientando que “só o depósito do lixo no aterro da Amarsul custa, em média, 60 mil euros mensais à Câmara. O lixo é re-colhido e cinco minutos depois já há nova-mente lixo à volta dos contentores. É muito

Executivo municipal visitou Sarilhos Grandes

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difícil manter a limpeza do espaço público com estas atitudes. No geral, a situação é positiva mas há focos graves que estão re-lacionados com o civismo das pessoas e, infelizmente, agora talvez seja preciso pas-sarmos da sensibilização para uma maior fiscalização”.

A construção do pavilhão desportivo também foi debatida, com a presidente da Câmara a admitir que “o concurso para a construção foi aberto, o processo de adju-dicação correu mal e não temos tido, nem vamos ter, condições financeiras para cons-truir o pavilhão”.

No final, a presidente da Câmara agrade-ceu a presença dos munícipes, classificou a reunião como “produtiva”, prometendo “re-solver algumas das situações mencionadas, apesar das dificuldades financeiras”.

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Câmara aprova Orçamento para 2012

Na reunião de câmara de 30 de novembro foram aprovados, com os votos favoráveis do PS e os votos contra do PSD e da CDU, o orçamento para 2012, o Plano de Ativi-dades Municipais e o Plano Plurianual de Investimentos de 2012-2015.

O valor global do orçamento é de 35.838.978 euros, o que representa um decréscimo de 3.216.964 euros face ao orçamento de 2011.

A presidente da câmara, Maria Amélia Antunes, afirmou que o orçamento foi “ela-borado num quadro de grandes dificulda-des de obtenção de receita, que permita suportar a realização de despesas indis-pensáveis à manutenção dos serviços e, consequentemente, à realização das ativi-dades fundamentais atribuídas aos muni-cípios.”

Na parte da receita, comparativamente a 2011, há uma redução das transferências financeiras, nomeadamente, do Orçamen-to de Estado para a câmara em 300 mil euros. Face ao orçamento do ano transa-to, na receita corrente há uma diminuição de 4,83 por cento e na receita de capital de 7, 63 por cento.

Com os impostos diretos, a câmara pre-vê arrecadar um total de 11.041.714 euros, sendo 5.500.528 euros do imposto munici-pal sobre móveis (IMI), 3.752.186 euros do imposto municipal sobre as transmissões onerosas de bens (IMT) e 831.742 euros da Derrama, que na mesma reunião de câmara foi fixada em 1,5 por cento sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC).

Nas receitas de capital (totalizadas em 9.983.551 euros), está prevista uma arre-cadação de receita através da venda de terrenos, na ordem dos 3 milhões de eu-ros, bem como uma receita de 5.107.275 euros de transferências de capital da ad-ministração central, que inclui 3 milhões de euros provenientes da participação comunitária em projetos cofinanciados para a execução do Plano Tecnológico de Educação para o 1.º ciclo, do sistema de apoio à modernização administrativa, da requalificação da Praça Gomes Freire de Andrade e do Mercado Municipal, entre outros.

Ao nível da despesa, o orçamento apro-vado prevê uma despesa corrente com pessoal na ordem dos 57 por cento, no

valor total de 14.616.708 euros. Em termos totais, o mapa de pessoal para o ano de 2012 apresenta 953 lugares face a 1083 lugares do mapa de 2011, uma redução de 12 por cento.

As despesas com aquisição de bens e ser-viços representam 35 por cento da despesa corrente, o que equivale a 8.926.561 euros.

Apesar das dificuldades financeiras, em 2012, a Câmara Municipal do Montijo con-tinuará a transferir verbas para as juntas de freguesia do concelho. O valor total orçamentado (transferências correntes e transferências de capital) é idêntico ao valor do orçamento de 2011, ou seja, 494 mil euros.

Ao nível das atividades previstas no Pla-no Plurianual de Investimentos 2012-2015, a autarquia pretende iniciar as obras de requalificação da Praça Gomes Freire de Andrade e do Mercado Municipal e centrar prioridades na manutenção e tratamento do espaço público (jardins, rede viária, si-

nalização e resíduos sólidos); na manuten-ção de equipamentos, viaturas e edifícios municipais; na educação e na ação social.

Maria Amélia Antunes salientou que “em tempo de dificuldades, a gestão deve ser ain-da mais rigorosa e transparente. Trabalhare-mos para manter a nossa qualidade de vida, com a ambição de contribuir para a concre-tização de um concelho mais desenvolvido, com melhores condições para todos”.

Na mesma reunião de câmara foram, ainda, aprovados, com os votos favorá-veis do PS e as abstenções dos vereado-res do PSD e da CDU, o orçamento para 2012, o Plano Plurianual de Investimentos e o Mapa de Pessoal dos Serviços Mu-nicipalizados de Água e Saneamento do Montijo (SMAS).

O orçamento para 2012 dos SMAS tem um valor total de 5.981.600 euros, um valor praticamente idêntico ao orçamentado em 2011, que inclui um encargo previsional de 2.800.000 euros com a SIMARSUL.

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O que pensa do Parque Municipal?

Maria de Fatima Almeida “Às vezes vou ao parque com o meu neto,

assim como costumava ir quando era miú-da. É um espaço muito bonito, mas acho que está desaproveitado. Gostava de ver mais atividades desportivas, acho que o ring é uma mais-valia, também gostava de ver

mais atividades para idosos”

Ermelinda Nunes“É um sítio com potencialidades, mas tris-

te, por estar desaproveitado. Tem um único café e na esplanada não se pode estar por causa dos insetos, o que denota alguma falta de manutenção. Aos Domingos, à se-

melhança de toda a cidade, está deserto. Nas festas de S. Pedro, por exemplo, era uma boa altu-ra para termos aqui atividades, uma vez que é um ex-libris de Montijo”.

António Alegria“Tem como ponto positivo a beleza do lo-

cal. É um ex-libris do montijo. Acho que não está certo as pessoas virem aí passear os cães, sem trela e não apanharem os deje-tos. Lamento a van-dalização frequente dos equipamentos, caso dos bancos e candeeiros. Há fal-ta de segurança. À noite já não arrisco vir para aqui. Tenho

pena, também, que não haja neste espaço equipamentos para fazer ginástica à seme-lhança dos que existem no Samouco.”

José Pinela“É um espaço magnífico, uma área de

todos nós, mas que podia ser mais utiliza-do para promover encontros, trazer as nos-sas crianças e fazer convívios. Passeio aqui diariamente e considero que somos privile-giados em relação a muitas outras cidades

que conheço e que não têm um espaço como este. É pena a falta de segurança, porque há assaltos, agressões e van-dalismo. Também acho que é um de-ver de todos cuidar deste espaço. É uma questão de ci-dadania.”

Tradicionalmente implantados na malha urbana, os parques e os jardins pú-blicos assumiram-se, desde o século XIX, como importantes equipamentos de lazer e sociabilização. Situado em pleno coração da cidade, o Parque Municipal do Montijo é a mais significativa zona verde da cidade, ocupando uma área de cerca de 3,5 hectares com espaços relvados e amplas zonas arborizadas. A Revista Montijo quis ouvir a opinião de alguns munícipes sobre este espaço nobre da cidade.

Um Pouco de História…

Criado por decisão da Autarquia, em 21 de agosto de 1929, as obras de construção do Parque Municipal ar-rastaram-se por vários anos, passan-do do afã construtivo inicial ao estado de abandono que tinha em 1949. Em 1952, o Executivo liderado por José da Silva Leite, considerando o Parque de extrema importância para o bem-estar da população, propôs a remodelação integral do espaço. O projeto foi entregue ao consagrado arquiteto paisagista Francisco Caldei-ra Cabral (1909-1992), formado em Berlim, pioneiro do ensino da arquite-tura paisagista em Portugal e autor de inúmeros projetos, em Portugal e no estrangeiro. Em 10 de janeiro de 1956, Caldei-ra Cabral apresentou o projeto que, após retificações, foi aprovado em 1959. Implantado numa área de cerca de 3,5 ha, o Parque formou um retân-gulo de 270 m x 120 m, onde foram plantadas árvores da flora nacional: carvalhos, sobreiros, ulmeiros, amiei-ros, choupos, freixos, olaias e tílias. Hoje mantém-se um aprazível espaço verde, com amplas áreas de relvado, área desportiva, bar e recantos mais intimistas. Recebeu o nome do seu maior impulsionador, Carlos Hidalgo Gomes de Loureiro, líder do executivo camarário da década de 30 do século XX.In www.mun-montijo.pt

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{o b r a s }Sabemos que os recursos hídricos são a base da vida moderna e o acesso à água potável é essencial ao desenvolvi-mento económico das comunidades. O Montijo, como zona Mediterrânica com um longo período estival, requer cuida-dos especiais na gestão dos recursos hídricos, nomeadamente nas políticas de conservação e tratamento de águas.

Atualmente, a rede de abastecimen-to de água e o sistema de drenagem e tratamento de esgotos tem um atendi-mento de 98 por cento e 95 por cento, respetivamente.

O Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento – SMAS – conseguiu rea-lizar todas as metas a que se tinha proposto. Conseguiu finalmente, após trinta anos, concluir a rede de Estações de Tratamento de Águas Re-siduais, com um grande benefício para a saúde pública dos montijenses e para a proteção de todo o ecossistema do estuário do Tejo, e com significativos efeitos po-sitivos no lazer e na pesca desportiva.

Recorde-se que durante os últimos dez anos, os SMAS construíram sete reser-vatórios para abastecimento de água às

UM CONCELHO PREPARADO PARA O SÉCULO XXIpopulações, instalando uma capacidade de abastecimento para uma população de mais de 80.000 pessoas, como é o caso dos reservatórios da Caneira, Pau Queimado, Canha, Taipadas, Pegões, Faias e Corte das Cheias. Em conjunto com a construção de reservatórios, os

SMAS construíram nos úl-timos anos quilómetros de novas condutas, alargando significativamente a popu-lação servida, em especial nas zonas rurais do conce-lho do Montijo.

A frente ribeirinha da ci-dade foi preparada para re-sistir às cheias cíclicas que sempre a afetaram. A bacia de retenção de águas da chuva permite salvaguardar

toda a zona baixa envolvente à Avenida dos Pescadores.

Todos os montijenses se recordam que o rio Tejo servia para o despejo de es-

gotos domésticos e industriais, com um cheiro nauseabundo e com cores pouco próprias. Hoje, fruto desta estratégia de qualificação ambiental do concelho, o Tejo volta a apresentar o reaparecimento de espécies de peixe e bivalves, como o robalo, a corvina, a ameijoa e a ostra, que são a prova da despoluição do rio.

Todo este trabalho estratégico e de qualificação ambiental do nosso territó-rio, o qual melhora a nossa relação com a natureza, foi realizado em conjunto com os montijenses e com a integração do Município no Sistema Integrado Multi-municipal de Águas Residuais da Penín-sula de Setúbal, S.A. – SIMARSUL – num investimento de aproximadamente 22 milhões de euros. O Município do Monti-jo, garante o Conselho de Administração dos SMAS, está preparado para os de-safios do século XXI e para um verdadei-ro desenvolvimento sustentável.

O VereadorNuno Ribeiro Canta

“A frente ribeirinha da cidade foi preparada para resistir às cheias cíclicas que sempre a afetaram. A bacia de retenção de águas da chuva permite salvaguardar toda a zona baixa envolvente à Avenida dos Pescadores.”

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Medidas preventivas para o outono/invernoO outono e, sobretudo, o inverno tra-zem associadas alterações climatéricas que obrigam os cidadãos a adotarem medidas de prevenção. Atento a esta situação, o Serviço Municipal de Prote-ção Civil (SMPC) alerta-o para algumas medidas básicas para poder fazer face, mais adequadamente, a fenómenos cli-matéricos adversos próprios desta altura do ano.

Assim, proceda a uma revisão de todas as portas e janelas da sua casa; à limpeza e reparação de algerozes, da estrutura do telhado, chaminés e antenas; verifique os objetos soltos no exterior de casa; e limpe os sumidouros (ralos) dos quintais e deso-bstrua os tubos de escoamento.

Na sua casa identifique, também, os pontos de corte de energia elétrica, água e gás; mantenha atualizados os contactos das autoridades de socorro e de seguran-ça; proceda à desobstrução das linhas de água junto às habitações. Lembre-se, ainda, de ter sempre à mão, uma lanter-

Em prol da segurançaO quotidiano do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) é feito, muitas vezes, de ações de sinalização, de pre-venção e de intervenções efetivas, por todo o concelho, que procuram garantir a segurança de todos os cidadãos.

Exemplos destas situações foram as ocorrências verificadas nos dias 2, 9 e 14 de novembro, devido a condições atmosféricas adversas, que originaram quedas de árvores, entupimentos de sumidouros, inundações rápidas em diversos locais do concelho e, onde o Serviço Municipal de Proteção Civil in-terviu de forma imediata para diminuir e/ou resolver os problemas resultantes da elevada pluviosidade e ventos fortes.

Para além destas situações, o SMPC é chamado a intervir, com frequência, na sinalização e prevenção de situações de risco relacionadas com habitações de-volutas ou degradadas, que colocam em perigo os cidadãos.

Responsável por assegurar o funcio-namento de todos os organismos muni-cipais de proteção civil, o SMPC desen-volve um trabalho contínuo, detalhado e ininterrupto, que implica uma disponi-bilidade total de muitos setores da Câ-mara do Montijo, bem como de diversos agentes de proteção e socorro, como o próprio SMPC, Bombeiros, autoridades policiais, entre outros.

Não se esqueça que a Proteção Civil começa em cada um de nós!

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na, reserva de pilhas e estojo de primeiros socorros.

Se sair à rua, em dias de chuva e ven-to, circule com a máxima precaução; evite atravessar áreas inundadas devido ao ris-co de arrastamento para caixas de esgo-to abertas; conduza com precaução para contornar a má aderência ao piso em situ-ação de lençol de água e outros objetos soltos na via pública.

Em situação de forte temporal evite sair à rua e esteja atento às informações das autoridades de Proteção Civil.

Colabore! Proteja-se!

Parecer favorável ao Plano Municipal de EmergênciaA Comissão Municipal de Proteção Civil de Montijo deu parecer favorável à atualização do Plano Municipal de Emergência de Prote-ção Civil de Montijo, em cumprimento da le-gislação e das normas técnicas emanadas da Autoridade Nacional de Proteção Civil para a elaboração dos planos municipais de emergência, numa reunião realizada na Casa do Ambiente, no dia 7 de outubro.

O parecer favorável, o relatório da con-sulta pública e o projeto de revisão do Pla-no foram os documentos aprovados pela Comissão que, agora, serão enviados à Comissão Nacional de Proteção Civil.

O Plano Municipal de Emergência de Pro-teção Civil é o mais importante instrumento de gestão de emergência. Inclui uma carta de risco do concelho e a sua caracteriza-

ção; define os procedimentos de atuação em face dos acontecimentos, bem como a estrutura operacional e a sua articulação interna e ao nível dos diversos patamares do sistema de proteção civil.

O documento elenca, ainda, os contac-tos dos agentes de proteção civil, a sua missão e responsabilidade e inventaria os meios e recursos existentes no concelho, no âmbito dos agentes de intervenção pri-mária, municipais, freguesias e das empre-sas privadas.

Após a aprovação do Plano Municipal de Emergência e a sua publicação em Diário da República, dentro de 180 dias, será feito um exercício para testar o Plano, que será planeado e executado pelo Serviço Munici-pal de Proteção Civil de Montijo.

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Boas Festas