benzeno revisão
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Benzeno – Alterações Hematológicas
Introdução
A portaria 776 do Ministério da Saúde
publicada em Abril de 2004 regulamenta
as ações de saúde e fluxograma de
acompanhamento dos trabalhadores
expostos ocupacionalmente ao Benzeno.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
O Benzeno é um agente tóxico a Medula
óssea, cancerígeno mesmo em baixas
concentrações.
Não existem sinais ou sintomas
patognomônicos da intoxicação.
Benzenismo pode ser agudo ou crônico.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Benzenismo agudo é quando ocorre a
exposição a altas concentrações e os sinais
predominantes são neurológicos. São eles
sonolência, tonturas,dor de cabeça,dificuldade
respiratória, tremores, convulsão , e o coma.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Benzenismo crônico quando ocorre a
exposição a baixas concentrações de
maneira crônica. São as alterações
hematológicas devidas a lesão do tecido
da medula óssea.
Estudos têm demonstrado alterações
hematológicas em trabalhadores expostos
a níveis inferiores a 1 ppm.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Hemograma
É um dos principais instrumentos laboratoriais para se detectar as alterações hematológicas da toxicidade crônica do Benzeno.
A metodologia deve ser a mais atual, pois surgiram novas tecnologias com o passar do tempo que influenciaram na avaliação das séries históricas.
Benzeno – Alterações
Hematológicas Recomenda-se o uso das metodologias
de impedanciometria, dispersão de laser e
citometria de fluxo para análise do
hemograma.
A contagem dos reticulócitos deve ser por
metodologia eletrônica.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Os exames devem ser organizados na
forma de série histórica para permitir uma
comparação sistemática.
Os valores de referência do Hemograma
para a análise são os do próprio indivíduo
em período prévio à exposição
ocupacional.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
As alterações podem ocorrer:
glóbulos brancos ( Leucócitos) e esta
associadas as diminuições das contagens.
Glóbulos vermelhos ( Hemácias) e estão
associadas com anemia ( diminuição) e
alterações nas formas (Macrocitose).
Plaquetas ( Diminuição).
Obs. Estar atento as pseudoplaquetopenias.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Existem uma série de enfermidades ou situações clínicas e fisiológicas que cursam com algumas das alterações descritas.
Por exemplo: doenças auto-imunes ( Reumatismo); viroses (Hepatites; Dengue;etc); alcoolismo; exposição a medicamentos( AINH;Antibióticos;etc);e a outros agentes tóxicos a medula óssea.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Uma criteriosa análise do quadro clínico e
da série histórica é fundamental para a
elaboração diagnóstica.
Não se deve considerar apenas os
resultados dos exames e deve ser
valorizada a história ocupacional.
Avaliar as monitorações ambientais e
buscar a correlação causal quando
possível.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Critérios para a investigação:
Alterações no hemograma citadas
anteriormente.
Uma vez que persistam as alterações na
série histórica e sem causas que as
justifiquem se inicia os controle
hematológicos quinzenais ( três
hemogramas).
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Investigação: Casos suspeitos.
História da Doença Atual
História Ocupacional
Série histórica dos hemogramas
Exames complementares
Estudos da medula óssea quando
necessários.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Alterações hematológicas descritas
anteriormente são confirmadas numa
nova coleta , que é repetida em média 15
dias após o primeiro exame.
Deverá realizada uma terceira coleta
também com intervalo de 15 dias para
definir os próximos passos.
Benzeno – Alterações
Hematológicas Devem ser criadas rotinas de trabalho e
controle laboratorial para realização de
processo de vigilância ocupacional dos
exames periódicos dos trabalhadores bem
como orientação para os colegas que
atendem os trabalhadores terceirizados.
Benzeno – Alterações
Hematológicas
Se houver regressão das alterações se
fará um novo controle em 60 ou 90 dias
dependendo do nível das contagens e
deverá seguir com controle trimestrais até
o retorno ao nível de normalidade do
paciente.
Mesmo retornando ao exame semestral
as contagens deverão ser avaliadas
periodicamente pelo hematologista.
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
Introdução:
O Benzeno está no meio ambiente suas maiores
fontes são: cigarro, queima de combustíveis
fósseis, queimadas, e emissões industriais.
A medida dos biomarcadores providenciam
informações da variação da absorção e
metabolismo individual e suscetibilidade para
efeitos adversos, logo são uteis para a proteção
de populações expostas.
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
As concentrações de Benzeno atmosféricosão
superiores a centenas de ug/m3 em áreas urbanas de
alta densidade de tráfico automotivo.
Altos valores ( >20 g/m3) tem sido reportados em
cidades italianas com condiçoes climáticas
desfavoráveis( Rossi,1999; Maffei,2005; Farmer,2005)
Fumantes tem em media uma carga corporal de
Benzeno 10 vezes maior que não fumantes. Estes
níveis correspondem a 90% do absorvido pelo tabaco.
(0,16 ppm) Gordon,2002.
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
Nos EUA a OSHA recomenda uma exposição media de
1 ppm, a NIOSH recomenda um nível de exposição de
0,1 ppm.
A ACCGIH recomenda um TLV de 0,5 ppm.(2012)
Na Petroquímica um VRT de 1ppm ( 3,3 mg/m3)
corresponderia a um valor de 2 mg/L (1,6 mg de ttam/g
de creatinina), considerando um valor médio de 1,2 g/L
de excreção de creatinina estabelecido pela CNBz(
Brasil, 2001).
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
O Fenol urinário tem utilidade para exposições
ocupacionais superiores a 5 ppm, porém não tem
especificidade para níveis inferiores de exposição.
Ttmco tem sido utilizado para exposições ocupacionais
até a 0,5 ppm.
Entretanto também pode sofrer interferências em baixas
concentrações decorrentes de exposição ao fumo,
tolueno, ácido sórbico, sorbato de potássio.
Os preservativos alimentares (sorbatos) estão
presentes: queijos fatiados, refrigerantes, bolos,
biscoitos industrializados, maionese, margarinas, e
molhos industrializados.
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
Ducos e Gaudin usando estudos a partir do final da década de 1980
e início de 1990, estimou que a 8 h de exposição ao benzeno ar 1
ppm resultaria em níveis que variam de ttcmo (0,5 -1,5 g / mg de
creatinina).
Scherer et al. com base em um grande número de estudos, estimou
que esta exposição resultaria em valores ttmco 1,9 g / mg
creatinina.
As dosagens laboratoriais do ttcmo sofrem variações analíticas
significativas e estudos comparativos de deiferentes serviços
mostram resultados discrepantes mesmo em amostras fracionadas,
logo baixos valores não significam necessariamente exposição e
podem ser relacionados a interferentes ou problemas analíticos.
Revisão do biomarcador
ácido trans,trans-mucônico
Fumar, absorção dérmica, e as diferenças
interlaboratoriais em ensaios têm sido
implicados como possíveis fatores explicativos.
Soluções potenciais incluem medir
simultaneamente ácido sórbico urinária e / ou
restrição dietética e tabagismo.