cefaléia cervicogênica

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CEFALÉIA CERVICOGÊNICA Dr Rafael Higashi Médico Neurologista www.estimulacaoneurologica.com. br

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Aula sobre cefaléia de origem cervical ministrado por Dr. Rafael Higashi, médico neurologista, para o departamento de neurologia do Hospital Universitário Antônio Pedro. www.estimulacaoneurologica.com.br

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Page 1: Cefaléia Cervicogênica

CEFALÉIA CERVICOGÊNICA

Dr Rafael HigashiMédico Neurologista

www.estimulacaoneurologica.com.br

Page 2: Cefaléia Cervicogênica

Definições

• Primeira publicação por Barré em 1926 (syndrome sympatique cervicale posterieur)

• Bärtschi-Rochaix W publicou em 1948 com o termo migraine cervicale

• Em 1983 Sjaastad introduz o termo Cefaléia Cervicogênica

• Critérios da SIC em 2004 (2 edição)

Page 3: Cefaléia Cervicogênica

Conceito

“ Síndrome de cefaléia originada de estruturas nociceptivas

cervical ou occiptal ”

Page 4: Cefaléia Cervicogênica

Epidemiologia

• Prevalência variável • Diferentes critérios• Bloqueio anestésico pode subestimar a

prevalência• Entre 0.7% a 13.8%

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Critérios diagnósticos• Sjaastad O, Fredriksen TA, Pfaffenrath V.

Cefaléia Cervicogênica : critério diagnóstico. Headache 1998;38:442-445.

• Sociedade Internacional de Cefaléia 2004. Classificação Internacional das Cefaléias (2 edição)

• Antonaci F, Ghirmai S, Bono S, Sandrani G, Nappi G. Cervicogenic headache. Evaluation of the original diagnostic criteria. Cephalalgia 2001

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CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PROPOSTO PELA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE CEFALÉIA 2004

A. A dor referida de uma fonte no pescoço e percebida em uma ou mais regiões da cabeça e/ou face, preenchendo os critérios C e D.

B. Há evidência clínica, laboratorial e/ou por imagem de um transtorno ou lesão na coluna cervical ou nos tecidos moles do pescoço

C. Evidência de que a dor pode ser atribuída ao transtorno ou lesão do pescoço, baseada em pelo menos uma das seguintes:

1. Demonstração de sinais clínicos que impliquem uma fonte de dor no pescoço.2. Abolição da cefaléia após um bloqueio anestésico diagnóstico de uma estrutura

cervical ou de seu suprimento nervoso, utilizando placebo ou controle adequado.D. A dor desaparece dentro de três meses após o tratamento bem-sucedido do transtorno

ou lesão caudal.

Page 7: Cefaléia Cervicogênica

Critério Resumido de Cefaléia Cervicogênica Antonaci F, Ghirmai S, Bono S, Sandrani G, Nappi G.

Cervicogenic headache. Evaluation of the original diagnostic criteria. Cephalalgia 2001:1. Unilateralidade sem lado dominante

2. Sinais e sintomas de envolvimento de pescoço: a . Dor deflagrada por: I. movimento do pescoço ou postura sustentada em extensão/ou dígito pressão na

parte posterior do pescoço ou região occipital II. Dor ipsilateral no pescoço e no braço III. Redução na amplitude de movimento3. Episódios de dor de duração variada ou dor flutuante e contínua.4. Dor moderada, não excruciante, normalmente de natureza não em pontada.5. Dor iniciando no pescoço, espalhando para a área óculo-fronto-temporal.6. Bloqueio anestésico abolindo a dor completamente ou trauma no pescoço sustentado

num período curto de tempo.7. Várias crises relacionadas a tais fenômenos: sinais e sintomas autonômicos, náusea,

vômito, edema ipsilateral e flushing em área periocular, tonteira, fotofobia, fonofobia, visão borrada em olho ipsilateral.

Page 8: Cefaléia Cervicogênica

Fisiopatologia

Page 9: Cefaléia Cervicogênica

Diagnóstico diferencial

• Hemicrania Continua • Migrânea Sem Aura• Cefaléia Tipo Tensional• Síndrome Dolorosa Miofascial

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SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL : Trigger point e tender spot :

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BANDA TENSA (PALPÁVEL) EM MÚSCULO

Banda Tensa

Fibras muscularesrelaxadas

LOCAL DE SÚBITA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Local de contração da banda

Page 12: Cefaléia Cervicogênica
Page 13: Cefaléia Cervicogênica

Journal of Back and Musculoskeletal Rehabilitation 7 (1996)107-117

Cell Membrane Damage

Phospholipids

Arachidonic Acid

Prostaglandin E Sensitizes

Nerve Endings

Bradykinin

Increased capilary Filtration

5-HtHistamin

EDEMA

Increased Sympathetic Activity Potentiates Sensitization

Afferent Fiber

EDEMA

Edema ao redor do tecido lesionado sensibiliza o nervo terminal com substâncias inflamatórias

Page 14: Cefaléia Cervicogênica

Efeito do bloqueio da pré-injeção e a técnica de agulhamento e infiltração da banda tensa

“Fibrotic core”

Nerve

Skin

Bone Normal musclefibers Trigger point

Enthesopathy(thickened, tender)

Page 15: Cefaléia Cervicogênica

Músculo Tendão

Ponto de Gatilho ou Doloroso Fibras relaxadas

Fibras de músculo em espasmo(entesopatia)

Ponto de Gatilhofibra relaxadaa

entesopatiaInfiltraçâo e agulhamento somático

Banda fibrótica

MODIFICAÇÃO FÍSICA DOS MÚSCULOS DE ACORDO COM INTERVENÇÃO EXECUTADA AO TRIGGER POINT OU TENDER SPOT: RELAXAMENTO E BLOQUEIO DE NERVO.

Palpaçâo do músculo normal em repouso: Sem dor, elástico e relaxado .

Palpaçâo do músculo normal contraído: contração uniforme do músculo

Espasmo muscular com banda tensa & trigger point ou tender Spot (vários movimentos limitados). banda tensa: consistência dura e limites por grupos de fibrasws musculares.Espasmo: aumento difuso do tônus múscular.

Relaxamento por inibiçâo recíproca (isto é, contração do antagonista) => ocorre reduçâo do espasmo, sem relaxamento da banda tensa (que se torna mais proeminente á palapaçâo) .

Após bloqueio pré-injeçâo (com Lidocaína 0.3 ml a 0.5%) há aumento no comprimento do músculo que se mostra relaxado. Banda tensa se estreita e permanece a banda fibrotica que é resistente á penetração da agulha.

Resultado após agulhamento e infiltração: desaparecimento da banda fibrótica e relaxamnto do musculo

1

1

1

1

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1

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C6

C6

C5

C6

C6

C8 C8

C8

S3S4S5

L5

L1

L2

L3

L4

S1L5

L4L4

S1

NIVEIS DOS PRINCIPAISNIVEIS DOS PRINCIPAIS DERMÁTOMOSDERMÁTOMOS

C5 ClavículaC5,6,7 Margem lateral dos membros superioresC8,11 Margem medial dos membros superiores C6 PolegarC6, 7, 8 MãoC8 Dedos anular e mínimoT4 Nível dos mamilos

T10 Nível do umbigoT12 Região inguinal ou virilhaL1, 2,3,4 Regiões anterior e medialdos membros inferioresL4,5,S1 PéL4 Margem medial do háluxS1,2, L5 Regiões posterior e lateral dos membros inferiores S1 Margem lateral do pée dedo mínimoS2, 3,4 Períneo

DERMÁTOMDERMÁTOMOO

Conceito da senssibilização espinhal

Page 17: Cefaléia Cervicogênica

FISIOPATOLOGIA DO SEGMENTO ESPINHAL SENSIBILIZADO

Page 18: Cefaléia Cervicogênica

Bloqueio Interespinhoso

Dessensibilização doEspaço paraespinhoso

Dermátomocorrespondente

Bloqueio paraespinhoso no segmento sensibilizado

Page 19: Cefaléia Cervicogênica

APÓS BLOQUEIO NO SEGMENTO ESPINHAL CORRESPONDENTE

Page 20: Cefaléia Cervicogênica
Page 21: Cefaléia Cervicogênica

Tratamento

• Drogas• Bloqueio do nervo occiptal maior• Técnicas de injeção• Terapia invasiva• Fisioterpia: Terapia Manual , TENS

Page 22: Cefaléia Cervicogênica

Drogas

• Paracetamol• AINES• Opióides• Infliximab (TNF-alfa)• Relaxantes musculares

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Bloqueio do nervo occiptal maior

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Page 25: Cefaléia Cervicogênica

Técnicas especiais de injeção

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Fisioterapia

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Tratamentos invasivos__________

Bloqueio da articulação zigoapofisárioBloqueio do nervo segmentarBloqueio do disco intervertebralDescompressão vascular de C2Neurólise do nervo occiptal maiorRadiofrequência do ramo dorsal de C3-C7

Page 28: Cefaléia Cervicogênica

Obrigado pela atenção !

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