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UNIDADE CURRICULAR - ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
6.º Ano do Mestrado Integrado em Medicina
Ano Letivo 2015/2016
Gonçalo Telo Rasquilha Vaz Pinto
Nº de aluno: 2008086
NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas
Universidade NOVA de Lisboa
Relatório Final de Estágio – Gonçalo Telo Rasquilha Vaz Pinto Página 2
ÍNDICE Introdução.…………………………………………….………………………………….. 3
Objetivos………………………………………………………………………………...... 3
Descrição dos Estágios Parcelares
Saúde Mental……………………………………………………………………….... 4
Medicina Geral e Familiar……………………………………………………….….. 4
Pediatria…………………………………………………………………………….... 4
Ginecologia e Obstetrícia…………………………………………………….…….. 5
Cirurgia…………………………………………………………............................... 6
Medicina………………...………………………………........................................ 6
Preparação para a Prática Clínica: Integração de Conhecimentos………………... 7
Atividades Extracurriculares……………………………………………………………. 7
Reflexão Crítica………………………………………………………………………….. 8
Anexos…………………………………………………………………………………... 11
Relatório Final de Estágio – Gonçalo Telo Rasquilha Vaz Pinto Página 3
INTRODUÇÃO
O presente relatório insere-se no âmbito do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Faculdade
de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (FCM-UNL) e tem como intuito apresentar,
de forma sucinta e objetiva, o conjunto de atividades desenvolvidas ao longo do Estágio
Profissionalizante do 6º ano, bem como adotar uma atitude crítica em relação ao mesmo.
Está dividido em seis secções – Introdução, onde são explicitados os objetivos do relatório;
Objetivos, em que se estabelece os objetivos propostos no início do ano letivo; Descrição dos
Estágios Parcelares, que percorre e aprecia as atividades realizadas e os seus benefícios;
Atividades Extracurriculares, que sublinha atividades complementares à minha formação;
Reflexão Crítica, na qual o aluno avalia o cumprimento dos objetivos a que se propôs e o seu
percurso académico e pessoal; e Anexos.
OBJECTIVOS
Seguem-se os objetivos pessoais deste ano letivo a que me propus após alguma reflexão e após
a leitura do texto O Licenciado Médico em Portugal:
Desenvolver competências indispensáveis ao exercício profissional da Medicina - colheita
de dados, elaboração do raciocínio médico e tomada de decisões clínicas – consolidando
conhecimentos a nível diagnóstico e terapêutico;
Aprofundar competências de autonomia, integrado na dinâmica de funcionamento de uma
equipa médica multidisciplinar;
Praticar a capacidade de comunicação adequada à particularidade de cada doente, família,
pessoal médico e outros profissionais;
Desenvolver a capacidade de abordar o doente na vertente biopsicossocial, aplicando
princípios éticos e científicos na prática médica diária;
Aprender a lidar com a responsabilidade de ser Médico, sempre conhecendo os meus
limites, procurando sempre corrigir e reforçar as áreas de atuação em que não me sinto tão
confortável ou em que preciso de melhorar.
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DESCRIÇÃO DOS ESTÁGIOS PARCELARES
SAÚDE MENTAL 14 de Setembro - 9 de Outubro de 2015
O estágio de Saúde Mental estava dividido em duas componentes: em primeiro, a componente
teórico-prática, que se realizou no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, mais especificamente
no Serviço Comunitário de Psiquiatria em Queluz, onde estive sob a tutelagem do Dr. Júlio Santos
e da Dr.ª Patrícia Gonçalves. A segunda componente foi a participação ativa num trabalho de
investigação no âmbito da psiquiatria liderado pelo Professor Doutor Fernando Miguel Teixeira
Xavier. Ao meu grupo calhou o tema “Utilização de guidelines em serviços de psiquiatria e saúde
mental”.
As atividades incluíram aulas teórico-práticas, Consulta Externa no Serviço Comunitário de
Queluz, Sessões Clínicas, Reuniões de Serviço e idas ao Serviço de Urgências.
Tive como objetivos específicos a revisão das principais classes farmacológicas utilizadas em
Saúde Mental, e também saber reconhecer emergências psiquiátricas, identificar situações
individuais e sociais de risco e diferenciar sintomas de perturbação psiquiátrica do funcionamento
individual normal.
MEDICINA GERAL E FAMILIAR 12 de Outubro – 6 de Novembro de 2015
O estágio de Medicina Geral e Familiar teve lugar na USF São Domingos de Gusmão, em São
Domingos de Rana, sob a orientação da Dr.ª Conceição Félix Machado e regência da Professora
Doutora Isabel Santos. Assisti e acompanhei a Consulta de Adultos, de Saúde Materna e
Planeamento Familiar e de Saúde Infantil. A colaboração ativa na prestação de cuidados de saúde
integrados, continuados e globais revelou-se decisiva para o cumprimento das metas
estabelecidas.
PEDIATRIA 9 de Novembro – 4 de Dezembro de 2015
O estágio de Pediatria teve lugar na Unidade de Infeciologia no Hospital de Dona Estefânia do
Centro Hospitalar de Lisboa Central – e foi orientado pela Dr.ª Flora Candeias. Na Enfermaria, tive
oportunidade de auxiliar a equipa médica na sua atividade assistencial diária, quer participando
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na colheita de anamnese e realização de exame físico, quer redigindo Notas de Entrada e de Alta
de doentes e uma História Clínica. A Unidade de Infeciologia como enfermaria tem as mais
diversas patologias e destaco a possibilidade de contactar com doenças ainda não conhecidas,
como o Síndrome de Kikuchi, Doença de Kawasaki, Síndrome de PAPA, Esclerose Tuberosa,
entre outras. Também foi possível assistir à Consulta de Imunodeficiência, que foi dedicado
essencialmente à abordagem do doente infetado por VIH, desde o recém-nascido até aos 18 anos.
A grande diversidade de patologias observadas foi muitíssimo enriquecedora, bem como o
contacto com a área de Imunoalergologia. O grande objetivo traçado foi praticar e consolidar a
construção da relação médico-doente e realização do exame objetivo, adequando-o à faixa etária
específica. No Seminário do final do estágio apresentei o tema “Tiques na Infância”
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 7 de Dezembro de 2015 - 15 de Janeiro de 2016
O estágio decorreu no Hospital São Francisco Xavier do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental,
com duas tutoras, a Dr.ª Lurdes Gonçalves e a Dr.ª Nhalim Sánhá. A Coordenadora do estágio é
a Professora Doutora Teresa Ventura. O estágio teve várias componentes de passagem
obrigatórias, nomeadamente: Consulta de Ginecologia, Bloco Operatório, Serviço de Urgência,
Enfermaria de Ginecologia e Obstetrícia, Consulta de Diagnostico Pré-Natal, Ecografias,
Consultas de Gravidez de Alto Risco e Consulta de Patologia do Colo. Na última terça-feira do
estágio apresentei um trabalho em grupo – “CTG – FIGO Consensus Guidelines for Intrapartum
Fetal Monitoring”.
Tive como objetivos específicos do estágio: identificar problemas que impliquem referenciação à
Ginecologia/Obstetrícia, já que é da responsabilidade de qualquer clínico o diagnóstico precoce e
a sensibilização para a prevenção; compreender o desenvolvimento fetal normal e ter capacidade
de identificar as principais situações patológicas da saúde materno-fetal, bem como as principais
particularidades terapêuticas na mulher grávida; aperfeiçoar e melhor compreender a
comunicação e relação médico-doente no contexto da Ginecologia/Obstetrícia e todas as
particularidades inerentes à mesma.
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CIRURGIA 25 de Janeiro – 18 de Março de 2016
O estágio de Cirurgia realizou-se no Hospital Beatriz Ângelo, sob a regência do Professor Doutor
Rui Maio e sob a tutelagem do Dr. Pedro Amado. O estágio teve a duração de oito semanas:
quatro semanas na Cirurgia geral, uma semana de sessões teórico-práticas, duas semanas de
especialidade opcional (Cuidados Intensivos) e ainda uma semana no Serviço de Urgências.
Ainda dentro das quatro semanas de Cirurgia Geral estivemos divididos entre a Consulta Externa,
o Bloco Operatório e a Enfermaria. O último dia foi reservado para a apresentação de trabalhos
por parte dos alunos no Mini-Congresso, onde apresentei um trabalho intitulado “Se é para
erradicar, erradica!”, sobre um caso clínico de perfuração de uma úlcera péptica.
Tive como objetivos específicos para este estágio aprender a distinguir sinais e sintomas de
alarme na patologia cirúrgica; observar e realizar procedimentos cirúrgicos básicos, tendo em
mente a obtenção progressiva de autonomia; observar e reconhecer as técnicas cirúrgicas mais
utilizadas.
MEDICINA 28 de Março – 20 de Maio de 2016
Este estágio teve uma duração de 8 semanas e decorreu no Serviço 7.2 de Medicina Interna do
Hospital Curry Cabral, CHLC, sob a orientação da Dra. Heidi Gruner e regência do Professor
Doutor Fernando Nolasco. No mesmo pretendeu-se o aprofundamento e consolidação de
competências obtidas nos cinco anos anteriores, nomeadamente responder às necessidades dos
doentes de um modo abrangente, desde o diagnóstico da doença até ao tratamento, prevenção
de complicações e prognóstico, não só no contexto do internamento, mas também no Serviço de
Urgências.
Ao longo deste estágio foi possível assistir a diversas sessões teóricas, tais como seminários na
NMS/FCM-UNL, aulas teórico-práticas no Hospital Curry Cabral, CHLC, sessões clínicas do
Serviço 7.2 de Medicina Interna, bem como assistir a workshops/módulos organizados por
membros do mesmo serviço. Por último, na sessão da última semana, apresentei um trabalho em
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grupo sobre a revisão teórico-prática da DPOC feita pela GOLD em finais de 2015 – “DPOC –
Uma revisão sistemática”.
A nível de objetivos específicos propostos para este estágio, destaco: reconhecer e saber atuar
perante as situações clínicas mais prevalentes e de maior gravidade na população Portuguesa,
bem como identificar apropriadamente as situações clínicas que requerem referenciação.
PREPARAÇÃO PARA A PRÁTICA CLÍNICA
A Unidade Curricular de PPC é constituída por sessões multidisciplinares que têm como meta o
desenvolvimento do raciocínio clínico por parte dos alunos e a integração de conhecimentos
transversais a várias áreas da Medicina. A interação promovida tem, incontornavelmente, um
papel importante na aproximação dos alunos à prática clínica futura.
ACTIVIDADES EXTRA CURRICULARES
Estágio opcional no Serviço de Cirurgia Oral e Maxilo-Facial do Hospital de São José,
CHLC. Maio - Junho de 2016.
Presença frequente (semanal) no Bloco Operatório de Ortopedia do Hospital da Luz, na
função de primeiro ou segundo ajudante, desde 2013.
Integração de um trabalho de investigação “Use of noninvasive ventilation in the elderly, in
an Internal Medicine Ward”, com submissão do artigo para apresentação no 12º
International Congress of the European Union Geriatric Medicine Society em Outubro 2016.
“Curso de Emergências Intra-Hospitalares” – organizado pelo Serviço de Medicina Interna
7.2 do Hospital Curry Cabral, CHLC, serviu para rever alguns conceitos teórico-práticos
essenciais. Maio de 2016.
Participação nas IIIªs Jornadas do ACES de Cascais – “NA ERA DOS INDICADORES:
SAÚDE ROBÓTICA? As pessoas e a comunidade no centro do sistema”. 28 de Outubro de
2015.
“ECGenius” - Formação de aprofundamento de conceitos chave do ECG.
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Participante em sessões de “Medicina Comunicativa” – conceito introduzido por uma
médica Brasileira de visita a Portugal, com o objetivo de transmitir a ideia de que podemos
e devemos sempre tentar arranjar melhores formas de comunicar com os doentes e os
seus familiares. Focou-se muito na escrita criativa e na forma como cada um interpretava
certas situações. Abril e Maio de 2016.
Membro da Direção Nacional do Camtil, associação de campos de férias de verão, desde
2014. Responsável pela formação de animadores/monitores, incluindo, entre outros
momentos de formação, a delineação e apresentação de um curso de primeiros socorros
para cerca de 150 pessoas.
REFLEXÃO CRÍTICA
No documento O Licenciado Médico em Portugal pode ler-se que a finalidade da educação médica
pré-graduada é ajudar (…) a adquirir um adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões que
lhe permita tornar-se um médico fortemente empenhado nas bases científicas da arte da Medicina,
nos princípios éticos, na abordagem humanista (…) e no aperfeiçoamento ao longo da vida das
suas próprias capacidades (…). Acredito que o Estágio Profissionalizante (EP) representa isto
mesmo – uma integração holística nas equipas médicas docentes para tornar-me mais habilitado
para lidar com as situações que irei encontrar no futuro enquanto médico, construindo as
fundações necessárias para a prática que irei desenvolver ao longo da vida. Uma vez terminado
o EP, impõe-se uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido.
A nível dos objetivos propostos, acredito terem sido cumpridos na sua grande maioria. Houve uma
tentativa de aperfeiçoar competências técnicas e da elaboração do raciocínio médico e tomada de
decisões clínicas, sabendo, no entanto, que existem falhas por corrigir sobretudo a nível da
prescrição terapêutica farmacológica. A nível de autonomia sinto que dei passos importantes, no
entanto, sempre consciente das minhas limitações e necessidade de supervisão para garantir uma
continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Sinto igualmente, que dei passos
importantes no que diz respeito ao trabalho integrado em equipa e à comunicação adequada, por
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ter-me sentido verdadeiramente integrado em alguns serviços e por isso obrigado a interagir com
os profissionais que me rodeavam. Em todos os estágios senti que fui ajudado a desenvolver a
capacidade de abordar os doentes na vertente biopsicossocial, havendo espaço também para
aplicar princípios éticos e científicos quando necessário.
Em Saúde Mental destaco a oportunidade que tive de ver um doente com doença Esquizofrénica
internado compulsivamente ao abrigo da Lei da Saúde Mental, obrigando-me a uma reflexão
posterior sobre o impacto das decisões medicas, pequenas ou grandes, na vida dos doentes. O
estágio foi especialmente importante para perceber o quão transversal é a Saúde Mental em
relação às outras especialidades. Por sua vez, a Medicina Geral e Familiar permitiu aprofundar o
conhecimento da organização e papel fulcral dos Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente
na antecipação da doença e na gestão dos cuidados de saúde a nível geral. A Pediatria revelou-
se sobretudo pela existência de patologias e gestos clínicos básicos e específicos que devem
fazer parte da formação médica geral de qualquer médico. O contacto com doentes infetados com
o VIH sublinhou a (ainda) existência de muitos preconceitos errados sobre quem sofre da doença
e a necessidade de educar a população geral. Em relação ao estágio de Ginecologia/Obstetrícia
gostava de destacar a Consulta de Diagnóstico Pré-Natal, aonde percebi que a
educação/informação junto da população é uma medida extraordinariamente necessária e,
mesmo não sendo possível prevenir algumas doenças, pode dar tempo aos pais para tomarem
decisões e adaptarem-se a realidades importantes. O estágio de Cirurgia demonstrou que é
preciso muita sensibilidade no trato dos doentes e na valorização (ou não) de alguns sinais
clínicos, e uma enorme capacidade de adaptação, conforme cada doente que se encontra na
mesa do bloco operatório. No entanto, por ser uma especialidade realmente interventiva, e sendo
que ainda não possuímos conhecimentos detalhados sobre técnicas cirúrgicas, muitas vezes fica
difícil a nossa participação. No estágio de Medicina acho que uma grande mais-valia foi a visão
da dimensão social da medicina que observei. Cada vez mais reparei a importância de ter uma
visão holística sobre os doentes, sobretudo nos idosos, e a realidade socioeconómica que alguns
doentes enfrentam. Há também dois momentos que destaco pela confiança e orgulho que me
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trouxeram. Em primeiro, ter recebido uma oferta por parte de um doente, que penso não ser normal
nesta fase da carreira médica. Recebi uma garrafa de vinho, que apesar de não parecer muito,
fez-me sentir orgulhoso e sentir que fui importante no processo de recuperação daquele doente.
Em segundo lugar, houve outro doente que segui de perto na enfermaria, que após a sua alta
escreveu uma carta de agradecimento ao Ministério da Saúde (em anexo).
No entanto, devo destacar, acima de tudo, a visão humanística da medicina a que fui exposto
durante o EP. A maior interação com os doentes, as suas famílias e as suas condições sociais
permitiu esta exposição e serviu como enorme plataforma de aprendizagem. A abordagem
holística do doente permite desenvolver uma maior complexidade na relação médico-doente e
como consequência existe sempre beneficio para o doente. Acredito verdadeiramente que a
aposta na entrega genuína e profissional aos doentes é a base da nossa profissão.
Para ser um bom profissional, para além da obvia componente teórico-prática aperfeiçoada,
considero também necessária uma formação complementar nos diferentes domínios da vida social
e humana. Fazer parte do Camtil foi para mim muito importante neste aspeto. Foi através das
inúmeras atividades e exercícios que pude cimentar aspetos da minha personalidade e consolidar
bem a maneira como estou integrado na sociedade, reconhecendo tanto as minhas qualidades
mas também os meus defeitos.
Considero este capítulo do curso aquele que mais me marcou e que mais importância teve para
a minha formação enquanto médico, e também como pessoa. A convivência diária com os doentes
e as variadas patologias ajudou-me a desenvolver competências para a construção de uma boa
relação-médico doente, e ajudou-me a refletir sobre vários conceitos inerentes à ética médica,
como por exemplo o conceito de qualidade de vida versus longevidade. Mais importante que tudo
isto, levo comigo competências humanas e éticas que com certeza farão de mim melhor médico
no futuro, praticando sempre uma medicina centrada no doente. Há uma célebre frase da autoria
de um padre Jesuíta, Pe. Amadeu Pinto, que dizia “ Fazer o bem, bem feito”. Levo comigo esta
máxima, que de certa forma reflete a formação que recebi na NMS/FCM-UNL, sabendo que ainda
tenho um longo caminho pela frente mas que continuo sempre motivado e exigente.
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ANEXOS
Abstract submetido para apresentação no 12º International Congress of the European Union
Geriatric Medicine Society em Outubro 2016
Abstract title: Use of noninvasive ventilation in the elderly, in an Internal Medicine Ward
Author/s: I. Figueiredo, S. Guerreiro Castro, FG. Magalhães, G. Vaz Pinto, A. Mateus, I. Fonseca,
L. Guerra, P. Pacheco, M. Antunes, H. Gruner, A. Panarra
Organization/s: Serviço Medicina 7.2 – Hospital Curry Cabral, CHLC
Abstract:
Introduction: Noninvasive ventilation (NIV) is frequently used for the management of acute
respiratory failure (ARF) in elderly patients, often in the context of a do-not-intubate order (DNI).
Methods: A retrospective descriptive study of the elderly patients (>65 years) admitted to the
medical ward of a tertiary hospital during a 3-month period in two consecutive years, managed with
NIV. Characterization made according to age, gender, functional status, underlying pathology,
medication and one-year survival/readmission.
Results: Of the 456 patients admitted, 18 (3.95%) received NIV. Among these, 44.4% were
>80years old, 33.3% female, 83.3%lived at home, 22.2% were independent for activities of daily
living and 50% were previously on long term NIV. The average number of prescribed drugs at
admission was 9.4 and at discharge 10.3. The average Charlson index was 10.6.
One-year mortality was 25% in patients with >80years and 50% in patients <80years. Among the
discharged patients 88.9% were discharged on NIV. There were 66.7% readmissions at one-year
due to worsening of the respiratory symptoms.
Discussion: The sample was small sized. However the mortality rate was higher in the patients
with ≤80 years, with a lower average Charlson index 9,4 vs.11,4 and lower number of prescribed
drugs 6,5 vs.11 but with higher dependency level.
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Carta de agradecimento enviada ao Ministério da Saúde
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Capa e Índice da apresentação “Curso de Ensino de Socorros para Animadores Responsáveis”