síndrome de guillain-barré

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Série Artigos Comentados

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Health & Medicine


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Guideline sobre a síndrome de Guillain-Barré. Aborda as melhores práticas de diagnóstico e tratamento da doença. Informações extremamente úteis para a prática clínica.

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Page 1: Síndrome de Guillain-Barré

Série Artigos Comentados

Page 2: Síndrome de Guillain-Barré

Série Artigos Comentados

Síndrome de Guillain-Barré

Consultor

Dr. Renato Anghinah

Produção e edição

Ankol Educação Continuada

Imagem de abertura do artigo

FreeDigitalPhotos.net

O artigo aqui apresentado é de propriedade e autoria de suas respectivas

editoras e autores.

Ankol © Copyrigth 2012 - Todos os direitos reservados

Page 3: Síndrome de Guillain-Barré

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas

Consultores: Schestatsky P,Torres VF, Moreira LB, Krug BC e Amaral KM

Baseado na Portaria SAS do Ministério da Saúde. Dez. de 2009

Síndrome de Guillain-Barré

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Page 4: Síndrome de Guillain-Barré

• Maior causa de paralisia flácida generalizada do mundo;

• Incidência anual: 1-4 por 100.000 habitantes;

• Pico: 20 a 40 anos de idade.

Síndrome de Guillain-Barré

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Page 5: Síndrome de Guillain-Barré

Doença de caráter autoimune

Acomete principalmente a Mielina

Predomínio na porção proximal dos nervos periféricos

Forma aguda e subaguda

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Page 6: Síndrome de Guillain-Barré

60 a 70 % dos pacientes apresentam alguma

doença aguda precedente ( 1 a 3 semanas antes).

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Page 7: Síndrome de Guillain-Barré

• Campylobacter jejuni (32%), Citomegalovirus (13%), Epstein Barr (10%) e outras infecções virais ( hepatite, influenza, HIV).

• Cirurgias, imunização e gravidez.

Infecções mais

frequentes

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Page 8: Síndrome de Guillain-Barré

• Queixa de parestesias nas extremidades distais de MMII. Dor neuropática lombar ou em MMII (50%).

• Fraqueza progressiva ascendente (MMII; MMSS,Tronco, cabeça e pescoço).

• Intensidade dos sintomas leve até tetraparesia com necessidade de ventilação mecânica.

Apresentação clínica

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Page 9: Síndrome de Guillain-Barré

• Distúrbio autonômico podem ocorrer arritmias cardíacas;

• Monitoramento da frequência cardíaca. Apresentação clínica

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Page 10: Síndrome de Guillain-Barré

94% - até 4 semanas

80 a 92% - até 3 semanas

50 a 70% - até 2 semanas

A progressão do quadro clínico ocorre geralmente

em 2 a 4 semanas:

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Page 11: Síndrome de Guillain-Barré

• Aproximadamente 30% dos pacientes necessidade de ventilação mecânica.

• Taxa de morte ( muitas vezes por falta de suporte adequado) 5 a 7%.

• Piora evolutiva dos sintomas por mais de 8 semanas EXCLUI o diagnóstico de Guillain-Barré.

Atenção!

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Page 12: Síndrome de Guillain-Barré

• Fase de estabilização (dias, semanas) após atingir o topo de piora do quadro.

• Recuperação gradual da motricidade pode levar meses.

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Page 13: Síndrome de Guillain-Barré

• Apenas cerca de 15% dos pacientes tem melhora total;

• 5 - 10% sequelas sensitivas e/ou motoras incapacitantes.

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Page 14: Síndrome de Guillain-Barré

• Idade > 50 anos;

• Diarreia precedendo o quadro;

• Evolução rápida ( menos de 7 dias).

• O prognóstico é melhor nas crianças

• Repetição do quadro ocorre em apenas 3% dos casos

Fatores de mal

prognóstico

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Page 15: Síndrome de Guillain-Barré

Diagnóstico Laboratorial

• Aumenta a proteinorraquia sem termos pleiocitose ou pequeno número de células mononucleares.

• Este achado é mais evidente após a 2ª semana (80% dos

casos)

• Na primeira semana podemos ter um maior número de pacientes com líquor normal

Líquor : dissociação

proteíno-citológica

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Page 16: Síndrome de Guillain-Barré

• Pode ser normal ou após a segunda semana aumento de latências distais, diminuição de velocidade de condução, onda-F prolongada e bloqueios de condução.

• O importante nestes achados é que geralmente são simétricos e

multifocais.

ENMG

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Page 17: Síndrome de Guillain-Barré

Tratamento

• 1- Antecipação e manejo das comorbidades associadas.

• 2- Tratamento da progressão dos sinais e sintomas.

Não é necessário tratamento de manutenção fora da fase aguda

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Page 18: Síndrome de Guillain-Barré

Tratamento específico

• Para correta indicação precisamos saber o nível de gravidade da doença.

• Utilizamos a classificação proposta por Hughes (Lancet 1978:750-3).

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Page 19: Síndrome de Guillain-Barré

Classificação proposta por Hughes

0- Saudável

1- Sinais e sintomas menores de neuropatia, mas capaz de realizar tarefas manuais

2- Apto a caminhar sem auxílio da bengala, mas incapaz de realizar tarefas manuais

3-Capaz de caminhar somente com bengala ou suporte

4- Confinado a cama ou cadeira de rodas

5- Necessita de ventilação assistida

6- Morte

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Page 20: Síndrome de Guillain-Barré

Tratamento específico

Glicocorticoides- não está indicado

Imunoglobulina humana (IGIV) – tratamento de escolha. Tem eficácia semelhante a plasmaférese, com menores complicações.

Plasmaférese – indicado para casos moderados a grave ( Hughes 3 a 6), principalmente nos 7 primeiros dias . Há melhora na capacidade de deambular.

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