a bem aventurança da eleição de deus, por doutrina eleição, cap. 10 - arthur walkignton pink

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Traduzido do original em InglêsThe Doctrine of Election

By A. W. Pink

A presente tradução consiste somente no Capítulo 10, Its Blessedness, da obra supracitada

Via: PBMinistries.org(Providence Baptist Ministries)

Tradução por Camila AlmeidaRevisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão AlmeidaCorrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissãodo ministério Providence Baptist Ministries, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdonem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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A Bem-Aventurança da Eleição de DeusArthur Walkington Pink

[Capítulo 10 do livro The Doctrine of Election • Editado]

Em primeiro lugar, a doutrina da eleição magnifica o caráter de Deus. Ela exemplifica a Suagraça. A eleição torna conhecido o fato de que a salvação é dom gratuito de Deus, gratuita-mente concedido a quem Ele quer. Isso deve ser assim, pois aqueles que a recebem sãoeles próprios não diferentes e nem melhores do que aqueles que não a recebem. A eleiçãopermite que alguns vão para o inferno, para mostrar que todos mereciam morrer. Mas agraça vem como um arrastão e atrai de uma humanidade arruinada um pequeno rebanho,para ser por toda a eternidade o monumento de soberana misericórdia de Deus. Ela exibeSua onipotência. A eleição torna conhecido o fato de que Deus é todo-poderoso, governan-do e reinando sobre a terra, e declara que ninguém pode resistir com êxito à Sua vontadeou frustrar Seus propósitos secretos. A eleição revela Deus quebrando a oposição docoração humano, subjugando a inimizade da mente carnal, e com poder irresistível atraindoos Seus escolhidos para Cristo. A eleição confessa que “nós O amamos porque Ele nosamou primeiro”, e que nós cremos, porque Ele nos fez mui voluntários no dia do Seu poder

(Salmos 110:3).

A doutrina da eleição atribui toda a glória a Deus. Ela não permite qualquer crédito para acriatura. Ela nega que o não-regenerado seja capaz de predizer um pensamento reto, geraruma afeição correta ou originar uma volição certa. Ela insiste que Deus deve operar em nóstanto o querer como o efetuar. Ela declara que o arrependimento e a fé são eles própriosdons de Deus, e não algo que o pecador contribui para o preço da sua salvação. Sua lingua-gem é: “Não a nós, SENHOR, não a nós”, mas “Àquele que nos amou e nos lavou de nos-sos pecados em seu próprio sangue”. Esses parágrafos foram escritos por nós há quase

um quarto de século, desde então, e até o dia de hoje nós nem os rescindimos nem osmodificamos.

O Senhor faz distinções entre os homens culpados de acordo com a soberania de Suagraça. “Porque eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudolhe tirarei. Mas da casa de Judá me compadecerei”. Judá não havia pecado também?

Não poderia o Senhor ter desistido de Judá? Na verdade, Ele poderia justamente tê-lo feito, mas Ele se deleita na benignidade. Muitos pecaram, e justamente trouxeramsobre si mesmos o castigo devido pelo pecado: eles não creem em Cristo, e morremem seus pecados. Mas Deus tem misericórdia, de acordo com a grandeza do Seucoração, de muitos que não podem ser salvos em qualquer outro fundamento, senão

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desta misericórdia imerecida. Alegando Seu direito real, Ele diz: “Terei misericórdiade quem eu tiver misericórdia”. A prerrogativa de misericórdia é exercida pela sobe-rania de Deus, esta prerrogativa que Ele exerce, Ele concede a quem Ele quer, e Eletem o direito de fazê-lo, já que ninguém tem qualquer direito sobre Ele (C. H. Spur-

geon: “A Salvação é Propriedade do Senhor”, um Sermão em Oséias 1:7).

O que foi exposto acima torna suficientemente claro que não é coisa leve rejeitar esta parteabençoada da verdade eterna; não, é uma questão mui solene e séria fazer isso. A Palavrade Deus não nos é dada para selecionarmos e escolhermos, para destacarmos as partesque apelampara nós, e desprezar tudo o que emsi não elogia a nossa razão e sentimentos.Ela nos é dada como um todo, e por ela cada um de nós ainda será julgado. Rejeitar agrande verdade que estamos aqui tratando é o cúmulo da impiedade, repudiar a eleição deDeus é repudiar o Deus da eleição. É uma recusa a se curvar diante de Sua elevadasoberania. É o pregador corrupto opondo-se contra o santo Criador. É o orgulho presunçosoque insiste em ser o determinante de seu próprio destino. É o espírito de Lúcifer, que disse:

“Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono... Subirei sobre asalturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13-14).

Em segundo lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que tudo é importanteno plano da salvação. Considere isto, primeiro, do lado Divino. A apresentação Escritu-rística desta grande verdade é indispensável se os atos distintivosdo Deus Triuno em maté-ria de salvação devem ser reconhecidos, honrados e confessados. A salvação não procedede uma só Pessoa Divina, mas igualmente das três Pessoas Eternas. Jeová, então, orde-nou as coisas de forma que cada Um na Divindade deve ser magnificado e glorificadoigualmente. O Pai é tão real e verdadeiramente o Salvador do Cristão como é o SenhorJesus, e assim também é o Espírito Santo, note como o Pai é expressamente designado

“Deus, nosso Salvador” em Tito 3:4, como distinto de “Jesus Cristo, nosso Salvador” no

versículo 5. Mas isso é ignorado e perdido de vista, se esta doutrina preciosa for omitida. Apredestinação pertence ao Pai, a propiciação ao Filho, a regeneração ao Espírito. O Paioriginou, o Filho efetuou nossa salvação, e pelo Espírito ela é consumada. Repudiar o pri-meiro é retirar o próprio fundamento.

Considere isso, agora, do lado humano: a eleição está na própria base da esperança deum pecador. Por natureza, todos são filhos da ira. Na prática, todos se desviaram. O mundointeiro tornou-se culpado diante de Deus, todos estão expostos à ira, e se deixados a simesmos estariam envolvidos em uma ruína comum. Eles são “barro da mesma massa”, econtinuando sob a mão formadora da natureza seriam todos “vasos para desonra” (Roma-nos 9:21). Quemquer que seja salvo, é pela graça de Deus (Romanos 11:4-7). JesusCristo,o redentor dos pecadores, Ele mesmo é o Eleito, como descrito pelo profeta (Isaías 42:1).

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E todos os que alguma vez serão salvos, são eleitos nEle, dados a Ele pelo Pai, escolhidosnEle antes da fundação do mundo. Foi para realizar a salvação que Deus entregou o SeuFilho unigênito, e que Jesus Cristo assumiu a nossa natureza e deu Sua vida em resgate.

É para chamar os eleitos que as Escrituras são dadas, que os ministros são enviados, queo Evangelho é pregado, e que o Espírito Santo está aqui. É para realizar a eleição que oshomens são ensinados por Deus, atraídos pelo Pai, regenerados pelo Espírito Santo, feitosparticipantes da fé preciosa, dotados com o espírito de adoção, de oração e de santidade.É em consequência de sua eleição que os homens são feitos obedientes ao Evangelho,são santificados pelo Espírito, e tornam-se santos e irrepreensíveis diante de Deus. Se nãohouvesse eleição Divina, não haveria salvação Divina. E isso não é uma afirmação mera-mente arbitrária de nossa parte: “E como antes disse Isaías: Se o Senhor dos Exércitos nos

não deixara descendência, Teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitoscomo Gomorra” (Romanos 9:29). Pecadores perdidos não podem se salvar. Deus não tinhanenhuma obrigação de salvá-los. Se Ele Se agradou em salvar, Ele salva a quem quer.

A eleição não apenas está no fundamento da esperança de um pecador, mas tambémacompanha cada passo do progresso do Cristão para o Céu. Traz-lhe as boas novas desalvação. Ela abre seu coração para receber o Salvador. Ela é vista em cada ato de fé, emcada dever sagrado, e em cada oração eficaz. Ela o chama. Ela o vivifica em Cristo. Elaadorna a sua alma. Ela o coroa com justiça, vida e glória. Ela contém em si a garantia preci-osa que “aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”

(Filipenses 1:6). Não havia nada neles que levou Deus a escolhê-los como Seu povo; e Eleentão lida com eles, para não permitir que qualquer coisa neles ou a partir deles leve-os areverter essa escolha. Como Romanos 8:30 então definitivamente indica, a predestinaçãoenvolve glorificação e, portanto, garante o suprimento de todas as necessidades dos esco-lhidos entre os dois.

Em terceiro lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em seus elementos essen-ciais. Destacaremos três ou quatro dos principais dentre estes. Em primeiro lugar, a honrasuperlativa de ser escolhido por Deus. Em todas as escolhas que a pessoa faz, coloca umvalor sobre o escolhido. Pois, ser selecionado por um rei a um ofício, ou ser chamado paraalgum emprego pelo Estado, será algo que dará dignidade para um homem. Assim ocorrenos assuntos espirituais. Foi um elogio especial sobre Tito que ele havia sido “escolhidodas igrejas” (2 Coríntios 8:19). Mas que o grande Deus, o potentado bendito e único, esco-

lha essas criaturas miseráveis, desprezíveis, inúteis e vis como nós somos, excede todo oentendimento. Pondere em 1 Coríntios 1:26-29, e veja como isso está ali colocado. Comoa escolha de Deus deve nos maravilhar. Como ela deve nos humilhar. Observe como essa

ênfase honrosa é colocada sobre o Senhor Jesus: “Eis o meu servo, a quem escolhi”

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(Mateus 12:18); assim sobre Seus membros também: “por causa dos eleitos que escolheu”(Marcos 13:20).

Mais uma vez; a consequente excelência disso. Eles são os eleitos: os que Deus escolheu,e isso não lhes confere necessariamente uma excelência elevada, valiosa, honrosa? Osescolhidos de Deus, devem ser excelentes; é o ato de Deus que os torna assim. Observe

a ordem em 1 Pedro 2:6: “pedra angular, eleita e preciosa”, preciosa porque eleita. Pegueo mais eminente dos santos de Deus, e qual é o seu maior título e honra? Este: “Por amorde Davi, meu servo, a quem escolhi” (1 Reis 11:34). “Enviou Moisés, seu servo, e Arão, aquem escolhera” (Salmos 105:26). Paulo “este é para mim um vaso escolhido” (Atos 9:15).“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro2:9), ou seja, eleitos. Essa expressão é retirada de “sereis a minha propriedade peculiardentre todos os povos” (Êxodo 19:5). Isso implica o que é precioso a Deus: “Visto que fosteprecioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei” (Isaías 43:4).

Mais uma vez, observe a plenitude desse alto privilégio. “Bem-aventurado aquele a quemtu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios” (Salmos 65:4); sim, ele é“abençoado para sempre” (Salmos 21:6), ou como o Hebraico o apresenta: “separado parabênçãos”, isto é, separado ou nomeado para nenhuma outra coisa, senão para bênçãos.Como o Novo Testamento expressa: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,

o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;como também nos elegeu nele” (Efésios 1:3-4). Eleição, então, é a fonte do tesouro de todabem-aventurança. Os eleitos são escolhidos para uma maior aproximação e união a Deusque é possível para as criaturas, para a maior comunhão com Ele próprio. Considere tam-bém o tempo em que Ele nos escolheu, Paulo o datou: “o princípio” (2 Tessalonicenses

2:13). Deus nos amou desde que Ele era Deus, e enquanto Ele for Deus, Ele continuará anos amar. Deus é desde a eternidade e Ele continua sendo Deus pela eternidade (Salmos

90:2), e Seu amor por nós é muitíssimo antigo: “Com amor eterno te amei” [Jeremias 31:3].E o Seu amor é como Ele mesmo: sem causa, imutável, infinito.

A bem-aventurança da eleição aparece novamente na comparativa raridade dos eleitos. Aescassez de homens desfrutando algum privilégio o magnifica, como no caso da preser-

vação de Noé e sua família: “a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram” (1Pedro 3:20). Que contraste foi isso, em relação a todo o mundo “dos ímpios”, pois todospereceram! O mesmo fato e contraste foram enfatizados por Cristo em Lucas 12: “Porqueas nações do mundo buscam todas essas coisas” (v. 30), ou seja, as coisas temporais ecarnais, e Deus concede as tais para eles. Mas, em oposição a isso, o Senhor diz: “Nãotemais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” (v. 32). Seu pro-pósito era mostrar a mais grandiosa misericórdia de Deus, visto que tão poucos são reser-

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vados aos favores espirituais e eternos, enquanto todos os outros têm apenas coisasmateriais e temporais como a sua porção.

Como esse fato solene deve afetar os nossos corações. Volte seus olhos, caro leitor, sobreo mundo de hoje, e olha para ele, o que você contemplará? Você não é compelido a dizersobre a atual geração, em todas as nações semelhantemente, que Deus as deixou a cami-

nhar “em seus próprios caminhos?”. Não devemos concluir tristemente sobre os homens emulheres desta época que “todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19)? O número escas-

so dos que são de Deus, são, na verdade poucos semeados, um pequeno punhado colhidoem comparação com toda a grande safra da humanidade. E que não seja esquecido que oque aparece agora diante de nossos olhos, é apenas a realização daquilo que foi preor-denado na eternidade. Não há um Deus frustrado e derrotado no trono do universo. Ele tem

o Seu caminho “na tormenta e na tempestade” (Naum 1:3).

E mais uma vez nós dizemos o quão profundamente esse contraste surpreendente deveafetar nossos corações. “Pois alguns serem escolhidos e salvos, quando uma multidão,

sim, a generalidade dos outros devem padecer a perecer, como isso aumenta a misericór-dia e a graça da salvação para nós; pois Deus, em Sua providência ordenou muitos meiosexteriores para resgatar alguns, os quais Ele nega aos outros, que perecem. Como issodeve afetar as pessoas que são preservadas? Quanto mais quando essa é “uma tão grandesalvação” (Thomas Goodwin). Isso aparece a partir do que eram tipos e meras sombrasdisso nos tempos do Antigo Testamento, como no caso de somente a única e pequenafamília de Noé sendo poupada do dilúvio universal. Assim, também, pelo exemplo de Ló,retirado de Sodoma pela mão dos anjos. E por quê? “Sendo-lhe o Senhor misericordioso”,diz Gênesis 19:16. Observe que profundo senso e valorização que Ló teve sobre o mesmo:“Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tuamisericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida” (Gênesis 19:19).

Porém, há mais isso a ser considerado: a nossa libertação de uma condição de semelhantemiséria e ira, como a que pertence ao não-eleito, que não está mencionada nos casos

acima. Noé era “homem justo e perfeito em suas gerações” (Gênesis 6:9), e Ló era “justo”e “enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis” (2 Pedro 2:7-8). Eles não eram

culpados daqueles pecados terríveis pelos quais Deus enviou aos seus semelhantes ainundações e incêndios. Mas quando nós somos ordenados para a salvação, estamosdiante de Deus em uma condição de semelhante corrupção e culpa como toda a humani-dade. Foi apenas o decreto soberano de um Deus soberano que determinou o nosso sertrazido para fora de um estado de pecado e ira, para um estado de graça e justiça. Quãoestupenda, então, foi a misericórdia de Deus para conosco, em fazer esta diferença (1

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Coríntios 4:7) entre aqueles em quem não havia “nenhuma diferença” (Romanos 3:22)! Oh!que amor, que obediência de todo o coração, que louvor são devidos a Ele.

Em quarto lugar, a bem-aventurança dessa doutrina aparece em que uma verdadeira apre-ensão da mesma é um grande promotor da santidade. De acordo com o propósito Divino,os eleitos são destinados a uma santa vocação (2 Timóteo 1:9). Na realização desse propó-sito, eles são real e efetivamente trazidos à santidade. Deus os separa de um mundo ímpio.Ele escreve no coração deles a Sua Lei e afixa neles o Seu selo. Eles são feitos partici-pantes da natureza Divina, sendo renovados à imagem dAquele que os criou. Eles são umahabitação de Deus, seus corpos se tornam o templo do Espírito Santo, e eles são condu-zidos por Ele. Uma mudança gloriosa é, portanto, neles operada, transformando seu carátere conduta. Eles lavam as suas vestiduras e as branqueiam no sangue do Cordeiro. Paraeles, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. Esquecendo-se das coisas que atrásficam, eles prosseguem para as coisas que estão diante. Eles são reis e sacerdotes paraDeus e, ainda serão adornados com coroas de glória.

Há aqueles que, em sua ignorância, dizem que a doutrina da eleição é uma doutrina licenci-osa, que a crença nela é avaliada como algo que leva a produzir descuido e uma sensaçãode segurança enquanto se vive em pecado. Essa acusação é uma reflexão blasfema sobreo seu autor Divino. Esta verdade, como nós mostramos longamente, ocupa um lugar dedestaque na Palavra de Deus, e esta Palavra é santa, e toda ela útil para a instrução najustiça (2 Timóteo 3:16). Todos e cada um dos apóstolos criam e ensinavam essa doutrina,e eles foram os promotores de piedade e não incentivadores da vida relaxada. É verdadeque esta doutrina, como todas as outras Escrituras, pode ser pervertida por homens ímpiose colocada em mau uso, mas até agora, enquanto militando contra a verdade, isso apenasserve para demonstrar a temível extensão da depravação humana. Nós também admitimosque homens não-regenerados podem intelectualmente defender essa doutrina e, em então,firmarem-se emuma inércia fatal. Mas nósenfaticamente negamos que uma recepção dela,de coração, produzirá qualquer efeito tal como este.

Que fé, obediência, santidade são as consequências inseparáveis e frutos da eleição é ine-quivocamente claro a partir das Escrituras (Atos 13:48; Efésios 1:4; 1 Tessalonicenses 1:4-7, Tito 1:1), e temsido totalmente estabelecido por nós nos capítulosanteriores. Como podeser de outra forma? A eleição sempre envolve regeneração e santificação, e quando umaalma regenerada e santificada descobre que ela deve a sua renovação espiritual unicamen-te à soberana predestinação de Deus, o que ela pode ser, senão verdadeiramente agrade-cida e profundamente grata? E de que outra maneira ela pode expressar sua gratidão, doque em um santo caminhar de obediência frutífera? Uma apreensão do amor eterno deDeus por ela necessariamente despertará nela um amor sensível a Deus, e onde quer que

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este exista, haverá um esforço sincero para agradá-lO em todas as coisas. O fato é que umsentido espiritual da distintiva graça de Deus é o mais poderoso motivo de constrangimentopara a piedade genuína.

Se entrássemos em detalhes sobre os principais elementos da santidade neste capítulo,isso seria prorrogado por tempo indeterminado. Uma devida atenção ao fato de que nãohavia nada em nós que moveu Deus a fixar Seu coração sobre nós, e que Ele nos previucomo criaturas arruinadas e merecedores do inferno, humilhará as nossas almas comonada mais o fará. A compreensão espiritual que todos os nossos interesses estão inteira-mente à disposição de Deus, operará em nós uma submissão à Sua vontade soberanacomo nada mais pode. O fato de percebemos que Deus colocou Seu coração sobre nósdesde a eternidade, nos escolhendo para ser Seu tesouro peculiar, operará em nós umdesprezo pelo mundo. O conhecimento de que outros Cristãos são os eleitos e amados deDeus evocará amor e bondade por eles. A garantia de que o propósito eterno de Deus éimutável e assegura o suprimento de todas as nossas necessidades comunicará consolosólido em cada tribulação.

Sola Scriptura!Sola Gratia!Sola Fide!

Solus Christus!Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’CheyneAdoração — A. W. PinkAgonia de Cristo — J. EdwardsBatismo, O — John GillBatismo de Crentes por Imersão, Um DistintivoNeotestamentário e Batista — William R. DowningBênçãos do Pacto — C. H. SpurgeonBiografia de A. W. Pink, Uma — Erroll HulseCarta de George Whitefield a John Wesley Sobre aDoutrina da EleiçãoCessacionismo, Provando que os Dons CarismáticosCessaram — Peter MastersComo Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção daEleição — A. W. PinkComo Ser uma Mulher de Deus? — Paul WasherComo Toda a Doutrina da Predestinação é corrompidapelos Arminianos — J. OwenConfissão de Fé Batista de 1689Conversão — John GillCristo É Tudo Em Todos — Jeremiah BurroughsCristo, Totalmente Desejável — John FlavelDefesa do Calvinismo, Uma — C. H. SpurgeonDeus Salva Quem Ele Quer! — J. EdwardsDiscipulado no T empo dos Puritanos, O — W. BevinsDoutrina da Eleição, A — A. W. PinkEleição & Vocação — R. M. M’CheyneEleição Particular — C. H. SpurgeonEspecial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —J. OwenEvangelismo Moderno — A. W. PinkExcelência de Cristo, A — J. EdwardsGloriosa Predestinação, A — C. H. SpurgeonGuia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. PinkIgrejas do Novo Testamento — A. W. PinkIn Memoriam, a Canção dos Suspiros — SusannahSpurgeonIncomparável Excelência e Santidade de Deus, A —Jeremiah BurroughsInfinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvaçãodos Pecadores, A — A. W. PinkJesus! – C. H. SpurgeonJustificação,PropiciaçãoeDeclaração —C.H.SpurgeonLivre Graça, A — C. H. SpurgeonMarcas de Uma Verdadeira Conversão — G. WhitefieldMito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. ChantryNatureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink Oração — Thomas Watson Pacto da Graça, O — Mike Renihan Paixão de Cristo, A — Thomas Adams Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston Plenitude do Mediador, A — John Gill Porção do Ímpios, A — J. Edwards Pregação Chocante — Paul Washer Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon Sangue, O — C. H. Spurgeon Semper Idem — Thomas Adams Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards Sobre aNossa Conversão a Deuse Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 41

2Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,3

4

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória5

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.6

Porque Deus,que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

7

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.8

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.9

Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;10

Trazendo semprepor toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos;11

E assim nós, que vivemos, estamos sempreentregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal.12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.13

E temosportanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos.14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitarátambém por Jesus, e nos apresentará convosco.

15Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória deDeus.

16Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia.17

Porque a nossa leve e momentânea tribulaçãoproduz para nós um peso eterno de glória mui excelente;

18Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que senão veem são eternas.