palavras clandestinas

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PALAVRAS CLANDESTINAS (+_+). 1

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poesia. ou vômito. apenas palavras. ou apenas significados. descubra. amém. (+_+).

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Page 1: Palavras Clandestinas

PALAVRAS CLANDESTINAS

(+_+).

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Page 2: Palavras Clandestinas
Page 3: Palavras Clandestinas

Eu não espero nada deste livreto (mentira).É apenas uma experiência. (verdade)Goste você ou não eu não me importarei. (mentira)Sejam aceitas ou não as palavras e idéias contidas aqui, continuarei a cuspi-las vomitá-las, sim, todos aqueles pensares e sentires que não pude digerir, enfim, por pra fora... Mesmo se sob minhas costas um julgo de censura e tortura vier, continuarei, sem arredar o pé! (muito, muito improvável, mas vá saber).Enfim, espero com este pequeno texto de início ter me livrado de toda e qualquer responsabilidade que possa pesar e ferir meu ego inflamável. Por isso não me venham criticar! (mas aceito sugestões)Se desejar engolir isso ou não é por tua conta e risco, não digas que não te havia dito.

Amém +.+

PS: Talvez (talvez!), eu tenha uma boa intenção.

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Page 4: Palavras Clandestinas

Indício

A poesia não me salva agora /5O que seria de nós /6Foi 1 Segundo /7Suor vermelho, a voz do tempo /8Retrato em mente crua /10Pedra /11Despertar /13Enquanto houver mastro /15Grades do Pensar /16Perdendo Versos Subversivos /18grito em silêncio /19Que dirá você de mim? /23Reclamo! ...mas não Proclamo /24Nenhum /25O que não se pode ver. /26Nem toda palavra é! /29Desletrado / 30Mangue de Sangue /35E Se... /36quando nem mesmo o silêncio /37Cúmplices dos Homens do Mundo/38A Margem /42Agir /44Asas do Amanhã /45Cavaleiro Urbano /46

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Page 5: Palavras Clandestinas

Perdido /49Afasia /50A Flor- O que(m) exerce maior opressão sobre você? /52Grãos de Areia /55Frutas Secas /56Aos Jovens /58Dentro de mim /61Quando o silêncio Grita /62Masserá? /63Sendo /64Nosso Canto /65Somos /66Meu ponto de vista /69Ações impulsivas /70Não /71Pare de Se Fumar /74Sra. Discórdia /75Se Eu Soprar Daqui /76Ser /77Breu /80Todo Dia /82Ex-Crita /83Um /84Sinestesia das Palavras Ausentes/85Deus deu Asas aos Pássaros /87Peregrino /88

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Page 6: Palavras Clandestinas

A poesia não me salva agora.Quero vomitar as palavras,Mas a barriga esta vazia.E as horas passam, viram do avesso.E os ponteiros rabiscam um novo tom.E ainda tenho pensamentos a digerir...Não pretendo os exprimir.Cedo ou tarde os amotinados neurônios vão se libertar.Se a barriga está vazia,As idéias devem em atos se expressar (+_+).

06/09/2009 – 22:xx

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Page 7: Palavras Clandestinas

O que Seria de nòs?máquinassem estas porcas?O que seria de nòs, sem esse flúido,parafuso e pregos?O que seríamos sem aço,sem esse, sem isso...Isto. Seria?O que os de nòs seriam,sem tela, sem teto, sem areia,sem antena, cabo, chumbo, vão,Sem nada disso, e disso nada.sem plástico, mola, concreto, carvão?sem lentes, baton, pó, argamassa,sem salto, sem sola, sem sapato?Sem amarra.Sem cadarço.O que seria de nòs?..Seria?..

seria nós (+_+).

05.06.2011 – 00:26

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Page 8: Palavras Clandestinas

Foi 1 segundo.

Foi o necessário.

(+_+).

13/08/2011 – 00:38

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Page 9: Palavras Clandestinas

Suor vermelho, a voz do tempo entrelinhas tortas. Mundo

Tic TacJá conheço essa voz.Canta sussurrando tão leveque de leve estoura os tímpanos.Leva o ponteiro a flechar o peito,Atingir o calcanhar,Pegadas na areia da praia.Escute o já popular ruído.Respiração ofegante e pálido.Construindo novo corpo de milhares dê.Milhares EusEntrelinhas tortasProcurando minar o mundocom as próprias mãosPor trás do espetáculo em que todos atuam

SuorCheiro úmido da resistênciaa papéis descartáveisCurvo-me e entrego cada dedo

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Page 10: Palavras Clandestinas

e dentee idade,Entrega.Perda, Morte, Renascimento.Contra a corrente, o vento, e A maréE o ar deseja te afogar,E o vento te sufocar,E a massa te esmagar,Enquanto ameaçam te matar...e a maré músicae a maré dançae a maré poesiae a maré vida. E o nauFrágil já vemDesperto,Encharcado de fatos que sonheiAfogadona quantidade de luz que respirei

Tic Tac

(+_+).

21:38 – 16.02.2011

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Page 11: Palavras Clandestinas

Retrato em mente crua, Idéia muda e Idéia nua...Memória mente na rua, Tão distante quanto a lua...

O som da porta você escuta, Espaço e tempo a tua altura, Sobe escada, desce escada,Sem jamais perder a ternura,

Horizonte cerebral,Profunda mente, Sente.Cada queda de degrau

Despenca e sente o quente Chão, E em meio a toda essa genteCaminha em Solidão.

Na contramão (+_+).

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Page 12: Palavras Clandestinas

Pedra

Porque a pedra se esvai

A madeira queima

O ferro enferruja

O copim come o pau

A pedra a água fura

A pedra a água fura

O aço derrete

O concreto cede

O metal ressoa

como sino toca

longe longeÉ fácil ser matéria

mentira, pau e pedra

É fácil atirar, puxar o gatilho

O difícil é fazer a matéria durar

O difícil é fazer o tempo parar

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Page 13: Palavras Clandestinas

O difícil é ver a água

Perfurar a matéria

Escutar com os ouvidos

Enxergar com a vista

Abrir os olhos

A pedra o tempo molda

A matéria se esvaiÉ fácil atirar

cura

O difícil é Amar (+_+).

21h28 – 03.02.2011

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Page 14: Palavras Clandestinas

Despertar

A espreita do despertarobservam os olhos fechados.Se misturam,corpo e lugarmordendo os lábios,no canto da boca esperamversos molhados.Guardados nestes lábios.Guardados nestas mãos estáticas.Obra de Arte. Metamorfose.Por trás destes olhos,Protegidos por estes ouvidos.Utopia viva. A Voz do fogo.Oxigenando o corpoo pulmão envolve o coração.Dentro destes pulsosaguardam...Sentimentos clandestinos.Consciência em desatino.Desconhecido destinodas pegadas desses passos..A pele nunca se esquece.O vento se manifestou,escancarando as janelas da Alma.

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Page 15: Palavras Clandestinas

Deu pra ver. Deu pra ouvir.A Luz do Som em memória incendiária.Despertando sonhos, aniquilando velhos neurônios,Esfarelando o Limbo, tecendo os retalhos,migalhas de idéias, pedaços de memória...O manto. A bandeira. A lágrima.O silêncio e seu velho ruído.Resposta.A música brota, oxigenando o sangue...quebrando as correntes, filtrando idéias.Um sorriso ardente.Pupilas dilatadas a iluminar finalmente,O Despertar.Miserável e indigno espírito que escolhe acordar.Pouco vale tanto a pena como vós.

(+_+). 10.02.2012 – 14:15

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Page 16: Palavras Clandestinas

Enquanto houver um mastro...

...haverá quem queira hastear uma bandeira

(+_+).

02.10.2011 - 02:00

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Page 17: Palavras Clandestinas

Grades do Pensar

Multidão de Neurônios escassos,Compulsivas idéias trocam tirosNo labirinmto complexo do pensar.Anceio o Saber. O compreender.O Amar.Caminhos. Respostas. Mas sei...Só o tempo pode dar.Vivo o anceio do agorismo,da percepção sóbria em desatino,do tempo que escorre em intenso fluxo.Poucos me compreendem.Poucos compreendem o Tempo.Pode parecer insanidade,tortas palavras e versosdançam entre labirintossem paredes...E se perdem...Na maior prisão que um humano pode estar.Seu próprio pensar (+_+)

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Page 18: Palavras Clandestinas

Sim.

O mesmo que o vai livrarde qualquer grade que o venham colocar.Sim. Só o espirito liberta.

04.10.2010 – 12h05

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Page 19: Palavras Clandestinas

Perdendo versos subversivos pelas ruas... (x)Sem sequer imaginar...Como cantar sem saber, mas ainda assim cantando...Como dançar sem saber, mas ainda assim dançando...Sem saber quem souSem me reconhecerEspalhando significados que também não sei...Esquecidos significados (x)Sem significados, esquecidos... (x)

Mas a semente que semeia o meio desobedeceu!O caos e as leias naturais e não morreu...

Vamos regar a feia flor da calçada para ver se floresce (+_+).

Cantiga 26/08/08 – 7h54

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Page 20: Palavras Clandestinas

grito em silêncio

Vim pra dizer algo, mas sem saber o que viria a ser dito.Enfim digo.O que penso, o que sinto, sempre disse, sempre fiz.Pude ver, e assim revelar aquilo que percebi a todos os que ao meu redor e no meu caminho se encontraram... Posso viver o que penso, posso viver o que sinto...A música que toco a que ouço, é aquilo que faço, a cena que atuo, o Ato. O Ato.Vejo o mundo. Vejo o mercado.Compra e Venda, falsos valores são papel moeda.Deseducação, Desinformação, ninguém quer questionar. Ninguém quer viver a questão, e propor a tal solução.Me chame ninguém.

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Page 21: Palavras Clandestinas

Ninguém quer abrir mão do conforto, do bem estar, da "paz" do agora, do "bem estar" de outrora.Vejo velhos deprimidos, jovens e seus devaneios, crianças aprendendo as primeiras palavras, "papai" "mamãe"e as primeiras frases..."compra papai?", "compra mamãe?" "mamãe, to com medo"..Quero os olhos e a inocência daquelas crianças.Quero sentir o frio nos pés descalços na garoa sob o asfalto, e sob o vento seco, o nariz escorrendo, e a cultura isolada, a margem, ao longe! ao longe!Na tela, nada se vê. Além do reflexo cego de nosso corrompido ego.Alimentando-nos de sonhos materiais, e de músicas e poesias de fabricas, publicitárias, e comerciais.

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Page 22: Palavras Clandestinas

Quem és tú? Que fazes aqui?Vou livrar-me disso aqui... ou morrer tentando..ninguém quer, niguém vê, ninguém percebe, ninguém quer agora, todos querem amanhã, e o amanhã nunca será, pois sempre sonham amanhã, Ninguém diz hoje,Vomito.Seres humanos aprisionando seres que podem voar em gaiolas, para ouvir seu canto, que devia ser livre.Músicas, aquelas que gritam a rebelião e a liberdade, das quais milhares escutam, mas quantos a levam a sério?Palavras ditas por bocas distintas e cabeças sóbrias, perdidas nos blogs, discursos e nas mesas de bar, diários, pseudo artistas, palavras ditas, belas, bem definidas, palavras não vividas.Só, contra a corrente, tento multiplicar-me e curar...

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Page 23: Palavras Clandestinas

e me curar e me reduzir a simplicidade do que nunca ultrapassei.Percebi, não adianta gritar.De nada valem os versos reais nessa casa de bonecas de falas gravadas e malinterpretadas.Se parte o nó da gravata.Se aperta o nó da gravata.O óleo ainda vaza.A água ainda sobe.As toras ainda caem.Ninguém escuta.Ninguém fala.Ninguém vê.Ninguém Faz.Ó Mórbida arvore seca de vida... ninguém ainda acredita em ti.

Me Chamem Ninguém

(+_+).

05.07.2010 – insônia

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Page 24: Palavras Clandestinas

Que dirá você de mim?Se eu passar a acreditar que não vale a pena acreditar?Se eu deixar pra depois meu apresso pela arte, pela música que me toca, pela poesia que dirá?Se assim como diz que sejas, eu deixar de acreditar como todos deixam...Quem serei? Quem será?Que música tocarei?Que palavras escreverei?A morte da palavra assistirás . . ! A morte da minha palavra se não a morte de minha pessoa....Pois quem serei eu?Que dirás de mim?Assim? Que dirás?

(+_+).

18/03/09 – 10:14

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Page 25: Palavras Clandestinas

Reclamo! ...mas não Proclamo

- Reclamar é bão!Reclamar é bão demais...Sentado no meu sofá eu reclamo o dia todo... Na mesa do bar, na roda de amigos,...Mas não vô lá não!mas não vô lá...Reclamar de verdade verdadeira? ah, ai não né, assim não dá...Tá bom assim, pra mim...não desejo(preciso) mudar

− Amig@...

TIRE ESSA BUNDA DO LUGAR!

(+_+).

18/03/2010

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Page 26: Palavras Clandestinas

nenhum.

nenhum relacionamento baseado em obrigação pode ser por amor.

(+_+).

12.03.2012

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Page 27: Palavras Clandestinas

O que não se pode ver.

O sono do insônio é tão complexo,Que fica simples de entender o paradoxo...O insônio sonoque não precisa fechar os olhos pra sonhar,que dorme com as palpebras ainda separadas..mas que desperta sempre que adormece..É.. quando fecha os olhos... Não dorme..Desperta..Vai rabiscando sonhos no recuo do pensamentoNo vazio da mente o borrão, o traço, forte...desejo.. voz.. toque.. acorde,.. café.. melodia..dança.. sina.. alforria..estrada.. libertação, céu..vida.. sina.. chá.. melodia.. melodia..silêncio

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Page 28: Palavras Clandestinas

melodia..farra de neurônios subversivos que versam nas teclas da noite...a sensação miscigenada de cores e pássaros...veludo.. papel, nuvem.. pedra de pano..como dizer o que se vê?como ver o que não se diz?como enxergar o invisível?Mas como é sólido esse impalpável..Tão nítido o que não se pode ver..que grita e estoura em Luz os olhos do peito..a vista entre artérias..pupilas dilaceradas de um coração cegado..pelo que sente em si.teclo, selo em sua carta..rabiscos que selo no aqui.mensagens em garrafas a deriva..guarda-chuva retorcido no asfalto surreal..sapato furado.. dedos gelados.. lábios quentes..

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Page 29: Palavras Clandestinas

passos.. pedalando no molhado..nus, corpos num retrato em branco e pretoolhares de décadas..olhares de séculos..olhares de milênios..olhares de segundo..olhares do amanhã...Mas como pode?Tão nítido...Tão nítido..Como é que pode heim?Como é que pode ser?Tão nítidoo que não se pode ver (+_+).

12.06.2011 madrugada

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Page 30: Palavras Clandestinas

Nem toda palavra é!

A maioria das palavras tem significado...

A maioria dos significados, não tem palavra (+_+).

21.01.2011

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Page 31: Palavras Clandestinas

Desletrado

to morto.vivo.mas poeticamente morto.e conceitualmente também...

eu, no momento, só sinto..sinto muito

muito muito

sinto grande...

sinto tanto

que já nem me lembro se um dia soube disso...disso, que eu sentia.. das coisas que sinto.

precisa saber pra sentir?

infelizmente, pro meu conceito em artes, meu dever de casa escolar…preciso saber sim senhor...infelizmente pro hoje agora que há, nem sempre sentir basta, e se você

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Page 32: Palavras Clandestinas

não consegue dizer o que sente, é porque talvez, pra eles, não estejasentindo...afinal.. se não diz, não sente...pra eles .. eles quem?

eles todos.. todos eles.. todas elass, as pessoas.. todas.. todos.. todos nós..

nós.

amarrados nas palavras..nos seus ditos significados..

o meu sentir não cabe no dicionárioe ai dizem que por conta disso ele não tem significado.crueldade...

ou razão..

se tiverem a razão, me sentirei mal..

mal criado.. por excluir o que sinto do dicionário... armário..autoritário.. reacionário!...

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Page 33: Palavras Clandestinas

perdão.. escapou... não foi de todo propositalassim como também não foi de todo equívoco...

equívoco em completo é este, um devaneio(fuga) de um dever de casaescrito em folha em branco...

em branco..as páginas..

invisíveis..as palavras..

e todos os seus significados, vírgulas, extrofes, erros de português,gramática, parágrafos, linhas, reticências, entrelinhas...

espirrei

todas as palavras tem significadonem todos os significados tem palavras

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Page 34: Palavras Clandestinas

rabisco em teclas esse palavreiro asqueroso e intruso, que só no jádo agora no aqui do exato instante vejo, estás a querer palavrear meus significados sem palavras!

desistam! palavras tolas!abram mãos! da caneta e do teclado! (o lapis já não existe mais)esses significados não tem o que vocês querem...eles não pertencerão a nenhuma palavra do que vocês me disserem!

CAIAM FORA! Vão!Vão embora.. chuva tola e estúpida de palavras jogadas fora!

odeio desperdiçar vocês como no agora..poupem-se e poupem-me de ferí-las desse desprezo inerente..desta incondição existente..

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Page 35: Palavras Clandestinas

poupem-se..

poupem-me

de achar que isso deve sim ser descrito...de imaginar que eu sou o errado por sentir mudo..por sentir analfabeto..

analfabeto sentir esse que dança em sensações inexplicáveissob a dita chuva de palavras tortas e grossas que não dizem nada

mas que refrescam aquele seco nó na goela,

que canta silencioso o grito que não dei, mas ei... hão.. sei... É!

há!

outras tantas quantas palavras jogadas fora...pra tantos outros significados que não vão embora (+_+). 30.03.2011 – 01:10

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Page 36: Palavras Clandestinas

Mangue de Sangue

Sangue sangre,Escorre o Sangue...O Sangue sangra,Sangra o sangue...

Sangre, Sangre,Sangre até ficar sem sangue,O Sangue é o sangue,Que sai da testa até o mangue.

Mangue de Sangue, Mangue seco...Da lama vermelhaAo caos sem caranguejo.

Vejo Sangue. Sangue Vejo.Sangra o buraco da balaNão sangra o caranguejo.

Vejo (+_+).

15/05/08 – matutino

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Page 37: Palavras Clandestinas

E Se...

Quando te apresentarem algo que pareça uma grande verdade, se pergunte!E se for mentira?E quando aos seus olhos parecer uma grande mentira, se pergunte!E se for verdade?...

E se...eu tivesse escrito só "e se?"daria para pensar tudo o que eu quero dizer com..e se?

(+_+).

08/08/2011 - 01:59

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Page 38: Palavras Clandestinas

quando nem mesmo o silêncio consegue ser dito

palavras clandestinastentando a fuga...engolidas, oprimidas,mudez abaixo...o barulho absurdo,do tudo que não se diz.o som absurdo,de tudo que se dizquando se não consegue dizernem mesmo o silêncio.quando nem mesmo o silêncio consegue dizer.quando nem mesmo o silêncio consegue ser dito.(+_+).

01:32 – 21.01.2012

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Page 39: Palavras Clandestinas

Cúmplices dos Homens do Mundo

...

E se não pudermos fazer nada?Posso tentar pensar assimMas o que sinto grita dentro de mim...Se não pudermos fazer nada,Fechar os olhos para a misériae usufruir minha vida de pequenos privilégioslimpo e podre,fruto enganoso...Se não pudermos fazer nadadesligarei a TV com carinhoimaginarei com esforço frioter desligado sua mentirae a podridão que assistia...A realidade não desliga...Uma bomba em Hiroshima e outra em Nagasaki a tiram do ar.Mas penetram a pele. (Napalm)Se não pudermos fazer nada

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Page 40: Palavras Clandestinas

Fecharei os meus olhos,e me curarei...Ignoro o corpo largado,mas o nariz sente o cheiro...Se não pudermos fazer nada...aplaudiremos o sangue com louvor?Fazendo cócegas na ferida,vestir um belo sorriso compradonum shopping sem janelas...Pois sou a Ferida.E estou Ferido.Continuarei a ler calmamente,ouvindo o tic tac do tempo,enquanto o sangue sobe..?Pronto pra nos afogar...Prestes a explodir..?Não posso fazer nada. Posso?Pegar a fila,comprar um ingresso,comer pipoca e ver o circo cair.Furar a fila, assistir de camarotecomo ajudei fazer o mundo ruir.O letreiro sobe e meu nome está:Co-Direção, Assistente, Personagem?

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Page 41: Palavras Clandestinas

Cúmplice.Patrocinado por meus vícios.Agradecimentos a todos vocês.Especialmente para todos nós.Chove lá fora. Agora.Lavo minha alma fazendoàs fazes com a Culpa.Já estou melhor agora.Mas não me molho não!Se borrar minha maquiagemE desmanchar o cabeloCorro o risco de me olhar no espelho ao chegar em casa,e verQuem realmente sou?.Desconheço. Me despeço. Desespero.O navio naufraga, e apesar da valsa consoladoraSinto o enjôo.Quero vomitar...Parem o Mundo!ou desço agora, ou vomito aqui dentro!brindemos...Na taça de cristal, champagne e

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Page 42: Palavras Clandestinas

veneno...o Luxo em morrer.Engatilhada a arma.Disparo de valores suicidas.A lamina penetra as entranhas.Diante de todos o sangue escorre...Serei cúmplice?O assassino agradece.A peça chegou ao fim...Aplausos.

Silêncio

Eu Não.Eu Não Serei Cúmplice.

(+_+).

21h22 – 2.1.2011

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Page 43: Palavras Clandestinas

À Margem

A história acontece e estãoÀ margem…A história acontece e a margem está na história…As margens do livro da história.À margem dos heróis.À margem da coroa.A história acontece e a margem estádentro,na base,nas vozes,nas mãos,nos passos,À margem está.A margem que agora virá mostrar seu rosto.A margem entoar o cantode um milhão de vozes em coro.A margem te leva,te levanta, te atinge.A margen te possibilita.Alicerce, vanguarda, história,A margen te ama

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Page 44: Palavras Clandestinas

Amar gente.A mar gen te incendiará com fogoo espírito da multidão…Solidificando e dissolvendo a própria margem…a própria imagem,Geração marginal,Água viva!Fogo ardente!Sentimento incendiário,ideal latente…PulsaE no seu canto Voa!À margem da história queimará…E por cima das cinzas novas páginas escrever-se-ámais, palavras e versos marginais…por pensamentos e sonhos reais.Vive à margem da grandezaÀ MARGEM DO MUNDOA MARGEM DE TUDO.

Amar gente (+_+).

12:24 – 31.03.2011

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Page 45: Palavras Clandestinas

Agir Possibilita

Não Agir Mantém

(+_+).

03/02/2011

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Page 46: Palavras Clandestinas

Asas do Amanhã

Se a palavra for ingrata,A prosa vira grito.Se o grito não for pra forade nada valeria isto.

Semeia na Prosa, teu bom ouvidoOlha e EscutaOuve e VêRespira o canto das Asasque no amanhã irão bater... (+_+).

24.11.2010 – 16h50

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Page 47: Palavras Clandestinas

Cavaleiro UrbanoDesjejum de Idéias... Palavras cafeinadas...

Cafeína mental...

Meu cotidiano transformou-se em indagaçãoMirando horizontes, procuro me convencerNa realidade distante da minha visão,Que o caos constrói o acaso sem saber.

E nas migalhas de idéias sacioA fome de saber que esfaqueio,Mato a fome do conhecimento no meioDa multidão perdida em urbano seio.

E nessa crua rotina cafeinada,A normalidade corrói a nossa infância,Inocência perdida, sociedade adulterada,Trivial discórdia alimentando minha ânsia

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Page 48: Palavras Clandestinas

Do nada reinante da imensidão do acaso,Vivos passos descalços insones...A passagem do tempo vivo apagado,Despercepção em devaneios insanos...

O ácido lírico vai fervendo- a fria menteAos olhos profundos mal descansados,Cordial guerra em intelecto deliranteVai formando versos, rabiscos cafeinados.

E perdendo palavras pelas ruas escurasOs passos e dedos se desentrelaçam,Cavaleiro urbano, errante em penúriasSolitárias que no pensar se disfarçam

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Page 49: Palavras Clandestinas

O vento frio gelado percorre o corpo,Que em sensações mútuas responde calado,Procurando enxergar de olhar fechadoA queda aumenta no ponto mais altoFrutos da mesma arvore, um todoLigado por dores e risos do acaso,Magnitude ínfima em invisíveis causas,Grão por grão, nasce, a percepção do vago.

E seguimos... ...Sobrevivendo (+_+).

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Page 50: Palavras Clandestinas

Perdido

eis que distraído... pisei em falso

e caí ni mim...

e mais uma vez me perdi... como

muito não me via achado na

minha própria perdição (+_+).

15/02/2011

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Page 51: Palavras Clandestinas

Ó mórbida mente, omiti meu corpoDa ação de meus pensamentos,Ó mórbido corpo, estimula minha menteA não pensar em nada.

Tua ação não traz-me reação alguma,Meu estado é estático, oportunoOu preso em minha cabeçaSuja de sangue sem valor.

Em corpo ali estou,Mas minha alma encontra-se longeDe todo mal que me restou.

Apático, imóvel, inconsciente, cegoEm meio à luta de poucos,E a fuga de muitos.

Respiro o ar lacrimogêneo, Lágrimas caem dos meus olhos,Oxigênio cinza corrói meu pulmão,E lágrimas, apenas, caem dos meus olhos.

Meu sangue frio ferve meu peito,Frieza involuntária que me matará.

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Page 52: Palavras Clandestinas

Ao fundo minha mente procura,Encontrar-me ao acaso e sussurrar-me ao ouvido.

Volte amigo, volte, lute!Ou fuja sem olhar pra traz,Mas não deixe que sua vida se perca em vão.

Volto, aos poucos, criando latitude e longitude,Norte e sul, leste e oeste,Meus olhos se movem, escuto minha voz ao ouvido profundo...

AFASIA. (+_+).

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Page 53: Palavras Clandestinas

se não sabe quem exerce maior opressão sobre tú de quem e como se libertarás?

Ainda que Deus deixe de existir,que os tiranos derretam

suas armas,que o tempo seja um

conceito humano, e que os conceitos queimem.

Ainda que todos os relógios parem, e que todos parem suas máquinas, proclamem liberdade! proclamem suas dores.

que as pátrias percam suas linhas imaginárias,que os povos desistam de seu pão e de seu circo manipulador,que todos possam comer e beber no fim e brindar juntos.

Água fresca!

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Page 54: Palavras Clandestinas

Porque a flor em meio a festa permanece cética?

Porque a semente permanece escondida da multidão de alegres dentes?Porque às bandeiras trêmulas ao vento e o canto dos povos...não tocou o íntimo daquela arvore no topo do monte?

Nem a temperatura daquele lago ou cachoeira se alterou com tamanha eclosão?

Porque a flor em meio a festa, cabisbaixa..permanece cética...permanece presa, atrelada as suas raízes...pétalas ainda cinzas e feias,diante de tão bela demonstração potencial humana,diante de tanto prazer e confraternização,

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Page 55: Palavras Clandestinas

a flor,

porque não sorri?

(+_+).

09.05.2011 – 15:35

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Page 56: Palavras Clandestinas

Grãos de Areia …

Grãos de areia formam dunas

O vento carrega os grãos

As dunas dançam com o tempo

As dunas dançam no tempo

O tempo faz de rocha areia

As montanhas viram dunas no final

A matéria tem final, sim

Acabou o espaço

Agora é o fim

(+_+).

03/02/2011 - 02h41

55

Page 57: Palavras Clandestinas

Frutas secas entre vísceras concretasSituacionando a comunização.Comunizando a situação.Leis a baixo, erguem-se os termos,Tão baixos e feridos, quem pode saber?Eis a nossa idéia, voz e face,Amarrados na burocratização do livre,Pois caem leis, se emerge a razão.Razão pseuda, mata sabedoria.Iludindo a ignorância a uma situação inexistente.Assim como neste isso.Ponto no fim. Rasgo. Amasso. Rabisco.Morte a Razão! Só sua morte nos elevará a consciência.Amor tecer o coração!Tecer o amor no sentir em comunhão.Pedras que pulsam precisam antes voltar a bater.

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Page 58: Palavras Clandestinas

Só assim faremos a real Revolução (+_+).

24.01.2011 – 21h04

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Page 59: Palavras Clandestinas

Aos Jovens

Aos Jovens camuflados na urbanizaçãoAqueles excluídos no campo, mata, deserto,Ou cidades distantes, digo!

Aos Jovens que somos todos nósDesde os crepúsculos juvenis aosMais experientes consagrados ou não

Abram a mente, abram seus olhos,Mergulhem no estudo...Da realidadeVivenciando fato, acaso, desejo,Reflita por detalhes simplistasEstes podem te levar as coisas complexasCriem sonhos através da nascente da sua mentePara que cresça suas idéias própriasFormação mental individualAprenda com o tempo, aprenda!Aprenda inconscientemente coisas constantesOnde nossa memória insóbria absorve

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Os segundos singelos de informaçãoSignificativas pra o que há de virAprendemos coisas a todo o momentoSeja composto ou simplesAbsorvemos, observando, tudo em voltaEntão renasçam pro mundoQue respira caos ilusórioReconstituam a vidaRenasçam! Lutem!Por idéias, por direitos,Por vida, Por Deus,Por tudo e todosA sociedade pertence a nósEnquanto nós pertencermos a elaCada causa que consiste nelaPertencem a todos nós jovensSomos seu futuro,Teu passado e teu presenteCria divina de faces reaisDe cada umEntão Gritem!!!Façam do seu grito, teu jeito tua arte,E dancem, cantem, toquem,Façam, criem, libertem-seLiberte-SE!... E então

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Dance, Dance a Revolução!Sinta, Cante a Revolução!Toquem, Façam, Criem, sejam,Sejam Revolução CulturalQue nos trará de volta a vidaQue nunca tivemosLibertará através da uniãoAs massas populares mais distintasCrias das diferenças... estasEstas diferenças tu não deves tolerarDeves amarE então respire...A Luta pela Diversidade,Cultura e Educação,Respire a Batalha pela NaturezaAnimais e VidaExclua tudo o que háDe opressor, autoritário,...Descubra você, quem você é,Quem nós realmente somosE supere cada desafio, cada venenoQue o sistema injeta em nossas veiasVocê é capaz! Assim como todos nós somos!Jovens... (+_+).

20.06.2007 – 9h15

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Dentro de mim.Quanto mais eu me conheço, mais me descubroe vou entrando...Descobrindo, desvendando, entrandoe cada vez mais me perdendo no que eu voupercebendo...Entrando e me perdendo,Dentro de mim (+_+).

02.04.2012 entardecer

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quando o silêncio grita

Quem ouve o apito?Quem sempre escuta?Quem nunca ou viu?Ressoa na mesma notaFreqüência agudaIntensa.INTENSA.O espaço calado nem nota.A dor do silêncio, e teuGrito.Quer dizer algo?Tudo tem um propósito?É sempre quente esse som.Agudo e quente.Não importa a estação.Está aqui, irrompe no tímpano.Te explico o que nem sei.Mas sei,pois Sinto (+_+).

11:19 – 05.01.2012

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Masseráqueusoucapazassimdeconfundirtanto?

(+_+).

00:21 – 20.06.2011

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Sendo

Tudo que vomito, cuspoesvazia,seca,evapora.

Tudo que mastigo, respiro,digere,enche,transborda.

Tudo que sinto, percebo,flui,transpassa,move.

Tudo que permito, disponho,ressuscita,incendeia,vive.

(+_+).

01:25 – 05.01.2012

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Nosso Canto

Sobre nosso Sonose encontranosso Sonho,

Sobre nosso Laço,se senteNosso Abraço,

Sobre nosso Olhar,Amor Ideal

Sobre nossos Braços AbertosBrotam Nossas Asas,

Nesse Vôo, Nosso Canto,

Dançaremos no EternoHorizonte,

Sob a Luzdo

Impossível!

(+_+).

13:52 – 23/04/2011

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Somos

Pois o que somos?Guerreiros urbanos,revolucionistas,Companheiros, Camaradas,Mulheres, Ativistas,Sonhadores, Militantes,Utopistas, Interventores…Malucos.Corações.Antes de tudo, seres humanos,com todo defeito e potencial.Por trás de cada um, cada corpo, cada face, máscara, bandana...Somos corações.Corações reunidos, dispostos a…É o ato de aqui estarmos, o que rompe a lógica do sistema.E será na atitude de na rua estar,O que fará brotar o embriãoque alimentará o espírito das multidões.É no espírito do povo que se preserva

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o espírito da mudança,De dentro dessa massa, crua, estáo fermento do espírito que nos elevará…Todos juntos… A multidão…Cada uma, um, cada qual, do Ser…Sensibilizar nossos corações reunidospara escutarmos a música da vida.A luta pela vida será dada pela percepçãodo que há e do que há por vir.O povo se levantaráquando o espírito estiver fermentado,os olhos sensibilizados,e as mãos vazias.Quando as mãos estiverem vazias.Os olhos nítidos,O pulso for um,O brado de cima recebido, e de dentro concebido,

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será posto em GRITO! (+_+).

02:28 – 19.03.2011

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Meu ponto de vista é ativistaMinha voz na iminência, incoerência;Meu grito de desabafo é rebeldia,Minha conquista e valor, penitência.

A liberdade de expressãoBreve euforia!Mas não adianta desmontar a invençãoDa geração que cria!...

E quando precisa, recria e faz,E quando se faz necessário,Refaz em paz.

(+_+).

[03/01/2008 – 04:20]

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potencial perdido em desatinos de ações impulsivas

Válvula de EscapeTurbulência corporalVivências de MultiplicidadeEm capacidade intelectual,A distração no gozo SaudávelNão dispensa a busca real do curávelAgir Localmente Pensar Globalmente?Coerente, mas dá se seqüênciaGlobalizar a Ação localPossibilitar o Gozo GeneralizadoExperimentar a AudáciaO Pensamento Não Morre Na Ação (+_+).

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Não.

A capacidade de estragar a jogada.Bebe engole cospe o Não na lata.Entorta o ar serenopra brilhar mais forte.E assim apaga nossa luz.Apaga a gente, apaga o mundo,Sua boca não permite seu ouvido escutar.Suas idéias são as únicas que devem vingar.Seu conforto vale mais do que o realizar.Não precisa da mudança.Não precisa da esperança.Não precisa transformar.Nem vai mover o seu traseiro do lugar.A pedra no sapato da sociedade sem sapatos.A ancora que prende o nosso navegar.É assim, não e pronto.Por quê é?

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Porque nãoe pronto.E pronto não vai estar quando a hora chegar,O céu e a terra se abrireme a colheita começar.Onde estão os seus frutos?Os frutos do seu falar?falou, falou, falouE se esqueceu de cultivar;Todo conhecimento acadêmico,epidêmico,a os neutralizar.Então serão cinzasde um pseudo saber críticoQue nada soube fazer.Além de saber,saber, saber,conhecer, saberPra quê?Pra nada fazer.Sem idéia, sem êxito,sem agir prático,Será o resto,Sem nada.

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Vazio

(+_+). 02.02.2011 - 14:08

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Pare de Se Fumar

Anderson, você tem que parar de fumar!Olha pra mim!... (olhos sérios concisos).Você tem que parar de fumar! (Dois maços recém amassados e olhos amarrotados).Pelo menos você bebe água... (não bebe?).Porque você não faz o tratamento da água?

Toda hora que você quiser tomar um cigarro, ao invés disso, fume um copo d'água (+_+).

Advertência: Essa é uma possível história de ficção(ou não)

24/11/2010

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Sra.Discórdia

Quando pediu-me um café, eu fiz.Quando pediu-me para eu ir as compras, lá eu fui.Quando pediu-me para te alimentar... eu alimentei-te, como ninguém!

Sra. Discórdia! Eu já te servi tanto e estou tão cansado!E quando eu penso que acabou meu serviço, me obrigas um favor a mais!..

Perdoe-me.. mas se tú podes me ordenar um favor.Posso me demitir da minha escravidão!

E passe bem!

(+_+)

26/08/2011.

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Se eu Soprar daqui,

bate um Vento ai?

(+_+).

29.02.2012 – por ai mais ou menos

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Ser

Procurando formasmeus pés brincam de serem,Palavras se desviamdos passos que as pegadas formarem...A terra em chamas permanece fria,Olhos que não dizem nada.Olhos que gritam o nada.Nas costas, fatos em porçõesde passado, amassado e cru...As mãos apalpam o vento,procuram algo sólido,os mesmos dedos que se desprenderam do teu suor.Lábios que lamentam não ter tocadoo gosto doce de tuas lágrimas.Olhos que sentem teu cheiro,mudos, escutam teu grito.Os pés procurando as formas.Pegadas burlando as palavras.Marcas transparentes do velho cerco inexistente.Dá pra ver o pulmão sem ar,enrugado feito fruta seca...As raízes transparecem.

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Coluna sem parágrafo.Verbo sem vértebra.Tanto. Muito. Todo.Gente amarga,duas colheres,15 segundos,dissolva no leite.Branco em caracóis translúcido.Desfoque.Transgênicas sílabas entre fios,Artérias derramam aço, cobre e bronze,Lacrimogêneos formam rios,Tuas lágrimas agora me fazem navegar...Pra longe...tão distante... e lúcidotão perto, vôo rasante...No solo teu canto marcado.Na face tua terra líquida...Virando tinta acrílica,Borrando as noções do espaço.O horizonte permanece sujo.O horizonte permanece belo.Por linhas tortas,dispensa-se ilusão formosa.A invenção da história.

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Minha dor. Meu amor.

Porque o teimoso horizontenão se permite o infinito?

Meu sonho. Meu ser.Ser Humano.

(+_+). 00:18 – 06/10/2011

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Breu.

Eu sou a penumbra. A mão esquerda envolve o fêmur...... O vento corre entre as costelas. A outra mão não existe. Perdeu-se pela mão de obra, que desfaz a obra que desfaz a mão. É toda a lembrança... Não se há lembrança. Não se há pensamento.... O vácuo ocupa o corpo estático...

Por quanto tempo mais? . . . O braço pende no vazio . . . . . .

. . . A Queda.

Do breu a penumbra flutuante despenca... ... Ajoelhado ao chão... Tão íntimo.. Daqui não me levantarei. Não é uma escolha.

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Não . . . É o ser curvado,..

. . . Ao tempo despercebido... Há aqui somente o

Vácuo.

E a mente não ocupa o lugar do vácuo. ... Pulsa o que resta de um coração. Tambores e Flautas tribais emergem em delírio.

Qualquer movimento, brusco pode ser o que me separa da morte. Morte? . . . Já morri. Eu não penso nisso. Eu . . .Eu sinto . . . . . . . . . . . . A Espera... Do ponto

final.(+_+).

Acordo ás 18h14 na sala de casa deitado no sofá [nov,ou,dez/08]

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Reverberou-se ao sol que nascia Em seu olhar que resplandecia A relutância de um novo dia...

O que por hora foste à morte Da agonia, viva em seu coração De alma fria e sem compaixão,

Foi então ver a tarde descer Em solidão, no anoitecer que caía Á reflexão que indagava o nascer Da noite anil que caiu as estrelas Despencaram do céu com a lua

Refletida em seu olhar que indagaria tudo,

Todo Dia (+_+).

sei lá

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Ex-crita

a informação in forma (+_+).

09.03.2011 – 22:11

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Um

Somos Um.

Somos Apenas Um, mas

Se Todos Fossem Um,

Seriam Todos (+_+).

20:52 – 04.02.2011

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Sinestesia das Palavras Ausentes

Se o nome fosse nomeado,não teria significado...Se a intenção não fosse o instinto,não restaria Intuição...Se o saber fosse apenas pensar,o Coração não precisava aprender...Não foi a coragem que fez o homem Voar,Foi o medo de ficar no chão...Foi o desejo de partir que fez a Roda...A Música surgiu da tentativa do silêncio...A vontade inabalável do trocar, não fez dinheiro...fez no tocar...Nascer o Beijo.Um par de pés descalços pisaram num formigueiroe começaram a dançar...Os olhos até hoje nada enxergam,mas tudo pensam Ver...

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Quero dizer que a língua tenta Falar,mas o coração é quem diz...Admitir ser racional,é ser completamente Louco...Pois quem possuí a razão?Não se tornou ignorante?A Sabedoria está na multidão...A idéia acende a Luz...A luz acende a escuridão...feche os olhos... veja...tape os ouvidos, escute...Sinta o cheiro da flor...Mastigue o Ar...Nossa boca a salivar o delírio...o potencial... o impulso... o fato...o delírio...de nada poder Saber,mas de tudo poder Sentir.

(+_+).

20h08 – 24.11.2010

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Deus deu Asas aos Pássaros

Para que pudessem Voar.

(+_+).

Atemporal – parede do quarto

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Peregrino

Parto.Mas ainda estou aqui.Parto-me.Sou a metade de dois inteiros.Meus braços não são meus,No meu olhar a lente dEle,Eis pra ti meu coração inteiro,Meus Passos a trilhar o estreito,Reto caminho de múltiplas fugas,Agarro-me nas palavras pra não me perder,No mundo repleto de caminhos largos sinuosos,Que os homens destroem a cada amanhecer.Eis a minha boca aberta...Seja tua unção liberta...Quero escrever palavras com Luz.Que resplandeça na tua Glóriaaquela música que compus.Me quero inteiro entreguea cura do inevitável.Ler, línguas, livros e corações.

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Meditar em Luz.Ouvir com meus ouvidos,escutando o pulsar.Vivo.Vivo.E viver pra sempre quero.Vida.A Paz...O silêncio...A sabedoria...Grito dentro, sereno.Atento. Vejo sinais.Ouçam o sino, surdos homens.Morte enSinai.Vida anSião.Sou tú, me seja eu.Levantai em mim a graçado doce vôo.Eis me aqui, por ti... por ti... (+_+).

18.01.2011 - 11h56

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Lucas Duarte de Souza 2012

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pdf pra download no blograbiscoscafeinados.blogspot.com

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(+_+).90