plano de ação para manejo de caso (fiocruz) · versão 1.0 – modelo para divulgação ......

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Plano de Ação para manejo de Caso Suspeito de Ebola no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/ Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Versão 1.0 – Modelo para divulgação externa 22/10/2014

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Plano de Ação para manejo de Caso Suspeito de Ebola no

Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)/ Fundação Oswaldo Cruz

(FIOCRUZ)

Versão 1.0 – Modelo para divulgação externa

22/10/2014

2

2014.

1ª Edição

Permitida a reprodução sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se citada a fonte onde pode ser encontrado o original.

Informação:

Av. Brasil, 4365 – Manguinhos/ Rio de Janeiro – RJ Brasil – CEP: 21045-900 E-mail: [email protected] http://www.ini.fiocruz.br Tel: +55 21 3865-9595 Fax: +55 21 2590-9988

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Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas – Fundação Oswaldo Cruz

Direção Alejandro Marcel Hasslocher Moreno

Vice Direção de Serviços Clínicos José Cerbino Neto

Elaboradores:

Adriana Silva Muniz

Débora Medeiros de Oliveira e Cruz Eduardo Corsino Freire Eliane Cardoso Pinto Estevão Portela Nunes José Cerbino Neto Juliana de Arruda Matos Marcellus Dias da Costa Mari Tuyama Marília Santini de Oliveira Rosângela Vieira Eiras Trigmar Ferreira Vanderléa Poeys Cabral

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1 Apresentação ...................................................................................................................... 5

2 Anexos ................................................................................................................................. 7

Protocolo 1. Protocolo para recepção de caso suspeito de Ebola no INI ..................... 8

Protocolo 2. Protocolo com Equipamento de proteção Individual (EPI) ...................... 12

Protocolo 3. Mapa da área de isolamento especial ...................................................... 13

Protocolo 4. Protocolo para circulação de profissionais na área de isolamento especial ............................................................................................................................. 14

Protocolo 5. Protocolo para gerenciamento de resíduos na área de isolamento especial ............................................................................................................................. 20

Anexo 6. Protocolo para notificação/investigação epidemiológica .............................. 26

Protocolo 7. Protocolo para manejo clínico de paciente internado .............................. 30

Protocolo 8. Protocolo em caso de acidente com material biológico .......................... 33

Protocolo 9. Protocolo para encaminhamento de material biológico para exame ..... 34

5

1 Apresentação

No dia 08/08/2014 a Organização Mundial de Saúde declarou a situação

da Epidemia pelo vírus Ebola como Emergência de Saúde Pública de

Importância Internacional. Seguindo o Regulamento Sanitário Internacional, o

Ministério da Saúde do Brasil publicou o “PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E

MANEJO DE CASOS SUSPEITOS DE DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE)”,

apontando o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da

Fundação Oswaldo Cruz, como referência no Estado do Rio de Janeiro para a

assistência e internação dos pacientes suspeitos de infecção pelo vírus e

posteriormente como referência nacional, para apoiar a ação recebendo casos

identificados em outros estados caso necessário.

Ao considerar esse contexto, a direção do INI observou a necessidade de

delinear estratégias para atuação frente à possibilidade de internação e/ ou

atendimento de pacientes suspeitos de infecção pelo vírus Ebola na unidade. Foi

organizada uma equipe multiprofissional que dedicou-se a elaborar e revisar

continuamente um plano de ação, com bases nas diretrizes do Ministério da

Saúde e na expertise dos profissionais nas áreas de infectologia, vigilância

epidemiológica, infecção hospitalar, gerenciamento de risco e tratamento de

resíduos, higienização e limpeza hospitalar. Paralelamente a presidência da

Fiocruz formou um grupo de trabalho para apoiar o INI na implementação desse

plano, responsável por articular as ações e comunicação com outras instâncias

institucionais, com o Ministério da Saúde, com a imprensa, com o laboratório de

referência para diagnóstico da infecção e outros órgãos externos identificados

como parceiros, além de prover recursos financeiros extras para aquisição de

insumos e equipamentos, adequações de infra-estrutura do hospital e das áreas

adjacentes.

O objetivo deste documento é monitorar o desenvolvimento das atividades

necessárias ao manejo de pacientes suspeitos de infecção pelo vírus Ebola no

INI, bem como compartilhar as informações específicas que estão sendo

construídas nos diferentes protocolos produzidos com outras instituições de

saúde. É importante lembrar que os protocolos de atividades estão sendo

desenvolvidos e monitorados continuamente, revisados sempre que necessário,

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em face tanto da situação epidemiológica da infecção pelo vírus Ebola quanto

de oportunidades de melhorias identificadas pelas equipes que realizam os

procedimentos. Cada protocolo desse plano pode ser modificado isoladamente

e a versão mais atual, com data da última revisão, incorporada ao documento

completo. As versões atuais estão disponibilizadas na página www.ini.fiocruz.br

- antes de usar esse plano a página deverá ser consultada, para garantir que a

versão mais recente está sendo consultada. Cada versão desse plano é

elaborada em dois modelos: um para uso interno na Fiocruz, contendo nomes,

telefones e outras informações de contato dos profissionais da instituição

envolvidos no processo e outro com esses dados omitidos, para divulgação

externa.

Os seguintes eixos foram considerados para que esse plano fosse organizado:

• Vigilância em Saúde;

• Assistência;

• Controle de Infecção Hospitalar/Gerenciamento de Risco;

• Gerenciamento de Resíduos, Higienização e Limpeza hospitalar e

• Comunicação.

2 Anexos

Protocolo 1. Protocolo para recepção de caso suspeito de Ebola no INI

Atualizado em: 21/10/2014

Formas de Chegada ao INI:

1. Referenciado – Via pactuada (mais provável) ou 2. Demanda Espontânea

Parte I. Paciente Referenciado:

• A informação sobre a transferência do paciente deve ser antecipada para a direção do INI pela autoridade que decidiu a remoção. Esse procedimento está acordado com os CIEVS estadual e municipal do Rio de Janeiro e com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS – Ministério da Saúde).

• Os membros da direção do INI que devem ser avisados são: o INFORMAÇÃO OMITIDA – MODELO PARA DIVULGAÇÃO

EXTERNA

Qualquer um dos profissionais acima pode ser avisado. As informações a serem passadas são: critérios que definem o caso como suspeito, local de origem, meio(s) de transporte que serão utilizados, hora estimada da chegada, resumo do estado clínico do paciente.

• O membro da direção avisado inicialmente sobre a transferência do paciente deve comunicar o fato para: è O médico responsável na enfermaria

o O médico responsável aciona equipe mínima do turno: médico, enfermeiro, profissional da limpeza e supervisor (designados previamente, no início de cada turno).

o O enfermeiro responsável avisa aos pacientes internados e eventuais visitantes sobre a chegada do caso suspeito, orienta a todos que permaneçam em seus quartos com as portas fechadas e aguardem o aviso sobre a liberação dos corredores para circulação

è A chefia do serviço de vigilância da Fiocruz o Contatos: INFORMAÇÃO OMITIDA – MODELO PARA

DIVULGAÇÃO EXTERNA. O serviço de vigilância avisará aos funcionários da portaria da avenida Brasil, acionará profissionais internos para escolta da ambulância, sinalização e isolamento da área no entorno do hospital.

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o A ambulância deve ser orientada a estacionar na rampa nos fundos do prédio da internação.

o Os vigilantes designados para isolamento do entorno permanecem na entrada das três ruas que circundam a rampa impedindo o trânsito de veículos e pedestres, utilizando cones e fitas para isolamento na área de manobra, até serem dispensados por membro / representante da direção do INI.

è A presidência da Fiocruz, através do INFORMAÇÃO OMITIDA – MODELO PARA DIVULGAÇÃO EXTERNA. O grupo da presidência avisará aos responsáveis pelos laboratórios de análises clínicas e de exames específicos para diagnóstico do vírus Ebola, coordenará as comunicações com a imprensa, manterá contato com o Ministério da Saúde sobre os procedimentos realizados e a evolução do caso.

• A equipe mínima do turno paramenta-se com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recomendados (ver protocolo 2 desse manual) e aguarda o paciente no início da rampa (entrada posterior do hospital), já com a maca específica da área de isolamento especial. Os profissionais devem iniciar a paramentação cerca de 30 minutos antes da hora estimada de chegada do paciente.

• Se ainda não estiver utilizando, o paciente receberá o kit de EPI para isolamento reverso – máscara cirúrgica, capote cirúrgico impermeável, luvas de procedimento e propés;

• O paciente é levado em maca específica até a área de internação em isolamento (área de isolamento especial).

• A equipe que transportou o paciente se dirige ao abrigo externo de resíduos do hospital, escoltada pelos vigilantes, para desinfecção da ambulância, retirada dos EPI e descarte dos resíduos.

• Durante a passagem do paciente deve ser realizada a limpeza pontual do percurso até a porta do quarto em caso de contaminação com secreções/excreções.

• O paciente será acomodado no quarto de isolamento especial pelo médico e pelo profissional de enfermagem da equipe mínima do turno, que iniciarão então o atendimento clínico.

• O profissional da limpeza da equipe mínima do turno inicia imediatamente a limpeza da maca, após a transferência do paciente para o leito. A maca de transporte deverá ser higienizada com água e sabão seguido de hipoclorito a 1% por 10 minutos, no corredor da área vermelha. Em seguida, retirar o hipoclorito 1% utilizando um pano limpo embebido com álcool 70%, realizar fricção três vezes no sentido unidirecional. As rodas da maca devem ser borrifadas com hipoclorito 1% (ainda na área

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vermelha) antes de entrar nas áreas amarela/verde. Um profissional do apoio deverá buscar a maca e encaminhá-la para a varanda.

Parte II. Demanda espontânea:

Todos os profissionais que atendem pacientes de primeira vez no INI devem, ao primeiro contato com o paciente recém-chegado, a qualquer hora, fazer as seguintes perguntas na recepção:

⇒ Apresentou febre? ⇒ Esteve em área de risco* nos últimos 21 dias?

Se a resposta às duas perguntas for SIM CASO SUSPEITO DE EBOLA

• O profissional que identificou o caso suspeito deverá solicitar que os demais indivíduos que estejam na varanda de primeira vez retirem-se e isolar a área, trancando as portas da direita e da esquerda. A porta do meio ficará destrancada, mas fechada, permitindo a circulação do profissional e da equipe do ambulatório designada para atendimento.

• O profissional que identificou o caso suspeito orienta o paciente a aguardar na varanda e o avisa que será atendido em breve, por equipe devidamente paramentada.

• O profissional que identificou o caso volta para dentro do prédio, avisa a chefia do ambulatório e a equipe designada para atendimento.

• A chefia do ambulatório avisa o responsável pela internação, que inicia o processo para recepção do paciente na área de isolamento especial seguindo os mesmos procedimentos descritos para a chegada de casos referenciados.

• O responsável pela internação avisa pelo menos um dos membros da direção do INI, que comunicam o fato aos mesmos setores especificados na parte 1 desse protocolo.

• Dois profissionais da enfermagem se paramentam colocando os EPI (ver protocolo 2 desse plano)

• Os profissionais paramentados voltam para a varanda de primeira vez, trazendo os EPI para isolamento reverso do paciente e o ajudam a vestir (máscara cirúrgica, capote cirúrgico impermeável, luvas de procedimento, propés).

• Deve ser perguntado se o paciente utilizou o banheiro do ambulatório. Em caso afirmativo, isolar o banheiro e chamar profissional da limpeza da equipe mínima designada.

• O paciente será conduzido para internação em maca pela rampa do hospital. Os profissionais responsáveis por encaminhar o paciente

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(equipe de enfermagem do pronto atendimento) ao quarto de isolamento deverá estar completamente paramentado (ver kit destinado ao profissional no protocolo 2).

• Após acomodação no quarto na área de isolamento especial a equipe mínima do turno conduzirá entrevista para identificar possíveis contactantes (preencher planilha do protocolo 6 desse plano).

*essa lista é atualizada diariamente pela vice-direção de serviços clínicos do INI e afixada na varanda de primeira vez do ambulatório.

Chefia do ambulatório: INFORMAÇÃO OMITIDA – MODELO PARA DIVULGAÇÃO EXTERNA

O paciente deverá permanecer no interior do quarto da área de isolamento especial, salvo em situações de absoluta necessidade, enquanto persistir a suspeita de doença pelo vírus Ebola (DVE).

O filtro HEPA do quarto de isolamento deverá permanecer ligado durante todo o tempo em que o paciente estiver internado e até o término da limpeza do ambiente após a saída do paciente.

Protocolo 2. Protocolo com Equipamento de proteção Individual (EPI)

Atualizado em: 21/10/2014

Kit destinado ao profissional:

1. Pijama cirúrgico descartável verde 2. Propés verdes 3. Botas de borracha 4. Touca cirúrgica impermeável 5. Luvas (ver quadro a seguir sobre luvas a serem usadas) 6. Macacão impermeável com capuz, elásticos nos punhos e tornozelos e

costuras seladas 7. Cobre-botas impermeável 8. Máscara N95 ou PFF2 9. Protetor facial 10. Capote cirúrgico impermeável, de mangas compridas, com elástico nos

punhos (não usar capotes com punho de malha) 11. Avental impermeável tipo “açougueiro” 12. Pijama cirúrgico descartável azul 13. Propés azuis

§ 1º par, interno: luvas cirúrgicas1 § 2º par, externo: luvas cirúrgicas (todos os profissionais) § 3º par, externo: luvas de borracha (profissionais da limpeza) § 3º par, externo: luvas de látex (retirada de resíduo, morgue)

Kit destinado ao paciente:

1. Máscara cirúrgica 2. Luva de procedimento 3. Capote cirúrgico impermeável 4. Propé

1 As luvas cirúrgicas nesse caso estão indicadas por terem maior resistência e punho mais longo do que as de procedimento. Em caso de necessidade de realização de procedimentos sob técnica asséptica – vide quadro na página 13.

No Pronto Atendimento e no quarto de plantão deve haver reserva de dois kits de EPI destinados a pacientes e dois kits de EPI destinados à profissional de saúde.

Os profissionais deverão se paramentar na área interna do ambulatório, antes de sair para a varanda onde o paciente estará aguardando.

Os EPIs deverão ser vestidos na ordem e nos locais previamente estabelecidos (ver protocolo 4 desse plano).

Protocolo 3. Mapa da área de isolamento especial

Atualizado em: 21/10/2014

Figura 1. Mapa da área de isolamento especial, INI, agosto 2014.

Protocolo 4. Protocolo para circulação de profissionais na área de isolamento especial

Atualizado em: 21/10/2014

ENTRADA NA ÁREA VERDE:

No quarto de plantão, os profissionais deverão: 1. Retirar os adornos (pulseiras, relógios de punho, brincos, colares,

crachás) e os aparelhos eletronicos e armazenar em local seguro 2. Retirar as roupas próprias, mantendo apenas as roupas de baixo e

os sapatos. 3. Colocar o pijama verde e um propé verde por fora do sapato. 4. Dirigir-se ao vestiário 1 5. Caso seja necessário que o supervisor entre na área verde

(ausência ou mal funcionamento das câmeras de vigilância) o mesmo deverá usar um par de propés por fora do sapato e um par de luvas de procedimento, que poderão ser usadas para a manipulação da maçaneta da porta que liga a área amarela e a verde, voltada para a área verde.

ENTRADA NA ÁREA AMARELA:

No vestiário 1 (área verde) os profissionais deverão:

• O setor de isolamento especial está dividido em três áreas: verde, amarela e vermelha (ver protocolo 3 desse plano).

• Retirar adornos e prender os cabelos antes de seguir para a área de isolamento especial.

• É proibido comer, beber e portar aparelhos eletrônicos na área de isolamento especial.

• Nenhum papel, caneta ou anotação deve sair da área de isolamento especial. As observações clínicas e entrevistas feitas com o paciente devem ser transmitidas verbalmente ao supervisor da equipe, através da porta ou do sistema de inter-comunicação.

• Um profissional supervisor é parte da equipe mínima do turno e fará o controle de acesso anotando nome, hora de entrada e hora de saída de cada profissional, além de observar e monitorar o cumprimento do protocolo de biossegurança, tendo o poder de interromper o processo para ajuste em caso de quebras que coloquem em risco a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos na assistência;

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1. Retirar os sapatos com os propés ainda calçados, com cuidado para não pisar diretamente no chão (pisar sobre os calçados).

2. Retirar o pijama verde e pendurá-lo nos cabides na parede. 3. Higienizar as mãos com álcool gel 70%. 4. Colocar um par de luvas de procedimento. 5. Colocar o pijama azul descartável, a touca cirúrgica (cobrindo todo

o cabelo), os propés azuis e as botas de borracha; colocar a calça do pijama para dentro das botas e a blusa do pijama para dentro da calça.

6. Seguir para a área amarela. ENTRADA NA ÁREA VERMELHA:

ATENÇÃO: AGUARDE NO VESTIÁRIO 2 CASO HAJA ALGUÉM SE DESPARAMENTANDO DO LADO DE FORA.

No vestiário 2 os profissionais deverão:

1. Retirar as luvas de procedimento e descartar na lixeira do vestiário 2.

2. Higienizar as mãos com álcool gel 70%. 3. Colocar um par de luvas cirúrgicas (1o par). 4. Pegar um macacão, abrir o zíper. 5. Sentar no banco próximo à estante, colocar o macacão, com o

cuidado de descalçar as botas antes de vestir cada uma das pernas do macacão, evitando, no entanto, pisar no chão apenas com o propé (recolocar o pé na bota após vestir cada perna do macacão).

6. Fechar o macacão até o final com o zíper. 7. Prender a borda proximal da primeira luva na manga do macacão

com fita adesiva (deixar uma dobra como aba livre na fita adesiva para facilitar a retirada da mesma).

8. Arregaçar a calça do macacão até pouco abaixo dos joelhos e ajeitar o pijama por dentro da bota.

9. Colocar os cobre-botas por cima das botas, prendendo-o acima do cano da bota. ATENÇÃO: AJEITAR O MACACÃO POR FORA DO COBRE-BOTAS, DE MODO QUE ELE CUBRA O COBRE-BOTAS NA ALTURA DOS TORNOZELOS.

10. Ajeitar o capuz do macacão de forma a cobrir as laterais do rosto e toda a touca cirúrgica.

11. Prender um pedaço de fita adesiva abaixo do zíper do macacão, para evitar descida do mesmo (deixar uma dobra como aba livre na fita adesiva para facilitar a retirada). Adesivar também toda a extensão do ziper.

12. Colocar a máscara N95 ou PFF2 (por cima do capuz). 13. Colocar o capote cirúrgico impermeável e amarrar as fitas de forma

a cobrir totalmente o corpo sem prejudicar os movimentos. 14. Os profissionais de limpeza deverão colocar nesse momento o

avental impermeável por fora do capote.

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15. Colocar o protetor facial, ajustando-o à cabeça. Testar se está firmemente preso inclinando o rosto para baixo.

16. Colocar a segunda luva cirúrgica, prendendo-a com fita adesiva no braço do capote cirúrgico (manter aba livre para facilitar a retirada da mesma).

17. Checar se o corredor está livre de fluxo de pessoas e seguir para a área vermelha.

18. Antes de entrar na área vermelha, o profissional da limpeza deverá cobrir o banco colocado na divisão entre a área amarela e a área vermelha com um saco limpo (disponível no puxa saco do vestiário 1).

SAÍDA DA ÁREA VERMELHA:

1. Aguardar que o corredor esteja livre de fluxo de pessoas para sair do quarto do paciente.

2. No corredor vermelho, retirar a fita adesiva e o par de luvas externas e descartá-las na lixeira 1.

3. Higienizar as mãos enluvadas (luva interna) com álcool gel 70%. 4. Colocar novo par de luvas de procedimento. 5. Remover o protetor facial, pegando pela parte de trás da cabeça,

com cuidado para não tocar a face ou mucosas e desprezar na lixeira 1.

6. Retirar o avental (se aplicável), afastando-o do corpo sem passar pela cabeça (desfazer os nós ou romper as alças), enrolando-o sem tocar na parte externa e descartá-lo no lixo 1.

7. Retirar o capote cirúrgico, juntamente com o par de luvas externas, pelo avesso, enrolando-o e evitando tocar nas partes externas e descartá-lo na lixeira 1.

8. Retirar a fita adesiva que prende a borda da luva interna ao macacão e descartá-las na lixeira 1

9. Higienizar as mãos enluvadas com álcool gel 70%. 10. Colocar novo par de luvas externas (de procedimento)

Enquanto estiver na área vermelha, durante o atendimento ao paciente, o profissional de saúde:

§ Deverá manter a paramentação completa. § Caso haja necessidade não prevista de realização de

procedimento limpo/asséptico, realizar retirada da luva cirúrgica externa e do capote cirúrgico no corredor vermelho, seguido da higiene das mãos ENLUVADAS (ver nota de rodapé na pag 14) com álcool gel 70%; vestir novo capote estéril por cima do macacão e calçar novo par de luvas cirúrgicas, seguindo a técnica asséptica.

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11. Retirar a máscara, pegando pela parte de trás da cabeça, com cuidado para não tocar a face ou mucosas e descartar na lixeira 1.

12. Retirar o adesivo da gola do macacão. 13. Abrir o macacão e começar a retirá-lo, evertendo as mangas e

retirando-as (junto com o par de luvas externas); 14. Desprezar as luvas externas, sem no entanto soltar as mangas do

macacão, na lixeira 1. 15. Ir enrolando o macacão, manipulando-o pela parte interna, até a

altura dos joelhos. 16. Sentar-se no banco com as PERNAS VOLTADAS PARA A ÁREA

VERMELHA. 17. Terminar de retirar o macacão juntamente com o cobre botas,

seguindo a técnica: • Retire a perna do macacão e o cobre-botas (dica: rasgue a

borda elástica pela parte de trás, para facilitar a passagem do elástico na borda das botas), enrolando-os sem tocar na parte externa do cobre-botas, da perna esquerda, pisando com a bota já livre na área amarela.

• Repita o procedimento com a perna direita, enrolando sempre o macacão e o cobre-botas pela parte interna, para conter o volume.

• Levante, já na área amarela e jogue o macacão e os cobre-botas na lixeira 2.

• OBS: o ultimo profissional a sair deverá nesse momento retirar o saco protetor do banco e descartá-lo na lixeira 2.

18. Retirar as luvas cirúrgicas. Descartá-las na lixeira 2; Higienizar as mãos com álcool gel e colocar novo par de luvas de procedimento. A partir desse momento o profissional está livre para transitar na área amarela (voltar para o vestiário 2 ou ir para a área de insumos) ou seguir para área verde.

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2

2 A higienização de mãos enluvadas não é procedimento recomendado de rotina, porém em virtude da alta letalidade do agente em questão (vírus Ebola) a equipe responsável pela elaboração desse plano optou por evitar a orientação de retirar os dois pares de luvas (para higienização das mãos nuas) na área de alto risco e na área intermediária para minimizar o risco de contaminação acidental.

• O profissional poderá ir de um quarto para o outro (quarto 1 para quarto 2 e vice versa), com o cuidado de trocar a luva externa e higienizar as mãos enluvadas (1o par) antes de entrar no quarto seguinte, desde que pelo menos o segundo paciente visitado na sequencia já seja um caso confirmado. Caso contrário, recomenda-se a desparamentação e nova paramentação no vestiário 2, de modo a evitar a contaminação acidental pelo o vírus Ebola de um paciente negativo.

• O número de profissionais em contato com o paciente deve ser restrito ao mínimo necessário para o atendimento.

o Idealmente, deverão ser escaladas equipes para atendimento exclusivo aos pacientes internados na área de precauções especiais.

• As visitas aos casos suspeitos e confirmados estão proibidas até ordem contrária.

• Um vigilante deverá permanecer na entrada da área de isolamento 24h por dia.

• Deverá ser mantido um controle de entrada de pessoas no quarto – O supervisor da equipe preencherá a planilha colocada na porta de fora do setor de isolamento.

• Em caso de contaminação visível do EPI (macacão, abaixo do pescoço, capote cirúrgico, avental, luva externa ou cobre-botas), porém sem risco de ter alcançado pele ou mucosa (ou seja, sem exposição do profissional a material biológico), dirigir-se ao banheiro do quarto do paciente e fazer a contenção do material:

o retire o excesso de material biológico com papel toalha; o solicite ao colega que pegue o borrifador na pia do corredor e

borrife a área do EPI contaminada com hipoclorito de sódio a 1%, de cima para baixo, para evitar contaminação de mucosas com aerossol do produto

• Todos os profissionais que tenham entrado em contato com o paciente suspeito ou confirmado, mesmo sem exposição reconhecida a material biológico ou a quebra do protocolo de biossegurança, deverão monitorar a temperatura 2 vezes ao dia durante o período de 21 dias ou até que seja descartada a suspeita de Ebola do paciente fonte.

• Em caso de exposição do profissional a material biológico, seja suspeita ou confirmada, assim como em caso de contaminação visível do protetor facial ou da máscara N95 ou PFF2, seguir as orientações descritas no protocolo 9 desse plano.

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SAÍDA DA ÁREA AMARELA:

1. Abrir a porta do vestiário 1 e pegar um saco branco limpo no puxa-saco SEM ULTRAPASSAR A LINHA QUE SEPARA A AREA AMARELA DA VERDE; coloque-o aberto sobre o chão do vestiário 1.

2. Pise dentro do saco aberto, sente no banco do vestiário 1 e retire as botas, mantendo, no entanto, os propés; pise com os propés no chão, fora do saco.

3. Feche o saco e deposite-o no container indicado. 4. Retire as luvas e descarte no lixo. 5. Higienize as mãos com álcool gel 70% e calce novo par de luvas

de procedimento. 6. Realize a higienização do banco da área verde com álcool 70%

(almotolia/borrifador na estante do vestiário 1 e gaze) com três fricções em sentido unidirecional com intervalo de secagem

7. Retire o pijama na técnica correta (sem everter a camisa do pijama) e os propés, com cuidado de evitar pisar no chão diretamente com os pés ou meias próprias (sugestão: pisar sobre os calçados próprios), e despreze-os no lixo.

8. Retire as luvas de procedimento e higienize as mãos com álcool gel 70%.

9. Coloque o pijama e os propés azuis com os quais chegou na área de isolamento e termine de ajeitar os calçados.

SAÍDA DA ÁREA VERDE:

1. Higienize suas mãos com álcool gel e abra a porta do vestiário 1 para o corredor

2. Retire o propé do pé direito e pise fora do vestiário 1; repita a operação com o pé esquerdo

3. Saia do vestiário 1 e despreze os propés na lixeira do corredor. 4. Higienize as mãos com álcool gel ou água e sabão, na pia do

corredor e dirija-se para o quarto de plantão 5. Retire o pijama verde e despreze no lixo. 6. Tome um banho e vista as roupas pessoais.

Protocolo 5. Protocolo para gerenciamento de resíduos, higienização e limpeza na área de isolamento especial

Atualizado em: 21/10/2014

Procedimento para limpeza concorrente das enfermarias e corredor:

1. A limpeza e desinfecção de superfícies devem ser feitas RIGOROSAMENTE, seguindo as recomendações vigentes no INI, conforme o “Manual de Segurança do Paciente: Limpeza e Desinfecção de Superfícies” da ANVISA de 2010 para áreas críticas. Seguir a ordem da área verde para o expurgo; na área vermelha, seguir a ordem da porta do quarto para o banheiro. 1.1- As superfícies horizontais dos mobiliários devem sofrer limpeza

com água e sabão, seguida por desinfecção com álcool 70%, com 3 fricções com intervalos de secagem, pelo profissional de higienização hospitalar 3 vezes ao dia. E os equipamentos, artigos médico-hospitalares pela enfermagem.

1.2- As demais superfícies serão higienizadas com água e sabão, seguidas de hipoclorito 1% (com 10 minutos de contato) pelo profissional da limpeza.

1.3- A área vermelha será higienizada 3 vezes ao dia. 1.4- As áreas amarela e verde serão higienizadas após cada saída de

profissional da assistência. 1.4-1. O Auxiliar de Serviços Gerais (ASG), no vestiário 2, a cada

entrada na área de isolamento especial, deverá se paramentar com os EPI para circulação na área vermelha, além de luvas de coleta de resíduos. Ao sair do vestiário 2, juntamente com os demais profissionais da equipe mínima, deverá solicitar que um de seus companheiros abra a divisória do vestiário 1 para realização de coleta de resíduos da área verde. O ASG deverá realizar a coleta do resíduo da área verde, fechando o saco de lixo e acondicionando-o no coletor da área amarela. Em seguida, deverá realizar a higienização da lixeira da área verde e acondicionar novo saco coletor. Ao término do procedimento solicitar a um de seus companheiros para fechar a divisória da área verde e descartar as luvas de coleta de resíduos;

1.4-2. Devidamente paramentado se conduzirá ao DML para buscar os materiais e equipamentos de trabalho necessários para realizar os procedimentos de higienização e desinfecção de acordo com as normas pertinentes ao serviço de limpeza, que estarão descritos em banner demonstrativo em cada área do isolamento, e se direcionará para a sala de insumos, onde será realizado o primeiro

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processo de limpeza. O profissional deixará seu material na frente da porta da área a ser limpa, retornará ao abrigo interno de RSS para buscar o container de resíduos de serviços de saúde (RSS) e irá posicioná-lo no limite da área vermelha;

1.4-3. O ASG iniciará a limpeza pela sala de insumos, higienizará as mãos enluvadas com luvas cirúrgicas e calçará a luva amarela de látex utilizada para limpeza de superfícies;

1.4-4. Proceder com a desinfecção de equipamentos, artigos médico-hospitalares e superfícies horizontais dos mobiliários, utilizando panos para limpeza descartáveis e de cor amarela;

1.4-5. Após o procedimento supracitado, o ASG irá retirar a luva de cor amarela, higienizará as mãos enluvadas (luva cirúrgica) com álcool gel e calçará a luva verde de látex para dar continuidade ao processo de trabalho, lembrando que as técnicas são aplicadas sempre do mais limpo para o mais sujo, de dentro para fora no sentido unidirecional, exceto quarto do paciente, onde a limpeza será realizada de fora para dentro finalizando com a higienização do banheiro de forma a minimizar risco.

1.4-6. O ASG coletará o resíduo das lixeiras, higienizando-as, e colocará novo saco nelas (vide abaixo);

1.4-7. Finalizar com a higienização do piso utilizando o mop úmido com a cabeleira de cor amarela (cor que identifica a área a ser limpa);

1.4-8. Após o término da higienização da sala de insumos, posicionar o material em frente ao vestiário 2 e repetir o mesmo processo de higienização;

1.4-9. Após o término da higienização do vestiário 2, o profissional da limpeza se direcionará para o expurgo com o container de RSS, posicionando-o no limite da área de alto risco para recolher os resíduos da lixeira 1 e 2 do corredor. Estas lixeiras deverão sofrer desinfecção no expurgo, e após o término da desinfecção da área amarela (corredor), deverão ser reposicionadas com novos sacos vermelhos;

1.4-10. Após este procedimento, o ASG dará início à limpeza da área vermelha. Repetir o procedimento de limpeza no corredor, e dar início no quarto do paciente seguindo a mesma orientação das demais áreas, sem esquecer que a higienização deste ambiente é realizada de fora para dentro, finalizando com a lavação do banheiro.

1.4-11. Os líquidos provenientes da limpeza das áreas deverão ser descartados no expurgo e os materiais não descartáveis deverão ser limpos e acondicionados no DML.

1.4-12. Os panos de limpeza das áreas deverão ser descartados ao término de cada procedimento.

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Procedimento para higienização e limpeza imediata:

1. O profissional da limpeza deverá (devidamente paramentado) proceder à higienização e limpeza sempre que necessário, seguindo as recomendações vigentes no INI: retirar o excesso com papel/tecido absorvente e posteriormente realizar a limpeza e desinfecção com água e sabão seguida aplicação do hipoclorito 1% com mop, aguardar o tempo de exposição de 10 minutos.

2. Caso o profissional de saúde testemunhe a necessidade de limpeza imediata antes do profissional de limpeza, aquele deverá fazer uma contenção primária da área contaminada com papel toalha (colocar por cima, sem manipular diretamente a área, uma quantidade suficiente para absorver a matéria orgânica e minimizar sua dispersão) comunicar o profissional de limpeza para realizar o procedimento descrito no item 1.

Procedimento para remoção de cadáver e higienização e limpeza terminal:

1. Após constatação do óbito, a enfermagem deverá preparar o corpo, retirando todas as conexões que estiverem ligadas ao cadáver, envolver o cadáver juntamente com seus pertences no lençol da cama, sair do quarto, proceder a desparamentação e solicitar a presença dos profissionais do apoio e limpeza e aguardar na área amarela;

2. 02 profissionais do apoio e 02 profissionais da limpeza deverão se paramentar de forma adequada;

3. Os profissionais do apoio deverão se dirigir a DML e retirar o borrifador de hipoclorito e o saco para transporte de cadáveres apropriado;

4. Os profissionais da limpeza deverão aguardar no VESTIÁRIO 2 até serem solicitados;

5. Os profissionais do apoio deverão afastar o leito da parede e se posicionarem um em cada lado do leito;

6. Um dos profissionais do apoio deverá lateralizar o cadáver e o outro esticar o saco de transporte aberto no leito com o zíper voltado para a direção da cabeça do cadáver;

7. Colocar o cadáver dentro do saco de transporte, colocar o cobertor do paciente dentro do saco para absorver o excesso de líquidos e fechar o zíper;

8. Higienizar a parte externa do saco de transporte de cadáver fechado com hipoclorito;

9. Colocar o cadáver dentro do segundo saco de transporte, higienizando sua parte externa com hipoclorito; solicitar a entrada de um profissional da higienização para limpeza imediata, caso necessário;

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10. Um profissional da higienização deverá realizar a limpeza imediata (caso necessário) da enfermaria e o outro retirar todos os utensílios do corredor e acondicioná-los no abrigo interno (expurgo);

11. Enquanto um profissional faz a limpeza imediata o outro deverá realizar a limpeza dos utensílios no abrigo interno;

12. Durante e após a limpeza imediata, todos os profissionais que estiverem dentro da enfermaria deverão permanecer dentro dela aguardando a maca de transporte;

13. O supervisor deverá entrar no vestiário 1, colocar um par de luvas de procedimento e liberar a passagem para a maca, higienizar novamente as mãos e colocar novas luvas de procedimento. Solicitar a maca de transporte a um profissional do apoio paramentado de fora da área de isolamento, que deverá entregar a maca, sem entrar na área de isolamento e aguardar na porta;

14. O supervisor deverá entregar a maca à enfermagem, que deverá entregar a maca ao profissional do apoio, sem sair da área amarela;

15. O apoio deverá transferir o cadáver do leito para a maca e um deles encaminhar o corpo até a porta interna do VESTIÁRIO 1, a enfermagem deverá abrir a porta para a passagem da maca;

16. Os demais profissionais não deverão sair da enfermaria; 17. O profissional do apoio deverá entregar a maca no VESTIÁRIO 1 a outro

profissional devidamente paramentado do lado de fora da área de isolamento, sem entrar na área amarela;

18. O profissional de fora da área de isolamento deverá encaminhar o cadáver até o carro de transporte pela rampa do hospital;

19. O profissional do apoio deverá retornar a enfermaria e aguardar a recomposição do corredor para saída da enfermaria e retirada dos EPI;

20. O profissional da higienização que está aguardando no abrigo interno deverá realizar a desinfecção terminal do VESTIÁRIO 1 e corredor, recompondo seus utensílios;

21. Após a desinfecção terminal do corredor e vestiário 1 a enfermagem poderá sair da sala de insumos;

22. Os profissionais do apoio deverão sair da enfermaria, após a recomposição do corredor, descartar o borrifador e seguir as instruções de retirada dos EPI;

23. O profissional da higienização de dentro da enfermaria deverá realizar a desinfecção terminal da enfermaria e sair dela seguindo as instruções de retirada de EPI;

24. As mesmas instruções de retirada de EPI deverão ser seguidas pelo profissional da higienização do abrigo interno.

25. Nenhum EPI utilizado na área de isolamento especial deverá ser reprocessado, seguindo recomendações vigentes no INI.

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Procedimento para retirada de resíduos das enfermarias e do corredor:

Nenhuma lixeira pode ser retirada da área de isolamento especial. A coleta de resíduos seguirá as seguintes instruções:

1. Antes de iniciar o procedimento de recolhimento dos resíduos, o profissional da limpeza deverá ir ao abrigo interno (com paramentação completa para circulação na área vermelha), retirar o container de resíduos e posicioná-lo no limite da área vermelha;

2. Para recolhimento dos resíduos da área amarela e corredor, fechar os sacos de lixo que apresentarem volume de resíduos em 2/3 de sua capacidade compreendida, transferir para o container do abrigo interno sem contaminar suas porções externas;

3. As lixeiras da área amarela deverão sofrer processo de desinfecção com hipoclorito 1% e devolvidas ao local de origem com novo saco plástico de cor vermelha para resíduo potencialmente infectante; o mesmo deverá ser identificado com caneta indicando a data e a origem do resíduo;

4. Encaminhar o container novamente ao abrigo interno; 5. Para recolhimento dos resíduos das enfermarias, vedar o saco de lixo

quando atingir 2/3 de sua capacidade. Aproximar a lixeira à porta, com a face lateral voltada para a saída e abrir a lixeira;

6. Retirar o saco de lixo e acondicioná-lo dentro do container do abrigo interno (sem contaminar as bordas ou exterior da lixeira);

7. A lixeira de dentro da enfermaria deverá sofrer processo de desinfecção com hipoclorito 1% e devolvida ao local de origem com novo saco plástico de cor vermelha para resíduo potencialmente infectante; este deverá ser identificado com caneta indicando a data e a origem do resíduo. O container com os resíduos deverá ser encaminhado ao abrigo interno (expurgo);

8. O profissional da limpeza, ao sair do abrigo interno deverá passar pelo mesmo procedimento de retirada dos EPI (anexo: circulação na área de precauções especiais).

9. Os resíduos da área verde devem ser recolhidos sempre que necessário e acondicionados no coletor da área amarela;

10. Os resíduos dos contêineres do abrigo interno deverão ser encaminhados para incineração sempre que a capacidade do mesmo atingir 2/3 de sua capacidade compreendida;

11. O profissional da limpeza deverá (com paramentação completa) fechar os sacos de resíduos dos contêineres, fechar a tampa do mesmo, realizar desinfecção nos contêineres com pano embebido no hipoclorito 1% no sentido unidirecional, borrifar as rodas externamente e internamente, aguardar o tempo de exposição de 10 minutos, retirar o contêiner e encaminhá-lo até o limite entre as áreas vermelha e amarela;

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12. Outro profissional da limpeza (coletor) com a paramentação usual, acrescida de capote impermeável, deverá seguir do lado de fora até a porta interna do vestiário 1 com o contentor apropriado para incineração (bombonas de incineração de 200 litros, com tampas largas de rosca, firmemente fechadas com lacre de metal) e posicioná-lo na área amarela;

13. O profissional ASG dentro da área de isolamento deverá acondicionar os resíduos na bombona até atingir 2/3 de sua capacidade compreendida, fechar a bombona e lacrar sua tampa. Realizar a desinfecção da bombona com pano embebido no hipoclorito 1% no sentido unidirecional e aguardar o tempo de exposição de 10 minutos. Após a desinfecção, a bombona deverá ser acondicionada no carrinho de transporte, posicionado pelo profissional coletor na área verde. O profissional da limpeza da área de isolamento deverá proceder a limpeza das áreas por onde passou o container e a bombona nas áreas internas do isolamento especial;

14. O profissional coletor deverá encaminhar os resíduos diretamente ao carro de coleta da empresa de incineração, passando pela rampa do hospital;

15. Após a entrega dos resíduos aos profissionais do transporte, o profissional coletor deverá seguir ao abrigo externo para desparamentação.

Anexo 6. Protocolo para notificação/investigação epidemiológica3

Atualizado em: 21/10/2014*

1. DEFINIÇÃO CASO SUSPEITO DE EBOLA: Indivíduos procedentes, nos

últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné e

Serra Leoa – OMS) que apresente febre de início súbito, podendo ser

acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta,

gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinas purpúricos e

hematúria.

Os contatos de casos suspeitos identificados deverão ser monitorados por 21 dias após a última exposição conhecida.

CONTACTANTE: Indivíduo que teve contato com sangue, fluido ou

secreção de caso suspeito ou confirmado; ou que dormiu na mesma casa; ou

teve contato físico direto com casos suspeitos ou com corpo de casos

suspeitos que foram a óbito (funeral); ou teve contato com roupa ou

roupa de cama de casos suspeitos; ou que tenha sido amamentado por

casos suspeitos (bebês).

2. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

2.1 Coleta de sangue

A coleta da amostra deve ser realizada de modo asséptico. O responsável

pela coleta deve estar protegido com Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

especificados no protocolo 2 desse plano. O maerial de coleta está armazenado

na sala de insumos da área de isolamento especial e deverá ser separado antes

da entrada na área vermelha. Os materiais usados para a coleta devem ser

descartados nas caixas rígidas dentro do quarto do paciente e posteriormente

auto-clavados e incinerados.

2.2 Tipo de amostra

3 Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde

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Deverão ser colhidas duas amostras de sangue total, uma em tubo de

hemograma (tampa roxa) e outra em tubo seco (tampa vermelha). Amostras

adicionais para exames complementares poderão ser colhidas se houver

indicação clínica. Nos casos de óbitos em que não se tenha obtido o sangue,

fragmentos de vísceras deverão ser colhidos, adotando-se os mesmos cuidados

de proteção. A necropsia só deve ser realizada em locais com condições

adequadas de biossegurança, com a utilização dos EPIs preconizados.

Recomenda-se colher um fragmento de fígado de 1 cm3. Onde não existem

condições adequadas para a necropsia, deve-se utilizar a colheita por agulha de

biopsia.

2.3 Transporte de amostra

O material biológico (sangue ou tecidos) deve ser transportado em gelo seco,

em caixas triplas destinadas a substâncias infecciosas Categoria A UN/2814,

para o Laboratório de Referência – Instituto Evandro Chagas (IEC). O transporte

do material desde a Unidade de Saúde até o Laboratório de Referência (IEC) é

de responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da

Saúde.

2.4 Questionário para acompanhamento dos contatos

1. Data e Local da entrevista:

2. Nome do indivíduo:

3. Sexo:

4. Idade:

5. Profissão/Ocupação:

6. Se profissional de saúde, local de trabalho:

7. Local de residência:

8. Local de procedência:

9. Histórico de contato com contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais de casos suspeitos ou contato com superfícies

ou objetos contaminados por casos suspeitos nos últimos 21 dias:

10. Relação com o(s) caso(s) suspeito(s): familiar___, amigo___, profissional___, sem relação__

11. Quem foi (foram) o(s) caso(s) suspeito(s):

12. Tipo de contato com o(s) caso(s) suspeito(s): físico__, roupas__, sangue ou fluidos corporais__, dormir na mesma casa__, utilizar

os mesmos utensílios domésticos__

13. Data e Local do último contato com o(s) caso(s) suspeito(s):

14. Tempo de exposição ou contato com o(s) caso(s) suspeito(s):

15. Presença de sinais ou sintomas:

16. Data de início dos sintomas:

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2.5 Tabela para monitoramento de contatos:

Nome do contato

Tipo de contato

Data do contato

O contato apresentou febre?

O contato apresentou sinal de

hemorragia?

O contato está vivo?

O contato foi confirmado para

Ebola?

Protocolo 7. Protocolo para manejo clínico de paciente internado

Atualizado em: 17/10/2014

1. Em cada plantão será designado um profissional médico e um profissional de enfermagem (como parte da equipe mínima, composta ainda por profissional de limpeza e supervisor) para atendimento direto destes pacientes.

2. Nenhum outro profissional de saúde terá acesso à área de isolamento especial, ficando estes dois responsáveis pelo atendimento, realização de procedimentos terapêuticos/ diagnósticos e pelo fornecimento de alimentos para os pacientes avaliados.

3. Deverão ser minimizadas as entradas no setor de isolamento:

• Os horários de medicação deverão sempre que possível coincidir com os horários de alimentação e avaliação do estado clínico;

4. Conduta clínica:

• Todos os pacientes deverão, logo após admissão, ter uma veia periférica puncionada para hidratação venosa.

• Sugere-se iniciar tratamento empírico com ceftriaxone, doxiciclina e tratamento adicional para malária em casos provenientes de zona endêmica. Tratamentos adicionais poderão ser iniciados, de acordo com a avaliação clínica e posterior resultado de exames laboratoriais.

• O uso de oxigênio suplementar ficará a critério da avaliação médica. Em caso de suporte avançado, este será realizado dentro da própria área de isolamento.

5. Conduta diagnóstica:

• Serão coletados: Hemograma completo, Ureia, Creatinina, Sódio, Potássio, Magnésio, ALT e AST e teste rápido para Malária e Dengue. Gasometria arterial estará disponível;

• Os exames complementares serão processados no laboratório NB3 do Instituto Oswaldo Cruz;

• No mesmo momento deverá ser coletado material para exame diagnóstico específico no IEC de infecção pelo vírus EBOLA.

• O acondicionamento e transporte da amostra seguirá os procedimentos descritos no protocolo 10 desse plano;

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6. Rotinas de enfermagem:

• Será escalado um técnico de enfermagem por plantão, que ficará responsável apenas por este(s) paciente(s);

• Os horários de entrada da equipe mínima serão definidos diariamente, de acordo com o quadro clínico, para administração de cuidados, medicamentos e das refeições, que deverão ser servidas em utensílios descartáveis, sendo no mínimo duas visitas diárias.

• Na paramentação para entrar no quarto, um supervisor realizará a dupla checagem junto ao profissional que terá acesso ao paciente para garantir a segurança do profissional em relação a biossegurança.

• Fazer a prescrição em três vias, sendo uma para a farmácia, uma para o prontuário do paciente (que fica fora da área de isolamento), e a terceira para checagem da medicação dentro da sala de insumos da área de isolamento especial, devendo ser desprezada ao final do plantão.

• O protocolo de entrada na sala de insumos é igual ao do vestiário 2: tirar a luva de procedimento, higienizar as mãos, colocar novas luvas, e iniciar o processo de preparo de medicação.

• Levar a medicação do horário pronta dentro de um grau cirúrgico para dentro do vestiário 2, se paramentar e sair do vestiário 2 com a medicação preparada para ir para o quarto do paciente. Descartar o grau cirúrgico usado dentro do quarto do paciente.

8. Protocolo de saída da área de isolamento

• Para garantir a segurança e conforto dos pacientes internados no isolamento especial; garantir a segurança dos demais pacientes, visitantes, acompanhantes e profissionais da unidade e evitar a saída acidental do paciente da área de isolamento especial, ou sua entrada na área amarela, a equipe de saúde, ao sair da área de isolamento especial deverá:

o Certificar-se do funcionamento adequado da(s) babás eletrônicas ou sistema de câmeras;

o Trancar as portas de todos os ambientes da área de isolamento especial

• Após a exclusão do diagnóstico de DVE, o paciente deverá sair da área de isolamento com o auxilio de um profissional paramentado, antes que o mesmo tenha qualquer contato com os demais pacientes suspeitos ou confirmados que estejam internados na área de isolamento especial.

• Esse profissional deverá auxiliar o paciente a calçar um par de propés, seguido de cobre-botas, ainda no quarto, assim como auxiliar a descalçar

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o cobre-botas, mantendo no entanto os propés, na passagem entre a área vermelha e a amarela.

• Na porta entre a área amarela e o vestiário 1 ele deverå pisar dentro de um saco colocado no chão, trocar os propés e desprezar os propés antigos e o saco na lixeira, auxiliado por um profissional com a paramentação da área amarela e outro, com a paramentação da área verde (luva de procedimento e propé).

• Na porta entre o vestiário 1 e o corredor ele deverá retirar os propés e pisar fora da área de isolamento especial. Os propés serão descartados e o paciente deverá higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel.

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Protocolo 9. Protocolo em caso de acidente com material biológico

Conduta em caso de exposição percutânea ou muco-cutânea a sangue, fluidos

corporais, secreções, ou excreções de pacientes com DVE suspeita ou

confirmada.

Atualizado em: 17/10/2014

• Interromper imediatamente e com segurança o que estiver fazendo • Comunicar o acidente ao supervisor, através do comunicador localizado

dentro do quarto e pedir ajuda caso necessário. • Sair do quarto do paciente e remover com segurança os EPI de acordo

com o protocolo para circulação de profissionais na área de isolamento especial (protocolo 4 desse plano)

• Lavar imediatamente a pele afetada ou o local da lesão percutânea com sabão, ou clorexidina degermante e água na pia da área intermediária.

o Em caso de exposição muco-cutânea maciça, suspeita ou confirmada, realizar a retirada cuidadosa do EPI no DML e proceder à lavagem da área potencialmente afetada no chuveiro aí localizado

• Em caso de exposição de mucosas (por exemplo, conjuntiva), lavar com grandes quantidades de água ou soro fisiológico

• Não utilizar soluções de cloro ou outros desinfetantes para lavar a pele ou mucosa, tampouco fazer expressão de feridas; esses procedimentos aumentam e não diminuem a exposição.

• Após os cuidados iniciais com a área exposta, saia com segurança da área de isolamento especial e notifique o acidente ocorrido conforme rotina para acidentes com material biológico vigente.

• O profissional exposto deve ser avaliado clinicamente para outras exposições potenciais (HIV, HBV e HCV) e fazer o acompanhamento de rotina (pelo ambulatório de doenças febris agudas), acrescentando o monitoramento da febre, duas vezes por dia durante 21 dias após o incidente, em caso de confirmação da DVE no paciente fonte ou até a confirmação de que o caso não é de DVE, o que ocorrer primeiro.

• No período de observação o profissional sabidamente exposto deverá se abster de realizar viagens para fora do Estado do Rio de Janeiro.

• Caso o profissional exposto apresente febre no prazo de 21 dias de exposição deverá imediatamente comunicar a direção do INI (INFORMAÇÃO OMITIDA – MODELO PARA DIVULGAÇÃO EXTERNA) e evitar qualquer contato físico com parentes, acompanhantes e outros profissionais de saúde sem o uso dos EPI adequados.

• O profissional suspeito de estar infectado deve ser tratado / isolado, e as mesmas recomendações descritas neste documento devem ser aplicadas até que um diagnóstico definitivo, negativo ou positivo, seja feito.

• O rastreamento de contactantes e acompanhamento de familiares, amigos, colegas de trabalho e outros pacientes expostos ao profissional com suspeita de DVE deverá ser realizado conforme descrito no protocolo notificação/investigação epidemiológica (protocolo 6 desse plano)

Protocolo 10. Protocolo para encaminhamento de material biológico para exame Atualizado em 17/10/14.

1. O profissional médico/enfermeiro realiza coleta do material para exame no tempo oportuno dentro do quarto do paciente.

2. Solicita-se a presença do profissional responsável pelo transporte da amostra utilizando o comunicador do quarto.

3. O profissional responsável pela coleta leva o tubo com a amostra do paciente seguindo até o limite da área vermelha.

4. Um outro profissional paramentado com os EPI de área amarela (ver detalhes da paramentação a seguir) aguarda com saco de plástico bolha aberto, de boca larga, no limite anterior à área vermelha

5. O tubo com a amostra deverá ser imediatamente depositado no saco plástico, sem encostar os tubos na parte externa do saco ou no profissional que está recebendo as amostras.

6. O profissional com o saco plástico deposita o mesmo em canister rígido, com tampa de rosca, que estará nas mãos do profissional responsável pela embalagem externa das amostras, sem paramentação especial, aguardando na entrada da área amarela (com os pés na área verde – vestiário 1). O saco deve ser colocado no canister de forma que sua área externa não encoste na área externa do recipiente.

7. O canister será acondicionado em caixa rígida, própria para transporte aéreo ou terrestre, de acordo com o destino final da amostra.

8. Os sacos plásticos, canisters e as caixas para transporte de material estão armazenadas na estante do vestiário 1.

Paramentação e procedimentos do profissional que recebe os tubos no saco plástico

1. Trocar o pijama verde pelo azul e se paramentar conforme o protocolo para entrada na área amarela (ver protocolo 4 desse plano), acrescentando sobre o pijama azul um capote cirúrgico impermeável.

2. Depositar a caixa na pia do lado externo da área externa e o canister aberto no banco do vestiário 1 (próximo à porta).

3. Dirigir-se até o limite entre as áreas vermelha e amarela (com o saco plástico aberto) e posicioná-lo para receber a amostra.

4. Após o profissional da coleta depositar a amostra dentro do saco, fechar as bordas do mesmo e colocar no canister, sem tocar no mesmo, que está sobre o banco. Acionar o profissional que está aguardando para pegar o canister.

5. Retirar as botas conforme o protocolo de saída da área amarela (vide protocolo 4).

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6. Desprezar as botas no recipiente adequado. 7. Retirar o capote, descartá-lo no lixo. 8. Retirar as luvas e descartá-las. 9. Higienizar suas mãos com álcool gel. 10. Trocar o pijama azul pelo verde conforme protocolo 4.

Procedimentos do profissional responsável pela embalagem final das amostras

11. Rosquear firmemente a tampa do canister. 12. Depositar o recipiente dentro da caixa (sem tocar suas bordas e sem

colocar os pés na área do vestiário 1). Mantenha a caixa aberta. Nesse momento poderá ser solicitada a ajuda do supervisor para permitir a adequada desparamentação do profissional responsável por recolher a amostra.

13. Colocar o gelo e fechar a caixa de transporte de amostras e entregá-la ao profissional que fará o transporte até o laboratório.