revista agrorevenda nº44

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gestão da revenda agropecuária Uma empresa do mai/jun 2012 • nº 44 • ano VIII COCAMAR CINCO DÉCADAS DE INOVAÇÃO E maIs: sucEssão a boa goVErnança E o acordo dE sócIos agrInsumos & InduspEc VEm aí o maIor EVEnto do sEtor Luiz Lourenço, diretor presidente da Cocamar tiragem auditada pela

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A única Revista do setor com foco 100% no revendedor agropecuário.

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Page 1: Revista AgroRevenda nº44

gestão da revenda agropecuáriaU m a e m p r e s a d o

mai/jun 2012 • nº 44 • ano VIII

COCAMARCINCO DÉCADAS

DE INOVAÇÃO

E maIs:

sucEssãoa boa goVErnança Eo acordo dE sócIos

agrInsumos& InduspEc

VEm aí o maIorEVEnto do sEtor

Luiz Lourenço,diretor presidente

da Cocamar

tiragem auditada pela

Page 2: Revista AgroRevenda nº44

Seja um revendedor de convert* hd364,híbrido de Brachiaria de alta tecnologia.Acesse nosso site e encontre o distribuidorautorizado dow AgroSciences mais próximo de você.

Híbrido de Brachiaria de alta tecnologia, que proporciona uma pastagem de excelente qualidade forrageira e maior ganho de arroba por hectare. Uma diferenciação que se reflete em lucratividade. Convert* HD364, a inovação chegou ao seu pasto.

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Page 3: Revista AgroRevenda nº44

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nesta edição

índice de anunciantes 29 ABMR&A 05 Agristar 53 Agro DBO 4ª Capa Agroquima 09 Alpargatas 17 BTS Informa Business 45 ControlSoft 27 Dinagro 37 FNP 25 Imeve 3ª Capa InterConf 35 Marcelo Cerutti 51 PwC 2ª Capa e 03 Dow AgroSciences 47 Soesp

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4048

notícias08 As principais informações do agronegócio

fornecedores14 Notícias sobre as ações de destaque da indústria

pwc18 Projeções 2022.

Vislumbrando o futuro do agronegócio

icp rural20 Comercialização de fertilizantes

treinamento cerutti22 Mitos da abordagem ao cliente

markestrat24 O que a revenda pode

aprender com a Azul

gestão26 Pós-venda,

garantia de fidelização

stracta30 Sucessão,

a boa governança e o acordo de sócios

capa32 Cocamar,

Cinco décadas de inovacão

gestão de pessoas38 Manutenção de talentos

como diretriz de estratégia

especial40 Vem aí o grande evento do setor

insumos44 Alerta ao comércio

de sementes ilegais

safra48 Hora de abastecer o campo

prateleira50 A força que o campo precisa

evento54 A força da cadeia

produtiva da carne

profissional de vendas56 Negociando com o cliente:

evite os erros mais comuns

merchandising58 Ferramenta estratégica no PDV

marketing60 As escolhas certas para

acessar o mercado

serviço62 Como montar uma farmácia na fazenda

64 por onde andamos...

66 fotolegenda

mai/jun 20124 AgroRevenda

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6 AgroRevenda mai/jun 2012

palavra do presidente

Caros Amigos,

É um privilégio fazer chegar às suas mãos mais um número de alta qualidade da Revista

AgroRevenda. Nossa capa traz a fascinante história da Cocamar e as cinco décadas focadas

em inovação. Luiz Lourenço, o presidente desta cooperativa, traz com exclusividade para nossos

leitores, todos os detalhes desta trajetória de sucesso.

Também queremos chamar sua atenção para a agenda do II Congresso Andav, que acontece no

princípio de agosto, aqui em São Paulo, e deve ser palco de discussões de alto nível do setor.

Quero destacar ainda a leitura obrigatória dos artigos de todos os nossos colaboradores, que

trazem um mar de informações de qualidade, especialmente para você que vive do e para o

setor de distribuição de insumos, mola propulsora do agronegócio brasileiro.

Um forte abraço.

Carlos Alberto da SilvaPReSIdeNTe do GRUPo PUbLIQUe e PUbLISheR dA PUbLIQUe edIToRAZZ

N PE

RES

Page 7: Revista AgroRevenda nº44

equipe grupo publique

mai/jun 2012 AgroRevenda 7

Filiada à Tiragem auditada pela

PUBLISHER: Carlos Alberto da Silva | MTb 20.330

PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva

GERENTE EXECUTIVA:

CONSELHO EDITORIAL:

EDITORA:

REPORTAGENS:

ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO:

COMERCIAL:

CIRCULAÇÃO:

PRODUÇÃO E ARTE:

FOTO CAPA:

IMPRESSÃO:

TIRAGEM:

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA:

ADMINISTRAÇÃO, COMERCIAL E REDAÇÃO:

Cristiane S. Nogueira

Carlos Alberto da Silvabéth MéloGutche AlborghetiMarcia Miranda

béth Mélo | MTb 11.364

béth MéloPaulo RoqueAndré CasagrandeSimone RubimNathã da Silva Carvalho

Andréia barro

Carlos Alberto da SilvaLucas Marques borgesCristiane S. Nogueira

Marcia Miranda

Marcia MirandaGutche AlborghetiVinicius GalloJuliana VizzáccaroMaria Teresa S. P. T. Pietraroia

divulgação Cocamar

Gráfica Mundo

7.000 mil exemplares

A Revista AgroRevenda é uma publicaçãoda Publique editora, empresa do GrupoPublique, dirigida a proprietários, gerentes e balconistas de revendas agropecuárias.

ISSN 1808-4869

A revista AgroRevenda está matriculadasob nº 497629 no 4º Registro de Títulos edocumentos e Civil de Pessoa Jurídica,conforme a Lei de Imprensa e Lei deRegistros Públicos.

Al. Itu, 1063, 2º Andar, Jardins São Paulo/SP • 01421-001Tel./Fax: (11) 3063.1899www.agrorevenda.com.br

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www.agrorevenda.com.brTwitter@GRUPoPUbLIQUe

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Slideshareslideshare.net/grupopublique

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Twitter@AgroRevenda

Facebookfacebook.com/pages/AgroRevenda/149817891738467

André CasagrandeJoRNALISTA

bruno KnoopATeNdIMeNTo e RP

Paulo RoqueJoRNALISTA

Marcia MirandaMÍdIA ePRodUÇÃo GRÁFICA

Vinicius GalloRedAToR edIReToR de ARTe

Maria Teresa S. P. T. PietraroiaASSISTeNTe de ARTe

Rafaela FerrazSeCReTÁRIA dAPReSIdÊNCIA

Juliana VizzáccaroASSISTeNTe de ARTe

béth MéloJoRNALISTA

Gutche AlborghetiRedAToR edIReToR de ARTe

Nathã da Silva CarvalhoCoRReSPoNdeNTe RS

Lucas Marques borgesASSIST. de ATeNdIMeNTo e RP

Andréia barroAdMINISTRATIVo/FINANCeIRo

Simone RubimJoRNALISTA

Page 8: Revista AgroRevenda nº44

8 AgroRevenda mai/jun 2012

notícias

PRÊMIO ANDEF 2012em junho, o esporte Clube Sírio,

em São Paulo, foi palco da festa de premiação da XV edição do Prêmio Andef 2012, que homenageou sete categorias: Profissionais, Campo Limpo, Cooperativismo, Revendas e distribuidores, Prêmio especial para Revendas e distribuidores, Indústria e Jornalismo. “Ano após ano, vemos que os participantes buscam melhorar e adaptar seus projetos às necessidades do homem e do campo. Nosso objetivo é fomentar ações de educação no campo visando à sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, disse o gerente de educação da entidade, José Annes Marinho.

Confira os vencedores desta edição:

ProfissionaisAristeu doreto da Rocha, ArystaPatrícia de Carvalho Guerra, bASFFabiano Murta, bayerAlison de Santi Rampazzo, doweduardo henrique barros, duPontLeonardo Vitti brusantin, FMCSuellen Sarah drumond Linhares, IharaJeferson Ciro Gomes beck, MonsantoCleyton Nascimento, Syngenta

Campo LimpoCearpa, Primavera do LesteFrafam e FeI, ItuveravaCoplacana, PiracicabaArasul, Araranguá

CooperativismoCoplana: Aplique certoboas práticas agrícolasCoopercitrus: Música nas escolasResponsabilidade socialCAMdA: Colabore agricultorResponsabilidade ambiental

Revendas e Distribuidoresdefagro: Plantando Tecnologiaboas práticas agrícolas3 Tentos: Semeando paraum mundo melhorResponsabilidade SocialSinagro: Semana SocioambientalResponsabilidade ambiental

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Categoria Responsabilidade Social

Categoria Boas Práticas Agrícolas

Cooperativas e Revendas

Page 9: Revista AgroRevenda nº44
Page 10: Revista AgroRevenda nº44

notícias

10 AgroRevenda mai/jun 2012

Prêmio EspecialRevendas e DistribuidoresAgro Amazôniaeducar: Segurança e Saúde. Contribuindo com o Rio Verde,onça Parda, Amor e Ação.

IndústriaArysta: Programa Aplique bem(Grupo Pão de Açúcar)boas práticas agrícolasFMC: Plantando o 7. Árvore da VidaResponsabilidade socialbASF: Mata Viva.Atlas AmbientalResponsabilidade ambiental

JornalismoMariana Aranha, Canal Rural:Integração Lavoura–Pecuária– Floresta.Mídia eletrônicaLeandro Mittmann, A Granja: Agricultura praticada com respeito à água.Mídia Impressa

TIME AGRO BRASILedson Arantes do

Nascimento, o Rei Pelé, é a estrela do Time Agro brasil, iniciativa da CNA ( C o n f e d e r a ç ã o da Agricultura e Pecuária do brasil) em parceria com

o Sebrae (Serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas). o objetivo é consolidar a imagem do agronegócio sustentável brasileiro no País e no exterior. A campanha foi lançada dia 10 de julho e será realizada até 2014. durante esse período serão divulgadas as práticas sustentáveis adotadas pelos produtores rurais brasileiros, além de outras iniciativas que assegurem a boa qualidade do produto nacional.

o Time Agro brasil vai mostrar que o País tem uma das melhores e mais sustentáveis agropecuárias do mundo, utilizando apenas 27,7% do território nacional para produzir grãos, carnes, matéria-prima para biocombustíveis e cultivar florestas. Além disso, mantém intactos 61% dos seus biomas.

CONTABILIDADE E GESTÃO FINANCEIRA

Com a finalidade de qualificar e capacitar as revendas agropecuárias e pets shops em contabilidade básica e gestão financeira, foi lançado pela empreende Consultoria e Treinamentos e a Vet Agrogestão o Curso Prático de Contabilidade e Gestão Financeira aplicado à Revenda Agropecuária e Pet Shops, a ser realizado em Salvador (bA), nos dias 1º e 2 de setembro, e em Teresina (Piauí), de 26 a 28 de outubro. o curso terá uma carga horária de 20

horas e será destinado aos profissionais ligados ao segmento de revendas agropecuárias.

estima-se que no brasil existam 8,5 mil revendas agropecuárias para atender os quase 7 milhões de produtores rurais e que, segundo o professor Guilherme Vieira, exercem um importante papel no agronegócio brasileiro, pois constitui-se pelo mais importante canal de distribuição que disponibiliza os insumos para a produção agrícola e pecuária aos consumidores rurais. A supervisão técnica é de Guilherme Vieira, professor de Agronegócios da Unime e Qualyagaro Consultoria & Treinamento, e a será ministrado por Sionaldo Rôxo, da empreende Consultoria e Treinamentos e professor da Fundação Visconde de Cairu.

Informações por e-mail:[email protected],tel.: (71) 8318-1331 ou no site

www.vet-agrogestao.blogspot.com.br ou com o professor Guilherme Vieira, tel.: (71) 9161-2740,

e-mail: [email protected]

AGRONEGÓCIO IMPULSIONA EXPORTAÇÕES

A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras passou de 37,6% em junho de 2011 para 41,7% em junho de 2012, totalizando US$ 8,07 bilhões. No mesmo mês, as importações somaram US$ 1,07 bilhão. Com o resultado, o saldo da balança comercial do setor foi superavitário em US$ 7 bilhões no mês, segundo números da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a partir dos dados do Ministério do desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior. No acumulado de 12 meses as exportações do agronegócio somaram US$ 96,57 bilhões. As importações do setor foram de US$ 17,12 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 79,45 bilhões. As vendas externas tiveram um crescimento de 14,1%,

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Prêmio Especial Revendas e Distribuidores

Page 11: Revista AgroRevenda nº44

enquanto o incremento nas importações foi de 9,4% em relação aos doze meses anteriores.

o complexo soja puxou o desempenho, com US$ 27,37 bilhões, ou 28,3% das vendas externas. destacaram-se, em seguida, as carnes (US$ 15,64 bilhões), o complexo sucroalcooleiro (US$ 15,42 bilhões), produtos florestais (US$ 9,38 bilhões) e café (US$ 7,94 bilhões). os cinco setores foram responsáveis por 78,4% das exportações do agronegócio no período. A China permanece como principal país de destino das exportações, com o maior crescimento nas vendas externas (57,7%) e sua participação passou de 14,7% para 20,3%. os estados Unidos estão em seguida com US$ 6,68 bilhões, aumento de 16,9% nos últimos 12 meses.

SAFRA DE GRÃOS: 162,6 MILHÕES DE T

A estimativa para a safra de grãos 2011/2012 é de 162,6 milhões de toneladas, 0,1% a menos do que o obtido na safra 2010/2011, quando atingiu 162,8 milhões de t. As informações são do décimo levantamento de safra, divulgado dia 5 de julho, pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). o estudo aponta 0,1% a menos do que o obtido na safra 2010/2011, quando atingiu 162,8 milhões de t.

os números indicam crescimento da produção do milho segunda safra de 60,9% ou o equivalente a 13,08 milhões de t sobre a última safra, alcançando 34,57 milhões de toneladas (t). No ano passado, foram colhidas 21,48 milhões de t. Somando a colheita da primeira e segunda safras, o incremento é de 21% ou de 12,07 milhões de t, alcançando 69,48 milhões de t. Já a soja, retraiu (-8,9 milhões de t) e o arroz também (-2,05 milhões de t). As reduções se devem, principalmente, às condições climáticas não favoráveis.

A estimativa total de área plantada é de 50,83 milhões de hectares, aumento de 1,9% ou 960,7 mil hectares a mais

do que a da safra 2010/2011, quando atingiu de 49,87 milhões de hectares. A área cultivada do milho segunda safra cresceu 22,7 % ou 1,3 milhão de hectares. A soja vem em seguida, com aumento de 3,4% ou 819,5 mil hectares a mais. Por outro lado, as culturas de arroz e feijão apresentaram redução na área.

FINANCIAMENTO DO ABC CRESCE 206,5%

As contratações registradas por meio do Programa AbC, que incentiva a adoção de boas práticas pelos agricultores brasileiros, cresceram 206,5% entre julho de 2011 e maio de 2012, comparado ao mesmo período da safra 2010/2011, segundo o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). os produtores contrataram R$ 1,12 bilhão entre julho de 2011 a maio de 2012, com juros de 5,5% ao ano, por meio do banco do brasil e do bNdeS (banco Nacional de d e s e n v o l v i m e n t o econômico e Social). Também se destacaram os f i n a n c i a m e n t o s de investimento por meio do Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais,) no valor de R$ 452,2 milhões, e do Moderinfra (Programa de Incentivo a Irrigação e Armazenagem), no total de R$ 210,9 milhões, ambos com juros de 6,75% ao ano. Com esse resultado, o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) aplicou R$ 4,5 bilhões para custeio e comercialização, entre julho de 2011 e maio de 2012. o total financiado para custeio, investimento e comercialização no País foi de R$ 93,10 bilhões, dos quais, a agricultura empresarial aplicou R$ 81,33 bilhões.

www.agricultura.gov.br

RAIO X DO SETOR DE FERTILIZANTES

A Prime Action Consulting, realizou, pela internet, uma pesquisa nacional inédita junto a alguns dos principais canais de distribuição de fertilizantes, com o objetivo de conhecer melhor a sua realidade, perfil, demandas e prioridades na comercialização de fertilizantes. As empresas interessadas em conhecer mais detalhes da pesquisa devem entrar em contato com a Prime Action pelo telefone: 11 3927-3100 (com Jacira) ou pelo e-mail: [email protected]

Em sua opinião, quais atributos abaixo, têm maior peso para que o cliente escolha comprar de uma determinada empresa de fertilizantes?

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Foi aprovado, no dia 26 de junho, pela Câmara dos deputados, o Projeto de Lei 1080/03 que cria os medicamentos genéricos veterinários. o projeto já passou pelo Senado e segue para sanção da presidente dilma Rousseff.

o projeto define o que são produtos veterinários, medicamentos de referência, medicamentos similares e genéricos. estes últimos podem diferir apenas quanto a tamanho, formato e prazo de validade, por exemplo,

mai/jun 2012 AgroRevenda 11

Fonte: Prime Action Consulting – Divisão Agronegócio

8,7% (2)

4,3% (1)

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68,6% (16)

4,3% (1)

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30,4% (7)

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39,1% (9)

43,5% (10)

26,1% (6)

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21,7% (5)

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60,9% (14)

56,5% (13)

52,2% (12)

52,2% (12)

52,2% (12)

73,9% (17)

4,3% (1)

65,2% (15)

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30,4% (7)

78,3% (18)

73,9% (17)

87,0% (20)

13,0% (3)

30,4% (7)

34,8% (8)

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2,48

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1,35

2,61

2,78

2,00

2,78

2,74

2,67

1,67

2,17

2,22

Marca conhecida

Pouco importante Importante Muito importante RankingAverage

Tradição

Preço

Propaganda (Rádio, TV, Revista, Jornal)

AtendimentoEquipe de vendas

do fabricanteEquipe de vendas

da revenda

Prazo de EntregaCondição de pagamento

Qualidade do produto

Indicação

Suporte pós-venda

Orientação técnica

Page 12: Revista AgroRevenda nº44

12 AgroRevenda mai/jun 2012

notícias

mas devem ter a mesma eficiência comprovada (bioequivalência). Para ser registrado junto ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o genérico veterinário deverá comprovar essa bioequivalência em relação ao medicamento de referência e atender a requisitos de taxa de excreção, resíduos e período de carência se usado em animais de consumo.

o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) apoia a iniciativa, porém, preocupa-se com a operacionalização, principalmente, para que sejam definidos os produtos de referência.

www.cfmv.org.br

NOVASOPORTUNIDADES

Segundo as estimativas do Anualpec 2012, lançado em junho, o consumo médio per capita anual de carnes no brasil deve passar de 95,3 quilos em 2011 para 97,5 quilos neste ano. entre as carnes, a fatia que mais deve crescer é a de frango: 4% superior à do ano passado, para 49,2 quilos per capita, conforme a expectativa da Informa economics FNP. Já a carne bovina, terá elevação de 3% em 2012, para 33 quilos per capita.

“o crescimento do consumo de proteínas animais deve-se ao aumento da população mundial e, principalmente, ao surgimento de um grande contingente populacional, que ascendeu em termos

econômicos e tem melhores condições de acesso a esses alimentos”, explica o diretor-técnico da Informa economics FNP, José Vicente Ferraz. No brasil, estima-se em 60 milhões o número de habitantes que saiu da classe d para as mais privilegiadas. em 2006, 34% da população se encaixava no estrato definido como classe C; em 2011, o percentual foi de 54%, segundo a pesquisa do bNP baripas.

EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS

No primeiro semestre deste ano, o Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos) encaminhou para o destino ambientalmente correto 19.550 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos que foram devolvidas nas

mais de 400 unidades de recebimento em todo o país. Segundo o inpeV, essa quantidade representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2011. “em dez anos, o Sistema Campo Limpo destinou mais de 200 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos e sua atividade resultou em benefícios ambientais: 250 mil toneladas de Co2 equivalente deixaram de ser emitidas no meio ambiente, ganho que corresponde a uma economia de 571 mil barris de petróleo”, calcula João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpeV.

www.inpev.org.br

HOMENAGEM AO AGRICULTOR

No começo de julho, a Unidade de Proteção de Cultivos da bASF apresentou, no Rio de janeiro, o vídeo “o Planeta Faminto 2 – Um Novo Capítulo”, uma sequência do vídeo “Um Planeta Faminto e a Agricultura brasileira”, divulgado em 2010. o lançamento ocorreu junto ao anúncio oficial de patrocínio da empresa ao desfile do Grêmio Recreativo escola de Samba Unidos de Vila Isabel, no carnaval 2013, que abordará a importância da agricultura brasileira sob o tema “A Vila canta o brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um...”, com ênfase ao potencial agrícola brasileiro frente à crescente demanda mundial por alimentos e energia.

No novo vídeo são feitas comparações entre a média de consumo de alimentos em países como a China, estados Unidos e no brasil. “em 2011, a população mundial chegou aos sete bilhões de pessoas, o que equivale a 21 bilhões de refeições por dia. As previsões são de que em 2050 o agronegócio tenha que servir 27 bilhões de refeições diariamente. dessa forma, fica evidente como é preciso dar continuidade a ações que esclareçam a sociedade sobre a importância da agricultura”, afirma Maurício Russomanno, vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da bASF para o brasil, durante o evento.

o vídeo “o Planeta Faminto 2 – Um

Fonte: Anualpec 2012; Markestrat

Evolução da renda per capita e consumo de carnes no Brasil

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Page 13: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 13

Novo Capítulo” já está disponível no website da unidade Proteção de Cultivos da bASF:

www.agro.basf.com.br

GOLDEN CARGO INVESTE NA REGIÃO SUL

A Golden Cargo, empresa especializada no gerenciamento e operação da cadeia logística de mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, ampliou seus negócios para a Região Sul do brasil. em junho, a unidade de ernestina, no Rio Grande do Sul, iniciou suas atividades. “Nossa estratégia é oferecer serviços de armazenagem e distribuição de defensivos agrícolas tanto para os fabricantes quanto para as cooperativas. Temos como objetivo, em médio prazo, conquistar 20% do market share”, explica oswaldo d. Castro Jr., diretor-geral da Golden Cargo.

www.goldencargo.com.br

TAXA DE LOTAÇÃO PODE DOBRAR

o brasil pode dobrar o tamanho de seu rebanho sem ter que derrubar uma única árvore, com o uso de tecnologias já disponíveis aos criadores. Afirma Marcos Sampaio baruselli, e diretor do CbNA (Colégio brasileiro de Nutrição Animal) e coordenador nacional de gado de corte e confinamento da Tortuga. Mas,

explica, muito ainda tem de ser feito a respeito do correto uso de tecnologias na pecuária de corte no brasil, tais como o manejo adequado do sistema “solo x planta x animal”, associado à exata suplementação alimentar dos rebanhos, formam a base tecnológica da pecuária de corte sustentável. esses assuntos serão debatidos durante o XI Congresso sobre Manejo e Nutrição de bovinos, organizado pelo CbNA, nos dias 27 e 28 de novembro em Campinas (SP). Mais informações, por telefone (19) 3232-7518 ou por e-mail ([email protected]).

GOIáS SERá SEDE DA INTERCONF 2012

Goiás, estado que lidera o ranking de confinamento de gado no brasil, será novamente sede da Interconf – Conferência Internacional de Confinadores. A quinta edição do congresso será realizada na capital Goiânia, de 11 a 13

de setembro. o evento será um palco de discussões atuais e fundamentais para a evolução da cadeia da carne e seus impactos nos processos produtivos. A Interconf 2012 é resultado de uma parceria entre a Associação Nacional dos Confinadores - Assocon e o Canal Rural.

este ano, o tema da Interconf será “Produção da Carne: Processos desencadeiam Processos”, e vai debater todos os processos realizados pelos produtores de gado “dentro da porteira” para produzir gado de corte da mais alta eficiência e qualidade – processos ligados a pastagem, reprodução, manejo, nutrição, melhoramento genético e diversos outros –, estendendo a discussão até a etapa em que estão completos na forma de animais prontos para abate, e geram diversos outros processos, estes realizados pela indústria frigorífica, responsável por “desmontar” o boi e transformá-lo no produto carne, e pelo varejo, responsável por distribuir a carne aos consumidores.

A Interconf 2012 conta com patrocínio da dow AgroSciences Pastagens, elanco, Tortuga, beckhauser, Casale, Pfizer Saúde Animal e apoio do CePeA e esalq/USP.

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Armazém Golden Cargo

Frota Golden Cargo

Page 14: Revista AgroRevenda nº44

14 AgroRevenda mai/jun 2012

fornecedores

benefícios aos clientes”, comenta Paulo Teixeira, diretor Unidade de Negócios Aves e Suínos

Além dessas novidades, a empresa traz ao evento dois especialistas que farão apresentações técnicas no Simpósio, durante o Congresso. hector Cervantes, Gerente de Serviços Técnicos da Phibro US, falará sobre “o futuro dos antibióticos promotores de crescimento na avicultura”, e Avner Finger, vice-presidente da divisão de Vacinas da empresa, dará a palestra sobre “estabilidade Térmica das vacinas Tabic”.

A Phibro tem um portfólio de 45 vacinas que comercializa mundialmente, além das linhas de anticoccidianos, terapêuticos e melhoradores de desempenho.

www.phibro.com.br

PRÊMIO A REVENDASE DISTRIBUIDORES

A multinacional francesa Ceva Saúde Animal vem ampliando sua atuação na pecuária brasileira. Com um novo modelo de negócios focado em uma política comercial multicanal, formação de parceria com grandes clientes pecuaristas e identificação de demanda no campo por meio de vendedores técnicos, a unidade de negócios

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

A duPont do brasil Produtos Agrícolas reuniu, em junho, profissionais do setor sucroenergético na região de São José do Rio Preto – orindiúva, José bonifácio, Votuporanga e Monte Aprazível –

para abordar as perspectivas desse mercado e as tecnologias para época seca da cana-de-açúcar. durante o encontro, representantes da empresa apresentaram estudos e informações sobre o Front®, herbicida para uso em época de seca nas lavouras de cana-de-açúcar (cana soca-seca).

de acordo com a companhia, além de agir sobre as chamadas ‘ervas-problema’ com apenas uma aplicação, em pré-emergência, o produto permite às empresas otimizar recursos em busca do máximo potencial produtivo para a cana-de-açúcar. “Front® foi desenvolvido para que o produtor antecipe para a época seca o controle de ervas daninhas em sua lavoura. o herbicida apresenta efeito residual prolongado, pode ser utilizado tanto no solo quanto na palha e resulta em excelente relação custo-benefício”, resume o diretor de marketing da duPont, o engenheiro agrônomo Marcelo okamura.

www2.dupont.com/Brazil_Country_Site/pt_BR/

VACINAS PARA AVICULTURA

durante XXVI Congresso Mundial de Avicultura, que ocorrerá em Salvador (bA), de 5 a 9 de agosto, a Phibro, empresa líder no mercado de aditivos para avicultura, amplia sua participação

no brasil, com o lançamento das vacinas. São elas: Tabic h120, contra bronquite infecciosa das aves; Tabic M.b., contra doença de Gumboro; Tabic V.h., contra doença de Newcastle; e uma vacina quádrupla, Quadractin, contra as doenças de Newcastle, bronquite, Gumboro e Reovírus.

A Phibro tem um extenso portfólio de vacinas que são produzidas em sua fábrica de Israel. “Lançaremos aquelas que sejam mais adequadas ao mercado local. Inicialmente, serão essas quatro, mas outras virão, conforme a necessidade. A própria tecnologia de produção de vacinas em tabletes efervescentes já proporciona vários

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Vacinas da Phibro para aves

Palestra da DuPont, realizada em José Bonifácio

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mai/jun 2012 AgroRevenda 15

exclusiva de vendas, que será definida em breve. “A MSd Saúde Animal precisa de uma área com dedicação exclusiva para atender toda a demanda relacionada ao Zilmax. esse novo produto representa a revolução da pecuária brasileira”, justifica Alexandre Silva Alves, diretor de Negócios de Ruminantes.

www.msd-saude-animal.com.br

REFORÇO DA LINHA PET o Laboratório biovet anuncia o

lançamento de dois suplementos da Linha Pet: Amino-Turbo Pet, que oferece suplementação vitamínica, mineral e de aminoácidos para cães e gatos; e Nutramuno (foto anexa), contendo quantidades ideais de betaglucana, indicado para animais submetidos a condições de estresse, vacinações e transportes. os lançamentos reforçam e ampliam a tradicional linha de suplementos da empresa, composta por Condrovet Pet, Stimo-Ton, Carnitina, hemo-Ferr.

www.biovet.com.br

MUDANÇADE NOME

A AGCo, fabricantes de implementos e máquinas agrícolas, que no brasil detém as marcas Massey Ferguson e Valtra,

Pecuária, a empresa registrou um crescimento de 18% em vendas, no segundo semestre de 2011, em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o mercado de saúde animal em pecuária cresceu 14%.

Para comemorar os bons resultados, a Ceva realizou o tradicional Ranking de Vendas, iniciativa que premia com uma viagem internacional as revendas e distribuidores agropecuários que atingiram as metas estabelecidas em conjunto para o ano. em sua 16ª edição, um grupo de 97 pessoas das principais revendas e distribuidores do brasil viajou a Portugal. “Na viagem, tivemos a participação de 27 clientes que representam cerca de 40% do atacado e varejo de produtos agropecuários no brasil. Para 2012, a meta é crescer 15% e a parceria com os clientes é fundamental para atingir esse objetivo”, destaca o gerente de marketing de pecuária da Ceva, Mauricio Morais.

www.ceva.com.br

NOVA PLANTADE BIOLYS®

A evonik Industries AG anuncia a construção de uma unidade para produção biotecnológica de biolys, uma fonte do aminoácido L-lisina utilizada como aditivo nas mais modernas formulações para nutrição animal. A nova planta será construída no complexo industrial da empresa americana Cargill, em Castro (PR), e deve iniciar suas operações em 2014. Para tanto, em 15 de junho deste ano as duas empresas firmaram carta de intenções, segundo a qual a trading disponibilizará

a infraestrutura e fornecerá à evonik m a t é r i a - p r i m a produzida localmente.

“Já há alguns anos registramos uma crescente demanda por biolys® na América Latina, particularmente no brasil”, declarou Patrik Wohlhauser,

membro da diretoria executiva da evonik. “Investindo localmente, ficaremos mais próximos dos clientes, reforçamos a nossa posição nesses importantes mercados para o biolys® e damos mais um passo em direção ao nosso crescimento também no segmento desse aminoácido para nutrição animal”, acrescenta.

www.evonik.com.br

NOVIDADE NA MSD SAÚDE ANIMAL

Com o registro do Zilmax® , a diretoria de Negócios Pecuária da MSd Saúde Animal criou uma estrutura exclusiva para esse segmento de negócios, sob o comando de Tiago Arantes. o gerente será o responsável pela gestão da estrutura de negócios dedicada ao Zilmax® (marketing, comercial e técnico) com reporte direto ao diretor de Negócios Pecuária, Alexandre Alves. A equipe contará ainda com Rodrigo Goulart, gerente Técnico Zilmax e equipe

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Tiago Arantes, gerente da MSD Saúde

Suplemento Nutramuno

Ranking de Vendas, festa premiação da Ceva

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16 AgroRevenda mai/jun 2012

fornecedores

produtos receberam nova formulação, o que aumenta ainda mais a qualidade. Todos eles são compostos com nuggets sabor patê de frango”, afirma o diretor da biobase, Agostinho Luiz Giantaglia. www.biobase.com.br

SEDE DA BASF NA AMÉRICA DO SUL

A partir de julho de 2012, a sede da bASF passa a operar na Torre Crystal do condomínio Rochaverá, na Avenida Nações Unidas, 14.171, às margens do Rio Pinheiros, na região do Morumbi, zona sul de São Paulo. o condomínio Rochaverá é equipado com alta tecnologia em termos de gestão de recursos energéticos, tais como água, gás e iluminação, sendo classificado como “Green building” e é o primeiro no brasil a obter o selo americano de “Liderança em energia e design Ambiental” (Leed). “os aspectos da nova sede da empresa na América do Sul estão alinhados com nossa estratégia global, ‘We create chemistry – Nós transformamos a química’, promovendo a inovação e a sustentabilidade, com o desafio constante de formar a melhor equipe na indústria”, destaca Alfred hackenberger, presidente da bASF para América do Sul.

www.basf.com

GRUPO M.CASSABCom investimentos de R$ 15 milhões,

o Grupo M.Cassab inaugurará uma nova fábrica na capital sul-matogrossense ainda este ano. Presente em Campo Grande desde 2004, no ano passado, a empresa registrou aumento de 32% em seu faturamento na região e a expectativa, com a nova unidade, é de atingir 42% de crescimento ainda esse ano. A fábrica será multi espécie, porém, com foco maior em alimentos para ruminantes, especialmente bovinos de corte. Serão produzidos rações, concentrados, suplementos minerais, suplementos minerais proteicos, suplementos minerais proteicos/energéticos, núcleos, premixes e blends.

www.mcassab.com.br

mudou o nome da AGCo Sisu Power, de motores, para AGCo Power, com o objetivo de se aproximar ainda mais da marca principal. Além da AGCo Power, o grupo está segmentado ainda em AGCo Finance (empréstimos e financiamentos), AGCo Service (assistência pós-venda), AGCo ATS (agricultura de precisão), AGCo Academy (capacitação profissional), AGCo Rental (aluguel de máquinas) e AGCo Parts (peças de reposição). o portfólio da AGCo Power conta com motores de potências variadas: de 50 a 750 cavalos, com 3, 4, 6, 7 e 12 cilindros.

www.agco.com.br

GRUPO GENPEC LEITECom objetivo principal de aumentar

a produtividade leiteira dos rebanhos de pequenos produtores oferecendo soluções integradas de biotecnologia, no primeiro semestre de 2012 surgiu a Genpec Planejamento e biotecnologia Animal, grupo do qual a bioembryo, juntamente com as empresas Agriplan, bovigênese e Itagen, são sócio proprietárias. “Nosso objetivo é viabilizar aos produtores da agricultura familiar o acesso à biotecnologia de ponta, de forma a potencializar a qualidade genética de seus rebanhos”, salienta Walt Yamazaki, diretor-presidente da bioembryo.

A divulgação do serviço oferecido pela empresa Genpec é feito por meio de palestras gratuitas em sindicatos rurais ou associações, focando o tema Melhoramento na Produção de Leite. “Além da assessoria técnica veterinária, o criador poderá contar com a elaboração do projeto de investimento para obtenção de financiamentos na rede oficial. desta forma, os produtores poderão aumentar seus rebanhos e sua produção de leite por meio de investimento em melhoramento genético”, complementa Gustavo Cardoso benine, da empresa Agriplan.

www.bioembryo.com.br

REFORÇO NALINHA PET

em junho, a biobase Alimentação Animal anunciou várias novidades para complementar a sua linha Pet, durante evento com a presença da diretoria da hALM (basequimica,biobase e Transmogiana) distribuidores, supervisores, vendedores, funcionários, representantes e donos de petshops. entre os lançamentos estão o biscoito Auk da Vovó (à base de ingredientes naturais e com receita caseira, para ser oferecido diariamente aos cães); Nuggets Miauk 80 g., para felinos, além de Auk Vip Premium Nuggets e o Miauk Vip Premium Nuggets. “Nossos

Linha Pet da BioBase Alimentação Animal

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Page 17: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 17

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Page 18: Revista AgroRevenda nº44

18 AgroRevenda mai/jun 2012

artigo markestrat

PROJEÇÕES 2022: VISLUMBRANDO O FUTURO DO AGRONEGÓCIOO Brasil possui uma audaciosa agenda para o crescimento do setor agropecuário nos próximos 11 anos, a depender das incertezas que envolvem o cenário produtivo

* Vanessa Nardy e Marco Conejero

em maio deste ano, o Mapa

(Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento) divulgou a

nova edição da publicação Projeções do

Agronegócio, que contempla o período

de 2011/2012 a 2021/2022. Quase

simultaneamente, foi lançada a publicação

outlook brasil 2022, fruto de uma parceria

entre a Fiesp (Federação das Indústrias do

estado de São Paulo) e o Icone (Instituto

de estudos do Comércio e Negociações

Internacionais). Motivados principalmente

pela vontade de contribuir com números

estratégicos para a formulação de políticas

públicas e a tomada de decisão no setor

privado, ambos os estudos traçam um

horizonte para os próximos 11 anos da

agropecuária brasileira.

os estudos diferenciam-se em sua

metodologia: enquanto a equipe

do Ministério fez uso de modelos

econométricos específicos, o Icone usou

uma adaptação do modelo da Fapri de

equações de equilíbrio geral entre oferta

e demanda. Além disso, o Ministério

avaliou o cenário para 26 produtos do

agronegócio enquanto o instituto fez a

análise com 16 produtos, mas também

analisou outras variáveis que compõem

a conjuntura do agronegócio. Seguem os

resultados comparativos entre os estudos:

em suma, ambos os estudos indicam

que os produtos com maior dinamismo no

agronegócio serão soja em grão, algodão,

carne bovina, carne de frango, milho e

açúcar porque além de apresentarem

grande tendência de crescimento no

consumo interno, também irão expandir

suas exportações líquidas em 2022.

Segundo o Mapa, a produção de grãos

terá um incremento de 21% enquanto a de

carnes aumentará 43%. e esse crescimento

deverá ser pautado primordialmente em

ganhos na produtividade por meio do uso

intensivo de tecnologia e boas práticas de

manejo. e analisando a cana-de-açúcar,

logo percebe-se que o carro chefe dessa

expansão será o etanol, cujo mercado

brasileiro de veículos flex fuel cresce em

ritmo de franca expansão.

Ademais, embora o comércio mundial

seja um grande balizador da produção

brasileira, vemos que o mercado interno

está ganhando cada vez mais força: o

crescimento da renda média da população

está contribuindo positivamente para

o aumento do consumo de alimentos,

impulsionando a produção agropecuária

do brasil nos próximos 11 anos.

Além disso, a expansão da área

produtiva também é assunto recorrente

em ambos os trabalhos. Cana e soja

são as culturas que deverão apresentar

maiores expansões no território brasileiro,

sendo responsáveis pela inclusão de 6,7

milhões de hectares na área produtiva do

País. essa expansão deverá ser pautada

em áreas de grande potencial produtivo,

localizadas principalmente no Centro

oeste e na região do Matopiba. Segundo

o estudo do Mapa, Mato Grosso deverá

perder força nessa expansão devido

ao alto preço das suas terras quando

comparados à nova fronteira agrícola e

visto que essa expansão é caracterizada

por grandes empreendimentos, o preço

aqui é um fator limitante. enquanto isso,

na pecuária haverá um decréscimo de

5,4 milhões de hectares de acordo com

o estudo da Fiesp/Icone. os ganhos

produtivos advindos do uso intensivo de

tecnologia irão permitir que essa área

seja transferida para o uso produtivo na

agricultura.

Além de trazer dados sobre as culturas

em 2022, o estudo outlook ainda

dissertou sobre mercado mundial,

impactos socioeconômicos, a questão

dos fertilizantes e a logística. e entre todos

esses temas, o que se destacou foi:

1. o brasil aumentará a sua

participação nas exportações mundiais

dos principais produtos do agronegócio

em 2022.

2. A produção e as exportações

brasileiras crescerão a um ritmo inferior

ao observado nos últimos 10 anos, com

exceção da produção de carne bovina,

e ainda assim esse crescimento será

superior à média mundial.

3. Arroz e feijão, dois produtos da

cesta básica, continuarão dependentes

de importações em 2022. As importações

responderão por 4,6% e 2,4% do consumo

de arroz e feijão.

4. o brasil observará uma redução

de 63% no ritmo de incorporação de novas

áreas para a agropecuária.

5. A capacidade de produção de

fertilizantes (NPK) será ampliada em 79%

em 2022, o que reduzirá sensivelmente as

importações, que cresceram a um ritmo de

10% nos últimos 6 anos.

6. Soja, milho e cana continuarão

sendo as principais culturas demandantes

pwc

18 AgroRevenda mai/jun 2012

Page 19: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 19

Situação atual referente aos dados do Mapa estimados para a safra 2011/2012.²Projeção média com base nos dados divulgados pelo Mapa e Fiesp/Icone.³Bilhões de litros.Fonte: Mapa, Fiesp e Icone (2012). Adaptado por PwC Agribusiness Research& Knowledge Center.

Projeção da produção e área plantada safra 2021/2022

Projeção das exportações safra 2021/2022

Situação atual referente aos dados do Mapa estimados para a safra 2011/2012.²Projeção média com base nos dados divulgados pelo Mapa e Fiesp/Icone.³Bilhões de litros.Fonte: Mapa, Fiesp e Icone (2012). Adaptado por PwC Agribusiness Research & Knowledge Center.

de fertilizantes, com 68,5% da demanda

total em 2021.

7. o PIb dos setores analisados

apresentará um crescimento de 42% até

2022. Apesar do crescimento, os mesmos

perderão participação no PIb total do

brasil.

8. Considerando a movimentação

portuária dos produtos do agronegócio

durante o período de safra (pico do

escoamento), 87,5% dos principais portos

do brasil atuarão acima de 100% da

capacidade em 2022

Fonte: Fiesp e Icone (2012). Adaptado

por PwC Agribusiness Research &

Knowledge Center

Cabe ainda ressaltar que há dois fatores

externos que podem ter influência direta

no resultado das projeções. o primeiro

deles é a recente crise econômica, que

afeta os países da União europeia, grande

produtora de alimentos e consumidora dos

produtos brasileiros, e podendo contagiar

outras economias, como a China,

segundo principal destino das exportações

brasileiras. esse cenário de incerteza

pode ter profundos reflexos no preço

das commodities e certamente afetar

as exportações brasileiras que, por sua

vez, tem peso relevante na determinação

da produção. outro fator de impacto

é a tendência para o desenvolvimento

sustentável da Agricultura, corroborado

pelo documento final da Rio+20, cujos

regramentos irão impactar diretamente

a produção de alimentos, fibras e

bioenergia. Assim, o brasil possui uma

audaciosa agenda para o crescimento do

setor agropecuário nos próximos 11 anos,

a depender, claro, das incertezas que

envolvem esse cenário produtivo.

* Vanessa Nardy é bacharel em economia pela FEA-RP/USP e analista sênior do centro de inteligência em agronegócios da PwC.

Marco Conejero é gerente do centro de inteligência em agronegócios da PwC, economista e doutor em administração pela FEA/USP.

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mai/jun 2012 AgroRevenda 19

Page 20: Revista AgroRevenda nº44

índice de confiança do produtor

20 AgroRevenda mai/jun 2012

ICP

COMERCIALIZAÇÃODE FERTILIZANTESO crescimento da venda desses insumos pelos canais de distribuição é uma oportunidade que exige cautela, em razão dos desafios de gestão Matheus K. Marino e Camila Dias de Sá *

Nas últimas edições da AgroRevenda destacamos a contribuição do ICPRural Insumos

para a manutenção da elevada confiança dos produtores rurais brasileiros. A disposição para aquisição de fertilizantes, defensivos e sementes vem aumentando consistentemente, na comparação mensal, ao longo dos últimos anos. Conforme pode ser notado no gráfico 1, que apresenta a evolução histórica do ICPRural Insumos, a confiança é sempre maior a cada ano em relação ao mesmo mês do ano anterior.1

A observação dos números expostos pelo Índice de Confiança do Produtor Rural nos leva a explorar mais profundamente os fatos que permeiam o hábito de aquisição de insumos pelos produtores rurais brasileiros. o crescimento da demanda por fertilizantes destaca-se na comercialização de insumos agrícolas. A tabela 1 apresenta a evolução da entrega de fertilizantes ao agricultor brasileiro.

Tradicionalmente, o mix de produtos oferecidos pelos canais de distribuição de insumos aos produtores é bastante dependente da oferta de defensivos, mas, recentemente itens como fertilizantes e sementes vêm crescendo em representatividade. A atual safra agrícola revela como tendência, na distribuição de insumos agrícolas, o crescimento da comercialização de fertilizantes pelas revendas.

este artigo explora os fatores que induzem o crescimento da comercialização de fertilizantes pelos canais de distribuição e os desafios de

gestão que essa tendência imprime.

A mudança na estratégia de originação de grãos pelas tradings é o principal fator indutor do crescimento da representatividade dos fertilizantes nas revendas. Grandes tradings têm reduzido a originação direta com o agricultor e vêm garantindo seu suprimento via cooperativas e revendas. Assim, a aquisição da produção passa a ser desempenhada pelos canais de distribuição e cerealistas regionais, e as tradings focam no processamento e na exportação.

Com essa mudança de papéis, o insumo fertilizante torna-se fator decisivo para a garantia da entrega da produção. Como este é o principal item no custo de produção da maioria das culturas, a decisão de compra é antecipada. No processo de decisão, o agricultor compra prioritariamente o fertilizante e a semente para, na sequência, adquirir os defensivos. Assim, ao comercializar fertilizantes e sementes, a revenda amplia sua capacidade de originação, trava a entrega da safra e a comercialização de insumos.A simplificação da documentação também contribui para a

1 Em 2012, apesar de o ICPRural estar em patamar inferior ao de 2011, o índice específico ICPRural Insums, revela maior confiança do produtor rural para aquisição de insumos em 2012 comparativamente a 2011.

Gráfico 1 - Evolução histórica do ICPRural Insumos (em pontos)

Fonte: Uni.Business Estratégia

Page 21: Revista AgroRevenda nº44

AgroRevenda 21mai/jun 2012

comercialização conjunta de uma solução tecnológica contemplando sementes, fertilizantes e defensivos. A relação entre o agricultor, os canais de distribuição e as empresas comercializadoras passa a ser pautada por apenas um contrato. As garantias ficam amarradas a este contrato que garante os insumos adequados ao agricultor, o recebimento de contas por parte dos canais e a originação para as tradings. estas últimas reduzem o número de contratos, passam a gerenciar o relacionamento com poucos canais ao invés de inúmeros agricultores.

A competição entre os misturadores de nutrientes também induz a maior inserção de revendas e cooperativas na distribuição de fertilizantes. o atual modelo de distribuição de fertilizantes contempla a participação dos representantes comerciais, ou seja, a existência de um agente comissionado que comercializa fertilizantes em nome do misturador. esse modelo induz a uma excessiva competição entre os representantes comerciais, que em inúmeros casos representam vários misturadores, e consequentemente a uma queda de margem para todos os agentes atuantes na cadeia produtiva. os misturadores de fertilizantes passam a gerenciar cada área de atuação, selecionando canais de distribuição estratégicos e ampliando o controle dos preços de ponta praticados no mercado.

GERENCIAMENTODAS OPERAÇÕES A comercialização de fertilizantes caracteriza-se como um mercado de commodities, ou seja, grandes volumes e margens reduzidas. Nesse mercado a exposição ao risco deve ser mínima, caso contrário, uma inadimplência ou reversão de preços pode gerar um passivo pesado demais.

diferentemente do que ocorre com outros insumos agrícolas, os custos dos fertilizantes sofrem fortes oscilações e os canais possuem recursos limitados para minimizar seu impacto. A opção pela fixação antecipada do preço, ou

seja, garantia do custo de compra é extremamente arriscada, uma vez que o canal não possui controle do preço de venda.

É comum verificar situações em que o canal está fora do mercado de fertilizantes, compra o insumo antecipadamente com preço fixo e o preço de ponta ao agricultor cai, no entanto, os fornecedores de fertilizantes não renegociam as condições comerciais acordadas. o mecanismo atualmente empregado para gerenciar a relação entre o preço de compra e o de venda é a comercialização praticamente spot. o canal de distribuição desenvolve uma estrutura interna de compras que realiza as operações diariamente a fim de fixar o volume comercializado com os agricultores no referido período.

CUSTO FINANCEIROA compra de fertilizantes se dá no curto prazo, e em inúmeros casos a venda ao agricultor ocorre no prazo safra, o que gera “buracos” no fluxo de caixa. Assim, o canal deverá estruturar um elaborado planejamento financeiro para suportar as operações. A identificação do custo financeiro de captação de recursos e a inclusão no custo do produto são fundamentais para gerenciamento da margem no negócio.

GARANTIASA comercialização de fertilizantes envolve montante substancial de recursos. os canais precisam dimensionar sua capacidade de captação de recursos. As atuais garantias empenhadas na comercialização dos demais insumos competirão com as necessidades financeiras advindas da venda de fertilizantes, o que poderá impactar o limite de crédito com os atuais fornecedores.

o momento é ímpar! o ambiente competitivo favorece o crescimento

da comercialização de fertilizantes pelos canais de distribuição. Cabe aos mesmos avaliar os fatores condicionantes desse mercado para tomada de decisão. Você está preparado?

Para acompanhar as expectativas dos produtores rurais e assim planejar o atendimento da demanda, acompanhe os resultados do ICPRural e do ICPSoja nessa coluna. os resultados também estão disponíveis na página na web da AgroRevenda.

Tabela 1: Entrega de fertilizantes ao produtor (em mil toneladas)

Fonte: Anda (2012)

Uni.Business Estratégia

A Uni.business estratégia é umaorganização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro.

Site: www.unibusiness.orgTel.: (11) 3034-3316Parceria: Canal Rural

* Matheus K. Marino é doutor em Administração pela FEA/USP, sócio da Uni.Business Estratégia e professor da EESP-FGV

* Camila Dias de Sá é mestre em administração pela FEA-USP e consultora associada da Uni.Business Estratégia.

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Page 22: Revista AgroRevenda nº44

22 AgroRevenda mai/jun 2012

treinamentocerutti

MITOS DA ABORDAGEM

Tenho promovido o Treinamento

Show em Vendas Agro em

diferentes empresas do

agronegócio, desde revendas

agropecuárias, cooperativas, escritórios

de representação e industrias de

suplementação mineral, fertilizantes

e medicamentos veterinários. em

cada um desses eventos encontro

profissionais com acentuada

experiência e também aqueles que

estão iniciando na atividade de

vendedor, e aproveito a oportunidade

para aprender muito com todos

eles. Mas o que tem me chamado a

atenção é a demasiada preocupação

dos jovens profissionais quanto ao

segundo fundamento do programa

de técnicas de vendas, a abertura,

também conhecida como abordagem.

Confesso que no início da vida de

vendedor eu também tinha essa mesma

preocupação, o que me leva a crer que,

por se tratar de um fundamento inicial,

é natural que os profissionais iniciantes

tenham dificuldade em dar o primeiro

passo, ou seja, “como devo chegar no

cliente?”. Contudo, tirando a ansiedade

típica das primeiras abordagens,

quero apontar algumas considerações

que fazem parte da minha reflexão

como treinador em vendas e outras

considerações feitas por Neil Rackham,

no capítulo 7 do livro Alcançando

excelência em Vendas, da editora

M.books. Vamos lá:

1. Regra básica: sorria sempre,

crie sinergia e empatia com seu

cliente. o entusiasmo é contagiante.

Apresente-se como um profissional

feliz. Se você não conseguir encantar

seu cliente, não espere que alguém o

faça por você.

2. Recebe o seu cliente na

porta, levante-se e vá ao encontro dele,

estenda a mão, chame-o pelo nome e

apresente-se deixando o seu cartão,

no início, pois isso vai facilitar para ele

também lhe chamar pelo nome. em

uma das minhas primeiras abordagens

em vendas, quando iniciei como

técnico agrícola, lembro que fui visitar

um cliente, na companhia do diretor da

empresa para a qual trabalhava. Por

displicência, cumprimentei o cliente,

mas não estendi a mão e, após a visita,

tive que ouvir boas do meu diretor: foi

o suficiente para nunca mais deixar

Marcelo Ceruttié veterinário e pós-graduado em Gestão Empresarial, com ênfase em Marketing e Recursos Humanos, e diretor da MC - Consultoria e Treinamentos,Campo Grande - MS. AO CLIENTE

22 AgroRevenda mai/jun 2012

Contato: [email protected] | (67) 8124-6558

Marcelo Cerutti *

O vendedor deve estar focado no seu objetivo, concentrado na sua meta de vendas e interessado em oferecer a solução certa.

Page 23: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 23

de estender a mão a quem quer que

seja. Um simples gesto que faz toda a

diferença.

3. os primeiros 15 segundos

são importantes para o seu cliente e

para você. Não faça pré-julgamento.

Não existe nada mais desagradável

que entrar em uma revenda e não ser

percebido e ouvir do vendedor, que

chega e pergunta: “o senhor precisa

de alguma coisa?”

4. dedique-se em acolher bem

o seu cliente, o mais difícil ele já fez,

escolheu a sua revenda para comprar,

entrou nela, está na sua loja e espera

ser bem atendido. Portanto, comece

oferecendo um café ou uma água e

uma cadeira para ele se sentar.

5. Abordagens relacionando

interesses pessoais do comprador

como, por exemplo, receber o

cliente com histórias pessoais que

aproxime o relacionamento, são

utilizadas em situações nas quais o

comprador dispõe de tempo para

conversar sobre o assunto sem

prejudicar suas tarefas. Compradores

ocupados e especialmente clientes

que detém um maior

poder de decisão,

principalmente em

vendas grandes

(acima de US$ 5

mil), não vão dispor

de tempo para falar

sobre temas pessoais.

Tenho observado que

a dinâmica do dia a

dia obriga as pessoas

correrem para resolver

suas tarefas, assim,

fazer da abordagem

uma história pessoal

pode aborrecê-lo com

a perda de tempo. Por

outro lado, vendedores

que condicionam seus

clientes com assuntos

pessoais correm o risco

de não correspondê-los e, quando não

dispuser de tempo, o cliente poderá

sentir-se ofendido pela falta de atenção.

6. Fazer uma afirmação sobre

o benefício do produto na abordagem

ao cliente. Começar com uma frase de

impacto, como, “vai levar hoje o melhor

produto para aumentar a produtividade

da lavoura”, ou, “vamos comprar hoje

o produto que vai acabar com os

carrapatos”. essa parece a forma mais

comum de abrir uma abordagem, mas

esconde um erro grave no treinamento

da equipe comercial: tentar “adivinhar”

as necessidades do cliente. existe uma

relação direta entre sucesso em vendas

e identificação das necessidades de

compra. Tentar fazer isso no início da

conversa leva o cliente a se fechar

com objeções do tipo: “quanto custa

esse produto?” “Mas eu não tenho

problema com produtividade e nem

com carrapato!”, “Já comprei!”.

7. em uma relação comercial

está no controle quem tem a

capacidade de fazer o maior número

de perguntas, e a regra é clara: o

vendedor tem de estar no controle.

Portanto, a abordagem deve ser rápida,

sem perda de tempo, e caminhar logo

para perguntas de situação.

8. o estágio da abertura não

é o mais produtivo da venda para

você nem para o seu cliente. Um erro

comum, principalmente no caso de

vendedores iniciantes, é gastar tempo

demais com temas amistosos, como

esporte, política, televisão, vida pessoal,

fofoca... Como resultado, acaba

faltando tempo para o fechamento e

para vendas adicionais.

9. Não se preocupe

demasiadamente com a abordagem,

valorize o conteúdo do seu trabalho.

dedique-se ao conhecimento de

produto e a atender as expectativas

do cliente, pois não há nada mais

frustrante para um cliente que um

vendedor desinteressado.

10. embora não exista nenhuma

medida exata de tempo que deve ser

dedicado à abordagem, vendedores

bem-sucedidos não gastam mais que

20 % do tempo total da venda para a

abordagem.

Por fim, quero reforçar o conjunto

da obra, pois todas as etapas são

importantes e estão interligadas. Cabe

ao vendedor focar no seu objetivo,

concentrado na sua meta de venda

e interessado em oferecer a solução

certa para o seu cliente.

Tenho dito que o foco não é o cliente,

até porque, em razão da diversidade

de oportunidades que o setor oferece,

daqui a pouco, seu cliente que criava

boi estará plantando soja ou eucalipto

e vice-versa. então, para quem

trabalha com venda no agronegócio, o

FoCo é o negócio do cliente ou core

business ou atividade do cliente. Faça

da abordagem uma atitude positiva

e motivadora, pois assim você será

capaz de garantir que a venda se

concretize. ar

AgroRevenda 23mai/jun 2012

Page 24: Revista AgroRevenda nº44

24 AgroRevenda mai/jun 2012

O QUE A REVENDA PODE APRENDER COM A AZUL

Matheus Alberto Consoli, Lucas Sciencia do Prado e Luciano Thomé e Castro *

Para começar a conversa, sua empresa tem vontade de crescere voar mais alto? Quais são as ambições, objetivos e planos quesua empresa tem para o futuro?

markestrat

24 AgroRevenda mai/jun 2012

centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia

Nesse artigo vamos discutir mais um modelo de negócio, considerado um sucesso em seu setor de

atuação, para entendermos como os distribuidores brasileiros podem aprender com esses bons exemplos, tornando suas empresas mais inovadoras e competitivas.

Mas falando um pouco da Azul, essa companhia aérea entrou no mercado brasileiro há pouco tempo, se estabeleceu fora do tradicional eixo Rio-São Paulo e de grandes capitais e em poucos anos transformou o moribundo aeroporto de Viracopos, em Campinas, em um dos principais do brasil. Além disso, a empresa apostou num mercado “novo” que surgia nos meados dos anos 2000, que marcou a ascensão da classe C. Ganharam os clientes, ganhou a empresa. hoje a Azul já se configura como uma das principais empresas operando no mercado brasileiro – e mais importante – com rentabilidade.

dentre outras coisas, a Azul saiu do tradicional modelo estratégico de baixo custo versus alto luxo e serviços (diferenciação) e adotou um posicionamento estratégico mais moderno. do ponto de vista estratégico, aparece que excelência operacional e intimidade com os clientes foram priorizados pela empresa desde o início de suas operações. Vamos, então, destacar alguns atributos visíveis dessas estratégias e discutir como podemos tirar aprendizados que possam ser utilizados no setor de distribuição de insumos.

OPERAÇÃO DE BAIXO CUSTO Assim com o mercado de insumos, a

aviação lida com elevada concorrência e regulações. excelência operacional e baixos custos são vitais para manter a rentabilidade das operações. Alguma semelhança com seu negócio?

- Localização estratégica: apenas ao definir seu hub fora do eixo de grandes aeroportos e capitais, a empresa teve vantagens. Pode ter perdido um pouco em conveniência para alguns clientes, mas por outro lado se posicionou como uma empresa mais regional, próxima dos clientes do interior e permitindo acesso a serviços de aviação a uma massa de clientes novos. Com serviços de apoio, transporte de ônibus para cidades ao redor de Campinas e São Paulo, resolveu a desvantagem de não estar concentrada nas capitais.

Como aprendizado fica a lição de que, apesar da importância da localização da sua empresa, é possível superar essas questões com serviços de apoio e estratégias inteligentes. Ao crescer com voos curtos para cidades do interior, levando passageiros para Campinas, os distribuindo para outras localidades também nos traz alguns pontos: É preciso crescer com estrutura completa em todas as lojas e filiais? Por que não ter hubs regionais e atuar apenas com estrutura básica em algumas localidades? Isso implica possibilidade de crescimento para revendas com postos avançados, por exemplo, mais manutenção de estoques

e serviços corporativos em unidades principais da empresa.

- Uniformidade e padronização: é básico para empresas aéreas manter frotas padrão e procedimentos rígidos de operação para reduzir custos como manutenção, processos e equipes. Quão uniformes são os processos da sua empresa, principalmente para aqueles que possuem mais de uma loja ou unidade? Para empresas de distribuição de insumos isso vale para frota de veículos, processos de venda, crédito e financeiro. Capacitação da equipe e regras básicas de atuação também podem ser mais uniformes, ajudando a dar uma “cara” única para a empresa e reduzir custos. Pense nisso!

INTIMIDADE E RELACIONAMENTO A Azul inovou em duas questões principais

na forma de se relacionar com clientes. Primeiro, mudou o tradicional sistema de fidelidade, que acumula pontos para se enquadrar em determinada categoria ou nível, e, a partir de certo número de pontos, pode-se trocar por passagens ou produtos. Segundo, mudou os script tradicional e serviço de bordo para algo mais amigável e próximo dos clientes.

No caso do programa de relacionamento, o cliente recebe um porcentual do valor de suas passagens como bônus que pode ser já utilizado na compra da próxima passagem, sem necessidade de acumular quantidades mínimas para trocas. Além disso, permite que clientes de menor potencial ou pouco frequentes usufruam desse benefício, o

Page 25: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 25

ar

que é bem mais difícil nos programas das empresas concorrentes.

e as revendas, o que estão fazendo? de modo geral, verificamos mais do mesmo. Primeiro, apenas clientes grandes ou produtores de maior potencial são beneficiados por algum tipo de programa ou benefício – em geral de serviços – oferecidos pelas revendas. Ademais, existem muitos benefícios pessoais, como viagens, brindes, eventos, e poucos benefícios de valor orientado ao negócio do produtor.

outro ponto diz respeito à comunicação e serviços de apoio. Nesse sentido, a Azul tem um toque mais despojado e menos formal na comunicação impressa, dentro das aeronaves e com sua equipe. o serviço de bordo, apesar de padronizado, traz certa “customização” ao deixar o cliente escolher entre algumas alternativas de snacks e bebidas. A equipe também é bastante atenciosa.

No caso das revendas de insumos, é preciso revisar os modelos de negócios, aprender e tirar novas ideias – como esse

exemplo da Azul – para inovar processos, produtos e serviços, principalmente relacionados à operação do negócio e relacionamento com clientes. Pense fora do “quadrado”, pense Azul, e saia do Vermelho.

bons Negócios!

* Os autores são consultores da Markestrat e atuam em projetos em agronegócios e distribuição de insumos agropecuários. Para maiores informações, acesse www.markestrat.org

* Matheus Alberto Consoli é especialista em Estratégias de Negócios, Gestão de Cadeias de Suprimentos, Distribuição e Marketing, Vendas e Avaliação de Investimentos, doutor pela EESC/USP, mestre em Administração pela FEA/USP, administrador de Empresas pela FEA-RP/USP e professor de MBA’s na Fundace, FIA, FAAP, PECEGE/Esalq, entre outros

* Lucas Sciencia do Prado é especialista em planejamento estratégico e gestão de canais de distribuição agropecuários,

Negociação Empresarial e Desenvolvimento de equipes comerciais. Doutorando e Mestre em Administração de Organizações pela FEA-RP/USP. Administrador de Empresas também pela FEA-RP/USP

* Luciano Thomé e Castro é especialista em Marketing, Canais de Distribuição e Administração de Vendas. Doutor em Administração pela FEA/USP, mestre em Administração também pela FEA/USP, administrador de Empresas pela FEA-RP/USP e professor da área de Marketing da Eaesp - FGV.

Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia“Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”.E-mail: [email protected].: (16) 3456-5555

Page 26: Revista AgroRevenda nº44

PÓS-VENDA, GARANTIA DE FIDELIZAÇÃO

No artigo deste mês, vamos tratar de um tema muito importante para qualquer

distribuidor de insumos que tem como objetivo fidelizar seus clientes ao longo do tempo: o pós-venda de um produto comercializado.

Com a abundância de ofertas de produtos e serviços no mercado e a concorrência pela atenção dos clientes cada vez mais intensa, criar novos serviços que cativem os consumidores e ao mesmo tempo gerem lucro não é uma tarefa simples para os gestores das revendas. No entanto, algumas empresas estão saindo na frente. Um exemplo é o seguro do insumo comprado, oferecido por alguns distribuidores, para que o agricultor possa levar o insumo para a sua propriedade com certa antecedência, e também ficar tranquilo com relação a possibilidade de perda, por roubo, dos produtos. Neste exemplo, ganha a revenda, que melhora a sua logística de entrega de produtos sem o atropelo na boca da safra, e ganha o agricultor, que já tem parte de seu insumo armazenado e segurado na fazenda para iniciar as operações, com o devido planejamento, assim que as condições climáticas permitirem.

Muitos profissionais pensam, ainda nos dias de hoje, que o mais importante é somente vender o produto para o cliente, não se importando com serviço prestado no pós-venda. Na figura 1, dados de uma pesquisa realizada por uma consultoria americana mostram que a percentagem de clientes que declararam a vontade de permanecer com a marca de um produto está diretamente relacionada com a satisfação do cliente, não somente no processo de compra do produto, mas principalmente na qualidade do serviço proporcionado pela empresa no pós-venda.

Portanto, como podemos observar, não adianta somente satisfazer o cliente durante a negociação da compra de um insumo ou de uma máquina, mas se ele tiver algum tipo de decepção após a compra, seja no prazo de entrega, no prazo de pagamento, nas promessas que não foram cumpridas pelos vendedores, que geralmente prometem coisas que não podem cumprir, toda a satisfação pode ir por água abaixo, impactando na sua fidelização à marca, deixando-o com raiva e decepcionado com a primeira impressão que teve do produto ou da empresa que lhe vendeu.

José Alexandre Loyola é engenheiro agrônomo, com 15 anos de experiência em gestão, vendas e marketing em agronegócio, com MbA em Agronegócios pela FGV e em Marketing pela FIA/

USP. Atuou como gestor em propriedades rurais e em empresas como Monsanto, basf e Timac Agro, ministrando cursos e palestras. Atualmente é diretor na Prime Action Consulting, responsável pela divisão de Agronegócios.

Contato: [email protected]

José Alexandre Loyola*

Como esse serviço pode impactar o negócio e como tirar vantagens dessa janela de oportunidade, de forma a incrementar os lucros e se destacar como líder

gestão

Figura 1. Pesquisa de fidelização à marca de acordo com a satisfação na venda e pós-venda

26 AgroRevenda mai/jun 2012

Page 27: Revista AgroRevenda nº44

o primeiro passo em direção à excelência nos serviços é criarmos uma estratégia alinhada com a estratégia da empresa. embora o planejamento de cada distribuidor depende de circunstâncias únicas e específicas, as seguintes etapas podem ser consideradas:

1) Segmentar o mercado de acordo com as qualidades que são importantes para atuais e potenciais consumidores.

Ao segmentar a base de consumidores é fundamental definir atributos claramente distintos e que façam sentido para as decisões que serão tomadas a partir da segmentação. Podem ser agrupados pelo nível de demanda de assistência técnica, pelo nível de dificuldade de negociação por sempre comparar preços, pela demanda na rapidez de entrega, etc. Apesar do aspecto geográfico também ser um atributo importante para a segmentação, devemos considerar qual vai ser a lucratividade gerada pelo cliente,

pois os clientes não contribuem de forma equitativa ou proporcional para o sucesso do negócio. Podemos dar toda a atenção com serviços “premium” à determinada segmentação de clientes desde que o custo desse atendimento diferenciado seja devidamente remunerado por essa segmentação de clientes, que devem enxergar um valor agregado por aquilo que estão recebendo.

2) Comece pelo cliente e não pela

tecnologia e compare a sua oferta e sua capacidade de entrega de serviços com as dos seus concorrentes.

Antes de definir a sua oferta de serviços, é muito importante analisar quais são as prioridades, perfis e demandas em cada segmento de clientes que você atua. Vejamos um exemplo na figura 2, quando analisamos o mercado de máquinas agrícolas, onde grandes produtores possuem perfil e necessidades

Figura 2. Perfis e demandas de clientes de máquinas agrícolas, de acordo com o tamanho.

Page 28: Revista AgroRevenda nº44

28 AgroRevenda mai/jun 201228 AgroRevenda nov/dez 2010

gestão

28 AgroRevenda mai/jun 2012

diferentes dos médios produtores que, por sua vez, também têm demandas diferentes dos pequenos produtores.

Após analisar o perfil e as demandas de cada segmento de clientes, deve-se também buscar informações no mercado e averiguar, quais serviços, quando e de que forma (com qual qualidade) seus concorrentes estão atuando no pós-venda em cada segmento de clientes. então faça uma análise do que está sendo oferecido e elabore o seu portfólio lembrando-se da sua estrutura interna e da capacidade de entrega dos serviços que disponibilizará. Não adianta prometer que vai tirar amostra de solo dos clientes para recomendar a adubação se você dispõe somente de uma pessoa capacitada para efetuar uma correta recomendação e um trado para esta operação. o mais importante aqui não é o quanto você oferece, mas a consistência da qualidade do que, para quem e quando vai oferecer, a fim de gerar credibilidade e impacto positivo no negócio dos seus clientes.

3) desenvolver um sistema de precificação de serviços que leve em consideração os resultados gerados para os clientes e a qualidade do processo, bem como seu preço e os respectivos custos de aquisição.Nos meus 15 anos de mercado agrícola, sempre escutei de muitas empresas de insumos e máquinas agrícolas que é muito difícil quantificar e precificar serviços, principalmente para um agricultor que está mal acostumado em receber o produto e muitas outras regalias de várias empresas, sem pagar a mais por isso. Mas, afinal de contas, por que isto acontece?

o processo de escolha e compra de um serviço é marcado por caráter

de elevada subjetividade, onde o cliente faz sucessivas comparações do resultado e da experiência que obtém com os custos que dispende.o valor dos bens e serviços oferecidos aos clientes equivale tanto aos resultados criados para eles quanto à qualidade dos processos utilizados para gerá-los, tudo com relação ao preço do serviço para o cliente e outros custos em que este incorre ao adquiri-lo.

RESULTADOS• Clientes não compram produtos ou serviços e sim resultados;

• RESULTADOS são os benefícios proporcionados, o que se “ganha”, com a ação/esforço realizado, no caso de serviço;

• O valor associado aos resultados varia conforme o tamanho da tarefa e sua importância para o cliente.

QUALIDADEA maneira como o serviço é prestado envolve todos os momentos da verdade que o cliente vai perceber, no contato com o serviço, se a mensagem passada pela empresa condiz com a percepção criada em sua mente, seja pela mídia ou pela indicação de um amigo.

PREÇOo valor dos bens e serviços oferecidos aos clientes equivale tanto aos resultados criados para eles quanto à qualidade dos processos utilizados para gerá-los, tudo com relação ao preço do serviço para o cliente e outros custos em que este incorre ao adquiri-lo.

CUSTOocorre em função do esforço realizado para a aquisição, relacionados à utilidade de forma, lugar e tempo. Se o custo de aquisição é menor, possibilita cobrar

preços mais elevados.Portanto, quando não cobramos o devido valor por um determinado serviço ou não embutimos no preço do produto este serviço, o consumidor, a princípio, vê uma grande vantagem por estar comprando um produto com o mesmo preço ou mais barato que a concorrência e ganhando o serviço.Com o passar do tempo, este serviço se torna indiferente para ele, virando uma commoditie, pois todas empresas acabam ofertando o mesmo serviço, sem quantificar e capitalizar o retorno proporcionado em questão, desvalorizando o serviço prestado.

Para finalizar, tem um ditado que gosto muito que diz que o diferencial competitivo de qualquer empresa está em sua capacidade de execução. Levar a cabo a implementação da estratégia de serviço pós-venda, com eficácia, é algo que requer o mesmo grau de comprometimento e atenção que o planejamento.

empresas líderes em excelência de serviços possuem, em comum, os seguintes objetivos: gerenciar os contatos com os clientes para aumentar a eficácia e eficiência do processo; estruturar e tornar a empresa mais voltada para o cliente; gerenciar a força de vendas para atender à demanda de modo confiável e eficaz; construir a competência em seus colaboradores; e gerenciar o desempenho para equilibrar custos, qualidade e atendimento.

Para a maioria das empresas, a questão é como se mover mais ativamente para captar o valor total do negócio, representado pelos serviços pós-venda. Para aqueles que tirarem mais vantagens dessa janela de oportunidade, a questão em pauta logo será: Como aumentar ainda mais os lucros e a sua distância como líder. ar

Page 29: Revista AgroRevenda nº44
Page 30: Revista AgroRevenda nº44

30 AgroRevenda mai/jun 2012

sucessão

30 AgroRevenda mai/jun 2012

stracta

Assunto é de fundamental importância, por isso também precisa fazer parte da agenda estratégica das empresas familiares

Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho e Tiago Fischer Ferreira *

No brasil, grande parte das revendas agropecuárias é formada por uma sociedade na

propriedade e também na gestão. e, em vários casos, essas sociedades são formadas por irmão, primos, cunhados ou qualquer outra estrutura familiar.

essa configuração na gestão e na propriedade das revendas agropecuárias proporciona um desafio aos líderes dessas empresas: gerenciar seus negócios mantendo o foco

exclusivamente no desempenho, mas, ao mesmo tempo, tendo que lidar com interesses às vezes contrários e relações familiares que podem impactar na melhor decisão da gestão.

Por isso, cada vez mais os assuntos da Governança Corporativa e da Sucessão são mais discutidos no ambiente da distribuição de insumos nacional. As revendas cresceram, se profissionalizaram e agora enfrentam o desafio de se desenvolver como

empresas mantendo sua sociedade familiar ou não.

É comum se ouvir a afirmação de que Governança Corporativa é assunto apenas para grandes corporações de capital aberto, que necessitam de mecanismos de transparência e prestação de contas que aumentem a confiança dos milhares de investidores dispersos. Sem dúvida, boas práticas de Governança são imprescindíveis para estes tipos de organização, mas

A BOAGOVERNANÇAE O ACORDODE SÓCIOS

Page 31: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 31

muito longe da realidade se imaginar que apenas nestes casos. Muito pelo contrário.

Cada vez mais aumenta a consciência de que os princípios de governança são essenciais para garantir a longevidade de qualquer tipo de organização. em particular, no caso das empresas de controle familiar, a implementação de boas práticas de governança, com regras transparentes e compartilhadas por sócios e herdeiros, é essencial para se evitar conflitos que muitas vezes podem levar boas empresas ao impasse e até à própria dissolução. Isto porque, em uma empresa familiar, fatores emocionais podem muitas vezes contaminar o processo de tomada de decisão, levando a situações que extrapolam a racionalidade do negócio.

especialmente delicado é o processo sucessório em empresas familiares, pois os herdeiros (irmãos, primos, agregados), ao longo das gerações, não se “escolheram” como sócios, mas ao herdar a participação acionária herdam junto os seus familiares como sócios. o que garante que estes novos sócios pensam de forma alinhada, com os mesmos interesses, a mesma motivação para o negócio, o mesmo apetite e tolerância a riscos, os mesmos valores e crenças? o risco de conflitos, em muitos casos, pode ser explosivo. exemplos não faltam, entre pequenas, médias e grandes empresas familiares, que pereceram pela falta de sintonia no ambiente familiar e sua relação com o negócio. As estatísticas são severas, apontando menos de 30% de sobrevivência de empresas familiares na passagem do bastão da primeira para a segunda geração.

Uma maneira de dirimir tais conflitos é a estruturação de um instrumento disciplinador em relação à partilha do poder e das relações entre os familiares e o negócio. este é o papel do Acordo de Sócios, que envolve o estabelecimento de uma série de “combinados”, que se constituirão em regras básicas de convivência.

Alguns exemplos de temas clássicos que devem fazer parte de um bom acordo de sócios são as regras para a entrada de familiares no negócio, políticas claras de remuneração e benefícios, regras para solução de impasses (arbitragem), regras para aprovação de investimentos, transações com partes relacionadas, políticas de dividendos, direitos de preferência na alienação de ações ou cotas, critérios de avaliação da empresa, grau de endividamento e alavancagem, regras para a indicação de membros do conselho, entre muitos outros assuntos pertinentes à dinâmica da gestão e governança da organização. em especial, as regras de saída da sociedade estão entre os temas mais relevantes do acordo, ao permitir flexibilidade e condições factíveis para a negociação entre sócios com interesses distintos na sociedade.

Mas o processo de estruturação do acordo de sócios é tão importante quanto o acordo em si. Isto porque, ao se discutir todo o conjunto de temas pertinentes ao escopo do acordo, os membros familiares, das gerações atuais e futuras, devem passar por um enriquecedor período de discussão e debates, esclarecimento e convencimento, para que o acordo seja efetivamente assimilado e incorporado na cultura organizacional, cumprindo o

seu papel de se tornar o instrumento fundamental para a longevidade da organização ao longo das gerações.

Assim, a preocupação com o desenvolvimento e a formalização dos acordos societários, como a estruturação dos conselhos e comitês necessários para a manutenção da transparência entre os interesses dos sócios é vital para uma revenda gerida por sociedade, principalmente se ela for familiar. Portanto, esse é um assunto que precisa passar a fazer parte da agenda estratégica dessas empresas.

* Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho é professor doutor da FEA/USP, coordenador do Curso de Especialização em Empresas de Controle Familiar da Fundação Instituto de Administração (FIA) e conselheiro da Stracta Consultoria – [email protected]

* Tiago Fischer Ferreira é sócio gestor da Stracta Consultoria – [email protected]

mai/jun 2012 AgroRevenda 31

A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa.

Tel: (11) 2339-4616 Site: www.stractaconsultoria.com.br E-mail: [email protected]

ar

Page 32: Revista AgroRevenda nº44

32 AgroRevenda mai/jun 2012

capaCocamar

em março de 2013 a Cocamar

Cooperativa Agroindustrial, do

Paraná, completa 50 anos e está

se preparando para novos desafios. Um

deles é continuar crescendo e alcançar

faturamento de R$ 3 bilhões, em 2015.

Para se ter uma ideia, o balanço de 2011

registrou o recorde de R$ 2,010 bilhões

– 31% de aumento comparado a 2010. A

expectativa, para este ano é chegar à marca

de R$ 2,230 bilhões, segundo o diretor

presidente da entidade, Luiz Lourenço. o

executivo prevê que pelo menos R$ 520

milhões dessa receita sejam provenientes

da operação de 24 entrepostos na região

de Londrina, arrendados desde 2010 junto

à Corol e que, no ano passado, rendeu R$

300 milhões.

Divu

lgaç

ão

Os projetos de diversificação são o forte da cooperativa, que começou com o café, loja de insumos, passou pelos grãos e laranja e evoluiu para a agroindústria

COCAMAR,CINCO DÉCADAS DE INOVAÇÃO

Béth Mélo

Page 33: Revista AgroRevenda nº44

o vice-presidente José Fernandes

Jardim Júnior credita os bons resultados

à política de diversificação e aos

investimentos em novas tecnologias,

entre as quais o sistema de integração

sustentável entre agricultura e pecuária,

programa incentivado pela Cocamar. os

projetos de diversificação são o forte da

cooperativa, que começou com o café,

passou pelos grãos, laranja, entre outros

e evoluiu para a agroindústria.

LOJAS AGROPECUáRIASAtualmente, possui 54 unidades, a

maior parte em municípios do noroeste

paranaense, e conta com 10,8 mil

associados que entregam soja, milho,

trigo, café e laranja. em cada uma, há

estruturas de recebimento e também

lojas agropecuárias, para a venda de

insumos. o setor do varejo responde

por 25% do faturamento.

As lojas agropecuárias oferecem

diversificada linha de produtos e a

Cocamar mantém a política de promover

campanhas constantes para a venda

de insumos agropecuários, oferecendo

preços vantajosos e condições especiais

de financiamento. em 2012, a previsão é

que a venda de insumos, a partir dessas

lojas, segundo Lourenço, atinja R$ 430

milhões (ante R$ 350 milhões do ano

anterior), participando com 16% do total

da cooperativa.

entre as ações realizadas em

parceria com os fornecedores as mais

importantes, segundo Lourenço, são

dias de campo, eventos técnicos e

seminários, para a transferência de

tecnologia. “Mais de 50 empresas

fornecedoras de insumos dos mais

diversos, maquinários, equipamentos,

fertilizantes e outros, participam

dessa ação, que está voltada ao

desenvolvimento dos produtores”,

explica.

PLANOS DE EXPANSÃOA Cocamar está sempre focada no

crescimento, o que é uma exigência para

que se mantenha competitiva, de acordo

com Lourenço. em 2010, a cooperativa

passou a atuar também na região norte

do estado (polarizada por Londrina e

Rolândia). Para 2012, explica o vice-

presidente Jardim Júnior, o foco das

ações é a consolidação da presença da

Cocamar nos municípios dessas duas

regiões, onde já conta com 24 unidades

de negócios. “e aí que pretendemos

crescer, ampliando os volumes de

recebimento de soja, milho, trigo, café e

laranja”, anuncia.

o foco da Cocamar é o mercado

interno. em menor grau, atua também no

mercado internacional, com a exportação

de farelo de soja, café e produtos

industrializados (néctares de frutas,

bebidas de soja e maioneses), mas em

volumes pequenos.

HISTÓRIA A Cocamar Cooperativa Agroindustrial

foi fundada em 27 de março de 1963

por um grupo de 46 cafeicultores, com

o nome de Cooperativa de Cafeicultores

mar/abr 2012 AgroRevenda 33

COCAMAR,CINCO DÉCADAS DE INOVAÇÃO

Luiz Lourenço, diretor presidente da Cocamar

Divu

lgaç

ão

Parque industrial Cocamar em Engenheiro Coelho, PR

Page 34: Revista AgroRevenda nº44

34 AgroRevenda mai/jun 2012

capaCocamar

de Maringá, com o

objetivo de organizar a

produção, beneficiar e

comercializar a safra de

café.

Com a crise da

cafeicultura, em razão

da decadência e preços

baixos, na mesma

década, a entidade

começou a diversificar

os seus negócios e

passou a atuar como

beneficiamento de

algodão. Nos anos 70

foi a vez de soja. A

empresa estruturou-se

para atuar no segmento

de grãos e construiu

um armazém graneleiro.

Com a nova estrutura,

investiu na industrialização e colocou

em funcionamento a primeira unidade

de extração de óleo e farelo de uma

cooperativa no estado.

Nos anos 80, o parque Industrial cresceu

com a implantação de uma indústria

de fios de algodão, uma indústria de

fios de seda, uma torrefadora de café,

unidade de refino e envase de óleos

vegetais. o objetivo de diversificar os

negócios acabou fazendo da Cocamar

uma referência pela industrialização das

matérias-primas. Lourenço lembra que,

em 1984, foi a primeira cooperativa em

todo o mundo a investir no segmento de

seda, apoiando um grande número de

pequenos produtores.

Ao mesmo tempo, a cooperativa

começou a marcar presença nas

gôndolas dos supermercados, primeiro

com o óleo de soja Cocamar. Na década

de 90, implantou uma indústria de suco

concentrado de laranja, fecularias de

mandioca e adquiriu uma destilaria

de etanol. em seguida, já nos anos

2000, o parque cresceu ainda mais

com investimentos em uma indústria de

néctares de frutas, bebidas à base de

soja, mostarda e catchup.

A Cocamar continua com forte atuação

na área têxtil, atividade iniciada em

1981, com a construção da fábrica que

atualmente tem capacidade para 600

toneladas de fios por mês, em diferentes

bitolas, para atender segmentos diversos

do mercado. Um dos destaques,

segundo Lourenço, é o fio ecológico,

elaborado a partir do poliéster obtido da

reciclagem de bebidas pet.

outra atividade é a produção de

madeira tratada. A cooperativa possui

áreas cultivadas com eucalipto, da

qual extrai a madeira destinada a esse

objetivo para atender, principalmente, os

pecuaristas que usam o produto para a

construção de cercas.

Também conta com uma unidade

de cogeração de energia elétrica, em

Maringá, a qual processa resíduos

de cana-de-açúcar. Com isso, a

cooperativa produz toda a energia

elétrica que consome. essa unidade é

adequadamente ecológica.

A empresa deixou algumas atividades,

como a destilaria de etanol, as fecularias

e a fiação de seda. Mais recentemente se

desfez da indústria de suco concentrado

de laranja, em Paranavaí, que tinha

desde 1994.

Divu

lgaç

ão

Loja da Cocamar

a cocamar Em nÚmEros

• r$ 2 bilhões em faturamento (2011)

• 950 mil toneladas de soja recebidas - recorde

• 510 mil toneladas de milho recebidas - recorde

• 859 mil toneladas de soja esmagadas

• 950 mil toneladas, a capacidade de armazenagem

• 10,8 mil cooperados

• 2,2 mil colaboradores

• 54 unidades operacionais no noroeste e norte do paraná

“Se você trabalha em vendas e quer melhorar o que faz, tenha certeza que é uma ótima opção.”

JULIANO ZIMMERMAN Técnico Agrícola Vendedor

de Defensivos Agrícolas, São Gabriel do Oeste-MS

DEPOIMENTOS:

PROF. JÚLIO BRAGA

Palestrando sobre

motivação

WISLEY TORALES Palestrando sobre

comunicação na internet

“Foi o melhor investimento que já fi z.”

RICARDO GAMARRA FAUSTINO

Formando de Agronomia UCDB, Campo Grande-MS

“Se for iniciante: você vai se surpreender. Se for experiente: depois do curso se você acha que voa em

vendas, você irá se tele transportar.”

DIRLEY DIASSupervisor de Vendas

Nutriphós, Umuarama-PR

• Conteúdo exclusivo para Vendas no Agronegócio: Estratégia e Planejamen-to, Prospecção, Abordagem, Proposta de Valor, Fechamento, Objeções, Pós Vendas e Motivação...• 3 dias, hospedagem, alimentação, interação...• Crescimento profissional e qualificação para vender mais e melhor.• Somente 30 vagas.

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Page 35: Revista AgroRevenda nº44

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JULIANO ZIMMERMAN Técnico Agrícola Vendedor

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PROF. JÚLIO BRAGA

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RICARDO GAMARRA FAUSTINO

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PRÓXIMA TURMA NOVEMBRO DE 2012.LOCAL CAMPO GRANDE – MS

WISLEY TORALES Palestrando sobre

comunicação na internet

Page 36: Revista AgroRevenda nº44

36 AgroRevenda mai/jun 2012

capaCocamar

hoje, a Cocamar é dona do maior

e mais diversificado parque industrial

do cooperativismo brasileiro, Na

agroindústria são 10 plantas, onde produz

óleos de soja, milho, girassol e canola,

café torrado e moído, cappuccinos, café

gourmet, néctares de frutas, bebidas

à base de soja, maioneses, catchup e

mostarda, farinha de trigo, entre outros.

A cooperativa industrializa 85% de tudo

o que recebe – soja, milho, trigo, café e

laranja.

PRÊMIOS E AÇÕES SOCIAISA Cocamar é detentora de vários prêmios

oferecidos por instituições de renome

no país, algumas inclusive do exterior,

e também concedidas pela imprensa

(Revista Globo Rural, dinheiro Rural,

Amanhã, expressão e outras tantas).

essas premiações, explica Lourenço, são

referentes às inovações e também às

iniciativas nas áreas social e ambiental.

A empresa realiza várias ações sociais.

Uma das mais importantes é o Projeto

Cultivar, que mobiliza mão de obra de

deficientes físicos (alunos da Apae) e

internos da Penitenciária estadual de

Maringá. estes produzem mudas de

árvores de espécies nativas, que a

Cocamar destina para reflorestamento

em sua região. São mais de 2 milhões

de mudas em seis anos de existência de

projeto.

outro é o programa Jovem Aprendiz, que

dá oportunidade aos jovens de famílias em

situação de vulnerabilidade. Mais de 160

deles já participaram do programa, com

muitos efetivados.

Junto com a cooperativa de crédito

Sicredi União, a Cocamar promove há

8 anos consecutivos uma campanha

solidária que beneficia mais de 200

entidades assistenciais de Maringá e

municípios da região.

VANGUARDA DA TECNOLOGIAA Cocamar vem trabalhando pela

integração lavoura e pecuária desde

meados da década de 1990. Na verdade,

segundo o presidente da entidade, o tema

é a “menina dos olhos” da cooperativa.

dentro desta proposta, em maio deste ano,

sediou em Maringá, com 500 participantes,

o 23º Fórum Integração Lavoura, Pecuária

e Floresta, iniciativa conjunta com a Abag

(Associação brasileira do Agronegócio).

“o evento representou a consolidação de

um esforço para fomentar a integração

nos solos arenosos do noroeste do Paraná

ocupados praticamente por pastagens

degradadas”, destaca o presidente. Na

região, estão 108 municípios e o potencial

de aproveitamento é de cerca de 2 milhões

de hectares.

Para Lourenço a integração lavoura,

pecuária e floresta – nos moldes

propostos pela embrapa – permitirá

ao país dar um salto na qualitativo e

quantitativo na produção de alimentos,

aproveitando apenas os solos em estágio

de degradação. “Acreditamos que isso

vai mudar a agricultura brasileira”. No

entanto, ele lembra que ainda precisa

ser vencida uma resistência natural

que existe, principalmente, entre os

pecuaristas.

e atribui essa resistência à dificuldade

dos produtores mais tradicionais

em incorporarem novas tecnologias

e conhecimentos e afirma que nem

mesmo o sucesso de vizinhos tem

servido de estímulo para uma mudança

de atitude. Por isso, lembra, dias de

campo que se realizam em propriedades

bem sucedidas, em parceria com

fornecedores e outras entidades, usam

a própria paisagem para demonstrar seu

avanço e também o atraso observado

em propriedades vizinhas. Um dos

cooperados mais preparados, segundo

a Lourenço, é César Formighieri, dono

da Fazenda Santa Felicidade, em Maria

helena, perto de Umuarama. Para

Formighieri, “solo recuperado, da forma

como a Cocamar vem trabalhando,

é a garantia de sucesso tanto na

agricultura quanto na pecuária”.

pIonEIrIsmo no paranÁ E no brasIL• Foi a primeira do paraná a construir um armazém graneleiro com fundo em V, o quarto do país, concluído em 1972. • a primeira do paraná a implantar uma indústria de óleo de soja, inaugurada em 1979.

• a primeira do Estado a implantar uma fiação de algodão, em 1981. • a primeira empresa do brasil a substituir as embalagens de óleo. da tradicional lata, passou para o plástico, modelo que se disseminou pelo país. • ainda na década de 1980, foi a primeira cooperativa do mundo a investir no segmento da sericicultura (bicho da seda), então dominado exclusivamente por companhias japonesas. • a primeira a implantar, a partir da década de 1980, um projeto de citricultura no Estado, na região noroeste, hoje um grande sucesso. Foi também a primeira do paraná a ter uma indústria de suco concentrado de laranja, em 1994. • a cocamar foi a primeira a divulgar, no brasil, o cultivo de café em sistema adensado e superadensado, que se tornou um grande sucesso, mudando a história da cafeicultura brasileira. Isto aconteceu em 1992. • no final dos anos 1990, foi a primeira cooperativa a investir no programa de integração lavoura e pecuária na região noroeste do paraná, dinamizando a atividade em vários municípios. • Em 1992, foi a primeira a plantar canola no brasil, a partir de sementes que importou por vários anos do canadá. Foi também a primeira do país a industrializar grãos de canola produzidos aqui. • no início dos anos 2000, foi a primeira cooperativa a produzir bebidas à base de soja.

ar

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mai/jun 2012 AgroRevenda 37

Page 38: Revista AgroRevenda nº44

38 AgroRevenda mai/jun 201238 AgroRevenda nov/dez 2010

A MANUTENÇÃO DE TALENTOS COMO DIRETRIZ ESTRATÉGICA

os processos de gestão de

revendas e cooperativas

agropecuárias vêm sofrendo

constantes modificações em alinhamento

à própria profissionalização da agricultura

e pecuária nacional.

Nessa evolução, verificamos mudanças

representativas na maioria das áreas

internas de uma revenda, desde a

aplicação de suas estratégias de

safra ou estratégias organizacionais

(de crescimento ou diversificação, por

exemplo), até mudanças representativas

nas operações e processos internos de

gestão.

Porém, um fato me chama a atenção

desde que iniciei trabalhos de prestação

de serviços de profissionalização na

distribuição de insumos nacional, em

2003. A gestão de pessoas em revendas

e cooperativas.

Talvez pela própria essência estritamente

comercial desse tipo de empresa, a

preocupação com as melhorias e o

desenvolvimento da profissionalização da

gestão dos funcionários ficou em segundo

plano para a maioria das revendas, em

detrimento de ações tidas como “mais

importantes”, pelos gestores, como o

planejamento de vendas e o controle de

crédito dos clientes.

Não tiro aqui a importância das análises

de crédito ou planejamento de vendas

para a safra. eles são de extrema

importância, assim como grande parte

gestão de pessoas

Tiago Fischer Ferreira sócio gestor da Stracta Consultoria, professor de Marketing e Canais de distribuição Insper – Ibmec São Paulo e FIA.

38 AgroRevenda mai/jun 2012

Contato: [email protected]

Tiago Fischer Ferreira

Esse é um caminho sem volta, até porque possuir índices de rotatividade (turn over) muito altos é sinal de ineficiência

Page 39: Revista AgroRevenda nº44

das ações estratégicas relacionadas às

vendas. Porém, o ponto que levanto para

a discussão aqui é: será que existe uma

hierarquia de importância nos assuntos

estratégicos de uma revenda ou uma

cooperativa?

essas empresas, assim como todas

as outras, são formadas por pessoas.

Porém, as revendas possuem

duas particularidades diretamente

correlacionadas com a gestão do R.h.

elas precisam ser enxutas em estruturas

de pessoas para manterem seus custos

adequados e o processo de vendas é

realizado por meio do “corpo a corpo”

com os clientes.

essas duas características tornam

revendas e cooperativas dependentes de

pessoas eficientes, capacitadas e bem

geridas, já que, dentro da empresa, muitas

vezes será necessário que uma única

pessoa exerça mais de uma função, pois o

custo de ter uma pessoa especializada por

área pode ser proibitivo; e, no comercial,

a ligação profunda de um cliente com o

vendedor e não necessariamente com a

marca da revenda pode representar um

risco caso esse vendedor não seja bem

gerido e mantido.

Tendo essa clareza da importância das

pessoas na gestão de uma empresa de

distribuição de insumos agropecuários,

por que, então, ainda vemos em grande

parte das empresas que visitamos

processos de gestão de pessoas bastante

rudimentares, restringindo-se apenas a

uma descrição de cargos e salários ou,

no máximo, um conjunto de ferramentas

de controle de “departamento pessoal”

acompanhado por um sistema de

avaliação de desempenho?

Mais uma vez entendo que a resposta

a essa pergunta é o foco apenas

nas estratégias comerciais. Porém, é

importante que, cada dia mais, gestores

de revendas e cooperativas passem a se

preocupar com a gestão de pessoas como

uma premissa estratégica da empresa,

alinhada às próprias determinações de

estratégia corporativa desenvolvidas pelo

planejamento estratégico.

Um olhar mais estratégico da gestão de

pessoas permitirá aos gestores alinhar os

objetivos estratégicos à eficiência real que

cada funcionário exerce em suas funções

diárias.

Para isso, a empresa terá que desenvolver

planos de gestão de pessoas,

formados por diretrizes estratégicas e

controles para cada função; planos de

capacitação e treinamento alinhados

aos objetivos estratégicos; identificação

de competências e gargalos (gap´s)

de conhecimentos necessários para

cada funcionário; planos de incentivos e

manutenção; avaliações de desempenho

e co-participações, etc. Tudo isso, com um

foco único, manter talentos e conseguir

“tirar” de cada um a mais alta eficiência.

esse é um caminho sem volta, já que

pela importância das pessoas nessas

empresas, possuir índices de rotatividade

(turn over) muito altos é um sinal de

ineficiência em gestão.

Contudo, já vemos algumas mudanças

acontecendo nesse sentido.

estive trabalhando recentemente em uma

famosa cooperativa agrícola do sul do

país. e, nela, pude constatar, em fase

bastante avançada de implementação,

um plano robusto de transformação

da gestão do R.h., passando de uma

gestão de pessoas tradicional para uma

gestão baseada nas competências dos

funcionários.

essa é uma metodologia de gestão

de pessoas bastante complexa que a

tradicional e requer fortes mudanças

da empresa que busca implementá-la,

porém, é uma das mais atuais em termos

de desenvolvimento profissional.

Vi essa modificação desenvolvida por essa

cooperativa como uma grata surpresa e

como a constatação de que os processos

de R.h. em revendas e cooperativa não só

precisam ser repensados mas, sim, têm

de mudar rapidamente.

Caberá a cada gestor tomar suas decisões

estratégicas para o futuro de sua empresa

e dar a devida importância à gestão de

seus funcionários. ar

A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa.

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mai/jun 2012 AgroRevenda 39

Page 40: Revista AgroRevenda nº44

40 AgroRevenda mai/jun 2012

especial

A programação técnica é o ponto alto da Agrinsumos & Induspec Expo&Business, ponto de encontro das revendas e distribuidores brasileiros

de 7 a 9 de agosto, no Transamérica expo Center, em São Paulo, recebe a segunda

edição da Agrinsumos & Induspec expo&business, evento que reunirá empresas de aviação agrícola, máquinas e equipamentos, irrigação, segurança e ePI, logística, tecnologia, defensivos, fertilizantes, nutrição e saúde animal, consultoria, instituições financeiras, entre outras. estão previstos estandes de mais de 35 marcas expositoras em

uma área de 3.000 metros quadrados.

estima-se que cerca de cinco mil profissionais visitem a feira, dentre eles destacam-se diretores, gerentes industriais, distribuidores, consultores, produtores e diversos outros profissionais ligados ao agronegócio. A expectativa é que, com o alto índice de visitantes com poder de decisão, sejam geradas transações 25% maiores do que em 2011.

ASSUNTOS ESTRATÉGICOSAlém de conhecer novidades, os

visitantes poderão acompanhar apresentações e debates de assuntos estratégicos sobre o setor, no II Congresso Andav (Associação Nacional dos distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), sobre marketing rural, no IX Congresso da AbMR&A, realização da (Associação brasileira de Marketing Rural e Agronegócio).

Divu

lgaç

ão

VEM AÍ O GRANDE EVENTO DO SETOR

Page 41: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 41

o Congresso Andav reunirá representantes do setor de distribuição, fornecedores, especialistas e formadores de opinião para discutir os seguintes temas: modelo de gestão alternativo para o canal de distribuição; modelo americano de distribuição x modelo brasileiro; biotecnologia: a importância da semente para o distribuidor; gerenciamento de risco nas operações barter; diversificação do portfólio; gestão estratégica; transformando gestores em líderes; estratégias de precificação, gestão do capital de giro e custos e debate – a importância do canal de distribuição para o agronegócio.

“Como teremos 3 dias de evento, haverá uma melhor distribuição de tempo por período, o que permitirá maior interação dos congressistas com a feira Agrinsumos, onde a Andav terá estande”, avalia o presidente da Andav, henrique Mazotini. “esperamos cerca de 800 congressistas no II Congresso Andav. Nossa expectativa é que o evento se consolide como o mais importante do setor”, acrescenta.

MARKETING EM PAUTAo IX Congresso brasileiro de Marketing

Rural e Agronegócio, que acontecerá durante a feira, já é uma tradição e reúne, além de profissionais de marketing e publicidade, profissionais que atuam nas mais diversas cadeias do agronegócio. o evento terá duração de um dia e meio. Começa na tarde do dia 7/8/2012, com uma plenária, que reunirá os participantes do Congresso AbMR&A e do II Congresso Andav, evento dirigido aos distribuidores de insumos agropecuários.

dia 8 de agosto, exclusivo para os participantes do Congresso AbMRA, serão realizadas palestras e apresentações de cases do marketing e comunicação do agronegócio, com o tema central Sustentabilidade e diferenciação.

Neste ano, a abertura do II Congresso Andav e do IX Congresso da AbMR&A ocorrerá em conjunto, numa plenária que trará grandes nomes do agronegócio. ar

programação gEraL

7/8/2012 (14h00 às 18h00)

pLEnÁrIaIX congresso abmr&a e II congresso andaVdebate: tendências e perspectivas do agronegócioroberto rodrigues, coordenador do centro de agronegócios da FgV, e alexandre mendonça de barros, diretor mb agropalestra: os Impactos da alteração no código Florestal à agropecuária brasileirasamanta pineda, advogada, da pineda & Khran advogados e andré nassar, diretor geral Instituto de Estudos do comércio e negociações Internacionais

congrEsso andaV7h30 - credenciamento e recepção dos participantes8h00 - considerações da andav8h15 - tendências e perspectivas para o setor de distribuição brasileiro• Estrutura fundiária do agronegócio: demanda e importância do setor • análise comparativa com outros países e experiências que podem ser aplicadas no brasil• Estratégias utilizadas no segmento: inovações nos modelos de negócio• plano estratégico e ampliação dos negócios• oportunidades, desafios e implicações para as distribuidoras no cenário atual matheus cônsoli, diretor markestratpainel de estudos de casos

8h40 - case americano saiba como a Helena chemical, distribuidora americana, agrega valor aos serviços prestados ao mercado interno e ao produtor• como aplicar os serviços técnicos oferecidos pelos canais de distribuiçã nos Estados unidos no modelo de distribuição brasileiro• a venda direta no mercado americano robert pate, gerente global de distribuição da Helena chemical company

9h40 - case ceagro Losgrobo modelo Inovador de negócios - saiba como a empresa regional, fundada no interior do maranhão, constituiu uma nova forma de atuação no cerrado brasileiro, atraindo investidores estratégicos de diferentes características, como banco de investimentos e sócios como a mitsubishi, incrementando seus ganhos!além de insumos, também comercializa grãos e detém 56 mil hectares de terras de produção própria.• processo de profissionalização e preparação da empresa para o recebimento de investimento• comercialização de grãos• produção própria• comercialização de Insumos• composição de capitalpaulo alberto Fachin, cEo ceagro Losgrobo

10h30 coffee break

11h30 - biotecnologia: a importância do negócio semente para o setor de distribuição• perspectivas de trabalho • o impacto no aumento de portfólio de produtos• Linhas de crédito cláudio nasser carvalho, diretor presidente riber sementes

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42 AgroRevenda mai/jun 2012

12h20 - almoço e visitação à Feira

14h00 - registro de produtos fitossanitários: restrições, Extensão de uso e cancelamentoLuís Eduardo pacifici rangel, coordenador geral de agrotóxicos e afins departamento de Fiscalização de Insumos agrícolas - dFIa, secretaria de defesa agropecuária ministério da agricultura,pecuária e abastecimento

14h40 - as oportunidades da pecuária brasileira para o setor de distribuição - com foco em bovinos • dados do setor • risco de comercialização do produtor • Herbicida• produto veterinário• IatF - Inseminação artificial em tempo Fixo• Fertilizante para pastagem• sementes de pastagem de alta tecnologia emnutrição animal - nadia alcantara, analista técnica Informa Economics Fnp

15h30 - coffee break

16h10 - gerenciamento de riscos do setor de distribuição nas operações “barter”• a relação das “tradings” com os distribuidores nas operações “barter”• travamento de preçomediador: antônio Henrique Lima, sócio agrológicaarney Frasson, sócio agro brasilcarlos santana, diretor de operações da café Eisamarcelo domingues, gerente de barter brasil syngenta marina Fusco, especialista em trade commodities Fmcpedro garrio, gerente nacional de barter bayer

debate sobre barter - Foco redução de riscosprodutor• Fixação do custo da lavoura em sacas, segurança quanto ao retorno do capital investido e produtividade crescente• maior facilidade de recebimento; menor risco com variações do custo da lavoura e formalização das garantiasFornecedor• obtenção de garantias de recebíveis e da aplicação adequada de seus recursosMercado• garantia do investimento adequado na lavoura com impacto na produtividade das safras• Linha de financiamento mais adequada para as distribuidoras• Fixação das principais variáveis na formação dos custos de insumos para o plantiocommodity• taxa cambial• preço dos insumosarney Frasson, sócio agro brasil

17h40 - Encerramento do primeiro dia de congresso_________________________________________________________________________________________________________________

8/8/2012 (14h00 às 18h00)8h30 - abertura do Evento

9h00 - gestão estratégica: da análise à execução• planejamento estratégico de gestão do negócio - saiba identificar os pontos fortes e fracos da sua empresa e aplicar estratégias assertivas - ricardo motta, diretor mr business

10h00 coffee break

especial

programação gEraL

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mai/jun 2012 AgroRevenda 43

11h00 - transformando gestores em líderes - saiba como desenvolver e reter seus talentos• desenvolvimento de pessoas para liderar equipes • como manter seu funcionário engajado com as metas da empresamarcelo prado, sócio mprado consultoria

12h00 - painel de perguntas e respostas

12h30 - almoço e visitação à feira

14h00 - Estratégia de precificação: aspectos relevantes para a precificação de produtos e serviçosLino rodrigues Filho, professor de marketing FEa/usp

15h00 - gestão do capital de giro e custos• Fluxo de caixa• movimentação financeiradaniel Zanon ghovatto, diretor administrativo e Financeiro prime action consulting

16h00 - coffee break

16h30 - debate - a Importância do setor de distribuição para o agronegócio• perspectivas do distribuidor diante do cenário atual• o aumento do consumo de alimentos e o papel do distribuidor neste cenárioVilson antonio simon, diretor presidente msd saúde animaldaniel maldonado, vice-presidente de Fertilizantes bungemauricio russomanno, vice-presidente divisão agro proteção de cultivos basFdoulgas ribeiro, diretor de marketing dow agroscience

18h00 - Encerramento do congresso_________________________________________________________________________________________________________________

IX congrEsso abmr&a8/8/2012 (9h00 às 18h00)

abertura - mauricio mendes, presidente abmr&a(9h00 às 13h00)presidente de mesa - Eduardo daher, diretor andefrastreabilidade para sustentabilidade - case de sucesso para batata andreza araujo, gerente de sustentabilidade, meio ambiente, saúde e segurança pepsico Foods - américa do sul, caribe e centro américanova tecnologia: Impacto no bem Estar animal, na produção sustentável e na Qualidade da carneFernanda Hoe, gerente de produtos pfizer saúde animalgestão de Emissões de co2eq na Indústria de Fertilizantesana Lúcia taveira, gerente de meio ambiente Vale Fertilizanteso desafio da sustentabilidade na agricultura e como a tecnologia pode ajudar nesse desafiodieter schultz, gerente de serviços e sustentabilidade agro basF

(14h30 às 18h00)presidente de mesa - geraldo alonso Filho, presidente conselho abmr&arelações com a mídia e seu papel na construção de Imagem e reputação no agro bia Fovitzky, diretora cdn comunicação corporativao sucesso do marketing na cadeia produtiva do VinhoLuciana salton, diretora Executiva Vinícola saltonparagominas município Verde - um modelo de produção sustentávelFábio niedermeier, coordenador do projeto paragominas the nature conservancye mauro Lucio costa, presidente sindicato rural de paragominasagronegócio: casos e percepções - bob Vieira da costa, sócio nova/sbEncerramentomauricio mendes, presidente da abmr&a e dalton pastore, presidente Forcom

programação gEraL

Page 44: Revista AgroRevenda nº44

44 AgroRevenda mai/jun 2012

insumos

ALERTA AO COMÉRCIO DE SEMENTES ILEGAIS Cerca de 30% da renda do mercado de sementes de forrageiras tropicais Brasil é consumida pela pirataria

o cultivo de forrageiras tropicais é fundamental para o agronegócio,

principalmente porque a pastagem é a base da alimentação do rebanho nacional, atualmente em torno de 210 milhões de cabeças. estima-se que essa atividade envolve cerca de 600 produtores, responsáveis por 150 mil hectares de campos de sementes em várias regiões brasileiras.

o brasil ocupa a primeira posição do ranking mundial na produção, consumo e exportação de sementes forrageiras tropicais, um negócio que movimenta de R$ 1 bilhão por ano. Porém, 30% dessa receita é levada pelo comércio ilegal, que desrespeita a legislação, lesa o produtor legal de sementes, pela concorrência desleal do material fora do padrão e dos índices de pureza, e compromete a receita do pecuarista com a perda da produtividade do rebanho.

A pirataria no brasil é coisa séria, e no segmento de sementes forrageiras tem se espalhado, tornando-se uma prática frequente no meio rural. e o pior: quem vende sementes de forrageiras com pureza inferior entrega ao pecuarista produtos sem qualidade e de origem duvidosa, expondo a lavoura a pragas, além de comprometer a produtividade. Segundo estudos, embora o preço

das sementes mais puras seja mais alto, o que é compensado garantia da qualidade do produto, os custos por hectare ficam próximos comparados ao produto de ilegal, devido à menor quantidade de sementes exigidas no plantio.

o brasil possui atualmente 210 milhões de hectares de pastagens, dos quais aproximadamente 60% são cultivadas (130 milhões de hectares). A Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras) estima a demanda anual de sementes puras de espécies forrageiras no País em 50 mil toneladas. deste total, 45 mil toneladas atendem ao mercado interno e 5 mil toneladas são destinadas às exportações.

PROTEÇÃOPara proteger o mercado legal, na

safra 2008/2009, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) elevou os padrões mínimos de pureza para a comercialização de sementes de brachiaria de 40% para 60% (a ruziziensis já era de 50%). No caso do gênero panicum, o índice de pureza passou a ser de 40%, ante 30%, até a safra 2007/2008 (exceto para as espécies aruana e massai, cujas exigências eram 40%).

A Instrução Normativa número 30, do Mapa, que estabelece novas normas

para a produção e comercialização de sementes de forrageiras tropicais, definiu novos padrões mínimos de pureza, o que, segundo o mercado, acirrou ainda mais competição entre os produtores que atuam dentro da legalidade e os que desrespeitam a legislação.

Na opinião do gerente-executivo da Unipasto, Marcos Roveri José, o problema afeta tanto quem produz como quem comercializa sementes dentro da lei. “Como as sementes piratas não estão inscritas no Sistema Nacional de Sementes e Mudas, do Ministério da Agricultura, portanto, não têm fiscalização ou controle, são ofertadas a um preço abaixo do mercado. Por isso, podem levar pragas e doenças de difícil controle para o produtor”, alerta.

Mesmo com os padrões mínimos estabelecidos pelo Mapa, a Unipasto trabalha com índices de pureza superiores aos exigidos por lei nas cultivares oriundas do convênio embrapa (empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Unipasto. Mas Roveri se preocupa com a longevidade da parceria entre as duas entidades no desenvolvimento de novas cultivares forrageiras e no estudo de técnicas de produção e manejo. “Caso as cultivares lançadas sejam muito afetadas com o problema

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mai/jun 2012 AgroRevenda 45

de pirataria, isso pode comprometer todo o investimento na pesquisa. Não vale a pena investir tanto para outros se aproveitarem para produzir e comercializar sem qualquer punição”, justifica.

Segundo o presidente da Abrasem (Associação brasileira de Sementes e Mudas), Narciso barison, a pirataria de sementes ocorre a partir do momento que o produtor transforma grão em semente e não cumpre as regras do Mapa. “É o caso do produtor pirata, que adquire um campo e usa o grão como semente, sem estar inscrito no Mapa”, explica. ele acrescenta que o comprador de sementes ilegais não possui controle algum sobre o produto, nem segurança de sua qualidade e muitos não têm consciência dos reais prejuízos e dos riscos que trazem para as próprias lavouras.

barison faz coro com Roveri e

afirma que todos perdem com a prática ilegal. “os produtores levam para as lavouras sementes sem qualidade, nem procedência ou garantia de sanidade. em consequência, as empresas não têm o devido retorno dos recursos alocados em pesquisas e acabam investindo menos em novos produtos e tecnologias”, diz ele. “Já o uso de sementes legais, garante que o setor sempre tenha sementes de qualidade, que não prejudicam as lavouras e trazem resultados melhores.”

CAMPANHA“desconfie dos preços milagrosos e

de quem recomenda uma quantidade maior de sementes para formar uma área de pasto. Porque quem aposta

na impunidade também é capaz de outras fraudes, com prejuízo para você. denuncie esta prática ilegal para a Abrasem”, alerta o cartaz da campanha da entidade, no combate à ilegalidade.

Inibir o comércio de sementes ilegais

saIba maIsproduto agrícola pirata é muito difícil de identificar, portanto, o ideal é adquirir, sempre, sementes certificadas.

Existem três tipos de semente informal: a de uso próprio (reservada pelo agricultor para uso); pirata, produzida e vendida fora do sistema; não autorizada ou não fiscalizada.

uma forma de combater a pirataria na produção e no comércio de sementes e mudas é fornecer ao usuário o máximo de informações que permitam identificar as cultivares aprovadas e liberadas oficialmente para plantio.

para verificar se o produto a ser adquirido está inscrito no sistema, basta acessar www.agricultura.gov.br/, no link serviços, e clicar na seção sementes e mudas e, depois, em cultivares registradas.

Page 46: Revista AgroRevenda nº44

46 AgroRevenda mai/jun 2012

depende da fiscalização do Mapa, segundo Roveri que aponta também a necessidade de um trabalho de conscientização sobre os perigos de tal prática para o agropecuarista.

A Soesp (Sementes oeste Paulista), uma das cinco maiores do mundo no segmento de sementes forrageiras, abraçou essa causa e em junho deste ano lançou uma campanha de

alerta aos produtores rurais sobre os riscos do uso de sementes ilegais. Na opinião do diretor da empresa, o engenheiro agrônomo Itamar oliveira Júnior, por um lado está em jogo o direito dos produtores rurais a sementes de qualidade, e por outro, a campanha defende as empresas que atuam rigorosamente dentro da lei e sofrem com a concorrência desleal.

“o aumento nos padrões mínimos de pureza é bem-vindo, mas, em primeiro lugar, é preciso combater a ilegalidade que prejudica o País. Para isso, buscamos conscientizar o produtor rural sobre as desvantagens do uso de sementes ilegais e para o fato de que pode denunciar a pirataria à Abrasem”, explica oliveira Júnior.

NEGÓCIO DA CHINAo diretor da Soesp orienta revendas

e distribuidores a analisarem alguns fatores para se certificarem de que as sementes negociadas são legais. “É preciso desconfiar quando o preço ofertado está abaixo do praticado no mercado. Negócio da China é só na China e com chinês”, ensina. Além disso, segundo ele, é necessário verificar qual a taxa de semeadura recomendada que, no caso das sementes piratas, é superior à necessária.

“outra forma de se checar a procedência da semente é mandar analisá-la, uma vez que o custo é muito baixo, ou, melhor ainda, é possível entrar em contato com o Mapa, que realiza a análise sem custo nenhum”, recomenda oliveira Junior, que ressalta a importância das revendas e dos distribuidores em fornecerem aos seus clientes produtos de qualidade, com procedência e garantia de sanidade.

barison destaca o papel da Abrasem no combate à pirataria, uma vez que une todos os setores e interage com o Mapa na hora da fiscalização. “É necessário que haja um maior controle e fiscalização para evitar a produção e o comércio das sementes piratas”, reforça o presidente da entidade. “o Mapa, que é o órgão fiscalizador, às vezes, é um pouco limitado por falta de pessoal e de recursos. Por isso, todos devem ter consciência e auxiliar nesse controle.”

FIQuE por dEntroconheça alguns conceitos e definições elaborados pelas normativas. a produção de sementes, organizada na forma destas normas, tem como objetivo disponibilizar material de multiplicação vegetal com garantia de identidade e qualidade, atendidos os padrões e as normas do mapa.

padrão: conjunto de atributos de qualidade e de identidade, estabelecido pelo mapa, que condiciona a produção e comercialização de sementes;

semente: todo material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura;

semente básica: material obtido da reprodução de semente genética, realizada de forma a garantir sua identidade genética e sua pureza varietal;

semente certificada de primeira geração - c1: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética;

semente certificada de segunda geração - c2: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente genética, de semente básica ou de semente certificada de primeira geração;

semente genética: material de reprodução obtido a partir de processo de melhoramento de plantas, sob a responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza genéticas;

semente nociva: semente de espécie que, por ser de difícil erradicação no campo ou remoção no beneficiamento, é prejudicial à cultura ou a seu produto, sendo relacionada e limitada;

semente nociva proibida: semente de espécie cuja presença não é permitida junto às sementes do lote;semente nociva tolerada: semente de espécie cuja presença junto às sementes da amostra é permitida dentro de limites máximos, específicos e globais;

semente s1: material de reprodução vegetal, produzido fora do processo de certificação, resultante da reprodução de semente certificada de primeira e segunda gerações, de semente básica ou de semente genética ou, ainda, de materiais sem origem genética comprovada, previamente avaliados, para as espécies previstas nas normas do mapa;

semente s2: material de reprodução vegetal, produzido fora do processo de certificação, resultante da reprodução de semente s1, semente certificada de primeira e segunda gerações, de semente básica ou de semente genética ou, ainda, de materiais sem origem genética comprovada, previamente avaliados;

campo de produção: deverá ser inscrito no órgão de fiscalização da unidade da Federação onde este esteja instalado. no caso em que a inscrição for realizada em unidade da Federação distinta daquela na qual o produtor está inscrito no renasem, o órgão de fiscalização depositário da inscrição disponibilizará ao órgão de fiscalização da unidade da federação onde o produtor esteja inscrito no renasem, no prazo máximo de 5 dias, contados da homologação da inscrição, cópia da relação de campos de produção de sementes.

análise de sementes: procedimentos técnicos utilizados para avaliar a qualidade e a identidade da amostra. deverá ser realizada em laboratório credenciado no renasem.

resultados das análises: serão informados em boletim de análise de sementes, conforme modelos do mapa. para o lote aprovado e identificado, é necessário, além do boletim de análise de sementes, o atestado de origem genética ou o certificado de sementes ou o termo de conformidade, segundo sua classe e categoria;boletim de análise de sementes: é o documento emitido por laboratório de análise credenciado pelo mapa que expressa o resultado de análise;

atestado de origem genética: documento que garante a identidade genética do material de propagação, emitido por melhorista, para sementes da categoria genética;

termo de conformidade: documento emitido pelo responsável técnico, com o objetivo de atestar que a semente foi produzida de acordo com as normas;

Fiscalização do comércio de sementes: ocorrerá após a emissão da nota fiscal de venda pelo produtor ou pelo reembalador e tem por objetivo garantir o cumprimento da legislação, pelo exercício do poder de polícia. o fiscal, no exercício de suas funções, terá livre acesso aos estabelecimentos, produtos e documentos previstos na legislação de sementes.Lote: quantidade definida de sementes, identificada por letra, número ou combinação dos dois, da qual cada porção é, dentro de tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as informações contidas na identificação.

preparação do lote de sementes e condições para amostragem: no ato da amostragem, o lote de sementes deve ser o mais homogêneo possível. uma amostra será tanto mais representativa do lote à medida que aumentar o número de amostras simples. na prática, entretanto, um lote de sementes nunca é perfeitamente homogêneo, definindo-se como tal uma porção de sementes cujas partes que o compõe estejam razoável e uniformemente distribuídas por toda a sua massa. Essa uniformidade se refere a qualquer dos atributos que podem ser determinados em um exame, tais como pureza, outras sementes por número e germinação. se um lote é suspeito de ser excessivamente heterogêneo, o laboratório deverá realizar o teste de heterogeneidade (H).

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insumos

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48 AgroRevenda mai/jun 2012

safra

Com o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, ou Plano Safra, no último dia

28 de junho, pela presidente dilma Rousseff, distribuidoras e revendas de produtos agropecuários intensificaram os preparativos para atender a demanda de seus clientes, sejam eles pequenos, médios ou grandes produtores rurais. Considerado o melhor e mais abrangente colocado à disposição da agropecuária brasileiro, o novo Plano disponibiliza, na safra, iniciada em julho, R$ 115,2 bilhões em crédito à agricultura empresarial e recursos de R$ 22,3 bilhões para a agricultura familiar.

Para a agricultura empresarial, o valor é 7,4% maior do que que foi destinado ao setor no ciclo 2011/2012, de R$ 107,2 bilhões. A taxa de juros de referência das operações foi reduzida de 6,75% para 5,5% ao ano. Além disso, foram ampliados os recursos destinados aos médios produtores e às cooperativas, tendência da última safra, e incentivos à produção orgânica.

Apenas em crédito para investimento e custeio, por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), serão disponibilizados R$ 18

bilhões aos agricultores familiares. A presidente afirmou, porém, que o valor não é o limite do governo. “Se a demanda dos agricultores familiares for maior, eles terão mais de R$ 18 bilhões”, garantiu dilma.

Porém, o setor de distribuição afirma que, independente dos recursos colocados à disposição pelo governo, o que está impulsionando a demanda por insumos agrícolas é a soja, uma vez que o produtor rural está adotando, cada vez mais, tecnologias que resultem no aumento da produtividade de suas lavouras. Graças ao aumento da procura

HORA DE ABASTECERO CAMPOCom o anúncio do Plano Agrícola 2012/2013, os recursos para os produtores aumentaram. Mas, o que anima as distribuidoras é o bom momento vivido pela soja

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Paulo Roque

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mai/jun 2012 AgroRevenda 49

pela oleaginosa no mercado externo, segundo Reinaldo Serapião, vice-presidente da Adicer (Associação dos distribuidores de Insumos Agrícolas do Cerrado) e proprietário da Udiagro, em Uberlândia, MG, o produtor pode vender, antecipadamente, a soja que será colhida em maio de 2014 por R$ 58,00 a saca de 60 quilos.

“Trata-se de uma grande oportunidade, porque o produtor consegue, desde já, garantir a sua renda. excelente porque ele trava o seu custo de produção e não fica voando no mercado. o que acontece é que, normalmente, o produtor inicia o plantio sem saber o preço que terá lá na frente. hoje, está diferente por causa da demanda do mercado internacional, com bons preços para o ano que vem. Significa que o agricultor tem maior disponibilidade de investimentos na produção”, diz Serapião, garantindo que as distribuidoras estão prontas para atender as necessidades do mercado.

MIGRAÇÃO PARA A SOJAo vice-presidente da Adicer conta que,

no Triângulo Mineiro, as compras de insumos foram feitas com antecedência, 40% delas foram realizadas em junho e julho, quando o normal, na região, é entre agosto e de setembro. e conclui: “a grande oportunidade desse ano é que estamos eliminando variáveis como o dólar e preço futuro, ficando somente na dependência de São Pedro”.

Serapião explica que haverá uma migração muito grande para soja. Áreas de milho e algodão vão dar lugar à leguminosa. No Triângulo Mineiro, 20% da área de milho cederá espaço para a soja e o algodão, que não é forte na região, cederá de 30% a 40% de área.

Marco Antônio Lima Menezes, diretor da AP Agronegócio, distribuidora localizada em Piumhi, Minas Gerais, que atende o centro-oeste e o sul do estado, concorda que a soja vive dias de euforia, com os preços atrativos. o produtor conseguindo travar venda futura acima de R$ 50,00 a saca. “Teremos um aumento significativo desta cultura em nossa região e o plantio ocupará a área que era de milho”, prevê.

Porém, Menezes diz que, particularmente, acredita que o quadro pode virar, tanto no que diz respeito ao café, quanto ao milho, “pois e é

justamente nestas duas culturas que ainda estão as melhores oportunidades de negócios, porque a soja já aconteceu”.

PANORAMA“estamos na safra 2012/2013, apesar

do atraso em alguns segmentos, como café e milho, mas vivemos outra realidade na soja”, explica Marco Antônio Menezes. Com relação ao café, ele aponta o forte aumento nos preços dos fertilizantes, comparado ao mesmo período de 2012, de quase 30%; queda significativa nos preços, também em 30%; e chuvas torrenciais no período de colheita, que atrasam a atividade e coloca em dúvida a qualidade do produto a ser colhido, que pode vir abaixo do esperado. “este quadro tem retardado a tomada de decisão do cafeicultor em adquirir insumos para próxima safra”, analisa, acrescentando que “ano passado, na mesma época, 65% da demanda já tinha sido comercializada, o que não passa de 15% em 2012”.

No que se refere ao milho, Menezes diz que a forte queda no preço, a grande expectativa de colheita na safrinha, o aumento da área de plantio nos estados Unidos, a quase ausência de exportação, causada pelo estrangulamento nos portos brasileiros, e o aumento no preço da soja levaram o produtor a retardar a tomada de decisão para as compras de insumos para essa safra. “estamos com apenas 20% do mercado feito”, calcula.

o feijão, para plantio após a colheita do milho ou da soja, orienta Menezes, “é uma excelente opção, pois é uma cultura de ciclo rápido e traz um retorno a curto prazo, além de ser uma ótima alternativa para rotação de cultura, trazendo sustentabilidade a atividade agrícola”.

SAFRINHAPara o diretor da AP Agronegócio,

as oportunidades de negócios para o setor de distribuição de insumos agropecuários, para este ano, estão ligadas também à realidade da safrinha na região. Segundo ele, “o que antes era privilégio dos que possuem irrigação, passou a ser também realidade para aqueles não utilizam essa tecnologia. Através de consultorias profissionais desenvolveram sistemas de plantio que garantem duas safras no ano, otimizando a atividade com tecnologias disponíveis no mercado, como sementes

de ciclo precoce, fertilizantes mais inteligentes, entre outras, e que passaram a ser utilizadas de forma a viabilizar esta prática”.

“Com o alto custo de terra, mão de obra e insumos, não temos outra saída a não ser aperfeiçoar nossa atividade com a segunda safra, ou melhor, safrinha, que de safrinha não tem nada, pois a cada ano nos surpreende com produtividades maiores. estamos conseguindo produtividades espetaculares nas culturas de milho, soja e feijão, quebrando paradigmas até então indiscutíveis, provando mais uma vez o potencial do brasil para agricultura”, analisa Menezes.

A AP Agrícola, é uma empresa que está há 23 anos no mercado, atua no ramo de distribuição de insumos agrícola, com sede em Piumhi e filiais em bambuí, oliveira e Passos e atende 43 municípios, tendo como estratégia o foco no cliente. As principais culturas da região atendidas pela AP Agrícola são Milho, Café, Soja e Feijão, Cana e Florestas.

o diretor da distribuidora esclarece que para chegar à demanda de produtos na região, a empresa trabalha com potencial de mercado, utilizando diferentes ferramentas, como fontes oficiais de estatísticas, identificação porteira a porteira, históricos de vendas, aprimorando a cada ano, trazendo os dados cada vez mais próximos à realidade. “Para atender a esta demanda distribuímos consultores altamente treinados para atender às necessidades individuais de cada cliente, entender para atender”, acrescenta.

Marco antônio lima Menezes, diretor da aP agronegócio

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50 AgroRevenda mai/jun 2012

prateleira

Para o sucesso na plantação e na

colheita são necessários diversos

cuidados com o terreno. Para

isso, alguns equipamentos agrícolas têm

sempre que estar à mão do trabalhador

rural, oferecendo, o que há de melhor

em tecnologia, potência e produtividade,

aliado à proteção ambiental e

segurança do trabalhador e consumidor.

Nesse processo, as roçadeiras são

imprescindíveis.

Atualmente, no brasil existem,

aproximadamente, 400 fabricantes de

máquinas e implementos agrícolas, um

segmento que gera cerca de 50 mil

empregos diretos. dentre estas estão

fabricantes de roçadeiras que dispõe

de modelos diferenciados para atender

as necessidades das revendas e

distribuidores.

Confira o que as empresas têm

disponíveis para as revendas nesse

segmento:

HUSQVARNA Multinacional sueca fabricante de

equipamentos para o manejo de áreas

verdes, que comercializa seus produtos

por meio de revendedores e varejistas,

a husqvarna possui uma linha de

roçadeiras para o setor agrícola e também

para usuários ocasionais em pequenas

propriedades rurais ou chácaras e casas

de campo.

dentre os modelos da empresa estão os

A FORÇA QUEO CAMPO PRECISAPreparar o terreno é importante para garantir uma plantação produtiva e rentável. Nesse processo, as roçadeiras são fundamentais.

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52 AgroRevenda mai/jun 2012

seguintes:

226R, (ideal para

o uso rural); 236R, (para serviços

intensivos em propriedades rurais); 241R

(para longas jornadas de trabalho em

terrenos difíceis); 143R-11, (para trabalhos

pesados e intensos); 343FR, (para manejo

de florestas e áreas verdes); e 253Rb,

(modelo costal projetado para atender

à demanda de trabalho em terrenos

inclinados, acidentados ou de difícil

acesso).

de acordo com a empresa, para

suportar o crescimento do brasil, que é

considerado o celeiro do mundo, devido

à sua alta taxa de exportação de produtos

agropecuários, outros setores devem

expandir. “de olho nessa demanda, a

husqvarna investe em desenvolvimento

de novas tecnologias para aumentar

a produtividade dos trabalhos rurais”,

afirma.

TRAMONTINAFundada no ano de 1911, a Tramontina,

empresa 100% brasileira, hoje presente

em mais de 120 países, conta com

uma linha de roçadeiras, tanto de

combustão quanto elétricas, para

atender as diferentes necessidades dos

consumidores.

A nova roçadeira à combustão modelo

RC26 da Tramontina apresenta sistema

de partida easy-start, que permite ao

operador ligar o aparelho sem esforço.

Contém cinto e braços com opção de

regulagem de altura e posição garantindo

mais conforto durante a operação.

elaborada com a tecnologia New Pure

Fire, o equipamento – que possui motor

de 26 cc -, polui menos o ambiente e

ainda reduz o consumo de combustível.

Na linha de roçadeiras elétricas, o

destaque da empresa fica por conta da do

modelo Re1000, com potência de 1000

W, adequado aos trabalhos de corte em

gramados e outros tipos de vegetações.

Possui motor com sistema de proteção

térmica que desliga automaticamente em

caso de superaquecimento. Apresenta

braços reguláveis que permitem ajustar

a melhor posição/altura para o usuário

e, também, dobrá-los sem desmontar,

facilitando o transporte.

A empresa está preparando, para esse

segundo semestre de 2012, o lançamento

de novas roçadeiras que prometem, além

de maior potência, alto desempenho para

atingir novos mercados.

STIHLCom uma linha completa, a Sthil

tem como foco no tripé econômico,

social e ambiental, a empresa busca a

sustentabilidade em toda a sua cadeia

de valor, fornecedores, a empresa,

concessionárias e consumidores.

dentro dessa proposta, a empresa

possui modelos de máquinas leves para

trabalhos ocasionais e encorpadas para

trabalhos intensos, que atendem aos

mercados agropecuário, florestal e de

jardinagem profissional ou doméstico.

Todos os modelos de roçadeira são

dotados de isolamento anti choque.

entre os destaques estão os modelos

FSe 41, da linha elétrica que, além da

praticidade para facilitar o dia a dia, tem

design diferenciado, com o motor na parte

de baixo da máquina, é leve, ergonômica

e tem múltiplas regulagens; a FS 55,

para cuidar do jardim; a FS 80, de alta

potência, para serviços do dia a dia em

casas, empresas e sítios; a FS 130, com

tecnologia 4-MIX, com menor emissão e

maior economia de combustível, é ideal

para o corte e a roçada de vegetações

de pequeno e médio porte; e a FS 160,

para trabalhos de mais pesados (roçada

de capoeiras altas, mato emaranhado

e desbrota de plantios jovens), na

agricultura, pecuária, fruticultura,

fumicultura, atividades florestais.

TRAPPA empresa conta com uma ampla

gama de produtos, entre cortadores

de grama, roçadeiras e aparadores.

As roçadeiras elétricas Trapp possuem

formas ergonômicas que garantem fácil

manuseio e o conforto do operado e são

acionadas por motor mais silencioso e

econômico que as roçadeiras de potência

similar com motor a gasolina. entre os

modelos destinados ao corte de grama

e de vegetação mais alta estão a Master

1000, que pode também ser utilizada para

acabamentos, quando utilizado o refil de

nylon, e a Master 3000, equipada com

guidão regulável e cinto para utilização

do equipamento de maneira confortável e

segura. As roçadeiras Trapp são dotadas

de isolamento anti choque.

prateleira

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Page 53: Revista AgroRevenda nº44

mai/jun 2012 AgroRevenda 53

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54 AgroRevenda mai/jun 2012

evento

Considerado o maior evento indoor da cadeia pecuária de corte do mundo, a Feicorte

2012 – Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne encerrou sua 18ª edição com balanço positivo. Realizada de 11 a 15 de junho, no Centro de exposição Imigrantes, recebeu a visita de 30.000 pessoas, entre pecuaristas, empresários, estudantes, empresas, fornecedores e demais profissionais da cadeia produtiva da carne. em 50 mil m2 de área, o evento reuniu 250 empresas expositoras representando todos os elos da cadeia produtiva da carne, e abrigou mais de 4.000 animais.

décio Ribeiro dos Santos, diretor do Agrocentro, empresa organizadora da Feicorte, ressalta a presença de público altamente selecionado no evento. “dentre os visitantes, destacamos a visita do ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, que participou de reunião com lideranças de várias entidades representativas do agronegócio brasileiro.” “Foi importante para o setor apresentar as reivindicações que

afetam diretamente a cadeia produtiva da agropecuária”, avalia. Carla Tuccilio ressaltou o alto nível dos eventos paralelos, como congressos, workshops e palestras. “A cada ano, a feira melhora ainda mais.”

CENTRAIS DE INSEMINAÇÃOPara daniel de Carvalho, gerente

de Produto Corte da C.R.I. Genética, o grande diferencial deste ano foi a qualidade do público. “Fechamos bons negócios. destacamos a boa comercialização de sêmen através do Leilão Reserva especial Conexão delta G, realizado no dia 14 de junho. Também tivemos a oportunidade de apresentar nosso novo catálogo, de corte, inclusive na versão digital para tablet”, conta daniel.

Antonino bosco, gerente Comercial da CRV Lagoa, destaca a participação da equipe técnica e comercial, com a proposta de apresentar inovação e tecnologia para os clientes e parceiros. “Participamos de leilão com parceiros do Paint e CeIP Total, com resultados excelentes. Além disso, trouxemos para conhecer a feira e a produção do brasil um grupo de 12 pessoas da África do Sul, formado por criadores, veterinários e colaboradores da CRV daquele país”, informa.

BONS NEGÓCIOSA dow AgroScience trouxe o dobro

de clientes para visitar a edição de 2012 da Feicorte em relação ao ano anterior. Foram 200 pecuaristas, além de 30 distribuidores de todas as regiões

do brasil. Marcello Cunha, gerente de marketing defensivos Pastagem da empresa, explicou que, este ano, ao invés de realizar eventos extras fora do Agrocentro, a empresa optou por investir mais na feira e instalou um estande maior, com o objetivo de realizar mais negócios dentro da própria feira.

enzo Guarnieri, analista de Marketing da bellman, considerou o movimento da feira muito positivo, com a presença de seus grandes clientes e o fechamento de negócios. “Nossa parceria com a Scot na palestra Scot Consultoria 100 Minutos foi muito produtiva, além da participação no Prêmio Nelson Pineda”, diz.

A FORÇA DA CADEIAPRODUTIVA DA CARNEA Feicorte 2012 trouxe lançamentos, novidades e, mais uma vez,mostrou porque é a principal feira do setor

antonino bosco, gerente Comercial da CRv lagoa

Carla tuccilio, agroCentro

Carolina barretto, responsável pelo MarketingPecuária da Marfrig

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mai/jun 2012 AgroRevenda 55

“Além de vendas, focamos também no Projeto Caminho da Carne, com o objetivo de mostrar aos visitantes, clientes e pecuaristas todo o processo da pecuária, da porteira à produção de carne”, afirma Mariana beckheuser, gerente comercial da beckhauser. ela conta que a empresa elegeu quatro feiras para trabalhar com maior amplitude e participação dos funcionários. “A Feicorte foi eleita como principal, por isso a equipe deve ser pontual nos contatos e negócios”, conta.

“Foi excelente nossa participação na Feicorte que é um ponto de encontro de cadeia da pecuária de corte do brasil e representa uma oportunidade

de estar mais perto dos clientes e dos técnicos”, afirma Fernanda hoe, gerente de Produto da Pfizer. “Percebi que os produtores estão buscando novos produtos e tecnologias, por isso, pudemos reforçar a divulgação de bopriva, vacina de imuno castração”, destaca Fernanda.

de acordo com Carolina barretto, responsável pelo Marketing Pecuária da Marfrig, a Feicorte foi palco para

a realização de muitas ações, entre elas o lançamento da carne Seara hereford, assinatura de convênio com Carrefour e venda da carne certificada. “Também lançamos a marca própria da carne Viacava - CV Reserva especial e comemoramos um ano da parceria com a beckhauser, no projeto Caminho da Carne”, enumera.

Para o presidente da Associação brasileira de hereford e bradford (Abhb), Luciano Lopa, o modelo de feira da Feicorte deveria ser adotado em todo o brasil. “É excelente para a

realização de negócios, seu formato físico permite que as pessoas visitem todos os estandes e conheçam todos os expositores. É um sucesso, modelo de negócio e de fortalecimento de marca”, diz Lopa.

Ricardo Viacava, que conduz os negócios da marca CV junto com o seu pai Carlos Viacava, manifestou sua satisfação em relação ao público que visitou a Feicorte. Segundo ele, todos os dias, durante a feira, a marca CV ofereceu degustação da carne, com uma resposta muito positiva. “Realizamos, pela primeira vez, um leilão com perfil de produção. Negociamos 153 touros e alcançamos faturamento ao redor de R$ 700 mil”, disse.

A Feicorte contou com 13 leilões e julgamentos de 16 raças (15 raças bovinas e uma ovina) e contou com 25 raças, entre bovinos de corte (Angus, braford, brahman, brangus, bonsmara, Canchim, Charolês, Caracu, Gir, Guzerá, hereford, Limousin, Marchigiana, Nelore

padrão, Nelore Mocho, Senepol, Simbrasil, Simental, Sindi, Wagyu), ovinos dorper, White dorper e Santa Inês, além de gado Gir Leiteiro e equinos Mangalarga.

Um dos destaques do evento foi o espaço da Carne, envolvendo as seguintes atividades: Caminho da Carne (dinâmica com as etapas da produção da pecuária); Congresso Internacional Pecuária Corte (com especialistas nacionais internacionais para debater o setor); edição II do Prêmio Nelson Pineda – excelência em Confinamento (que homenageou os 40 confinamentos mais eficientes do País e os 10 que mais se destacaram em sustentabilidade e bem estar animal); espaço degustação, com degustação diária de carnes; e Academia da Carne (projeto com palestras e atividades para estudantes das áreas de agronomia, zootecnia, veterinária e ciências agrárias).

Enzo guarnieri, analista de Marketing da bellman

Daniel de Carvalho, gerente de Produto Corte da C.R.i. genética

fernanda Hoe, gerente de Produto da Pfizer

Ricardo viacava da marca Cv

Mariana beckheuser, gerente comercial da beckhauser

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56 AgroRevenda mai/jun 2012

profissional de vendas

em nosso artigo anterior “Negociando com o cliente: conhecendo o cliente”,

trabalhamos três pontos que julgamos fundamentais para uma boa negociação: (1) saber quem é o meu cliente; (2) conhecer as suas necessidades; e (3) saber o que podemos oferecer aos clientes. Por fim, fechamos a discussão ressaltando a necessidade de se buscar um relacionamento de longo prazo e fortalecer a prática da negociação como uma habilidade a ser desenvolvida diariamente.

Assim, nesse artigo vamos trabalhar cinco pontos que devem ser evitados pelos negociadores durante uma negociação:

1. FALTA DE PLANEJAMENTOo planejamento é uma das principais

etapas de uma boa negociação. No entanto, também é uma das fases mais negligenciadas pelos negociadores. os motivos são vários, entre eles a falta de tempo, a certeza de que a negociação será “fácil” ou até o desconhecimento de métodos de planejamento da negociação. Com isso, esquecemos muitas vezes que o tempo reservado para as nossas negociações do dia a dia também é restrito, e que cada vez mais temos que ser mais efetivos no momento que estamos negociando, seja com um cliente, fornecedor, líder no trabalho, subordinado, etc.

Assim, o bom planejamento é fundamental para que possamos sair

da negociação com os resultados desejados. É importante que nessa fase os negociadores busquem o maior número de informações sobre o outro lado, priorizem as questões a serem apresentadas e discutidas, certifiquem-se dos recursos necessários, definam a pauta do que será conversado, simule o processo, e o mais importante, tenha em mente qual é o seu resultado esperado.

2. NÃO CONHECER AS NECESSIDADES Na sequencia do erro anterior,

ressaltamos a necessidade do conhecimento das necessidades. Conforme destacado em nosso artigo anterior, é fundamental para o processo de negociação conhecer

as necessidades do outro lado. No entanto, destacamos aqui um erro tão comum quanto esse: não conhecer as suas próprias necessidades. Lembramos aqui de uma história clássica dos cursos e livros de negociação, que conta a passagem de dois meninos que brigam por uma laranja e ao final, após dividirem a laranja ao meio, como solução para os seus problemas, um fica com a polpa, pois gosta do suco da laranja e o outro fica, apenas, com a casca, pois quer fazer um doce.

dessa forma, o bom negociador tem inicialmente que conhecer os seus desejos – quais são os resultados esperados. Por exemplo, qual é o

NEGOCIANDO COM O CLIENTE:EVITE OS ERROS MAIS COMUNSConheça os cinco pontos fundamentais que devem ser eliminados no processo de negociação.

Lucas Sciencia do Prado, Matheus Alberto Consoli e Isabela Grespan da Rocha Teixeira*

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mai/jun 2012 AgroRevenda 57

prazo que eu quero renovar o contrato com o meu cliente: ou, ainda, quais são os benefícios que quero obter após a compra? Com isso em mente, podemos partir para o conhecimento das necessidades do outro lado. Conhecer os desejos da outra parte facilita o processo de argumentação, a definição de estratégias e aumenta as opções de flexibilização, erro destacado a seguir.

3. SER INFLEXÍVEL A flexibilidade é uma das melhores

estratégias que podem ser utilizadas pelos negociadores. em muitas negociações que acompanhamos percebemos que as partes ficam presas a questões únicas. Pontuamos aqui a principal: o preço. Mas analisando essa que é uma das principais objeções apresentadas, podemos perceber que ficar preso a uma posição realmente é um erro nas negociações.

Se o negociador consegue conhecer as suas necessidades e a do cliente, fica cada vez mais claro que nem sempre o atributo mais desejado pelo outro lado é o preço. Muitas vezes, o outro lado busca uma melhor condição de pagamento, a entrega imediata do produto, a manutenção do relacionamento no longo prazo, ou ainda uma assistência diferenciada após a aquisição do produto. Assim, a flexibilidade é parte do processo de negociação. Costumamos fazer uma analogia, se um viajante quer sair de uma cidade e ir até a outra, normalmente ele pode escolher vários caminhos e vários meios de transporte. entretanto, em todas as opções o destino final ainda será o mesmo.

4. FALAR MAIS DO QUE OUVIR Também ligado ao fato de conhecer

as necessidades, um quarto erro é muito frequente nas negociações. As pessoas, em sua maioria, por exemplo os vendedores, que negociam diariamente, acreditam que tem como principal objetivo ser o mais comunicativo possível, para poder encantar os seus clientes. No entanto,

quando uma venda não é realizada, não entendem o motivo pelo qual não tiveram um resultado positivo. Nesses casos, a resposta já foi dada e certamente não percebida durante a negociação.

Saber ouvir é muito mais do que não falar durante a negociação. Costumamos dizer que temos que nos comportar como ouvintes ativos, mantendo uma postura atenta, sumarizando os pontos explicados em alguns momentos da conversa, estimulando o feedback do outro lado e observando os sinais não verbais que o outro lado nos passa. Com isso, podemos, durante a negociação, adequar a estratégia adotada, reforçar alguns pontos que não ficaram claros, evitando conflitos, e apresentar uma proposta que vá mais ao encontro das reais necessidades do outro lado.

5. FOCO EM RESULTADOS DE CURTO PRAZO Por fim, outro erro frequentemente

cometido pelos negociadores é o foco em resultados de curto prazo. A negociação com foco no curto prazo acaba muitas vezes tomando o caminho do ganha-perde, em que apenas um dos lados sai com vantagem. Sabemos que essa postura há muito tempo vem sendo discutida pelos especialistas em negociação e que o seu uso deve ser cuidadoso.

dessa forma, olhar para o longo prazo significa maximizar os ganhos ao longo do tempo. Para isso, adotar uma postura ganha-ganha, em que os lados ficarão ao menos parcialmente satisfeitos, tem contribuído muito para o que chamamos de negociação efetiva. Nela, os negociadores estudam o outro lado, conhecem as suas próprias necessidades e interesses e, ao mesmo tempo, do outro lado, também, buscam apresentar propostas concretas, são flexíveis a ponto de não travarem a negociação, tudo isso com o objetivo de garantir que a negociação seja concluída e os dois lados possam sair com o sentimento de continuidade

no relacionamento e prontos para um novo encontro.

Finalizamos, ressaltando que esses são apenas alguns dos erros que mais encontramos nas negociações que observamos. É importante que os negociadores reflitam sobre esses pontos apresentados e continuem praticando, pois a negociação é uma habilidade que desenvolvemos mais a cada dia.

bom trabalho e sucesso em suas negociações.

* os autores são consultores da

Markestrat e atuam em projetos em

agronegócios e distribuição de insumos

agropecuários. Para maiores informações

visite www.markestrat.org

ar

Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia“Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”.E-mail: [email protected].: (16) 3456-5555

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tema. Sugira novos assuntos que

você, BALCONISTA, gostaria que

abordássemos nas próximas edições.

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58 AgroRevenda mai/jun 2012

FERRAMENTA ESTRATÉGICANO PDV

o varejo engloba todas as

atividades envolvidas na

venda de bens ou serviços

a consumidores finais para seu uso

pessoal. No passado predominava

no ponto de venda o atendimento

assistido, pouca variedade e

pequenas redes onde se adquiria bens

genéricos, buscando pagar o mínimo

possível. hoje, temos consumidores

cada vez mais informados, que

querem mais do que produtos e

serviços; anseiam por conveniência

e rapidez no atendimento, aliado a

experiências agradáveis. Reter estes

clientes por mais tempo possível no

ponto de venda requer um grande

esforço das empresas varejistas.

Uma das marcantes características

de nosso tempo é que cada vez

mais os consumidores decidem suas

compras no ponto-de-venda, são

sensíveis aos apelos atrativos, querem

variedade, qualidade, atendimento e

disponibilidade dos produtos na hora.

Ao pensar em como se processa,

na maioria das vezes, a decisão

de compras dos clientes no varejo,

podemos afirmar, com toda certeza,

que o caminho percorrido pela maior

parte dos clientes ao adquirir produtos

e serviços é a seguinte:

1. Reconhecimento do problema

2. Busca de informação

3. Avaliação de alternativas

4. Decisão de compra

5. Pós-compra

Pode-se presumir que sempre haverá

necessidade de algum esforço de

vendas, porém, o ideal é que o

marketing deixe o cliente pronto para

comprar. Segundo Peter drucker,

“o objetivo de marketing é tornar a

venda supérflua. A meta é conhecer

e compreender tão bem o cliente que

o produto ou serviço se adapte a ele

e venda por si só. A partir daí, basta

tornar o produto ou serviço disponível”.

diante do exposto, o vitrinismo e o

merchandising vêm crescendo em

importância. há milhares de anos, os

chineses já diziam que “um quadro vale

por mil palavras”. Assim, reflita sobre

quais são as evidências físicas de que

optar por comprar na sua empresa

será um bom negócio. Lembre-se que

seu ponto de venda é uma ferramenta

estratégica de marketing!

É no ponto de venda que todo

esforço de marketing frutifica através

das vendas. Um grande número de

empresas não dispõe de recursos

necessários para realizar uma eficiente

distribuição que justifique a utilização

da mídia tradicional. A estratégia de

divulgação com maior retorno dos

investimentos tem sido a concentração

dos esforços de promoção no ponto

de venda, onde clientes, produtos e

check out se encontram.

Na ânsia de fisgar o consumidor, o

PdV se tornou a principal mídia para

merchandising

Soeli de Oliveira é consultora e palestrante do Instituto Tecnológico de Negócios, nas áreas de marketing, varejo, atendimento e motivação.

tel. (51) 9674-8677 – Novo hamburgo – RS.USP.

Contato: [email protected]

Soeli de Oliveira *

Reter clientes por mais tempo possível na loja requer um grande esforço das empresas varejistas e exige a utilização de um conjunto de estratégias

58 AgroRevenda mai/jun 2012

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mai/jun 2012 AgroRevenda 59

a maioria dos produtos de consumo.

diante das opções para crescer,

sobreviver ou morrer, fabricantes e

varejistas lançam mão de variadas

ferramentas para promoção de produtos

no ponto de venda, entre elas design,

arquitetura, exposição, merchandising,

embalagem, atendimento, identidade

visual, promessa de marca e incentivo

de venda.

Com o objetivo de aumentar ao máximo

a venda por metro quadrado dentro

da loja, atrair novos clientes e operar

ao mais baixo custo com qualidade,

produtores e varejistas apostam

cada vez mais as suas “fichas” no

merchandising. o merchandising

compreende um conjunto de operações

táticas efetuadas no ponto de venda,

para colocar no mercado o produto

ou serviço certo, no lugar certo, na

quantidade certa, no preço certo, no

tempo certo, com o impacto visual

adequado e exposição correta.

Vender é ação, já a correta exposição

dos produtos no ponto de venda é

um misto de planejamento, técnicas e

arte, que agregam valor aos produtos.

No planejamento de ações de

merchandising deverá ser considerado:

tipo de ação; tipo de loja; produto e

marca, duração, espaço necessário,

preço,

Quantidade, materiais de PdV, perfil

de consumidor, frequência, seleção de

equipe e treinamento.

o poder do merchandising reside em

expor produtos e marcas com destaque

nos PdVs. Certifique-se de que é dada

ao consumidor a real oportunidade de

reconhecer os produtos como valiosos,

ter experiências sensoriais e comprá-los

com facilidade. ar

mai/jun 2012 AgroRevenda 59

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marketing

AS ESCOLHAS CERTAS PARA ACESSAR O MERCADOA empresa constrói sua reputação no mercado ao formar, de modo correto,o alicerce de sua postura e atuação com seus canais

José Alexandre Loyola*

A incessante procura por fontes

de vantagem competitiva

sustentável tem levado as

empresas do agronegócio a pensar

em conceitos inovadores na hora de se

fazer negócio, utilizando-se de novas

ferramentas de venda, do inesgotável

arsenal de produtos de alta tecnologia

disponível a custos cada vez mais

acessíveis e de métodos de gestão mais

eficazes para lidar com os recursos da

empresa e torná-los mais produtivos.

dentre todas as descobertas oriundas

dessa busca, uma tem se provado como

de importância ímpar, não somente

pela capacidade de gerar vantagem

competitiva em si mesma, como também

para que as outras descobertas possam

se tornar concretas para o cliente final: a

capacidade de acessar o mercado com

os produtos e serviços, rapidamente e

eficientemente, despertando o desejo

de compra do cliente e permitindo que

ele seja atendido com qualidade, onde

mais lhe convém. em última análise, é

preciso ter uma estratégia de canais de

distribuição capaz de gerar vantagem

competitiva.

Ter um produto ou serviço que tenha

uma excelente relação custo/benefício

para o produtor rural é condição

necessária, porém, não suficiente para o

sucesso. Tão importante quanto ter o que

vender é dominar os processos de como

esse produto chegará ao mercado.

dada à quantidade de casos

conhecidos de marcas e empresas

que sucumbiram, apesar da excelência

de seus produtos, por problemas

mercadológicos, é de se supor que

a importância do tema de canais já

seja uma lição aprendida pela maioria

das organizações. Como, então,

poderia haver espaço para vantagem

competitiva nesse campo?

Acreditamos que a resposta a

essa pergunta deriva do seguinte

pensamento: quando por um lado

existem várias e atraentes oportunidades

para se fazer alguma coisa, como meios

de distribuir os produtos, por exemplo,

do outro lado existe uma limitação de

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mai/jun 2012 AgroRevenda 61

recursos a serem empregados, então

haverá a necessidade de fazer escolhas.

As escolhas feitas nesse campo definem

quem terá sucesso, quem ficará aquém

das aspirações e até quem fracassará

totalmente.

A estratégia acerca de canais de

distribuição precisa, antes de qualquer

coisa, atender os anseios mais

profundos das demandas por serviços

de seus clientes e, ao mesmo tempo,

estar alinhada com a sua cultura

organizacional, com os produtos

a serem escoados e com a forma

com que a empresa assimila o seu

macroambiente de negócios.

O PAPEL DO CANAL Para auxiliar na compreensão dos

fatores que afetam a estratégia de

canais e no desafio em fazer as

escolhas certas, é importante observar

a essência do papel do canal de

comercialização dentro de um sistema

formado pelo fabricante, canal (dealer)

e consumidor (figura 1). de modo

geral, o fabricante deve preocupar-se

com as atividades de disponibilização

de um portfólio de produtos e serviços

atraentes ao mercado, com a definição,

construção e manutenção de uma rede

de canais eficiente e eficaz, capaz de

entregar uma correta experiência de

compra ao consumidor, preocupando-

se com a gestão ampla da comunicação

posicionamento da marca e com a

definição e gestão de políticas de

relacionamento para retenção e

fidelização de clientes, considerando

as particularidades de cada região

(costumes, preferências e hábitos de

compra) de sua área de atuação.

Ao canal, cabe fundamentalmente a

missão de colocar em prática as políticas

de distribuição e de relacionamento,

acordadas com o fabricante e voltadas

a garantir a consistência da mensagem,

proposta de valor da marca e da

experiência de compra a ser entregue

ao consumidor. devem cuidar também

da manutenção de uma força de

vendas e serviços bem recrutada,

treinada e alinhada com os preceitos

da marca (ou marcas) que representa, e

responsabilizar-se pela implantação de

ações comerciais eficazes nos planos

operacionais e táticos no campo, junto

aos agricultores. Para tanto, o canal

necessita de competências gerenciais,

de negociação e relacionamento com

o fabricante, que lhe possibilitem não

somente manter-se competitivo no

mercado, como também negociar

e receber, do fabricante, o suporte

necessário para suas operações.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Apesar de toda a informação hoje

disponível sobre a importância da

estratégia de canais, a verdade é que

uma grande parte das organizações

criou e desenvolveu sua rede de canais

segundo um processo incremental e

oportunista, respondendo mais em

relação às demandas percebidas no

mercado para tornar seus produtos

mais disponíveis, do que em resposta

a um planejamento sustentável.

Tal abordagem traz uma série de

problemas, alguns bem críticos, na

medida em que a empresa cresce e os

mercados se aproximam da maturidade

(taxas de crescimento estabilizadas ou

em declínio).

A proliferação de canais, sem

planejamento sustentável, gera agora

uma perda de produtividade pelo

excesso de complexidade criado para

administrar uma rede tão diversificada

e heterogênea, crescente desmotivação

por parte dos empreendedores dos

distribuidores, disputas acirradas

e invasões territoriais, levando à

degeneração das margens e a própria

perda do valor econômico dos canais.

Com frequência, o fabricante passa a

se ver às voltas com problemas judiciais

dispendiosos e, pior, com sua marca

sendo exposta.

outra distorção bastante comum,

nesse caso proveniente da falta do

estabelecimento de um modelo de

negócio na estratégia de canais, é

quando o fabricante passa a enxergar

seus canais como clientes de seus

produtos, utilizando o seu poder

de negociação e de barganha para

somente cumprir suas metas e fazer

com que seu “cliente” adquira estoque

de seus produtos, em um volume

superior ao que o mercado consumidor

do varejo tem capacidade de assimilar

no curto prazo.

CONSIDERAÇÕES FINAISResumindo, o objetivo central da

etapa de estratégia e planejamento é

o tornar possível fazer escolhas certas

sobre a natureza e o perfil dos canais

que irão compor a rede, bem como

preparar o terreno com fundamentos

conceituais para a implementação

de processos e políticas que irão

conduzir o relacionamento no sistema

fabricante-canal-consumidor. Fazendo

isso, a empresa estará formando o

alicerce fundamental em relação a

sua postura e atuação para com seus

canais, construindo a sua reputação no

mercado.

* José Alexandre Loyola é

engenheiro agrônomo, com 15 anos

de experiência em gestão, vendas

e marketing em agronegócio, com

MbA em Agronegócios pela FGV e em

Marketing pela FIA/USP. Atuou como

gestor em propriedades rurais e em

empresas como Monsanto, basf e Timac

Agro, ministrando cursos e palestras.

Atualmente é diretor na Prime Action

Consulting, responsável pela divisão de

Agronegócios.

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62 AgroRevenda mai/jun 2012

serviço

COMO MONTAR UMA FARMáCIA NA FAZENDAA interação com a revenda agropecuária, um novo contexto de interação fornecedor - produtor rural

Guilherme Augusto Vieira*

o agronegócio é um dos segmentos mais importantes da economia brasileira, responsável pela

formação de 30% do PIb nacional, algo em torno de R$ 650 bilhões, respondendo pela ocupação de 52% da população economicamente ativa e 40% da pauta de exportações do país, números que evidenciam a sua relevância.

dentro deste contexto, inserem-se as atividades agropecuárias brasileiras, responsáveis pela produção de grãos e proteínas animais e que possuem uma grande relevância na conjuntura do agronegócio, principalmente no abastecimento interno de alimentos quanto na pauta de exportações.

A produção pecuária brasileira passou por grandes transformações nos últimos tempos, saiu de um estágio amador para um estágio profissional, e teve que se adequar às novas vertentes do agronegócio, como inserção na mercadologia, conceitos de custos de produção e gestão agropecuária.

Com a evolução dos índices de produtividade agropecuária não há mais lugar para a ineficiência. os custos de produção aumentaram e os produtores foram obrigados a investir em tecnologia para produzir com eficiência.

os insumos (medicamentos e rações) utilizados nas produções pecuárias são os responsáveis pelo incremento da produtividade e impactam de forma significativa o orçamento das fazendas de produções pecuárias.

os medicamentos veterinários respondem não só pela sanidade dos rebanhos, mas também pela produtividade e qualidade das produções pecuárias. estes produtos são importantes no tratamento e prevenção de doenças que afetam os animais.

Na busca dessa eficiência, torna-se essencial uma efetiva indicação, aplicação, e armazenamento dos medicamentos veterinários.

Neste sentido, faz-se necessário cada vez mais a organização de uma farmácia nas fazendas com a finalidade de conservar e manter um estoque de medicamentos veterinários.

Infelizmente, o que se nota nas fazendas é um inadequado armazenamento dos medicamentos veterinários, com perdas, prazos de validade vencidos além de se observar gastos desnecessários com a compra de medicamentos. Geralmente, grande parte da aquisição dos produtos é realizada por indicação dos balconistas de lojas agropecuárias, não obedecendo aos critérios técnicos prevalecendo “a variável custo” em suas compras.

diante deste cenário, qual o papel da revenda agropecuária nesse contexto? o que representa? Qual a sua importância? Será que ela está preparada para a evolução da produção pecuária e consequentemente do agronegócio? e a farmácia na fazenda, como indicar os produtos?

baseado nessas questões será abordado uma reflexão geral sobre os vários aspectos que estão envolvidos na montagem de uma

farmácia na fazenda, não só enfatizando a indicação dos produtos veterinários, mas todo o contexto que está inserido o produtor rural e a compra de insumos bem como a relação produtor-revenda.

Justifica-se a elaboração deste artigo pela grande importância econômica e social da revenda agropecuária no cenário do agronegócio, representando 8,5 mil pontos de vendas para atender os quase sete milhões de produtores rurais, além de ter um faturamento estimado de mais de 30 bilhões de reais. outro aspecto importante a se ressaltar é o papel representado pelo varejo agropecuário na distribuição dos insumos e consequentemente na produção rural brasileira.

INTeRAÇÃo PRodUToR – ReVeNdAA revenda agropecuária tem um bom

relacionamento com os seus clientes, principalmente aquelas que já estão estabelecidas há algum tempo em uma determinada região. Mas será que ela conhece as características do seu público comprador?

o empresário já notou que o fazendeiro visita a sua loja regularmente, se não ele o seu colaborador de confiança (o “gerente”) da fazenda? Por que isto ocorre?

A falta de planejamento em relação às compras de produtos veterinários e a proximidade física entre o estabelecimento fornecedor e a propriedade rural contribuem para que o produtor opte por uma estratégia de compra que o obrigue a visitar a sua loja regularmente a fim de adquirir os insumos e os medicamentos que necessita de

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imediato, o que aumenta a frequência com que as compras se repetem.

Mas quem é esse público que compra na revenda agropecuária?

A grande maioria dos pecuaristas compra os medicamentos veterinários e insumos (sal mineral, sementes, vacinas) baseados no preço.

os fazendeiros também obedecem a outros ‘critérios’ para a aquisição de seus insumos:

- Quando o peão avisa que o insumo está acabando ou acabou;

- Por impulso, quando o balconista da loja agropecuária lhe informa que chegou um produto novo e que ‘é um tiro’ para acabar com as doenças dos animais;

- Propaganda em rádios, jornais, TVs e palestras técnicas;

- Pela marca que está familiarizado ou indicado por um amigo.

Geralmente os produtores que se encaixam neste perfil são os pequenos e médios produtores, agricultores familiares e aqueles produtores que possuem outra atividade e a fazenda não constitui a sua atividade econômica principal.

Além das condições de pagamento, há outros critérios utilizados pelos produtores rurais na escolha de sua “revenda” de confiança: proximidade da propriedade; boa qualidade dos insumos; prestação de serviços: assistência técnica, entregas na propriedade e pronto-atendimento às emergências.

Como a revenda agropecuária deve se preparar para atender aos produtores na montagem da farmácia na fazenda?

Primeiramente a moderna revenda agropecuária deve entender a nova produção agropecuária no contexto do agronegócio, aperfeiçoando os seus processos de gestão.

entretanto, a questão mais importante a se destacar é a qualificação dos seus colaboradores na execução dos objetivos propostos e principalmente nos aspectos técnicos relacionados com a venda dos produtos veterinários, principalmente as vacinas e medicamentos veterinários.

Nas diversas palestras realizadas pelo brasil, ouvi várias queixas dos empresários do setor de varejo agropecuário que reclamam da falta de pessoal qualificado para trabalhar em revendas agropecuárias.

Portanto, a montagem de uma farmácia na fazenda deve obedecer a uma série de critérios técnicos e à qualificação dos colaboradores da revenda agropecuária é de suma importância no processo.

Seguem algumas recomendações para qualificar os colaboradores de uma revenda no tocante a venda profissional de medicamentos e produtos veterinários:

• Se possível selecione profissionais que tenham histórico no meio rural ou que tenham trabalhado em empreendimentos similares;

• Busque uma capacitação que contenha em seu programa: técnicas de vendas, negociação e atendimento ao público;

• Procure cursos ou treinamentos técnicos que capacite os seus funcionários com os seguintes conteúdos: tipos de medicamentos, noções de microbiologia e higiene, as principais diferenças entre antibióticos e anti-inflamatórios; tipos de produção animal (sistemas de produção), noções de manejo sanitário e nutricional; Conhecer as principais medidas de administração de medicamentos, tipos de rações e matérias-primas (já vi colaborador de revenda vendendo farelo de trigo como fonte proteica).

• Toda Revenda Agropecuária é obrigada por lei ter um veterinário e/ou agrônomo como “RT”. Neste caso, não existindo as capacitações sugeridas em sua região, por que não utilizar estes profissionais no treinamento dos seus funcionários?

* Guilherme Augusto Vieira é médico

veterinário pela U. F. Goiás, doutorando

em história das Ciências Agrárias UFbA/

UeFS; professor do Curso de Veterinária da

Unime/bahia; autor do livro Como montar

uma farmácia na fazenda e sua interação

com o agronegócio; consultor de várias

empresas do agronegócio e sócio da

Qualyagro Consultoria & Treinamento.

Contato:

[email protected]

rEcomEndaçÕEsImportantEsseguem algumas recomendações para se montar uma farmácia na fazenda sob a ótica da revenda:

• orientação quanto a localização da farmácia: perto dos locais onde são realizados os trabalhos com os animais;

• Local deve ser bem ventilado e iluminado. Locais com excesso de calor e úmido alteram os medicamentos e comprometem a conservação;

• conhecer o tipo de produção do cliente (leite ou corte) visando uma orientação correta quanto aos produtos a serem utilizados;

• observar sempre os prazos de validade e alteração dos medicamentos;

• separar os medicamentos em prateleiras diferentes: exemplos: antibióticos em locais diferentes de vitaminas e anti-inflamatórios;

• Evite armazenar no mesmo local da prateleira: os inseticidas, detergentes e desinfetantes junto com os medicamentos;

• orientar ao produtor quanto à conservação e utilização dos produtos biológicos (soros e vacinas)

o QuE não podE FaLtar

Em uma boa farmácia na fazenda precisa dos seguintes itens:

• produtos médico-hospitalares para curativos: álcool iodado, gaze, algodão, esparadrapos, ataduras, água oxigenada;

• material básico de apoio: seringas descartáveis; agulhas descartáveis ou de metal; bandejas; termômetro veterinário, materiais de limpeza (detergentes, sabão, escovas);

• medicamentos tópicos e defensivos animais: pomadas, mata-bicheiras, carrapaticidas, mosquicidas e bernicidas;

• medicamentos terapêuticos: analgésicos, anti-inflamatórios hormonais ou não hormonais, antibióticos, antitóxicos, vitaminas, soro antitetânico e soro antiofídico de uso animal.

ao concluir este artigo foi demonstrada a importância da revenda agropecuária no contexto do agronegócio.

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por onde andamos

POR ONDE ANDAmOs...

Marcelo Cerutti, Carlão da Publique e Wesleyda Agroin na Feicorte 2012.

Equipe do Curso Campeões de Vendas do Agronegócio, organizado pela MC Consultoriae Treinamento, de Marcelo Cerutti, em Campo Grande, MS.

Osvaldo Piccinin, da Agro Amazônia, e Marcelo Cerutti, da MC Consultoria e Treinamento.

Henrique Barbosa, gerente de Produtoda Rosenbusch.

Alaor O. dos S. Neto, gerente Comercialda Salutti Nutrição Animal.

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POR ONDE ANDAmOs...

Ana Cristina Andrade Bezerrae Rodrigo C. Tulio - Servsal.

Franco - Diretor de Vendas MS da Controlsoft, Robson - Supervisor TécnicoComercial da Connan e Marcelo Cerutti - MC Consultoria e Treinamento.

Equipe do Treinamento de Vendas MC.

Ricardo Augusto Murad - Minersal.Feres Soubhia Filho, proprietário da Alvorada ProdutosAgropecuários, em visita à Revenda Alvorada.

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“O AgRONEgóciOBRAsilEiRO cOlhE sucEssO tODOsOs DiAs.”

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