sacco 2005 - biomecanica na reestruturacao postural

Upload: pilatescientfico

Post on 04-Apr-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    1/14

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Mtodo pilates em revista: aspectos biomecnicos

    de movimentos especficos para reestruturaopostural Estudos de casoPilates method in review: biomechanical aspects of specific movements

    for postural reorganization Cases report

    SACCO, I.C.N.; ANDRADE, M.S.; SOUZA, P.S.; NISIYAMA, M.; CANTURIA, A.L.;MAEDA, F.Y.I.; PIKEL, M. Mtodo pilates em revista: aspectos biomecnicos demovimentos especficos para reestruturao postural Estudos de caso. R. bras.R. bras.R. bras.R. bras.R. bras.Ci e MovCi e MovCi e MovCi e MovCi e Mov..... 2005; 13(4): 65-78.

    RRRRRESUMOESUMOESUMOESUMOESUMO A proposta deste estudo foi analisar por uma viso cinesiolgica e biomecnicaalguns exerccios do mtodo Pilates e comparlos entre si para uma melhor descriodo mtodo e dos benefcios desta atividade. Duas professoras do mtodo foramfotografadas realizando tais exerccios nos aparelhos Mat, Cadillac, Chair e Reformer e,posteriormente os msculos trabalhados, de forma concntrica e excntrica, e osalongados foram comparados com os ngulos articulares mensurados no programa CorelDraw. Para o clculo dos torques resistentes a partir do modelo antropomtrico deDempster, foi aplicado o mtodo segmentar nas fotografias digitalizadas para determinaros centros de gravidade dos segmentos do corpo. Conclumos que h uma grandevariao dos torques resistentes em funo do posicionamento dos membros superiores einferiores, tronco e cabea nos exerccios analisados e que a musculatura abdominal oprincipal grupo muscular trabalhado.PPPPPALAVR ASALAVR ASALAVR ASALAVR ASALAVR AS-----CHAVECHAVECHAVECHAVECHAVE: fisioterapia, biomecnica, tcnica pilates, postura, cinesiologia.

    SACCO, I.C.N.; ANDRADE, M.S.; SOUZA, P.S.; NISIYAMA, M.; CANTURIA, A.L.;MAEDA, F.Y.I.; PIKEL, M. Pilates method in review: biomechanical aspects of specificmovements for postural reorganization Cases report. R. bras.R. bras.R. bras.R. bras.R. bras. Ci e MovCi e MovCi e MovCi e MovCi e Mov..... 2005;13(4): 65-78.

    AAAAABSTRACTBSTRACTBSTRACTBSTRACTBSTRACT The purpose of this study was to describe some of the Pilates techniquesexercises under biomechanical and kinesiological considerations. Two subjects (Pilatestechnique teachers) were photographed while performing the exercises in differentequipments Mat, Cadillac, Chair and Reformer. The relationship among the articularangles analyzed in the Corel Draw and the muscles working eccentrically orconcentrically, or that were elongated has been established. The segmental model wasapplied on the digitalized photos in order to locate the gravity center and the resistanttorques were calculated by Dempsters anthropometric model. We concluded that thereis a great variation of the resistant torques in relation to upper limbs, lower limbs, headand trunk positions in the exercises and the abdominal muscles are the main groupfunctioning in the exercises analyzed.KKKKKEYWORDSEYWORDSEYWORDSEYWORDSEYWORDS: physical therapy, biomechanics, pilates technique, posture, kinesiology.

    Isabel C. N. Sacco,

    Mariane S. Andrade,

    Priscila S. Souza,

    Maurcio Nisiyama,

    Anita L. Canturia,

    Fabiana Y. I. Maeda,

    Marina Pikel

    Recebimento: 9/12/2004Aceite: 15/01/2005

    Correspondncia: Professora Dra. Isabel de C. N. Sacco. Depto. Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional - Faculdade de Medicina USP. R. Cipotnia, 51,Cidade Universitria So Paulo SP, Brazil, 05360-000. tel:(11) 30917451; FAX:(11) 30917462. email: [email protected]

    Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia eTerapia Ocupacional, Faculdade de Medicina Universidade de So Paulo, So Paulo.

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5365

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    2/14

    66

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    IntroduoAtualmente, a populao busca muitas

    formas para a melhora da qualidade de vida.

    Cada indivduo apresenta suas preferncias eprocura atividades que trabalhem o corpo deuma forma global e interessante. Nota-se umgrande aumento no nmero de tcnicasdisponveis para esses objetivos e entre elasest a moderna e discutida tcnica Pilates. Narealidade, apesar de o mtodo Pilates scomear a ser difundido entre os brasileirosdurante a dcada de 90, foi em 1923, que oalemo Joseph Humbertus Pilates levou-opara os Estados Unidos 18,23. O mtodo Pilates

    j usado por milhares de pessoas no Brasil eem outros pases. Nos EUA existem mais de300 centros especializados.

    Joseph Humbertus Pilates criou uma sriede exerccios baseados nos movimentosprogressivos que o corpo capaz de executar.Durante a I Guerra Mundial, Pilates iniciou ouso das molas nas camas de hospital,desenvolvendo um sistema que inspirou a criaode seus equipamentos e de seu mtodo 18.

    Os seis princpios do Mtodo so:concentrao, conscincia, controle,centramento, respirao, movimentoharmnico. uma tcnica dinmica que visatrabalhar fora, alongamento e flexibilidade,preocupando-se em manter as curvaturasfisiolgicas do corpo e tendo o abdmencomo centro de fora, o qual trabalhaconstantemente em todos os exerccios datcnica, realizados com poucas repeties.

    Os aparelhos, dotados de um mecanismode molas e elsticos que colocam uma maiorresistncia ou facilitam a execuo demovimentos e simulam situaes rotineirasda atividade fsica18, apresentam diferentesgraus de dificuldade, podendo ento, ocorreruma evoluo do indivduo praticante, namedida que se aperfeioa, visando alcanar aposio de mximo esforo e eficincia paraaquele exerccio.

    A literatura aponta como vantagens domtodo Pilates: estimular a circulao,melhorar o condicionamento fsico, aflexibilidade, a amplitude muscular e o

    alinhamento postural. Pode melhorar os nveisde conscincia corporal e a coordenaomotora. Tais benefcios ajudariam a prevenir

    leses e proporcionar um alvio de dorescrnicas7.

    A tcnica Pi la tes apresenta muitasvariaes de exerccios, pode ser realizada porpessoas que buscam alguma atividade fsica,por indivduos que apresentam algumapatologia ou cirurgia msculo-esquelticaonde a reabilitao necessria, e tambmpor esportistas que visam melhorar suaperformance.

    Diante deste contexto, o presente trabalhobuscou descrever e comparar a cinesiologia ea biomecnica de exerccios semelhantesdentro da tcnica Pilates, porm executados

    em diferentes aparelhos.

    MtodosO estudo foi realizado no Centro de

    Ginstica Postural Anglica (CGPA), localonde o mtodo Pilates aplicado. Os sujeitosparticipantes da pesquisa foram duasprofessoras da tcnica, que realizaram algunsexerccios selecionados na tcnica Pilates paraposterior avaliao cinesiolgica ebiomecnica. As idades, pesos e alturas dossujeitos se encontram na tabela 1.

    Todas as anlises foram feitas a partir deobservaes cinesiolgicas qualitativas e doclculo de ngulos, curvaturas e torquesresistentes durante os exerccios selecionados.

    Fotografias digitais foram tiradas durantea execuo dos exerccios, sendo a mquinautilizada uma Cannon 1.3 Mpixels. As fotosforam feitas nas posies iniciais,intermedirias e finais de cada um dosexerccios e, posteriormente, digitalizadas noprograma Corel Draw 10 para a realizao declculos dos ngulos articulares e dos torquesresistentes nas posies de interesse.

    Foram marcados pontos anatmicos sseosde interesse utilizando-se etiquetas nos sujeitos

    que executaram os exerccios. As etiquetasforam colocadas sobre o prprio ponto ou emsua projeo no plano sagital, no qual foramrealizadas as fotografias. Esses pontos foram:

    Tabela 1 - Caracterizao antropomtrica e idade dos sujeitos analisados.

    Sujeito Idade (anos) Massa (Kg) Estatura (m)

    Professora 1 24 59,8 1,74

    Professora 2 34 52,5 1,57

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5366

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    3/14

    67

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    processo mastideo, projeo da vrtebra C7,ngulo inferior da escpula (ao nvel de T8),tuberosidade maior do mero, epicndilo

    lateral, processo estilide da ulna, 5 metacarpo,projeo da vrtebra T12, espinha ilaca ntero-superior, crista ilaca, projeo da espinha ilacapstero-superior, trocnter maior do fmur,cndilo femoral lateral, malolo lateral, a cabeado 5 metatarso e calcneo, os quais foramusados para o clculo dos ngulos articularesno Corel Draw.

    Para a determinao desses ngulos, foramdefinidas referncias, as quais so descritas natabela 2. Os ngulos articulares foramcalculados a partir da posio anatmicatomada como referncia a fim de descrever aposio articular, sendo que valores positivos

    correspondem a movimentos de flexo, evalores negativos, a movimentos de extenso.Os ngulos definidos partem de definies detrabalhos anteriores j aprovados pelacomunidade cientfica da rea, apenas ajustadosaos propsitos do presente trabalho 22,23.

    Para as medidas de retroverso eanteverso da pelve convencionou-se que osvalores desta varivel seriam negativosquando a espinha ilaca ntero-superiorestivesse direita da reta vertical, portantoem retroverso, tomando-se em consideraoque a viso do indivduo fotografado estava

    voltada para a direita. Quando a espinha ilacantero-superior estivesse esquerda da retavertical, a pelve estaria em anteverso, e os

    valores das distncias seriam positivos.Atravs da observao da realizao da

    seqncia de movimentos de cada exerccio,foram determinados os msculos trabalhadosde forma excntrica ou concntrica e osmsculos alongados em cada etapa. Assim,pde-se relacion-los com dados obtidos comos ngulos mensurados no Corel Draw paraento comparar os exerccios selecionados.

    Em relao ao clculo dos torquesresistentes, foi necessria a determinao decentros de gravidade de segmentos do corpo,aplicando-se o mtodo segmentar nasfotografias digitalizadas no Corel Draw 11. O

    mtodo segmentar consiste no clculo daposio do centro de gravidade de umdeterminado membro ou do corpo todo apartir de uma mdia das posies de cadasegmento ponderada pela sua massa. A massados segmentos foi estimada a partir do modeloantropomtrico de Dempster 8. As medidasfinais dos torque resistentes foram calculadasa partir do valor obtido da mdia do clculode trs ngulos para cada segmento em cadaexerccio.

    Os exerccios selecionados e comparadosentre si esto descritos na tabela 3.

    Tabela 2 - Descrio e definio das variveis utilizadas para o estudo a partir das fotografiasdigitalizadas no Corel Draw.

    Varivel Descrio da VarivelO

    ngulo do Ombro

    Vrtice no centro articular do ombro. Um segmento dereta une o vrtice ao epicndilo lateral do mero e ooutro segmento de reta sai do vrtice e segueparalelamente ao tronco.

    Cngulo do Cotovelo

    Vrtice no epicndilo lateral. Um segmento de reta saido vrtice e segue ao longo da ulna ou do rdio. O outrolado une o vrtice ao centro articular do ombro.

    Qngulo do Quadril

    Vrtice no trocnter maior do fmur. Um segmento dereta une o vrtice ao epicndilo lateral do fmur e o outroune o vrtice projeo da vrtebra L5.

    Jngulo do J oelho

    Vrtice no epicndilo lateral. Um segmento de reta uneo vrtice ao malolo lateral e o outro une o vrtice aotrocnter maior do fmur.

    T

    ngulo do Tornozelo

    Vrtice no malolo lateral. Um segmento de reta une o

    vrtice base do quinto metatarso e o outro une ovrtice ao trocnter maior do fmur.

    Tor.ngulo da Coluna

    Torcica

    Vrtice em T7. Um segmento de reta une o vrtice projeo da vrtebraC7 e o outro une o vrtice projeo da vrtebra T12.

    Lngulo da Lombar

    Vrtice em L5. Um segmento de reta une o vrtice projeo da vrtebra T12 e o outro une o vrtice espinha ilaca pstero-superior.

    Prot/Retr. Protrao/retrao daCabea

    Distncia ortogonal entre o centro de gravidade dacabea e o segmento de reta que une o centro articulardo ombro projeo da vrtebra C7.

    Retro/Ant Retroverso/Anteverso da Pelve

    Distncia ortogonal entre a espinha ilaca antero-superior e a reta vertical que passa pelo trocnter maiordo fmur.

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5367

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    4/14

    68

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    ResultadosA partir dos parmetros descritos nos

    mtodos, uma anlise qualitativa e

    quantitativa do ponto de vista cinesiolgicoe biomecnico foi descrita. Alm dos ngulosarticulares, os msculos trabalhados ealongados nos exerccios foram descritos,analisados e comparados.

    A anlise dos ngulos articulares foi feitadescrevendo-se os movimentos, mas os resultadosestudados priorizaram algumas articulaes, asquais modificam seu posicionamento durante osexerccios em questo, podendo assim,compar-los. Os resultados das variveisdescritas aqui se referem s posies iniciais,intermedirias, quando houver, e finais dosmovimentos em questo, destacando-se o

    momento do exerccio em que a musculaturaenvolvida est sendo mais exigida.

    Comparao 1Comparao 1Comparao 1Comparao 1Comparao 1Os resultados referentes aos exerccios

    Hamstring Stretch no aparelho Chair (figura1a) e Spine Stretch no aparelho Cadillac(figura 1b) esto apresentados na tabela 4.

    Apresentam- se nes ta tabela os ngulosarticulares iniciais e da posio de maioresforo muscular.

    J em relao aos trabalhos e alongamentosmusculares destes dois exerccios, amboslevam a um alongamento da cadeia muscularposterior, apresentando algumas diferenas,pois em bipedestao essa musculaturatrabalha para sustentar o peso do corpo eestabilizar a pelve, possibilitando um menoralongamento em relao posio de

    sedestao, na qual os membros inferiores notm essa funo e, por estarem mais relaxados,so mais passveis ao alongamento. Alm

    disso, ambos os exerccios fortalecem amusculatura extensora de cotovelo devido aomovimento realizado nessa articulao. Essemovimento realizado de maneiras distintasem cada um dos exerccios, pois no HamstringStretch necessrio que a barra seja empurradapara baixo no momento em que a flexo detronco j ocorreu e total, e no Spine Stretch,

    juntamente com a extenso de cotovelo,ocorre flexo de tronco, o que ajuda nomovimento de levar a barra para frente.

    Comparao 2Comparao 2Comparao 2Comparao 2Comparao 2Os resultados referentes aos exerccios

    Torso Press Sit na Chair (figura 2a), Teaser 1no Mat (figura 2b) e Short Box na Reformer(figura 2c e d) esto apresentados na tabela 5.

    Apresentam-se os ngulos articulares dasposies finais, isto , a de esforo mximo decada segmento em cada exerccio analisadonesta comparao.

    Nessas posies, os torques resistentes somximos, ento, a musculatura envolvida estrealizando seu maior torque potente paraigualar-se ou vencer esse torque resistente.Portanto, nesse momento que a musculaturaabdominal tem seu maior trabalho. Nosexerccios Torso Press Sit e Teaser 1 existe otorque resistente de membros inferioresdevido ao posicionamento dos mesmos, jno exerccio Short Box, eles permanecemapoiados no aparelho, no apresentandotorque resistente exclusivo de membros

    Tabela 3 - Exerccios da tcnica Pilates selecionados para as comparaes biomecnicas.

    Estudos Mat Cadillac Chair Reformer

    Comparao 1 Spine Stretch Hamstring Stretch

    Comparao 2 Teaser 1 Torso Press Sit Short Box

    Comparao 3 Swan Swan From Floor Pulling Straps

    Comparao 4 Hundred Hundred Hundred

    Tabela 4 - Variveis angulares avaliadas em nas condies inicial e de esforo mximo nos exercciosde Hamstring Stretch e Spine Stretch.

    Hamstring Stretch Spine Stretch

    ngulo Posio

    Inicial

    Posio de esforo

    mximo

    Posio

    Inicial

    Posio de esforo

    mximo

    Q 160 140 99 108

    Tor. 160 135 177 123

    L 172 176 175 178

    O 140 160 166 180

    C 176 180 169 172

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5368

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    5/14

    69

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    inferiores e, por isso, exigindo menos damusculatura trabalhada em relao aos outrosdois exerccios. Alm disso, existe uma

    diferena entre os exerccios Torso Press Sit eTeaser 1, pois mesmo que possuam umaseqncia de movimentos e uma posio finalsemelhantes, o primeiro apresenta ummovimento adicional, no incio do exerccio,que se caracteriza pela extenso de ombrocontra a resistncia das molas da barra do

    aparelho, ocorrendo nesse momento otrabalho da musculatura extensora do ombro.

    Comparao 3Comparao 3Comparao 3Comparao 3Comparao 3

    Os resultados referentes aos exercciosPulling Straps na Reformer (figura 3a), Swanfrom Floor na Chair (figura 3b) e Swan no Mat(figura 3c) esto apresentados na tabela 6.Considera-se nesta tabela os ngulos articularesreferentes posio inicial, intermediria e finaldos exerccios analisados, quando for pertinente.

    Tabela 5 - Variveis angulares finais e torques resistentes mximos avaliados em uma posio de esforo

    mximo nos exerccios Torso Press Sit, Teaser 1 e Short Box, onde Short Box (A): com os membros

    superiores cruzados junto ao peito e Short Box (B): com os membros superiores atrs da cabea.

    Exerccio Q J T OTorque tronco+membros

    superiores +cabea (N.m)

    Torque membros

    inferiores (N.m)

    Torso Press Sit 120 170 145 85 80 34,7

    Teaser 1 98 170 150 90 55,6 28,9

    Short Box (A) 165 150 130 40 66,3 ------

    Short Box (B) 150 150 110 155 80,5 ------

    Tabela 6 - Variveis angulares avaliadas nas posies iniciais, intermedirias e finais dos exerccios

    Pulling Straps na Reformer, Swan from Floor na Chair e Swan no Mat.

    Pulling Straps Swan from Floor Swan

    nguloPosio

    InicialIntermediria Final

    PosioInicial

    FinalPosio

    InicialFinal

    O 120 -3 -6 175 127 -18 65

    C 161 99 180 161 154 40 175

    Q 165 166 170 178 175 166 -172

    J 170 168 172 172 171 173 166

    T 146 146 146 163 162 165 173

    L -178 -173 -170 173o -159o 174 -144

    Tor. 145 170 177 173 169 164 137

    Tabela 7 - Variveis angulares e lineares avaliadas nas posies iniciais e finais do exerccio Hundred

    na Cadillac, no Mat e na Reformer.

    Mat Reformer Cadillac

    VariveisPosio

    InicialFinal

    PosioInicial

    FinalPosio

    InicialFinal

    O (graus) 85 0 90 20 0 40

    C (graus) 0 0 15 0 85 11

    Q (graus) 93 22 80 30 86 12

    J (graus) 89 5 80 5 67 1

    Prot/ret (cm) 6,5 4,5 0 10,9 6,3 5,8

    Retro/Ante (cm) 3,8 5,8 7,6 10,9 4,0 6,5

    Tor. (graus) 0 5 5 40 3 26

    Tabela 8 - Torques articulares resistivos mximos avaliados no exerccio Hundred na Cadillac, no

    Mat e na Reformer.

    Torque resistivo Mat Reformer Cadillac

    Me mbr os s up er ior es (N .m ) 5 ,9 5 7 ,1 5 5 ,4 0

    Membros inferiores (N.m) 21,87 21,95 22,20

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5369

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    6/14

    70

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    Comparao 4Comparao 4Comparao 4Comparao 4Comparao 4Os resultados referentes ao exerccio

    Hundred executado no Mat, na Cadillac e na

    Reformer esto apresentados nas tabelas 7 e 8.Considera-se nestas tabelas os ngulos articularesreferentes posio inicial e final do exerccioanalisado e os torques resistentes mximos.

    Entre os trs aparelhos, o mais simples o Mat, que apenas uma prancha onde oexerccio realizado. O outro aparelho, aReformer, uma prancha de apoio para otronco, o quadril e a cabea, onde os membrosinferiores ficam livres. Esta prancha deslizapara frente e para trs e h dois elsticos quepartem de uma das extremidades dosaparelhos. Na Cadillac a base de apoio fixa eapia todo o corpo, como no Mat, porm h

    duas molas fixas no aparelho que o indivduosegura, aumentando o grau de dificuldade doexerccio.

    A principal diferena na realizao doexerccio nos trs aparelhos ocorre nosmembros superiores. No Mat e na Reformero movimento semelhante, porm quando oexerccio realizado na Reformer h aresistncia dos elsticos. J na Cadillac, oexerccio iniciado com o ombro em posioneutra, diferentemente dos demais aparelhos,onde o exerccio se inicia com aproximadamente90 de flexo do ombro. Alm disso, devido resistncia das molas, a amplitude demovimento do membro superior menor doque nos demais aparelhos. Outra diferenaimportante diz respeito posio da cabea naposio inicial. Enquanto no Mat e na Cadillaco exerccio j comea com protrao de cabea,na Reformer o exerccio se inicia com a cabeaapoiada na base.

    DiscussoComparao 1Comparao 1Comparao 1Comparao 1Comparao 1Dentro da categoria de exerccios de

    alongamento e flexibilidade da cadeia muscularposterior, dois exerccios da tcnica foram

    analisados: Spine Stretch, no aparelho Cadillace Hamstring Stretch, do aparelho Chair.

    Para Blanke 4 (1997) e Werlang 24 (1997),flexibilidade a capacidade que cada articulaotem de mover-se em amplitudes de movimentoespecficas. Segundo Werlang 24 (1997), noindivduo sadio a amplitude articular influenciada pelos ligamentos, comprimentodos msculos e tendes. J em pessoas compatologias, as limitaes podem ser agravadas

    por processos inflamatrios, reduo daquantidade de lquido sinovial, presena decorpos estranhos na articulao e leses

    cartilaginosas. Uma vez que a amplitudearticular de determinada articulao estejacomprometida, alguma limitao semanifestar e poder comprometer odesempenho esportivo, laboral ou deatividades da vida diria. Podem, ainda, havermovimentos compensatrios em outrasarticulaes para realizar a funo prejudicada,aumentando o gasto energtico, podendosobrecarregar tais articulaes envolvidas noprocesso de compensao. As principais causasde limitaes articulares podem ser devido aproblemas de natureza mecnica ou apatologias que atingem as estruturas

    articulares.Dentre os fatores que mais favorecem a

    reduo dos nveis de amplitude articulardestacam-se: atrofia devido ao desuso articular,aumento da idade e hereditariedade. Os fatoresendgenos que influenciam nos graus deflexibilidade so: idade, sexo, individualidadebiolgica, condio fsica, respirao econcentrao. Os fatores exgenos so:temperatura ambiente e hora do dia 24. Assim,o comprimento dos msculos e sua capacidadede extensibilidade so fatores importantes paraa qualidade da flexibilidade do indivduo.

    No exerccio Hamstring Stretch na Chair, oindivduo em bipedestao, com o cotoveloestendido e ombro flexionado a 180, inicia-seuma flexo de tronco e uma leve extensorelativa de ombro at apoiar as mos na barrado aparelho que se encontra na altura dos joelhos,mantendo cotovelo estendido e a cabeaalinhada com a coluna cervical. Nesse momentoa barra, a qual apresenta resistncia por molas, empurrada no sentido do cho, alongando todaa cadeia muscular posterior. Em seguida, doismovimentos so realizados com a posio dotronco e do ombro mantidas, flexo de cotoveloe sua posterior extenso, sendo trabalhado o

    msculo trceps do brao de formas excntricae concntrica, respectivamente. Finalmente,mantendo os cotovelos estendidos e realizandoextenso de tronco, o indivduo volta posioinicial descrita.

    J no exerccio Spine Stretch realizado naCadillac, o indivduo apresenta-se emsedestao, com membros inferiores paralelose apoiados sobre o aparelho, joelhosestendidos, tornozelos em posio neutra,

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5370

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    7/14

    71

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    quadril a 90, coluna ereta, ombrosflexionados, cotovelos estendidos e pronados,mos apoiando na barra do aparelho ao alto,

    a qual est presa por uma espcie de elstico,conferindo resistncia. O movimento se iniciacom extenso relativa do ombro, puxando abarra para baixo, sem mover a coluna. Aoatingir-se 90 de ombro e cotovelo, ocorreextenso de cotovelo e flexo de tronco,continuando a empurrar a barra para baixo etambm para frente. Aps t-la empurradoat um certo limite, o indivduo faz omovimento de volta, ou seja, flexo decotovelo, extenso de tronco e, em seguida,flexo de ombro, terminando o movimentona posio inicial acima descrita.

    Na prtica clnica so comuns os casos de

    pacientes que apresentam encurtamentomuscular de cadeia posterior, sendo necessriauma interveno fisioteraputica. Uma dasinmeras possibilidades de interveno seriaa utilizao dos exerccios desta tcnica.

    Segundo Anderson 1 (1983), dentre osbenefcios que se pode atingir com os exercciosde alongamento destacam-se: reduo dastenses musculares, benefcios para acoordenao, maior grau de mobilidadearticular, desenvolvimento da conscinciacorporal, ativao da circulao, liberao demovimentos bloqueados por tensesemocionais, melhora da capacidade mecnicados msculos e articulaes.

    Deve-se considerar, segundo Blanke 4

    (1997), que a falta de flexibilidade gera ummau desempenho esportivo e aumenta aschances de leses tais como as distensesmusculares, porm, a flexibilidade excessivapode provocar instabilidade articular gerandoentorses articulares, osteoartrite e doresarticulares.

    Pelos valores dos ngulos da colunalombar e torcica, nota-se que eles modificam-se muito mais na coluna torcica do que nalombar, isso confirma o conceito de que a

    flexo da coluna como um todo ocorre emsua maior parte na cervical e na torcica,havendo movimento mnimo de flexo nalombar. No entanto, ambos levam flexode toda a coluna e, portanto, ao recrutamentodos msculos abdominais e iliopsoas e aoalongamento de toda a cadeia muscularposterior.

    Outra semelhana entre eles que aseqncia dos dois exerccios inclui, em certo

    momento, a extenso de cotovelo, levandoao fortalecimento do msculo trceps dobrao, sendo este maior no Hamstring

    Stretch, no qual a barra com resistncia deveser empurrada para baixo.

    Existem algumas diferenas entre eles.Uma delas refere-se aos ngulos do quadril, oque ocorre em funo das posies iniciais decada exerccio. No Hamstring Stretch, essengulo diminui com a realizao dosmovimentos, pois o sujeito parte da posiode bipedestao e realiza a flexo de coluna equadril para alcanar a barra do aparelho. Jno incio do Spine Stretch, esse ngulo j estdiminudo devido posio de sedestao e,no decorrer do movimento, ocorre flexo detoda a coluna. Entretanto, a coluna lombar e

    sacral posicionam-se mais posteriormente,provocando um pequeno aumento no ngulodo quadril, isto , uma leve extenso. Almdessa diferena, no Hamstring Stretch, emfuno da sua posio em bipedestao, ocorreo recrutamento do msculo glteo mximopara estabilizar a pelve, fato que no precisaocorrer no Spine Stretch, onde o indivduosentado j tem uma maior estabilidade dessaarticulao.

    Sendo assim, h um melhor alongamentomuscular posterior dos membros inferioresno Spine Stretch, j que, sem estaremsustentando peso, essa musculatura fica maisrelaxada e, portanto, mais passvel aoalongamento. No Hamstring Stretch deve-se evitar o aumento do ngulo tibiotrsico,promovendo um alongamento mais eficientedo msculo sleo, mesmo que a barra a serempurrada fornea um apoio para o indivduorealizar a flexo do tronco, auxiliando-o namanuteno do equilbrio.

    Ambos podem ser indicados para pacientescom encurtamento dos msculos da cadeiaposterior, isto , fundamentalmente, msculostrceps da perna, isquiotibiais e paravertebrais.So contra-indicados para sujeitos com

    hipermobilidade de coluna lombar ou mesmodores na coluna. Pacientes com frouxidoligamentar e hiperextenso de joelho devemevitar o Hamstring Stretch ou realiz-lo comsemiflexo dessa articulao. Hipertensostambm devem evitar esse exerccio, devidoao aumento de fluxo sanguneo para a cabeana posio de mximo esforo.

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5371

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    8/14

    72

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    Comparao 2Comparao 2Comparao 2Comparao 2Comparao 2O segundo grupo de exerccios avaliados

    composto por: Torso Press Sit, Teaser 1 e

    Short Box, executados na Chair, Mat eReformer respectivamente. O objetivoprincipal dos trs exerccios o mesmo,fortalecimento da musculatura abdominal,isto , dos msculos flexores de tronco e dequadril, atravs de trabalho excntrico econcntrico. Os msculos abdominais somuito importantes, pois em coordenaocom os msculos dorsais, eles so o suportecontra a ao da gravidade e manuteno parauma postura alinhada.

    Segundo Palastanga19 (1998), a flexo detronco produzida pelo trabalho concntricodos msculos oblquo externo, oblquo

    interno e reto do abdome. Se o gradil costalfor o ponto fixo, estes msculos levantam aparte anterior da pelve, levando a umaretroverso da pelve, tendo um efeitoimportante de diminuio da lordose lombar.Mello16 (1983) descreve que os primeirosgraus de flexo do tronco sobre os membrosinferiores so resultado do trabalho dosmsculos oblquo externo e iliopsoas, j aamplitude de movimento restante, dosmsculos oblquo interno e reto abdominal.

    No Torso Press Sit o indivduo encontra-se sentado sobre o aparelho Chair com osmembros inferiores paralelos ao cho, ouestendidos. Com os ombros estendidos,cotovelos estendidos e pronados, as mosapoiadas sobre a barra do aparelho, que seencontra atrs do indivduo, ele realiza osmovimentos de extenso de tronco e deombros, empurrando essa barra para baixoat o cho. No final desse movimento, otronco encontra-se paralelo ao solo, assimcomo os membros inferiores, quepermaneceram na posio inicial. Em seguida,o indivduo realiza flexes de tronco, quadrile ombro, simultaneamente, atravs dotrabalho concntrico dos msculos, atingindo

    uma posio final na qual o ngulo do quadril 120, com apoio no osso sacro e os cotovelose joelhos mantm-se estendidos.

    O Teaser 1 realizado no MAT e bastantesemelhante ao movimento do Torso Press Sit.O indivduo posiciona-se, inicialmente emdecbito dorsal, com os ombros flexionadosem 180, os quadris flexionados em 90, com

    joe lhos e cotove los estendidos. Ocorresimultaneamente a flexo do tronco e extensorelativa dos ombros at cerca de 90,

    atingindo a posio final semelhante doTorso Press Sit, j descrita a partir do trabalhoconcntrico da musculatura abdominal e

    isometria dos msculos flexores do quadril.No Short Box, o indivduo encontra-se

    sentado sobre o aparelho Reformer, com osps apoiados e joelhos semiflexionados. Omovimento consiste em simples flexo detronco sobre os membros inferiores, onde naposio inicial o tronco se encontra em 90de flexo em relao aos membros inferiores,passando para uma extenso relativa de troncode aproximadamente 145 na posiointermediria e retornando flexo da posioinicial. Foram realizadas duas variaes deposicionamento de membros superiores: umacom as mos suportando a cabea por trs, e

    outra com os braos cruzados entre si juntoao tronco, na altura do peito. Entretanto, almdestas, Mello16 (1983) descreve outras duasvariaes possveis de posicionamento demembros superiores quando ocorre flexo detronco sobre os membros inferiores. So elas:ao longo do lado do tronco, sem apoio nosolo, ou ento, as mos atrs da nuca semmovimentos de cotovelos.

    Segundo Mello16 (1983) os exercciosabdominais so divididos em 4 tiposfundamentais: (a) flexo de tronco sobre osmembros inferiores, (b) flexo dos membrosinferiores sobre o tronco, (c) flexosimultnea de quadril e de tronco, (d) flexolateral do tronco.

    Os exerccios Torso Press Sit e Teaser 1so do terceiro tipo e podem ser chamadosdo tipo canivete, j o Short Box est noprimeiro tipo, sendo menos complexo. Existemaior semelhana entre o Torso Press Sit e oTeaser, pois eles envolvem movimentos detronco, membros superiores e membrosinferiores, enquanto que no Short Box omovimento apenas de tronco.

    Em relao aos ngulos articulares, entreo Torso Press Sit e o Teaser 1, os resultados

    so de valores muito prximos, pois essesexerccios so muito semelhantes entre si,principalmente nas posies finais, as quaisforam avaliadas nesse estudo.

    A anlise dos torques resistentes totaiscalculados mostra que este foi maior nosexerccios Torso Press Sit e Teaser 1. Isso podeser explicado baseando-se no fato de que essesdois exerccios apresentam, alm do torqueresistente de tronco, cabea e membrossuperiores, o torque resistente de membros

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5372

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    9/14

    73

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    inferiores, o que no acontece no exerccioShort Box, o qual possui torque resistenteapenas de tronco, cabea e membros

    superiores. Pde-se, ento, concluir que osexerccios Torso Press Sit e Teaser 1 exigemum torque potente maior da musculaturatrabalhada, levando, portanto, a um maiorfortalecimento da mesma.

    Entretanto, h uma desvantagem nessesexerccios Torso Press Sit e Teaser 1, pois ocorreuma grande descarga de peso sobre o sacro, oque no ocorre no Short Box, visto que nesseexerccio o sujeito fica apoiado em uma maiorrea e alm disso a descarga de peso menordevido ao menor torque resistente. Noexerccio Short Box, a diferena nos valoresdos torques resistentes existe devido ao

    comprimento do brao de alavanca resistentenas duas posies de membros superioresdescritas; quando os membros superiores esto

    junto ao peito, essa distncia menor e,portanto, o torque resistente tambm menor,e no momento em que os membros superioresso posicionados atrs da cabea, ocorre umaumento desse brao de alavanca, o que leva aum torque resistente maior.

    Os trs exerccios so contra-indicadosem casos de lombalgia, hrnias discais epubalgia. A indicao principal ofortalecimento dos msculos flexores detronco e quadril, sendo um benefcioadicional, apenas nos exerccios Torso PressSit e Teaser 1, o alongamento da musculaturaposterior de membros inferiores. Alm disso,o exerccio Torso Press Sit trabalha a extensode ombro, num movimento adicional queocorre no incio do exerccio, diferenciando-o dos outros dois exerccios descritos.

    Comparao 3Comparao 3Comparao 3Comparao 3Comparao 3Atravs dos dados obtidos, pode-se

    observar que tanto a coluna torcica quanto alombar so exercitadas intensamente nos trsexerccios aqui comparados. No entanto,

    enquanto no Pulling Straps e no Swan FromFloor observa-se uma amplitude demovimento de apenas 15 da coluna lombar,

    j no exerccio Swan esta amplitude aumentapara 40. Segundo Kapandji12 (2000), aamplitude de extenso da coluna lombar, emmdia, de 30. Dessa forma, o exerccioSwan ultrapassa a extenso fisiolgica, o quepode causar uma sobrecarga articular, tantodas articulaes zigapofisrias quanto dasarticulaes cartilaginosas, com prejuzo dos

    discos intervertebrais, uma vez que hanteriorizao do ncleo pulposo, podendolevar a alteraes mecnico-degenerativas,

    como distenso da cpsula articular, comespessamento e pregueamento do ligamentoamarelo, podendo culminar com a reduodos dimetros sagital e transverso do canalvertebral e dos forames intervertebrais,espondillises e espondilolisteses 5.

    Um outro ponto a ser discutido oposicionamento da coluna lombar. Mayer et al.15

    (2002) verificaram que a atividadeeletromiogrfica dos msculos extensoreslombares em um exerccio de extenso detronco 25% maior se realizada com umapostura que enfatiza a manuteno da lordoselombar na sua amplitude mxima do que se

    realizada com uma postura que mantenhaapenas a lordose fisiolgica. Dessa formapode-se gerar um melhor aproveitamento doexerccio para os msculos dessa regio, noque diz respeito ao fortalecimento muscular.No entanto, pode-se questionar se amanuteno desta posio poderia gerar umasobrecarga articular da coluna lombar. Porisso, este posicionamento deve ser mais segurose praticado por pessoas em um nvel maisavanado do Mtodo Pilates, com umaconscincia corporal mais apurada. importante lembrar que essa posio podesobrecarregar as articulaes zigapofisreas,levando a alteraes degenerativas 5.

    Quanto coluna torcica, s observadomovimento no exerccio Pulling Straps, comamplitude de 10, podendo fortalecer os msculosparavertebrais mais superiores tambm.

    Outra articulao bastante envolvida oombro. No exerccio Pulling Straps, aamplitude de movimento de flexo e extenso praticamente completa, promovendo umbom fortalecimento em cadeia cintica aberta.O ombro parte de uma flexo deaproximadamente 115o, associada comextenso de 135o do cotovelo. O exerccio

    Swan tambm oferece uma grandemovimentao, em cadeia cintica fechada.No entanto, no exerccio Swan From Floor, oombro j parte de uma flexo mxima deombro e extenso mxima de cotovelo, oque pode ser prejudicial para o ombro, pois ocoloca em posio de desvantagem mecnica.

    No exerccio Swan, o sujeito inicia omovimento em decbito ventral, totalmenteapoiado no cho. O ombro posiciona-se a umaextenso de 10o associado com o cotovelo

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5373

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    10/14

    74

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    fletido a 145o e a palma da mo apoiada nocho junto ao corpo e paralelo ao ombro. Omovimento consiste em extenso de tronco

    com uma amplitude de movimento deaproximadamente 60o, flexo de ombro at80o e extenso total de cotovelo, mantendo apalma da mo no mesmo lugar. Na extensode tronco, ocorre uma hiperextenso da colunalombar, mantendo as colunas torcica ecervical na mesma posio que no incio.

    Com relao aos membros inferiores,como j mencionado anteriormente, aatividade eletromiogrfica dos msculoslombares 18% maior com a rotao medialdos quadris quando comparado com a rotaolateral 15. No h diferena significante naatividade dos msculos glteo mximo e

    isquiotibiais. Dessa forma, no exerccio PullingStraps, deve-se posicionar o sujeito de formamais cuidadosa, uma vez que, diferentementedos outros dois exerccios, no h apoiocompleto para os membros inferiores, o quepode prevalecer a rotao medial ou lateraldo quadril. Se houver prevalncia da rotaolateral, a atividade muscular ser menor e,conseqentemente, haver um pioraproveitamento do exerccio.

    A intensidade do exerccio tambm umfator importante para o recrutamentomuscular. Segundo Clark et al. 6 (2002), Naatividade isomtrica de extenso de troncocom uma carga que demanda uma fora iguala 50% da fora considerada mxima decontrao isomtrica, a atividadeeletromiogrfica do msculo bceps da coxa maior do que a atividade dos msculosparavertebrais. Em um exerccio que exigeuma fora igual a 70% da fora mxima noh diferenas significantes. Assim, alm doposicionamento dos membros inferiores e dacoluna lombar, a quantidade de carga e aintensidade do exerccio podem influenciarno recrutamento muscular.

    Dessa forma, para realizar os exerccios

    nos trs aparelhos deve-se estar atento paraposicionamentos no fisiolgicos, que podemcausar compensaes e leses, principalmentese o sujeito no tiver uma conscincia corporaladequada. Devido a uma maior ou menorcomplexidade de movimento e a posies demaior ou menor dificuldade, cada um dostrs exerccios pode ser aplicado em diferentesnveis de aprendizado, dependendo dascondies e habilidades do sujeito.

    Comparao 4Comparao 4Comparao 4Comparao 4Comparao 4Ainda dentro da categoria de exerccios

    para o fortalecimento da musculatura

    abdominal, o exerccio Hundred foi analisadoem trs diferentes aparelhos: Mat, Reformer eCadillac, em ordem crescente de dificuldade.O Hundred recomendado para ofortalecimento dos msculos abdominais,glteo mximo e reto da coxa, auxiliando naestabilizao da pelve.

    No Mat, o exerccio original se inicia como sujeito em decbito dorsal, com flexo de90 de quadril, joelho flexionado a 90,tornozelo em extenso, ombro a 90 de flexo,cotovelo estendido, antebrao em pronaoe punho neutro. A execuo do movimentoconsiste em extenso do quadril (de 90 para

    20 de flexo), extenso total de joelho,extenso do ombro (de 90de flexo para aposio neutra de 0), flexo de coluna cervicala 40, flexo de coluna torcica a 25. Osmembros inferiores ficam em rotao lateraldurante a extenso. A manuteno da pelveneutra e das escpulas estabilizadas de grandeimportncia para a realizao correta doexerccio.

    Enquanto no Mat o movimento demembro superior realizar a volta posioneutra a partir de 90 de flexo de ombro,sem resistncia, na Reformer, os ombros estoem posio neutra e os cotovelos flexionadosem 90, sendo realizada a extenso docotovelo com uma resistncia promovida pordois elsticos que o sujeito segura e que estofixos no aparelho. Enquanto o movimento realizado, a base de apoio onde o sujeito estdeitado desliza em sentido contrrio,facilitando a realizao do movimento, j queo elstico no precisa ser esticado por inteiro.

    A principal diferena na realizao doexerccio Hundred nos trs aparelhos omovimento dos membros superiores.Enquanto no Mat o exerccio realizado semresistncia do aparelho, na Reformer h a

    resistncia dos elsticos. Isso faz com que naReformer a ativao dos msculos trceps dobrao e deltide posterior seja mais intensado que no Mat. J na Cadillac, a resistnciadas molas promovida ao movimento domembro superior maior do que a doselsticos. Alm disso, a base de apoio naCadillac fixa, enquanto na Reformer mvel.Esses dois fatores aumentam a dificuldade doexerccio na Cadillac. Sendo assim, h umamaior ativao principalmente do msculo

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5374

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    11/14

    75

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    trceps do brao neste aparelho. Como aposio inicial do movimento na Cadillac diferente do Mat e da Reformer, na Cadillac

    no se exige uma ativao importante domsculo deltide anterior. J no Mat e naReformer se observa a contrao excntricadesta musculatura.

    Outra diferena importante diz respeito posio da cabea na posio inicial. Enquantono Mat e na Cadillac o exerccio j comea comprotrao de cabea, na Reformer o exerccio seinicia com a cabea apoiada na base. Apesardisso, na Reformer observou-se a maiorprotrao na posio final. Isso provavelmenteocorreu porque no Mat e na Cadillac, osmsculos escalenos e esternocleidomastideos

    j partir am de uma pos io inicia l de

    encurtamento, o que promove umadesvantagem mecnica em relao posioinicial da Reformer, onde esta musculatura partede uma posio de relaxamento.

    Em relao aos membros inferiores, noforam observadas diferenas significativasentre os torques e ngulos das posies iniciale final. A retroverso/anteverso da pelve teveuma pequena variao entre os aparelhos, quepode ser devida ao fato de os exerccios teremsido realizados por modelos diferentes em cadaaparelho. A curvatura da coluna torcicatambm foi muito prxima entre os trsaparelhos. A partir disso, podemos concluirque a ativao da musculatura abdominal semelhante nos diferentes aparelhos.

    O objetivo principal do exerccio Hundred o fortalecimento da musculatura abdominal,que o grupo muscular principal ativado.Em funo do alto grau de exigncia dosmsculos flexores da coluna cervical, esteexerccio tem contra-indicao relativa parapessoas com encurtamento desta musculatura,retificao ou hiperlordose cervical, hrniasde disco cervicais ou cervicalgias.

    Kendall 13 (1995)descrevem que pessoascom hipotrofia da musculatura abdominal,

    em especial do msculo reto anterior, tmdificuldade em flexionar a cervical quandoesto em decbito dorsal. Este tipo demovimento realizado no exerccio Hundred,o que proporciona um fortalecimento aindamaior da musculatura abdominal.

    Para a administrao deste exerccio, deve-se levar em considerao uma avaliao clnicacuidadosa das condies do paciente e umlevantamento das necessidades a seremdesenvolvidas. Seria importante que fosse

    realizada uma avaliao postural e segmentarantes do incio de um programa de exerccios.

    Exerccios de fortalecimento abdominal

    como o Hundred so indicados para adiminuio de dores lombares e a melhora damecnica respiratria. Os msculosabdominais so fundamentais para que hajauma ao funcional do msculo diafragma.Eles revestem as paredes laterais, anterior eposterior do abdmen, e tambm serve deapoio para o msculo diafragma. Assim, osmsculos abdominais evitam que as vscerasse desloquem para frente e para baixo,formando um apoio para o centro frnico epermitindo que o diafragma eleve as costelasinferiores na inspirao. Alm disso, naexpirao ativa, so responsveis pelo

    rebaixamento da caixa torcica e, com aconteno das vsceras, pelo relaxamentoforado do diafragma11.

    Alm disso, quando os pontos fixos paraos msculos abdominais so as costelas, estesmsculos podem realizar uma bscula dapelve, elevando sua poro anterior. Assim,exerccios de fortalecimento abdominal comoo Hundred podem ser utilizados para otratamento de hiperlordoses lombares e delombalgias, devendo tomar precaues noscasos de retificao da lordose lombar.

    O Hundred, tambm chamado desentado em V considerado como umexerccio de difcil execuo, sendo descritona literatura por vrios autores. SegundoBankoff e Furlani 2 (1987), os exerccios deflexo e extenso do tronco quandoexecutados sem acompanhamento daelevao das pernas j so consideradoseficazes. Entretanto, quando executados

    juntos (flexo de tronco com elevao daspernas e extenso do tronco com abaixamentodas pernas) tornam-se mais eficazes para ofortalecimento dos msculos abdominais. relatada a importncia da contrao excntricados msculos abdominais, visto que durante

    a execuo de exerccios, esta contrao no muito valorizada no meio dos treinamentosesportivos e aulas de ginstica.

    Flint e Gudgell 9 (1965) classificaram esteexerccio abdominal em V como o mais eficazpara o fortalecimento da musculaturaabdominal. Mello16 (1983) estudou edescreveu o exerccio abdominal de flexo dequadril em cadeia cintica aberta e discuteque no incio da execuo ocorre umacontrao isomtrica dos msculos

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5375

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    12/14

    76

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    Biomecnica do Mtodo Pilates

    abdominais e do msculo glteo mximoproduzindo uma bscula posterior da pelvecom retificao da curvatura lombar; j na

    fase de subida dos membros inferioresestendidos por ao dos flexores do quadril,os msculos abdominais permanecem emcontrao isomtrica para manter aestabilidade da pelve. Desta forma, os flexoresdo quadril tm um ponto fixo para realizar aelevao ou descida da perna.

    Lapierre 14 (1982) descreve que duranteeste exerccio de flexo de quadril em cadeiaaberta com elevao dos membros inferiores,os msculos iliopsoas e reto do abdome, quenormalmente so antagonistas, tornam-seagonistas e juntos realizam a bscula posteriorda pelve, flexionando a regio lombar da

    coluna vertebral. No mesmo exerccio, defineque at 30 de flexo do quadril ocorre acontrao do msculo iliopsoas e dosmsculos abdominais em ao isomtrica,muito embora se mantenha em desvantagemmecnica; de 30 a 70 da flexo do quadril,ocorre uma diminuio da ativao do msculoiliopsoas e manuteno da ativao dosmsculos abdominais em ao isomtrica; de70 a 90 de flexo do quadril, ocorre umaumento da atividade do msculo iliopsoas eos msculos abdominais colaboramdinamicamente de forma a aumentar a elevaodos membros inferiores 14.

    Axler e McGil l 2 (1997) procuraramidentificar os exerccios abdominais que maisrecrutavam os msculos abdominais com amnima compresso simultnea sobre acoluna lombar, principalmente nas vrtebrasL4/L5, ou seja, os exerccios mais seguros emais eficazes para treinar a musculaturaabdominal. O exerccio que mais se aproximado Hundred seria realizar em decbito dorsal,com todo o corpo apoiado no cho, olevantamento dos membros inferiores atformar um ngulo de 30 com a horizontal,ao qual os autores deram o nome de HANG.

    Nenhum exerccio proposto realizou comsucesso ambos os objetivos simultaneamente.O HANG obteve uma das mais altas relaesrecrutamento muscular/compresso L4/L5dos msculos reto do abdome e oblquoexterno, alertando para o fato de que estetipo de exerccio sobrecarrega a colunalombar.

    ConclusoO exerccio Spine Stretch promove um

    alongamento eficaz da cadeia muscular

    posterior em comparao ao HamstringStretch, pois devido posio de sedestao,no h necessidade da estabilizao plvicafeita pelo msculo glteo mximo. Almdisso, ambos recrutam a musculaturaextensora de cotovelo de forma concntrica eexcntrica; msculos estabilizadores daescpula de forma isomtrica, sendo que oSpine Stretch recruta tambm a musculaturaflexora de tronco.

    Os exerccios Torso Press Sit, Teaser 1 eShort Box, trabalham intensamente amusculatura abdominal, verificando que nosdois primeiros h, alm do torque resistente de

    tronco, cabea e membros superiores, o torqueresistente de membros inferiores, o que noacontece no exerccio Short Box, o qual possuitorque resistente apenas de tronco, cabea emembros superiores, os quais so influenciadospela variao do posicionamento dos membrossuperiores, promovendo uma diferena nocomprimento do brao de alavanca. Pde-seconcluir que os exerccios Torso Press Sit eTeaser 1 exigem um torque potente maior damusculatura trabalhada, porm nessesexerccios ocorre grande descarga de peso sobreo sacro, o que no ocorre no Short Box, vistoque nesse, o sujeito fica apoiado em uma reamaior com descarga de peso ainda menordevido ao menor torque resistente.

    Nos trs exerccios comparados, PullingStraps, Swan from Floor e Swan, observou-seque a coluna lombar exercitadaintensamente, e a coluna torcica movimentada apenas no exerccio PullingStraps. No ombro h um bom fortalecimentotanto em cadeia cintica aberta quantofechada. No entanto, o exerccio Swan FromFloor coloca o ombro em posio dedesvantagem mecnica.

    Por fim, o exerccio Hundred realizado nos

    aparelhos Mat, Reformer e Cadillac, nodemonstrou diferenas significativas quanto aotorque resistivo para a musculatura abdominal.No entanto, quando realizado na Cadillac, notado maior nvel de dificuldade pois as molasprovm maior resistncia para o trabalho domsculo trceps do brao no h a facilitaoda superfcie mvel como na Reformer. Assim,cada executante poder realizar o exerccio deacordo com sua condio fsica, buscando avariao dos aparelhos.

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5376

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    13/14

    77

    R. bras. Ci. e Mov. 2005; 13(4): 65-78

    I.C.N. Sacco et al.

    Referncias Bibliogrficas

    1. Anderson B.Alongue-seAlongue-s eAlongue-seAlongue-s eAlongue-se. So Paulo: Summus, 1983.

    2. Axler CT; McGill SM. Low back loads over a variety of abdominal exercises: searching for

    the safest abdominal challenge. Medicine & Science in Sports & ExerciseMedicine & Science in Sports & ExerciseMedicine & Science in Sports & ExerciseMedicine & Science in Sports & ExerciseMedicine & Science in Sports & Exercise. 1997; 29 (6):804-811.

    3. Bankoff ADP; Furlani B. Estudo eletromiogrfico dos msculos reto do abdome e oblquoexterno em diversos exerccios na posio de decbito dorsal. Revista Brasileira de CinciasRevista Brasileira de CinciasRevista Brasileira de CinciasRevista Brasileira de CinciasRevista Brasileira de CinciasMorfolgicasMorfolgicasMorfolgicasMorfolgicasMorfolgicas. 1987: 4, (1): 45-51.

    4. Blanke D. FlexibilidadeFlexibilidadeFlexibilidadeFlexibilidadeFlexibilidade. In: Mellion M.B. Segredos em Medicina Desportiva. Porto Alegre:Artes Mdicas 1997. p 87-92.

    5. Cecin H. Consenso brasileiro sobre lombalgias e lombocialtagiasConsenso brasileiro sobre lombalgias e lombocialtagiasConsenso brasileiro sobre lombalgias e lombocialtagiasConsenso brasileiro sobre lombalgias e lombocialtagiasConsenso brasileiro sobre lombalgias e lombocialtagias. So Paulo: SociedadeBrasileira de Reumatologia, Comit de Coluna Vertebral; Uberaba: Faculdade de Medicinado Tringulo Mineiro, 2000.

    6. Clark BC, Manini TM, Mayer JM, Pluotz-Snyder LL, Graves JE. Eletromyographic Activityof the Lumbar and Hip Extensors During Dynamic Trunk Extension Exercise. ArArArArArch Physch Physch Physch Physch PhysMed RehabilMed RehabilMed RehabilMed RehabilMed Rehabil. 2002: 83, 1547-1551.

    7. Correioweb [on line]. Disponvel em [2003 out 10].

    8. Dempster WT. 1955. Space requirements of the seated operator. TTTTTechnical Reporechnical Reporechnical Reporechnical Reporechnical Report Wt Wt Wt Wt WADC-ADC-ADC-ADC-ADC-TR-55-159TR-55-159TR-55-159TR-55-159TR-55-159. Ohio: Wright-Patterson Air Force Base.

    9. Flint MM, Gudgell J. Eletromyographic study of abdominal muscular activity during theexercise. Res. Quart. MRes. Quart. MRes. Quart. MRes. Quart. MRes. Quart. M. 1965. 36: 29-37.

    10. Gagliardi LG. Pilates aumenta flexibilidade, resistncia e fora muscular. FOLHA Online[on line] Disponvel em [2003 out 10].

    11. Hall S. Biomecnica BsicaBiomecnica BsicaBiomecnica BsicaBiomecnica BsicaBiomecnica Bsica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

    12. Kapandji JA. Fisiologia arFisiologia arFisiologia arFisiologia arFisiologia articularticularticularticularticular. 5 ed. So Paulo: Panamericana, 2000.

    13. Kendall FP, McCrear EK, Provance PG. Msculos, prMsculos, prMsculos, prMsculos, prMsculos, provas e funesovas e funesovas e funesovas e funesovas e funes. 5 ed. So Paulo:Manole, 1995.

    14. Lapierre A.A reeducao fsica : cinesiologia, reeducao pos tural , reeducao psicomotoraA reeducao fsica: cinesiologia, r eeducao pos tural, reeducao ps icomotoraA reeducao fsica : cinesiologia, reeducao pos tural , reeducao psicomotoraA reeducao fsica: cinesiologia, r eeducao pos tural, reeducao ps icomotoraA reeducao fsica: cinesiologia, r eeducao postural, reeducao ps icomotora.6ed., So Paulo, Ed. Manole, 1982.

    15. Mayer JM, Verna JL, Manini TM, Mooney V, Graves JE. Eletromyographic Activity of the

    Trunk Extensor Muscles: Effect of Varying Hip Position and Lumbar Posture During RomanChair Exercise. Arch Phys Med RehabilArch Phys Med RehabilArch Phys Med RehabilArch Phys Med RehabilArch Phys Med Rehabil. 2002: 83, 1543-1546.

    16. Mello PRB. TTTTTeoria e prtica dos exereoria e prtica dos exereoria e prtica dos exereoria e prtica dos exereoria e prtica dos exerccios abdominaisccios abdominaisccios abdominaisccios abdominaisccios abdominais. So Paulo: Ed. Manole, 1983.

    17. Moore KL, Dalley AF. Anatomia Orientada para a ClnicaAnatomia Orientada para a ClnicaAnatomia Orientada para a ClnicaAnatomia Orientada para a ClnicaAnatomia Orientada para a Clnica. 4 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2001.

    18. O mtodo Pilates. Physio Pilates [on line] Disponvel em [ http://wwwhttp://wwwhttp://wwwhttp://wwwhttp://www.physiopilates.com].physiopilates.com].physiopilates.com].physiopilates.com].physiopilates.com].Arquivo capturado em 10 de outubro de 2003.

    19. Palastanga N, Field D, Soames R.Anatomia e Movimento Humano-Estrutura e FunoAnatomia e Movimento Humano-Estrutura e FunoAnatomia e Movimento Humano-Estrutura e FunoAnatomia e Movimento Humano-Estrutura e FunoAnatomia e Movimento Humano-Estrutura e Funo. 3ed. So Paulo: Ed. Manole, 2000.

    20. Pardal DMM, Sacco ICN, Serro JC, Amadio AC.Comparao da atividade eletromiogrfica

    de msculos abdominais durante exerccios convencionais. Revista Brasileira de BiomecnicaRevista Brasileira de BiomecnicaRevista Brasileira de BiomecnicaRevista Brasileira de BiomecnicaRevista Brasileira de Biomecnica.2003; 6: 29-37, 2003.

    21. Sacco ICN et al. Anlise biomecnica e cinesiolgica de posturas atravs de fotografia digital:estudos de caso. Revista Brasileira de Cincia e MovimentoRevista Brasileira de Cincia e MovimentoRevista Brasileira de Cincia e MovimentoRevista Brasileira de Cincia e MovimentoRevista Brasileira de Cincia e Movimento. 2003a; 11(2): 25-33.

    22. Sacco ICN et al. Implicaes da antropometria para posturas sentadas em automvel estudosde caso. Revista de Fisioterapia da Universidade de So PauloRevista de Fisioterapia da Universidade de So PauloRevista de Fisioterapia da Universidade de So PauloRevista de Fisioterapia da Universidade de So PauloRevista de Fisioterapia da Universidade de So Paulo. 2003b; 10 (1): 34-42.

    23. The Pilates. Studio Brasil [on line]. Disponvel em [2003 set 25].

    24. Werlang C. Flexibilidade e sua Relao com o Exerccio Fsico In: Silva OJ. ExerExerExerExerExerccios emccios emccios emccios emccios emSituaes Especiais ISituaes Especiais ISituaes Especiais ISituaes Especiais ISituaes Especiais I. Florianpolis, Ed. UFSC. p 51-66, 1997.

    RBCM vol. 13 n.4.p65 22/03/2006, 10:5377

  • 7/29/2019 Sacco 2005 - Biomecanica Na Reestruturacao Postural

    14/14