acic - revista liderança empresarial - ano 8 nº 33

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COMO CIDADES DO SUL trabalham para atrair investimentos CRICIÚMA - SC - N°33 Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe. Brasil corre atrás do tempo perdido ESCOLAS MUDAM PADRÕES e adotam turno integral A INDÚSTRIA VALE OURO

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CIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 33

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COMO CIDADES DO SUL trabalham para atrair investimentos

CRICIÚMA - SC - N°33 Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.

Brasil correatrás dotempo perdido

ESCOLAS MUDAM PADRÕES e adotam turno integral

A INDÚSTRIAVALE OURO

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clinimagem

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EditorialO Brasil vive um momento sui generis neste início de 2012. Acompan-

hamos um inédito movimento unindo empresários e trabalhadores pela volta do crescimento industrial neste país. Somente agora, alguns setores também percebem o preço que o país está pagando pela desindustriali-zação. Mas antes que alguém se levante e mais uma vez coloque a culpa desta situação na concorrência dos importados, na indústria chinesa, coreana, é preciso que façamos uma reflexão. A culpa desta situação é apenas nossa. Pelo menos desta vez não vamos cometer o eterno erro de buscar culpados por uma erro do nosso país.

O Brasil sofre com a perda de investimentos porque relegou a indústria e o empresariado ao papel de vilões por muito tem-po. Além disso, determinou uma carga tributária praticamen-te impeditiva à sobrevivência de uma empresa. Transformou a infraestrutura em um caso de polícia, onde a produção enfrentaria o que há de pior quando houvesse a necessi-dade de aquisição de matéria-prima ou de escoamento de produção.

Não bastassem a falta de estrutura e a carga tribu-tária, a instalação de uma planta industrial no Brasil é um exercício de superação burocrática e jurídica. E quem suplanta a complexa barreira da instalação convive com os desafios de prestação de contas e rotina de trabalho burocráti-co, que custam ao empresário custos altíssimos e que também impactam no preço do produto, a exemplo da carga tributária e desafios logísticos.

Ainda assim, a empresa faz a sua parte. Busca a produtivi-dade, qualifica seus colaboradores e exporta executivos treina-dos neste emaranhado burocrático que se transformou a gestão das empresas no Brasil.

Então, neste momento em que sofremos com a desindustrialização, vamos fazer o mea culpa. O Brasil tem condições de crescer e ter uma indústria forte. O desafio é não repetir os erros do passado recente. Não lotear cargos políticos. Rumar para um estado baseado na meritocracia. Um país que não engesse o crescimento, pelo contrário, um país que invista na educação e faça a lição de casa, com os investimentos necessários em obras estruturantes e invista na redução dos impostos e da burocracia. Este é o enfrenta-mento. Este é o desafio.

O l v a c i r J o s é B e z F o n t a n a , P r e s i d e n t e d a A C I Cp r e s i d e n t e @ a c i c r i . c o m . b r

Expediente: A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de CriciúmaEdição I Ana Sofia Schuster I Assessoria de imprensa da ACICEditoração I Novo Texto Comunicação e Divulgação - Suamy Fujita Fotos I Novo Texto Comunicação e DivulgaçãoReportagens I Ana Sofia Schuster, Deize Felisberto, Milena Nandi, Giuliano De Luca Colaboradores I Joice Quadros, Renato Castro, Giovani Duarte Oliveira, Suzi Nascimento l.Contatos I 48 3461 0900 - ACIC I [email protected] I [email protected] I Vilma Martinhago - 48 3461-0903

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A nova Diretoria da ACIC (Associação Empresarial de Criciúma) iniciou suas atividades no início de janeiro, reunindo os novos membros e definindo as estratégias de trabalho para o biênio 2012-2013.

Entre as ações, a diretoria está atualizando o planejamento estratégico e encaminhando o projeto do novo bloco e novo auditório do Centro Empresarial. O projeto passou por modificações e agora passa pela aprovação junto ao Conselho Superior e deve seguir para aprovação também junto à prefeitura.

Seguindo o planejamento estratégico, a diretoria tem trabalhado assuntos de interesse econômico regional, como a vinda de novos investimentos e a infraestrutura necessária à instalação destas. O lançamento dos editais da via rápida e da continuação do anel de contorno viário seguem sendo prioridade da atual gestão. A diretoria trabalha ainda no planejamento de ações de comunicação e marketing, ações para integração com associados e empresários, qualificação de mão-de-obra regional, plano de captação de novos associados, diversificação de fontes de receitas da entidade, desenvolvimento do banco de talentos interno, desenvolvimento regional, movimento intersindical e banco de dados regional.

A ACIC mantém sua presença no Conselho de Desenvolvimento Econômico. O Conselho tem na presidência o diretor da ACIC, César Smielewski, e tem trabalhado as ações para a busca de novos investimentos para Criciúma.

Em todas as ações definidas, a ACIC tem buscado o trabalho em parceria, seja com entidades patronais, como Fiesc, seja com governos municipal e estadual.

Nova diretoria ACICPresidenteOlvacir José Bez Fontana

Vice-presidentesCésar Smielewski - 1º Secretário - Betha SistemasCide Damiani - 2º Secretário - DamyllerIraide Piovesan - 1º Tesoureiro - SIECESC/SATCVenício Neves Pereira - 2º Tesoureiro - ManchesterDelir João Milanez - PisoforteDenizard Ferrão Ribeiro - AgrovênetoDiomicio Vidal - Vidal ModasDonato Zanatta - TubozanEduardo Zini Bertoli - Diplomata PersianasFlávio Spillere Junior - ClinimagemGilmar Menegon - CeusaHélcio Ramos de Jesus - Protol EngenhariaJulio César M. Wessler - Lojas FátimaLenir Dal Sasso Schambeck - Câmara da Mulher EmpresáriaLuiz José Damázio - Arroz FumacenseMaria Julita Volpato Gomes - UnescMarli Maria Aguiar - Madeiras AguiarRui Inocêncio - ImbralitTito Lívio De Assis Góes - Góes e Góes AdvogadosValcir José Zanette - Empresas Rio Deserto

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Nova diretoria da ACIC mantém participações em reuniões e

eventos empresariais

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Sumário

BR-101Morosidade nas obras atrapalham desenvolvimento

Páginas 20 e 21

Baly Energético de Tubarão desbanca líder mundial em Santa Catarina

Página 18 e 19

EDUCAÇÃOCriciúma adere aoensino em tempo integral

Páginas 26 e 27

TribosTreinamento empresarial ganha nova fórmula na região Sul

Páginas 22 e 23

Indústria Governo falha e setor sofre; Criciúma busca novos investimentos

Página 9 a 16

N-11 Pós-BRICs: uma oportunidade ouuma ameaça?

Páginas 24 e 25

CoachingO apoio para alcançar metas mais rapidamente

Página 29

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A indústria brasileira grita por socorro

“Recentemente, o economista Gabriel Palma, da Universidade de Cambridge, chamou a atenção para um fato que escancara o processo de desindustrialização vivenciado pelo Brasil. Ele alerta que em 1980 o par-que industrial brasileiro era maior que o da China, Coreia do Sul, Tai-lândia e Malásia somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 15% do que esses países somados produziram. A conclusão dele, vergonhosa para nós brasilei-

ros, mas real, é que construir o que nós construímos, e depois destruir, em tão pouco tempo, é um ato de vandalismo econômico sem igual”. Esse é um trecho de um artigo publi-cado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Au-bert Neto.

Para chamar a atenção do gover-no brasileiro sobre o grave proble-ma, no dia 28 de março acontece em Itajaí um movimento da indústria

nacional. O “Grito de alerta em defe-sa da produção e do emprego brasi-leiros” é um movimento dos setores empresarial e laboral para reduzir a desindustrialização. As empresas têm sentido dificuldades e o setor apresenta retração principalmente em função da China, que hoje expor-ta de tudo um pouco para os brasi-leiros.

A Acic (Associação Empresarial de Criciúma) é solidária ao evento e sabe da importância de promover

Giuliano De Luca l Criciúmaq

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esse tipo de ação para pressionar o governo brasileiro a tomar medidas capazes de mudar esse cenário. “A meu ver, são problemas internos que têm dificultado o crescimento da economia nacional. Os altos custos trabalhistas, tributários e de logísti-ca, os altos juros para contrair inves-timentos, aliados à falta de mão-de-obra qualificada e educação fraca, fazem o setor industrial brasileiro sofrer”, sintetiza o presidente da Acic, Olvacir Bez Fontana. De acor-do com ele, esses fatores têm deixa-do as empresas brasileiras à margem da concorrência mundial.

E esse é o sentimento das prin-cipais lideranças nacionais da indús-tria e de trabalhadores, que promo-vem a primeira manifestação pública do ano contra a política industrial. A cidade de Itajaí foi escolhida porque é por lá que chegam toneladas de mercadorias importadas para com-petir com a indústria nacional. Os organizadores principais são a Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Bra-sileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O evento acontece tam-bém nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, além do Dis-trito Federal.

Entre as exigências, os manifes-tantes querem redução da taxa bási-ca de juros, medidas urgentes para atenuar a sobrevalorização cambial, desoneração integral do investimen-to produtivo de todos os tributos federais e estaduais, conteúdo local mínimo efetivo em todas as compras governamentais e privadas quando beneficiadas por financiamento pú-blico e/ou incentivos fiscais, e em setores estratégicos, utilização do compulsório não remunerado como

instrumento de incentivo ao desen-volvimento de linhas privadas de financiamento de longo prazo e utili-zação das compras governamentais, inclusive da Petrobras, como induto-ras da produção nacional.

A gritaria da indústria brasileira se explica em números. De acordo com a Abimaq, só no setor de máqui-nas e equipamentos, há cerca de 770 mil desempregados porque a indús-tria brasileira importa da China e de outros países a preços mais baratos. Hoje, 25% de todos os produtos con-sumidos pelos brasileiros são impor-tados. E a indústria de transforma-ção, que nos anos 1970 representava 25% do PIB (Produto Interno Bruto), participa agora com 14%. A Abimaq estima que 80% dos trabalhadores na indústria ganham até dois salários mínimos. Para piorar, em 2001, o

câmbio estava em R$ 1,85 por dólar, e hoje é praticamente o mesmo. No período, a inflação foi de 115%.

Como o quadro macroeconômico é confortável para o governo – de-semprego mínimo, balança comercial favorável, crescimento econômico contra Europa e EUA em crise, e ní-vel de emprego em alta – é imprová-vel ações radicais por parte de Bra-sília. “Mas é preciso mudanças. Esse movimento é muito importante para que o governo possa analisar e per-ceber que está sucateando a indústria brasileira”, diz Fontana.

A Abimaq também dá o alerta: “ou o governo age agora e faz mu-danças já, ou, daqui a algum tempo, virá a catástrofe, quando o preço das commodities cair no mercado mun-dial, o câmbio explodir e a inflação retornar com força”.

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“O Brasil tem o hábito de responsabilizar o mundo pelos problemas internos. No passado, era a dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que nos atrasava e nos deixava inertes. O governo sempre culpava a dívida. Agora, que ela foi paga e Brasil se tornou credor do mundo, o governo culpa os países pela briga

cambial”, comenta Fontana. “Na verdade, são os problemas internos que nos prejudicam”, ratifica.

“É verdade que temos melhorado, mas os outros países têm melhorado mais que o Brasil”, avalia. “O panorama atual é que hoje o Brasil vende commodities e importa quinquilharia do resto do mundo”, resume o empresário.

Não poderia ser diferente. O panorama assustador brasileiro preocupa também no Sul de Santa Catarina. Olvacir Bez Fontana destaca que o assunto tem sido amplamente discutido nas reuniões da entidade empresarial. Essa desindustrialização afeta Santa Catarina e alguns setores estratégicos do Sul do Estado.

“Estamos preocupados, pois estamos conectados ao Brasil. Nossas empresas cerâmicas não conseguem competir com a cerâmica chinesa. Outros setores, como a metalurgia, estão sofrendo ou poderiam estar melhores se não fosse a atual política industrial”, destaca o presidente da Acic. “Apoiamos o movimento e queremos mudanças”.

Culpa verde-amarela

Em SC

EndossoAssinam o manifesto

entidades como Fiesp, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Metalúrgicos de SP, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Associação Brasileira

da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e federações industriais paranaense e mineira. Em Santa Catarina, pelo lado patronal, o movimento é coordenado pela Fiesc.

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Os caminhos de Criciúma paraalavancar investimentos

Em parceria com a assessoria domunicípio, Conselho de DesenvolvimentoEconômico traça estratégiaspara a vinda de investimentospara Criciúma

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Tão importante quanto atrair in-vestimento é o tipo de empresa atraí-da. Esta é uma das preocupações das lideranças de Criciúma, que têm tra-balhado forte no sentido de criar me-canismos para que o município receba novos negócios. E o trabalho do grupo envolvido não se restringe a buscar terrenos para o aporte de empresas. Passa pela orientação ao empresário e a participação em discussões de as-suntos que vão desde segurança até a ampliação da cobertura de telefonia móvel.

Uma das ações recentes desenvol-vidas pela Prefeitura de Criciúma é a fiscalização das empresas que recebe-ram a concessão de uso de áreas para a instalação de indústrias. “No passado, a prefeitura doou uma série de terrenos para empresas, que deveriam cumprir com suas responsabilidades. Isto está sendo analisado e os terrenos que não estão sendo usados serão disponibi-

Milena Nandi l Criciúmaq

Pela primeira vez, o município terá um levantamento sobre a sua situação econômica. O estudo, ela-borado pela Unesc e PUC de Porto Alegre, começou a ser elaborado no

Afinal, qual a nossa real vocação?

lizados para outros empreendimen-tos”, conta o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Eco-nômico (CMDE - fórum que discute e avalia as questões econômicas de Criciúma, com proposições visando o

desenvolvimento sustentável), César Smielewski. “A intenção é evitar que pessoas coloquem um galpão, deixem fechado sem gerar emprego e depois de dez anos entrem com uso capião para ficar com o local”, complementa.

fim de 2011, e deve ser entregue ao município de Criciúma na segunda quinzena de abril. O levantamento foi patrocinado pela prefeitura, que já efetuou o pagamento de R$ 35 mil pelo serviço. O estudo se chama “Criciúma 2030: uma estrada para o futuro”.

A ideia de o município ter um es-tudo como este partiu da observação da queda de arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos últimos anos. “Ao longo dos últimos 20 anos Criciúma vem perdendo o retorno. Estávamos em quarto lugar e hoje estamos em 11º. Para podermos me-lhorar, a primeira atitude a ser toma-da é estudar os problemas para saber como atacá-los”, comenta.

Smielewski explica que o traba-lho trata-se de uma matriz insumo-produto, que irá analisar cada ramo da atividade da economia de Criciú-ma e levantar qual o lucro dela para o empresário e para o município. “Estão sendo analisados cerca de 30

ramos de atividade para identificar quais os mais rentáveis”, afirma o presidente do CMDE. “Geralmente os mais rentáveis são os que empre-gam tecnologia e mão-de-obra mais técnica. São estes que costumam pagar mais aos seus funcionários, e com isso, a economia se movimenta mais”.

Partindo desta análise, e alian-do a carência de grandes áreas pró-prias para a instalação de empresas, o CMDE trabalha para atrair mais empresas de base tecnológica, que trabalham com pesquisa e desen-volvimento de produtos. Outra pre-ocupação é com o meio ambiente. “Como não temos grandes áreas, temos que ter empresas que ocupem espaços menores, empreguem mão-de-obra bem remunerada e qualifica-da e não poluam”, diz. Smielewski salienta ainda que Criciúma tem como diferencial boas instituições de ensino técnico e superior, o que se transforma em um atrativo a mais para a implantação de negócios.César Smielewski - Presidente do CMDE

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Um local para apoiar o empresárioCriciúma conta com um local

para apoiar os proprietários de em-preendimentos. No prédio da prefei-tura funciona a Casa do Empresário, que atua no suporte a novos investi-mentos na cidade e no fomento das empresas já estabelecidas em territó-rio criciumense. “A Casa do Empre-sário tem a função de imprimir aos processos oriundos da classe empre-sarial a celeridade requerida pelas condições atuais de competitividade, onde a agilidade é sem dúvida deter-minante para o sucesso de qualquer negócio. Além da questão do monito-ramento interno na prefeitura dessas demandas”, afirma Joselito Pizzetti, coordenador da Casa do Empresário.

A Casa foi criada pela atual ges-tão da administração, atendendo a solicitação de entidades como Acic, Associação das Micro e Pequenas Empresas (Ampe) e Câmara dos Di-

Conforme o presidente do CMDE, Criciúma tem problemas de acesso e infraestrutura. Por isso, o Conselho também trabalha para a conquista de melhorias neste ce-nário. Smielewski elenca como im-portante o término das obras de du-plicação da BR-101, a Via Rápida, o Anel de Contorno Viário, a melhoria da estrutura do Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, o início da operação do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, e a ampliação da es-

trutura de telefonia móvel.Sobre o último assunto, uma

reunião aconteceu no dia 12 de mar-ço, na sede da Associação Empre-sarial de Criciúma (Acic), para que prefeitura, lideranças e empresários analisem o plano de expansão de antenas, encaminhado pela opera-dora Vivo. Segundo Smielewski, a correspondência solicitando o plano de expansão das outras operadoras com atuação no município já está pronta e deve ser encaminhada em breve. A Vivo apresentou o plano

espontaneamente. “Não podemos trazer uma empresa para cá sem ter o mínimo de qualidade neste quesi-to”.

Sobre a Via Rápida e o Anel Viário, o presidente do Conselho afirma que as duas obras estão con-templadas no projeto do Governo do Estado. “O Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID) já aprovou a Via Rápida, que terá um recurso de R$ 100 milhões. Mais de 80% das desapropriações já foram pagas”.

Obras estruturantes também preocupam

Casa do empresário deve evoluir para a futura Secretaria da Indústria e Comércio de Criciúma

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rigentes Lojistas (CDL). A ideia da Casa foi apresentada pelo prefeito Clésio Salvaro em uma reunião da Acic em julho de 2010, e foi apro-vada e incentivada pela diretoria da

entidade. O nome de Pizzetti para a coordenação da Casa do Empresário foi indicado pela Acic e demais enti-dades, e o trabalho teve início no fim de 2010.

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A Casa do Empresário atua em sintonia com o CMDE, e deve passar por mudanças. Segundo Smielewski, a intenção é que a Casa se transforme em Secretaria de Indústria e Comércio. “Se a cidade é altamente industrial, precisa ter uma secre-taria para cuidar disso. Estamos trabalhando para implantar uma secretaria, e o embrião é a Casa do Empresário”, comenta.

KIT de incentivos ainda não saiu do papel

Pizzetti explica que a Casa também desenvolve um trabalho de prospecção de novos investimentos. “Quando se percebe o menor interesse de determi-

nada empresa ou investidor em nossa cidade, a Casa do Empresário faz o trabalho de apresentação, utilizando-se de material gráfico, vídeos e reu-

niões presenciais, das potencialidades econômicas de nossa cidade que po-dem ser determinantes na tomada de decisão de onde investir”, conta.

Apresentar bem o município é primordial

Pleito é pela criação de uma secretaria

Segundo o coordenador da Casa, ela possui vários projetos em de-senvolvimento, seja na concessão de incentivos fiscais ou econômicos àquelas empresas que fazem jus à con-cessão. Entre os projetos em desen-volvimento, estão o acompanhamento de investimentos que serão realizados em Criciúma em um curto prazo e a viabilização do condomínio industrial Realdo Santos Guglielmi – onde oito empresas irão se instalar, sendo que al-

gumas já estão em atividade. “A Casa do Empresário e a atuação do CMDE são demonstrações fidedignas de que o município está buscando alternati-vas para incrementar e diversificar seu parque fabril”, considera.

Segundo Pizzetti, um dos pontos fracos do município é a dificuldade de obter áreas grandes para a instalação de empresas de grande porte. No entanto, o município possui vários pontos fortes. “A presença de ótimas instituições de

ensino profissional que preparam com qualidade novos trabalhadores, a ga-rantia de fornecimento de energia, visto que em alguns estados da federação há problema com relação a esse insumo, a localização geográfica, sendo Criciúma a maior cidade entre as capitais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E por últi-mo a marca Criciúma, que agrega valor à imagem de qualquer produto. Esse úl-timo exemplo é nítido nos segmentos da cerâmica e confecção”, enumera.

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O exemplo dos outrosConfira a receita de algumasregiões para atrair investimentos:

RS: Tarso lança política industrialIncentivos a participação em feiras,

pois segundo o governador, o aumento da participação em feiras internacio-nais é parte de uma mobilização para reverter o “desconhecimento” sobre o Rio Grande do Sul como destino de investimentos, produto de “falta de ini-ciativa de apresentação, informação e acolhimento” dos interessados.

O governador destacou entre as ferramentas da nova política indus-

trial a abertura de novos canais de fi-nanciamento e estímulos fiscais para a formação de parcerias entre empresas gaúchas e estrangeiras, com possibili-dade de participação acionária através do Badesul.

O marco legal para a política indus-trial – que vem sendo adiantada desde o começo do governo Tarso contempla ainda a criação de fundos de investi-mento de R$ 100 milhões para áreas chave como petróleo e gás, semicon-dutores e TI – será a Lei de Inovação, aprovada em 2009 pela então governa-dora Yeda Crussius (PSDB-RS).

As indústrias, os empreendimentos industriais e os empreendimentos comerciais e de serviços de médio e grande portes, enquadrados no Programa Municipal de Incentivo Empresarial de Hortolândia - Proemph, gozarão de benefícios de isenção por um período de até 10 anos a contar do deferimento da solicitação dos benefícios, devidamente exarada pelo Chefe do Poder Executivo, pelos benefícios concedidos, dos seguintes tributos, excetu-ando-se o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, o qual poderá gozar do benefício da isenção pelo período de até 20 anos:

a) IPTU; b) Taxas de Licença para Localização e Funcionamento; c) Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), somente no caso da destinação do imóvel para as finalidades preceituadas no Proemph; d) Taxa de licença para execução de obras particulares;e) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, observado o limite constitucional mínimo de 2%;f) Taxa de Habite-se

Incentivos de HortolândiaA pujante Hortolândia, no interior paulista oferece um verdadeiro pacote

de benesses, reguladas pelo Proemp, Programa Municipal de Incentivo Empre-sarial. Um exemplo é a americana Dell: recebeu, além do auxílio da prefeitura para desembaraçar a burocracia, infra-estrutura completa, como instalação de gás, energia e terraplanagem da área. Ainda que a cidade perca em arrecadação direta, ganha em empregos e peso econômico na região. Assim, tem mais poder de barganha por verbas federais e consegue um bolo maior do ICMS.

Confira texto integral: http://sapl.cmh.sp.gov.br/sapl_documentos/materia/10763_texto_integral

wR$ 8 BILHÕES é o PIB estimado de Hortolândia em 2009

wR$ 400 MILHÕES foram os investimen-tos feitos nos últimos anos na cidade

w20 ANOS é a isenção do IPTU concedido à Dell

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No ideal das empresas familiares nos deparamos com senhores e senho-ras que iniciaram seus negócios com intuito de contribuir para o desenvolvi-mento das famílias e da sociedade. Na fase inicial, muitas vezes possuem uma forte identificação com o setor, fruto de um interesse pessoal ou necessidade.

À medida que os negócios crescem e a família amadurece algumas ques-tões precisam de encaminhamento, tais como: como estruturar os negócios para garantir a qualidade pretendida pelos sócios e exigida pelo mercado? E como atrair profissionais capazes de se identificarem com a missão da or-ganização?

Na dimensão das famílias proprie-tárias, na medida em que os jovens iniciam suas escolhas profissionais, questões como o interesse pelos negó-cios da família; as possibilidades de se destacarem em seu campo de atuação; a legitimidade de se influenciar ou não; as escolhas dos filhos costumam vir à tona. É natural que certa inquietação em alguns períodos ocorra em cada um dos sistemas: família, empresa e pro-priedade, mas é importante que estas inquietações sejam impulsionadores de processos de desenvolvimento que levem a escolhas capazes de contribuír para o fortalecimento das pessoas, dos negócios e das famílias.

Por vezes, somos procurados por sócios apreensivos quanto ao futuro profissional dos filhos. Nossa reco-mendação é de que haja um esforço

organizado no sentido de conhecer melhor cada membro das famílias, seus interesses, formação, identifica-ção com os negócios, sempre conside-rando o estágio de desenvolvimento de cada um. No que diz respeito à forma-ção das famílias empresárias, temos na Fundação Dom Cabral nos dedicado a desenvolver programas em parceria com várias famílias, com objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos membros das famílias para compre-enderem, saberem buscar seu espaço e atuarem de forma alinhada com os valores e as políticas das famílias e das empresas.

Para os que se encontram à frente dos negócios pode parecer distante a necessidade de inclusão dos demais sócios. Familiares não atuantes na ges-tão, por sua vez, quando não envolvi-dos de alguma forma no entendimento sobre seu papel e no conhecimento sobre os resultados, podem se sentir excluídos, o que pode levar a ruído nas relações. Em um ambiente de negócios mais exigente e complexo, as famílias e os profissionais que atuam nas orga-nizações se veem frente à necessidade de adquirir melhores conhecimentos. Na busca por uma estruturação ade-quada, os dirigentes, por vezes, se veem frente à necessidade de definição de uma estrutura de governança capaz de contribuir para o desenvolvimento dos negócios.

Os mais jovens, no impulso de se alinhar com as tendências de mercado,

O desafio da gestão nas empresas familiares

possuem papel importante neste pro-cesso. O equilíbrio dos mesmos que trazem a contribuição do que há de mais novo no mercado aliado a expe-riência dos que estão há mais tempo nas organizações é um poderoso ingre-diente ao alinhamento com o mercado.

A busca por um posicionamento estratégico e planejamento do desen-volvimento dos negócios, clarificação da estrutura, organização e preparação do corpo profissional das empresas, contando com equipes com formação diferenciada, tem sido capaz de con-tribuir de forma significativa para o crescimento e a geração de resultados diferenciados.

Como vocês se encontram em rela-ção a estes aspectos?

Maria Teresa Roscoe, Lívia Lopes Ba-rakat, Mozart Pereira dos Santos.Profes-sores da Fundação Dom Cabral, 5ª melhor escola de Negócios do Mundo. A Fundação Fritz Müller é a associada da Fundação Dom Cabral no estado de SC.

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Baly: a energia made in Sul SC que está conquistando o país

Fundada em 1997 na cidade de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, a empresa Bebidas Grassi é respon-sável pela produção do Baly Energy Drink, produto consumido em todo o país. O energético criado em 2008 pela necessidade de expansão de mercado conquistou o público jovem, que é o grande con-sumidor desse tipo de bebida. Hoje, o Baly é líder absoluto em todo o Estado, desbancando o mundia lmen-te conhecido Red Bull. No Rio Gran-de do Sul e no Paraná, garantem o pódio como o segundo e n e r g é t i c o mais con-sumido, de acordo com a Revista Nielsen, que pesquisa dia-riamente grandes atacadistas e redes de supermercados.

Apesar da indústria ter mais de 210 itens, como cachaças, vinhos, refrigerantes, vodkas, uísque e coquetéis, é o Baly que sozinho representa 50% do fa-turamento total. Disponibilizado nas versões em lata de 250 ml’s, e pet de 250 ml’s, 1 litro e 2 litros, a bebida conquistou o consumidor embasada em um tripé: qualidade, preço e ma-rketing. O concorrente Red Bull cus-ta em média R$ 6 (250 ml). Por R$ 7, o consumidor pode comprar 1 litro do Baly. “Mais de nada adiantaria o preço se não tivéssemos qualidade.

Temos um fornecedor exclusivo dos Estados Unidos que nos fornece o kit vitamínico, que é a matéria prima principal das bebidas energéticas.

É a taurina, o gluco, a cafeína e o complexo vitamínico B, que contém cinco vitaminas. Esse kit é de exce-lente qualidade”, explica o gerente de vendas, Ricardo Balbino.

Essa combinação de fatores faz com que a Bebidas Grassi produza 500 mil litros de energético por mês. Os principais clientes são atacadistas e grandes redes de supermercados do

Sul. Mas o produto é encontrado e consumido em outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Rondônia, Rio de Janeiro, além do Distrito Fede-ral. “Nessas regiões, começamos

um trabalho há algum tempo e a intenção é ampliar a fatia de

mercado. Queremos cres-cer nas regiões Sudeste

e Centro-Oeste”, ex-plica Ricardo.

Para isso, a empresa aposta as fichas no m a r k e t i n g . C o m e ç o u com uma estrela do Big Bro-ther Brasil, maior re-ality show da televisão brasileira. E

não parou mais. Pro-

move festas, é parceira em

eventos de abran-gência nacional,

participa ativamente de feiras dos supermer-

cadistas e investiu pesado em materiais para os pontos de venda.Aliado a isso, a empresa investiu

em tecnologia. A unidade fabril em Tubarão é uma das mais modernas no segmento. “Quase todos os pro-cessos são automatizados”, explica Ricardo. Uma pequena parte dos 190 funcionários fica na indústria. Para se ter uma ideia, aproximada-mente 40% do quadro de colabora-dores é formado por motoristas e ajudantes, que espalham os produ-tos pelo Brasil.

Giuliano De Luca l Tubarãoq

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Apesar do Baly Energy Drink ser o carro-chefe da empresa, há uma preocupação para evi-tar quedas de faturamento com a sazonalidade do mercado. Na baixa temporada (inverno), a empre-sa arrecada, por exemplo, com a crescente venda

de bebidas quentes.“Ao todo, são três milhões de litros de bebidas

produzidos por mês. Tudo em Tubarão, exceto os vinhos, que são produzidos por um parceiro ex-clusivo na Serra Gaúcha”, comenta Ricardo.

A Empresa

A empresa iniciou as atividades em março de 1997 com cachaças e vinhos. Vem expandindo o seu leque de produtos constantemente, com um portfólio atual de mais de 210 itens. Com o intuito de garan-tir excelência na distribuição, a empresa possui a frota de transportes própria.

Quem for até a sede da empresa, se impressiona com o tama-nho faraônico. Os galpões estocam todo tipo de bebidas. A Gras-si possui hoje três unidades de negócio: bebidas alcoólicas, não alcoólicas e energéticos. As duas últimas são as que apresentam maior variação de vendas. Nas estações mais quentes, os refrige-rantes aproximam-se dos patamares de venda de Baly. Entretanto, no frio, as bebidas quentes ganham a preferência dos consumido-res. Ricardo Balbino acredita ser a diversificação o grande trunfo do empreendimento. “Os produtos apresentam variações de venda durante o ano, mas se você tiver itens para situações diversifica-das, o faturamento total estará livre de fortes oscilações”, diz.

Diversificação

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Filas param a BR-101 e a economia sul catarinense

Congestionamentos que ultrapas-saram muitos quilômetros foram fato comum na BR-101 durante este verão e principalmente em dias de feriado. As dificuldades da rodovia em trechos ainda não duplicados, obras em ou-tro, volume de veículos superior aos outros meses do ano formam os itens responsáveis pelas enormes filas. A situação se repete a cada ano e com maiores proporções a cada período. A observação dos mais atentos e dos que se preocupam com o futuro é o crescente movimento mesmo em dias comuns. “É preciso muita calma para se trafegar três ou quatro quilômetros em uma ou duas horas. É lastimável e preocupante, pois a lógica nos conduz à conclusão de que essa situação vai se agravar cada vez mais”, reforça o deputado Jorge Boeira, coordenador da frente parlamentar pela duplicação da rodovia.

Se considerarmos o índice eleva-do de acidentes no decorrer de todos esses anos e os longos que ainda fal-tam para a total conclusão da rodovia, os prejuízos para o desenvolvimento, principalmente econômico, do sul catarinense são os preponderantes. Estudo realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) no ano passado mostra que a duplicação completa da BR-101 Sul, na melhor das hipóteses, ficará pronta apenas no fim do ano de 2016.

Diante deste cenário cabe ao De-partamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e ao governo federal acelerar o processo, espe-cialmente nos gargalos, alguns com problemas graves para elaboração de projetos e na execução das obras ne-cessárias. Os principais entraves que jogam para cinco anos o prazo mais otimista possível para a total conclu-

Deize Felisberto l Criciúmaq

Estado atrai turistas e paga mico do verão com uma BR intransitável

são da duplicação são os túneis do Morro dos Cavalos, a ponte no Ca-nal Laranjeiras, o túnel do Morro do Formigão, a duplicação e acessos de Laguna, além da recuperação de três pontes.

“Os deputados federais da região Sul, não apenas neste mandato, mas igualmente no que se encerrou em 2010, têm se empenhado em pressio-nar o governo federal. A União, no entanto, muitas vezes se vê refém dos dispositivos legais e se torna refém de empreiteiras”, diz Boeira. Ele reforça que em momento algum faltaram re-cursos para execução das obras e os lotes 25 (na região de Tubarão/La-guna, Capivari de Baixo) e 29 (Ara-ranguá/Sombrio) são exemplos disso. “Faltou seriedade e sensibilidade dos empreiteiros vencedores das concor-rências públicas. Felizmente esses dois trechos foram resolvidos, graças à pressão exercida pelos deputados em Brasília e mobilização popular da re-gião”, completa.

Para o empresário do segmento tu-rístico, Adilson Silvestre, e presidente da Associação Empresarial de Imbitu-ba, é um drama a atual situação que se encontra a BR-101. “Parece que estes gargalos são insolúveis, a incompetên-

cia do Governo Federal causa trans-tornos ao desenvolvimento da nossa região. Os setores de produção assim como o turismo são amplamente pre-judicados”, destaca.

A cidade de Imbituba está loca-lizada num dos trechos mais movi-mentados da Rodovia e que atrai um grande número de turistas. Com uma forte tendência turística, possui 30 Km de praias, entre elas uma das 30 baias mais belas do mundo. A infraestrutu-ra oferecida pelo sistema viário ainda deixa a desejar. “É inconcebível que o turista fique três, quatro, cinco horas numa fila até chegar ao seu destino, causado pelos atrasos nas obras de duplicação. Evidentemente que isso desestimula o turista a vir pra nossa região e quem perde com isso são os hotéis, pousadas e restaurantes, enfim, todo o trade turístico”, explica.

Somente belezas naturais não são suficientes para atrair o turista, segu-rança e tranquilidade são imprescindí-veis em seu deslocamento. “Perdemos muitos veranistas para este problema de gargalo rodoviário, de uma forma geral poderíamos, turisticamente fa-lando, crescer ano a ano, mas estamos estagnados nestes últimos anos”, re-vela Silvestre.

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Deputados federais devem ser os maestros nesta obraA cobrança na conclusão da Ro-

dovia deve vir dos deputados fe-derais, por ser a BR-101 um obra federal. “Eles que devem ser os ma-estros”, diz o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A Associação-continuará durante este ano pressio-nando e apoiando todos os movi-mentos referentes à BR-101, tanto da Fiesc, Câmara de Vereadores de Cri-ciúma e com os deputados federais. O descasco tanto com a Rodovia como para com os outros problemas não só de infraestrutura no sul e em todo o país vem em decorrência da inefici-ência do poder público. Para Fontana,

com a evolução da informática e do conhecimento, e com a união de vá-rias empresas, aliado ao crescimen-to de grandes organizações, ficou-se mais inteligente a maneira de fazer novas comercializações, fez com que a eficiência da iniciada privada pro-porcionasse o aumento da oferta de serviços, facilitou-se a aquisição de bens e confortos. “O setor público está no caminho contrário do cenário vivido e proporcionado pela iniciada privada através do conhecimento ad-quirido, com uma máquina engessada protetora do estado e seus interesses. O maior exemplo dessa ineficiência

do governo é o que acontece com o nosso sul do país. Temos um aero-porto regional que não funciona e um desleixo com a BR-101, um exemplo catastrófico. Um população que cus-teia a máquina inchada e obsoleta do governo”, opina. Ele encerra dizendo que o Brasil está acostumado a colo-car a culpa sempre no vizinho. Uma hora o problema é o dólar alto, outro-ra baixo, do câmbio e inúmeros ou-tros fatores que na realidade não são a causa do problema. A questão está na incapacidade de administração e de solução do que realmente precisa ser resolvido.

DNIT presume continuidade do problemaDe acordo com o superintendente

da unidade local do Departamento Na-cional de Infraestrutura em Transportes (DNIT) em Tubarão, engenheiro Avani Aguiar de Sá, os congestionamentos no trecho sul da rodovia foram e continu-arão sendo um entrave para a tempora-da de verão. “Até que não se conclua a ponte no trecho entre Laguna e Capi-vari de Baixo a população passará por estes transtornos”, reforça. A previsão, segundo o Departamento, é que este ano começou com melhores expectati-vas. Sá diz que para o lote 25 o proble-ma está resolvido pelo andamento das obras¸ para o lote 29 (entre Aranranguá e Sombrio) o DNIT está dependendo de uma revisão e pretende concluir ain-da este ano e deve-se começar quase de imediato a construção da Ponte de Cabeçuda e também da retomada a lici-tação do Túnel do Formigão.

Extremo Sul vê crescimento, mesmo com obra incompleta

Para o município de Praia Grande, no extremo sul, a duplicação da BR-101 vem multiplicando a circulação dos turistas, potencializando o setor turístico dessa região. Comparado ao mesmo período do ano passado, a cidade teve nesta temporada de verão um aumento significativo de turistas. Para chegar a Praia Grande, através da Rodovia, o acesso se dá pela Rodovia SC 450, que liga a Serra do Faxinal. Essa Rodovia de 16 Km, reivindicada há mais de 20 anos, ainda está incompleta. Oito quilômetros não foram asfaltados. Dois dos quatros estudos sobre a fauna do local foram concluídos. Esta demora emperra a continuidade da obra. “As pessoas continuam circulando pela Serra do Faxinal mesmo em condições precárias do trecho sem asfalto. Muitos ainda preferem descer via Rota do Sol (Três Cachoeiras)”, recorda a secretária de Turismo de Praia Grande, Joice de Aguiar.

Alguns projetos estão sendo elaborados pensando na conclusão da BR-101 e da Serra do Faxinal, um deles é o “Parques da Copa”, um projeto do Ministério do Turismo que será desenvolvido no Parque Nacional Aparados como forma de fortalecer os principais destinos turísticos nas cidades de Praia Grande (SC) e Cambará do Sul (RS). “Acredito que a partir deste projeto, também do projeto Geoparque - Caminho dos Cânios do Sul, outras ações que estamos desenvolvendo em Praia Grande, juntamente com a conclusão da BR-101, a região será consolidada como um grande destino turístico do país”, projeta a secretária de Turismo.

Quanto ainda ao lote 25 (de Laguna a Capivari de Baixo) as obras se esten-derão por todo o ano com previsão de entrega somente para os meses finais, com exceção da ponte, que só deverá estar iniciada, mas todos os viadutos concluídos. Para a próxima temporada de verão deverá melhorar um pouco porque a parte estrangulada é melhor,

mas não deverá resolver, já que o gar-galo atual é a ponte. “A previsão é de acabar o eixo da rodovia este ano e depois ficará alguma coisa de acaba-mento e de rua lateral que terá que ser complementada”. Com relação à previ-são apontada pela Fiesc para 2016, Sá acredita que se iniciada a ponte agora, o prazo ficaria para 2015.

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Uma empresa é uma tribo: cooperação e integração para o bem comum

Em um mundo onde as pessoas precisam (e devem) agarrar as opor-tunidades, empreendedores neces-sitam estar constantemente atentos aos anseios das corporações. Isso porque muitas vezes esses anseios são deixados em segundo plano em detrimento dos objetivos profissio-nais de cada colaborador. Os am-bientes empresariais, que devem ser pautados no antigo lema do ‘vestir a camisa da empresa’, muitas vezes acabam abalados por falta de legi-bilidade e transparência nas ações individuais. Isso pode prejudicar re-sultados e dificultar a relação entre os próprios colaboradores.

Para lidar com esse tipo de pro-blema não é necessário demitir este ou aquele funcionário, colocá-lo no gancho ou promover inúmeras reu-niões para colocar ‘os pingos nos is’. O treinamento empresarial em equipe é uma ferramenta extrema-

Giuliano De Luca l Trevisoq

mente eficiente para lidar com essa situação.

Esse treinamento vem passan-do por mudanças, de olho nas mu-danças no perfil das empresas e empregados. Começou com jogos competitivos, mas percebeu-se que o resultado não era o ideal, já que se retirava o trabalhador de um am-biente competitivo e o coloca em outro. Agora, o conceito é o treina-mento de cooperação e integração de equipes, que ganha cada vez mais adeptos em todo o país. “Se você

tem uma pessoa ao seu lado, você fica mais forte”, exemplifica um dos coordenadores do programa de trei-namento Tribos, desenvolvido na Pousada Santo Antônio, no interior de Treviso, Paulo Cadallóra.

Localizada no pé da serra, com paisagens bucólicas de tirar o fô-lego, a pousada decidiu investir no programa em 2011. Os resultados são animadores e as perspectivas de crescimento ainda melhores. O Tri-bos já atendeu a Betha Sistemas, de Criciúma, com mais de 150 colabo-

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radores. “E os empresários saíram muito satisfeitos”, garante Paulo Renato Cadallóra, idealizador do programa em parceria com a esposa e turismóloga Rosilene Koch.

O treinamento é individual e fei-to a partir de um estudo de cada em-presa e colaboradores. Inclui provas não competitivas, trilhas na mata e palestras, entre outras atividades que envolvem equilíbrio, concentra-ção, persistência e outros conceitos essenciais para o cotidiano empre-sarial. Tudo voltado ao cooperati-vismo e integração. “Vem ser entre

tribos, tambores, arcos e flechas!” é o conceito do programa. Destinado às empresas, é desenvolvido sobre as bases dos jogos cooperativos.

O programa ainda associa direta-mente em sua grade de atividades os resgates da cultura e costumes das primeiras tribos indígenas que habi-taram as serras do Sul catarinense, levando os participantes a uma ver-dadeira imersão na história desses povos.

Segundo Rosilene Koch, coorde-nadora do Tribos, os valores são es-senciais. “Aqui, trocamos o vencer

competitivo pelo vem ser coopera-tivo. O vem ser nasce primeiro no indivíduo e se propaga aos demais. Acreditamos que antes de tudo, pre-cisamos despertar nas pessoas sua plenitude enquanto ser, assim, se está capaz de contagiar todos que o cercam”, avalia.

ServiçoO programa Tribos é um produto da Expedição Xokleng direcionado para atender empre-

sas. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (48) 3469 0103 e 9954 9629 ou nos sites www.expedicaoxokleng.com.br e www.pousadasantoantoniotreviso.com.br.

A empresa Crystal embalagens reuniu um grupo de 32 pessoas para viver um dia de Tribos. O grupo che-gou cedo na sede da pousada junto aos paredões da serra geral, lugar de rara beleza cênica. O sol nascente deu as boas vindas aos guerreiros. Logo, todos foram reunidos em três tribos: Aranchanes, Botocudos e Coroados (separados por cores de camisetas) e foram apresentados ao tambor, ele-mento que os acompanharia durante todo o dia. O tambor representava o coração de cada tribo e a imunidade recebida por cada tarefa executada. “Era hora de despertar o ser de cada um e fazer emergir o vencer de todas as tribos. Atividades de habilidade, paciência, concentração, equilíbrio, memorização e raciocínio envolve-ram todos participantes ao longo do dia, conta Paulo”.

Ele explica que todas as ativida-des são desenvolvidas para envolver a todos sem distinção de condiciona-mento físico. “Trabalhamos a ideia de vida ao ar livre para todos, uti-lizando o próprio ambiente natural para demonstrar que cada elemento tem sua função no ciclo da vida”.

Ao final, uma dose de muita ener-gia para todas as tribos em um belo banho nas águas da cachoeira do Salto Branco. “Para lavar a alma dos guerreiros”, diz.

Um dia de treino

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É uma nublada manhã de uma quinta-feira e, pelo não-andar do trânsito já na saída do aeroporto, tudo indica que será mais um dia estressante na frenética capi-tal econômica do país que hoje desponta como um dos principais players de integra-ção econômica mundial. Após quase uma hora dividindo a atenção entre as visões surpreendentes de um passado glorioso da quinta maior cidade do mundo e os e-mails e mensagens que não paravam de chegar no smartphone perfeitamente sincronizado com rede local, o táxi da renovada frota da cidade para em seu destino final: um mo-derno pavilhão internacional de exposições.

Logo na entrada, é possível visualizar os estandes, na maioria grandes e decora-dos no melhor estilo “welcome to my bu-siness”. Estamos em uma concorrida feira setorial repleta de novas oportunidades. Uma feira como qualquer outra. Bom, não exatamente... Ali, um detalhe chama a aten-ção: o idioma que se ouve nos estandes e entre os visitantes. Pensou em inglês, a lín-gua franca do mundo dos negócios? Errou! Português ou Espanhol? É verdade que es-ses idiomas são cada vez mais frequentes nas feiras internacionais, principalmente na China, mas, sinto dizer, você também errou. Chinês? Passou longe!

“Do you speak arabic language, sir?” (Fala árabe, senhor?). Essa é a frase recor-rente de boas-vindas dita pelas atenciosas e belas recepcionistas. É, sim, o árabe é a língua que mais se ouve ali. Afinal, trata-se da 22ª edição da Züchex, a maior e mais importante feira de eletrodomésticos e utili-dades do lar de Istambul, na Turquia. Uma feira que surpreende e atrai pelo elevado numero de expositores locais: quase 90% do total, e pelo baixo número de visitantes internacionais: menos de 6%, o que pro-porciona a feira um clima todo especial de oportunidade! Terras literalmente virgens!

Mas, caro leitor, você deve estar se per-guntando: quem visita uma feira de eletro-domésticos na Turquia tendo o infinito uni-verso de produtos e fornecedores da China? E por quê?

Antes de responder, vale dizer que é um desafio estar em uma feira como essa. Ima-ginem ouvir a mesma pergunta citada acima dezenas e dezenas de vezes, e jamais poder

dar o tão esperado “NAAM” ou “EVET” ( “sim” em árabe e turco respectivamente). Pior: a cada “NO” respondido, recomeça seu exercício de paciência e de ansiedade, que só termina quando finalmente você en-contra alguém fluente em inglês, o que per-mite iniciar uma comunicação e - até que enfim! – negociar. Depois, porém, o desafio recomeça.

Por que, então, encarar esse desafio e participar de uma feira como essa na Tur-quia? Simples. Vencida a barreira linguísti-ca – e com muita boa vontade e um desejo mútuo em fazer negócios –, descobre-se que, ali, uma revolução que está acontecen-do. Sim, uma revolução. E basta olhar para os números para percebê-la. Em uma das negociações realizadas na Züchex, conse-guiu-se 28% de diferença de preço para um pedido inicial de fornos elétricos. Noutra negociação, os populares ventiladores de mesa, que no Brasil somente os fabricados na China sofrem medidas antidumping que elevam seu imposto de importação a as-tronômicos 45%, eram ofertados a preços muito próximos aos da República Popular! Percebeu o pulo do gato?

Senhores, não estamos falando de com-petitividade em commodities de consumo onde 3% já fariam uma diferença significa-tiva. Números desta dimensão representam uma revolução, quase um fenômeno que deve ser devidamente mapeado e principal-mente explorado comercialmente de for-ma intensa e imediata! Mas quem acordou para isso nesta, até então, nova realidade dos negócios sino-mundiais? Entre o bem noticiado sucesso chinês e as assustadoras previsões de quebra do neo-império-euro-romano, muito pouco se fala, escreve ou lê sobre os intitulados n-11 ou next 11. ..... Next what?

O banco de investimentos Goldman Sa-chs, que ficou famoso universalmente com a promulgação do conceito dos BRICS, co-meçou a especular, desde 2005, sobre onze nações que deverão ser, provavelmente, as líderes da geração pós-BRICs. Entre elas, Coreia do Sul, México e Turquia aparecem puxando a lista, que conta com protagonis-tas pouco conhecidos na nossa realidade latina. Bangladesh, Irã, Paquistão, Egito e Indonésia se juntam à pujante Turquia na

Renato Castro

q

N-11 -o cenário do mundo pós-BRICs: oportunidade ou uma ameaça?

Sócio da Empresa Baumann, consultoria

especializada em mediar negócios Brasil /China

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ala muslimbusiness. Completando a nova sele-ção de ouro, Vietnam, Filipinas e Nigéria – essa última, embora fora do bloco mulçumano, tem significativos 50,4% de sua população como seguidores da religião do profeta Maomé.

Por trás da profecia, temos uma perfeita e já conhecida combinação de fatores. População numerosa (juntos, os onze somam mais de 1,3 bilhão de pessoas ávidas a trabalhar e que, por consequência, formarão, em breve, um compe-titivo exército de consumidores); abundância de insumos e uma pro-atividade e flexibilidade para negócio natas ou impostas pela realidade. Mesma receita que nos levou, BRICs, ao pata-mar em que estamos.

Neste histórico período que o Brasil vive, no qual, de devedores passivos do Terceiro Mundo nos anos 80, passamos a credores do FMI e a uma das grandes apostas do velho blo-co, não podemos esquecer-nos da lição que as gerações do até pouco tempo intitulado “país do futuro” aprenderam a duras penas e na prá-tica: vantagem competitiva por si só não é su-ficiente para o sucesso, é preciso um perfeito equilíbrio entre planejamento e execução!

Um estudo sobre o crescimento das princi-

pais economias do sudeste asiático (entre elas, cinco das próximos onze) mostra uma intensa concentração de investimentos diretos chine-ses. Coreia do Sul, Vietnã, Filipinas, Indoné-sia e Bangladesh estão repletos de pequenas e médias joint-ventures de capital vermelho e privado. Leia-se: de empresas ou de empreen-dedores e não do governo de Pequim. Empresas ou empreendedores que ampliam suas frontei-ras na busca incansável e diária por competiti-vidade.

Então, as perguntas óbvias: Onde estão in-vestindo os empresários brasileiros? Como es-tamos planejando nossa vantagem competitiva de longo prazo? O que será do “país do futuro” quando esse futuro já for passado?

Caros colegas empreendedores, senhores empresários e camaradas políticos, a manuten-ção da liderança em uma corrida não consiste simplesmente em mirar o horizonte e acelerar o máximo que puder, mas principalmente em controlar o que acontece no retrovisor! Mal chegamos a ser uma realidade neste tão espe-rado futuro que agora se inicia para o Brasil e já se fala, embora muitos sequer ouçam, dos próximos (NEXT...).

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Mais de 80% dos alunos do En-sino Fundamental da SATC , idade entre 6 e 14 anos, já aderiram ao Pro-grama de Educação Integral. Em um turno eles têm aulas curriculares e no outro dispõe de oficinas, mais de 25, onde participam de corais, atividades esportivas, ginástica, informática e idiomas, inclusive o mandarim. São 1.500 alunos envolvidos permane-cendo dez horas na escola. “Nos-sa proposta pedagógica é trabalhar com o aluno nos aspectos da ética e de qualidades pessoais, do compor-tamento e trabalho em equipe”, diz o professor Luiz Novelli, diretor do EDUTEC.

Além desta proposta inovadora, já é tradição na SATC o aluno estu-

Mais Educação

Criciúma inicia 2012 com mais educação. São propostas as mais di-ferenciadas que permitem às crian-ças o privilégio de passar o dia sob o olhar atento de professores espe-cializados e longe dos perigos das ruas ou das armadilhas da internet. Um privilégio que, em Criciúma, atende tanto crianças de família de alto poder aquisitivo como aquelas que moram em áreas de risco social. Ainda nem todas podem contar com

este benefício. Mas já é um começo.Educação Integral, Projeto Am-

pliado Bilíngue, Programa Mais Educação ou Escolas de Tempo In-tegral. Os nomes diferenciam, mas os objetivos finais são os mesmos: ocupar a criança de forma orienta-da, em um ambiente saudável, com princípios éticos e de cidadania, descobrindo a importância dos rela-cionamentos e elevando a qualida-de de ensino. Buscamos alguns dos

muitos exemplos que já temos em Criciúma, tanto em colégios parti-culares como do ensino público mu-nicipal. “A grande mudança no país vai ocorrer quando todas as classes sociais entrarem para a produção e o consumo. Vamos dar este passo fortalecendo a educação básica e integral e aprendendo bons hábitos, o que é essencial para a vida”, acre-dita o presidente da ACIC, Olvacir Fontana.

Joice Quadros l Criciúmaq

Em uma turminha com idades de pouco mais de dois ou três anos, os meninos já sabem que são boys, que as coleguinhas são girls, cantam fa-zendo gestos e até agradecem pelo lanche em inglês. É o Projeto Am-pliado Bilíngue do Colégio Marista, abrangendo crianças de 2 a 9 anos. Pela proposta, as crianças frequen-tam a aula curricular em um turno e, no outro, desenvolvem as mais diversas atividades de ensino, es-

porte, cultura e lazer orientados pela professora dentro do idioma inglês. “É um projeto novo, em construção, onde contamos com a parceria dos pais”, expressa a professora Cláudia Lima, coordenadora de Educação In-fantil e Fundamental 1 (até o 5º Ano).

Acredita Cláudia Lima que, com esta proposta, as crianças passam o dia em um ambiente saudável e acolhedor, com a oportunidade de formação integral e aprendendo um

segundo idioma. Mas esta é uma proposta que ainda encontra certa resistência junto a muitas famílias que desenvolvem uma “sensação de culpa” por deixarem os filhos o dia todo na escola.

Na verdade, pondera Cláudia Lima, estas são crianças privilegia-das, que passam o dia entregues para pessoas especializadas, pensando no melhor para elas, organizando e va-lorizando seu tempo de infância.

SATC

Colégio Marista

dar no Ensino Médio pela manhã e no período da tarde no Técnico. São 18 cursos técnicos com cerca de mil alu-

nos envolvidos e onde mais de 95% são colocados no mercado de traba-lho ao fim do curso.

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No horário entre as 7 e 19 horas, 285 crianças do ensino infantil e 335 do en-sino fundamental aprendem e diver-tem-se na Escola do SESI de Criciúma. “Nós queremos ofe-recer educação inte-gral e de qualidade às nossas crianças, para que a mãe tra-balhadora possa ser liberada para atuar com tranquilidade, deixando seus filhos numa escola onde tenha toda a confiança”, expressa Jovilde Parisoto, gerente regional do SESI.

O modelo do SESI são aulas curriculares em um turno e, no outro, ativi-dades extra-curriculares, com estudo complementar e aulas de violão, inglês e robótica, entre outros. O Ensino Fundamental atende 120 alunos no projeto extracurricular. Em torno de 90% do total das vagas estão preenchidas pelos filhos de trabalhadores na indústria, estando as excedentes abertas ao públi-co em geral. É um ensino custeado 50% pelo SESI e os outros 50% pelos pais ou pela empresa onde os pais trabalham. “Temos aqui o melhor para nossas crianças”, garante Jovilde Parisoto.

Duas mil crianças e jovens que moram em regiões de risco social em Criciúma estão permanecendo o dia todo na escola. São alunos da rede mu-nicipal de ensino. “Nossa proposta é levar uma melhor qualidade de ensino para alunos que moram em regiões de vulnerabilidade social”, destaca a pro-fessora Gislaine Machado da Silveira, coordenadora pedagógica das escolas de tempo integral do programa Mais Educação.

A Prefeitura de Criciúma trabalha em duas realidades. Uma abrange es-colas com o Programa Mais Educação, do governo federal, que está sendo desenvolvido em seis colégios municipais. Atende crianças e jovens de 6 a 14 anos com aula normal pela manhã e oficinas de reforço escolar e atividades de esporte, dança e lazer no período da tarde. A outra realidade abrange três colégios dos bairros Paraíso, Cristo Redentor e Renascer, atendendo 660 crianças, com educação em tempo integral. Neste projeto, os alunos têm aulas mescladas com oficinas durante todo o dia. São atendidos por pro-fessores especializados e, além das oficinas, recebem iniciação em pesqui-

sas e informática. “O ideal é que todas as crianças cheguem ao perí-odo integral e nós estamos neste ca-minho”, destaca a secretária do Sis-tema Educacional de Criciúma, Ro-seli Maria de Luc-ca Pizzolo.

SESI Escola

Ensino Público

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“O cheque é pagável à vista. (...)” con-forme Lei 7.357/85. O cheque pode ser transferido por endosso, com base no art. 17, da mesma lei que diz: “O cheque pa-gável a pessoa nomeada, com ou sem cláu-sula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via de endosso. O endossatário passa a ter todos os direitos sobre o título, sendo que esse direito, não pode ser prejudicado por problemas ocorridos na relação entre o emitente do cheque e o beneficiário/en-dossante, ou seja, o terceiro (endossatário) tem o direito de receber mesmo que haja problemas entre o emitente e o endossan-te. Quando o cheque é endossado, a causa debendi se abstrai, ou seja, a causa que deu origem ao cheque é automaticamente apa-gada em relação ao terceiro endossatário quando ocorre o endosso, já que o terceiro nada tem que ver com a relação que deu causa à origem do referido título de crédi-to. Diuturnamente, assistimos casos onde o emitente do cheque e o beneficiário não se entenderam comercialmente, ocorrendo o famoso “desacordo comercial”, vindo o emitente a cancelar/sustar o cheque. Essa prática é aceita quando o cheque ainda está na posse do beneficiário, no entanto, quando o cheque foi endossado à terceiro, esse terceiro não poderá ter oposto contra si, o mencionado “desacordo comercial”. Existe um instituto legal, a nomenclatura “Não Endossável” ou “Não à Ordem” es-crita atrás do cheque que impede que seja endossado, e se o beneficiário passar à ter-ceiro, o emitente poderá opor contra este a causa debendi, pois, se o terceiro aceitou o cheque com a cláusula “Não endossável” assumiu o risco de ter oposta contra si o

mencionado “desacordo”. O parágrafo pri-meiro do artigo 17 retro mencionado, diz que “O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.”(sublinhei). Os efeitos de cessão, são os que permitem que o emitente possa alegar contra o endossa-tário os motivos do desacordo comercial. Portanto, caso o emitente tenha desacordo comercial com o beneficiário do cheque, poderá facilmente opor contra este, direi-to fundado na negociação, no entanto, se o cheque está na posse de terceiro endossa-tário, este terá o direito de receber os va-lores provenientes, já que não tem relação jurídica com o emitente. O emitente, por suas vezes, terá que arcar com o pagamen-to do cheque que está nas mãos do terceiro endossatário e agir com regresso contra o beneficiário que deu causa ao desacordo. Aquele que emite um cheque, o faz com as características de uma ordem de pagamen-to à vista, conforme artigo 32 da lei já ci-tada, assim, o emitente de cheque o faz sob sua própria responsabilidade, aceitando os compromissos decorrentes da emissão.

Giovani Duarte Oliveira

q

Cheque endossadonão é adoçado!

Advogado, consultor jurídico, escritor,

empresário, atuante em advocacia empresárial,

especialista em processo civil

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É comum as pessoas e as empresas terem alguma meta na cabeça, mas não conseguirem colocá-la em prática. Muitas ainda querem traçar metas de acordo com os seus valores e ao mesmo tempo aumen-tar a motivação para atingir os resultados esperados. Para dar uma “maozinha” no alcance mais rápido desses desafios, entra em cena o trabalho do coach.

Segundo a coah Juliana Madalosso Rafael, diretora da empresa Trust, psicó-loga e especialista em gestão de pessoas, o processo de coaching é dinâmico e inte-rativo, fazendo com que o profissional ou a empresa tornem-se altamente focados, motivados e organizados até a conquista de seu objetivo.

Como exemplo de alguns objetivos, ela cita a abertura de um empreendimento, o au-mento das vendas por parte de uma equipe,

o desenvolvimento de uma carreira ou mes-mo o sonho de uma determinada viagem.

Juliana explica que o processo, indi-vidual ou em grupos, é colocado em prá-tica por meio de sessões de uma hora em média e periodicidade determinada pelo cliente. Entre uma sessão e outra, ainda são estabelecidas pequenas metas. Com os objetivos claros, o coach ajuda o cliente a definir que rumos seguir e os recursos para trilhar esses caminhos.

A Trust atua na região Sul de Santa Catarina em diversos segmentos, auxilian-do nas tomadas de decisões estratégicas com grande impacto sobre os resultados atuais e futuros. Além disso, apresenta so-luções de desenvolvimento e treinamento humano que agreguem valor comporta-mental aos seus colaboradores, gestores, líderes e demais membros da corporação.

Com o coaching, você ou sua empresa alcançam suas metas mais rápido

Suzi Nascimento l Criciúmaq

A coach Juliana Madalosso Rafael destaca que, muitas vezes, o cliente tem a motivação para a abertura de um novo em-preendimento, mas ainda não definiu qual o melhor investimento.

O diretor da empresa Plascin, Humberto Fascin, conta: “O processo de coaching au-xiliou significativamente na tomada de de-cisão para um grande investimento, por ser um processo rápido, dinâmico, quantitativo e 100% focado na ação. Em cinco sessões atingi meu objetivo”. Alem disso, continua Fascin, trata-se de um processo sustentável, pois um ano após o término do processo, ain-da utiliza o planejamento realizado.

Desenvolvimento de equipesO coaching pode ser realizado para o

desenvolvimento de uma equipe, de forma geral, auxiliando a desempenhar melhor suas potencialidades. De acordo com Julia-na, se aplicado em uma equipe comercial, por exemplo, verifica-se um significativo aumento no número de vendas.

Mas o desafio é maior quando o tra-balho é focado na motivação e relaciona-mento interpessoal. Para Juliana, fica mais difícil mensurar os resultados quando, num primeiro momento, o trabalho é abstrato, entretanto os resultados obtidos superam as expectativas, pela velocidade e susten-

tabilidade da mudança”.Isso pode ser constatado com as Em-

presas Prolincon. “Trabalhamos a motiva-ção da nossa equipe de vigilantes de Braço do Norte em agosto de 2011 e percebemos um aumento significativo, não só na mo-tivação do grupo, como também na satis-fação de nossos clientes, que, por diversas vezes, evidenciam a manutenção do resul-tado deste trabalho”, reforça o gerente da Vigilância Patrimonial da Prolincon, Ed-son de Souza.

Desenvolvimento de carreirasMuitas vezes, o cliente tem todas as

possibilidades para ser bem sucedido, mas acaba adiando seus projetos devido à roti-na, à correria do dia-a-dia ou mesmo por insegurança sobre o caminho a ser trilha-do. O papel do coaching nessa situação é ajudar a encontrar o foco e a determinação, utilizando ferramentas e estratégias que le-vem o cliente à ação.

“Eu vi que o coaching é dinâmico, di-reto e objetivo, que tem início, meio e fim. E é assim que eu quero ser. Comecei a vi-sualizar e objetivar um fim e não mais ficar esperando que as coisas se realizem sozi-nhas. E ter o apoio profissional para cla-rear as ideias é muito, muito animador!”, salienta a arquiteta Andreia Valar.

Coaching nas mais diversas realidades empresariaisDefinição de um novo empreendimento

Page 30: ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 33

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Com iniciativa criciumense, a Associação dos Diários do Interior de Santa Catarina (ADI) nasceu com perspectivas singelas de dar mais vi-sibilidade e importância aos jornais do interior. Após 17 anos, consoli-dou-se no estado e no Brasil como um veículo de interesse de grandes empresas e donos de veículos de co-municação. A parceria pioneira veio através do veículo Jornal da Manhã, juntamente com outros diários das localidades de Chapecó, Itajaí, São Bento, Brusque, Lages e Tubarão. Por alguns anos a sede da entidade ficou localizada no Jornal da Manhã, transferindo-se depois para Floria-nópolis.

O presidente da ADI SC, Ámer Félix Ribeiro, e também presidente da ADI Brasil, revela que a ADI deu vida inteligente aos veículos do inte-rior, tornando-os contextualizados e representativamente grandes em ní-vel de visibilidade. “Hoje o interior do país tem 20 milhões de leitores, e dos 380 jornais diários, a ADI abo-canha uma fatia de 120 associados”,

“Vida inteligente nos jornais do interior”

Deize Felisberto l Criciúmaq

destaca Ribeiro, que é diretor exe-cutivo do Jornal da Manhã. A Asso-ciação tornou-se notável diante de grandes empresas que buscam publi-cidade e retorno com a comunidade de centros menores.

Dos sete jornais iniciados na fun-dação da ADI SC, hoje o número chega a 30 veículos, além de colunas opinativas reproduzidas em toda a rede de associados e parceiros. “Em termos de governo, a nossa cara mu-dou. Temos uma parcela conquistada com os órgãos públicos, principal-mente estaduais e federais. Empre-sas e lojas que precisam de um fluxo intenso de clientes, o investimento em jornais do interior tornou-se um ótimo negócio”, revela.

Ele questiona a importância de se olhar o perfil dos leitores. “A maio-ria lê os jornais locais, que falem das notícias da sua cidade. O jornal do interior como “leitura local” será sempre insubstituível como marco referencial da comunidade”, expli-ca. Segundo sua análise, caberá aos jornais regionais ou aos jornais dos grandes centros o papel secundário, exatamente por causa da absoluta

necessidade de identificação entre emissor e receptor, característica acentuada do jornal de interior.

Os jornais do interior têm o obje-tivo propositivo de dar uma evolução local, uma “vida inteligente”, já que a fatia de milhões de leitores, ultra-passa jornais de circulação nacional. Quatro a cinco leitores é a estimati-va para cada exemplar de um jornal, com circulação de aproximadamen-te cinco mil exemplares, atingindo cerca de 30 mil pessoas. Uma mídia anunciada entre todos os diários do interior de Santa Catarina dá uma re-percussão e influência de proporções muito mais significativas.

Segundo Ribeiro, é necessário que se considere também, atualmen-te, os acessos via internet, já que a maioria dos jornais também oferece o conteúdo via on line. O exemplo do Furação Catarina, ocorrido na mídia local, é um exemplo marcante da força desses jornais, que pauta-ram a mídia nacional. Ele cita ainda a importância da disseminação de novas tecnologias que são vendidas localmente para a cidade e para fora dela.

Presidente da ADI com a ministra da Casa Civil, Gleice Hoffmann, em evento em Brasília

Amer Felix Ribeiro, presidente da ADI Brasil

Associação dos Diários do Interior do Brasil é hoje a maior rede mundial de jornais

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Representatividade

O que é a ADI SC

A ADI/SC começou a partir da luta de alguns proprietários de jornais diários, com o objetivo de conquistar a importância e visibilidade merecidas aos veículos de comunicação localizados no interior do estado de Santa Catarina. Em três de dezembro de 1995 a ADI/SC nascia com suas raízes plantadas na defesa do interesse coletivo e livre iniciativa.A ADI/SC se faz percebida hoje no estado como a entidade com maior capacidade de comunicar às comunidades do interior catarinense, garantindo assim a visibilidade aos diários regionais de SC já incluídos como importante segmento na história da comunicação.Abrange 61% dos municípios do Estado. Atinge quase 2.800.000 pessoas (52% da população do estado)

Conhecimento da atuação em outros centros também é preocu-pação da entidade que em 2010 viajou à Itália. “Pontos em co-mum foram vistos, principalmen-te cultural. Mas com relação à tecnologia eles estão muito mais avançados que nós, com o uso frequente dos IPADs”, destaca Ri-beiro. O que surpreendeu o presi-dente da ADI foi a forte relação entre os jornais do interior e as associações empresariais. A preo-cupação em fomentar as empresas da cidade gera uma parceria com os veículos no sentido do cresci-mento e desenvolvimento para ambas as entidades.

Neste sentido, a expectativa é avançar a entidade a nível federal para as regiões Nordeste e Centro Oeste. No mês de janeiro foi inau-gurada a ADI na região de Mato Grosso do Sul e a previsão se di-reciona agora para os estados do Espírito Santo e Rondônia. Atual-mente, está presente em toda a re-gião Sul, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, além de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.

No fim do ano passado, o pri-meiro Congresso foi organizado

pela entidade em Brasília e garan-tiu um público além do esperado, cerca de 400 pessoas, dessas 225 donos de jornais. Nomes como da ministra chefe da Casa Civil, Gleice Hoffmann, estiveram no evento, confirmando a posição da presidente, Dilma Rousselff, para investimentos nos jornais do in-terior, ocupando um espaço cada vez mais visível, sem perder o foco local. De acordo com Glei-si Hoffmann durante o evento, o governo sabe da importância cres-cente dos jornais locais e que isso reflete o processo de inclusão que ocorre no interior do país.

O objetivo principal do evento foi conscientizar os donos dos ve-ículos da importância dos diários que pode ser ampliada com ações editoriais conjuntas, de forma a aumentar a visibilidade.

Um projeto que vem tomando corpo e é extremamente importan-te para os planos de expansão dos jornais do interior é a Certificação de Tiragem. Através do Conse-lho Executivo de Normas Padrão (CENP) terão auditagem na certi-ficação, comprovando assim seu número de exemplares com tira-gem certificada.

ADI Brasil em Números

w 74 jornais associados + 16 jornais da APJ - SP w 5 milhões de leitoresw Mais de 1450 municípios em 7 estadosw Mais de 18% do PIB nacional

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Receita Federal de olho nas pequenas e médias empresasQue a Receita Federal vem utilizando

cada vez mais mecanismos eletrônicos para acompanhar e fiscalizar as operações dos contribuintes como, por exemplo, a Nota Fiscal Eletrônica e a Escrituração Fiscal Digital, não é novidade. No entanto, a grande novidade está no próximo alvo da Receita Federal: as pequenas e médias empresas.

A Secretaria da Receita vem desenvolvendo e pretende colocar em funcionamento até 2013 um novo sistema, uma espécie de “malha fina” para estas empresas. O objetivo é cruzar os dados de todas as declarações enviadas com a escrituração digital e NF-e.

Importante lembrar que as grandes empresas do país já estão contempladas com uma fiscalização mais atuante, o que não é realidade para as pequenas e médias. Não era. Com a implantação deste novo sistema, o rigor fiscal por advento desta informatização certamente colocará as pequenas e médias no patamar das grandes, no que tange ao acompanhamento do Fisco. O cruzamento de dados será tão rigoroso que é como se houvesse um auditor da Receita analisando cada lançamento da empresa, por menor que seja seu tamanho.

A Receita Federal pretende ainda criar um serviço de autorregularização para as

empresas inadimplentes, como o que ocorre, por exemplo, com as pessoas físicas. Desta forma, as empresas poderão acessar o sistema e verificar o que estão “devendo” à Receita, quitando seus débitos antes mesmo que haja um processo de fiscalização.

O coordenador geral de fiscalização da Receita, Antônio Zomer, diz que a meta é, no mínimo, multiplicar por sete a fiscalização das pequenas e médias por meio de sistemas eletrônicos, ou seja, das malhas fiscais que operam sem nenhuma intervenção humana.

Outra novidade é que o processo de fiscalização englobará ainda as contribuições previdenciárias feitas ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Ou seja, as empresas que atualmente veem na previdência uma porta de sonegação fiscal terão grande surpresa com o advento do novo sistema de fiscalização da Receita.

AdaptaçãoApesar da grande importância no cenário

econômico, as PMEs ainda encontram muita resistência para se adaptarem aos novos modelos de gestão e fiscalização. Muitas baseiam seus negócios em modelos antigos, em que a realidade atual, tanto de mercado, quanto de governança corporativa e tecnológica, não se aplicavam pelo simples

fato de não existirem.O cenário mudou, tanto sob a ótica do

mercado, quanto do Fisco que, reconhecendo a grande importância das PMEs no bolo tributário vem, cada vez mais, fazendo com que uma gestão eficiente esteja presente no cotidiano das PMEs. Livros caixa, preços formados em planilhas, notas emitidas à mão e enviadas apenas uma vez por mês à Contabilidade, fazem parte de um modelo sem sustentação atualmente.

Buscar uma gestão eficiente, com profissionais qualificados e sistemas de gestão coorporativos e integrados é necessidade fundamental de qualquer empresa atualmente, não importando se a mesma possui dez ou mil empregados. O mercado e o Fisco estão mais exigentes e se apoiam na tecnologia para criarem modelos cada vez mais eficazes para interagirem. Somente as empresas que se adequarem a esta realidade obterão sucesso na empreitada de permanecerem no mercado com um crescimento sustentável.

Por Sidcley José Fructuoso da Silva, analista de negócios da WK Sistemas, com atuação focada no desenvolvimento das soluções SPED, NF-e, Comercial, Compras, Estoque, Produção e Custos do ERP Radar Empresarial.

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Com a disponibilidade de oferecer um trabalho diferenciado aos clientes que buscam soluções em transporte, a Transfloriano vem se destacando no segmento.

A sensibilidade da empresa detectou nes-te mercado uma grande carência na presta-ção de serviços específicos e que exigem uma atenção especial a determinados clientes. O nicho de mercado foi percebido pela proprie-tária e diretora da empresa, Joziani Floriano, que com experiência, iniciou a empresa não com este objetivo, mas que ao identificá-lo não teve dúvidas e investiu neste potencial. “Inicialmente não tínhamos este foco, mas fomos percebendo dentro desses três anos de empresa o quanto alguns clientes necessitam de um serviço específico. Com este trabalho foi possível agregar valor aos serviços”, explica Joziani Floriano.

Dentro deste trabalho, a empresa se des-taca pelo atendimento que presta aos seus clientes.

“Uma empresa com visão de futuro, que investe em tecnologias para dar maior satis-fação aos seus clientes, e todos sabemos que num mercado competitivo, este é o diferen-cial. Foi a primeira transportadora a oferecer o DACT-e (Conhecimento de Transporte Ele-trônico), que tem agilizado muito os nossos trabalhos”, destaca o colaborador da Tubozan Indústria Plástica, Alexandre Jaques .

A preocupação com a qualidade dos ser-

Serviço personalizado é marca da Transflorianoviços é comprovada através das conquistas da empresa, como o Certificado de Qualidade In-ternacional: o Gran Awards de Excelência de Qualidade, realizado através do Instituto Na-cional de Excelência de Gestão de Qualidade Total Quality. O programa foi criado em 2005 para reconhecer o trabalho de empresas con-ceituadas que se destacaram pelo sinônimo de compromisso público e competência ao longo dos anos.

Programas de qualidade como treinamento e avaliação de desem-penho são realizados constantemen-te com os colaboradores, além do pós-venda e das pesquisas de satisfa-ção, realizadas periodicamente. Além disso, a Transfloriano possui serviços online que facilitam e agilizam as informações e atividades cotidia-nas dos clientes, como por exem-plo a solicitação de coleta, extrato de movimentação, acompanhamento de carga, prazo de entrega, conheci-mentos, duplicatas e segunda via de boletos.

A executiva de contas da Pamesa Indús-tria Cerâmica e também representante da Rejuntabrás do Brasil, Ilda Lima Vieira, res-salta a qualidade dos serviços prestados. “A Transfloriano se destaca pela sua excelência em atendimento, que se resume em rapidez nas entregas, cumprimento de seus compro-missos, pronto atendimento nas necessidades mais urgentes de cada cliente, eficiência nas resoluções de eventuais problemas e seguran-ça em relação às cargas transportadas, ela visa em primeiro lugar a nossa satisfação”.

Priscila Cíntia Ruano, executiva de contas da Cecrisa Revestimentos Cerâmicos completa que o atendimento para clientes corporativos como o Grupo Carrefour-Dia Brasil, ABIJC-SUD, Grupo Pão de Açúcar, Rede Frango Assa-do, entre outros, é muito exigente e de difícil administração logística, uma vez que as cargas são demasiadamente fracionadas e com pro-cedimentos bem particulares e a Transfloria-no consegue atingir essas demandas.

Novos desafiosCom a missão de superar as expectativas

dos clientes, prestando serviços logísticos com ética e transparência, promovendo assim o de-senvolvimento da empresa e de seus parceiros, a transportadora está investindo no relaciona-mento com seus clientes através das redes so-ciais, como o Facebook e o Twitter. “Estaremos lançando campanhas através dessas mídias sociais com o objetivo de interagir e estreitar cada vez mais o relacionamento com os clien-tes. Acreditamos que nos dias de hoje, para que a empresa possa perpeturar com sucesso, ela precisa estar inserida nessas redes, principal-mente as empresas prestadoras de serviço”, explica Joziani Floriano.

O transporte propriamente dito é um tra-balho bastante árduo e que depende de mui-tas variáveis, que vai desde as condições das rodovias brasileiras até do comportamento dos motoristas. Segundo a proporietária, contudo, mesmo por ser tão complexo e depender de tantas variáveis não significa que não se tenha que buscar excelência no que fizemos. “É por este motivo que nós, da Transfloriano, vende-mos serviços logísticos aos nossos clientes, e não somente o transporte de carga, e buscamos sempre fazê-lo da maneira mais competente possível, para que uma vez nosso cliente, ele seja sempre nosso cliente, e sinta a Transfloria-no como sua parceira”, conclui.

A Transfloriano estará com sua primeira filial em São Paulo a par-tir desse mês de abril de 2012. A filial visa proporcionar um melhor atendimento aos clientes que estão localizados em áreas restritas e também iniciar o transporte de cargas de São Paulo para Santa Catarina e também para outros estados brasileiros, partindo dessa nova unidade.

“Em 2019, nosso objetivo é ser uma empresa reconhecida nacionalmente pela excelência nos serviços logísticos presta-dos, e é por isso que teremos o maior prazer em ter você como nosso cliente. CONTRATE-NOS e faça a escolha certa para um transporte rápido e seguro”, finaliza Joziani Floriano.

Transfloriano Transportes @transfloriano_ [email protected]: (48) 3439-3101 - www.transfloriano.com Rodovia SC 444, KM 12, S/N - Bairro Vila Nova - Içara/SC

Joziani Floriano Diretora Administrastiva e Comercial

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Coleta empresarial tem facilitado a vida dos trabalhadores

Laboratório Búrigo vai até a sua empresa

Quando os funcionários de alguma empresa precisam se submeter a exames laboratoriais, os empresários podem ficar tranquilos, pois não terão prejuízos na produção. O trabalhador pode executar suas atividades, sem precisar se deslocar até um laboratório. Com a coleta empresarial, uma equipe do Laborató-rio Búrigo vai até as empresas e as coletas são realizadas.

A rede de Laboratórios Búrigo realiza cerca de 200 exames empresariais por mês. Conforme a gerente financeira da rede, Giana Minatto, existe também parceria com algumas clínicas de medicina do trabalho. “Quando eles precisam de exames, nos passam os dados dos pacientes e nós vamos até a empresa coletar os materiais. Posteriormente, encaminhamos o resultado ao médico”, explicou.

Apenas dez funcionários a serem coletados já é o suficien-te para a equipe de coletadores do Búrigo se deslocar até as empresas. Para o procedimento é levado o kit de coleta ex-terna, o qual inclui o sistema próprio para a impressão das etiquetas de código de barras utilizadas na identificação das amostras dos pacientes. Além disso, a empresa pode escolher a data e horário da coleta. “Somos flexíveis aos horários de turnos”, complementou.

ConvênioHá dois meses o Laboratório fechou um convênio com a

empresa de confecção Damyller. Uma vez por semana, uma das equipes de coleta se desloca para fazer os exames solicitados. “Para as empresas é um grande benefício, já que não tira o fun-cionário do trabalho para a coleta e nem para buscar o laudo. O resultado pode ser conferido pela internet”, salientou a gerente.

As coletas externas, domiciliar e empresarial, podem ser agendadas pelo telefone 3437.3131, no ramal da administração.

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Programa para desenvolvimento das cadeias produtivas do IEL/SC

O Programa de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas, realizado pelo IEL/SC em parceria com o Sebrae, tem como foco desenvolver a gestão das empresas que integram a cadeia de fornecedores de grandes indústrias do estado. A ação tem amplitude nacional e visa aumentar a produtividade, o volume de negócios e a competitividade das indústrias.

As empresas participantes são quali-ficadas por meio de capacitações e con-sultorias individualizadas, em áreas de gestão como planejamento estratégico, marketing, finanças, custos, qualidade,

produção, responsabilidade social, saúde e segurança e meio ambiente, prioriza-das conforme as necessidades do grupo.

O programa oferece ainda ações para promover a geração de negócios como visitas técnicas às empresas-âncoras, ro-dadas de negócios, fórum de fornecedo-res e palestras.

A duração do programa é de 18 me-ses, passando pelo processo de sensibi-lização, diagnóstico, qualificação e cer-tificação. São 100 horas de capacitação coletiva e 100 horas de consultoria indi-vidualizada para cada fornecedor.

Gestão Organizacional: planejamen-to e análise estratégica e financeira, gestão dos custos e orientação ao mercado;

Gestão da Qualidade: padronização e sistematização dos processos, treina-mento e capacitação das pessoas com foco na qualidade dos produtos e processos, utilização de medidas de desempenho e atuação pró-ativa dos funcionários;

Gestão Ambiental: gerenciamento dos recursos materiais e de resíduos, trei-namentos relacionados a meio ambiente, balanço de massa no processo produtivo;

Saúde e Segurança do Trabalho: ações relacionadas à prevenção de riscos, segurança e medicina do trabalho, CIPA, utilização de EPIs, CAT, controle médico

e ocupacional, licenças do Corpo de Bom-beiros, controle de danos sofridos e faltas por doenças;

Gestão da Produção: capacidade produtiva da empresa, ferramenta de ges-tão da produção, avaliação do layout, Kai-zen;

Gestão da Inovação: organização da empresa para a gestão da inovação, ferra-mentas e métodos para inovação, prioriza-ção de projetos, capacitações para gestão da inovação, identificação de oportunida-des, diagnóstico da inovação e planeja-mento da inovação;

Responsabilidade Social: planeja-mento e implementação de práticas sociais responsáveis.

O Programa de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas objetiva aumen-tar a competitividade das principais cadeias produtivas de Santa Catarina, qualificando a rede de fornecedores das médias e grandes empresas do Es-tado.

O programa prevê a melhoria da interação entre empresa âncora e sua cadeia de suprimentos, elevando o grau de conectividade entre as empresas, de-senvolvendo, assim, competências nos fornecedores em pontos considerados críticos para o sucesso da cadeia.

Programa de desenvolvimento de cadeias produtivas

Resultados para a cadeia

w Identifica pontos de melhoria de de-sempenho operacional e contribui para a redução dos desperdícios.w Estabelece relações de confiança entre compradores e fornecedores.w Amplia o volume de negócios com qua-lidade e flexibilidade entre as empresas âncoras e seus fornecedores.w Reduz custos de compras das empresas âncoras como reflexo do aperfeiçoamento

no sistema de gestão dos fornecedores.w Otimiza o processo de entrega dos fornecedores, com vistas à redução dos estoques das empresas da cadeia de suprimentos.w Aumenta a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores.w Aumenta o potencial de inovação para desenvolvimento de novos produtos em conjunto.

Módulos de capacitações do Programa

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M as primeiro vou esclarecer uma coisa. O que chamamos popularmente de logo possui uma denominação mais adequada, assina-

tura gráfica, e pode vir da junção de dois elementos primários: LOGOTIPO, que é a particularização da escrita de um nome. Ou seja, o tipo de letra (tex-to) em que ele é escrito; e o SÍMBOLO, que é um sinal gráfico que com o tempo, passa a identificar um nome, ideia, produto ou ser-viço. Assim, o uso de um ou des-ses dois elementos, poderá ser a principal forma de representar visualmente sua marca. Para sim-plificar, porém, continuarei cha-mando de logo. Mas muda algo mexer nele?

Voltando às questões iniciais, a opção de redesenhar o logo pode levar a grandes mudanças no reconhecimento da empresa e mesmo de sua posição no mer-cado, tanto positivas como nega-tivas. Desse modo, dependendo de como foi feito e se realmente era necessário fazer.

Como assim “necessário fazer”? Não é de praxe modificar o logo de vez em quando? A resposta é: DEPENDE!

Ficou frustrado? Calma, já explico. O que quero dizer com isso é que o motivo para a mudança deve ser avaliada e discutida com um bom profissional, preparado para tal função.

Então, a quem devo chamar?

Nessa hora, vou puxar a “brasa pra nossa sardi-nha”. Consideramos que um dos profissionais mais bem qualificados para esta “missão” é o DESIGNER

GRÁFICO. Mas é claro que ele poderá trabalhar com uma equipe multidisciplinar, contando com a cola-boração de publicitários, gerentes de marketing e de outros especialistas.

Só não confunda o DESIGNER GRÁFICO com aquele seu sobrinho que sabe mexer muito bem em softwares de edição de imagem ou que desenha per-sonagens japoneses como ninguém.

O verdadeiro DESIGNER tra-balha seus projetos de forma metódica, avaliando variáveis e construindo soluções para os problemas de comunicação de sua empresa.

Para ter uma ideia, parte do trabalho está em buscar uma sé-rie de informações, como: qual é seu mercado de ação? O logo possui uma identificação com seu nicho de mercado? Quem é seu concorrente direto e indi-reto? Como é seu produto ou serviço? Qual a imagem que

sua empresa quer passar? E principalmente: quem é seu público-alvo e se este reconhece os valores da empresa por meio da forma como ela é representada pelo logo.

No final, todo esse trabalho é o que dirá se é realmente necessário modificar seu logo. Só depois disso é que o projeto poderá continuar e assim possi-bilitar que a “cara” de sua empresa seja diferenciada das concorrentes e, ao mesmo tempo, reconhecida e respeitada por seu público. Mas aí já são outras quinhentas palavras.

Pois é. Mudar nunca é fácil!

Que empresário já não se perguntou: “será que devo mudar meu logo?”, “por

que não o modernizar?” E quem devo chamar para isso?”A proposta aqui é por

em discussão essas questões, e, quem sabe, provocar mais algumas.

diagramação:Laboratório de Orientação em Design

[email protected]

ilustração: Diego Piovesan Medeiros

por Jan Raphael Reuter BraunProfessor do curso de

Design Gráfico da Faculdade Satc [email protected]

“Não é de praxe modificar o

logo de vez em quando?

A resposta é: DEPENDE!”

fonte: www.logobr.org

Muitas vezes pequenas adequações no logo são suficientes para que a sua empresa ou marca ganhem mais visibilidade no mercado.

Vejam o exemplo da rede de supermercados Carrefour. Desde sua criação em 1966, na França, que seu logo não sofria qualquer alteração. Mas recentemente um novo formato foi apresentado.

Agora, com uma tipografia mais leve e contemporânea, o equilíbrio entre logotipo e símbolo foi alcançado. Até mesmo a letra “C”, em negativo no centro da ilustração, ficou mais evidente.

São pequenos detalhes, mas que podem fazer grande diferença no final.

Nem sempre mudar significa MUDAR

antes depois

Page 37: ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 33

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M as primeiro vou esclarecer uma coisa. O que chamamos popularmente de logo possui uma denominação mais adequada, assina-

tura gráfica, e pode vir da junção de dois elementos primários: LOGOTIPO, que é a particularização da escrita de um nome. Ou seja, o tipo de letra (tex-to) em que ele é escrito; e o SÍMBOLO, que é um sinal gráfico que com o tempo, passa a identificar um nome, ideia, produto ou ser-viço. Assim, o uso de um ou des-ses dois elementos, poderá ser a principal forma de representar visualmente sua marca. Para sim-plificar, porém, continuarei cha-mando de logo. Mas muda algo mexer nele?

Voltando às questões iniciais, a opção de redesenhar o logo pode levar a grandes mudanças no reconhecimento da empresa e mesmo de sua posição no mer-cado, tanto positivas como nega-tivas. Desse modo, dependendo de como foi feito e se realmente era necessário fazer.

Como assim “necessário fazer”? Não é de praxe modificar o logo de vez em quando? A resposta é: DEPENDE!

Ficou frustrado? Calma, já explico. O que quero dizer com isso é que o motivo para a mudança deve ser avaliada e discutida com um bom profissional, preparado para tal função.

Então, a quem devo chamar?

Nessa hora, vou puxar a “brasa pra nossa sardi-nha”. Consideramos que um dos profissionais mais bem qualificados para esta “missão” é o DESIGNER

GRÁFICO. Mas é claro que ele poderá trabalhar com uma equipe multidisciplinar, contando com a cola-boração de publicitários, gerentes de marketing e de outros especialistas.

Só não confunda o DESIGNER GRÁFICO com aquele seu sobrinho que sabe mexer muito bem em softwares de edição de imagem ou que desenha per-sonagens japoneses como ninguém.

O verdadeiro DESIGNER tra-balha seus projetos de forma metódica, avaliando variáveis e construindo soluções para os problemas de comunicação de sua empresa.

Para ter uma ideia, parte do trabalho está em buscar uma sé-rie de informações, como: qual é seu mercado de ação? O logo possui uma identificação com seu nicho de mercado? Quem é seu concorrente direto e indi-reto? Como é seu produto ou serviço? Qual a imagem que

sua empresa quer passar? E principalmente: quem é seu público-alvo e se este reconhece os valores da empresa por meio da forma como ela é representada pelo logo.

No final, todo esse trabalho é o que dirá se é realmente necessário modificar seu logo. Só depois disso é que o projeto poderá continuar e assim possi-bilitar que a “cara” de sua empresa seja diferenciada das concorrentes e, ao mesmo tempo, reconhecida e respeitada por seu público. Mas aí já são outras quinhentas palavras.

Pois é. Mudar nunca é fácil!

Que empresário já não se perguntou: “será que devo mudar meu logo?”, “por

que não o modernizar?” E quem devo chamar para isso?”A proposta aqui é por

em discussão essas questões, e, quem sabe, provocar mais algumas.

diagramação:Laboratório de Orientação em Design

[email protected]

ilustração: Diego Piovesan Medeiros

por Jan Raphael Reuter BraunProfessor do curso de

Design Gráfico da Faculdade Satc [email protected]

“Não é de praxe modificar o

logo de vez em quando?

A resposta é: DEPENDE!”

fonte: www.logobr.org

Muitas vezes pequenas adequações no logo são suficientes para que a sua empresa ou marca ganhem mais visibilidade no mercado.

Vejam o exemplo da rede de supermercados Carrefour. Desde sua criação em 1966, na França, que seu logo não sofria qualquer alteração. Mas recentemente um novo formato foi apresentado.

Agora, com uma tipografia mais leve e contemporânea, o equilíbrio entre logotipo e símbolo foi alcançado. Até mesmo a letra “C”, em negativo no centro da ilustração, ficou mais evidente.

São pequenos detalhes, mas que podem fazer grande diferença no final.

Nem sempre mudar significa MUDAR

antes depois

Page 38: ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 33

anuncio pag 38Mercado.SulOpiniõesInformaçõesEntrevistasAnálises

Por Joice [email protected]

As prioridades do SulOs prefeitos decidiram. As prioridades do Sul a serem levadas ao Governo do Estado são a

construção da Interpraias, o incremento na liberação de Autorizações de Internações Hospita-lares (AIH) e o aumento do efetivo das polícias. Com exceção da Interpraias, considerada uma obra de infraestrutura, as demais prioridades estão na manutenção da saúde e segurança da população e refletem o quanto ainda o Sul está atrasado para chegar aos caminhos do desen-volvimento.

Na pauta nacional, os prefeitos foram mais ousados em obras estruturantes e elencaram a implantação da Ferrovia Translitorânea entre Imbituba e Porto Alegre e a finalização do asfalta-mento da Rodovia 285 (Serra da Rocinha), do Porto de Imbituba, do Porto Pesqueiro de Laguna e do Aeroporto Regional Sul Catarinense de Jaguaruna. Nenhuma palavra sobre a BR 101 Sul. Destas decisões participaram os prefeitos da Amrec, Amurel e Amesc, reunidos dia 8 de março em Criciúma com o presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), Douglas Warmling.

Um norte para CriciúmaEm abril, Criciúma vai conhecer o resultado de um estudo encomendado pelo Con-

selho de Desenvolvimento Econômico junto a pesquisadores da Unesc e PUC/RS. “A partir daí vai ser traçado um norte para o município do ponto de vista de desenvolvi-mento econômico”, analisa César Smielewski, presidente do Conselho. Informações iniciais apontam para empresas de tecnologia porque Criciúma não tem espaço físico para grandes indústrias.

Disseram“Já estou olhando para 2013. Porque 2012 será, de certa forma, parecido com 2011,

levemente melhor”. Glauco José Côrte – Presidente da FIESC

Personalidade do Turismo Dilor Freitas, fundador da vinícola Villa Francioni, na serra catarinense, foi ho-menageado (in-memoriam) no dia 13 de março, em Florianópolis, com o Prêmio Personalidades do Turismo Catarinense, criado pelo Conselho Estadual de Turis-mo. Em Criciúma, Dilor Freitas fundou a Cecrisa, que iniciou suas atividades pro-dutivas em 1971 e merece destaque no ramo cerâmico até os dias atuais.

é o investimento atual, por ano, da prefeitura de Criciúma em Educação.

A informação é da Secre-tária Roseli Maria

de Lucca Pizzolo.

R$ 100 milhões

Posse na ADVB Guido Búrigo (vice-presidente) e An-selmo Freitas (diretor regional) são os representantes do Sul na ADVB SC. A posse aconteceu dia 08 de março. Para lembrar, a ADVB SC foi fundada em julho de 1984, com a participação de Guido Búrigo, Carlos Alberto Barata, Jayme Zanatta e Aristorides Stadler re-presentando o Sul do estado.

Guido Búrigo e Anselmo Freitas

Fronteiras do Pensamento A economia deve ser pensada a partir do ser humano. Esta é a ideia central da palestra do Nobel de Economia Amartya Sem, um dos pais do Índice de Desen-volvimento Humano (IDH) adotado pelas Nações Unidas, que será proferida dia 25 de abril, no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre (RS). É a primeira conferência da edição 2012 do Fronteiras do Pensamento.

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