revista acic 35

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ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Rua Ernesto Bianchini Góes, 91 . Próspera . Caixa Postal 73 . CEP 88815-030 . Criciúma . SC CRICIÚMA | SC | Nº 35 | R$ 9,99 SOZINHOS VAMOS MAIS RÁPIDO, MAS UNIDOS CHEGAREMOS MAIS LONGE Região gera bons exemplos de sustentabilidade Região gera bons exemplos de sustentabilidade Cidades concentradas são o modelo para o futuro Via Rápida supera mais uma etapa Eleições 2012: Educação como foco do desenvolvimento

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Revista ACIC 35

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Page 1: Revista ACIC 35

ACIC - Associação Empresarial de CriciúmaRua Ernesto Bianchini Góes, 91 . Próspera . Caixa Postal 73 . CEP 88815-030 . Criciúma . SC

CRICIÚMA | SC | Nº 35 | R$ 9,99

SOZINHOS VAMOS MAIS RÁPIDO, MAS UNIDOS CHEGAREMOS MAIS LONGE

Região gera bons exemplos desustentabilidade

Região gera bons exemplos desustentabilidade

Cidades concentradas são o modelo para o futuro

Via Rápida supera mais uma etapa

Eleições 2012: Educação como foco do desenvolvimento

Page 2: Revista ACIC 35
Page 3: Revista ACIC 35

Empresas Rio Deserto investem em tecnologia e garantem processo com menor impacto ambiental

24 e 25

Ferrovia Tereza Cristina inova com vagões recicláveis

28 e 29

Câmara da Mulher Empresária comemora 15 anos de trabalhos junto à

30 a 32

Eleições 2012 - Entidades empresariais apresentam suas prioridades

36 e 37

Pareceria de sucesso: ICON e Bairro da Juventude foram profissionais para o

42 e 43

Cidades do futuro: Uma nova visão sobre urbanismo mundo afora

44 e 43

Ceusa e ICON inovam novamente. Desta vez são as telhas planas.

46 e 47

Hospital Unimed: quatro anos e já é referência em qualidade

48 e 49

Licitação garante a Via Rápida e um novo passo para o desenvolvimento

53

Redes de mercado seguem para mais um ano de investimentos

54 a 56

O que a matriz insumo produto vai gerar para Criciúma?

58

Compras coletivas também no vestuário

62

Em crescimento - ACIC fecha com empresa para construção dos blocos C

64 e 65

Joice Quadros traz as últimas do mercado

70

A revista Liderança Empresarial chega a sua edição 35 com novidades. Um maior número de páginas e o início da remodelação do seu visual. Focada no tema da sustentabilidade, a revista traz matérias especiais com casos de empresas e gestores municipais que mudaram o foco para ações que respeitam o meio ambiente e com isso estão ganhando também com retorno da imagem e economia.A editoração eletrônica da revista passa a ser feita pelo designer gráfico Fernando Mangili. Dono de um extenso currículo de criações gráficas, peças publicitárias, logotipos e publicações, Mangili aceitou o convite de integrar a equipe da revista e traz a sua experiência para tornar as matérias mais agradáveis à leitura. A ideia inicial do redesenho foi de simplificar a forma de apresentar o conteúdo da revista ao leitor. Nesta edição mudanças significativas aconteceram, como a fonte utilizada, a organização do conteúdo, onde buscamos

Ana Sofia SchusterEditora

Expediente A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Edição Ana Sofia Schuster | Assessoria

de Imprensa ACIC. Editoração Fernando Mangili. Fotos Novo Texto Comunicação e Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster, Cibele Córdova,

Cristiane Freitas, Fabrícia de Pelegrini, Giuliano De Luca, Joice Quadros, Jussi Moraes, Milena Nandi, Paula Darós. Colaboradores Giovani Duarte,

Joice Quadros, Marli Aguiar, Susi Nascimento. Contatos 48 3461-0900 – ACIC | [email protected] | [email protected] Vendas

Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Ernesto Bianchini Góes, 91 - Próspera-Caixa Postal 73 - CEP 88815 030 - Criciúma-SC - www.acicri.com.br

Apresentaçãodestacar informações e números de cada matéria e o redesenho deixa mais evidente a separação de cada matéria, valorizando todo o seu conteúdo. A partir de agora abre-se "n" possibilidades objetivando dar mais qualidade ao projeto que vai além da área técnica mas também na área das artes. “Acredito que vai haver um maior compromentimento da equipe de produção desde o planejamento fotográfico, ilustrações, infográficos, anúncios, até a preocupação no acabamento da revista no parque gráfico.”, observa Fernando Mangili, que completa “O que fica mais visível ao leitor é a organização, que deixa o projeto mais leve visualmente e a revista fica mais prazerosa de ler.”E nesta edição traz reportagens de diversos jornalistas e artigos de vários colabora-dores, que mais uma vez enriquecem nossa pauta e fazem com que a cada edição nossa revista se torne mais uma referência edito-rial para Santa Catarina.

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Page 4: Revista ACIC 35

Região no caminho de um futuro mais sustentável. Municípios e empresas geram ações ambientalmente corretas.

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Criciúma inicia o desafio da reciclagem14 e 15

Eliane cria produtos ecológicos16 e 17

Municípios fazem parceria para destino do lixo

18 e 19

Anjo Química produz tinta ecologicamente correta20 e 21

IPAT faz desenvolvimento e pesquisa em prol da recuperação ambiental22 e 23

Empresas Rio Deserto investem em tecnologia e garantem processo com menor impacto ambiental24 e 25

Ferrovia Tereza Cristina inova com vagões recicláveis28 e 29

Câmara da Mulher Empresária comemora 15 anos de trabalhos junto à ACIC30 a 32

Eleições 2012 - Entidades empresariais apresentam suas prioridades36 e 37

Pareceria de sucesso: ICON e Bairro da Juventude formam profissionais para o futuro42 e 43

Cidades do futuro: Uma nova visão sobre urbanismo mundo afora44 e 43

Ceusa e ICON inovam novamente. Desta vez são as telhas planas.46 e 47

Hospital Unimed: quatro anos e já é referência em qualidade48 e 49

Licitação garante a Via Rápida e um novo passo para o desenvolvimento53

Redes de supermercados seguem para mais um ano de investimentos 54 a 56

O que a matriz insumo produto vai gerar para Criciúma?58

Compras coletivas também no vestuário

62

Em crescimento - ACIC define construtora para início das obras dos blocos C e D64 e 65

Joice Quadros traz as últimas do mercado 70

Sumário

Page 5: Revista ACIC 35

Editorial

Santa Catarina provou que está no caminho certo quando o assunto é educação. Nosso Índice de Desenvolvimento da Educação, IDEB, colocou nossas escolas à frente de Estados tradicionalmente mais bem colocados em outras medições. A ACIC considera este um ótimo momento para que se debata então ainda mais a necessidade de investimento na educação. Então que tal se todas as escolas nos brindassem com seus índices de desempenho escolar, fixados em locais onde todos pudessem ver? Em tempos de divulgação de salários e portais da transparência, nada mais oportuno do permitir que a comunidade saiba qual a nota das escolas que estão educando suas crianças.

Com certeza teríamos notas boas e notas ruins. Para as notas ruins a indicação seria um incentivo à melhoria, com certeza. Escolas bem conceituadas teriam a visibilidade do seu trabalho e seriam modelo para as demais. Para a ACIC educação é a base de tudo e neste momento pré-eleitoral queremos o comprometimento dos candidatos à prefeitura de Criciúma de que a educação e a boa gestão pública serão prioridades suas também. O município tem um papel importantíssimo na educação. É nele que tudo inicia. Nas escolas de educação fundamental e nas creches é preciso que se faça o melhor possível, que as notas sejam as melhores, pois é onde está a base. E quem recebe este ensino básico de qualidade, sai com um diferencial positivo.

Pensamos que esta qualidade que se busca no ensino deve ser estendida para tudo que diz respeito ao setor público. Uma gestão municipal será mais eficiente sem cargos políticos. A eficiência e os resultados que a população buscanos serviços prestados virá de um corpo técnico qualificado e não apadrinhado.Não se concebe mais um prefeito que não se paute pelo resultado e que não veja no seu mandato um cargo de gestão que precisa trazer resultados como os exigidos de um executivo da iniciativa privada. É preciso fazer muito com pouco.Buscar recursos através de bons projetos e não via reajuste ou criação de novos impostos. Que estes poucos recursos também não sejam desperdiçados pelo caminho. Mais uma vez falamos de resultados e comprometimento com eles.Resultados que devem ter como rotina a medição da sua eficiência. Para tanto é preciso controles e indicadores, darmos notas, assim como são pontuadas as escolas.

Que no modelo do IDEB tenhamos um modelo para a gestão pública. Aqueles que têm medo de indicadores não têm capacidade de crescimento. Nãotenha mos medo de melhorar nosso desenvolvimento e o nosso desempenho.

Que o processo eleitoral sirva para refletir sobre esse novo modelo. A ACIC vai levar esta proposta aos candidatos e à nossa comunidade, buscando o seu comprometimento com o resultado e a eficiência.

08

Olvacir José Bez FontanaPresidente da ACIC

| Liderança Empresarial

César Smielewski

Nelcides José Damiani

Iraide Piovesan

Venício Neves Pereira

Delir João Milanez

Denizard Ferrão Ribeiro

Diomicio Vidal

Donato Zanatta

Eduardo Zini Bertoli

Flávio Spillere Junior

Gilmar Menegon

Hélcio Ramos de Jesus

Julio César M. Wessler

Lenir Dal Sasso Schambeck

Luiz José Damázio

Maria Julita Volpato Gomes

Marli Maria Aguiar

Rui Inocêncio

Tito Lívio de Assis Góes

Valcir José Zanette

Diretoria 2012 . 2013

1º secretário

2º secretário

1º tesoureiro

2º tesoureiro

Page 6: Revista ACIC 35
Page 7: Revista ACIC 35

Sumário

Região no caminho de um futuro mais sustentável. Municípios e empresas geram ações ambientalmente corretas.

12Durante muito tempo a região sul catarinense levou para fora de suas fronteiras uma

imagem negativa no que diz respeito ao meio ambiente. A degradação ambiental virou

uma marca difícil de ser desvinculada de Criciúma e cidades próximas, especialmente

por causa da mineração de carvão. Nas últimas décadas o modelo de produção mineral

foi radicalmente modificado, por força do rigor das novas leis. Passivos estão em fase

de recuperação e a realidade da mineração mudou muito. Então hoje a região sul já

pode ser vista sob uma nova ótica. As ações com foco na sustentabilidade viraram uma

prática que muda a imagem das empresas perante seus clientes e da comunidade. E

nas cidades, ainda de forma mais lenta as boas práticas ambientais também ganham

força. Um problema básico foi equacionado e o lixo já tem um destino correto. O passo

seguinte é a reciclagem, em projetos ainda tímidos, mas com metas estipuladas para

expansão.

Conheça nas reportagens desta edição casos do setor carbonífero, de prefeituras, da

indústria cerâmica e química que relatam a preocupação crescente quando o tema é

sustentabilidade, um caminho sem volta e que só vai trazer benefícios a quem praticar

em seus processos e modelos de gestão. O resultado com certeza será uma nova visão

para o sul catarinense, com foco no desenvolvimento sustentável, que inclui aí um

contexto mais amplo, que vai desde o econômico e ambiental, e que trarão aí sim os

reflexos sociais que se busca para o futuro.

12 13| Liderança Empresarial www.acicri.com.br |

Sustentabilidade

Page 8: Revista ACIC 35

Reciclagem oficial de Criciúma é de 2%Dados oficiais revelam que criciumense produz em média quase 19 quilos de lixo por mês e recicla apenas 360 gramas

Os aproximadamente 192 mi l habitantes de Criciúma são responsáveis pela produção de 3,6 mil toneladas de lixo todos os meses. A coleta seletiva começa a ser ampliada gradativamente, mas os dados oficiais dão conta de que apenas 2% de todo esse material segue para a reciclagem. Já os índices não oficiais dão conta de que esse índice é de 15%.

“A diferença é simples. Existem no município de Criciúma – e em outras cidades brasileiros -, os números da coleta seletiva oficial e oficioso. O primeiro é aquele em o que poder público tem o conhecimento e ação sobre o mesmo, agindo diretamente sobre este. Já o oficioso trata-se da coleta seletiva realizada no município por coletores particulares, que não prestam qualquer informação ao poder público, ficando estes sem números a prestar e, portanto, não entrando nas estatísticas oficiais do governo”, explica o presidente da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Giovano Izidoro. Dessa forma, os índices oficiais são de 2% e os não oficiais são de 15%.

A coleta do resíduo urbano de Criciúma

é feita pela empresa JC LOPES, que venceu a licitação feita pela administração pública municipal. A Fundação do Meio Ambiente de Criciúma é o órgão licenciador e fiscalizador. Além de possuir a tarefa de fiscalizar a coleta do material, é responsável também por atender as reclamações da comunidade.

A parceria para a reciclagem inclui ainda 18 pessoas ligadas à Cooperativa de Trabalhadores de Material Reciclável de Criciúma (CTMAR), que no início do projeto ganhavam cerca de R$ 590 e hoje aumentaram suas receitas para R$ 720 em média. Outros parceiros são os estagiários do curso de Engenharia Ambiental da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), que realizam todo o trabalho de conscientização, educação e divulgação nos bairros do município.

O resíduo comum é destinado ao aterro sanitário da Santec (Saneamento e Tecnologia Ambiental Ltda.), localizado no município de Içara. O material reciclável é destinado à CTMAR, que vende para empresas recicladoras da região.

14 15

De acordo com Giovano, o município segue as regulamentações, como por exemplo a Lei 12.305/10, que cobra planos de gestão de resíduos. “No momento, o município vem elaborando os projetos necessários para atender integralmente as normas e legislações que versem sobre o tema”, pontua.

Para ele, a situação do município em relação ao lixo é boa, mas pode melhorar. Para isso, o presidente da Famcri destaca outras ações capazes de melhorar o quadro ambiental de Criciúma, como a adoção de logradouros, arborização e ajardinamento, ampliação da coleta seletiva e da educação ambiental, além dos projetos Ecoponto – Lixo tecnológico, Ecoponto – Pneus, Eco Sabão e Papa Pilha. “Ampliaremos a consciência ambiental com novos projetos de educação em escolas e nos meios de comunicação e com reforço nos projetos em andamento”, reforça.

Giovano Izidoro cita ainda os empresários como parceiros que estão estimulando o desenvolvimento ambiental sustentável em Criciúma. “Ultimamente nosso município, assim como toda a região, tem despertado para as questões ambientais, de forma que temos observado uma maior participação de toda a sociedade nos projetos ambientais, principalmente de iniciativa do setor privado”.

Objetivo é ampliar percentual que deixa de ir para o aterro sanitário

Estagiários de Engenharia Ambiental da Unesc fazem trabalho de conscientização com a comunidade

DENTRO DA LEI, MAS PODE MELHORAR

EMPRESÁRIO AMIGO

19kg 360g

GIULIANO DE LUCA CRICIÚMA

SUSTENTABILIDADE

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Page 9: Revista ACIC 35

SUSTENTABILIDADE

A Eliane Revestimentos Cerâmicos tem se destacado no mercado não apenas pela qualidade de seus produtos, mas também por ações capazes de melhorar a qualidade do meio ambiente onde está instalada. Um dos destaques é a coleção Ecocement, lançada em 2010 e obtida a partir do reaproveitamento de 20% de matérias primas originadas no processo de fabricação de revestimentos para parede, traduzindo sua atitude sustentável. É o primeiro revestimento de parede ecológico do Brasil.

Os produtos da coleção, que é certificada pelo órgão alemão BRTÜV, tiveram excelente aceitação entre os clientes. Para ampliar ainda mais as ações ambientais, a Eliane fez pesquisas e em 2012 lançou uma coleção de revestimentos com 35% de matéria prima reaproveitada. A coleção é também certificada pela BRTÜV, empresa especializada em certificação e qualificação de produtos e serviços pertencente ao grupo alemão TÜV Nord, um dos três maiores do setor de certificação normativa para gestão de produtos no mundo.

a construção ecologicamente responsá-vel e o estilo de vida sustentável presumem um adequado equilíbrio entre a preocupa-ção com a preservação ambiental e a utilização de elementos cuja produção não gere danos consideráveis ao meio ambiente. “Assim é a coleção Ecocement, inspirada nos elementos naturais, na responsabili-dade ecológica e na sustentabilidade”, diz a Assessoria de Imprensa.

O Ecocement destaca o design 'limpo' e minimalista contra o desperdício. Ele completa a linha Ecostone, que é o primeiro e único porcelanato fabricado no Brasil a obter o "atestado de produto ecológico", conferido também pela BRTÜV. Para o

consumidor a vantagem é a alternativa de adquirir um produto ecológico de qualidade e com características técnicas e estéticas de alta performance. O Porcellanato Ecostone reforça o posiciona-mento da Eliane como referência de respeito ao meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Em agosto de 2011, a Eliane recebeu mais uma confirmação de sua responsabili-dade com o meio ambiente e com a comunidade. A empresa conquistou o Certificado de Sustentabilidade conferido pela Editora Expressão às organizações que atingiram melhor desempenho na 7ª Pesquisa de Gestão Sustentável. A empresa

recebeu a certificação em dois temas: Público Interno e Consumidores e Clientes.

Essa foi a primeira vez que a Eliane participou da pesquisa de responsabilidade social empresarial elaborada pela editora, que propões a maior premiação ambiental da região sul do Brasil. O questionário avaliou informações de 112 corporações de médio e de grande portes que operam na região Sul e que defendem a responsabili-dade empresarial. A partir do resultado da pesquisa, as dez empresas que mais se destacaram em cada um dos sete temas que compõem os Indicadores Ethos foram certificadas.

O Ecocement, primeiro revestimento de

A casa mais verdeparede ecológico, rendeu à Eliane Revestimentos Cerâmicos o Prêmio Expressão de Ecologia 2010 na categoria Reciclagem. Conferido pela Revista Expressão, é a maior premiação ambiental da região Sul do Brasil. Naquele ano, foram 153 projetos participantes, dos quais 35 foram vencedores. Foi a sétima vez que um projeto da Eliane é contemplado com a premiação.

Outro prêmio conquistado pela empresa sediada em Cocal do Sul é o Troféu Fritz Muller na categoria Produto Ecológico com o case "Ecostone - o pr imeiro porcelanato ecológico fabricado no Brasil" (dezembro de 2009).

O objetivo da entidade é reduzir desperdícios, reaproveitar materiais e economizar recursos naturais. O produto reaproveita 20% da matéria prima no processo produtivo, equivalendo a reutilização de quase 11 toneladas de material gerado pela quebra crua e seca por mês. Além disto, 100% de água utilizada no processo de preparação da massa é reaproveitada. O percentual corresponde a toda água utilizada no processo de moagem, incluindo a lavação do setor e dos equipamentos, evitando a retirada de 19 mil litros de água por mês de mananciais a cada produção de três mil metros quadrados de produtos da série.

11 toneladas de redução por mês

16 17| Liderança Empresarial www.acicri.com.br |

SICRED

Revestimentos cerâmicos ecológicos reaproveitam matéria prima, reduzem consumo de água na produção e caem no gosto do consumidor

Page 10: Revista ACIC 35

cooperativa, através do seu estatuto, normas e disposições legais, reuniu os catadores e os reconheceu na categoria de cooperados, garantindo melhor aceitação na sociedade e no mercado de trabalho.

Com a implantação de um galpão de triagem e do sistema de coleta seletiva no município de Urussanga (projeto piloto), possibilitou o aumento da vida útil do aterro sanitário, diminuição do volume de resíduos sólidos a ele encaminhados, bem como a união do grupo de catadores e aumento de renda dos cooperados. Após o cumprimento de todos os objetivos, o consorcio trabalhou com intuito de minimizar os custos das prefeituras com a disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados e gerar condições adequadas para tratamento final dos resíduos. A união dos seis municípios proporciona ainda, uma melhoria na qualidade de vida da população e preservação dos recursos naturais.

18 19

GIULIANO DE LUCA CRICIÚMA

Tratar os resíduos sólidos tem sido um desafio para os municípios brasileiros. Nessa área, a região Sul de Santa Catarina é referência para o Brasil com o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Sul (Cirsures). Hoje, ele recebe visitas de administradores de prefeituras, entidades e associações de municípios, que são indicados pelo Ministério das Cidades e do Meio Ambiente.

Seis municípios se uniram para buscar uma solução conjunta. E os resultados são surpreendentes. Das 1.150 toneladas de lixo produzidas por mês em Cocal do Sul, Lauro Muller, Morro da Fumaça, Orleans, Treviso e Urussanga, 60 toneladas são destinadas à reciclagem por 20 famílias de catadores. Todo esse material reciclável é vendido pela Cooperamérica (Cooperativa de Reciclagem do Rio América), que catadores dos municípios envolvidos. O restante é devidamente tratado para não agredir o meio ambiente.

O projeto atende mais de 90 mil habitantes e gera uma economia substancial para os municípios. O modelo de gestão reduziu em 40% os custos municipais, já que o lixo não é depositado

em aterros privados.Mesmo assim, os números ainda não

agradam os responsáveis pelo Cirsures, hoje presidido pelo prefeito de Urussanga, Luiz Carlos Zen. O índice de aproveitamento gira em torno de 6%, valor considerado baixo pelo consórcio. “Acreditamos que podemos reciclar o dobro devido a estrutura física disponibilizada aos cooperados”, destaca o gerente do Cirsures, engenheiro ambiental Thiago Maragno Biava.

De acordo com ele, para garantir mais eficiência, o consórcio quer melhorar e ampliar o programa de coleta seletiva, aumentar o número de funcionários da cooperativa de reciclagem e criar mais cursos de capacitação e humanização aos cooperados.

Os planos para os próximos anos, de acordo com Thiago, são finalizar o novo Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS), conforme a lei 12.305/2010; por em prática ações estabelecidas no PGIRS; elaborar o novo projeto de ampliação do aterro sanitário e equipamentos para coleta seletiva; captar recursos federais a fundo perdido para ampliação do aterro e manejo dos resíduos.

Para minimizar os impactos ambientais causados pela disposição final inadequada dos resíduos sólidos urbanos, os municípios de Cocal do Sul, Lauro Müller, Morro da Fumaça, Orleans, Treviso e Urussanga uniram-se para formar o Cirsures (Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Sul).

Tudo começou em 1998, quando foi criado o projeto “Criança no Lixo Nunca Mais”, desenvolvido através da UNICEF para acabar com o trabalho infantil nos lixões. A partir d e então, foi criado o Fórum Nacional Lixo e Cidadania, que se estendeu aos estados e aos municípios do Brasil. Em Santa Catarina, dos 293 municípios, 165 ader i ram ao projeto. Segundo o coordenador do projeto na época, o engenheiro Emílio Dela Bruna, o consórcio foi montado para obter uma solução definitiva para os resíduos sólidos, pois o problema era comum a todos os municípios consorciados. O Cirsures elaborou um projeto com a participação de lideranças

dos seis municípios e hoje garante mais eficiência no tratamento dos resíduos.

Os objetivos eram elaboração de um plano integrado e participativo de gerenciamento de resíduos sólidos, construção de um aterro sanitário e de um galpão de triagem, recuperação dos atuais lixões e plano de inclusão dos catadores. Para a execução do projeto, buscou-se recursos financeiros junto ao FNMA (Fundo Nacional de Meio Ambiente.

A formação de Fóruns Municipais do Lixo e Cidadania em cada um dos municípios e a formação do Fórum Regional foi o espaço encontrado para que toda a população participasse do projeto e pudesse conjuntamente elaborar o Plano integrado e participativo de gerenciamento de resíduos sólidos.

Após fechamento e recuperação ambiental dos lixões, o Cirsures realizou reuniões com os catadores dos seis municípios integrantes, formando uma

Resíduos/dia 32 toneladas

ColetaFeita pelos caminhões compactadores das prefeituras associadas, que levam os resíduos ao aterro sanitário.

Capacidade196 mil toneladas. Vida útil prevista para encerrar em 2018.

LocalizaçãoMunicípio de Urussanga, no bairro Rio América Alto.

Seis municípios e uma soluçãoConsórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Sul é referência no Brasil

Cocal do Sul

230 ton/mês

ton/mês

ton/mês

ton/mês

ton/mês

ton/mês

Lauro Muller

190 Morro da Fumaça

233 Orleans

265 Treviso

40 Urussanga

280 TOTAL

1.150

Agosto de 2012 é a data decisiva para a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesse mês, a Lei 12.305/10 completa dois anos e termina o prazo para que estados e municípios apresentem seus planos de gestão dos resíduos. Os que não o fizerem, não poderão receber recursos federais para ações no setor.

Como nasceu o Cirsures?

EstruturaO terreno do consórcio tem 11 hectares. Nele, estão instalados o aterro sanitário, que conta todos os equipamentos necessários para a realização dos serviços de tratamento final dos resíduos sólidos urbanos. Entre eles estão um caminhão t r u c k t r a ç a d o , t r a t o r e s t e i r a , retroescavadeira, caminhão para coleta seletiva, galpão de triagem, balança rodoviária, estação de tratamento biológica e físico-química de efluentes (chorume).

FunçãoFazer o tratamento final adequado dos resíduos sólidos urbanos dos seis municípios consorciados.

LIXO PRODUZIDO NOS MUNICÍPIOS

ton/mês

FIQUE LIGADO

Fonte: Jornal do Senado

SUSTENTABILIDADE

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Page 11: Revista ACIC 35

20 21

FABRÍCIA DE PELEGRINI CRICIÚMA

Anjo é referência em produtos ecoeficientes

A busca constante por produtos e serviços que sejam mais eficientes e menos agressivos ao homem e ao meio ambiente está presente em diversos segmentos empresariais. De olho nos avanços e comprometida com a questão, a Anjo Química, com sede em Criciúma e filiais em três estados brasileiros, pesquisou e desenvolveu produtos capazes de reduzir a poluição ambiental e garantir mais qualidade de vida aos usuários e trabalhadores.

Entre seus produtos estão os Thinners Ecoeficientes - Linha Revenda e Linha Impressão -, Massa Corrida Super Leve e o Esmalte Sintético Alto Sólidos - Linha Imobiliária.

Os Thinners Ecoeficientes Anjo são produtos que foram desenvolvidos com foco na redução do impacto ao ser humano e ao meio ambiente. Estes thinners não possuem em suas fórmulas produtos que atacam o sistema nervoso central, como por exemplo o Tolueno, Xileno, Benzeno e outros solventes aromáticos. Em sua composição, 40% das matérias-primas são de fontes renováveis e podem substituir os convencionais já existentes no mercado, pois possuem as mesmas características.

Essa é mais uma inovação da Anjo, a única empresa que possui esses produtos. A busca por produtos que reduzem o impacto à vida é uma característica da empresa e este foi mais um resultado alcançado. Nesta linha, a marca Anjo conta com três thinners que são Thinner Ecoeficiente Premium, Thinner Ecoeficiente Standard e Thinner Ecoeficiente Econômico.

Estudos realizados pela Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) apontam os benefícios desses thinners. Ao comparar o Thinner Ecoeficiente Econômico com o Thinner 2750 a redução de poluentes na atmosfera chega a 54,44%. O Thinner

Ecoeficiente Standard tem uma redução de impacto de 58,12% ao ser comparado com o Thinner 2900. E o Thinner Ecoeficiente Premium alcança uma redução de poluentes no meio ambiente de 76,85% ao ser comparado com o Thinner 5000. A base desses percentuais é o índice MIR (Maximum Incremental Reactivity) adotado pela EPA - EUA (Environmental Protection Agency).

A comparação foi feita com os thinners 2750, 2900 e 5000 (que são da marca Anjo) porque possuem as mesmas características de indicação.

Os clientes da linha impressão da Anjo também já podem optar pela compra de Thinners Ecoeficinetes. Comercializados desde junho, esses produtos são homologados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e são desenvolvidos e formulados exclusivamente para cada cliente, dependendo das características apresentadas.

Os Thinners Ecoeficientes são indicados para embalagens flexíveis impressas em flexografia e rotogravura. Esses produtos têm impacto 15% menor ao meio ambiente se comparado com os que estão no mercado. O rendimento também é maior, podendo chegar a 15%.

O diretor executivo da unidade impressão, Gian Cleber Tartari, explica que essa redução do impacto ao meio ambiente é observado na evaporação equilibrada do

produto. “Outras vantagens desses thinners são a utilização de até 70% de matérias-primas de fontes renováveis na fórmula e também o menor tempo de exposição do profissional ao produto”, destaca.

Essa iniciativa da Anjo em oferecer produtos ecoeficientes que trazem benefícios para o ser humano e à natureza faz parte da estratégia da empresa em ser inovadora e ecossustentável.

A base desses percentuais é o índice MIR (Maximum Incremental Reactivity) adotado pela EPA - EUA (Environmental Protection Agency).

A Massa Corrida Super Leve G2 tem como principais características a economia de tempo na realização do trabalho de aplicação, que pode chegar a 25%, é mais fácil de lixar, consumindo menos lixa, forma menos pó em comparação com a massa corrida convencional, além do benefício ergonômico, pois a embalagem de 14 litros pesa 17 quilos, enquanto que a massa convencional de 18 litros pesa 32 quilos.

Todos estes benefícios são compro-vados também pela UFSC depois da realização de testes. Outras vantagens deste produto são a embalagem 100% reciclável o rendimento. Os 14 litros de Massa Corrida Super Leve G2 envasados proporcionam rendimento em metros quadrados igual a uma lata de massa corrida convencional com volume de 18 litros.

A Massa Corrida Super Leve G2 é um produto inovador indicado para nivelar e corrigir imperfeições rasas de superfícies internas de reboco, concreto aparente, gesso, fibrocimento e paredes pintadas com látex, proporcionando um acabamento liso.

O Esmalte Sintético Alto Sólidos é um produto diferenciado por sua altíssima cobertura e rendimento e possui o selo Ecoef ic iente. Essas caracter íst icas proporcionam a redução do tempo de aplicação, garantindo ao profissional a agilidade na realização da pintura. Além

Thinner Ecoeficiente Econômico Thinner 2750

Thinner Ecoeficiente Standard Thinner 2900

Thinner Ecoeficiente Premium Thinner 5000 76,85%

Redução de poluentes na atmosfera

58,12%

54,44%X

X

X

SUSTENTABILIDADE

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Empresa pesquisou e desenvolveu produtos capazes de reduzir a poluição ambiental

disso, é fabricado com matérias-primas de fontes renováveis.

É uma tinta indicada para pinturas de superfícies externas e internas de madeira, ferro, galvanizado e alumínio. Cobre a superfície com apenas uma demão se o trabalho for feito com pistola e com duas demãos se for usado rolo ou pincel, nos dois casos com uso de fundo apropriado.

O objetivo da Anjo com este produto é unir a praticidade e o cuidado com o meio ambiente. O Esmalte Sintético Alto Sólidos

possui de 35% a 40% mais sólidos que os convencionais e 50% menos VOC (composto orgânico volátil). Isso significa que o trabalho estará pronto com menos produto, menos demãos, menos tempo e menos solventes, já que é pronto para o uso. As vantagens desse novo esmalte sintético são a alta resistência, alto brilho e alta cobertura.

Page 12: Revista ACIC 35

O Ipat existe desde 1998 e conforme Sérgio Galatto, analista ambiental do Setor de Projetos Ambientais do Ipat, o instituto também apoia as atividades de ensino e pesquisas de graduação, especialização, mestrado e doutorado da Unesc, além de atividades de extensão com projetos que beneficiam a comunidade de Criciúma e região. “O instituto prioriza a melhor qualidade de vida das pessoas, contribuindo na construção de um ambiente equilibrado e que possibilite desenvolvimento humano e tecnológico”, afirma.

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Pesquisa e projetos na área ambiental são feitos em Criciúma

O Sul do Estado possui um local para a pesquisa e elaboração de projetos na área ambiental e que tem realizado trabalhos para instituições públicas e privadas como prefeituras da região, Ferrovia Tereza Cristina, Companhia de Pesquisa de R e c u r s o s M i n e ra i s e Pe t r o b r á s Gás/Gaspetro. Trata-se do Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat), que pertence ao Parque Científico e Tecnológico (Iparque Unesc). Nele são p r e s t ados s e r v i ço s em d i v e r sa s especialidades, com foco nas soluções nas áreas ambiental e tecnológica.

22

MILENA NANDI CRICIÚMA

SUSTENTABILIDADE

Mais de 90 hectares de área degradada serão recuperadosO projeto mais recente do Ipat é

também um marco para a história do Estado. O Projeto de Recuperação Ambiental da área da antiga Indústria Carboquímica Catarinense e o Programa de Monitoramento Ambiental envolvem a recuperação de uma área de 93,39 hectares, situada entre Criciúma (Bairro Sangão) e Forquilhinha (Bairro Cidade Alta), que foi degradada pela atividade carbonífera.

Galatto explica que o Ipat elaborou o Projeto Executivo de Engenharia destinado a recuperação da área impactada. “A fase atual consiste na execução da obra e no monitoramento ambiental da respectiva área, abrangendo estudos relacionados à fauna e flora, solos, qualidade hídrica das

águas superficiais e subterrâneas e condições climáticas. A recuperação está em franca execução”, conta. A ação envolve a Petrobrás Gás/Gaspetro e o Ipat.

Outro projeto desenvolvido pelo instituto do Iparque Unesc foi o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Morro do Céu, em Criciúma. O analista ambiental explica que o trabalho consiste na elaboração de normas, diretrizes e metas que nortearão as atividades do Parque. A implantação do plano é de responsabilidade da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), que é a gestora do Parque Morro do Céu.

Um projeto que já encerrado foi o Cadastro Técnico da Malha e Bens da Ferrovia Tereza Cristina (FTC), o qual teve o

Projetos AmbientaisDiagnósticos ambientaisProgramas de monitoramentos ambientaisEstudo de Impacto Ambiental (EIA)Estudos ambientais simplificados (EAS)Elaboração de projetos de reabilitação ambiental de áreas degradadasEstudos de fauna e floraCadastro e mapeamento de nascentesPlanos de saneamento básico, drenagem urbana, redução de risco, plano de habitaçãoEstudos e projetos de desassoreamento e revitalização de cursos d'águaGestão de resíduos sólidosProjetos de sistemas de drenagemEnsaios de tratabilidade de efluentes e lodos industriaisElaboração de projetos básicos e executivos de estações de tratamento de água e efluentesPlano de manejo de unidades de conservação ambiental

Laboratórios do IpatHidrometria e Coleta de AmostrasLaboratório de Águas e Efluentes IndustriaisLaboratório de Solos, Corretivos, Fertilizantes e Resíduos SólidosLaboratório de Análise de Emissões AtmosféricasLaboratório de EcotoxicologiaLaboratório de Absorção AtômicaLaboratório de Cromatografia

Na área de Cartografia e GeoprocessamentoElaboração de produtos cartográficos a partir de levantamentos geodésicos, topográficos, aerofotogramétricos e de imagens orbitaisProjetos de EstradasLevantamentos topográficos e geodésicos para demarcação e locação de obrasEstruturação e implantação de sistemas de informações geográficas – SIGsCadastro técnico multifinalitárioPlanta de valores genéricosApoio à fiscalização de obras

Serviços prestados pelo Ipat

Na área de ArqueologiaDiagnóstico prévioLevantamento ArqueológicoSalvamento ArqueológicoAnálise de materialEducação PatrimonialGuarda de material e endosso institucionalRealiza também serviços para obras de Usinas Hidrelétricas, pequenas Centrais Hidrelétricas, Rodovias, áreas de extração mineral, empreendimentos imobiliários, linhas de transmissão, instalação de dutos, indústrias, aeroportos e portos

“O instituto prioriza a

melhor qualidade de vida

das pessoas, contribuindo

na construção de um

ambiente equilibrado e que

possibilite desenvolvimento

humano e tecnológico”

| Liderança Empresarial

envolvimento do Ipat, FTC e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Galatto explica que o projeto consistiu na elaboração do cadastro técnico da malha e bens da Ferrovia para alimentação do sistema Gestão com Inteligência Geográfica de Ferrovias (GIGFER).

Ao Ipat couben a aquisição de mapas e dados, levantamento cadastral e o cadastro: de edificações, de bueiros e drenagens, de obras de artes, de terreno leito de linha, de superestrutura entre pátios, de superestru-tura de ramais, de túneis, de terrenos e pátios, terreno leito de linha ocupação de terceiros e terreno de pátio de linha (ocupação de terceiros).

Page 13: Revista ACIC 35

24 25

A mineração de carvão, principal

atividade econômica de Criciúma nas

décadas de 60 e 70, continua presente na

cidade e região, mas em um novo cenário,

muito mais moderno. Hoje, a tecnologia é

uma realidade em todo o processo

produtivo do carvão mineral, possibilitando

maior segurança aos trabalhadores,

respeito ao meio ambiente e melhor

qualidade do produto. Nas unidades

extrativas das Empresas Rio Deserto,

inovações tecnológicas, nacionais e

importadas, ditam as regras desde a

extração do material bruto até o destino

final dos rejeitos.

Atualmente, havendo condições geológicas favoráveis, a extração do carvão se dá através de uma máquina denominada "minerador contínuo". Essa tecnologia visa à redução do uso de explosivos e já está sendo utilizada em duas unidades da Rio Deserto. O minerador contínuo é monitorado por controle remoto, que é operado por um técnico.

Depois de extraído, o carvão bruto precisa ser separado do rejeito. Esse processo é chamado de beneficiamento. Na Rio Deserto, existem duas formas diferentes de beneficiamento.

Na primeira delas, o carvão é separado do rejeito pelo processo "meio denso". Esse processo tem como sua principal vantagem sobre os outros a utilização extremamente racional de água, sendo capaz de fazer a separação de rejeitos do carvão com eficiência, utilizando cerca de um terço da quantidade de água se comparado a outros equipamentos. Seu funcionamento é relativamente simples e o ciclone de meio

Outra inovação das Empresas Rio Deserto é o Backfill. Essa tecnologia consiste em devolver ao subsolo rejeito do carvão, que retornará para as galerias que já foram mineradas, deixando de ser depositados em superfície.

Com o avanço da tecnologia, a presença da água é cada vez menor na produção do carvão mineral. A água bombeada é empregada no processo de beneficiamento "meio denso" e no filtro prensa, tecnologia utilizada para compactar o rejeito, eliminando toda a água decorrente da lavação do carvão. Depois desses processos, a água é direcionada para a estação de tratamento de efluentes, localizada dentro da unidade, passando por processos físico-químicos e retornando para a produção, sendo utilizada nas atividades inerentes da industrialização (equipamentos em subsolo, banheiros, limpeza, etc). A água excedente, após devidamente tratada, retorna à natureza.

Beneficiamento Destino do rejeito

Tratamento da água

Extração

Empresas Rio Deserto:Tecnologia de ponta é a atual realidade da mineração de carvão

SUSTENTABILIDADE

denso é o ponto alto do processo, onde se separam os rejeitos do carvão energético, por meio de um sistema centrífugo.

Outra tecnologia de beneficiamento é o aerosseparador. Com função de peneira, essa tecnologia utiliza apenas ar. Dentro do aerosseparador, carvão e rejeito recebem fortes jatos de ar e se separam, ficando o carvão, que é o material mais leve, na parte de cima, e o rejeito, mais pesado, na parte de baixo. O resultado mais importante obtido com essa tecnologia é a ausência total da utilização de água no processo de beneficiamento.

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A Construtora Fontana é uma das empresas do setor que estabeleceu várias ações de reaproveitamento, inclusive da água da chuva em sua nova sede, inaugurada no ano passado. Segundo Rodrigo Bonetti Ugioni, gerente do depar tamento de engenhar ia da construtora, a empresa tem buscado ações e desenvolvido projetos para evitar o desperdício de recursos naturais. “Nossos empreendimentos são planejados para que os recursos naturais sejam otimizados, refletindo, inclusive, na redução da taxa de condomínio em até 30%. Nossas obras oferecem propostas que buscam viabilizar a

aproximação da família com a natureza, conscientizando, educando e, ao mesmo tempo, permitindo o uso inteligente dos recursos naturais no dia-a-dia”, afirma.

Segundo Ugioni, a empresa observa sempre a origem dos materiais utilizados para garantir que sua procedência seja ambientalmente correta. “Toda madeira utilizada na obra são de áreas reflorestadas.

Cuidado com o meio ambiente também na sedeConstrutoras atentas ao destino correto dos resíduos

Criciúma é “berço” de algumas das maiores construtoras catarinenses e há anos vem se destacando no mercado pelos empreendimentos lançados e inovações implantadas na construção civil. E nos últimos anos, o investimento das empresas tem sido ampliado no sentido de dar o correto destino para os resíduos tanto do canteiro de obras quanto nos escritórios. Estima-se que o volume de resíduos da construção civil pode chegar a representar 50% do lixo de origem no espaço urbano nas cidades brasileiras.

Jair Paulo Savi, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon/Criciúma), conta que as filiadas à entidade tem se preocupado com o destino dos resíduos da

construção, e feito uma série de ações para garantir o reaproveitamento de materiais. “O ferro é reaproveitado em usinas ou fundições, o papelão é prensado e vai para Chapecó para ser reciclado. O papel também é encaminhado para reciclagem, e a madeira que não pode ser reutilizada na obra, é encaminhada para empresas da região, que a utilizam em seu processo”, comenta.

Outro material muito utilizado nas construções e que antes era descartado, os restos de tijolos, hoje são moídos e reutilizados para preencher espaços no baldrame. “É importante que todos dentro da empresa estejam conscientes da necessidade de cuidar corretamente dos resíduos”, ressalta Savi.

26 27

MILENA NANDI CRICIÚMA

Criciúma possui o Núcleo Gestor dos Resíduos de Construção e Demolição, instituído pela prefeitura com o objetivo de revisar, coordenar, acompanhar e fiscalizar a implantação e operação do Plano Integrado de Gerenciamento dos Resíduos de Construção e Demolição (PIGRCD). A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), é a responsável pelo controle e fiscalização das construtoras e do transporte de resíduos das obras.

De acordo com a resolução 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), as empresas do setor de construção civil devem ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final destes resíduos. Conforme a resolução, as empresas também são responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, e aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos.

Criciúma tem Núcleo Gestor dos Resíduos de Construção e Demolição

Ugioni conta que nos edifícios da construtora, há um espaço destinado para a separação do lixo por categoria (orgânico, papel, vidro, alumínio e plástico). “Esta coleta seletiva permite ainda, a geração de receita adicional, proveniente da venda do lixo reciclado (papéis, vidro e alumínio), o que ajuda a diminuir os custos do condomínio”, comenta.

Outro ponto observado nas obras, segundo o engenheiro, são os sensores de presença, com lâmpadas econômicas em todas as áreas comuns. “A iniciativa visa economizar energia elétrica, pois o menor consumo representa uma substancial redução na conta de luz de cada apartamento e na taxa do condomínio e, ainda, otimiza os investimentos e as intervenções na natureza para produção de mais energia”, argumenta.

Nos apartamentos, os chuveiros elétricos são aquecidos a gás e há medidores individuais de consumo de água e gás, para que cada morador controle o consumo da sua casa – e isso evitaria o desperdício. Nos condomínios da empresa, as churrasqueiras também são a gás.

Prédios tem coleta seletiva e economia de energia elétrica

Nova sede da Fontana foi planejada aproveita a água captada pela chuva. Reservatórios com 7,5 mil litros cada, são responsáveis por armazenar e tratar a água captada. Todo o sistema de descargas dos banheiros e irrigação do prédio utiliza estes reservatórios.

Reaproveitamento dá água da chuva

“Nossos empreendimentos são planejados para que os recursos naturais sejam otimizados, refletindo, inclusive,

na redução da taxa de condomínio em até 30%”

SUSTENTABILIDADE

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Outra medida tomada foi intercalar no estacionamento, áreas construídas e espaços de terra, para ajudar na absorção da água. “Uma lâmina de água percorre alguns trechos da nova estrutura para colaborar no clima local e oferecer um bom ambiente para trabalhar”, conta Ugioni.

Além disso, o empreendimento é modulado para evitar cortes em tijolos e cerâmicas, já que o desperdício desses materiais produz poeira – uma das principais vilãs da construção - e muito entulho”, conta. Outro diferencial é o shaft, um vão na construção para passagens de tubulações e instalações verticais, que evita recorte em paredes e lajes para futuras manutenções.

Page 15: Revista ACIC 35

Cardozo conta que a Corbetta tem uma série de ações para evitar o desperdício de recursos no dia-a-dia dos moradores dos seus prédios. Uma delas é a instalação de vasos sanitários com caixa acoplada. Isso faz com que a cada descarga, seja utilizado cinco litros de água, em vez dos 12 a 14 dos vasos tradicionais. “Cada apartamento tem medição de água individual e instalamos uma manta de isolamento térmico no

Prédios pensados para racionalizar o uso dos recursos naturais

telhado, além da telha com claraboia, que ajuda na ventilação. Também pintamos os prédios com cores claras. Assim precisa-se de menos luz e a luz solar reflete mais, evitando um aquecimento maior do ambiente”, elenca.

A empresa investe ainda na instalação de reservatórios de água da chuva, que é utilizada para lavar as garagens e molhar o jardim. E na instalação de janelas com

Há 36 anos no mercado, a Construtora Corbetta começou a implantar mudanças visando o reaproveitamento de materiais e o uso racional dos recursos naturais há 15 anos. Hoje, a atenção da empresa vai desde o canteiro de obras até o prédio pronto. “O meio ambiente é um assunto em pauta há bastante tempo, e as construtoras tem se adaptado ao uso de materiais e processos mais eficientes. O desperdício deu lugar ao reaproveitamento”, afirma Gilberto Cardozo, engenheiro civil e gerente comercial da Construtora Corbetta.

O gerente comercial conta que a construtora possui uma máquina que tritura restos de materiais como tijolos e argamassa, que podem ser aproveitados para preenchimento. Outros materiais utilizados na construção como madeira e papelão são encaminhados para um destino correto, assim como o entulho. “Os restos de madeira são separados e recolhidos por empresas que os reutilizam. Os restos de ferro e alumínio são vendidos. Os papéis do escritório são usados como rascunho e depois, encaminhados para reciclagem. O papelão das obras é recolhido pelos próprios colaboradores, que vendem para reciclagem”, conta Cardozo. “O entulho, formado pelo que não conseguimos separar na obra, é encaminhado para o aterro sanitário, para receber o tratamento devido”, complementa.

Pequenas mudanças que geram grandes benefícios

28 29| Liderança Empresarial www.acicri.com.br |

iluminação 100% - o escuro abre totalmente. Segundo Cardozo, outras medidas adotadas pela construtora é fazer os jardins dos prédios somente com plantas nativas da região e instalar lixeiras para a coleta seletiva. Os colaboradores que trabalham nas obras participam de palestras sobre meio ambiente e coleta seletiva.

Para encerrar a Jornada Inovação e

Competitividade da Indústria Catarinense

promovida pela Fiesc - Federação das

Indústrias do Estado de Santa Catarina -,

personalidades de diferentes setores

foram agraciadas pelo prêmio que

simboliza a mais alta condecoração da

indústria do estado. José Carlos Librelato,

o Lussa, foi um dos catarinenses que

recebeu a Ordem do Mérito Industrial, no

dia 20 de julho, por ter um perfil

empreendedor que se destacou entre os

demais indicados à comenda.

Além do Lussa, também receberam a

Ordem do Mérito Industr ial os

empresários Edgar Arnold (Industrial Rex,

de Braço do Trombudo), Fernando

Marcondes de Mattos (Inplac, de Biguaçu), Luiz Tarquinio Sardinha Ferro (Tupy, de Joinville) e

Márcio Vaccaro (Rafitec Embalagens, de Xaxim). Décio da Silva, presidente da Weg, de

Jaraguá do Sul recebeu o prêmio de Ordem do Mérito Industrial da CNI - Companhia

Nacional da Indústria.

Lussa esbanja alegria e humildade ao receber o prêmio, como ele mesmo disse: "Viva o

sul!". Pois a Librelato é uma das empresas que representa a região sul do estado e do país no

setor industrial e, mais ainda, é a organização que simboliza o ramo de implementos

rodoviários nacional e internacionalmente.

José Carlos Librelato recebe mais alta condecoração da indústria catarinense

Page 16: Revista ACIC 35

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Nos trilhos da sustentabilidade

Com uma malha ferroviária de 164 quilômetros, a Ferrovia Tereza Cristina (FTC), que passa por 13 cidades do Sul catarinense, carrega também a responsa-bilidade de prevenir e preservar o meio ambiente. A empresa direciona investimen-tos em diversas ações e iniciativas sustentáveis, tanto aplicáveis à comunidade interna quanto externa. O trabalho de conscientização pode ser observado por meio dos mutirões de limpeza realizados ao longo da linha férrea, coleta seletiva, gerenciamento de resíduos e efluentes, palestras, incentivo ao plantio de mudas, entre outros trabalhos ambientais.

Recertificada na ISO 14001, gestão ambiental, a FTC reforça seu empenho e compromisso na busca pelo desenvolvi-mento sustentável. Em 2005, a Ferrovia adotou um modelo de vagão ecológico, confeccionado a partir de plástico reciclado.

Desenvo lv ido pe la equ ipe de manutenção de vagões, a caixaria do equipamento, que era confeccionado em madeira de lei, e o assoalho em chapa de aço, foram substituídos por plástico reciclado. O maior benefício da tecnologia é a preservação da mata, pois para a fabricação de cada vagão era necessário sacrificar duas árvores adultas, com diâmetro médio de 90 centímetros, de madeira de lei, como Cedro, Angelim ou Canela.

Tem por objetivo planejar ações de monitoramento e controle, visando à prevenção ambiental e dos recursos naturais. Na FTC destacam-se os programas: emissão de ruídos, gerenciamento de efluentes, controle de resíduos perigosos e consumo de combustível.

Realizados ao longo da linha férrea, com colaboradores voluntários e a participação da comunidade, trabalham educação ambiental e promovem o recolhimento e encaminhamento correto do material descartado nestas localidades.

Outra grande vantagem e que a matéria-prima utilizada para fazer o plástico reciclado é retirada dos lixões. São embalagens de defensivos agrícolas, controladas pelo governo, sacos plásticos, tubos de xampus e de sabonetes, todos os materiais compostos de polietileno de alta densidade que levariam muitos anos para se decompor caso descartados na natureza.

A Ferrovia Tereza Cristina tem a responsabilidade ambiental como um diferencial de qualidade na prestação de seus serviços. Ciente dos impactos de sua atividade para o meio ambiente, a FTC, busca constantemente prevenir a poluição

Ferrovia Tereza Cristina investe em projetos para melhorar a qualidade ambiental, entre eles o Eco vagão, que elimina o corte de árvores para a confecção das caixarias dos vagões

do meio ambiente, gerenciar danos, evitar ocorrências e/ou minimizar seus efeitos aos colaboradores e à comunidade.

Em outubro de 2008, a empresa teve seus trabalhos nesse âmbito reconhecidos com a conquista da ISO 14001, gestão ambiental, certificação que reafirma o compromisso da empresa com a preservação e sustentabilidade.

Outros projetos desenvolv idos internamente pela FTC na área ambiental estão redução do consumo de combustível e redução de resíduos e reciclagem. Além disso, a empresa realiza atividades externas voltadas aos cuidados e a preservação.

Conheça algumas das ações ambientais da FTC

Temas sobre coleta seletiva de lixo, combate à dengue, desperdícios de água e luz e outros assuntos relacionados também são transmitidos aos colaboradores por meio de programas como o "Cinco Minutos de Prevenção" e o "Diálogo Setorial", e à comunidade externa com a realização de eventos informativos.

Realizada nas escolas da região por meio de palestras, distribuição de materiais informativos, esclarecimento de dúvida sobre coleta seletiva de lixo, combate à dengue, desperdícios de água e luz e outros assuntos relacionados.

União para melhoria da área em torno das caixas de embarque de carvão mineral, com o ajardinamento das mesmas para evitar erosão.

Programa de Gestão Ambiental (PGA)

Palestras Internas e Externas

Educação Ambiental

Parceria com Mineradoras

Mutirões de Limpeza

Participação com trabalhos de conscientização sobre a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, distribuição de materiais informativos, sacolas de lixo para carros e mudas de árvores.

Semanas do Meio Ambiente

Uso de modelo de vagão ecológico, confeccionado a partir de plástico reciclado que substitui as tábuas de madeira.

Eco-vagão

SUSTENTABILIDADE

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Mais de R$ 420 milhões viabilizados para investimentos na região de Criciúma. Essa marca expressiva foi alcançada por Paulo Bens em pouco mais de dez anos atuando no sul catarinense. O represen-tante da empresa, Paulo Bens, é visto por seus clientes como um agente do desenvolvimento regional e um parceiro fiel ao empresário.

E os números provam esse respaldo do empreendedor. Os investimentos liberados por Paulo Bens através de créditos financeiros imobiliários foram suficientes para a criação de dez mil empregos diretos.

A La Moda, produtora da grife Lança Perfume, foi uma das centenas de empresas beneficiadas. “A participação de Paulo Bens foi importante para compor o capital para investimento do novo parque. Considera-mos Paulo Bens um excelente parceiro para investimentos em imóveis e que a região tem muito a ganhar com as linhas de crédito imobiliário oferecidas por esta empresa. Destacamos o impecável serviço prestado pelo senhor Paulo Bens e equipe, que estiveram sempre presentes desde o início da relação até a inauguração da obra”, destaca o gerente de controladoria da La Moda", Adair Moro.

Outros benef ic iados foram os empresários que acabam de criar um dos melhores hotéis da região Sul de Santa Catarina, o Bormon. “Paulo Bens teve

importânc ia fundamenta l para a concretização do empreendimento. Se não fosse o consórcio Rodobens, não existiria o Hotel Bormon. Um sonho foi realizado”, explica o proprietário Nirlan Luiz Bortolotto.

Ele investiu R$ 3,2 milhões por acreditar que Nova Veneza, a cidade mais italiana do Brasil, merecia este presente. “Foi com a segurança transmitida por Paulo Bens que o Hotel Bormon conseguiu antecipar sua concretização. Ao que parecia uma grande construção e com prazo para execução de quatro anos, sua finalização se deu com 1

Paulo Bens viabiliza R$ 420 milhões para a região Sul CatarinenseEmpresa comandada por Paulo Bens no Sul Catarinense é parceira de empresários e agente de desenvolvimento regional

ano e 8 meses”.Para o empresário, trabalhar com Paulo

Bens é sinônimo de tranquilidade e segurança. “O consórcio Rodobens foi a base para a concretização do hotel. Os juros da Rodobens são os menores, assim facilita a concretização de um novo empreen-dimento”. Para Bortolotto, quando se pensa em investir logo se analisam as condições de pagamento, taxas, juros. “Foi com a Rodobens que encontramos a facilidade e a tranquilidade no pagamento”.

O empresário cita Paulo Bens como

Os R$ 420 milhões viabilizados por Paulo Bens são baseados em um tripé. Confiabilidade, segurança e competiti-vidade. Por meio de projetos que tenham contrapartida de capital do empresário, os recursos são liberados a custos extrema-mente competitivos.

Por toda essa competência e compe-titividade, os negócios vão de vento em popa. “Sabe quanto de retenção já tivemos desses R$ 420 milhões liberados. Zero. O povo de Criciúma e região é um dos melhores pagadores”, pontua.

“O consórcio Rodobens trabalha com taxas muito acessíveis, eu diria que são melhores do mercado. Antes de optarmos pela Rodobens analisamos diversas opções. Se eu tivesse escolhido outra opção não sei se hoje o Hotel Bormon estaria pronto”, diz Bortolotto.

E os serviços da Rodobens estão em franca expansão. Novos parceiros integram o rol de beneficiados da empresa, especialmente do setor industrial. Paulo explica que o crescimento econômico passa pela expansão da indústria. “Em Criciúma, temos pouco espaço físico para a instalação de novas empresas, por isso há a necessidade de que cada espaço seja bem aproveitado com a instalação de indústrias, que gera riqueza, empregos e renda”, explica.

Paulo Bens acredita que é preciso filtrar o uso do espaço. “Criciúma precisa atrair empresários que façam a diferença, que

parceiro da região. “Para o crescimento de uma cidade ou região são necessários investimentos privados (fundação e inovação de empresas) e a Rodobens vem proporcionando isso aos seus parceiros. É perceptível que ela vem se tornando uma grande aliada dos novos empreendimentos na região. Uma região em desenvolvimento gera novos empregos, arrecada mais impostos, consequentemente proporcio-nará uma qualidade de vida melhor aos cidadãos que nela estão. Somos uma bola de neve. Se as empresas vão bem, o comércio vai bem, o governo vai bem, a região vai bem. Precisamos de parceiros como Paulo Bens para servir de alicerce para uma cidade ou região”.

Competitividade

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“A participação da Rodobens foi importante para compor o capital para investimento do

novo parque. Consideramos a Rodobens um excelente parceiro para investimentos em

imóveis e que a região tem muito a ganhar com as linhas de crédito imobiliário

oferecidas por esta empresa”

Adair Moro Gerente de controladoria da La Moda

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tenham capacidade de investir e que queiram crescer em seus negócios”.

Em três anos e meio foram investidos por Paulo Bens em Criciúma mais de R$ 500 milhões em novos projetos. Acreditamos que quem ganhou com isso foi a cidade. A atual administração facilitou na localização de áreas para a instalação, concedeu benefícios fiscais e terraplanagem, fazendo com que os empresários e empreendedores pudessem focar seus investimentos na cidade de Criciúma. A atual administração de Criciúma é parceira do empreendedo-rismo.

Page 18: Revista ACIC 35

A sustentabilidade e o pragmatismo energético

Estudos mostram, claramente, que a redução da miséria está ligada, principal-mente, ao maior consumo de energia elétrica e que, ao aumentar este consumo, melhora o IDH das nações.

O acordo de Copenhagen (2009) identificou duas questões cruciais para a humanidade: primeiro a necessidade das nações atenderem aos desafios das mudanças climáticas e, segundo, a necessidade dos países menos desenvolvi-dos reduzirem a miséria e a pobreza.

Estudos mostram, claramente, que a redução da miséria está ligada, principal-mente, ao maior consumo de energia elétrica e que, ao aumentar este consumo, melhora o IDH das nações. O desafio é enorme, segundo a Agência Internacional de Energia – IEA, pois, no mundo, existem 2,56 bilhões vivendo com menos de US$ 2 por dia; 1,3 bilhão sem acesso a energia e outros 2 bilhões com consumo limitado. Existem ainda 2,7 bi que continuam cozinhando com energias poluentes.

Antes de Copenhagen, momentum das mudanças climáticas, a ONU havia definido suas Metas do Milênio visando, com apoio financeiro dos países desenvolvidos, reduzir a miséria mundial.

Pois a primeira meta da ONU – reduzir a metade extrema pobreza que havia em 1990, em 2015 foi atingida. Praticamente sem o dinheiro prometido, a miséria diminui

em todo o mundo, mas foi na China que isso ocorreu de forma mais significativa.

A China reduziu de 84% em 1981 para 13% em 2008, o número de pessoas que viviam com menos de 1,25 US$/dia, tirando, segundo o Banco Mundial, 662 milhões da pobreza.

A redução da miséria passou por um programa de universalização do acesso a energia elétrica e a construção de infra-estrutura básica.

O consumo de energia elétrica de 1985 a 2003 cresceu cerca de 1.500 TWH (80% a carvão). Essa revolução foi movida a carvão. Durante o período 1980-2008 o consumo anual de carvão cresceu de 626 milhões para 2,7 bilhões e hoje chega a 3,4 bilhões.

Hoje, um chinês consome cerca de 2700 kWh/per capita, um pouco mais que o um brasileiro e metade de um pais desenvolvido como Espanha. Essa revolução gerou emprego e renda e transformou a China em potência mundial.

No ano da Rio +20, o mundo está diferente. O alarmismo climático começa se desmistificado pelos seus mais contunden-tes defensores, a recessão bate a porta dos países europeus, a palavra de ordem é desenvolvimento e empregos.

Até o discurso ambiental muda, foca-se mais nos empregos verdes do que nas mudanças climáticas, visando surfar na onda da sustentabilidade. Mas, pragmatica-

34

SUSTENTABILIDADE

mente, a energia fóssil continua sendo aquela que suporta do desenvolvimento do planeta e que tira as pessoas da miséria.

Na indústria do carvão são 7 milhões de empregos no mundo além dos empregos relacionados como a indústria do cimento, aço, geração de energia e transporte. Uma enorme cadeia produtiva de emprego e renda. A tecnologia associada a essa indústria cada vez mais diminui o impacto ambiental a custos suportados pela sociedade. Não esqueçamos os mais deprimidos e a sua Sociedade devem poder pagar pela energia consumida.

O combustível esquecido e estigmati-zado é o que mais cresce no século XXI sendo o combustível da sustentabilidade. Mesmo os mais aquinhoados e tidos como verdes, continuam consumindo e fazendo usinas termelétricas a carvão. Vide os 12 GW em construção na Alemanha.

Nesse verde e imenso Brasil em desenvolvimento, de invejável matriz de energia renovável, por conta de uma política energética focada em reduzir o CO2, coloca-se a sua maior fonte energética fóssil no limbo. As térmicas são discriminadas como caras e sujas, esquecendo-se que essas máquinas, que são despachadas ao apertar um botão sob a nossa ordem, são a garantia de energia firme para o nosso

desenvolvimento sustentável.Hoje, no momento que estamos com

falta de água no sul, com hidroelétricas paralisadas e presos por um fio ao sudeste, roga-se a Deus para que chova e que fique pronta uma nova linha de transmissão para 2013.

Estão fazendo falta os 700 MW a carvão que estariam em construção e que estariam gerando 3 mil empregos em uma região pobre com a da metade sul do Rio Grande do Sul, se em 2009, sob o momentum de Copenhagen, não houvesse sido cancelado o leilão A-5.

Creio que uma boa dose de razão deve aflorar nas discussões sobre a matriz energética brasileira, aonde venha a ser dado o peso equivalente para as quatro dimensões: segurança energética; meio ambiente; modicidade tarifária e o desenvolvimento econômico e social.

Tenho a certeza de que no mundo da Rio + 20 os dignitários dos países que mais crescem no mundo, como China e Índia trarão o exemplo de como usar seus recursos intelectuais e naturais para tornar seu países mais sustentáveis, com políticas não discriminatórias aos combustíveis fóssil, especialmente aquele que é o mais importante para suas sociedades, o carvão mineral.

2,56 bivivendo com menos

de US$ 2 por dia

1,3 bisem acesso a energia

2 bicom consumo

limitado.

2,7 bicontinuam cozinhando

com energias poluentes.

Estudos mostram, claramente, que a redução da miséria está ligada, principalmente, ao maior consumo de energia elétrica e que, ao aumentar este consumo, melhora o IDH das nações.

Font

e: A

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IEA

Até o discurso ambiental muda, foca-se mais nos empregos verdes do que nas mudanças climáticas, visando surfar na onda da sustentabilidade. Mas, pragmaticamente, a energia fóssil continua sendo aquela que suporta do desenvolvimento do planeta e que tira as pessoas da miséria.

| Liderança Empresarial

Fernando Luiz ZancanPresidente da Associação

Brasileira do Carvão Mineral

trust

35www.acicri.com.br |

Page 19: Revista ACIC 35

37

Instalação de placas nas escolas públicas contendo os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Estado, município e daquela escola. O objetivo é criar consciência sobre a responsabilidade de alcançar melhor desempenho com ações cobradas entre pais, alunos, professores e poder público.

Planejamento do município como Região Metropolitana.

Criação da Secretaria do Desenvolvimento do Comércio, Indústria e do Turismo.

Transformar o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Consultivo para Deliberativo.

Criação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Parceria público-privada na administração da Praça Nereu Ramos.

Identificação de ruas e numeração de casas para evitar o retorno de correspondências.

Lei de incentivo para estimular a criação de estacionamentos/prédios garagem na cidade.

Elaborar um censo de dados econômicos sobre as atividades desenvolvidas no município.

Criciúma do futuroEntidades empresariais pedem comprometimento de candidatos a prefeito

REIVINDICAÇÕES DA ACIC e AJE

REIVINDICAÇÕES DA CDL

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pousada

EDUCAÇÃOInstalação de placas nas escolas públicas contendo os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Estado, município e daquela escola. Sugerir a criação de um Ideb para o corpo docente do Estado, município e daquela escola. Divulgando esses índices para os pais dos alunos, criando desta maneira consciência e cobrança direta da sociedade nas instituições de ensino. Municipalização do Ensino Fundamental. O objetivo é criar consciência sobre a responsabilidade de alcançar melhor desempenho com ações cobradas entre pais, alunos, professores e poder público. Fazendo com que a sociedade cobre uma gestão melhor das instituições de ensino. PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOPlanejamento do município como Região Metropolitana, integrando os planos diretores dos municípios vizinhos e criando uma melhor mobilidade urbana integrada.Criação da Secretaria do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Turismo. Criação de um Planejamento Estratégico de Longo Prazo para o município, integrando as entidades na consolidação deste planejamento. Transformar o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Consultivo para Deliberativo com dotação orçamentária.MONITORAMENTO E COBRANÇA CONSTANTEVia Rápida; Anel de Contorno Viário; Aeroporto Regional de Jaguaruna; Porto de Imbituba; BR 101 e Plano Diretor.

FOTO

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Agenda com candidatos

11/09 Auditório da CDL - Odelondes de Souza 18h

12/09 Auditório da ACIC - Cintia dos Santos 18h

13/09 Auditório da CDL - Romanna Remor 18h

18/09 Auditório da ACIC - Rodrigo Maciel 18h

20/09 Auditório da ACIC - Clésio Salvaro 18h

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8

Os cinco candidatos a prefeito de Criciúma vão receber uma pauta de reivindicações proposta pelas principais entidades empresariais do município. ACIC, CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), AJE (Associação de Jovens Empreendedores) e AMPE (Associação das Micro e Pequenas Empresas de Criciúma e Região) definiu as bases do documento que projeta uma visão de futuro para a cidade. O objetivo é fazer com que o eleito se comprometa a promover ações que as entidades julgam necessárias não somente para o setor de indústria, comércio e serviços, mas também para o desenvolvimento do município e da região de forma abrangente.

Entre os principais pontos eleitos pelas entidades está o planejamento a longo prazo. “É preciso pensar aonde Criciúma quer chegar em 20 anos e quais os passos que serão necessários para isso”, destacou o presidente da ACIC, Olvacir Fontana. De acordo com ele, além de planejar, é necessário que as ações sejam promovidas de forma continuada, gestão após gestão, independendo de que pessoa ou partido

político esteja no poder.O pres idente da CDL, Za lmir

Casagrande, destacou questões pontuais que devem ser cobradas, como uma parceria público/privada para as praças, melhoria das identificações das residências e das ruas, incentivo ao estacionamento privado e um censo detalhado das atividades econômicas do município. “Também vamos cobrar um planejamento a longo prazo de ações para o desenvolvimento comum”, frisou.

O presidente da AJE, Eduardo Zini, assina as mesmas reivindicações da Acic. O presidente da AMPE, Anderson Lima, entregará em alguns dias as reivindicações que fazem parte da política nacional da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina, a qual são filiados. Ambos estiveram na reunião desta manhã, que aconteceu na CDL. Todas as reivindicações serão compiladas em um único documento, que será endossado pelas entidades e entregue a cada um dos candidatos ao Executivo Municipal no mês de setembro.

36

GIULIANO DE LUCA CRICIÚMA

“É preciso pensar aonde

Criciúma quer chegar em

20 anos e quais os passos

que serão necessários

para isso”Olvacir Bez Fontana

| Liderança Empresarial

Page 20: Revista ACIC 35

38 39

Objetivo é ampliar percentual que deixa de ir para o aterro sanitário

JOICE QUADROS CRICIÚMA

O maior programa de revitalização ambiental de Santa Catarina está em curso na região carbonífera do Sul do estado. As empresas carboníferas investiram mais de R$ 100 milhões nos últimos dez anos em ações de revitalização de antigos passivos, um trabalho acompanhado pelo Ministério Público Federal. Esses passivos tiveram origem na época em que mais de cem pequenas mineradoras atuavam em toda a região, sem controle ambiental, acentuando na década de 70, quando aconteceram as exigências governamentais de aumento da produção para atender a expansão das siderúrgicas e as crises do petróleo.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), hoje privatizada, que minerou a céu aberto na região de Siderópolis quando era estatal, também está com equipe técnica na

região revitalizando áreas que ficaram sob sua responsabilidade. Este ano, a Gaspetro iniciou os trabalhos de revitalização de antiga área da extinta ICC – Indústria Carboquímica Catarinense.

Nos últimos anos, as ações vêm sendo acompanhadas pelo GTA – Grupo Técnico de Assessoramento, assessorado pelo engenheiro de minas Cleber Gomes e pela equipe do CTCL da Satc, integrado por técnicos, mestres e doutores com estudos especializados em formas de revitalização de rios e paisagens. Através desta equipe é gerado um relatório anual do andamento dos trabalhos, apresentado em Audiência Pública ao final de cada ano, e acompanha-do pelo Procurador Geral da República, Darlan Airton Dias, pela juíza federal Rafaela Santos Martins da Rosa e pela comunidade.

Uma área de 1.650 hectares já está sendo revital izada e monitorada. Representa um terço do total de 5.660 hectares que precisam ser trabalhados. Dessas áreas, 26%, ou 1.336 hectares, são da CSN, com trabalhos em andamento. A segunda maior área, 24% ou 1.017 hectares, pertence à União, que assumiu as extintas carboníferas Treviso e CBCA, e ainda não deu início aos trabalhos. Os demais 50% de áreas estão divididos entre as carboníferas, com trabalhos sendo

real izados dentro de cronograma estabelecido e prazos finais que variam entre 2016 e 2020. “Há 10 anos era difícil acreditar que as áreas seriam recuperadas. Pouca gente acreditava em nosso trabalho. Foi um imenso estudo de pesquisa e mapeamento para sabermos a real dimensão das áreas e decidirmos por onde começar. Hoje podemos afirmar que o projeto deu muito certo e sentimos orgulho de ver os resultados com terras férteis e rios limpos novamente”, analisa Cleber Gomes.

A importância do tema levou à necessidade de instalação de novos cursos. Na UNESC, desde 2002 o Mestrado em Ciências Ambientais já preparou 132 mestrandos para atuarem nos diversos mercados de trabalho que foram surgindo, na sala de aula ou na composição de grupos de estudos e análises ambientais como, por exemplo, a elaboração dos EIA Rima. “Desenvolvemos muitas linhas de pesquisa com alunos de outros estados, até distantes como o Amazonas, e de outros países, como Angola, estabelecendo uma conexão bem rica com as questões regionais”, informa o coordenador de Mestrado em Ciências Am-

bientais, professor doutor Geraldo Milioli. Na SATC, em 2002 iniciou o Curso

Técnico em Meio Ambiente, formando 60 alunos por ano “com as competências desenvolvidas para atuarem na área tanto em empresas da iniciativa privada como na gestão pública”, informa a coordenadora Jaqueline Sacheti Macarini. Já o Siecesc, cumprindo acordo com o Ministério Público, investiu cerca de R$ 1 milhão nos últimos dez anos no Programa de Educação Ambiental, distribuindo mais de cem mil cartilhas para alunos das redes estadual, municipal e particular de ensino da região Sul do estado.

A fundamentação teórica necessária a um projeto de revitalização ambiental dessa grandeza foi buscada junto ao CANMET, do Canadá, e ao Cetem – Centro de Tecnologia Mineral, do Rio de Janeiro, e universidades federais, como a UFSC e UFRGS. Esses estudos abriram caminho, por exemplo, para a Satc instalar o CTCL – Centro de Tecnologia do Carvão Limpo, a UNESC um Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas e são muitas as pequenas empresas prestadoras de serviços na área de consultoria ambiental.

No contexto empresarial, são outros tantos exemplos. Um deles é o da Colombro Retroterra, uma empresa familiar de terra-

Revitalização ambientalOportunidade para geração de conhecimento e negócios

Todas as dez empresas carboníferas associadas ao Sindicato da Indústria da Extração do Carvão em Santa Catarina (Siecesc) implantaram o SGA – Sistema de Gestão Ambiental - e estão certificadas pela Norma Ambiental ISO 14.001. São as carboníferas Criciúma, Metropolitana, Rio D e s e r t o , C a t a r i n e n s e , B e l l u n o , Cooperminas, Siderópolis, Comin, Minageo e Gabriela.

Os últimos dez anos tiveram a marca de sensíveis mudanças na região carbonífera de Santa Catarina. Mas não foram por acaso. Ao final deste período começam a ser colhidos os resultados de investimentos de mais de R$ 100 milhões do caixa das empresas mineradoras de carvão, em ações ambientais; R$ 1 milhão no Programa de Educação Ambiental, envolvendo mais de 100 mil crianças; empresas prestadoras de serviços na área ambiental que se consolidaram; formação de uma massa crítica com a instalação de cursos técnicos de Meio Ambiente, Mestrado em Ciências Ambientais em centros de pesquisas e certificação pela Norma Ambiental ISO 14001 em todas as empresas carboníferas da região.

Revitalização ambientalSistema de Gestão Ambiental

Valor já investido

R$ 100 milhões

10 anos

Tecnologia e equipamentos

Conhecimento ambiental

Mapa atual e cronograma

5.660Área total

Cronograma de recuperação

hectares

1.336hectares

Em andamento

4.324hectares

Prazo entre 2016 e 2020

50%26%

24%

CSNUNIÃOCARBONÍFERAS

“Há 10 anos era difícil

acreditar que as áreas

seriam recuperadas.

Hoje podemos afirmar

que o projeto deu

muito certo”

| Liderança Empresarial www.acicri.com.br |

planagem surgida no Rio Maina na década de 80 e que a partir de meados dos anos 2000 deu um salto em seus investimentos e nos dias atuais é uma empresa de ponta em revitalização ambiental. “Nossos investi-mentos foram em máquinas, equipamentos e também em tecnologia e treinamento de pessoal”, pontua Júlio Colombo, gerente da empresa.

São exemplos que comprovam o quanto de geração de empregos, negócios, embelezamento da paisagem e conheci-mento foram gerados nos últimos anos na região, transformando o que era “passivo” em ativas oportunidades.

SUSTENTABILIDADE

Page 21: Revista ACIC 35

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Page 22: Revista ACIC 35

Bairro da Juventude e Icon:uma parceria de 30 anos

Há mais de 30 anos, a ICON S/A realiza uma parceria com a instituição de ensino Bairro da Juventude em Criciúma, que vem dando mais do que certo. Além de uma parceria, a ICON acredita que é um trabalho de r e sponsab i l i dade soc i a l , da r oportunidade a quem tem interesse em c r e s c e r n a v i d a p r o f i s s i o n a l . Semestralmente, a ICON integra na sua equipe, alunos do curso de mecânica geral através do projeto Jovem Aprendiz, os jovens permanecem um ano no projeto, onde são avaliados a cada três meses, nas competências de produção, produtividade, disciplina e iniciativa pessoal.

Para o coordenador do curso, Marcelo dos Santos, a ICON é peça fundamental na formação desses jovens. “Nós ensinamos a base, mas é na empresa que eles vão concluir, e lá eles se tornam 100% aptos para o mercado de trabalho”, explica.

Além de uma das empresas mais antigas na parceria com o Bairro da Juventude, a ICON tem o maior índice de efetivação com o jovem aprendiz. “Nos relatórios anuais, concluímos que os alunos que vão para a ICON têm 98% de

PAULA DARÓS DAROLT CRICIÚMA

aproveitamento. Ou seja, são efetivados e isso é muito gratificante”, relata o coordenador.

Marcelo salienta que a ICON é uma das empresas que aprendeu que a lei do jovem aprendiz vem para capacitar novos profissionais para o mercado de trabalho e não uma lei em que a empresa sai perdendo. Segundo a coordenadora de Recursos Humanos, Marinês Freitas, a parceria entre ICON e Bairro da Juventude já acontece há muitos anos. A empresa conta inclusive com colaboradores que hoje já ocupam cargos de chefia, são oriundos dos cursos profissionalizantes da instituição. "São jovens comprometidos, que se mantém na empresa. Nós consideramos que estes meninos são o futuro da ICON, pela sua força de vontade e interesse profissional", elogia Marinês.

Atualmente a maioria dos colabora-dores da produção da empresa é oriunda da parceria com o Bairro da Juventude. Ao ingressarem via projeto Jovem Aprendiz, a maioria do curso de Mecânica Geral, os jovens continuam buscando o aprimora-mento, via cursos técnicos e faculdade.

empresa, Lourival se preocupou com o conhecimento e aproveitou a força da ICON e seguiu com os estudos. “Passamos por crises em que haviam muitas demissões. Como a ICON me dava a oportunidade para estudar, facilitava os horários eu não perdi a chance e continuei me capacitando, por isso hoje ocupo este lugar”, explica.

O gerente completa junto com a empresa, mais de 40 anos de uma história, e acredita que o sucesso vem para todos que acreditarem nos seus sonhos. “Nunca desistam de seus sonhos. Alguns tem mais oportunidades que os outros, mas se você tem a oportunidade que eu tive com o Bairro da Juventude e esta empresa, agarre com todas as forças e nunca pare de estudar, pois o conhecimento é fundamental”, finaliza.

Após o desligamento da instituição de ensino, o Bairro da Juventude faz um acompanhamento informal com seus ex-alunos e conclui a importância da escola em suas vidas. “Nós somos a única instituição 100% gratuita aqui na região. Nós damos uma base completa para que esses alunos que são de famílias carentes. Aqui eles têm todas as chances para mudar de vida”, comenta Marcelo.

O Jovem Aprendiz, Frank Gava Vitali, 17 anos, conta que tanto o Bairro da Juventude, quanto a ICON, proporcionaram uma nova chance em sua vida. “Antes de eu entrar no Bairro, eu nem pensava em fazer um curso. Sabia que nunca poderia pagar uma faculdade. Hoje eu sou aluno do Bairro da Juventude e sou Aprendiz na ICON, uma grande empresa que me deu uma chance. Quero ser efetivado e posteriormente fazer uma faculdade também”, finalizou.

Vários são os casos de ex-alunos que seguiram carreira na ICON e hoje possuem cargos de grande responsabilidade na empresa. Após saírem do Bairro da Juventude e tentar o primeiro emprego na área na ICON, a própria empresa da a sustentação e o apoio para continuarem aprimorando seus conhecimentos e alcançarem novos horizontes dentro e fora do trabalho.

O assistente técnico Leandro Scariot é um dos casos. Ele entrou na ICON em 2003 aos 18 anos e viu na empresa uma oportunidade de crescer profissionalmente. “Fiz o curso de mecânica geral no Bairro da Juventude e logo após o término consegui o estágio na ICON. Quando comecei a trabalhar vi que aqui existia a oportunidade de continuar crescendo, e continuei me dedicando”, relata. Depois de se tornar um colaborador ICON, Leandro foi incentivado a continuar os estudos, fez mais um curso técnico e está terminando a faculdade de engenharia de materiais. “Sem o incentivo e o apoio da ICON hoje eu não estaria nesse patamar. Posso dizer que tanto o Bairro da Juventude quanto a ICON foram grandes parceiros na minha vida profissional”, conta.

Outro grande caso de sucesso dentro da ICON é do gerente técnico da empresa. Órfão de pai e mãe, Lourival Cancelier, entrou no Bairro da Juventude ainda criança, morou lá e estudou até que pode.

“O Bairro da Juventude me deu a base para a vida, estudei e cresci lá dentro. Quando tive a oportunidade de trabalhar em uma empresa, agarrei com todas as minhas forças”, relata.

Lourival é um dos funcionários mais antigos da ICON e também um dos primeiros alunos do Bairro a entrar na empresa. Ele começou a trabalhar quando a ICON apenas prestava serviços para a carbonífera Metropolitana. “Naquela época a demanda de serviços começou a aumentar, e começamos a vender muitas peças para fora então sentiu-se a necessidade de abrir uma empresa e eu fiz parte desse período”, lembra.

Acompanhando os altos e baixos da

Oportunidade para mudar de vida

Eles seguiram na ICON

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DESENHO INDUSTRIAL

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DIREITO AUTORAL

SEGREDO DE NEGÓCIO

Page 23: Revista ACIC 35

O Trabalho de captação de novos

investidores para os municípios tem tido

atenção especial dos gestores públicos. O

ideal é que uma nova empresa seja

realmente rentável à cidade, evitando

desperdício de tempo e recursos que, na

prática, não trazem benefícios econômicos.

Uma forma de mensurar investimentos e

detalhar os reais benefícios, é a utilização de

ferramentas como a matriz insumo-produto.

Com este sistema é possível fazer

simulações de negócios de real interesse ao

perfil econômico do município. Em Criciúma

o Conselho de Desenvolvimento Econômico

já disponibiliza esta ferramenta, que passa a

ser usada pelos gestores público para

analisar dados e o impacto no setor

produtivo, incluindo demandas de mão de

obra, matérias-primas e fornecedores.

A matriz insumo-produto de Criciúma

foi elaborada pela PUC de Porto Alegre e

levou em conta 50 segmentos da economia.

A ferramenta também permitirá a

identificação de setores-chave da economia

relativos a multiplicadores de produção,

emprego e renda.

O presidente do Conselho de

Desenvolvimento Econômico, César

Smielevski, considera que a matriz insumo-

produto é uma ferramenta ampla de análise

que vai permitir ao município estudar novos

empreendimentos antes, durante e depois

de instalados, gerenciando as informações

sobre os recursos necessários, seja no que

tange a pessoas ou insumos. Os modelos da

matriz são baseados em fontes como IBGE,

ano 2009. A utilização demanda equipe

técnica que saiba inserir os dados e a partir

dali colher as análises geradas. Esta tarefa

será realizada pela equipe da Faculdade de

Economia da Unesc, parceira do projeto

juntamente com a ACIC.

Cidades como São Bento do Sul

investiram e colhem os frutos do uso da

matriz, aplicada em 2007. O sistema

confirmou a vocação moveleira, otimizando

os investimentos neste setor não apenas na

cidade, como na região. O papel da matriz

foi permitir uma visão ampla de futuro dos

negócios neste segmento. Neste caso, os

estudos gerados a partir da matriz fizeram

com que o município e a região pudessem

planejar o crescimento setorial, agregação

de valor, estimando necessidades e evitando

entraves de crescimento.

44

NOME DO JORNALISTA CIDADE

Matriz insumo-produto vai mapear perfil de empresas para investimentos em Criciúma

O projeto de responsabilidade social “A fantástica viagem da Turminha do Futuro rumo ao mundo do saber” concorreu no mês de agosto, em São Paulo, ao Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia 2012, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). O projeto elaborado pelas empresas de transporte coletivo de Criciúma, Auto Viação Critur, Expresso Forquilhinha, Expresso Rio Maina e ZTL, todas associadas à Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), classificou-se como um dos finalistas na categoria Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, representando Santa Catarina ao lado de outra ação criciumense, da Betha Sistemas.

A premiação foi realizada durante o 38° Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, considerado o maior evento do setor na América Latina. De acordo com o presidente da ACTU, Júlio Trento, representar o estado em premiação nacional é um reconhecimento e uma motivação para as práticas que podem transformar a realidade da população. “Levamos a todo o Brasil uma história de

sucesso, com a constante preocupação de empresas de Criciúma com o futuro das crianças”, comemora Júlio.

O concurso contemplou os premiados com troféus Ouro, Prata e Bronze, nas cinco categorias das modalidades Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável e Responsabi l idade Social . Para as coordenadoras do projeto, Nádia Fátima De

Criado em 2007, a Turminha do Futuro envolve o estudo de aspectos históricos, sociais e econômicos de Criciúma com estudantes das terceiras e quartas séries do ensino fundamental. Participam as escolas municipais, estaduais e particulares, em aulas vivas, visitação aos locais estudados, contando também com materiais didático e pedagógico. As viagens acontecem a partir de um ônibus, considerado um símbolo e mascote da Turminha.

O projeto já recebeu mais de três mil alunos, 148 professores, 701 pais, 452 representantes da comunidade e realizou

871 viagens. Também já foram atendidas todas as escolas das redes municipal, es tadual e par t i cu lar do Ens ino Fundamental de Criciúma. Segundo a idealizadora do projeto e pedagoga com especialização em Orientação Educacional e Administração Escolar, Iracema de Lorenzi Cancelier Zomer, “o objetivo é preparar as crianças para o exercício da cidadania. O fato de classificarmos para a final do Concurso, já é uma consequência positiva e uma valorização do trabalho executado com muito amor pelas empresas de transporte de Criciúma”, destaca a pedagoga.

Turminha do Futuro vai à final do Prêmio Ser Humano 2012

Um ônibus para viagem

| Liderança Empresarial

Brida Andrade e Valdirene Dario, a Turminha do Futuro alcançou dimensões que superam todas as expectativas. “Iniciamos o projeto com a intenção de agregar um diferencial às crianças da região. E desde nossa primeira viagem, em 13 de agosto de 2007, tudo vêm funcionando direitinho. Daqui a alguns anos isso será bastante lembrado”, destaca Nádia.

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Page 24: Revista ACIC 35

Chega ao mercado brasileiro um produto exclusivo e diferenciado para o consumidor construir com segurança e qualidade. A Massima Telha Gres lançou a telha mais plana do Brasil, a Massima Plana, um produto patenteado e voltado ao acabamento da construção civil.

A Massima é um segmento de produção da Ceusa Revestimentos Cerâmicos, portanto, as telhas são elaboradas com os mesmos equipamentos de porcelanatos polidos e retificados, garantindo telhas isentas de gretagem (uma exclusividade Massima), sem empeno e sem variação de tamanho. São telhas com design inovador, fabricadas com massa livre de impurezas e com esmaltação perfeita.

O consumidor pode optar entre as seis opções de cores, conforme a sua preferência: branca, marfim, cinza, chumbo, bordô e grafite, além de uma gama de acessórios, desde cravejadores, terminais e cumeeiras.

Uma das vantagens das telhas Massima refere-se ao acabamento perfeito ideal para a continuidade com elementos verticais e sem “rebarbas” típicas do

processo das olarias. Elas não escurecem (empretecimento) com as intempéries, são resistentes ao ataque salino (laudo contra maresia – outra exclusividade Massima) e ao choque térmico causado por temperaturas abaixo de zero.

Com uma inclinação mínima de 45%, formato 30x45 cm e resistência duas vezes superior às telhas de concreto, utilizam-se apenas 9,5 peças por metro quadrado. De acordo com o gerente nacional da Massima, Augusto Jaroszewski, o consumidor deve considerar que a Massima caracteriza-se como a única telha gres porcelânica do país e que o telhado de uma residência tem função tanto estética quanto de proteção. “Assim, dispõe de beleza e segurança por toda uma vida, com uma qualidade ímpar e preços bastante acessíveis”, destaca Jaroszewski.

Ainda de acordo com Jaroszewski, a Massima aumentou sua participação no mercado em 23% durante o primeiro semestre de 2012. Na região de Criciúma, o consumidor encontra a Massima Plana na parceira Lapolli Telhas.

CIBELE CÓRDOVA URUSSANGA

Ceusa lança telha mais plana do BrasilMassima Plana possui resistência e rendimento diferenciado para acabamentos No início do século XXI, a tecnologia

utilizada na produção cerâmica de telhas apresentou uma grande evolução. Equipamentos antigos, que produziam cerâmicas planas, passaram a ser substituídos por maquinários mais recentes. Surge então uma grande ideia, uma nova utilidade para essas máquinas obsoletas: aproveitar a antiga linha de produção de pisos para manufaturar telhas prensadas com alta produtividade. Entretanto, a criação de um sistema de prensagem de telhas com pó cerâmico apresentaria muitos desafios e o maior foi em construir um estampo e seu sistema de alimentação visto a complexa geometria desse produto.

O primeiro projeto foi criado em 2001, porém apenas em 2004 concretizou-se e deu-se início a um novo ciclo de produção no setor. Estudos e reestruturações conseguiram adaptar os atuais desenhos de telhas ao novo método com vantagens relativas em vários quesitos. Inúmeros benefícios foram atribuídos à telha, usando

esse processo que conferiu as seguintes melhorias: baixo peso, grande resistência m e c â n i c a , p e q u e n a s v a r i a ç õ e s dimensionais, resistência a gretagem, baixa absorção d'água, encaixes perfeitos, resistência à salinidade e facilidade de limpeza. Somado a esses melhoramentos essa telha também possui uma beleza incomparável que a colocou na posição top no mercado brasileiro.

A tecnologia inserida nesses estampos está continuamente passando por upgrade e isso explica o atual estágio da produtividade das fábricas, que desde 2004 p a s s o u p o r v á r i a s e t a p a s d e desenvolvimento. A prensa que produzia 600 mil telhas ao mês hoje produz 1,3 milhão.

O ceramista é o grande motivador desse resultado, pois menores ciclos de secagem e queima induzem grandes desafios na etapa de prensagem. A constante busca da superação de produção de telhas numa linha é trabalho diário nos atuais produtores

Telhas cerâmicas: O estado da arte

que de forma muito eficiente transformaram linhas que eram improdutivas para pisos em uma fábrica lucrativa e sustentável. O produto “telha de piso” atinge a cada dia novos números de produção e qualidade, tornando-se a nova referência da telha no mercado. É visível o crescimento em escala geométrica desse produto paralelo ao aumento da demanda e este fato é comprovado nos dados a seguir: este ano a produção atual que está em 12 milhões de telhas mês passará até dezembro para 20 milhões em média. Esse processo de produção totalmente automatizado é a grande alternativa para os ceramistas do setor que procuram uma solução mais lucrativa e menos danosa ao meio ambiente. E o resultado dessa produção é o que chamamos de estado da arte das telhas cerâmicas.

Fonte: ICON Estampos e Moldes.Eli Fortunato FilhoGerente comercial

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fenafashion

Page 25: Revista ACIC 35

Com uma estrutura completa de serviços de saúde e excelência em hotelaria, o Hospital é hoje uma referência para o Sul de Santa Catarina. "Projetamos nosso hospital para 10 anos e já estamos insuficientes para atender a demanda de serviços.", observa o presidente da Unimed Criciúma, Dr Walter Ney Junqueira.

Inaugurado em 25 de julho de 2008, o Hospital Unimed iniciou suas atividades com serviços de laboratório, internação e cirurgias. Na época, com cerca 85 funcionários, eram realizados mensalmente uma média de 218 cirurgias, 223 internações e 14.120 exames laboratoriais. Nos quatro anos seguintes o projeto de expansão ganhou mais investimentos. Um mês antes de completar seu 1º ano era inaugurado o serviço de diagnóstico por imagem, com média de 2,6 mi l atendimentos/mês. Em 2010 o Hospital disponibilizou o serviço de Pronto

48

ANA SOFIA SCHUSTER CRICIÚMA

Hospital Unimed: quatro anos com foco na qualidade

351colaboradores

5.500atendimentos

2.500exames mensais

500cirurgias/mês

700internações/mês

Atendimento, com cerca de 3 mil atendimentos/mês, e endoscopia, com 200 exames/mês. Em 2011 foi inaugurada a Unidade de Terapia Intensiva, com oito leitos.

Atualmente o Hospital possui 351 colaboradores. Mensalmente são realizados uma média de 5.500 atendimentos para pacientes de toda a região. O serviço de imagem realiza 2.500 exames mensais, com quatro médicos e 12 funcionários. Já o Laboratório Unimed realiza mais de 25 mil exames todos os meses. Os leitos de internação atendem a uma média de 750 pacientes e o centro cirúrgico realiza mais de 500 cirurgias ao mês. As cirurgias mais r e a l i z a d a s s ã o d e c e s a r i a n a , colecistectomia, histerectomia, prótese de mama e adeno-amigdalectomia. Desde a sua inauguração já foram realizadas mais de 20 mil cirurgias no Hospital Unimed Criciúma.

| Liderança Empresarial

O Hospital Unimed Criciúma tem superado mês a mês seus próprios recordes de atendimentos, internações, exames e cirurgias.

49www.acicri.com.br |

O Laboratório Búrigo neste ano vive uma nova experiência. Na primeira quinzena de agosto iniciou na empresa o projeto Búrigo Educação que inclui os estagiários no programa de Trainner. Conforme a gerente de Recursos Humanos da rede de laboratórios, Rosiani de Souza Flor, o intuito é trabalhar o processo de integração. “Antes dos colaboradores entrarem para executar as suas atividades e l e s pas sam pe lo p rog rama de aprendizagem sobre o sistema da empresa e até sobre coleta de materiais para exame”, exemplificou a psicóloga.

Nesta primeira etapa participaram cinco estagiários e quatro funcionários para a função de instrutores. “Foi um trabalho bem produtivo. É uma forma de aprimorar a competência técnica antes de iniciarem as atividades”, avaliou Rosiani. As aulas do programa tiveram duração de uma semana. Cada participante do processo de trainner ficará na empresa por seis meses, com a possibilidade de ser contratado. “Nossa meta é formar bons profissionais dentro da empresa. Tanto que o slogan do programa é ‘Fazendo seu futuro acontecer aqui’”, detalhou.

Dentre os estagiários está o estudante

de análises clínicas, Edson Joaquin. No dia 23 de julho ele começou a trabalhar na unidade do bairro Boa Vista e aprovou a organização do laboratório. “Este é o meu primeiro emprego na área e, com certeza, vou adquirir experiência”, salientou considerando que o programa ajuda a conhecer o método de trabalho da rede. O garoto de 18 anos tem como objetivo passar a etapa de trainner, ser contratado e fazer carreira no Laboratório Búrigo.

Para o gerente de Projetos da empresa, Renan Grijó Búrigo, este trabalho é um

Laboratório lança projeto Búrigo Educação

incentivo aos recém formados. “Nós sabemos que as pessoas não saem prontas das universidades e dos cursos técnicos, então esta foi a forma encontrada para prepará-los para o mercado de trabalho”, considerou afirmando que os profissionais são modelados para atuarem na empresa. Segundo Búrigo, este programa de trainner não é uma prática comum na região, sendo mais praticado nos grandes centros. “Nosso objetivo é realizar o projeto duas vezes ao ano para a formação de profissionais qualificados”, reforçou.

JUSSI MORAES CRICIÚMA

Estagiários participam do Programa Trainner e profissionais são capacitados para se tornarem instrutores

Page 26: Revista ACIC 35

ALERTA AO EMPRESÁRIO: obrigações e

multas

As Pessoas Jurídicas e equiparadas, conforme classificação abaixo, estão obrigadas a cumprir com as obrigações ou normas legais descritas a seguir:a) Empresas tributadas pelo Lucro Real, aquelas com encerramento trimestral ou com encerramento anual, com pagamento mensal por estimativa ou balanços de suspensão.b) Empresas tributadas pelo Lucro Presumido.c) Empresas optantes pelo Simples Nacional, sejam ME ou EPP, independentemente da alíquota em que se encontrem.d) Pessoas Jurídicas isentas, assim definidas na legislação, como: associações civis, culturais, filantrópicas e recreativas, sindicatos e outras.e) Pessoas Jurídicas imunes, assim definidas na legislação, como: instituições de educação ou assistência social. f) As organizações dispensadas, também definidas na legislação, como condomínios, que, embora tenham inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas), recebem um tratamento fiscal diferenciado.-Ressalta-se ainda a figura do contribuinte inativo (sem movimento) e do arbitrado. O primeiro é aquele que não efetuou nenhuma operação com sua empresa em um determinado período. O segundo é aquele que teve a sua escrita desclassificada pelo Fisco, sofrendo tributação arbitrada. As duas exceções continuam obrigadas a cumprir suas obrigações principais e acessórias, nos moldes determinados anteriormente.

EFD - SPED FISCAL Multa por omissão - SPED FISCAL do arquivo é de 0,1% da soma do valor contábil das saídas com o valor contábil das entradas, não podendo ser inferior a R$ 500,00, nem superior a R$ 10.000,00, por período de apuração (Lei 10.297/96 art. 83-a).A multa por informação incompleta ou incorreta é de 1% da soma do valor contábil das entradas ou das saídas, relativamente aos registros, sem observar os requisitos na legislação, não podendo ser inferior a R$ 250,00 e limitando em R$ 10.000,00 por período de apuração (Lei 10.297/96 Art. 83-B).

EFD – CONTRIBUIÇÕES EFD PIS E COFINS – A não apresentação da EFD-PIS/COFINS no prazo fixado no art. 5º: multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário de atraso, podendo chegar a R$ 60.000,00 por ano.

ECD – SPED CONTÁBIL - Conforme estabelecido na I.N. RFB nº 787/2007, art. 10, a não apresentação da ECD (SPED Contábil) no prazo fixado pela legislação: multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário ou fração, podendo chegar a R$ 60.000,00 por ano.

ECD – FCONT - Controle Fiscal Contábil de Transição, com informações referentes ao ano-calendário 2011. São companhias de vários segmentos, que necessitam gerar o arquivo digital, mas que precisam reduzir os seus custos operacionais com a demanda fiscal. Por isso, buscam alternativas mais eficientes e menos onerosas. Para os serviços de outsourcing, a Sispro registra aumento da procura por seu serviço de outsourcing de SPED.Descumprimento: multa de R$ 5.000,00 mil por mês-calendário, podendo chegar a R$ 60.000,00 por ano.

DMED - A não apresentação da DMED no prazo estabelecido ou a sua apresentação com incorreções ou omissões: multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário ou fração. Na falta de entrega da declaração ou de sua entrega após o prazo: além de 5%, não inferior a R$ 100,00, por transação do valor das transações comerciais, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta (Instrução Normativa RFB nº 985/2009).

DIF PAPEL IMUNE - A omissão ou intempestividade na apresentação da DIF-Papel Imune sujeitará a Pessoa Jurídica ao cancelamento do Registro Especial, salvo se, regularmente intimada, regularizar a situação de entrega da mesma perante a RFB. A apresentação da DIF-Papel Imune fora dos prazos sujeitará a Pessoa Jurídica às seguintes penalidades:I - 5%, não inferior a R$ 100,00 e não superior a R$ 5.000,00 do valor das operações com Papel Imune omitidas ou apresentadas de forma inexata ou

incompleta. II - R$ 2.500,00 para micro e pequenas empresas e de R$ 5.000,00 para as demais, independentemente da sanção prevista no inciso I, se as informações não forem apresentadas no prazo estabelecido.A omissão de informações ou a prestação de informações falsas na DIF-Papel Imune configura hipótese de crime contra a ordem tributária, prevista no art. 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, podendo ser aplicado o regime especial de fiscalização, previsto no art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

DACON - A multa mínima a ser aplicada será de:I - R$ 200,00, tratando-se de Pessoa Jurídica inativa;II - R$ 500,00, nos demais casos.Observados os valores mínimos, as multas serão reduzidas:I - Em 50%, quando o demonstrativo for apresentado após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício.II - Em 25%, se houver a apresentação do demonstrativo no prazo fixado em intimação.

DIPJ - O sujeito passivo que deixar de apresentar Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ, nos prazos fixados, ou que as apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a pres tar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela Secretaria da Receita Federal, e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I - 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica informado na DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega dessa declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20% e observado o disposto no § 3º do artigo 7, da Lei 10.426, de 24 de abril de 2002.II - R$ 20,00 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas.Para efeito de aplicação das multas, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e, como termo final, a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação da lavratura do auto de infração.

As multas serão reduzidas:I - À metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;II - A 75%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação;A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00.

Observações:Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal.Na hipótese acima, o sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração, no prazo de dez dias, contado da ciência da intimação, e sujeitar-se-á à multa prevista, no artigo 7 inciso I, observando o que consta nos §§ 1º a 3º, da Lei 10.426, de 24 de abril de 2002.

Estatuto ou Contrato Social - Contabilidade – Balanço – Livro Diário - Livro Razão - Demonst ra t i vo de Apuração das Contr ibuições Socia is (DACON) - Declaração Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (para os sócios) - Declaração de Bens e Direitos no Exterior (DBE/BACEN) - DIRF - Imposto de Renda Retido na Fonte - Livro de Inspeção do Trabalho - Livro Registro de Empregados - Livro Registro de Inventário - Folha de Pagamento - GPS – GFIP – GRFC – CAGED – RAIS - Contribuição Sindical - Contribuição Confederativa - Contribuição Assistencial - Contribuição Associativa - Norma Regulamentadora 7 (Ministério do Trabalho) - Norma Regulamentadora 9 (Ministério do Trabalho) - Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas -Informes de Rendimentos das Pessoas Jurídicas - Publicações Obrigatórias nas Empresas Limitadas.

OBRIGAÇÕES

Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas – DIRF - Imposto de Renda Retido na Fonte - Livro de Inspeção do Trabalho - Livro - Registro de Empregados - Folha de Pagamento – GPS – GFIP – GRFC –CAGED – RAIS - Contribuição Sindical - Contribuição Confederativa - Contribuição Assistencial - Contribuição Associativa - NR 7 - NR 9 - Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas - Livro Caixa.

Simples Nacional - Obrigações Acessórias - ICMS - Imposto de Renda - Pessoa Jurídica - ISS.

OBRIGAÇÕES ESPECIAIS

MULTAS

OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS ESPECÍFICAS

OUTRAS OBRIGAÇÕES – ESTADUAIS E MUNICIPAIS

Consultar a legislação estadual e municipal para cumprimento das obrigações fiscais (ICMS, ISS).

OBRIGAÇÕES PARA OS AUTÔNOMOS E PROFISSIONAIS LIBERAIS

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ALERTA AO EMPRESÁRIO: OBRIGAÇÕES E MULTAS

Page 27: Revista ACIC 35

empresas Triunfo, Setep, Equipave/COMSA, MAC Engenharia, Sanches Tripoloni, Confer, Conterra e Ivaí Engenharia. Em todas as propostas os valores ficaram abaixo do preço mínimo proposto pelo Deinfra, de R$ 89,2 milhões para o Lote 1 e R$ 18,7 milhões. Conforme o presidente do Deinfra, Paulo Meller, as propostas serão analisadas e a empresa que obtiver o menor preço passará para a etapa de análise da documentação. O resultado final só deverá ser conhecido em aproximadamente 90 dias após a abertura das propostas, informou o presidente da autarquia. A licitação atende ao modelo do BID, que prevê inicialmente a abertura das propostas de preços, seguida da análise documental, objetivando a redução do tempo de licitação.

O tempo estimado da obra é de 36 meses. Segundo Meller, foram 70 propostas apresentadas para 10 obras por 26 participantes, individuais ou em consórcio. C a d a u m a d e l a s d e v e g e r a r aproximadamente 150 empregos diretos e outros 50 indiretos, estimou.

52 53

Objetivo é ampliar percentual que deixa de ir para o aterro sanitário

ANA SOFIA SCHUSTER CRICIÚMA

Cursos ACICPERÍODO: 01/09/2012 - 01/09/2012 CURSO: RETENÇÃO PREVIDENCIÁRIA EM NOTAS FISCAIS- CONTRATAÇÃO DE PESSOAS FÍSICAS OU JURIDICAS PERÍODO: 03/09/2012 - 05/09/2012 CURSO: ISO 14001:2004 E OHSAS 18001:2007 PERÍODO: 04/09/2012 - 05/09/2012 CURSO: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PERÍODO: 04/09/2012 - 06/09/2012 CURSO: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL PERÍODO: 10/09/2012 - 27/09/2012 CURSO: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA PEQUENAS EMPRESAS PERÍODO: 11/09/2012 - 12/09/2012 CURSO: TIME COACHING PARA SECRETÁRIAS E RECEPCIONISTAS PERÍODO: 11/09/2012 - 13/09/2012 CURSO: LIDERANÇA DE EQUIPE: PREMISSAS E PRÁTICAS PERÍODO: 11/09/2012 - 12/09/2012 CURSO: O PODEROSO LADO HUMANO DA VENDA PERÍODO: 12/09/2012 - 14/09/2012 CURSO: COMO TRABALHAR EM EQUIPE

AGENDA DE QUALIFICAÇÃO ACIC

PERÍODO: 12/09/2012 - 14/09/2012 CURSO: LIDER DE PRODUÇÃO

PERÍODO: 14/09/2012 - 15/09/2012 CURSO: COMO AUMENTAR A EFICIÊNCIA OPERACIONAL DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO PERÍODO: 17/09/2012 - 19/09/2012CURSO: SASSMAQ PERÍODO: 17/09/2012 - 20/09/2012 CURSO: FDG - FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO GERENCIAL PERÍODO: 17/09/2012 - 18/09/2012 CURSO: Inteligência Emocional PERÍODO: 21/09/2012 - 21/09/2012 CURSO: DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGTO- PRÁTICAS PREVIDENCIÁRIAS PERÍODO: 21/09/2012 - 21/09/2012 CURSO: PALESTRA GRATUÍTA: DIREITO DIGITAL EMPRESARIAL E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO PERÍODO: 25/09/2012 - 26/09/2012 CURSO: LIDERANÇA E GERENCIAMENTO EM VENDAS PERÍODO: 26/09/2012 - 28/09/2012CURSO: AUMENTO DA PRODUTIVIDADE E REDUÇÃO DE DESPERDÍCIOS EM PROCESSOS INDUSTRIAIS-METODOLOGIA KAIZEN

O Sul de Santa Catarina está mais próximo da concretização da Via Rápida, que ligará Criciúma e Içara à BR 101. A abertura das propostas para a construção da rodovia, que terá 11 quilômetros, aconteceu no dia 15 de agosto, na sede do Departamento Estadual de Infraestrutura, Deinfra, em Florianópolis. O presidente da Acic, Olvacir Bez Fontana, acompanhou a abertura das propostas e comemorou mais esta etapa vencida. “Esta foi uma semente plantada, está sendo cuidada e já está brotando. Trata-se de uma obra importantíssima para a nossa região, que trará um novo canal de desenvolvimento, não apenas para Criciúma e Içara”, observou Fontana. Além do presidente, estiveram na reunião os vice-presidentes César Smielevski e Delir Milanez.

O processo licitatório envolveu dez obras que serão realizadas com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, orçadas em R$ 393.039.843,64. Ao todo 26 empresas apresentaram propostas para todos os lotes, sendo que nos lotes 1 e 2, relativos à Via Rápida, participaram as

Empresas apresentam propostas para Via Rápida

Lote 1Triunfo: R$ 85.539.373,76Consórcio Equipave/COMSA: R$ 77.870.854,21 (Ofereceu desconto de 5,4% sobre o preço do lote, caso ganhe o lote 2)Sanches Tripoloni: R$ 78.531.067,81Ivaí Engenharia: R$ 77.150.629,72

Confira os valores apresentados para os dois lotes da Via Rápida:

“Esta foi uma semente plantada,

está sendo cuidada e já está

brotando. Trata-se de uma obra

importantíssima para a nossa

região, que trará um novo canal

de desenvolvimento, não apenas

para Criciúma e Içara”

Lote 2MAC Engenharia: R$ 17.769.293,00Consórcio Equipave/COMSA: R$ 17.572.576,08 (Ofereceu desconto de 22,34% se for adjudicado o lote 1)Setep: R$ 15.754.854,21Confer: R$ 16.676.080,30Sanches Tripoloni: R$ 18.567.171,14 (ofereceu 10% de desconto caso seja adjudicada no lote1)Conterra: R$ 19.392.734,32

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PERÍODO: 08/10/2012 - 17/10/2012CURSO: GERENCIAMENTO FINANCEIRO - FOCO EM ANÁLISE E TOMADA DE DECISÃO

PERÍODO: 08/10/2012 - 17/10/2012CURSO: DEPARTAMENTO PESSOAL – MÓDULO INTERMEDIÁRIO

PERÍODO: 11/10/2012 – 31/10/2012CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS COMPLETA – SISTEMA E SUBSISTEMAS DA GESTÃO DE RH

PERÍODO: 22/10/2012 e 24/10/2012CURSO: MONTAGEM E MODELAGEM DE ESCALAS DE TRABALHO – FOCO EM DIMINUIÇÃO DE HORAS EXTRAS

PERÍODO: 22/10/2012 - 24/10/2012CURSO: VENDAS – ABORDAGEM, CONDUÇÃO E FECHAMENTO

PERÍODO: 22/10/2012 - 24/10/2012CURSO: COMO VENDER E ENCANTAR – A MAGIA DE ATENDER, SATISFAZER, E ENCANTAR VENDENDO

PERÍODO: 26/10/2012CURSO: CRÉDITOS FISCAIS DE PIS/PASEP E COFINS NA EFD-CONTRIBUIÇÕES

PERÍODO: 27/10/2012CURSO: ASPECTOS FISCAIS E TRIBUTÁRIO PARA COMPRADORES

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MILENA NANDI CRICIÚMA

Criciúma é considerada um polo regional no comércio. E um dos segmentos do varejo que mais se destacam é o supermercadista. O município recebeu investimentos recentes das maiores redes da região – as maiores de Santa Catarina – e foi a primeira cidade catarinense a ter uma loja de auto-serviço. Criciúma é hoje o município catarinense com a maior proporção de metros quadrados de loja de supermercado por habitante. E isso, somado aos problemas de logística, está fazendo com que algumas das maiores redes tenham começado a investir em outras regiões do Estado – mas sem esquecer da matriz.

Com 14 lojas – quatro no Sul do Estado, cinco na Grande Florianópolis, duas em Blumenau, uma em Lages, uma em Brusque e uma em Joinville – a rede Bistek Supermercados tem buscado diversificar a “praça”. Há cerca de três anos, a rede reformou e ampliou a loja da Avenida Centenário, em Criciúma, e paralelo a isso, firmou sociedade no Shopping Park Europeu, em Blumenau, que iniciou as atividades recentemente e onde a rede possui uma loja. E em setembro de 2012 deve inaugurar a quinta loja na região de Florianópolis, em São José, o Continente Park Shopping.

Segundo o d i re tor do B is tek Supermercados, Walter Ghislandi, há uma tendência da rede em buscar novos mercados. “Sempre investimos no Sul de

Santa Catarina, mas a região está estacionada, enquanto a Capital, o Vale e o Norte estão crescendo mais rápido”, comenta. Um dos fatores seria a logística que, segundo Ghislandi, é problemática em todo o Brasil, mas que no Sul catarinense apresenta mais agravantes, em comparação com o Norte.

Outro gargalo dos supermercados, segundo Ghislandi, é a formação da mão-de-obra – e isso em todas as regiões – e a rotatividade de trabalhadores. “O Brasil não se preocupa com a educação e muitas vezes o jovem vê o supermercado como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. Nós temos que formar a nossa mão-de-obra, que depois de capacitada, vai embora. Um dos motivos desta rotatividade é o trabalho no final de semana. E nós precisamos manter as lojas abertas para atender os clientes”, analisa o diretor do Bistek. Hoje, a rede possui cerca de 2,8 mil colaboradores.

Os investimentos feitos há três anos na loja da avenida Centenário, em Criciúma, estão surtindo efeito. Segundo Ghislandi, os consumidores da região foram receptivos às mudanças e tem colaborado para um ano de 2012 positivo. “Talvez este seja o melhor ano do Bistek. Apesar do primeiro semestre nebuloso, conseguimos ter crescimento real. Acreditamos que em 2012 vamos crescer 20%”, conta.

Redes de supermercados com investimentos a todo vapor

Segundo Ghislandi, a rede trabalha com dois conceitos de lojas: as de vizinhança e as strip center. As primeiras são menores, e as segundas possuem além do supermercado, lojas auxiliares com serviços e produtos que não são comercializados pela rede. E para decidir em quais dos perfis de loja investir, a rede inicia o trabalho com uma pesquisa de mercado, para, a partir daí, formatar o projeto de uma nova loja.

O diretor do Bistek afirma que o strip center é uma realidade e não vai deixar de existir, mas que as lojas de vizinhança têm ganhado força, sobretudo em locais onde já há esses serviços “complementares”. A diferença entre os dois modelos também é considerável do ponto de vista de investimento. “Enquanto você tem que investir de R$ 40 a R$ 50 milhões em uma strip center, com 20% desse valor você consegue montar uma loja de vizinhança”, compara.

Antes de qualquer investimento, pesquisa de mercado

Ano positivo e de crescimento

“A logística é um dos gargalos do segmento.

No Brasil isso tem sido complicado. Equipes

despreparadas e caminhões e rodovias ruins

acabam por encarecer a operação. No Norte

de Santa Catarina esta questão é menos

problemática”

VAREJO

54 55| Liderança Empresarial www.acicri.com.br |

Bistek

Page 29: Revista ACIC 35

A rede Giassi Supermercados continua fazendo investimentos em novas lojas e melhorias das já existentes. Em agosto de 2012, um projeto no Norte do Estado deve começar a sair do papel. Trata-se da 13ª loja da rede, que será construída em Joinville. Ela será a segunda loja da marca no município e deve ser inaugurada em 2013 e gerar 400 empregos diretos.

Conforme Zefiro Giassi, diretor presidente da rede, a nova loja de Joinville terá 30 mil metros quadrados de área construída, sendo 5,5 mil metros quadrados de área de vendas. Além do supermercado, o novo empreendimento contará com 30 lojas de apoio, praça de alimentação e 570 vagas de estacionamento. Mas a nova loja não será a maior da rede. O Giassi Santa Bárbara, inaugurado no último trimestre de 2010, é considerado o maior supermercado da rede, com 32 mil metros quadrados de área construída, sendo 6 mil metros quadrados de área de vendas.

Paralelamente a construção do novo empreendimento em Joinville, a rede

está realizando estudos para a ampliação e melhorias das lojas de Tubarão e Araranguá (Bairro Cidade Alta). O Giassi possui atualmente 12 lojas, localizadas em Sombrio, Araranguá (duas lojas), Içara, Criciúma (duas lojas), Tubarão, Palhoça, São José (duas lojas), Blumenau e Joinville. A rede possui o Centro de Produção 1, onde são beneficiados os cereais da marca Giassi e o Centro de Produção 2, que é o Frigorífico Giassi. Ao todo, a empresa gera 4,7 mil empregos diretos e estima gerar o dobro de indiretos.

Segundo Giassi, em função dos investimentos recentes feitos em melhorias na loja da avenida Centenário e construção da loja no Bairro Santa Bárbara, por enquanto não há planos para novos empreendimentos no município. “Para este ano não temos projeto de implantação de novas lojas em Criciúma. Porém, sempre estamos atentos ao mercado, e no momento que acharmos que a cidade comporta uma nova loja, poderemos então construí-la”, comenta o diretor presidente.

Para os próximos anos, a rede de supermercados Angeloni possui projetos para o Paraná e Santa Catarina. Entre eles, a construção, reconstrução e reformas de lojas e o investimento em um shopping center. Para 2012, a rede prevê a conclusão da reforma da loja na avenida Beira Mar, em Florianópolis, e a implantação da primeira loja em Londrina, no Paraná. Já para o próximo ano, a rede planeja a inauguração da primeira loja em Maringá, no Paraná – a marca trabalha ainda no projeto da terceira loja em Curitiba. Em Santa Catarina há ainda projetos em fase de conclusão em São José e Itapema. E em Criciúma, terra da rede, os investimentos divulgados para os próximos anos serão a reconstrução da loja na Rua Felipe Schmidt – que foi praticamente destruída por um incêndio – e a construção de um shopping.

Atanázio dos Santos Neto, diretor

operacional da rede, afirma que neste momento, o trabalho em Criciúma está voltado para a reconstrução da loja da Rua Felipe Schmidt, que terá a configuração do projeto original e tem previsão de reabertura em novembro de 2012. Ainda neste ano, a rede está desenvolvendo novos programas, como o Lixo Zero, destinado a implantar a correta gestão dos resíduos sólidos e adequar a rede às diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e a Rastreabilidade, que permite que o produto, como o hortifrutigranjeiro, seja auditado para o cliente saber a procedência, ou seja, quem é o produtor e de onde vem o artigo adquirido.

Recentemente, a rede comprou a loja do Supermercados Manentti, em Araranguá, mas ainda não divulga o projeto que tem para o local.

GiassiNova loja em Joinville e estudos para melhorias em Tubarão e Araranguá

Zefiro Giassi afirma que a intenção da rede é inaugurar um novo supermercado a cada ano. E a rede vai além e já ensaia os primeiros passos em investimentos fora do segmento. “A empresa deve sempre inovar e estamos abertos às mudanças. Temos alguns projetos, não bem definidos, mas em estudos, para investimentos além da área supermercadista. Esses projetos poderão

Uma nova loja a cada ano

AngeloniProjetos de expansão fora doEstado e shopping em Criciúma

Hoje a rede possui 24 supermercados (seis em Florianópolis, dois em Blumenau, dois em Criciúma, um no Balneário Rincão, dois em Joinville, um em Laguna, um em Tubarão, um em Lages, dois em Jaraguá do Sul, um em Itajaí, dois em Balneário Camboriú, um em Biguaçu e dois em Curitiba), 21 farmácias, oito postos de combustíveis e um Centro de Distribuição em Porto Belo, e gera mais de 9,2 mil empregos diretos.

E entre os projetos futuros do Grupo, está o Parque Shopping Criciúma, nas proximidades do Centro de Distribuição, na Grande Próspera. “O empreendimento será feito em conjunto com Paulo Carneiro e Associados e o Grupo Portage, ambos de

Angeloni investe em shopping

ser aplicados ainda este ano e em 2013”, conta.

E sobre o ano, sem expectativas de crescimento elevado. “O primeiro semestre de 2012 sinalizou que neste ano teremos um crescimento bastante modesto. Dessa forma, acreditamos que em 2012 o crescimento será semelhante a 2011”, pondera.

VAREJO

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São Paulo. O projeto já é antigo e foi desencadeado em função do novo sistema viár io de Cric iúma, recentemente aprovado”, revela Santos.

No momento, o Grupo mantém em sigilo outras informações. A notícia do empreendimento veio em um período que o Sul do Estado recebia a notícia da construção de outro shopping em Criciúma, o Shopping das Nações, do ex-presidente da Bunge Alimentos, Sérgio Waldrich, de Blumenau. Esse empreendimento terá cinco lojas âncoras, 15 megalojas e 170 lojas satélite. Serão 72 mil metros quadrados de área construída em terreno de 80 mil metros quadrados.

Page 30: Revista ACIC 35

Há 15 anos a Associação Empresarial de Criciúma plantava mais uma semente de associativismo no município. Com incentivo do então presidente da ACIC, Sr. Guido Búrigo, surgiu em Criciúma a Câmara da Mulher Empresária. O primeiro grupo de mulheres que se reunia para discutir assuntos do ramo administrativo e empresarial da cidade. Eram nomes de mulheres de destaque no meio empresarial da cidade, lideradas por Volnete Cardoso e Cristiane Barata Búrigo. Também formavam a Câmara as empresárias Brigite Gorini, Marilda Guglielmi, Marli Aguiar, Lali Matiola, Marília Pinheiro Machado, Fabrícia Cardoso Barata, Dulce keller, Salete Loch, Sílvia Zenette, Mirian Thormann e Dilma

Aléssio Lima. Ao longo dos anos outros nomes foram se somando a esta lista de mulheres que integraram a Câmara.

A missão destas pioneiras era marcar espaço diante de uma nova realidade. Naquela época, a mulher ganhava espaço no mercado de trabalho. No entanto, não havia uma entidade organizada para discutir esta crescente participação. Esta necessidade então ganhava força na ACIC, que gestou e a fundou a Câmara da Mulher Empresária. Com a criação começou a ficar evidente a sua importância neste espaço tão almejado, e em pouco tempo a Câmara ganhava visibilidade com suas ações. “Lembro que naquele ano a ACIC já fazia 40 anos e não tinha a participação de

58 59

PAULA DARÓS DAROLT CRICIÚMA

mulheres, havia um pensamento um tanto machista, mas Criciúma já contava com mulheres empresárias de sucesso e porque não inseri-las no movimento empresarial?”, lembra Guido.

Em sua primeira formação, presidida por Volnete Maria Swaiser Cardoso, a cidade já começou a ver os primeiros sinais de um movimento que chegava pra ficar. “O Guido montou uma comissão e aí começamos a

A Câmara da Mulher Empresaria de Criciúma comemora nesses 15 anos todo o sucesso dos projetos passados e também as boas expectativas para os próximos. Para a coordenadora da Câmara, Marion Nagel Backes, a CMEC está em desenvolvimento. “Além do desenvolvimento de novos projetos, nos crescemos também em número de associadas, hoje estamos em 16 mulheres e sempre há o interesse em novas participantes'', conta.

Hoje a Câmara da Mulher é popular por seus eventos sociais como a “Feijoada da Câmara da Mulher”, “Happy Hour da informação” e “Almoço de idéias”, que reúnem centenas de pessoas em cada edição e vem se consagrando como eventos importantes no calendário anual dos participantes como informativos e culturais. “Passamos por modificações e hoje a câmara promove duas edições de cada um

desses eventos por ano e a cada evento o público vem crescendo”, conta. Ela complementa que os eventos da câmara não são apenas para mulheres e que o número de homens vem crescendo a cada edição.

Mais do que representar a mulher no campo empresarial, a CMEC passou a assumir um importantíssimo papel na sociedade, apoiando as mulheres que buscam crescer com o empreendedorismo. De acordo com a coordenadora da CMEC, Lenir Dal Sasso Schambeck, uma das tarefas d a c â m a ra é a p o i a r a s n o va s empreendedoras. “Nós estamos de portas abertas pra receber mais mulheres que queiram crescer junto com a gente. Nós debatemos e trocamos muitas idéias que afetam diretamente no trabalho de cada uma em sua empresa, seja ela grande ou pequena”, afirma.

Projetos atuais, olhar no futuro

“Acompanho a câmara desde

a sua fundação sendo

presidente por dois anos.

Sempre foi um trabalho que

eu quis fazer, adquiri muitos

conhecimentos, cresci

pessoalmente e

profissionalmente”, Dilma Aléssio Lima - Presidente 2006-2007

Mulheres empresárias comemoram 15 anos de sucesso

Câmara da Mulher Empresária de Criciúma vem se destacando por excelentes trabalhos para a sociedade

discutir problemas que nos preocupavam, as mulheres começaram a ocupar o espaço delas no meio empresarial”, lembra.

Os primeiros passos da Câmara da Mulher ficaram conhecidos e marcados na cidade, como o projeto “Criciúma quero-te bem” e o “Almoço de idéias”. “O projeto Criciúma quero-te bem foi muito aceito e bem visto em toda região, nós fazíamos mutirões de limpeza e jardinagem pelo centro da cidade, passamos de loja em loja pedindo a colaboração de todo o comércio e isso resultou em uma Criciúma mais bela”, relata.

O “Criciúma quero-te bem” foi um sucesso, sendo reconhecido até pela prefeitura. “Nosso prefeito era o Paulo Meller, lembro que ele chamou a Câmara da Mulher para uma reunião e nos deu carta branca para realizar qualquer atividade deste tipo, tínhamos então o apoio total da prefeitura”, afirma.

“Nós seguimos a missão,

integrar força, formar e

capacitar lideranças para

desenvolver e aprimorar

a participação da mulher

na sociedade empresarial”Marion Nagel Backes

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Page 31: Revista ACIC 35

complementa. A CMEC desenvolveu projetos em

Criciúma que serviram de exemplo para outras câmaras do estado. Segundo a presidente do Conselho Estadual da Mulher Empresária, Neiva Dreger Kieling, todo o trabalho da câmara tem colaborado para o desenvolvimento econômico da Região Sul, sendo as porta vozes dos anseios da mulher empresária através das ações coordenadas na ACIC. “O conselho sente orgulho desse grupo que tem trazido tantos resultados positivos para a sua cidade através da atividade voluntária dessas mulheres empresárias comprometidas com o desenvolvimento de sua região. E nós do conselho, nos sentimos fortalecidos por poder colaborar no crescimento dessas organizações , por acreditar no ideal do associativismo e na possibilidade de transformar realidades através de uma ação voluntária empresarial”, enaltece a presidente.

Ao longo desses 15 anos, a CMEC passou por modificações junto ao setor empresarial e vem crescendo em número de associadas. Para a atual coordenadora, Marion Nagel Backs, a câmara vem se destacando no âmbito estadual e almeja projetos junto a câmara federal. “A Câmara da Mulher Empresaria de Criciúma despontou nos últimos anos como uma das mais desenvolvidas do Estado, e hoje contamos com três representantes no CEME que é o órgão que nos orienta e dá as diretrizes de atuação através de reuniões e consultores ligados a FACISC. Alguns de nossos projetos já foram modelos para outras Câmaras do Estado e isto nos orgulha muito", relata a Coordendora.

A Marion ressalta que a força da mulher empreendedora em Criciúma continua viva em atividades e crescendo cada vez mais. “Nós seguimos a missão, integrar força, formar e capacitar lideranças para desenvolver e aprimorar a participação da mulher na sociedade empresarial”,

Representatividade no estado

60 | Liderança Empresarial

Se o brasileiro é considerado um dos mais empreendedores do mundo, sua força motriz vem das mulheres. Segundo dados estatísticos da Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), de cada 100 empreendimentos novos, 49 são comanda-dos por mulheres, sendo que no Brasil elas representam aproximadamente 40% deste total.

Historicamente, nenhuma revolução foi tão intensa quanto a feminina. De salto alto, as mulheres deram um salto importante rumo ao sucesso, o que oportunizou uma série de conquistas sociais, políticas, econômicas e até mesmo pessoais. Basta um olhar retrospectivo para captar a capacidade de organização, superação e inserção em um mundo quase exclusiva-mente masculino. O processo é lento, mas sólido.

Direito do voto, igualdade social, disputa pelo mercado de trabalho e direitos trabalhistas representam a mudança gradativa no perfil da nova mulher. Ela

deixou de ser apenas uma parte da família para se tornar sua comandante e até assumir a presidência de uma empresa. Por isso, seu ingresso no mercado é uma vitória.

A presença da mulher no mundo dos negócios aumenta nas pequenas e grandes empresas e nos mais diversos ramos de atividades, do cooperativismo ao setor de franquias. O mais interessante é que neste processo as mulheres que mais avançam na carreira são justamente aquelas que não fazem da sua condição feminina um “Cavalo de Tróia”.

Não foi feminismo que as levou além das manchetes de jornais e noticiários de televisão. Nenhuma mulher se tornou astronauta, juíza, presidente de uma empresa apenas por não ser homem. A ascensão profissional não foi impulsionada pela necessidade das corporações em diversificarem seus quadros. Elas cresceram por mérito, medido por padrões que valem tanto para os homens quanto para mulheres.

Kaline Michels BoteonAdvogada e jornalista do escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados

Associados e diretora jurídica da Associação de Jovens Empreendedores

de Criciúma

Você é muito para isso

fragil É preciso aproveitar os adjetivos

propriamente femininos, tais como a

diversidade de processos multifuncionais e

a sensibilidade, que permite a congruência

até de equipes heterogêneas. Na gestão do

conhecimento empresarial, a mulher ganha

cada vez mais importância estratégica, pois

a habilidade de gerenciar atividades

profissionais e domésticas simultanea-

mente pode ser usada para capitalizar as

oportunidades no mercado com soluções

criativas para resoluções de problemas,

antes considerados insolúveis.A condição de empreendedora traz em

si a quebra da invisibilidade a qual o

trabalho da mulher foi destinado historica-

mente aumentando sua participação nos

processos políticos e sociais, ainda que

tenha de enfrentar as restrições e

preconceitos que fazem com que receba

salários inferiores aos dos homens que

exercem as mesmas funções.

UNIMED

61www.acicri.com.br |

Marion Nagel BackesCoordenadora Edelamar

Elias FariasVice Coordenadora

Vera AntoniniSecretária

Inede Fontanela CanellaSegunda Secretária

Célia Maccarini OlivoAssesoria Financeira

Zelir LotinAssessoria Financeira

Lenir Dalsasso SchambekAssessoria de Relações Públicas

Ana Peruchi MilanezAssessoria de Relações Públicas

Vilma Citadim ZanetteAssessoria de Eventos

Magna LapaAssessoria de Eventos

Rosangela Cesconeto RosaAssessoria de Marketing

Deize Liliane FelisbertoAssessoria de Imprensa

Maria Salete B. MilanezAssessoria de Projetos

Miriam Pinto SchelpAssessoria de Projetos

Maira Matschulat ElyAssessoria de Projetos

Cleiva Michels Bianchi-Assessoria de Eventos

Page 32: Revista ACIC 35

A jornalista Sônia Bridi acaba de lançar o livro Diário do Clima, onde apresenta a série de reportagens que abordaram a sustentabilidade das cidades. Quando o tema é urbanização das cidades do futuro, os olhos de entidades como a ONU se voltam para exemplos como Nova Iorque, onde a concentração permite uma maior economia energética e menor geração de poluição. Empregado no meio urbano, o conceito de concentração das cidades não é novidade. Somam-se a estes benefícios segurança, redução das distâncias e do uso de veículos para locomoção, economia de recursos e também a aproximação das pessoas. E mais: especialistas afirmam que as aglomerações criam as condições para a sociedade evoluir, e não nos subúrbios.

Esta maneira de organizar as cidades, afeta também a administração do município. Um dos entusiastas do modelo é o prefeito de Joinville, Carlito Merss. Para ele, o fato de não expandir o perímetro urbano garante que os serviços públicos sejam implantados e mantidos de forma mais eficiente e com menor custo para população. “O pensamento do sistema de verticalização está associado ao novo urbanismo, onde se defende a construção de cidades mais compactas, com a ocupação mais efetiva do território, resguardando as áreas rurais e as áreas de preservação ambiental”, afirma. Merss explica que no caso de Joinville, a cidade cresceu e se expandiu demais em seu perímetro urbano. E agora, o “pensamento urbanístico” que está em implantação visa tornar Joinville uma cidade mais compacta.

Em entrevista a Revista Liderança Empresarial, o arquiteto criciumense Maurício Carneiro fala sobre o conceito de concentração, verticalização e das possibilidades de sua implantação em cidades como Criciúma. Maurício Carneiro é em Arquitetura e Urbanismo, com pós-graduação em Arte e Educação, sócio fundador e ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB - Departamento de Santa Catarina - Núcleo Criciúma), titular do Escritório Carneiro Arquitetos Associados e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc.

Cidades concentradas podem ser a saída para espaços físicos limitados

O sistema de concentração das cidades, incluindo projetos de verticalização, está sendo implantado em alguns países e tem sido utilizado sob o argumento de que ele seria uma das maneiras mais racionais de utilização do espaço para habitação humana, inclusive com a economia de recursos naturais e financeiros. Como você vê este modelo? Esta é uma solução que está sendo defendida e implantada com cada vez mais intensidade nas cidades contemporâneas. No passado, as cidades surgiram por necessidade de agrupamento das pessoas procurando proteção e facilidades que só a cidade proporcionava. Esta proximidade das pessoas e a troca de experiências entre elas produziu muitos efeitos benéficos na história da humanidade, gerando conhecimento, aperfeiçoamento tecnológico, especialização nas profissões em um espaço comunitário mais abrangente, onde cada cidadão participa e contribui de alguma forma, para ter como retorno, direito a uma infraestrutura de qualidade para todos, que só é possível ser atingida com a união de esforços. Então, estamos chegando à conclusão que as cidades mais compactas e adensadas têm capacidade de oferecer este retorno em infraestrutura mais rapidamente, com mais qualidade para um número maior de pessoas, e a um custo mais baixo de implantação e de manutenção. Ao contrário disto, espalhar a cidade representa uma ameaça cada vez maior ao meio-ambiente, na medida em que a urbanização avança sobre áreas que seriam possíveis de serem preservadas ou reservadas a outros usos, como lazer ou produção de alimentos. Uma das diretrizes mais importantes defendidas no Estatuto da Cidade, lei que obrigou a revisão de todos os Planos Diretores, é a ocupação dos chamados “vazios urbanos”, áreas no meio da cidade ainda sem ocupação, mas com infraestrutura pronta, justamente porque os recursos públicos já foram investidos e, portanto, deve-se incentivar a ocupação para que mais pessoas se beneficiem da estrutura urbana que já está consolidada.

No Estado você conhece alguma experiência neste sentido?Cada cidade tem sua particularidade e a configuração do ambiente natural é fator primordial para o planejamento das cidades. Criciúma tem alguns aspectos naturais presentes na maioria das cidades: rios, riachos, nascentes, morros, áreas verdes a serem preservadas, mas principalmente um passivo ambiental, tanto na superfície como no subsolo, resultado da atividade da mineração do carvão, extração de argila, entre outros. Este conjunto limita bastante o potencial de expansão das áreas urbanizáveis. Então, é natural que se pense na ocupação do

“espaço aéreo” da cidade e não somente no “espaço térreo”, ou seja, a verticalização. Joinville sempre foi uma cidade “espalhada”, mas o seu crescimento foi ficando limitado pelo mangue, pelos rios e morros existentes, um cenário muito similar com o que ocorre aqui. A recente revisão do Plano Diretor de Joinville propôs maior verticalização da cidade, mais concentração de pessoas, diminuindo distâncias e aliviando a pressão pela expansão da chamada “borda” periférica da cidade. Blumenau está fazendo o mesmo. Tubarão também. São duas cidades com características similares pela presença de um grande rio e o risco constante das cheias. Blumenau ainda tem o problema

dos morros que devem ser desocupados depois das tragédias. Com o território diminuindo, a solução é verticalizar. Balneário Camboriú é muito verticalizada, resultado de uma grande procura de imóveis sobre uma área muito reduzida de território. Porém aquele modelo de ocupação não é o ideal. Os reduzidos afastamentos entre edificações e a falta de recuos frontais em ruas mais estreitas que as de Criciúma, acabam por criar um cenário urbano que nos passa a sensação de certo exagero, mas nem por isso as pessoas deixam de morar lá, de ficar lá, de viver e de gostar deste modelo. Existem vários modelos de urbanização, e

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Cidades do futuro mais e mais acessíveis

CONCENTRADAS

}MILENA NANDI CRICIÚMA

Ab | Revista Liderança Empresarial Ab | Maurício Carneiro

Page 33: Revista ACIC 35

O que é Regime de Comunhão Parcial de Bens?

Giovani Duarte OliveiraAdvogado, consultor jurídico, escritor,empresário, atuante em advocaciaempresarial, especialista em processo civil

Regime de bens consiste num conjunto de normas que irá regulamentar os direitos patrimoniais do casal diante da instituição do casamento.

Em regra a escolha do regime de bens é efetuada livremente pelos nubentes, que deverá ser estabelecido pelo pacto antenupcial.

No regime de comunhão parcial de bens, é dispensado aos nubentes o pacto antenupcial, que é necessário para os demais regimes.

Regime Legal ou Oficial como também é

Ressalta-se que as obrigações ou dívidas, assim como os resultantes de atos ilícitos não se as transmitem as anteriores do casamento.

Hoje em dia no Direito Brasileiro o regime de bens escolhido pelos cônjuges poderá ser modificado durante a vigência da sociedade conjugal, sempre mediante autorização judicial, por meio de pedido fundamentado, respeitando os direitos de terceiros.

Os bens que cada cônjuge possuía anteriormente ao

casamento;

Os bens recebidos por doação ou

sucessão (herança) em qualquer tempo;

Os bens contraídos com o produto da venda dos bens

particulares;

Os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de

profissão;

Os rendimentos do trabalho pessoal,

bem como pensões e outras rendas semelhantes.

chamado, significa que independente da participação financeira de cada um dos cônjuges há comunicabilidade dos bens após o casamento. Sendo também assim no caso de morte, se não houver bens particulares o cônjuge sobrevivente será somente meeiro do patrimônio adquirido durante a constância do casamento.

Porém, alguns bens não integram o patrimônio comum da sociedade conjugal, mesmo que estes tenham sido recebidos ou adquiridos por um dos cônjuges durante este período, são eles:

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normalmente vários deles dentro de uma mesma cidade, que devem ser disciplinados com o que chamamos de zoneamento, e cabe às pessoas decidirem em qual setor querem viver, pois sempre haverá espaço para prédios, casas ou sítios, mas parece lógico que o maior conjunto de infraestrutura fique disponível sempre para um número maior de pessoas.

Sim, mas reafirmo que cada cidade tem sua peculiaridade e deve encontrar o seu caminho. Importar modelos totalmente prontos dificilmente produz bons resultados, pois a cidade não é resultado só das obras físicas, mas principalmente do modo de vida das pessoas, sua história e cultura. Mas a questão da relação entre a altura da edificação e os afastamentos é primordial neste estudo. Aqui na cidade, temos afastamentos entre os maiores do Brasil: o famoso h/5. Várias cidades não limitam a altura, apenas exigem que quanto mais alto o prédio, mais ele tem que se afastar das extremidades do terreno.

Sim. A concentração diminui distâncias. Pode-se atingir um número maior de pessoas com uma mesma infraestrutura. Quanto mais espalhada é a cidade, mais investimento é necessário para a sua implantação e manutenção. São mais ruas para cuidar, postos de saúde, escolas, hospitais, linhas de transporte mais longas, entre outros aspectos.

A cidade é a nossa grande casa e podemos realmente fazer a comparação com uma casa. Quanto maior é a casa e seu jardim, maior o custo de manutenção, mais pessoas temos que contratar para mantê-la a um custo mais elevado, bancado por uma só pessoa: o proprietário da casa. Se vivermos em condomínio, as despesas são menores para cada indivíduo e podemos com menos recursos individuais, fazer mais e melhor coletivamente. Hoje, as pessoas que procuram apartamentos normalmente estão buscando a segurança e as áreas de lazer coletivas, itens que não conseguiriam ter pelo mesmo custo se morassem em residências individuais. No mundo atual, a divisão de despesas de investimento e manutenção é um ato de inteligência e racionalidade. Se defendemos o uso de transporte coletivo para o uso racional das vias, como não vamos defender as formas de habitação coletivas para o uso racional da terra? Já temos exemplos no mundo de fazendas verticais, experiências de produção de alimentos em edifícios em altura, pois a terra está ficando escassa, e vamos precisar cada vez mais de alimentos. Então temos que pensar no uso da terra de forma racional, e o meio-ambiente também será

É possível utilizar o exemplo de verticalização em outras cidades do mundo em municípios como Criciúma, por exemplo? Por quê?

Quais seriam os benefícios deste sistema de concentração para as prefeituras? Facilitaria a administração?

Quais os benefícios para os moradores? E para o meio ambiente?

beneficiado. Estudos apontam que cidades espalhadas produzem mais poluição do ar, em função dos longos percursos de deslocamento que as pessoas fazem com meios de transporte poluentes individuais. Na cidade compacta, o investimento em transporte de qualidade é possível com mais rapidez, atendendo mais pessoas a um custo menor, além do que, distâncias menores sempre podem ser percorridas a pé ou de bicicleta.

MC – Durante todo este processo de revisão do Plano Diretor, Criciúma tem a oportunidade de discutir estes aspectos e de definir que modelo de cidade quer adotar. Eu penso que este debate não se esgota nunca, pois a cidade e as soluções são dinâmicas, e quanto mais gente e setores da sociedade estiverem pensando a cidade, mais ela tem a ganhar. O planejamento urbano em uma cidade do porte de Criciúma tem que ser contínuo, e ter apoio dos governos e da sociedade. O planejamento tem que estar na frente das ações e não atrás, remendando soluções e aparando arestas. É necessário inverter esta lógica, e o apoio das entidades e lideranças é fundamental neste processo.

Pode ser uma dificuldade, mas talvez não uma impossibilidade. Estudos técnicos adequados é que apontarão as soluções para cada caso. A arquitetura, a engenharia e a geologia estão muito evoluídas, e é bem provável que tenhamos tecnologia para soluções destes casos. Agora, se as soluções são caras ou baratas é outro aspecto a ser considerado. Se o empreendedor analisar que vale a pena o investimento e tecnicamente for apresentada uma solução viável e responsável, talvez o aspecto geológico não seja impeditivo à construção.

Já existe alguma discussão sobre esse modelo no Sul do Estado? O sistema já foi levantado entre lideranças regionais?

Do ponto de vista da arquitetura, quais as dificuldades que Criciúma teria para implantar este sistema? Sabemos que boa parte da cidade foi erguida sobre áreas mineiradas, o que aumentaria a necessidade de investimentos na fundação de edificações mais altas, por exemplo. Isso seria uma dificuldade para a verticalização de Criciúma?

Page 34: Revista ACIC 35

Uma idéia que deu certo. Pensando cada vez mais em reduzir custos e buscar a competitividade com os grandes do mercado da confecção, o Núcleo de Moda da AMREC procurou o Sebrae e criou a Central de Compras. Já existente em várias regiões do estado, a Central de Compras é uma maneira mais fácil de minimizar gastos com matéria prima e insumos para a produção de suas mercadorias.

Em Criciúma, a Central de Compras foi planejada ainda no ano passado, mas sua compra piloto foi realizada neste ano. Segundo a consultora externa do Sebrae, que auxiliou o Núcleo neste projeto, Cláudia Gelosa, a Central de Compras é uma grande compra feita em conjunto. “O grande intuito da Central de Compras é conseguir descontos nos insumos e matéria prima para a confecção dos produtos, então pesquisamos o interesse de todos os associados e realizamos uma única compra de um mesmo material”, explica.

O presidente do Núcleo de Moda da AMREC, Cristiano Rosa, conta que já havia necessidade da criação da Central há algum tempo. “Nós estávamos percebendo que era difícil competir com as empresas que confeccionam em quantidade maior, devido sua grande compra eles conseguem baratear mais o seu produto, e nós tínhamos essa dificuldade, por isso procuramos o Sebrae”, comenta.

Em sua primeira compra, os associados do núcleo conseguiram mais de 30% de desconto em determinados produtos. Para Cristiano Rosa, este foi um grande passo para alcançar um novo resultado ao final de cada coleção. “É difícil uma empresa que

tem uma quantidade menor em produção conseguir descontos se sua compra em matéria prima é pequena. A Central de Compras foi um grande passo, já conseguimos descontos na primeira compra e vamos continuar com este projeto”, declara.

66 67

PAULA DARÓS CRICIÚMA

Os associados sentiram um resultado satisfatório rapidamente. De acordo com a empresária, Maria Aparecida da Silva, a Central de Compras é uma parceria que implicou positivamente no caixa das empresas. “Nos unimos para o bem comum e isso resultou diretamente no nosso caixa. Conseguimos descontos que em uma compra individual eu nunca conseguiria”, relata.

Os itens comprados coletivamente vão além de matéria prima para confecção, os associados conseguem adquirir com descontos em conjunto, insumos como material de escritório e material de limpeza. “Na minha empresa eu senti diferença nos gastos com material de limpeza e até material de escritório. Eu gastava quase R$ 15 em um pacote de folha ofício e hoje consigo comprar por R$ 7,50 é muito mais econômico”, complementa Mar ia Aparecida.

Núcleo de Moda cria Central de Compras

“Nós estávamos percebendo que era difícil competir com as empresas

que confeccionam em quantidade maior, devido sua grande compra eles

conseguem baratear mais o seu produto, e nós

tínhamos essa dificuldade, por isso procuramos

o Sebrae”

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Com auxílio do Sebrae, associados agora conseguem mais de 30% de descontos em compras coletivas

Marli Maria de Aguiarvice-presidente da Acic

O que o Sul quer ser no futuro?

Você sabe qual é o plano estratégico da região Sul? Quais são as nossas metas, onde queremos chegar? Seremos um centro industrial? De baixa ou alta tecnologia? Pode ser que tropecemos no modelo ideal à medida que fizermos o caminho, mas sabemos que “não há bons ventos para quem não sabe onde quer chegar.”

Uma das áreas que mais sofre com essa indecisão é a educação. Regiões em que os saltos educacionais acompanharam saltos de desenvolvimento, a modelagem do sistema educacional estava profundamente atrelada ao projeto estratégico da região. Assim como a infraestrutura, a tributação, as relações exteriores, a educação não funciona autonomamente: ela se subordina a um projeto de uma região.

A sociedade civil precisa recuperar nossa educação e subordiná-la aos interesses nacionais e regionais. Precisamos criar uma geração de pensadores que se esqueça dos simpósios na Alemanha ou Espanha e pense no que funcionará para alfabetizar as crianças da região.

Se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a da renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho.

A educação propõe conexões com a diversidade, grandes mudanças e

competências coletivas. Ter competências coletivas é ter um sonho comum ou propósito motivador. As pessoas trabalham juntas na obtenção de resultados. São todos anjos de uma asa só, por isso só podem voar abraçados uns aos outros.

Um estudo recente de três instituições acadêmicas americanas revelou vantagens do convívio social.

Examinando o comportamento de 699 pessoas distribuídas em grupos, os pesquisadores descobriram que a inteligência do grupo é maior do que a inteligência de cada um de seus membros-caso em que o todo é maior do que soma das partes. A inteligência coletiva, porém, só sobressai à inteligência individual quando as pessoas do grupo têm “sensibilidade social”, ou seja, capacidade de decifrar com clareza as emoções do outro.

Tudo na vida precisa de estudos, de treino. Para quem acredita que o gênio nasce pronto, treinar e estudar é sinal de inferioridade. Ora, nem Michelangelo, que fazia carne do mármore, nasceu pronto. Van Gogh, pintor genial, era um estudioso compulsivo.

Um país, um estado, uma região não pode ser melhor, mais rica e mais bem preparada do que as pessoas que a compõem. É como diz John Dewey: “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a vida”.

Conselho de Desenvolvimento de Criciúma muito ativo com Planejamento Estratégico para 2030;

Término do Aeroporto de Jaguaruna previsto para os próximos 90 dias, onde o modelo de gestão está definido que será em parceria público-privada;

Contorno do Anel Viário: 3ª etapa- em vias de licitação;

Via rápida: edital de licitação já está valendo e obras iniciam ainda em 2012;

Inicio dos trabalhos da construção da ponte de LAGUNA;

Lançamento Prêmio Acic de Inovação - Parceria com Unesc -Criação de produtos e/ou processos de alto valor agregado;

A pedido da Acic, lançamento do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu - especialização em MBA Executivo em Gestão e Liderança;

Construção do 3º bloco do Centro Empresarial da Acic;

Alguns exemplos que demonstram que o Sul está despertando para as competências coletivas:

Temos grandes desafios pela frente como o Planejamento Estratégico da região Sul principalmente no que tange à mobilidade, saúde, áreas Industriais...

LEMA DA ACIC: “Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe”.

Page 35: Revista ACIC 35

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A ACIC vai dar início às obras dos novos blocos do Centro Empresarial de Criciúma. Finalizado o processo de elaboração do projeto e aprovação na prefeitura, será lançada a pedra fundamental do prédio com três pavimentos, com salas para as entidades parceiras, e o auditório modular, com capacidade para até 540 lugares.

O projeto arquitetônico é do escritório NDA Arquitetura. O bloco de três andares terá 2.164,3 metros quadrados e o auditório 939,46 metros quadrados. O objetivo da diretoria é conclui a obra até o final de 2013. O valor da construção ficará em cerca de R$ 4 milhões, sendo que a entidade possui R$ 1 milhão garantidos junto ao governo do Estado. O restante da construção será feita com recursos próprios.

Ampliação do centro empresarial pronta para iniciar

Prédio com três pavimentosAuditório

Vida e negócios ao ar livre!

68

Paulo Cadallóra Presidente do Instituto Alouatta | Coordenador do Programa Tribos

sul, tem grande potencial para atividades ao ar livre. Entre vales, montanhas e serras o cartão postal está pronto, e para quem pensa que por aqui estamos longe de uma prática segura para estas atividades engana-se. A região conta com empresas, ONGs e grupos que atuam não apenas nas atividades propriamente ditas mas principalmente na prevenção. Um exemplo disso é o GVBS – SUL – Grupo Voluntário de Busca e Salvamento Núcleo Sul, estes grupos são formados principalmente pelos profissionais que atuam no setor e servem como suporte as instituições legais em caso de resgates e atendimentos em áreas remotas. A criação dos GVBSs é uma recomendação da ABETA – Associação Brasileira de Ecoturismo de Turismo de Aventura para 15 destinos no país que tem forte potencial para o turismo de aventura e Santa Catarina faz parte desta lista.

Portanto, antes de se aventurar ao ar livre, busque informações verifique se os profissionais são certificados e se atividade possui seguro, e lembre-se: na cidade se você atravessar na faixa de segurança diminui-se as possibilidades de acidentes, ao ar livre as regras acima são a sua faixa de segurança.

Recentemente folhando as páginas da revista VEJA (2 maio 2012) um artigo me chamou atenção: “OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS?”. Escrito pelo economista Claudio Moura Castro adepto da prática de turismo de aventura, relatava como foi deixado para trás por um guia quando subia a cratera do Vulcão Villarrica (no Chile), este local inóspito já foi palco de algumas tragédias envolvendo inclusive brasileiros. Segundo Castro, que na época fazia parte da equipe do grupo educacional do então ministro do turismo Mares Guia, resolveu recomendar ao mesmo que incentivasse a modalidade de turismo de aventura no país, já que temos um potencial enorme para atividade, mas antes disso em virtude do abandono no Vilarrica acendeu o que ele chamou de luz amarela antes de incentivar a prática era preciso profissionalizar o setor.

Nasciam assim várias iniciativas que têm tornado a prática das atividades ao ar livre mais seguras, não apenas em território nacional mas como referência para outros países. Recentemente o Brasil, juntamente com a Inglaterra, iniciou estudos para replicar tudo o que vem sendo feito aqui para criação de normas internacionais para turismo de aventura.

Santa Catarina, mais precisamente o

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Fundada oficialmente em 1995, a Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma tem como objetivo fomentar o empreendedorismo, constituir novas lideranças, promover o relacionamento, capacitar e dar representatividade ao jovem empreendedor na busca por um ambiente socioeconômico inclusivo e sustentável.

A entidade possui hoje cerca de 60 integrantes e tem como foco o aprimora-mento de jovens no mercado empresarial, mostrando e incentivando o espírito empreendedor, contribuindo para a trans-formação do cenário regional através de práticas que fortaleçam a disseminação de novos e sólidos negócios.

O elo entre as tradições do passado e a construção do futuro fez da AJE Criciúma uma entidade formadora de líderes que trabalham pelo desenvolvimento da nossa região.

Os encontros acontecem quinzenal-mente e contam com mesas redondas com grandes empresários, almoço de negócios, palestras, visitas técnicas a empresas que se destacam na nossa região, ampliando a percepção do mundo dos negócios.

Articulação de projetos como o Feirão do Imposto, que tem como objetivo despertar a consciência empresarial para a alta carga tributária e o Natal Solidário, em que são distribuídos brinquedos e presentes para as crianças dos bairros mais carentes de Criciúma, contribuem para a melhoria educacional e social da comunidade.

A AJE Criciúma é referência em todo país pelo pioneirismo, já que foi o berço da Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE), em 1998. Além disso, possui cargos de destaque em órgãos representativos, como o Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de Santa Catarina (CEJESC) e na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC).

AJE

Presidente Eduardo ZiniVice-Presidente Rafael AntunesSecretário Rafael RochaDiretor Financeiro Bruno Lima Diretor de Marketing Eustáquio AlencarDiretor de Planejamento Gabriel Martinez Diretora Jurídica Kaline Michels Boteon

Criciúma forma líderes pelodesenvolvimento

Atual diretoria

CRISTIANE FREITAS CRICIÚMA

Sul Metal e Mineração impulsiona vendasFeira Sul Metal e Mineração é considerada excelente pelos expositores, que esperam novos negócios após o evento

A Feira Sul Metal & Mineração 2012 realizada no fim de junho em Criciúma terminou com movimento superior a R$ 140 milhões em negócios e 25 mil visitantes em seus quatro dias. Os resultados são comemorados pela coordenadora do evento, Fabíola Taraskevícius. Para o presidente da feira, Guido Búrigo, os resultados dos expositores e a avaliação positiva que todos fizeram do evento confirmam o sucesso do evento. "Todas as empresas elogiaram o formato da feira e fizeram negócios", destaca. Rogério Mendes, presidente do Simec, entidade parceira do evento, afirma que para a entidade o melhor é poder proporcionar a oportunidade de fazer bons negócios.

Uma feira profissional e com negócios realizados durante os quatro dias e prospecção de novos fechamentos após o evento. Esta foi a avaliação geral dos expositores. “O resultado foi muito bom”, afirma Telmo Pellegrino, gerente de vendas da Motormac. Nos três primeiros dias do evento, a Motormac comercializou sete equipamentos, entre retroescavadeiras e geradores. “A feira está muito profissional. Participamos de 12 eventos neste ano e este foi o melhor deles”, avalia João Meirado, diretor da CMH. “O visitante desta feira sabe o que quer, se ele encontrar, ele compra”, explica. A CMH vendeu 12 equipamentos nos três primeiros dias, cada um com valor médio de R$ 60 mil.

A Copar Tratores, distribuidora Randon, aproveitou o evento para mostrar ao mercado o recente lançamento RD406 Advanced, retroescavadeira Randon. Segundo o gerente executivo Gustavo

Tecchio, uma feira como esta é uma oportunidade para os clientes compararem os produtos disponíveis no mercado. A Copar comercializou 10 retroescavadeiras, duas delas para novos clientes.

Para a Unistamp, o evento teve uma prospecção forte com clientes novos e também vendas. “Esta é uma feira regional com público fechado. O resultado foi bom”, confirma o gerente comercial Marcos Aurélio Severino. A Cosa Intermáquinas também espera novos negócios pós-feira. “Temos muitas visitas agendadas e projetos de automação”, revela Alex Fernando Robi, gerente de vendas Usinagem. Com a venda de quatro escavadeiras hidráulicas, a Romac também mantém expectativa de gerar novos negócios após o encerramento da Sul Metal e Mineração.

Além de relacionamento com clientes e vendas, a Feira Sul Metal e Mineração 2012 proporcionou atualização técnica aos participantes. Cinco palestras foram realizadas nas noites do evento abordando temas como manutenção, mineração e su s t en tab i l i dade e aumen to de produtividade. Também fez parte da programação da feira a Rodada de Negócios, que gerou R$ 1,5 milhão em negócios e 110 contatos entre compradores e expositores.

Palestras técnicas e rodada de negócios

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Page 37: Revista ACIC 35

Os juros da CaixaA redução de 56,12% nas taxas de juros do cheque especial da Caixa Econômica Federal não tem nada a ver com ano político. É o que garante o Superintendente Regional Robert Kennedy Lara da Costa, em e-mail à coluna. Segundo Kennedy “os juros hoje praticados pela CAIXA, os menores do mercado, estão diretamente vinculados a um imperativo econômico. O spreed bancário efetivado no Brasil não encontrava paralelo em nenhuma outra parte do planeta. Assim, a nova política de juros CAIXA não está vinculada a conjuntura de um calendário eleitoral, e sim, numa lógica estruturante da economia nacional. Caminho sem volta”.

Disseram“É impossível competir.”Glauco Côrte, referindo-se à carga tributária do Brasil, 38% do PIB, a maior entre os países emergentes. Na China não chega a 20%, Taiwan 14%, Coréia do Sul e Argentina 17%.

R$ 600 bilhõesfoi registrado pelo impostômetro em valores arrecadados aos cofres públicos.

Recursos mal aplicadosO Brasil tem o pior retorno em serviço público entre as 30 nações com a maior alta carga tributária do mundo. Atrás do Uruguai e da Argentina. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) que concluiu também, desde 2005, que cada brasileiro trabalha cinco meses para pagar impostos, ou seja, 145 dias de seu trabalho vão para os cofres públicos.

Workshop internacional em CriciúmaTendências de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos Materiais para Aplicações Industriais são os tremas que serão abordados no 7º. Workshop Internacional SENAI Materiais, que será realizado dia 30 de agosto em Criciúma. Entre os palestrantes, o professor doutror Klaus Heinemann, da Alemanha, e doutor Juan Méndez Nonell, do México.

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Joice [email protected]

O que pedem os empresários

Melhorias na infraestrutura logística do estado catarinense e ter mais voz na esfera federal para trazer recursos para o Estado. Estes foram os principais pontos apresen-tados pelos empresários com relação a ações do governo de Santa Catarina para o fomento do desenvolvimento econômico do Estado, segundo pesquisa realizada pela FIESC. Estabelecer uma política industrial para o Estado, oportunizar a formação de mão de obra adequada e gerir o Estado de forma eficiente, são outras prioridades a seguir. São caminhos para Santa Catarina dar a volta por cima e fugir do atraso que vem se verificando. No período de 2001-2011, o Estado apresentou queda de 1,97%, em seu crescimento, enquanto o

Embalada pelo sucesso conquistado com a Sul Metal & Mineração, a Fama Feiras vai realizar em 2013 a Fenafashion - Feira Nacional de Fornecedores da Indústria da Moda. A feira vai acontecer de 23 a 26 de julho no Pavilhão de Exposições José Ijair Conti, de Criciúma e vai reunir as indústrias têxteis, máquinas e equipamentos, tecnologias em estamparias, serigrafia e lavagens, além de aviamentos e outros da cadeia produtiva. O evento tem o apoio do Sindivest – Sindicato do Vestuário e a Fama Feiras tem à frente Fabíola Taraskevicius e Marcelo Benatti. O lançamento oficial da Fenafashion será em agosto, mas os estandes já estão sendo comercializados.

Criciúma terá nova feira nacional em 2013

Uma parada estratégica na maquete da Usina Termoelétrica Jorge Lacerda, muitas perguntas e muita atenção nas respostas registrou a passagem de uma missão chinesa na cidade de Huantei na feira Sul Metal e Mineração. A maquete estava em exposição no estande do carvão mineral. Huantei é uma cidade chinesa produtora de geração térmica a carvão mineral.

Brasil cresceu 34,17%. Nos últimos três anos, o Estado caiu 6,81% e o Brasil cresceu 2,61%. Este números e as soluções que podem ser encaminhadas foram discutidas pelo presidente da FIESC, Glauco Côrte, com empresários da Região Sul, durante encontro realizado dia 28 de junho, em Criciúma.

Missão chinesa mostra interesse em termoelétrica

Mercado Sul.

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