acic - revista liderança empresarial - ano 8 nº 32

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LIBRELATO Trilha o caminho das grandes CRICIÚMA - SC - N°32 Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe. Grandes eventos Maior participação empresarial E boas perspectivas para 2012 UM ANO DE REALIZAÇÕES INDÚSTRIAS DE TECNOLOGIA Crescem na região FOTO ULISSES JOB GESTÃO OLVACIR BEZ FONTANA ACIC se fortalece e colhe a união do Sul

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ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 32

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Page 1: ACIC - Revista Liderança Empresarial - Ano 8 Nº 32

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LIBRELATOTrilha o caminho das grandes

CRICIÚMA - SC - N°32 Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.

Grandes eventosMaior participação empresarialE boas perspectivas para 2012

UM ANO DE REALIZAÇÕES

INDÚSTRIAS DETECNOLOGIACrescem na região

FOTO

ULI

SSES

JOB

GESTÃO OLVACIR BEZ FONTANAACIC se fortalece e colhe a união do Sul

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CENTRO EMPRESARIALGANHA NOVO BLOCO

2.300 m²

AUDITÓRIO MODULAR PARA ATÉ 540 LUGARES

SALAS PARA MAIS ENTIDADES PARCEIRAS

PROJETO ARQUITETÔNICO NORBERTO ZANONI E DIEGO DO ESPÍRITO SANTO

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Editorial

A ACIC encerra o ano de 2011 com ótimas notícias a serem contadas. Neste ano que encerra o mandato da atual diretoria executiva o balanço que se faz é extre-mamente positivo. Ao longo destes dois anos propomos e agimos de maneira a

infl uenciar nossos associados, empreendedores, e a comunidade de maneira geral. Nosso objetivo foi de mostrar através da nossa maneira de agir, através da história de sucesso de nossos diretores. Precisamos motivar e desafi ar as pessoas para que também possam dar o que têm de melhor, sempre dentro de uma visão de doação ao bem comum, produzindo conhecimento e tecnologia.

Trabalhamos o planejamento estratégico da entidade, trilhamos caminhos e defi nimos ações. A cada um coube projetos que foram e estão sendo encaminhamos, dentro de uma visão de curto, médio e longo prazo. Agradeço a co-laboradores e diretores pela sua participação.

Frente à gestão administrativo fi nanceira da ACIC também tivemos um trabalho desafi ador. Nosso objetivo de quintar os pagamentos da construção do centro empresarial teve total sucesso. E mais ainda, através de um plano de ação envolvendo os diversos serviços e produtos que entidade disponibiliza pudemos gerar novas receitas e fechar a gestão com recursos em caixa. Nossa equipe foi desafi ada e atendeu às metas estabelecidas. E hoje essa poupança nos permitiu fazer novos projetos, como a construção do bloco C, que trará novos parceiros, gerando novas fontes de receita à Associação.

Em termos de participação regional nossa entidade também abriu novas frentes, participou e articulou junto das demais entidades empresariais por um sul mais forte e com melhor infraestrutura. Isso é a prova de que somos uma grande aldeia, que precisa estar cada vez mais unida e que só assim obterá os resultados planejados.

Junto aos governos municipal, estadual e federal também estivemos presentes. Levando pleitos, cobrando ações, pressionando pelas obras necessárias ao sul. Lutamos pela Via Rápida, pelo anel viário, pelo plano diretor, aeroportos, Porto de Imbituba e pela conclusão da BR 101. Deixamos nossas empresas e nossos negócios para levar a represen-tatividade da ACIC a missões nacionais e internacionais. Mas acreditamos que este é o único caminho. O caminho da participação, da doação e da cobrança. A todos que estiveram do nosso lado nesta caminhada agradecemos. A todos que nos apoiaram também faço uma saudação especial.

Encerro este ano com a certeza de termos feito a nossa parte e ainda com o propósito de continuar essa caminhada. Convido a todos que venham conosco.

Um Feliz Natal e um excelente ano de 2012.

O l v a c i r J o s é B e z F o n t a n a , P r e s i d e n t e d a A C I Cp r e s i d e n t e @ a c i c r i . c o m . b r

Diretoria 2010-2011Olvacir José Bez Fontana - PresidenteVice-presidentesSinésio Volpato - 1° SecretárioNelcides José Damiani - 2° SecretárioRenato Pieru - 1° TesoureiroVenício Neves Pereira - 2° TesoureiroAmilton João ZanetteAna Peruchi Milanez

César SmielewskiDiomício VidalDonato ZanattaFrancisco Gaidzinki BastosHélcio Ramos de JesusIaride PiosevanItamar BenedetLiliane Manenti

Luiz José DamázioMarli Maria AguiarReginaldo B. FernandesRosa Maria Rosso do CantoRui InocêncioTito Lívio de Assis GóesDiretor Executivo - Waldir Duminelli

Expediente: A revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de CriciúmaEdição I Ana Sofi a Schuster I Assessoria de imprensa da ACICEditoração I Novo Texto Comunicação e Divulgação - Suamy Fujita Fotos I Novo Texto Comunicação e DivulgaçãoReportagens I Ana Sofi a Schuster, Deize Felisberto, Milena Nandi, Giuliano De Luca Colaboradores I Joice Quadros, Fran Lima, Neri Trombim, Joselito Pizzetti, Sandro de Mattia.Contatos I 48 3461 0900 - ACIC I [email protected] I [email protected] I Vilma Martinhago - 48 3461-0903

FOTO LUCAS MENDES

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Sumário

Gestão 2010/2011Retrospectiva das açõesda atual diretoria e entrevista com o presidente Olvacir Bez Fontana

Páginas 10 a 17

Jorge Gerdau vem a Criciúma e fala sobre os desafios da Câmara Brasileira de Gestão, Desempenho e Competitividade

Páginas 18 e 19

Empresas Librelato:Um sonho que fatura R$ 400 milhões por ano

Páginas 24 e 25

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Empresas de Base Tecnológica:Segmento já tem grandes empresas e busca o fortalecimento do setor

Páginas 28 a 33

Antenor Angeloni projeta um novo futuro para o Criciúma Esporte Clube

Páginas 42 e 43

Balanço 2011Lideranças avaliam o ano que chega ao fim e trazem as perspectivas para 2012

Páginas 44 a 51

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ANDERSON DE JESUS – Jornal Diário de Notícias:

O que a ACIC conseguiu evoluir nestes últimos anos para colocar um fi m no bairris-mo que impera no sul de SC e unir a região num pensar regionalmente para o desenvol-vimento?

OLVACIR BEZ FONTANA - Presidente da ACIC - Estamos fazendo um trabalho para in-tegrar as demais associações. O sul catarinense tem uma característica única. Somos uma aldeia cercada pelo mar e pela serra. No centro estão nossos municípios, que têm demandas regionais estruturantes que permitirão o crescimento de todos. E é neste sentido que estamos trabalhando, nas demandas do interesse do sul, juntamente com as demais associações empresariais. Cito o Porto de Imbituba, a BR 208, a Via Rápida, o aeroporto regional. Temos que unir forças para construirmos uma região mais forte. Temos que cultivar a união

em um mundo cada vez mais globalizado e estarmos unidos.A ACIC tem trabalhado nesta direção. Tem buscado contribuir

com toda a região. Se outra ACI apresentar idéias vamos construir com ela e com o empresariado, sempre com o objetivo de desen-volvimento e construção de riquezas.

Presidenteavalia gestão 2010-2011

Ao encerrar o seu mandato na gestão 2010-2011, o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, faz uma avaliação do atual momento econômico da cidade, através da entrevista a profi ssionais de imprensa da nossa cidade. Fontana falou de desenvolvimento, da infraestrutura, plano diretor e investimentos em Criciúma.

JOSÉ ADÍLIO – Jornal da Manhã

Como a ACIC poderá ajudar para que o Plano Diretor de Criciúma possa ser aprovado com mais rapidez?

FONTANA - A ACIC não se preocu-pa tanto em fazer um

processo rápido. Nosso pensamento é que é preciso fazer de forma bem feita. A

preocupação da nossa associação é que Criciúma tenha um plano empreendedor, futurista e coloque a cidade nos parâmetros

nacionais e internacionais. Uma cidade progressista e futurista. Uma cidade que contemple a instalação de novas empresas. A ACIC quer que isso ocorra o mais rápido possível.

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O que a ACIC conseguiu evoluir nestes últimos anos para colocar um fi m no bairris-mo que impera no sul de SC e unir a região num pensar regionalmente para o desenvol-vimento?

OLVACIR BEZ FONTANA - Presidente da ACIC - Estamos fazendo um trabalho para in-tegrar as demais associações. O sul catarinense tem uma característica única. Somos uma aldeia cercada pelo mar e pela serra. No centro estão nossos municípios, que têm demandas regionais estruturantes que permitirão o crescimento de todos. E é neste sentido que estamos trabalhando, nas demandas do interesse do sul, juntamente com as demais associações empresariais. Cito o Porto de Imbituba, a BR 208, a Via Rápida, o aeroporto regional. Temos que unir forças para construirmos uma região mais forte. Temos que cultivar a união

em um mundo cada vez mais globalizado e estarmos unidos.A ACIC tem trabalhado nesta direção. Tem buscado contribuir

com toda a região. Se outra ACI apresentar idéias vamos construir com ela e com o empresariado, sempre com o objetivo de desen-volvimento e construção de riquezas.

JOSÉ ADÍLIO – Jornal da Manhã

ajudar para que o Plano

pensamento é que é preciso fazer de forma bem feita. A preocupação da nossa associação é que Criciúma tenha um

plano empreendedor, futurista e coloque a cidade nos parâmetros nacionais e internacionais. Uma cidade progressista e futurista. Uma cidade que contemple a instalação de novas empresas. A ACIC quer que isso ocorra o mais rápido possível.

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JOÃO PAULO MESSER – Rádio EldoradoA ACIC indicou o nome e o prefeito nomeou para o cargo estratégico no Gover-

no Municipal um agente de captação de novos investimentos na cidade. Este proce-dimento já trouxe resultados?

FONTANA - Sim, a ACIC e CDL foram convocadas a indicar um nome do Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma. A sugestão do nome do engenheiro Joselito Pizzetti foi bem aceita e hoje ele desempenha um trabalho que ao nosso ver já traz sim resultados para a cidade. Há que se separar dois aspectos da sua atuação. Um deles é a de atender possíveis interessados em investir na nossa cidade, bem como buscar áreas para que se instalem. Também buscando dar esse suporte, a ACIC trabalhou forte para que novas áreas industriais fossem incluídas no novo plano diretor. Então este trabalho tem sido feito ao nosso ver de forma satisfatória, pois os investimentos não virão se não tivermos áreas disponíveis e bem infraestrutura.

E uma segunda linha de ação do diretor, que também atua no Conselho de Desenvolvimento Econômico, tem sido a de abrir as portas ao empresário que busca instalar empreendimentos ou outros serviços que dependam da agilização junto ao município. Então ele tem auxiliado nesta desburocratização dos processos junto à prefeitura. E isso também vemos que já há uma boa evolução.

GISELLE TISCOSKI – Rádio Transamérica A ACIC é a entidade máxima de representação do empresariado criciumense

e tem como objetivo tornar este importante segmento mais competitivo. Criciúma tem um amplo mercado empreendedor, no entanto, os números, no que diz respei-to ao crescimento econômico no comparativo a outro municípios catarinenses, não acompanham essa tendência. Na sua gestão, quais foram os principais obstáculos encontrados a que os desafios para superá-los? E, qual a participação e contribuição dos governos neste sentido?

FONTANA - O pequeno empreendedor precisa aprender os caminhos para buscar o apoio ao seu negócio. A ACIC criou a casa do empresário para atender na prefeitura um

representante que faça esse atendimento empreendedor, um braço que facilite o acesso. Em paralelo, a ACIC tem criado um ambiente de desenvolvimento desde segurança, mobilidade, educação. Queremos criar um ambiente propício ao investimento. Num passado muito recente a cidade via o empresário, o empreendedor como um personagem negativo, um vilão. A ACIC tem trabalhado incessantemente para mostrar que essas pessoas produzem riquezas, geram postos de trabalho e impostos para investimentos na nossa cidade, no estado e no país. Nossa cidade, nosso país, só será dinâmico se tivermos empresas fortes. Criciúma tinha uma aversão a esses empreendedores e o papel da ACIC tem sido influenciar as pessoas com idéias e casos de sucesso destas pessoas empreendedoras e de sucesso.

No entanto hoje percebemos uma mudança sutil, um novo clima pairando sobre a cidade. Também sob o ponto de vista estruturante melhorias animadoras. E é importante ressaltar que a atual gestão municipal tem sido parceira e moti-vadora deste novo clima.

ANDRESA PIVA – A TribunaNos últimos anos, Criciúma tem apresentado queda na arrecadação de ICMS. O

que a ACIC tem feito e pode fazer para que novas indústrias se instalem na cidade?

FONTANA - A ACIC indicou uma pessoa técnica e qualificada para assumir o cargo de gestor de ..., o engenheiro Joselito Pizetti. Sua função tem sido trabalhar para auxi-liar o empresário e ao mesmo tempo buscar novas perspectivas de investimento para a cidade. Também temos a presidência do Conselho de Desenvolvimento Econômico, pre-sidido pelo vice-presidente da ACIC, César Smielevski. Um grande planejamento para a cidade tem sido feito pelo Conselho, que trabalha juntamente com a Unesc neste estudo.

É certo que a cidade precisa de obras estruturantes que permitam a logística destas empresas, e o Conselho também está atuando com a ACIC e prefeitura para a viabili-

zação da Via Rápida, Anel de Contorno Viário e dos aeroportos Diomício Freitas e regional de Jaguaruna. Na telefonia celular já em 2012 vamos sentir a melhoria, fruto do trabalho do nosso presidente do Conselho.

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Retrospectiva gestão ACIC 2010-2011

Desapropriação de área da via rápida

11/01/2010 - O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, entregou no dia 08 de janeiro o cheque da quarta desapropriação de área onde será construída a Via Rápida. O pagamento de R$ 26 mil, oriundo da SC Parcerias. Também foram as-sinados os documentos de transferência da área de 6, 338 mil metros quadrados, localizado na Terceira Linha - Sangão, município de Içara, para a SC Parcerias.

19/02/2010 - A ACIC encaminhou ofício aos 531 deputados federais do Congresso Nacional, solicitando um posicionamento contrário a PEC 231/95 que sugere a redu-ção da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o pagamento de 75% sobre a hora extra trabalhada.

13/04/2010 - Não apenas a indústria, mas representantes de todo segmento empresarial marcaram presença no evento que elencou propostas a serem entregues aos candidatos na eleição 2010, na ACIC. Por parte da ACIC mais uma vez foram bati-das as necessidades de infraestrutura, BR 101, ferrovia, via rápida e anel viário. Mas a novidade fi cou por conta de um pleito do presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, para que se invista na educação básica.

22/04/2010 - O presidente da ACIC Ol-vacir Fontana acompanhou a comitiva da Unesc, ao lado de autoridades de Criciúma, em Barcelona, no 1º Fórum Espanha-Brasil de Cooperação

Conselho das Entidades planeja próximas ações

13/01/2010 O Conselho das Entidades Empresariais reuniu-se para iniciar o pla-nejamento das próximas ações. Os presidentes, Olvacir Fontana da ACIC, Júlio Wessler da CDL e Walmor Rabelo da Ampe, encaminharam alguns pontos a cer-ca das prioridades defi nidas pelo Conselho, Anel de Contorno Viário, Via Rápida e Aeroporto Regional de Jaguaruna. Uma reunião com os deputados federais, Acélio Casagrande, Edinho Bez e Jorge Boeira O presidente da ACIC, destacou a intenção de ampliar e fortalecer a inclusão das ACIs e CDLs da região nos debates dos assuntos de interesse regional.

Voz para o empresariado

02/02/2010 - O presidente da Câmara de Vereadores, Edson do Nascimento, o vereador Vanderlei Zilli, e o economista Ademar Fabre, estiveram na ACIC em reunião com o Conselho de Entidades. Na presença dos presidentes da ACIC, Olvacir Bez Fontana e da CDL, Júlio César Wessler, Edinho confi r-mou que os empresários terão voz e espaço na discussão do plano diretor, que está tramitando na Câmara. Edinho informou que o processo que está sendo encaminhado é técnico e por isso vai promover um seminário técnico debater o plano e suas diretrizes.

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ACIC defende alteração no seguro desemprego

25/05/2010 - A ACIC está engajada junto com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) na criação de um movimento que consiga a alteração da lei do seguro desemprego.

01/06/2010 - A diretoria da ACIC entre-gou à pré-candidata ao governo do Estado, Ideli Salvati, PT, a pauta de 22 reivindica-ções do segmento empresarial. A pauta de pleitos é uma iniciativa da ACIC, CDL, Ampe e Associação de Jovens Empreendedores.

01/06/2010 - A ACIC promoveu debate sobre o código ambiental brasileiro – pro-jeto de lei 5367, de autoria do deputado federal Valdir Colatto, que também esteve presente no encontro. O objetivo é esclare-cer os artigos da lei e contribuir para enri-quecimento da proposta.

08/06/2010 - Representantes de cinco partidos políticos de Criciúma atenderam o chamado e participaram da reunião rea-lizada entre o Conselho das Entidades Em-presariais de Criciúma. Os presidentes dos partidos concordaram com a preocupação das entidades em reduzir o número de can-didatos a deputados federais e estaduais.

27/07/2010 - A prefeitura de Criciúma vai contratar um profi ssional para trabalhar a busca de novas indústrias para Criciúma. .

ACIC encaminha pedido de instalação de indústria

23/04/2010 - A ACIC entregou ao governador Leonel Pavan, ofi cio solicitando a intervenção do Estado para viabilizar a instalação da unidade processadora de cobre da mineradora Paranapanema em Criciúma. A mineradora confi rmou a instalação de uma unidade no Estado, que receberá investimento de US$ 300 milhões e procura um município para instalar a unidade.

Tarifa de esgoto é debatida

04/05/2010 - A cobrança da tarifa de esgoto por parte da Casan nas áreas que já recebem as obras começa a acontecer em maio, nas contas de água do mês de junho. O tema foi abordado pela vereadora Romana Remor. A vereadora apresentou projeto de lei sobre a cobrança, que está tramitando na Câmara de Vereadores de Criciúma A ACIC sugeriu que o assunto também seja levado ao Ministério Público para análise da legalidade da cobrança integral.

Associações do Sul unidas pelo voto regional

18/05/2010 - Lutar pelos interesses do Sul do Estado, priorizando obras essen-ciais para a região e deixando de lado interesses próprios. Isto começou a se tornar realidade na sala da presidência da ACIC, onde estiveram reunidos tam-bém os presidentes da Associação Empresarial do Vale do Araranguá (Aciva) e Associação Empresarial de Tubarão (Acit).

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30/08/2010 - A ACIC sediou a cerimô-nia de posse do presidente da Famcri, Vol-nei da Luz Junior, e do gerente de Desen-volvimento Econômico, Joselito Pizzeti. A indicação para a escolha do gerente de Desenvolvimento Econômico foi feita pela ACIC e CDL à pedido do prefeito, Clésio Salvaro.

31/08/2010 - Transformar Criciúma numa cidade atrativa aos investidores. Esse foi o compromisso assumido pelo novo gerente da Secretaria de Desenvol-vimento Econômico de Criciúma, Joselito Pizzeti, ao tomar posse na ACIC.

14/09/2010 - O presidente da SC Par-cerias, Gerson Pedro Berti, garantiu a via-bilidade da construção da Via Rápida, que ligará Criciúma à BR-101, e afirmou que a obra só não sairá se não houver vontade política.

16/09/2010 - A ACIC, AJE e Câmara da Mulher Empresária de Criciúma esti-veram na Praça Nereu Ramos para apoiar o Tigre. As diretorias dessas entidades realizaram uma grande mobilização pelo Criciúma Esporte Clube e a campanha do sócio 10 mil.

Governador garante início da Via Rápida

18/08/2010 - O governador do Estado, Leonel Pavan, confi rmou o início da obras da Via Rápida. O pronunciamento foi feito a comitiva de empresários de Criciúma que foi à Florianópolis, comandada pelo presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana.

ACIC promove a criação do comitê intersindical

27/08/2010 - Foi dado início ao processo de formação do comitê intersindi-cal, do seguimento patronal, de Criciúma e região. A criação do grupo faz parte das ações do planejamento estratégico da ACIC. Neste primeiro encon-tro, para tratar da deliberação sobre a criação da intersindical, 12 entidades estiveram presentes e aprovaram por unanimidade a formação do comitê.

Entidades iniciam campanha pelo voto regional

05/08/2010 - As entidades empresariais da Amrec, Amesc e Amurel aprova-ram na ACIC, a campanha publicitária pelo voto nos candidatos da região..

Fórum sobre agência reguladora do esgoto de Criciúma

17/08/2010 - A diretoria executiva e o presidente da ACIC estiveram parti-cipando do fórum promovido pela prefeitura de Criciúma sobre a criação da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Básico de Criciúma (AR-SBAC).

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ACIC apresenta pesquisa de demanda de mão de obra

04/10/2010 - O vice-presidente da ACIC, Iraíde Piovesan, apresentou ao presi-dente em exercício da Fiesc, Glauco José Corte, a pesquisa de demanda de mão de obra realizada pela ACIC e SATC. 29/11/2010 - Entidades empresariais e

deputados da região realizaram mais uma rodada de trabalhos para discussão de prio-ridades e verbas para o sul catarinense.

30/11/2010 - Lideranças do Sul do Es-tado estiveram reunidas, em Florianópolis, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo em torno de quatro itens prio-ritários: a construção do anel de contorno vi-ário e da via rápida de Criciúma, para ligar a cidade à BR 101, a liberação de verbas para desapropriação que permitam a continuida-de das obras da Barragem do Rio do Salto e repasse de verbas para o Hospital Infantil Santa Catarina.

10/12/2010 - A Câmara de Vereadores de Criciúma realizou uma reunião que poderá dar novos rumos a conquistas para a cidade e a reunião. Por encaminhamento do encon-tro, foi defi nida a criação de uma comissão com cinco membros para a defesa de quatro bandeiras para o Sul do estado.

Eduardo garante obra da SC Parcerias

25/11/2010 - O vice-governador Eduardo Pinho Moreira, reunido com lideranças empresariais de Criciúma, garantiu que a via rápida será construída. Ao lado do presidente da SC Parcerias, Gerson Berti, Moreira disse que a empresa vai recorrer da decisão cautelar do Tribunal de Contas do estado, que decidiu pela paralisação do processo licitatório.

Comitê pelo Aeroporto Regional Sul é criado

22/09/2010 - Lideranças empresariais e políticas da região estiveram reu-nidas, em Jaguaruna, para a criação do Comitê Executivo do Aeroporto Re-gional Sul Humberto Bortoluzzi. Foi defi nido que o Comitê é formado por presidentes e diretores das Associações Empresariais de Tubarão, Criciúma, Araranguá, Braço do Norte, Imbituba, Jaguaruna e CDL de Tubarão.

Entidades promovem encontro com eleitos pelo Sul

26/11/2010 - As Entidades Empresariais do Sul de Santa Catarina promovem o primeiro encontro com candidatos eleitos pelo sul do estado. Foram convidados a participar da reunião os oito deputados estaduais e os três deputados federais.

Empresários têm encontro com Eduardo Moreira

24/11/2010 - Uma comitiva de empresários de Criciúma e cidades da região este-ve reunida com o futuro vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, para discutir o andamento da Via Rápida.

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ACIC fi rma parceria com Famcri

17/01/2011 - A ACIC é uma das entidades que aderiram ao projeto de Recicla-gem do Lixo Eletrônico da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri). Devido ao sucesso do projeto implantado há três meses, em Criciúma.

22/02/2011 - A liberação do processo licitatório para as obras de adequação e melhoria da infraestrutura do Aeroporto Regional Diomício Freitas de Forquilhinha foi autorizada pelo governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

15/03/2011 - A diretoria da ACIC mar-cou presença no lançamento da campanha da BR 101, nesta segunda-feira na Câma-ra de Vereadores. O presidente Olvacir Bez Fontana e os vice-presidentes da entidade transferiram a reunião semanal das segun-das-feiras, a fi m de acompanhar o trabalho dos vereadores. A campanha consiste de peças publicitária e abaixo assinado pe-dindo a agilidade na conclusão das obras de duplicação do trecho sul da BR 101. Nesta quarta-feira o presidente da ACIC acompanha a comitiva de autoridades que estará no Ministério dos Transportes, em Brasília, cobrando a fi nalização das obras.

ACIC cobra de Ministro fi nalização da BR -101

16/03/2011 - O presidente da ACIC destacou como vitoriosa a mobilização que levou autoridades do executivo, legislativo e lideranças empresariais e políticas de Santa Catarina ao Ministério dos Transportes. A audiência mostrou a repre-sentatividade, unidade e força pela fi nalização da duplicação da BR 101 no sul de SC. Para Fontana, o Ministro Alfredo Nascimento deixou claro que a conclusão de todos os trechos é prioridade.

Comissão é formada para representar aeroporto

04/02/2011 - Diante da informação de que a Infraero não tem interesse em reno-var o contrato para administração do aeroporto regional Diomício Freitas, uma comissão formada por deputados, prefeitos, ACIC, CDL e representantes do go-verno do estado vai levar a situação ao governador Raimundo Colombo.

Entidades se unem para reivindicar Via Rápida

07/01/2011 - As entidades empresariais da região iniciam uma mobilização para reivindicar a construção da Via Rápida. Foram distribuídos no Balneário Rincão material informativo sobre a rodovia. A Campanha “Via Rápida – O sul merece este caminho para o desenvolvimento regional” pretende cons-cientizar a população da importância da obra.

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Prefeito Salvaro faz um projeto para os próximos 50 anos

19/04/2011 - Salvaro falou sobre investimentos e ações do seu governo e tam-bém foi questionado pela diretoria sobre projetos para a cidade. A diretoria da ACIC quer que o executivo inicie um trabalho de planejamento para o futuro da cidade.

10/05/2011 - De acordo com a Procura-dora da República, Patrícia Muxfeldt, rece-beu o ofício da ACIC e constatou a veraci-dade da falta de sinalização ou sinalização inadequada no trecho acabado e em obras. A ACIC encaminhou o documento após reu-nião de diretoria, onde foram discutidos os riscos de transitar pelos trechos da rodovia, que não possuem qualquer sinalização.

26/05/2011 - A ACIC trouxe a Criciúma o empresário Antônio Luiz Seabra, Fundador da Natura. O evento foi uma comemoração ao 67º aniversário da Associação Empresa-rial de Criciúma.

31/05/2011 - A diretoria pediu à RBS apoio para a inclusão da via Rápida nas bandeiras de desenvolvimento do sul que o grupo RBS vem trabalhando. Já o presi-dente da Câmara de Vereadores, Toninho da Imbralit falou sobre a campanha da BR 101 e as 40 mil assinaturas já recolhidas.

ACIC recebe comitiva chinesa

28/04/2011 - O encontro promoveu a troca de experiências e tecnologias entre os empresários, além de viabilizar futuras parcerias comerciais. A região de Hua-ebei possui sólida tradição industrial nos setores de mineração, Energia, textil, automotivo e insumos para a construção civil.

ACIC promove missão à Itália

02/05/2011 - O evento foi organizado pelo COMVESC - Comitato das As-sociações Venetas de Santa Catarina - e a ACIC tem o intuito de comemorar o 10º aniversário da celebração do Gemellaggio entre Criciúma e Vittorio Veneto e o protocolo de acordo entre Criciúma e a Província de Treviso.

ACIC contra o aumento do número de vereadores

10/05/2011 - O projeto de ampliação do número de vereadores de Criciúma de 12 para 21 tem sido debatido na diretoria da ACIC e repudiado pelos seus integrantes. Para a diretoria da entidade, a proposta vai retirar recursos do município, que poderiam ser utilizados em investimentos.

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César Smielewski é novo presidente do Conselho Municipal

01/07/2011 - César Smielewski é novo presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico O vice-presidente da ACIC, César Smielewski, já trabalha no planejamento de ações que promovam a retomada da instalação de novos investimentos industriais em Criciúma.

11/08/2011 - A nova diretoria da Federa-ção das Indústrias do Estado de Santa Cata-rina (FIESC) tomou posse no 12 de agosto, e traz novos nomes da região Sul. O empresá-rio e vice-presidente da ACIC, Diomicio Vidal é a vice-presidente Regional Sul da FIESC.

16/08/2011 - ACIC e Sebrae promoveram palestra empresarial durante a Heimatfest O Encontro Empresarial: Motivação em Tem-pos de Mudança foi o tema da palestra com o consultor João Batista Ribeiro Junior.

19/08/2011 - Uma mobilização em con-junto entre as associações empresariais da região sul para alavancar as operações no Porto de Imbituba. A presença do presiden-te da Associação Empresarial de Imbituba, Adilson Silvestre, foi importante para dar início ao projeto, que pretende realizar um cronograma de ações que envolvam as en-tidades do sul em prol do crescimento do Porto.

19/08/2011 - A ACIC sediou o seminário sobre mudanças climáticas, com a presença do especialista no setor, economista José Miguez, e do secretário de Desenvolvimen-to Sustentável de SC, Paulo Bornhausen. O evento foi promovido pela SATC, reunindo representantes de empresas e entidades políticas e de educação da região.

ACIC E OAB tomam posição sobre número de vereadores

18/07/2011 - A ACIC e a Subseção de Criciúma da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, cientes dos latentes debates em torno dos Projetos de Lei que visam aumentar o número de parlamentares na Câmara Municipal de Criciúma, uniram esforços na condição de sociedade civil organizada, na vanguarda dos interesses da comunidade criciumense.

Comitiva de chineses estreita laços com empresários

21/07/2011 - A comitiva de chineses da cidade de Huaibei esteve em reunião na ACIC. A visita foi para reafi rmar o convite já feito pelos chineses em abril, quan-do estiveram em Criciúma, para participar da Feira de tecnologia de mineração de carvão que acontece na China de 13 a 18 de outubro.

Carlito Merss aponta projeto para Joinville

07/06/2011 - Com a presença de empresários, delegados do plano diretor, políticos e arquitetos, a ACIC apresentou o modelo de planejamento da ci-dade de Joinville, feito pelo próprio prefeito do maior município de Santa Catarina, Carlito Merss.

Relatório de trafegabilidade e sinalização – BR 101

26/07/2011 - Este relatório será entregue ao Ministério Público Federal em Crici-úma, que abriu inquérito Civil Público para apurar a adequação das obras de du-plicação da Rodovia BR 101 nestes trechos, atendendo pedido da própria ACIC.

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Associados aprovam construção do Bloco C da ACIC

06/09/2011 - Foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária pelos associados da ACIC a construção do Bloco C da sede da Associação

18/10/2011 - O Deinfra vai dar con-tinuidade aos encaminhamentos para a construção da Via Rápida e novos trechos do anel de contorno viário. As duas obras foram debatidas em audiência pública pro-movida.

28/10/2011 - A Federação das Asso-ciações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) empossou na sua diretoria para a gestão 2011-2013. O presidente Alaor Tis-sot foi reeleito e praticamente toda a nomi-nata de diretores foi mantida. O presidente da ACIC, foi empossado como segundo secretário.

01/11/2011 - O prefeito Clésio Salva-ro, acompanhado do vice, Mário Búrigo, e técnicos da prefeituta apresentou um balanço das obras da prefeitura. Salvaro apresentou números e as principais obras feitas pela atual gestão nos 1000 dias de governo.

ACIC recebe Vereadora Romanna e cobra pauta positiva

06/09/2011 - A diretoria da ACIC recebeu a vereadora Romanna Remor, que falou da sua atuação na Câmara. Ao falar sobre a não aprovação da nova legis-lação da telefonia móvel, a vereadora foi cobrada pelos diretores e membros do conselho superior presentes, para que o assunto seja retomado e a cidade garanta a qualidade dos serviços.

ACIC pede reapresentação do projeto das antenas

13/09/2011 - A diretoria da ACIC obteve o compromisso do vereador Itamar da Silva de que irá reapresentar o projeto de sua autoria, que prevê a instalação de novas antenas de telefonia celular no município.

ACIC entrega prêmio de jornalismo

31/08/2011 - ACIC entregou a 11º Prêmio ACIC de Jornalismo. O evento está em sua décima primeira edição e foi prestigiado pelos profi ssionais de comunicação, que concorreram nas categorias Rádio, TV, Jornal, WEB Jor-nalismo, TV, Fotografi a e Trabalho acadêmico.

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Ter a oportunidade de ver e ouvir Jorge Gerdau Johannpeter falar sobre gestão é sair com a certeza de que há sim esperança para a redução do gasto público. Como coordenador da Câma-ra de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Gerdau trouxe exa-tamente esta mensagem. E mais. Mais de 400 privilegiados e atentos ouvin-tes ouviram da boca do presidente do Conselho de Administração de um dos maiores conglomerados empresariais do país um sincero elogio ao processo de gestão pública implantado na pre-feitura de Criciúma. A sua presença na cidade, por exemplo, tem muito a ver com esse processo. Gerdau abriu espaço na sua concorrida agenda para prestigiar e levar o projeto da Câmara

a uma cidade com todo o potencial de virar o jogo na gestão pública, através do choque de gestão.

Além de passar a sua mensagem elogiou não uma, mas pelo menos três vezes as ações apresentadas pelo coor-denador do Comitê Gestor da Prefei-tura de Criciúma, economista Edson Cichela. Também ressaltou os 20% de investimentos pretendidos pelo prefei-to Clésio Salvaro, frutos desta nova mentalidade e política administrativa aplicada pelo atual governo. “Eu não sei o que eu tenho que fazer de pales-tra depois desta apresentação. Vocês estão de parabéns”, salientou Gerdau. “Eu fi co tremendamente satisfeito com a mobilização da equipe. Prefeito é extraordinária a conquista. Porque a

O elogio de GerdauAna Sofi a Schuster l Criciúma

gente quer fazer mais com menos. E eu perguntava ao prefeito sobre a taxa de investimento e ele me respondeu que na faixa de 20%. Um dos grandes problemas que o Brasil tem é o bai-xo índice de poupança-investimento. Porque a prosperidade é defi nida pela poupança-investimento. O Brasil está com uma poupança global ao redor de 18%. A meta está falando em 21 a 22%.”, completa.

O cenário apresentado por Gerdau em Criciúma foi do macro ao micro, mostrando o momento mundial e como o país está inserido nessa realidade, onde muitos países estão combalidos. Desafi os como a Previdência foram abordados. A análise do empresário é que, se o momento atual já é ruim, as perspectivas de futuro são terríveis quandos e fala em Previdência públi-ca. Ele observa que com o cenário do não crescimento da população, nos próximos 20 anos, o risco de futuro da Previdência é um cenário de custo e crescimento, dentro de um modelo de não capitalização. Gerdau falou ainda sobre saúde, infraestrutura e educação. Neste último, Gerdau aponta como prioridade educar as pessoas para a cidadania. E quando se fala em ações práticas ressalta o atraso vivido pelo país, que segundo, ele poderia voltar seus olhos ao modelo de educação pro-fi ssional adotado na Coréia.

Em meio a toda a problemática e complexidade que envolve a questão tributária brasileira, Gerdau é direto: “Há um campo de correção e melho-ria enorme a ser feito, porque a visão brasileira da parte tributária brasileira é uma visão eminentemente fi scal ar-racadatória e não é feita dentro de uma visão social e de desenvolvimento”.

Em meio a um cenário mundial complexo o país é visto com ótimas perspectivas, mas dentro de ajustes ne-cessários, principalmente no campo da gestão política. Com foco nesse ponto, Gerdau tem ao seu lado empresários

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Jorge Gerdau acompanhou a apresentação dasações do Comitê Gestor de Criciúma

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e executivos que integram a Câmara, como Abílio Diniz e Antônio Maciel Neto. O apoio vem também pelo Mo-vimento Brasil Competitivo, com foco na efi ciência, efi cácia, competitividade e inovação, tanto no segmento público quanto privado. Em vários momentos de seu discurso em meio a esta cami-nhada Jorge Gerdau tem salientado as oportunidades que o país tem a ganhar com tais movimentos. Um dos primei-

ros é sem dúvida econômico. Segundo ele são milhões de Reais a serem pou-pados dos cofres públicos a cada ano. Para vários setores governamentais já existem metas traçadas, como nos Correios. Nesta empresa, dentro de um prazo de 18 meses se espera che-gar a um ganho de R$ 1,5 bilhão, com uso de uma gestão efi ciente. Na saúde, onde o alvo é o próprio Ministério, a redução proposta de redução de gastos

chega a R$ 140 milhões.Na base de tudo também estão os

projetos, que precisam ser feitos e pa-gos. Dentro de sua peregrinação pelo país, Gerdau tem arrecadado junto a empresas recursos para a elaboração destes projetos que envolvem prefeitu-ras, governos estaduais e federal. Com a experiência e o trânsito que homens como Jorge Gerdau têm, poucos duvi-dam que este trabalho vá frutifi car.

O Movimento Brasil Competiti-vo busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, através do aumento da competitividade do país. Trabalha a disponibilização de conceitos e ferramentas, mobilizar lideranças públicas e privadas e disseminar conhecimento. O Movimento tem como meta máxima gerar novas li-deranças, pessoas que levem para seus municípios e estados o mesmo espírito do Movimento Brasil Com-petitivo.

Um dos objetivosé transformar a cultura empreendedora e competiti-va construída ao longo de seus nove anos em realidade para a população brasileira. Para tanto, desenvolve e fomenta o nível de comprometimen-to assumido pelos envolvidos com a questão da competitividade como ferramenta de desenvolvimento do país.

O MBC trabalha o desenvolvi-mento de projetos nas áreas de ges-tão pública e privada, inovação e benchmarking.

O que é o Movimento Brasil CompetitivoA CGDC busca aprimorar a gestão

pública, não só na formulação de me-canismos de controle da qualidade de gasto público, como também no estabe-lecimento de diretrizes.

A câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade é for-mada pelos empresários Jorge Gerdau, Abílio Diniz, Antônio Maciel Neto e o ex-presidente da Petrobras Henri Rei-chstul. Também participam do grupo os ministros titulares da Casa Civil, Fazen-da, do Planejamento e do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.

A Câmara e a gestão

O presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana e o prefeito Clésio Salvaro recepcionaram Jorge Gerdau

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A Unimed Criciúma deu um salto gigantesco na última década e assumiu o posto de uma das líderes de mercado no ramo de planos de saúde em todo o Estado. Em 1999, há 12 anos, tinha cerca de 20 mil clientes e um fatura-mento de aproximadamente R$ 800 mil ao mês. Atualmente, concentra mais de 80 mil usuários e fatura nada menos do que R$ 10 milhões ao mês.

Um avanço que tem nome e sobre-nome. Dr. Walter Ney Junqueira, dire-tor presidente que deixou em segundo plano sua profi ssão de médico pediatra para se dedicar à administração da co-operativa de saúde.

“Quando me propus a administrar a Unimed de Criciúma, resolvi fazer a faculdade de Administração, pois sabia que precisávamos de um diretor per-manente, fazendo parte do dia a dia da cooperativa”, explica. Walter concluiu

o curso, fez cinco pós-graduações na área e hoje colhe os frutos plantados há anos por uma gestão focada nos melhores métodos da administração. “Tínhamos que reverter o quadro que encontramos”. Poucos consumidores resultavam em pouca arrecadação. O ritmo de crescimento era tímido por se tratar de uma das mais conceituadas cooperativas de saúde do país.

“Crescemos muito nesses anos. Criamos a sede administrativa, cons-truímos com recursos próprios o Hos-pital da Unimed, que hoje é referência em saúde”, explica. Em dois anos e meio, o hospital se tornou economi-camente estabilizado, sem a necessi-dade de receber aporte de recursos da cooperativa. No projeto, ele teria que alcançar esse objetivo em cinco anos. “Fizemos o hospital de uma forma diferente de outros, que encontraram

muitos problemas. Primeiro, constru-ímos aos poucos. Em segundo lugar, não pegamos um centavo de emprés-timo. Observamos que foram decisões planejadas e que garantiram a viabili-dade o hospital em pouco tempo”, ex-plica o médico e administrador.

A Unimed gera hoje cerca de 480 empregos diretos e mais de mil indi-retos, com as clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos conveniados. É formada por cerca de 300 médicos sócios que, de acordo com Walter, ti-veram papel fundamental para todo esse crescimento experimentado nos últimos anos. “Passou a fase das va-cas magras”, comenta em alusão do esforço feito pelo quadro associado para implementar todas essas ações na Unimed Criciúma. “Agora, o desafi o é melhorar os honorários aos coopera-dos”, conta.

Unimed Criciúma:uma década de crescimento

Giuliano De Luca l Criciúma

Mas as novidades não param por aí. “Sabemos que crescemos muito, mas tudo tem um limite”, explica o diretor presidente. Para crescer mais deve ser feita a união da Unimed Criciúma com a Unimed Araranguá.

A mudança deve ser aprovada no dia 14 de dezembro, em assembleia ge-ral. “Assim, a partir do próximo ano, teremos a possibilidade de explorar uma árera que ainda é praticamente virgem. De Araranguá a Passo de Tor-

Fusão deve ampliar crescimento

res, são somente dez mil usuários. É um excelente mercado a ser explorado com a incorporação”, explica.

A fusão vai ampliar as ações de marketing, comercial e administrati-va, transformando a região Extremo Sul num celeiro de oportunidades de novo crescimento. “É um bom desa-fi o”, explica.

Há 12 anos a frente da Unimed Criciúma, com mais quatro a cumprir na atual gestão, Walter se mostra satis-feito com os resultados que conseguiu. “Queremos sempre tornar a prestação de serviços mais moderna e atraente para o usuário. Por isso, nunca deixa-mos de promover cursos e palestras para a formação continuada de nossos profi ssionais”.

Hoje, a Unimed de Criciúma é res-ponsável pelo atendimento a oito municí-pios. São eles: Criciúma, Braço do Norte, Urussanga, Cocal o Sul, Içara, Forquilhi-nha, Nova Veneza e Siderópolis.Dr. Walter Ney Junqueira está à frente da Unimed há 12 anos

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Os estudantes do SENAI em Criciúma obti-veram quatro medalhas (um ouro, uma prata e dois bronzes) na etapa estadual da Olimpíada do Conhe-cimento, maior competição de educação profi ssional da América Latina. Os vencedores das 30 ocupações industriais em disputa foram conhecidos no dia 04 de novembro, em cerimônia realizada no Centro de Eventos Sistema FIESC, em Florianópolis.

A superação da primeira etapa representa para os competidores o início de um trajetória que poderá levá-los ao WorldSkills, o mundial de profi ssões, que será realizado em 2013, na Alemanha. Ao todo, a com-petição envolveu 116 jovens, que passaram por provas durante os dias 26, 27 e 28 de outubro. Para muitos estudantes, um exemplo a ser seguido é do joinvillense Natã Barbosa, que em outubro foi o primeiro catari-nense a conseguir o ouro no WorldSkills, torneio mun-dial de profi ssões, realizado em Londres.

O jovem esteve na premiação e incentivou os competidores a continuar o processo de aprimora-mento. “Na preparação, por mais que tivéssemos um bom resultado, sempre sabíamos que poderíamos melhorar. Por isso persistência e confi ança são essen-ciais”, aconselhou Natã. Participaram da competição alunos de cursos de educação profi ssional das unida-des de Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Ca-çador, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Luzerna, Rio do Sul, São José, São Bento do Sul, São João Batista, São Miguel do Oeste e Tubarão. Durante três dias os alunos passaram por provas com situações típicas da indústria. Eles foram avaliados pelas habilidades de executar as tarefas propostas e resolver os problemas apresentados, além de seus conhecimentos e atitudes profi ssionais.

Os medalhistas de ouro confi rmarão a vaga na etapa nacional em duas provas de índice. O objetivo é garantir que eles continuem treinando e se prepa-rando, com o propósito de melhorar seu desempenho, tendo em vista o alto nível da competição nacional e do WorldSkills.

Na cerimônia de encerramento, o presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, ressaltou o bom desempenho do Brasil na última edição do Worl-

Criciúma conquista quatro medalhasna Olimpíada do Conhecimento Estudantes do SENAI deram o primeiro passo rumo ao WorldSkills, o mundial de profi ssões

Design de Moda – Vestuário3°Munike Zanette Ávila

Confecção de Roupas 2 °Alice Regina de Betio Guedes

Desenho Mecânico em CAD3°Rafael Silvano Gu-glielmi

Segurança do Trabalho1 °Edivaldo Luis Gregório

A regional cearense do SESI, que recebeu consultoria em gestão de especialistas da unidade do SENAI em Criciúma e Florianópolis, foi re-conhecida na primeira edição do Prêmio Ceará de Excelência em Gestão (PCEG), tendo alcançado a faixa bronze (entre 150 e 250 pontos). O prêmio promove a melhoria da qualidade da gestão e o aumento da competi-tividade das empresas sediadas no estado. A solenidade de entrega da premiação foi realizada no dia 1 de dezembro, em Fortaleza.

A premiação é a sexta nos últimos 12 meses que o SENAI de Criciúma está envolvido, incluindo reconhecimen-tos próprios e de clientes atendidos. Entre as con-quistas estão o melhor desempenho no Projeto Excelência da Gestão da Associação Brasileira das Instituições de Pes-quisa Tecnológica e a vi-tória no prêmio Banas de Metrologia; a conquista da categoria diamante pelo 28º Grupo de Arti-lharia de Campanha (de Criciúma) no Prêmio Ca-tarinense de Excelência e duas certifi cações de construtoras em aten-dimento às normas do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtivida-de do Habitat.

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NOTÍCIAS DE CRICIÚMA

dSkills, e lembrou desafi o de dobrar (de duas para quatro) o número de ocupações com representantes catarinenses. “Ficamos em segundo lugar na coloca-ção geral de países, atrás apenas da Coreia e à frente de países como Estados Unidos e França. Isso prova a excelência da educação profi ssional oferecida pelo SENAI”, disse Côrte. “Cabe ao SENAI dar as condi-ções para que mais estudantes cheguem às mais altas colocações”.

O diretor regional do SENAI de Santa Catarina, Sérgio Roberto Arruda, fez um paralelo entre a Fór-mula 1 e a Olimpíada do Conhecimento. “Muitas das tecnologias que vemos hoje nas ruas começaram nas pistas, pois a Fórmula 1 é um laboratório de tecnolo-gias. Assim é a Olimpíada do Conhecimento: os ven-cedores servem de paradigma para outros alunos, além de ajudar a aprimorar o ensino oferecido pelo SENAI”

Relação dos medalhistas de Criciúma

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As federações industriais dos estados do Rio Grande do Sul, Fiergs, Santa Ca-tarina, Fiesc, e Paraná, Fiep, decidiram trabalhar unidas por um projeto que tra-ga soluções para a infraestrutura nos três estados. Batizado de Sul Competitivo, o projeto foi lançado no fi nal de junho, em Porto Alegre, com o apoio da CNI, Confederação Nacional da Indústria, se propõe a ser um amplo estudo sobre os modais logísticos na região Sul, inter-ligados aos países vizinhos (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile). Através de uma pesquisa elaborada pela empresa Macrologística vai traçar uma radiogra-fi a do que há hoje e apresentar soluções integradas para o transporte de produtos através de portos, aeroportos, ferrovias,

hidrovias, dutovias e rodovias.Em Santa Catarina o projeto foi to-

talmente detalhado em encontro na Fiesc, onde os técnicos da empresa de consulto-ria Macrologística mostraram como será feito o mapeamento das 19 principais ca-deias produtivas da região, a partir dos ei-xos de transportes que ligam a produção do Sul até o cliente fi nal tanto no Brasil quanto no exterior. “O que está aconte-cendo é uma inversão de papéis, com a iniciativa privada investindo no planeja-mento de infraestrutura de longo prazo”, disse Renato Pavan, sócio da Macro-logística, que apresentou o trabalho ao lado do seu sócio, Olivier Girard. Nesta primeira etapa a empresa colocou uma equipe de 12 profi ssionais a campo, que

Todos unidos pela competitividadeAna Sofi a Schuster l Criciúma

terão dentro das 19 cadeias mapeadas, cerca de 70 produtos agrícolas, minerais, fl orestais e industriais. A partir daí levan-tarão os gargalos logísticos e respectivas soluções. Ainda de acordo com Girard também serão analisados números sobre a produção atual e futura e o local de con-sumo de todas essas cadeias, bem como as matrizes origem-destino e o impacto destas no custo logístico. “E visitaremos portos e outros modais do Chile, Argen-tina, Uruguai e Paraguai para entender como funciona a logística de escoamento dos três estados sulistas por essas vias.”, informa.

A partir desta visão a ser revelada pela pesquisa será possível identifi car maneiras de integrar modais e reduzir custos das empresas no quesito logísti-ca. É exatamente este o cerne do projeto, indo direto ao ponto da competitividade.

Coube à Macrologística um estudo semelhante, denominado Norte Competi-tivo, realizado em março deste ano, tendo como alvo os nove estados pertencentes à Amazônia Legal.

A participação de bancos de fomento, como o BRDE e BNDES são estratégicas para o projeto, tanto que as entidades já realizaram em novembro encontro com o presidente do BNDES, Luciano Couti-nho, para apresentar a proposta do estudo e amealhar o apoio do banco. A resposta ao trabalho, no encontro realizado dia três de novembro, foi muito positiva. Couti-nho não só deu seu apoio, como propôs que se avance para outras áreas da infra-estrutura também carentes de projetos de melhoria da competitividade.

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Glauco José CortePresidente da Fiesc

Edson CampagnoloPresidente da FIEP

A importância do projeto:

Temos que ter a perspectiva regional e não só pensar em soluções locais para os problemas de infraestrutura de nossa região, que responde por 17% do PIB do país. São muitos

os problemas de infraestrutura, como é o caso das rodovias, ferrovias, aeroportos e ainda os portos. Mas acreditamos

que o projeto Sul Competitivo, realizado com apoio da CNI, apontará soluçõespossíveis de serem implementada

“”

O objetivo é reduzir custos com transporte de carga e garantir mais competitividade à região. Sendo uma inicia-tiva das entidades representativas das indústrias, o estudo propiciará que a questão da infraestrutura e logística tenha

um novo tratamento no âmbito do governo

“”

É fundamental que os três estados estejam alinhados na busca de soluções para uma malha logística interligada. E este alinhamento deve avançar para outras áreas além da infraestrutura, já que temos demandas muito parecidas e

precisamos trabalhar unidos

Luciano CoutinhoPresidente do BNDES

“”

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Quando José Carlos Librelato cons-truiu sua primeira carroceria para cami-nhão, em 1969, não imaginava que a em-presa que ali nascia se tornaria em 2011 uma das líderes de implementos rodoviá-rios do Brasil. Tão pouco imaginava que faturaria R$ 400 milhões por ano e que seria a empresa que mais cresce na atu-alidade neste setor. Quarenta e dois anos se passaram e hoje a empresa que nasceu de um sonho de oito irmãos hoje empre-ga 1,6 mil colaboradores, tem clientes no Brasil e no exterior e busca a excelência dos produtos e satisfação do cliente como nenhuma outra no país.

Entre os clientes estão a Petrobrás, a Vale (maior mineradora do mundo) e o Exército Brasileiro. “Somos a empresa de implementos rodoviários que mais atua no setor público no Brasil”, destaca. Mas para chegar até esse patamar, muito trabalho foi feito, dia após dia. “Demo-ramos um mês para produzir a primeira carroceria. Íamos até a mata, escolhíamos a madeira, puxávamos com o carro de boi para iniciar a produção”, conta o bem sucedido empresário de Orleans, que tem até hoje as marcas nas mãos do trabalho árduo de tempos passados. Do tempo em que a energia vinha das rodas d’água até

hoje, muita coisa mudou, exceto a ou-sadia de José Carlos, ou Lussa, como é mais conhecido.

Logo, os irmãos começaram a com-prar indústrias que não ‘davam certo’. Meu pai criou oito irmãos empreende-dores. “Começamos a comprar empre-sas que se somaram à indústria de car-rocerias”, frisa. Era neste momento que nascia o grupo Librelato. “Começamos a diversifi car. Compramos uma cerâmica, depois uma madeireira e em seguida uma britadeira e terraplanagem. Compramos também uma indústria de plástico, duas rádios e um jornal”. No caminho, um dos irmãos virou médico, outro político.

“Em 2001, todas as empresas tinham vida fi nanceira e administrativa saudável. Então pensei. É a vez de investir na Li-brelato Implementos Rodoviários”. Em 2010, o grupo foi desfeito. “Cada irmão fi cou com uma empresa. Eu e outros dois fi camos com a Librelato”, explica Lussa. Nestes últimos dez anos, a empresa não parou de crescer. Hoje é a quarta maior do país e em 2011 foi a que mais cresceu no setor. Um dos segredos para tamanho sucesso Lussa defi ne em duas qualidades essenciais. “Entendo que as pessoas têm que ter duas características básicas para

Empresas Librelato:um sonho que fatura R$ 400 milhões por ano

Giuliano De Luca l Criciúma

crescer no meio empresarial. Sensibili-dade e determinação. Sensibilidade para saber identifi car bons negócios e saber ouvir as pessoas. Determinação param executar o que se planeja”.

Outro po nto determinante para o su-cesso, Lussa credita à diferença entre a indústria Sul Catarinense e seus concor-rentes. Enquanto a maioria faz produtos em larga escala, a Librelato produz com exclusividade. “Fazemos a venda técni-ca. Não adianta você criar um computa-dor ou um telefone celular, se não tem o equipamento adequado para transportar da fábrica até a loja”, conta. “Criamos implementos específi cos para produtos específi cos. Isso agrada o fabricante, o transportador e cliente. Muito mais que produzir implementos rodoviários, a Li-brelato busca vender soluções em trans-portes”, exemplifi ca.

José Carlos Librelato

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A Librelato passa agora por mais uma signifi cativa mudança, que vai impulsionar ainda mais seus negócios. Isso porque um Fundo de Investimentos comprou parte da empresa, que está pronta para se tornar uma S.A. (Sociedade Anônima). Depois da trans-formação em S.A, começará a preparação para a abertura de capital. O processo leva-rá aproximadamente três anos. E, com isso, venderá ações na bolsa de valores, vai cap-tar recursos, que darão um fôlego extra para novos investimentos. “É melhor ser sócio da Petrobrás do que ter um posto de gasolina sozinho”, faz a analogia o visionário empre-endedor. Com isso, a expansão é inevitável. “Já começamos a ensaiar as exportações para Uruguai, Paraguai e Argentina, além de ampliar nossa participação no mercado bra-sileiro”, conta Lussa. A Librelato S. A. Im-plementos Rodoviários é a maior empresa de Orleans, mas tem unidades de produção em Criciúma, Capivari de Baixo e Içara, sendo uma das mais importantes indústrias do Sul do Estado, de Santa Catarina e do Brasil.

S.A.

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Criciúma ainda vive os refl exos de ter sido sede dos Jogos Abertos de San-ta Catarina (JASC). Isso não somente por ter conquistado o título inédito de vice-campeã da 51ª edição, mas porque movimentou todos os setores da economia entre os dias 10 e 20 de novembro. O valor investido nos Jogos Abertos em Criciúma foi de R$ 1,5 MI oriundos do Governo do Estado e con-trapartida de R$ 450 mil do Governo Municipal de Criciúma.

Além do investimento feito para realizar uma grande edição dos JASC, Criciúma foi contemplada com refor-mas em diversas áreas. “Todas estas aquisições possibilitaram uma melhora na infraestrutura dos locais de compe-tição e nas escolas que serviram como alojamento. Sem dúvida alguma, em Criciúma fi ca o legado de um municí-pio que ama o esporte e principalmen-

te, que incentiva”, explicou o presiden-te da Comissão Central Organziadora (CCO), Flávio Spillere.

Melhorias nos locais de compe-tição, no trânsito e escolas foram fei-tos pelo Governo do Município junto com a Comissão Central Organizadora (CCO) para receber aproximadamente sete mil pessoas entre atletas e dirigen-tes que passaram pelo Sul do Estado. “Desde quando estávamos em Chape-có nos JASC de 2009 onde lutamos para conquistar a oportunidade de se-diar essa competição, que até então, só havia estado em Criciúma duas vezes, tivemos a convicção de que podería-mos fazer muito mais”, comentou o prefeito Clésio Salvaro.

Entre as principais obras construí-das pelo Governo estão a recuperação do principal local de competição da cidade o Ginásio Municipal Walmir

Orsi, que recebeu um investimento de R$ 630 mil. O espaço, que até o mês de julho, quando começou o serviço de re-cuperação, estava interditado por falta de condições, está impecável, com os banheiros e pistas novas, teto reforma-do e quadra concluída.

Além do ginásio, Criciúma ganhou uma pista para a modalidade do bolão, que foi construída em padrões ofi ciais no Parque das Nações Cincinato Nas-polini. A modalidade do tiro foi outra que também recebeu um novo lugar para as disputas. O clube de tiro Al-berto Scheidt ganhou estandes para as provas de armas longas e curtas. “Re-cebemos inúmeras visitas de atletas e turistas, todos elogiaram e com certeza teremos mais adeptos nesse esporte”, comentou o coordenador da modalida-de, Fernando Meller.

Alguns espaços para as modalida-

Fran Lima l Criciúma

Uma nova Criciúmadepois dos Jogos Abertos

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Pesquisa comprova aprovação

A comprovação de que Criciú-ma realizou uma excelente edição dos JASC veio por meio de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Catarinense (IPC) com 500 entrevistados de 39 delegações diferentes. O levantamento quanti-tativo encomendado pelo Governo do Município, traz altos índices de aprovação.

A organização dos JASC teve o índice mais alto entre todos os itens da pesquisa. Ao todo, 93% dos entrevistados avaliaram positiva-mente, 5,2% consideraram regular e 1,8% não souberam responder a respeito. Nenhum dos 500 questio-nados realizou análise negativa da coordenação do evento. “Estamos colhendo o resultado do trabalho”, fi nalizou o vice-prefeito, Márcio Búrigo.

des foram construídos, mas todos os ginásios do município que foram uti-lizados nas disputas receberam pintu-ras, reparos, instalações e adaptações. “Nossa intenção é que o clima do JASC permaneça em Criciúma. A cida-de fi cou encantada em conhecer outros esportes. Vamos incentivar e continu-ar com o nosso trabalho de base para que todos esses locais estejam sempre cheios de praticantes”, pontuou o pre-sidente da Fundação Municipal de Es-portes de Criciúma, Renato Valvassori.

Durante o período de competição hotéis, restaurantes e lanchonetes vi-viam rodeados por atletas e turistas que queriam desfrutar do diferencial de Criciúma. Para a supervisora comer-cial do Merco Plaza Executive Hotel, os Jogos Abertos foi o percussor de um período lucrativo para a rede hoteleira. “Ficamos muito felizes em poder fazer parte do período desta competição que só trouxe coisas boas para Criciúma. Nosso hotel esteve o tempo todo com

aproximadamente 70% dele reservado para atletas e pessoas que trabalharam na organização dos Jogos”, enalteceu.

O grande movimento de pessoas foi comemorado também pelo restau-rante Ney Frangos que serviu aproxi-madamente 300 refeições a mais do que o servido normalmente. Segundo o proprietário, Rodinei Torres, nos dias de competição o restaurante supriu a expectativa de movimento. “Tivemos pessoas do Oeste almoçando conosco. Além disso, atletas e técnicos também procuraram muito. Foi um período bem produtivo e lucrativo para nós”, comentou.

Mais do que ser cidade sede dos JASC, Criciúma teve o objetivo de proporcionar aos visitantes uma exce-lente percepção do município. Placas de orientações, revitalização da Ave-nida Centenário e praças fi zeram com que o governo apresentasse uma nova Criciúma aos que vieram de outros municípios, mas principalmente aos

criciumenses. Para oferecer maior segurança aos

visitantes, moradores e atletas uma parceria entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar de Criciúma foi fi rma-da. Rondas foram feitas nos locais de competição e nos alojamentos. “Além desses locais, tivemos um reforço também para garantir a segurança e tranqüilidade de todos no Parque das Nações, que foi palco de um crono-grama de programações paralelas da Arena Jasc”, completou o presidente da CCO.

“Nós procuramos desde o início realizar um planejamento para viabi-lizar uma boa edição desta competi-ção. Montamos uma equipe de gestão interna que buscou transmitir para todo o Estado a verdadeira imagem da cidade. Obras e ações importantes foram realizadas para que tudo isso se concretizasse”, emendou o coordena-dor do Comitê Gestor, Celito Heinzen Cardoso.

Vejo os Jasc como uma maneira de colocarmos Criciúma e região na vitrine. A cidade se adaptou totalmente para receber estes atletas, dirigen-tes, jornalistas e visitantes, mostra uma Criciúma em transformação. Precisamos nos impor mais no estado, nos valorizar mais atuando no “macro” para

não fi carmos em segundo plano. Problemas como nossas estradas como a BR 101, há quase 10 anos em processo de duplicação, aeroportos pratica-mente inutilizados pela precariedade são algumas questões que com a cidade em evidência, conseguimos a devida atenção que merece“

”Flávio Spillere - Presidente da CCO

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Núcleo de Base Tecnológica trabalhapara fortalecimento do setor

A região de Criciúma é conheci-da como “terra de empreendedores”. Setores como o carvão, o cerâmico e a construção civil se destacam não apenas em Santa Catarina. A região Sul tem na indústria um importante alicerce de sua economia e nos últi-mos anos, às empresas de transforma-ção, tem se agregado um novo tipo de atividade, que não necessita de um grande parque fabril, gera empregos e projeta o nome da região no cenário nacional: o desenvolvimento de sof-twares.

Hoje, a Amrec possui 80 empre-sas de tecnologia. No entanto, o setor ainda está dando os primeiros passos no sentido de se organizar. E foi para impulsionar o desenvolvimento des-tas empresas e representá-las, que a Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) criou, em março de 2009, o Núcleo de Base Tecnológica.

Segundo Ricardo Fiera, presidente do Núcleo, além de representar o se-tor de Base Tecnológica em Criciúma

e região, o Núcleo tem o objetivo de posicionar a região carbonífera como pólo no desenvolvimento de produtos e serviços de tecnologia. “Através do associativismo podemos mostrar o quanto são fortes e importantes no contexto nacional as empresas da re-gião”, afi rma Fiera.

Conforme o consultor do Núcleo, João José Camargo, o trabalho dele é uma extensão no Sul de Santa Catari-na, da Associação Catarinense de Em-presas de Tecnologia (Acate). “Entre as atividades do Núcleo estão encon-tros para trabalhar as difi culdades dos associados, como qualifi cação das empresas e linhas de fi nanciamentos para o setor”, comenta Camargo.

O consultor afi rma que todas as empresas da Amrec que desenvol-vem tecnologia podem participar do Núcleo – que possui 17 empresas as-sociadas. Um trabalho constante para atrair mais fi liados e assim, aumentar a força do grupo que vem sendo reali-zado pelo núcleo.

Milena Nandi l Criciúma

Segundo Diogo André Lóff, vice-presidente do Núcleo, a região está construindo aos poucos, um pólo na área de tecnologia. “Estamos cons-truindo um pólo de tecnologia a pe-quenos passos. Para construir um pólo ou crescermos, temos de criar e divul-gar uma imagem de profi ssionalismo e mostrar que possuímos capacidade de desenvolver grandes projetos e isso hoje já é uma verdade”, afi rma.

Para o Lóff, apesar de estar se es-

truturando, o setor já conquistou vitó-rias ao longo dos anos e com a criação do Núcleo, como a maior facilidade no acesso a dados sobre as empresas existentes e o aumento do nível de profi ssionalização das criadoras de produtos. Mas, e o que falta para o setor crescer na região? “Não só para crescer regionalmente, mas conside-rando o território nacional, falta inves-timento em marketing especializado”, responde.

Setor tem se profi ssionalizado

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Criciúma terá, a partir do ano que vem, um perfi l da sua situação econô-mica. O Conselho Municipal de De-senvolvimento Econômico (CMDE) se articulou para fazer um planeja-mento estratégico do município, e para isso, encomendou para a Unesc e a PUC – Porto Alegre um estudo, que norteará o trabalho para o cres-cimento econômico em um longo prazo. O estudo deve ser entregue ao CMDE em abril de 2012, e a partir dele, será construído o pla-no “Criciúma 2030 – uma estrada

para o futuro”. Segundo o presidente do CMDE,

César Smielewski, o município vem perdendo arrecadação de ICMS ao longo dos anos, e é preciso fazer algo para que os índices de retorno se estabilizem em outros patamares. “Há cerca de 25 anos, Criciúma era o quarto município em arrecadação do Estado. Hoje está em 11º e tem per-dido para municípios menores. Por isso está se fazendo um estudo para saber qual o real motivo desta que-da. Estamos vislumbrando trabalhar

para criar em Criciúma, um ambien-te próprio para o desenvolvimento”, afi rma.

Para Smielewski, o desenvolvi-mento do município passa por uma série de melhorias de infraestrutura como o projeto do Anel de Contorno Viário, melhoria do Aeroporto Dio-mício Freitas, de Forquilhinha, o iní-cio do funcionamento do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, melho-rias na telefonia móvel e na seguran-ça. “Isto é uma corrente e precisamos fortalecer os seus elos”, comenta.

Estudo irá auxiliar na tomada de decisões para o futuro de Criciúma

Smielewski observa que Criciú-ma dispõe de poucos terrenos para a implantação de empresas e que preci-sa manter as já existentes, já que há evasão de negócios. “Temos que criar um ambiente de desenvolvimento, para as empresas que estão aqui cres-cerem e atrairmos novas”, considera.

No entanto, a falta de terrenos para empresas de grande porte, aca-ba prejudicando os planos. Segundo Smielewski, neste cenário, uma alter-nativa é trazer para o município, em-

presas que não necessitem de grandes extensões territoriais, mas utilizem mão de obra qualifi cada e produzam produtos com alto valor agregado. Como exemplo, ele cita as empre-sas de tecnologia. “Criciúma tem um pólo de formação de mão de obra e isto é um ponto forte para o municí-pio. Estas empresas usam um terreno pequeno, mas tem produtos de valor agregado elevado e mão de obra es-pecializada. Toda a economia ganha com isto”, diz.

Evasão de empresas preocupa Núcleo de Base Tecnológica

Lorenzi AGPR5AgrosysHorr4. S SistemasDomínio SistemasK&S SoluçõesBetha SistemasCratus SistemasLogosystem

Deps TecnologiaEma SoftwareConsystecWebMais Sistemas Seven KeysSeprotec Segurança EletrônicaSinessoftUseall

SinersoftProduto: Softwares de gestão para transportadoras. - Softwares de emissão de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), controle de frotas, logística, fi nanceiro, suprimentos e fi scMercado: SoftwaresTempo de mercado: 2 anosSite: www.sinersoft.com.brE-mail: [email protected]: (48) 3465-0000

4S SistemasProduto: PRATIC(ERP) - SOFTCARD (Gestão de cartões Convênio/Fidelidade/Crediário)Mercado: Mercado NacionalTempo de mercado: 17 anosSite: www.4ssistemas.com.brE-mail: [email protected]: (48) 3433-0111

Useall SoftwareProduto: Gestão Empresarial - Software de Gestão empresarial, com distribuição no mercado nacional.Mercado: SoftwaresTempo de mercado: 11 anosSite: www.useall.com.brTelefone: (48) 3442 5001

Horr SistemasProduto: Software de gestão empresarial, fazendo uso do que há de mais moderno em tecnologia e equipamentos, garantindo aos seus clientes um produto fi nal de ótima qualidade.Mercado: Confecções, Distribuidoras, Indústrias, Concessionárias e Comércio.Tempo de mercado: 15 anosSite: www.horr.com.br/E-mail: [email protected]: (48) 3433 – 1547 / (48) 3438 – 9822 / (48) 8828 – 2251 / (48) 3437 – 6100 / (48) 3437 – 6101

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Domínio Sistemas entre asquatro maiores de software contábil do País

Criada em 1998 a partir da Betha Sistemas, a Domínio Sistemas é hoje uma das quatro maiores empresas de software contábil do Brasil, com a par-ticipação em 12% do mercado nacio-nal e 90% no mercado do Sul de Santa Catarina. A empresa está presente em 23 estados brasileiros, possui 15 fi liais – e planeja para 2012, a instalação de uma nova no Sudeste e outra no Nor-te – 18 revendas e 11 mil clientes ati-vos. A empresa vem em uma crescente no mercado, e espera fechar o ano de 2011 com um faturamento de R$ 48 milhões.

A Domínio tem como público-alvo o setor contábil e em conseqüência do ganho de mercado de 2011, já possui mais de 550 colaboradores espalhados pelo Brasil, responsáveis por mais de 233 mil atendimentos de suporte téc-nico por ano.

Segundo a gestora de desenvolvi-mento humano da empresa, Luci Bri-guente, a Domínio tem em sua fi loso-fi a de trabalho a excelência em tudo que faz, buscando a inovação e aper-feiçoamento constante no produto, nos processos, na gestão e na equipe. “A Domínio investe forte em ferramentas de gestão estratégica, de pessoas e de tecnológica. Com tudo isso, o sucesso da empresa passa pelos nossos colabo-radores. Juntos, estamos construindo uma história de sucesso e conquistas, num ambiente de desenvolvimento profi ssional, crescimento para todos”, afi rma.

Oscar Kastrup Balsini, diretor ge-ral da Domínio Sistemas, aponta como diferencial da empresa o produto de qualidade e o suporte qualifi cado. “Optamos crescer de forma sustenta-da. Nosso direcionamento é por uma empresa lucrativa, mas não a qualquer preço e sim com condições de investir, abrir novas frentes”, diz Balsini.

“No cenário nacional, Santa Catari-na vem fortalecendo sua imagem como pólo produtor de software com empresas de grande representação, e Criciúma faz parte deste cenário”. A afi rmação é de Balsini, diretor geral da Domínio Siste-mas. Segundo ele, Criciúma já se tornou

referência na área de software. E o fator educação colaborou com este panorama. “Na região temos boas universidades com cursos de Ciências da Computação e Sistemas de Informação que contribuí-ram para o crescimento deste mercado”, comenta Balsini.

Milena Nandi l Criciúma

Santa Catarina é destaque em Tecnologia da Informação

Conquistas

Pelo terceiro ano consecutivo a Domínio Sistemas recebeu o prêmio das 100 Melhores Empresas para Trabalhar do Brasil, promovido pelo Instituto Great Place to Work e divul-gada pela Revista Época. A empresa também está, pela terceira vez, entra as 90 Melho-res Empresas de TI e Telecom, divulgada pela Revista Computerworld, e ranking das 250 Pequenas e médias Empresas que mais crescem do Brasil, promovido pela consultoria Deloitte e divulgada pela Revista Exame PME. A Domínio é ainda uma das 300 Maiores Empresas de TI do Brasil.

Na pesquisa das 100 Melhores empresas para Trabalhar, a Domínio teve destaque nos itens: o que os funcionários mais valorizam, desenvolvimento profi ssional, remuneração, estabilidade e qualidade de vida. Na mesma pesquisa, a empresa teve destaque com o 15º lugar entre as empresas com mais jovens. E entre as empresas com 500 empregados, a Domínio Sistemas fi gura entre as 30 melhores empresas brasileiras para se trabalhar.

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Betha é modelo do sul com presença em todo o Brasil

Com 26 anos de história, a Betha Sistemas é hoje, uma das empresas da região que mais se destaca no se-tor de tecnologia. Desenvolvedora de softwares para órgãos públicos de 18 estados brasileiros – nas es-feras federal, estadual e, principal-mente, municipal – a empresa tem uma carteira com aproximadamente 3.000 clientes. Hoje, a Betha trabalha atendendo diretamente os estados de Santa Catarina e Paraná com 300 co-laboradores. Nos demais 16 estados onde está presente, a empresa atua por meio de 33 revendas que fazem a ponte entre os clientes e os produtos Betha.

A empresa deve faturar R$ 32 mi-lhões neste ano, e para 2012, projeta aumentar o faturamento, chegando a R$ 40 milhões. No próximo ano, a empresa dará continuidade ao traba-lho de expansão, iniciado em 2011. Guilherme Balsini, diretor presidente da empresa, explica que nos primei-ros meses de 2011, a Betha iniciou o seu plano de expansão implantando novas regionais físicas de atendi-mento em quatro regiões. “As regio-nais de Criciúma, Chapecó e Curitiba já foram inauguradas e a de Rio do Sul está em processo de fi nalização. O objetivo dessas regionais é atender melhor e de forma mais personaliza-da os clientes das cidades situadas nas regiões”, afi rma.

Para 2012, a empresa de tecno-logia pretende abrir novas regionais nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. E o pro-jeto da Betha não deve parar por aí. Conforme Balsini, no próximo ano, a empresa irá fortalecer o Plano de Canais com os atuais parceiros e co-meçar parcerias com novas revendas.

Milena Nandi l Criciúma

Na área do desenvolvimento, a Be-tha irá lançar novos produtos em 2012 e continuar trabalhando no aprimora-mento de produtos. “Vamos trabalhar para levar os nossos sistemas para as nuvens, ou seja, para que o usuário possa acessar os produtos Betha Sis-temas de qualquer equipamento com

acesso à internet”, comenta o diretor presidente.

Ainda em 2012, a Betha deve au-mentar o número de colaboradores. Segundo Balsini, a empresa tem 50 vagas em aberto e irá contratar 80 es-tagiários até o primeiro quadrimestre de 2012.

Novos produtos em 2012

Segundo Balsini, a Betha está em processo de transição de uma empresa familiar para profi ssional. “O nosso modelo de gestão é par-ticipativo, embasado em escutar o colaborador, fazer com que ele participe das decisões e se sinta dono da empresa no momento de tomar essas decisões”, comenta.

No modelo de gestão adota-do, a Betha criou projetos como o Vida em Equilíbrio, o Integração entre Times e o Somando, focados na valorização e no bem-estar do

colaborador. “Também nos pre-ocupamos com a questão social, mantendo os projetos Ligados na Rede, Cidadãos Ligados na Rede e Papais Ligados na Rede, em par-ceria com o Bairro da Juventude. Além dos projetos, realizamos ações como o Primavera Cons-ciente e o Doce Gesto, que ajudam a despertar a consciência social nos funcionários e, por outro lado, faz com que a comunidade tam-bém participe e faça parte da em-presa”, fi naliza.

De gestão familiar para profi ssional

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Prêmios

Em 2011, a Betha Sistemas fi cou entre as “Melhores Empresas para Trabalhar em Ti & Telecom”, pesqui-sa do Instituto Great Place to Work. No mesmo ano, a empresa recebeu o “Prêmio Ser Humano”, da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Mercado em crescimento sim, mas

o caminho é longoBalsini analisa que o mercado

para as empresas de tecnologia da região está crescendo, em função da necessidade de informatização, e afi rma que Criciúma está se con-solidando no mercado de criação de softwares, mas ainda está muito distante da realidade de grandes pólos como Florianópolis e Blu-menau. Segundo ele, ainda falta incentivos e reconhecimento para as empresas do município.

Entre as difi culdades encontradas pela empresa e pelo setor, o diretor presidente aponta a falta de profi ssio-nais qualifi cados, logística ruim, falta de incentivo público para a qualifi ca-ção da mão de obra e de investimentos

no setor.No entanto, Balsini também apon-

ta vitórias do setor nos últimos tem-pos. “Uma delas foi o crescimento em uma região onde a tecnologia não é vista como um setor principal”, diz.

Difi culdades do setor

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Useall: software para gestãona indústria e no comércio

Milena Nandi l Criciúma

Mais jovem que as demais em-presas do setor, a Useall nasceu em 2000, para atender vários segmentos da indústria, além do comércio e das prestadoras de serviços. Fornecedora de tecnologia para vários setores, o ofício da Useall é disponibilizar sof-twares de gestão empresarial e o seu objetivo, proporcionar uma maneira mais efi ciente das empresas adminis-trarem seus negócios.

A Useall possui 100 colaborado-res, e segundo Anderson Custódio, gerente comercial da empresa, tem alcançado um crescimento signifi ca-tivo nos últimos anos, solidifi cando a marca em alguns segmentos em que atua. Uma das ações decorrentes deste crescimento foi abertura da pri-meira unidade de negócios da Useall fora de Criciúma, em Florianópolis,

Para 2012, a empresa proje-ta um aumento de receita, com a expansão dentro do mercado em que atua e o crescimento de sua carteira atual de clientes. Hoje, o principal mercado consumidor dos softwares da Useall é Criciúma e região. “Nossas vendas se concen-tram mais regionalmente. Primei-ro queremos cuidar da nossa área de atuação para depois nos fortale-

cermos fora”, diz. Segundo Custódio, o mercado

para produtos e soluções tecnoló-gicas é muito dinâmico e exigente. Neste cenário, as empresas esbar-ram em um problema: a difi cul-dade de mão de obra qualifi cada. “Existem várias difi culdades, mas diria que a maior e que merece um grande empenho se refere a mão de obra”, comenta.

Para o gerente comercial da Useall, Criciúma tem característi-cas para a formação de um pólo de tecnologia. “Temos várias empre-sas desenvolvendo software para diversas áreas. A instalação do Parque Científi co e Tecnológico da Unesc (Iparque) e a formação do próprio Núcleo da ACIC de-monstram tendências de um pólo em construção”, acredita.

Pólo em formação

em 2010. “Sentimos a necessidade de nos aproximarmos mais do mercado

da grande Florianópolis”, comenta Custódio.

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Regional Sul da Fiesc discutepapel das entidades e a competitividade

Cada vez mais, a atuação das en-tidades de representação tem papel de destaque no setor industrial. Para promover a competitividade das em-presas, a Fiesc oferece uma série de ações e serviços com o objetivo de legitimar a efi cácia dos sindicatos pa-tronais, tornando-os mais sustentáveis e representativos.

Uma série de palestras estÃO sen-do promovida pela Fiesc e CNI (Con-federação Nacional da Indústria) com o objetivo de trabalhar a chamada competitividade sistêmica, reforçando o papel dos sindicatos dentro da enti-dade e sua força perante a sociedade.

O empresário Iraci Cavagnoli, ex-diretor do Sebrae/SP e do MEC/SP esteve em Criciúma, no mês de novembro, numa promoção da Fiesc Regional Sul, dirigida pelo empresá-rio Diomicio Vidal, para falar sobre

a importância da competitividade e em qual patamar as empresas devem começar a trabalhar com mais inten-sidade.

Dividida em três dimensões: em-presarial, setorial e sistêmica, Ca-vagnoli destaca a competitividade sistêmica como foco para se alcançar resultados maiores.

“A empresa precisa ter defi nida as duas primeiras, empresarial e setorial, mas se o conjunto de fatores e condi-ções não contribuírem para um cresci-mento global, no caso a sistêmica, fi ca difícil ou quase impossível ter compe-titividade nos dias atuais”, explica.

Uma série de fatores envolvem o processo para que isso possa aconte-cer, são as condições sistêmicas de uma democracia consolidada, estabi-lidade de preços, crescente infl uência internacional, grande potencial de

produção de alimentos e energia, am-pla oportunidade de investimentos de infraestrutura e um grande mercado consumidor em expansão, para que o país possa atrair investimentos e con-sequentemente crescer. Dentro deste contexto, o papel dos sindicatos é de extrema importância para este pro-cesso. Os sindicatos são as empre-sas, e precisam estar próximos a elas, criando um ambiente favorável para estimular o debate e a união entre as empresas. “Ainda pensamos muito individualmente, o empresário ainda é muito individualista. Para conse-guir união é preciso liderança para mobilizar. É este um dos papéis dos sindicatos patronais. Se as empresas não tomarem essa consciência fi ca-rá difícil a sobrevivência”, completa Cavagnoli.

O papel das entidades de represen-

Deize Felisberto l Criciúma

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O encontro também discutiu a atuação dos Sindicatos Laborais x Sindicatos Pa-tronais.

Diante do estudo feito pela Federação, segundo Iraci Cavagnoli, os sindicatos laborais são muito mais mobilizados do que o patronal. Sua capacidade de mo-bilização é intensa. Quanto ao Patronal, precisa-se haver essa mesma mobiliza-ção. “Se nós temos um sindicato laboral que está se fortalecendo, democratica-mente, temos que ter o equilíbrio. Temos

que aprender, então a trabalhar juntos, só existirá sindicato forte, se o empresário estiver junto”, reforça. O sindicato deve agir como uma empresa sem fi ns lucrati-vos, buscando a defesa dos interesses do coletivo. Se houver uma relação igualitá-ria entre os dois, haverá um equilíbrio nas relações de trabalho também.

Os sindicatos patronais precisam utili-zar de melhor forma a força da sua Fede-ração na construção dos seus interesses e solução de problemas.

Sindicato Laboral x Sindicato Patronal

Insegurança jurídica, tributação e gasto públi-co (bandeira das Fiesc e da CNI)

Custo do fi nanciamen-to (temos a maior taxa de juros do mundo)

Rigidez nas relações de trabalho

Infraestrutura defi cien-te

Qualidade de educa-ção

Pouco estímulo à ino-vação

Regulamentação am-biental

Burocracia excessiva

Entraves às MPE´s

Os desafi os do crescimento,

segundo Cavagnoli

tação no ambiente de produção e negó-cios é de uma atuação proativa, luta pe-los interesses, infl uencia política-pública, sensibilização dos atores sociais e estimu-lação da competitividade.

Exemplos como o da China e Itália fo-ram citados pelo empresário. Em relação à China, precisamos encontrar produtos diferenciados, para que possamos com-petir. Na Itália, aproximadamente 70% da produção é feita através de arranjos

produtivos, demonstrando como o traba-lho de forma integrada dá certo, reforça Cavagnoli.

Indagações também foram colocadas ao grupo para que o empresariado presen-te refl etisse suas ações. Até que ponto os sindicatos da região estão se articulando para ir ao mercado internacional?

Como os sindicatos locais estão aproveitando o tamanho do mercado brasileiro?

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A questão de logística é uma la-cuna no crescimento econômico cata-rinense. E não apenas do sul, mas de todo o estado. Hoje, a realidade pre-cária dá espaço para obras que podem, definitivamente, fazer Santa Catarina disparar no que diz respeito ao cresci-mento econômico.

Obras importantes, em andamen-to, como a duplicação da BR-101, Ae-roporto Regional Sul Humberto Ghi-zzo Bortoluzzi e ampliação do Porto de Imbituba evidenciam este cenário. Mas para completar o ciclo do desen-volvimento logístico na região, outra obra precisa ser iniciada: a ferrovia litorânea. É sabido que o modal fer-

roviário poderá acelerar a locomotiva do desenvolvimento, colocando as empresas e indústrias do Estado em melhores condições de competitivida-de internacional.

Por se tratar de uma obra macror-regional, merece a atenção de todos os gestores, líderes políticos e em-presariais do sul catarinense. “Os in-vestimentos deveriam ser contínuos, contemplando toda a cadeia logísti-ca. O ciclo precisa ser completado. A malha ferroviária do Sul necessita ser ampliada e estar ligada ao restante do país e do oeste catarinense. Quando se fala em Ferrovia Litorânea, remete-se a possibilidade de multiplicar a par-

ticipação do transporte ferroviário de cargas no Estado. Se observarmos o histórico da duplicação da BR-101, que já dura nove anos, sendo quatro de atraso, sem considerar que obras fundamentais ainda nem foram inicia-das; que o porto também não conse-guiu, ainda, se consolidar num centro logístico do Sul, e que a implantação do Aeroporto Regional já dura uma década, é preocupante imaginar que o início desta importante obra também poderá atrasar, pensando em termos de desenvolvimento do sul de Santa Catarina”, alerta o Gerente de Plane-jamento da FTC, Celso Schurhoff.

Os estudos de viabilidade para a in-terligação ferroviária de Santa Catarina e do país foram feitos entre 2002 e 2003. Em maio de 2009, o Departamento Na-cional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) lançou o edital para a realização dos estudos de impacto ambiental e dos serviços de arqueologia para obtenção do licenciamento ambiental.

Somente para esta etapa, foram des-tinados R$ 4,14 milhões. Esse Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) já está aprovado e em vigência (Edital/

Dnit nº 0223/09). Os projetos de enge-nharia (o trecho foi dividido em dois lotes) começaram a ser feitos em 2009 pelo consórcio Magna/Astep e Veja/Prósul (Edital/Dnit nº 0101/08). O in-vestimento desta etapa é de R$ 17,61 milhões. O custo estimado da obra é de R$ 800 milhões e deve ser finalizada em até 24 meses após a contratação das empresas.

As próximas etapas dependem da conclusão dos projetos em andamento. Os trabalhos foram interrompidos por

um período, determinado pelo DNIT. Com isso, a entrega dos projetos ficou para 2012, podendo-se lançar o edital para construção da ferrovia.

Os estudos de viabilidade concluí-ram que a ferrovia litorânea agregará cargas ao “Corredor Ferroviário de Santa Catarina”, também em fase de execução de projeto (Edital/Dnit nº 0466/2010), melhorando a viabilidade deste trecho. Os projetos, de ambas as etapas, já constam no Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC).

Ferrovia Litorânea: O trem não pode atrasar

Quase uma década

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A principal missão da Ferrovia Li-torânea é facilitar a logística entre os portos, possibilitando o escoamento efi ciente do que é produzido no Esta-do, com a melhor utilização dos mo-dais, onde um possa completar o ou-tro com ganhos na cadeia logística As perspectivas para os próximos 15 anos apontam taxas de crescimento superio-res às registradas nas últimas décadas, com um aumento do PIB em 5,5%. Nosso mercado interno ganha maior poder de compra, com a renda per ca-pita aumentando em torno de 4,5%, segundo a Confederação Nacional da Indústria.

Porém observa-se que a infraes-trutura precária põe em risco a com-petitividade, já que existe um grave descompasso entre o crescimento eco-

nômico e o investimento em infraes-trutura. O Brasil apresenta excelentes condições para aprimorar sua efi ci-ência logística como na interconexão dos diversos sistemas de transporte de cargas. Ferrovias, rodovias, hidrovias e aerovias complementam-se, ligadas por terminais, armazéns e, principal-mente, por uma visão integrada, volta-da à realidade atual e o cenário futuro. A Ferrovia Litorânea Sul, é o impulso que o Estado precisa para alavancar esse crescimento.

Um dado importante é que no ce-nário nacional, as obras ferroviárias foram retomadas, com vários trechos em construção e outros em fase de es-tudo e de realização do projeto executi-vo. Novos trechos ferroviários deverão iniciar a operação nos próximos anos.

A Ferrovia Litorânea Sul terá 236 quilô-metros e interligará a Ferrovia Tereza Cristi-na, no sul do Estado, às ferrovias da Amé-rica Latina Logística (ALL). Quando estiver pronta, a estrada de ferro ligará os portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul à malha ferroviária nacional.

Com um total de 38 milhões de tonela-das de cargas transportadas e investimen-tos que ultrapassam R$ 50 milhões, a FTC, sediada em Tubarão, poderá trilhar um novo caminho. Concessionária privada de uma malha com 164 quilômetros de extensão, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. Com a implantação da Ferrovia Li-torânea Sul, que interligará os trilhos da FTC com a malha ferroviária nacional e ainda os portos de Itajaí e São Francisco do Sul, a ex-pectativa é de maior crescimento, pois isso aumentará a área de atuação da empresa, além de gerar mais empregos diretos e indi-retos com a sua expansão.

A obra

Os números

Cenário de crescimento

Trilhos no Brasil= 29.706 kmConcedidos à iniciativa privada= 28.840 kmTrilhos em SC= 1.365 kmOperadoras = América Latina Logística (ALL) com 1.201 km e a FTC com 164 kmProjeto mais viável e com maior retorno de investimen-to= Ferrovia LitorâneaTrecho= 236 km (ligando Imbituba a Araquari)Geração de empregos = 130 mil (entre temporários e permanentes)Geração de renda= R$ 12 bilhões (25 anos)Renda Nacional anual= R$ 480 milhõesArrecadação de tributos= R$ 170 milhões

- Redução de encargos para as rodo-vias (manutenção)- Redução do consumo de combustí-veis = em média 10 milhões de litros anuais- Redução da emissão de poluentes = economia anual de cerca de R$ 40 milhões- Redução do número de acidentes rodoviários- Redução dos custos dos materiais perdidos em acidentes = redução de R$ 21 milhões- Redução do roubo de cargas

Taxa de retorno social- Ganhos nos custos de transporte e logística para os empresários catarinenses e maior competitividade para os seus produtos;- Ganhos sociais através da distribuição das cargas para as ferrovias, oferecendo mais segu-rança e qualidade de vida na utilização das rodovias, que passarão a ser mais seguras com menos acidentes;- Ganhos na logística com o transporte, de médias e longas distâncias, feito pela Ferrovia e com o Rodoviário realizando a captação e a distribuição das cargas em sua origem/destino;- Ganhos para o governo, que terá menores custos de manutenção e encargos das rodovias, com maior preservação da vida;- Ganhos para o governo com a redução da evasão fi scal sobre as cargas transportadas;- Ganhos ambientais, com menos poluição, pelo baixo consumo de combustível.

Outras vantagens

- Demanda do mercado de SC em 2030 = 144 milhões de toneladas a serem movimentadas: três vezes superior ao volume atual. A BR-101 não suportará

Informações adicionais

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União cria a maiorCooperativa do sistema Sicredi em SC

O Sul do Estado passa a ter a maior Cooperativa do sistema Sicredi no Estado de Santa Catarina, com 45 cidades em sua área de abrangência. A Sicredi Sul SC é a consolidação do projeto União, reunindo a Sicredi Sul Catarinense SC, com sede em Tuba-rão, com a Sicredi Extremo Sul SC, com sede em Criciúma.

Discutida e aprovada pelos associa-dos das duas cooperativas, esta união foi viabilizada por aspectos regionais bastante favoráveis, como a curta dis-tância entre os municípios de Tubarão e Criciúma (são 53 km) favorece a ges-tão com custos reduzidos, a sinergia da estrutura, que trará oportunidades es-tratégicas a Sicredi Sul SC e ainda per-mitirá a uniformização das políticas de gestão. Para a Sicredi Sul SC o Projeto

União trará benefícios imediatos, como o aumento da competitividade regional pela maior estrutura de fontes de recur-sos, o aporte de recursos e acesso ao financiamento sistêmico para abertura de novas Unidades de Atendimento, propiciando maior velocidade no de-senvolvimento e crescimento da Co-operativa. Para os associados a união garante ainda a possibilidade efetiva de consolidação de Resultados com bene-ficio de Sobras.

A SICREDI SUL SC une os 45 municípios do sul de Santa Catarina, e passa a representar 8.338 associados, passando a ser administrada pelo em-presário Aloisio Westrup como presi-dente e Eduardo Alexandre Tavares para vice-presidente.

Para o vice-presidente da Central

Sicredi Sul, Gelson Seefeld, esta união é um grande passo em prol do crescimento do Sicredi na região, permitindo uma estrutura mais forte e com melhores condições de atendi-mento aos associados, além de permi-tir um forte processo de ampliação em todo o sul catarinense.

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Certifi cação Digital: ACIC é Autoridade de Registro

As empresas da região passam a contar com um novo serviço da ACIC que agrega facilidade e rapidez, a cer-tifi cação digital.

A Associação foi credenciada e passa a ser uma Autoridade de Regis-tro - AR ACIC - e integrará a ICP-Bra-sil - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, vinculado a Casa Civil da Presidência da Repú-blica.

Com a exigência da certifi cação di-gital pelo governo federal para quase todas as transações (nota fi scal eletrô-nica, declaração de imposto de renda, Sped fi scal, DIPJ, e toda a parte de contadoria das empresas) este serviço será um grande ganho para a região. “A empresa que necessitar do certifi -cado poderá acessar o site da ACIC, escolher o certifi cado que necessita, fazer a compra e a validação e emissão do certifi cado na Associação”, explica a superintendente da AR- ACIC, Ana Paula Duminelli. Associados da ACIC ganham desconto na compra do certi-fi cado

O documento poderá ser retirado na hora. A validação anteriormente era possível somente em Florianópolis.

A AR-ACIC irá atender o sul do Estado, devendo fi rmar parcerias com entidades de Sombrio, Araranguá, Urussanga, Orleans, Braço do Norte, Tubarão, Laguna e Imbituba, disponi-bilizando o atendimento aos que bus-carem seu Certifi cado Digital em suas cidades.

A superintendente ressalta que o número de empresas que irão precisar de um certifi cado digital crescerá ex-ponencialmente. Essa assinatura ele-trônica, que confi rma a autenticidade de documentos e declarações, é exigi-da para empresas que emitem nota fi s-cal eletrônica (NF-e). Até o ano passa-do, apenas 54 segmentos da indústria e

Deize Felisberto l Criciúma

do atacado eram obrigados a trabalhar com NF-e. Em abril último, 240 novos setores foram incluídos na tabela — em julho, foram mais 68 e, em outubro, 249. Além disso, desde o início de ju-nho, as companhias inscritas no regime tributário de lucro presumido precisam da certifi cação para declarar à Receita Federal as obrigações acessórias — como DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais), Dacon (Demonstrativo de Apuração de Con-tribuições Sociais), DIPJ (Declaração de Informações Econômico-fi scais da Pessoa Jurídica), entre outras. No to-tal, 600 mil por conta da NF-e e 1,4 milhão em virtude do regime de lucro presumido terão que obter um certifi ca-do eletrônico em 2010. Por enquanto, apenas 15% das empresas inscritas no lucro presumido e 25% daquelas obri-gadas a emitir NF-e tiraram o certifi -cado.

Os benefícios esperados a lon-go prazo com a certificação digital são mais segurança, eliminação de obrigações redundantes e agilidade no pagamento dos tributos. Todas as empresas que são obrigadas a emitir a nota fiscal eletrônica, assim como todas as que estão inscritas nos regi-mes tributários de lucro real ou lucro presumido, serão obrigadas a ter um certificado digital. A lista de áreas de atuação que devem emitir nota fiscal eletrônica abrange indústria e atacado — comércio varejista está excluído. Qualquer empresa pode estar inscrita no sistema tributário de lucro real en-quanto somente aquelas com fatura-mento de até R$ 48 milhões podem se inscrever no sistema de lucro presu-mido. As empresas inscritas no Sim-ples e que não são obrigadas a emitir nota fiscal eletrônica não precisam de certificação digital.

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Para adquirir o Certifi cado Di-gital é muito simples. Associado da ACIC acessa o site da Associação, clica no banner certifi cação digital, abrindo o endereço eletrônico:

www.progerecs.com.br/cert/cri-ciuma que o conduzirá para o site de compra dos certifi cados. O clien-te escolhe o certifi cado que precisa, preenche todos os dados corretamen-te, ao fi nal haverá um espaço para escolher a forma de pagamento que pode ser feito de duas formas, pelo cartão de crédito ou boleto bancário. Feito isso, abaixo da escolha da for-ma de pagamento haverá um botão onde diz

“Agende-se”. Ali ele fará o agen-

damento do dia e hora que poderá vir a AR - ACIC fazer a validação e emissão do certifi cado.

Quando feito o agendamento au-tomaticamente sairá uma lista com a documentação necessária para trazer no dia da validação.

Lembrando: Quem faz o paga-mento no boleto bancário precisa contar 48h após a data de pagamento para poder vir a AR-ACIC fazer sua validação. Quem fi zer o pagamento no cartão pode vir até no mesmo dia.

Para os que não são Associados da ACIC, a única diferença é que ao invés de acessar o site da ACIC, a compra deve que ser feita pelo site da www.certisign.com.br.

Passo a passo para a emissão da Certificação

O Certifi cado Digital é uma cre-dencial que identifi ca uma entidade, seja ela empresa, pessoa física, má-quina, aplicação ou site na web. É um documento eletrônico seguro, que permite ao usuário se comuni-car e efetuar transações na internet de forma mais rápida, sigilosa e com validade jurídica.

Os Certifi cados Digitais são com-postos por um par de chaves (Chave Pública e Privativa) e a assinatura

de uma terceira parte confiável

- a Autoridade Certifi cadora – AC.As Autoridades Certifi cadoras

emitem, suspendem, renovam ou re-vogam certifi cados, vinculando pares de chaves criptográfi cas ao respec-tivo titular. Essas entidades devem ser supervisionadas e submeter-se à regulamentação e fi scalização de or-ganismos técnicos.

No meio físico, para que uma credencial de identifi cação seja aceita em qualquer estabelecimento, a mes-ma deverá ser emitida por um órgão habilitado pelo governo. No meio digital ocorre o mesmo - devemos

apenas aceitar Certifi cados Digitais que foram emitidos por Autorida-des Certifi cadoras de confi ança.

O que é certificação digital?

de uma terceira parte confiável

ma deverá ser emitida por um órgão habilitado pelo governo. No meio digital ocorre o mesmo - devemos

apenas aceitar Certifi cados Digitais que foram emitidos por Autorida-des Certifi cadoras de confi ança.

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Antenor Angeloni projetaum novo Criciúma Esporte Clube

O Criciúma Esporte Clube, con-quista e orgulho do município e do Estado de Santa Catarina, estava fadado a fechar as portas. Dívidas, gestão inadequada e poucas pers-pectivas faziam parte da realidade do clube.

Mas o que parecia provável não aconteceu. O Tigre, como é carinho-samente conhecido em todo o Bra-sil, deu a volta por cima, pagou suas dívidas, profissionalizou sua gestão e tem planos para os próximos anos de ser um dos melhores e mais bem estruturados times de futebol do Brasil.

Isso foi possível graças à nova administração, comandada pelo em-presário Antenor Angeloni. Em pou-co mais de um ano, o que parecia o fim da história do Tricolor catari-nense se tornou o início de uma nova era. Salários pagos em dia (o que não é tão comum no futebol), dívi-das quitadas e um projeto para trans-formar a estrutura existente hoje em uma das mais modernas do país. A começar pelo gramado do Estádio, que está sendo reestruturado nos padrões da Fifa e deve ser entregue ainda antes do Natal. O Estádio tam-bém passa por ampla reforma, des-de os apartamentos dos atletas até a cobertura e o sistema de iluminação, além de reformulação do ambiente externo, que vai modernizar a paisa-gem urbana local.

Agora, a GA (Gestão de Ativos), empresa do presidente reeleito Ante-nor Angeloni e de seu irmão Arnal-do Angeloni, está prestes a coman-dar as ações do Criciúma Esporte Clube pelos próximos dez anos. “O projeto é fantástico. Em médio espa-ço de tempo teremos um dos maio-res times do país”, garante o recém chegado gerente de futebol, Alcides Antunes, que tem 20 anos de experi-

ência no Fluminense. Além do Estádio Heriberto Hül-

se, o Centro de Treinamento passará por profunda mudança, com a cons-trução de prédios para atletas, além de uma estrutura completa, incluin-do arquibancadas, para receber jo-gos de pré-temporada, por exemplo, ou jogos das categorias de base.

Em dez anos, o projeto Tigri-nhos, a menina dos olhos do Crici-úma Esporte Clube, que hoje en-globa cerca de mil atletas de dez a 14 anos em mais de 20 municípios do Sul ca-tarinense, deve ampliar de tamanho já em 2012, pas-sando a duas mil crian-ças. O sonho de Angeloni é revelar novos atletas, mas também promover a ação social e evitar que as crianças fiquem nas ruas, especialmen-te às margens das drogas. O presiden-te calcula que em dez anos o projeto tenha 5 mil crian-ças integradas. “Vamos acreditar e vamos juntos nessa guerra”. Essa foi a síntese do dis-curso do presidente do Criciúma Esporte Clube, Antenor An-geloni, reconduzido ao cargo no fim de novembro para fi-car por mais dez anos à frente da entidade. Em assembleia ge-ral do Conselho Deliberativo, fo-ram 171 votos a favor da direto-

Giuliano De Luca l Criciúma

nhos, a menina dos olhos do Crici-úma Esporte Clube, que hoje en-globa cerca de mil atletas de dez a 14 anos em mais de 20 municípios do Sul ca-tarinense, deve ampliar de tamanho já em 2012, pas-sando a duas mil crian-ças. O sonho de Angeloni é revelar novos atletas, mas também promover a ação social e evitar que as crianças fiquem nas ruas, especialmen-te às margens das drogas. O presiden-te calcula que em dez anos o projeto tenha 5 mil crian-ças integradas. “Vamos acreditar e vamos juntos nessa guerra”. Essa foi a síntese do dis-curso do presidente do Criciúma Esporte Clube, Antenor An-geloni, reconduzido ao cargo no fim de novembro para fi-car por mais dez anos à frente da entidade. Em assembleia ge-ral do Conselho Deliberativo, fo-ram 171 votos a favor da direto-

ria encabeçada por Angeloni e três votos em branco. Os conselheiros também aprovaram a mudança no Estatuto do tigre, que agora prevê a possibilidade de parceria com a GA (Gestão de Ativos), que vai coman-dar as ações para manutenção de pa-trimônio e gestão técnico-financeira do Departamento de Futebol do Cri-ciúma na próxima década.

Na oportunidade, os conselhei-

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ros sanaram suas dúvidas sobre essa nova era em que entra o Tricolor ca-tarinense. Em menos de dois anos, Angeloni transformou um clube en-dividado, sem perspectivas, obsoleto e sucateado em um clube sem dívi-das, com mais de R$ 15 milhões em projetos e com esperanças de subir para a Série A do Brasileirão, dispu-tar para ganhar outros campeonatos, como a Copa do Brasil e o Catari-nense.

As páginas dos tablóides, os te-lejornais, as rádios, os portais de in-formação on-line frisaram a noite da aprovação do Estatuto como históri-ca para o Criciúma Esporte Clube.

O projeto, porém, não é “apenas” para chegar ao topo do cenário na-cional, mas também promover ações sociais na região onde está instalado e garantir a perpetuação do ex Co-merciário, que nasceu do sonho de poucos em maio de 1947 e hoje é a paixão de dezenas de milhares espa-lhados por toda Santa Catarina.

A nova diretoria é formada pelo presidente Antenor Angeloni e pelos vices Carlos Henrique Alamini (Ad-ministrativo), Ailton Schuelter (Fi-nanceiro) e Antonio Deoclésio Pavei (de Patrimônio).

No próximo dia 17, os sócios pa-trimoniais devem se reunir para rati-

ficar a decisão da GA na mudança do Estatuto. Depois disso, o convênio com a empresa poderá ser firmado. Um caminho tortuoso no passado que é a redenção nos dias de hoje e promete ser um propulsor a partir de agora na história do time mais ama-do de Santa Catarina.

Domingos Cesca tem a missão de gerenciar ao lado do presidente Angeloni

Conselheiros e associados têm dado o aval necessário às mudanças propostas pelo presidente Angeloni

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Balanço 2011/Perspectivas 2012

Um horizonte promissorMilena Nandi l Criciúma

Um ano atípicopara o comércio de Criciúma

Atípico. Assim o ano de 2011 pode ser caracterizado pelo comércio e prestadores de serviços de Criciú-ma. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Zalmir Casagrande, as obras na área central do município – como as do canal auxiliar

do Rio Criciúma – afetaram diretamen-te o setor, prejudicando o faturamento das empresas. Mesmo assim, o presi-dente da CDL acredita que o ano deve encerrar com saldo positivo para o va-rejo.

Conforme Casagrande, na maio-

ria do ano as vendas não superaram as marcas obtidas em 2010. “Ano passado ainda tínhamos refl exos de uma econo-mia bastante aquecida. Neste ano está havendo uma desaceleração da econo-mia e uma acomodação nos diversos se-tores”, comenta. Apesar disso, o varejo

O ano de 2011 está terminando. Via de regra, não foi um dos melhores dos últimos tempos, mas diversos se-tores da economia regional consegui-ram contornar problemas e, apesar de ventos contrários, obter resultados po-sitivos. Na última edição deste ano da Revista Liderança Empresarial, trou-xemos um balanço de 2011 dos prin-cipais setores do Sul do Estado, assim como as perspectivas de cada um para

o ano que se aproxima. E se depender das previsões, 2012 será promissor.

“Se olharmos para o Brasil, vere-mos que ainda há muito a ser feito”. Quem afi rma é o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana. A redução dos juros é uma das ações necessárias. Se-gundo Fontana, o juro brasileiro ainda é o mais alto do mundo e o País ainda deve 38% do Produto Interno Bru-to (PIB) nacional. Mas mesmo com

as adversidades, as expectativas são positivas. “O Governo Federal tem conduzido o Brasil para um caminho melhor e a expectativa é que 2012 seja um ano melhor”. No entanto, em fun-ção da crise em países europeus, Fon-tana prevê que depende da exportação para aquele continente, terá mais difi -culdades. “A economia é uma sanfona e tem movimentos que a fazem enco-lher, e outros, crescer”, analisa.

Fontana afi rma que o Brasil ainda tem demanda reprimida de produtos para as classes C e D, que tem fi gurado cada vez mais no mercado consumi-

dor. “Com a estabilidade da economia, é preciso criar produtos nesta direção. É uma alternativa para as empresas, já que estas classes têm condições de

aumentar o seu consumo. São pessoas que passaram anos no subemprego e agora passaram para o mercado for-mal”, considera.

Classes C e D têm que ser vistas com “outros olhos”

Segundo o presidente da Acic, o Sul do Estado vislumbra um futuro melhor também em função da melho-ria da infraestrutura. Duplicação da

BR-101, revitalização do Porto de Im-bituba e início previsto para março de 2012 do Aeroporto Regional Sul, em Jaguaruna, são algumas das obras es-

truturantes que a região precisava para se desenvolver mais. “Somos uma re-gião versátil e com capacidade para crescer”, afi rma.

Infraestrutura da região está melhorando

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O comércio de Criciúma gera mais de 13 mil vagas em empregos for-mais, com média salarial de R$ 1.100,00 aproximadamente. No muni-cípio existem 5.289 empresas de varejo, segundo dados de outubro de 2011, fornecidos pela Secretaria do Sistema Econômico de Criciúma.

Saiba mais

Para Casagrande, o principal desafi o da CDL em 2012 é aten-der sempre as expectativas de seus associados, com uma gestão mo-derna e efi ciente. “Na medida do possível também continuaremos a participar das questões coletivas que envolvem nosso setor e a so-ciedade”.

E a expectativa para 2012 é positiva. “Para o ano que vem estamos bastante otimistas, pois teremos em Criciúma um ambiente totalmente favorável ao comércio,

com as obras iniciadas já concluí-das”, analisa.

No próximo ano, Ca-sagrande afi rma que a Câmara continuará trabalhando para que os lojistas invistam em capacita-ção. “A capacitação, qualifi cação e treinamento tem sido uma das bandeiras permanentes da CDL, e estamos conseguindo colocar gra-dativamente a implantação dela tanto para os colaboradores da CDL, como para nossos associa-dos”, conta.

Desafi os para o Ano Novo

Para Casagrande, é necessá-rio que a CDL seja atuante e par-ticipe efetivamente nas parcerias realizadas para o bem coletivo e principalmente, as feitas para atender as expectativas dos as-sociados da entidade. Por isso, a Câmara está sempre presente no debate de questões importan-

tes para o município. “A CDL já faz parte do desenvolvimento de nossa cidade. O comércio é o se-gundo setor que mais emprega no Brasil, só perdendo para o setor público. O comércio tem partici-pação signifi cativa no movimen-to econômico de nosso municí-pio”, diz.

Entidade presente nas questões importantes para o município

teve vitórias importantes em 2011. A conquista de soluções de problemas estruturais, como das cheias no Cen-tro é um deles. “As cheias sempre geram muitos prejuízos para nosso comércio. A construção do canal au-xiliar do Rio Criciúma irá nos ajudar muito”. Outras obras consideradas importantes por Casagrande são a rede subterrânea de energia e o sis-tema de esgoto sanitário.

Mesmo com um 2011 atípico, o ano não deve ser dos piores para o comércio. Pelo menos se depender da principal data do calendário do varejo. “O Natal já começou em Criciúma. Estamos acompanhando pelo movimento, principalmente de nosso Sábado Mais, que o consumi-dor já esta vindo mais às compras, certamente se preparando para este fi nal de ano”, conta.

FELIPE GH

ISI/DIVULG

AÇÃO

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Um 2011 complicadopara o setor carbonífero

Falar do setor carbonífero do Sul de Santa Catarina não é apenas falar da atividade que foi o “estopim”” para o desenvolvimento econômico de toda uma região. É falar também de um setor que continua atuante, gera 3 mil empregos diretos no Sul do Estado e investe em tecnologia tanto para me-lhorar a atividade no presente, quanto para recuperar o passivo ambiental do passado.

Ao longo de sua história, o setor passou por várias difi culdades. E em 2011, tornou a ter problemas. Segundo o presidente do Sindicato das Indús-trias de Extração de Carvão de Santa Catarina (Siecesc), Ruy Hülse, este ano não foi bom para as carboníferas.

Um dos motivos foi o fato da Trac-tebel Energia, de Capivari de Baixo, não ter, por determinação da Aneel, re-alizado compras adicionais de carvão. Conforme o presidente do Siecesc, durante 2011, a termelétrica comprou 200 mil toneladas de carvão por mês, montante mínimo determinado con-tratualmente, enquanto que em 2009, a Tractebel efetuou uma compra adi-cional de 50 mil toneladas/mês. “Em 2011, os reservatórios das hidrelétricas estiveram altos, e a energia a carvão é complementar ao sistema”, afi rma.

Hülse comenta que hoje, cerca de 70% da energia elétrica produzida no Brasil vem de hidrelétricas. “Se o País sofrer uma estiagem grande, as tér-

micas a carvão serão acionadas para complementar a energia que não será gerada nas hidrelétricas. A tendência do Brasil é crescer. O País precisa ter segurança energética, e para isso, tem que usar todas as fontes de energia dis-poníveis”, observa.

Por outro lado, segundo Hülse, o carvão foi deixado de fora do próxi-mo leilão de energia nova, o A-5, que ocorrerá em dezembro deste ano. “Foi incluído o gás, a biomassa, as eólicas e as hidrelétricas. Estamos procurando demover o Governo da ideia para que em 2012 o carvão seja incluído no lei-lão”, afi rma. “As térmicas a carvão re-presentam segurança energética. Não há como estocar gás ou vento. Claro que estas são fontes importantes, mas

há que se levar em conta a parte social. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, cada emprego criado pela mineração gera oito novos empregos na econo-mia”, complementa Hülse.

Neste ano, uma Nota Técnica da Agência Nacional de Energia Elétri-ca (Aneel), atingiu as termelétricas. O documento refere-se sobre a baixa efi ciência das usinas térmicas e deter-mina que em três anos, elas se tornem mais efi cientes. Segundo o presidente do Siecesc, a decisão é salutar, no en-tanto, o período de adaptação é curto. “Em três anos não é possível trocar equipamentos e a caldeira. É neces-sário observar uma série de questões, como por exemplo, as mudanças am-bientais. E isso leva tempo”, diz.

O presidente do Siecesc afi rma ain-da que entre as difi culdades enfrentadas pelas mineradoras estão os encargos decorrentes da recuperação dos passi-vos ambientais. Cada empresa investe

hoje entre 5% e 8% do seu faturamento na recuperação ambiental – a Justiça Federal, por proposição do Ministério Público, condenou as carboníferas e a União a recuperarem as áreas degrada-

das. “A atividade gerou problemas no passado, quando não se tinha consciên-cia ambiental e nem legislação especí-fi ca. A situação mudou e o setor está recuperando o passivo”, comenta.

Encargos e recuperação do passivo

Conforme o presidente do Sie-cesc, as perspectivas são pratica-mente as mesmas para o próximo ano. “A não ser que haja falta de

energia das hidrelétricas e o Go-verno inclua o carvão nos leilões de energia nova A-5, concedendo à geração térmica a carvão os mesmos

incentivos tributários, fi scais e fi nan-ceiros que concede a outras fontes, possibilitando assim a expansão do setor”, comenta.

Ano novo problemas antigos

DIVULG

AÇÃO

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A indústria química do Sul do Estado teve um 2011 positivo. No entanto, o mer-cado se comportou de maneira distinta em parte do ano: até outubro, esteve aquecido e por isso, o setor apresentou um crescimen-to. Já no último trimestre do ano, está mais conservador.

Entre os motivos dessa mudança de cenário, está a não redução da Taxa Selic – além de 11,5% - medidas do Governo Federal que “seguraram” a concessão de créditos e os problemas enfrentados pelas economias americana e européia. Segun-do Andres Pesserl, presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul) a redução da taxa de juros no Brasil facilitaria o trabalho das empresas e incentivaria o consumo. “No último trimes-tre de 2011 o mercado não está aquecido como deveria. E, dependendo do que vai ocorrer com a economia dos Estados Uni-dos e da Europa, se houver retração, mesmo com uma economia pujante, o Brasil terá um 2012 difícil”, comenta.

Indústria química:2011 aquecido e 2012 incerto

O Sinquisul foi fundado no ano de 2000 e engloba os municípios de Criciúma, Araranguá, Armazém, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Cocal do Sul, Ermo, Forqui-lhinha, Grão-Pará, Gravatal, Imbitu-ba, Içara, Imaruí, Jacinto Machado, Jaguaruna, Laguna, Lauro Muller, Maracajá, Meleiro, Morro da Fuma-ça, Morro Grande, Nova Veneza, Orleans, Passo de Torres, Pedras Grandes, Praia Grande, Rio Fortu-na, São João do Sul, São Ludgero, Santa Rosa de Lima, Santa Rosa do Sul, Sangão, São Martinho, Som-brio, Siderópolis, Treviso, Timbé do Sul, Treze de Maio, Tubarão, Turvo e Urussanga. O sindicato representa as categorias: produtos químicos em geral, inclusive, indústrias de tintas, fritas e produtos para cerâ-micas, além de cosméticos.

Sobre o Sinquisul

Hoje o Sinquisul possui 21 associados e iniciou um trabalho para atrair novos parceiros. Se-gundo Pesserl o Sinquisul está re-alizando ações em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêu-ticas de Criciúma e Região, no sentido de capacitar os colabora-dores do setor. Uma das ações é o curso de formação de líderes, em parceria com a Satc e o Sindicato Laboral da Categoria, que, em sua

primeira turma, teve a participação de 30 pessoas.

O presidente do Sinquisul conta que mais empresas já sinalizaram a vontade de participar de ações de capacitação profi ssional. “Reali-zamos a ação em conjunto com o sindicato laboral porque acredita-mos que é importante a união para trazer estabilidade ao trabalhador. Consideramos muito importante a profi ssionalização nas empresas”, analisa.

Pesserl afi rma que os associados ao Sinquisul tem pouca participação no mercado externo, mas nem por isso o setor químico está livre do refl exo dos problemas internacionais. “Se nos Estados Unidos, por motivos econô-

micos ou de mercado, há uma redução no consumo de revestimentos cerâmi-cos, as indústrias químicas daqui irão ser afetadas, já que temos várias em-presas que fornecem produtos para a indústria cerâmica”, analisa.

Setores interligados

Sindicato cria atrativos para aumentar a participação dos empresários

DIVULG

AÇÃO

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O ano de 2011 não foi dos melho-res para o setor de descartáveis do Sul de Santa Catarina. As empresas da região, que geram cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos, sofre-ram com o aumento da concorrência – nos últimos anos, oito novas indús-trias foram abertas no Sul do País (Santa Catarina possui dez empresas de descartáveis) – e com a elevação

do preço da matéria-prima, que au-mentou cerca de 20%.

Segundo o presidente da Asso-ciação Brasileira de Descartáveis (Abrade) e diretor da Copobras, Ma-rio Schlickmann, o mercado do pri-meiro semestre do ano se comportou de maneira estável, assim como o segundo, que só teve uma mudança de comportamento a partir de no-

vembro, quando segundo ele, reagiu um pouco.

Conforme o presidente da Abra-de, os principais produtos fabricados hoje são copos, pratos e potes. Neste ano, a produção regional de descar-táveis esteve na faixa de 5 mil tone-ladas por mês, volume que segundo Schlickmann, tem permanecido es-tável nos últimos três anos.

Descartáveis vivem ano de aumentoda concorrência e do preço da matéria-prima

Para Schlickmann, todo ano que começa traz consigo esperan-ça de melhorias. No entanto, no novo ano sempre há algum proble-ma. “Todo ano tem algum proble-ma. Ou é a alta da matéria-prima ou algo que atinja a economia do

País”, comenta. E uma das maiores preocupa-

ções para 2012 e os próximos anos, segundo o presidente da Abrade, e a questão ecológica. “O copo plás-tico vai ser o próximo vilão. Vai ser incentivado o uso do bioplás-

tico, que é totalmente degradável e já existe fora do Brasil. Para as empresas catarinenses produzirem com bioplástico, haverá uma one-ração grande e não temos escala para atender o mercado desta ma-neira”, afi rma.

2012 ainda de incertezas

O setor de alimentos continuou crescendo em 2011 em todo o Bra-sil, inclusive o segmento de carnes. A afi rmação é do vice-presidente da ACIC e diretor da Agrovêneto, Siné-sio Volpato. E esse comportamento se deve, sobretudo, ao aumento do po-der de compra da população. “Muitas famílias ingressaram no mercado de consumo e o primeiro item buscado foi o alimento”, comenta Volpato.

Segundo ele, o cenário esteve po-sitivo até agosto, sendo que no último trimestre do ano, começou a esboçar

mudanças em função do comporta-mento do câmbio. As empresas que exportam seus produtos estão atra-vessando alguns problemas, mas ao que tudo indica, isso não deve fazer com que as indústrias migrem total-mente para o mercado interno e as-sim, haja um excesso de oferta de produtos alimentícios. “Por enquanto o consumo interno está dando conta da nossa produção. E evidentemente que as empresas exportadoras não vão abandonar o mercado que con-quistaram”, analisa.

Aumento de poder aquisitivodas classes mais baixas impulsiona setor de alimentos

Volpato afi rma que a mão de obra ainda é um gargalo para o setor de ali-mentos. E pela carência, as empresas se vêem obrigadas a se adaptar. Para isso, têm investido em inovação e equipamentos que permitam uma oti-mização do trabalho – o que acaba por minimizar a falta de mão de obra.

Para os próximos anos, Volpato prevê uma redução nos juros. “O juro é o grande gargalo do setor. Se tivermos um juro mais baixo, tere-mos mais condições de investimen-to. Há uma tendência para queda nas taxas de juros, o que não vai acon-tecer de um dia para o outro. Há 60

dias tínhamos uma taxa de 12%. Hoje ela já está mais baixa. E talvez daqui a um ano estaremos com uma taxa de 9,5%”, diz. “A economia do Brasil só tem um caminho, que é o de crescer. Só se for feito muita coi-sa errada para isso não acontecer”, complementa.

Mão de obra ainda é um gargalo

DIVULG

AÇÃO

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Vários fatos marcaram a indústria do Sul do Estado em 2011. O núme-ro de empregos formais aumentou, a produção dentro da capacidade insta-lada caiu e as vendas cresceram. Foi um ano do “salve-se quem puder”, e segundo o vice-presidente Regio-nal Sul da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Diomício Vidal, um ano abaixo de 2010, e provavelmente, de “passa-gem” entre um 2010 positivo e um

2012 semelhante ao bom desempe-nho da indústria no período anterior a 2011.

Segundo Vidal, até setembro des-te ano, a região Sul catarinense teve um crescimento de 5,16% no empre-go formal. O índice é considerado positivo. No entanto, não significa que esta porcentagem foi somente de novos empregos. Ao mesmo tempo, a indústria passou por um período de queda de produção dentro da sua

capacidade instalada. “Se houve au-mento de emprego não quer dizer que houve na produção. Muitos empregos informais foram formalizados. E este é um dado a ser analisado”, afirma. “Hoje as empresas buscam funcioná-rios, porém, às vezes por necessida-de, emprega uma pessoa não quali-ficada. Isso reflete na produtividade, que baixa por falta de mão de obra capacitada. E isso altera os custos da indústria”, complementa.

Segundo Vidal, em 2010, o cresci-mento da indústria foi acima da média e em 2011, o setor deve crescer até 4%. Para 2012, a expectativa é que a indús-tria ao menos repita o desempenho de 2010. Um dos aliados para isso seria a redução de impostos. “Reduzir o IPI de produtos terá um efeito positivo”, con-sidera.

O vice-presidente da Fiesc analisa que o Sul do Estado passará por uma mudança nos próximos anos. “A região

é próspera e de uma indústria jovem, com menos de 50 anos. Estamos em uma região alto astral, que vislumbra coisas boas. Não estamos estagnados, mas pela falta de infraestrutura tive-mos um baque em nosso crescimento. No entanto, com as obras como a du-plicação da BR-101 em fase terminal, o início da operação do Aeroporto Re-gional Sul em março de 2012 e a Via Expressa, o empresariado do Sul está mais confiante. O Brasil está passando

por um período muito bom e a aposta é no crescimento das empresas”.

Vidal chama a atenção ainda para o fato de que a região tem boas esco-las para a formação de mão de obra e o plano “Criciúma 2030 – uma estrada para o futuro”. Esses dois fatores são positivos, na análise dele, para aumen-tar a confiança na região. “Isso dá uma segurança maior aos empresários daqui e para quem quer começar a investir aqui”.

Boas expectativas para 2012

FIESC: União é uma das marcasda indústria regional

Apesar das adversidades,confecção tem ano equilibrado

Para o setor de confecção 2011 foi pior que o anterior. Mas mesmo com as adversidades, o ano deve fechar em equilíbrio. E este equilíbrio foi con-quistado em função da moda produzi-da no Sul do Estado. Segundo Roberto Benedet, presidente do Sindicato do Vestuário (Sindivest), neste ano, o se-

tor sentiu os reflexos da crise em ou-tros países, mas conseguiu passar pelo ano sem maiores problemas. “O forte da região é a “modinha”, um segmen-to da confecção que logisticamente os Tigres Asiáticos não conseguem afe-tar”, afirma.

Hoje, o Sindivest possui 60 as-

sociados, mas estima-se que exista o triplo desse número de empresas no setor de confecção do Sul do Estado. Segundo Benedet, ainda há muitas em-presas na informalidade, especialmen-te as que trabalham com facção. Para tentar levar estes empresários para a formalidade, o Sindivest conta com a

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Segundo o presidente do Sindi-vest, a confecção é o segundo setor que mais gera empregos na região – estima-se que mais de 10 mil postos de trabalho – e é também um dos que mais sofre com a ca-rência de mão-de-obra qualificada.

“Hoje, as indústrias de confecção estão muito informatizadas e de-pois que o funcionário aprende a trabalhar, aproveita a base que teve e vai para outro setor”, lamenta.

Outra dificuldade em 2011 foi o clima. Ao contrário do que se pos-

sa imaginar, o frio prolongado não foi bom para o setor. Segundo Be-nedet, as empresas se programam para a produção de cada coleção. Mas neste ano, com o inverno pro-longado, houve o problema de “re-pique”.

Setor gera mais de 10 mil empregos

Conforme o presidente do Sindi-vest, as expectativas para o ano que vem são boas. No Encontro Nacional da Indústria (Enai), do qual o Sindivest

participou recentemente em São Paulo, as previsões para o ano que vem foram bem diferente das do Enai anterior, em 2010. “No ano passado só se falava em

desindustrialização. Já o que ouvimos no último Enai foi um discurso mais positivo, que falava em crescimento e oportunidades de negócios”, conta.

Expectativas melhores para 2012

Construção civil aquecidaDois mil e onze foi positivo

para a construção civil do Sul do Estado. O setor teve um ano com grande demanda de imóveis – em Criciúma, por exemplo, é notória a quantidade de edifícios em cons-trução, e as construtoras também têm investido em cidades próxi-mas. E esta procura por imóveis se deveu, em boa parte, ao aumento da facilidade de acesso ao crédito. “A atitude da Caixa Econômica Federal em conceder crédito para habitação levou outros bancos a liberarem fi nanciamento também”, afi rma Jair Paulo Savi, presidente do Sindicato da Indústria da Cons-trução Civil (Sinduscon).

E em 2011, não só edifícios fo-

ram erguidos. Segundo Savi, mui-tas casas foram construídas durante o ano por construtoras menores – muitas de pessoas do Sul do Estado que moraram no exterior e quando voltaram para o Brasil, abriram o seu negócio. “Estas construtoras menores também se benefi ciaram da facilidade de acesso aos fi nan-ciamentos habitacionais”, comen-ta.

Para 2012, a expectativa é de continuidade da boa fase pela qual a construção civil tem atravessado. Segundo o presidente do Sindus-con, no próximo ano, o Governo Federal irá manter os fi nanciamen-tos habitacionais, e com isso, o mercado deve continuar aquecido.

A partir de fevereiro do ano que vem, o Sinduscon deve ter em mãos um levantamento so-bre o setor da construção civil do Sul do Estado. O trabalho

está sendo feito pela Unesc. O resultado do levantamento servirá de norte para o desen-volvimento de ações, segundo Savi.

Levantamento do setor

ajuda do Sebrae, que auxilia as empre-sas a se adaptarem a nova condição. “A migração ainda está sendo um pro-cesso lento. Há todo um contexto que deve ser analisado e os proprietários

dos negócios precisam se convencer da importância da economia formal. Mas já temos algumas facções que estão se adequando”, comenta. Hoje, as vendas da indústria regional estão

mais pulverizadas nos três Estados do Sul do País, mas o Rio Grande do Sul continua sendo o maior mercado con-sumidor da modinha produzida no Sul catarinense.

Neste ano, um dos problemas da construção civil foi amenizado, segundo o presidente do Sin-duscon. “As construtoras têm investido em cur-sos e treinamentos e a mão de obra estabilizou. Mas ainda precisamos de gente especializada”, diz. Hoje, o setor gera mais de 5,7 mil empregos.

Problemas com mão de obra diminuíram

DIVULG

AÇÃO

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Máquinas a todo vapor nas cerâmicasO setor cerâmico do Sul do Estado

teve um ano melhor que o anterior em produção e vendas. Além da facilita-ção de acesso ao crédito, contribuiu para desempenho a desoneração do IPI para muitos dos materiais usados na construção – que vem ocorrendo des-de 2008, e no caso dos revestimentos cerâmicos foi de 5%. Em 2011, estima-

se que a produção de revestimentos cerâmicos dos associados do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma e Região (Sindiceram) seja de 97 mi-lhões de metros quadrados, um volume 8% superior a 2010 – o crescimento nas vendas segue a mesma porcenta-gem.

Conforme o presidente do Sindice-

ram, Otmar Müller, o mercado consu-midor mudou de comportamento nos últimos meses do segundo semestre de 2011, quando teve início uma desace-leração e queda na demanda. Segundo ele, é difícil defi nir o motivo da retra-ção, mas uma das causas deve ser o receio dos investidores em função do cenário internacional.

O setor cerâmico sempre foi mar-cado pelo volume de exportações. No entanto, há alguns anos, em virtude de problemas com o câmbio, tem desti-nado uma parcela ainda maior de sua produção ao mercado nacional. O que é comercializado fora tem seu princi-pal destino na América do Sul – Chile, Paraguai, Bolívia e Venezuela. Já no Brasil, o principal mercado dos re-vestimentos produzidos no Sul cata-

rinense é o Sudeste, especialmente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

E mesmo com o pólo cerâmico de Santa Gertrudes, a cerâmica da região tem conseguido resistir a concorrência dos “donos da casa”. “As cerâmicas de Santa Gertrudes continuam sendo concorrentes importantes e que cres-cem em um ritmo maior que nós de Santa Catarina. No entanto, na região,

também temos fabricantes que utili-zam a moagem a seco, como a indús-tria de Santa Gertrudes, e esse tipo de trabalho está crescendo”, afi rma. “Mas a concorrência com São Paulo é grande. Estamos conseguindo também porque a moagem a seco não se aplica ao porcelanato nem aos revestimentos de parede, só ao piso com um nível de qualidade inferior ao que produzi-mos”, conta.

Mercado doméstico vem crescendo

No segundo semestre deste ano, a SCGás reajustou o gás natural em 7,7%. A decisão não agradou as cerâ-micas da região, responsáveis por boa parte do consumo catarinense do com-bustível. “Até estranhamos, porque o aumento foi indevido. O preço do pe-

tróleo nem o câmbio justifi cariam o aumento. Solicitamos ao Governo do Estado que analise melhor os resulta-dos da política adotada pela SCGás”, conta.

Para o próximo ano, além de um novo aumento, o que preocupa a in-

dústria cerâmica é a continuidade do fornecimento. “A SCGás já está ope-rando no máximo de sua cota, que é de 2 milhões de metros cúbicos por dia. E qualquer insumo em que a demanda for maior que a oferta, acaba tornan-do-se mais caro”, analisa Müller.

Aumento do gás natural preocupa

Para Müller, há uma dúvida grande quanto ao ano de 2012, e o comporta-mento da economia internacional será decisivo. “O nível de risco faz com que os investidores procurem investir em commodities, mais seguras. Conti-

nuamos sendo um país emergente so-bre o qual ainda há incertezas”, diz. “O importante agora é termos prudência”.

Uma preocupação para o ano que se aproxima é relativa ao custo cres-cente da mão de obra. Segundo o pre-

sidente do Sindiceram, os encargos têm elevado os custos das empresas nos últimos anos, em decorrência da falta de uma ação do Governo. Hoje, as fi liadas ao Sindiceram geram 5.420 empregos diretos.

Ano novo é uma incógnita

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Criciúma e o Sul CatarinenseQueda na arrecadação - comparação com as demais regiões do estado

Tem-se debatido ultimamente a questão da participação de Cri-ciúma no bolo de arrecadação do ICMS, que apesar de aumentar ano a ano, o crescimento é menor do que em outras regiões do Esta-do. Criciúma já esteve colocada em quarto lugar quanto ao retorno do ICMS, principal arrecadação tributária dos municípios, junta-mente com o IPTU e o Fundo de Participação dos Municípios, este último retorno de parte dos impos-tos arrecadados pelo Governo Fe-deral.

Como Criciúma hoje não osten-ta boa colocação na participação do retorno do ICMS, diversos fato-res contribuíram para a decadência na arrecadação, centrando-se o de-bate em torno disso. E o principal fator apontado pelos especialistas como decisivo para tal decréscimo é inegável: Criciúma e o Sul do Estado cresceram economicamente menos que as demais regiões, e daí passaram a arrecadar menos, com exceção de alguns municípios. A questão é por que teríamos cres-cido menos? Aponta-se como em-pecilho ao crescimento econômico a ausência de aeroporto com vôos regulares, a ainda não duplicada BR-101 a atravancar o acesso e di-ficultar o escoamento da produção, política voltada para a prestação de serviços em detrimento da indus-trialização, etc. Menciona-se, tam-bém, a questão sindical que teria um histórico de greves e conflitos permanentes, situação que não se verificaria nas demais regiões do

Estado. Tudo isso pode ser cem por cento verdadeiro, mas há outros fatores de fundamental importân-cia que contribuíram e vem contri-buindo para a queda da arrecada-ção, que diferenciam Criciúma e o Sul das demais regiões do Estado, do Vale do Itajaí e Norte do Estado particularmente, sobretudo a pos-tura de empresários, políticos e da sociedade em geral.

Vejamos. Os empresários, polí-ticos e a sociedade sul catarinense não falam a mesma língua, não há união. Tal falta de união decorre da dificuldade de reconhecimento das causas comuns, da ausência de separação entre interesses particu-lares e interesses coletivos. Exem-plo emblemático ou que serve de paradigma é o aeroporto de Jagua-runa. Foi decidida a sua construção e localização sem que houvesse uma discussão ampla de toda a so-ciedade sul catarinense, que tinha e tem interesse na obra. A falta de discussão gerou acusações diver-sas, sobretudo a um político tuba-ronense. Quando, em que tempo, a sociedade sul catarinense se reuniu para debater e defender causas co-muns? Agora, timidamente come-ça algum diálogo, principalmente através das Associações Empre-sariais de Criciúma e Tubarão, de forma incipiente, que poderá levar, num futuro próximo, a mudança de atitudes. Mas ainda é muito pou-co. Políticos e demais entidades da sociedade organizada permanecem com a velha política de defender primeiro os seus interesses e, em

Neri Trombim

segundo plano, de seu partido po-lítico. A sociedade, principal obje-tivo da ação política, fica sempre em terceiro ou até fora de qualquer plano. A comprovação disso é evi-dente. Quando um partido político está no poder, os demais se limi-tam a uma oposição sistemática, na procura de algum deslize, por me-nor que seja, para tentar desestabi-liza-lo. Não contribuem com nada na busca de soluções e recursos para atender aos interesses maio-res da coletividade. Não descem do palanque para trabalhar em prol da sociedade, limitando seus esfor-ços a fustigar, com ou sem razão, aquele que está no poder.

Os empresários, com as ex-ceções de sempre, também não são unidos entre si e não se em-

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FELIPE GH

ISI/DIVULG

AÇÃO

penham em busca das causas comuns, sejam empresariais, políticas (no bom sentido) ou da sociedade. Nas federações, que reúnem os sindicatos pa-tronais, parece que nenhum sul-catarinense ocupou a pre-sidência. Poucos empresários comparecem às reuniões de rotina, salvo algumas festi-vas. Nossos representantes sindicais ocupam cargos im-portantes, mas não conseguem unir em torno de si as demais lideranças e empresários. Os sindicatos patronais se limi-tam a ter uma sede e a maioria das empresas não fazem parte do quadro de associados. Até para debater os interesses co-muns poucos comparecem. Também não tem estrutura para atuar de modo eficaz o tempo todo. A ACIC tem hoje 1.030 associados, enquanto se calcula existir mais de quinze mil empresas em Criciúma, a demonstrar que menos de 10% são associados.

O que se vê, sobretudo no Vale do Itajaí e Norte do Es-tado? Primeiro, nota-se em-presários comprometidos com o desenvolvimento social e econômico da região, com ple-no reconhecimento das cau-sas comuns, que direciona os agentes políticos em defesa da sociedade e não se utilizar da política de forma desvirtuada (claro, com exceções), de ser contra somente porque não é do seu partido. Participação maciça nas entidades sociais, empresariais e sindicais, inclu-sive nas federações, das quais são freqüentadores assíduos, ocupando ou não cargos. Os sindicatos patronais contam com a maioria da categoria

empresarial associada e man-tém uma estrutura sólida, com funcionários próprios, que tra-balha o ano todo em beneficio dos interesses comuns.

É uma questão de postura, cultura e, acima de tudo, de reconhecimento dos interesses comuns, inclusive da socieda-de, que precisa progredir para o bem estar de todos e não de uns poucos. Por isso, os argu-mentos de que a falta de obras explicaria ou seria a causa da queda na arrecadação, sobre-tudo do Município de Criciú-ma, não parece ser verdadeira. Ou, ainda que verdadeira, por si não levaria a uma queda tão acentuada na arrecadação. Está mais para conseqüência do que causa. Conseqüência da falta de reconhecimento dos interesses coletivos, da ausência de união do Sul do Estado em defesa dos interes-ses comuns e de políticos que refletem a desunião reinante e a alimentam, ao invés de bus-car uma postura política con-dizente com as necessidades coletivas.

Há necessidade, portanto, de mudança de postura de em-presários, agentes políticos e sociais, entidades públicas e privadas, os sindicatos profis-sionais inclusive, com o com-prometimento com o bem estar coletivo e abertura de caminho para o progresso, de modo a acabar com a divisão, partindo para a união, com reconheci-mento e defesa das causas co-muns, que independe de ban-deira política. Somente assim a situação poderá melhorar.

Neri TrombimAdvogado em Criciúma

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China:Planejamento e Agilidade explicam o Crescimento

Joselito Pizzetti

Recentemente estivemos na ci-dade chinesa de Huaibei, a convite das autoridades políticas e empresa-riais daquela cidade. Nossa missão deveu-se a uma “Carta de Inten-ções” homologada em 28 de abril do corrente ano pelo diretor-secretário do governo municipal de Huaibei e da província de Anhui, Bi Meijia e o prefeito municipal de Criciúma, Clésio Salvaro. Esse documento, firmado quando da primeira missão chinesa à nossa cidade, houve uma

segunda no mês de julho, consolida a possibilidade de cooperação entre as duas cidades, tidas a partir de en-tão “irmãs”, em diversas áreas, com destaque para economia, comércio, ciência e tecnologia. A realização de investimentos em solo criciu-mense, oriundos desse movimento, tem-se mostrado perfeitamente pos-sível, conforme ações posteriores à nossa missão.

Similaridades econômicas de um passado recente, justificam a

parceria estabelecida entre as res-pectivas cidades. Vejamos, Huaibei foi fundada em 1960 tendo como principal atividade econômica a produção de energia a partir da ex-tração do carvão mineral. Sua re-serva mineral compreendida em 04 grandes jazidas, é estimada em 35 bilhões de toneladas. Estabelecen-do um paralelo com a totalidade da reserva brasileira de carvão mineral que representa 31,4 bilhões de to-neladas (fonte: Associação Brasilei-

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ra de Carvão Mineral-ABCM), pode-se dimensionar quão repre-sentativo foi essa atividade eco-nômica para nossa cidade irmã asiática. A utilização pretérita do verbo não é em vão, a atividade mineradora continua sendo uma das forças econômicas da região, porém, de uma forma planejada, na última década, conseguiu-se diversificar a economia de Huai-bei, possibilitando o surgimento e fortalecimento de novos seg-mentos, tais como: equipamen-tos, eletrônicos, biofármacos e química fina. Estes com a pecu-liaridade da agregação de valor em produtos e processos, evitan-do a comoditização, presa fácil das agruras da concorrência.

A geração de riqueza a partir disso é evidente quando se ob-serva naquela região a renovação da frota automotiva, a realização de investimentos para criação ou ampliação do parque fabril re-gional, a participação de estran-geiros nas feiras de exposições que acontecem paralelamente umas às outras. Tudo isso acom-panhado de investimento maciço por parte do estado em obras de infra-estrutura, condição sine qua non a qualquer processo de desenvolvimento emergente. Fa-cilmente percebida, a velocida-de na tomada de decisão e nas ações desse movimento, confe-rem um dinamismo, que mesmo diante de olhos pertencentes ao BRICS, causa estupefação. A certeza de que nossas surpreen-dentes observações in loco não são pontuais, nem restritas a uma determinada faixa territorial, vem da análise de indicadores que expressam a representação econômica chinesa no mundo. Sua participação no PIB (Produ-to Interno Bruto) mundial no ano de 2011 será de 9.98% (Folha de São Paulo 02/12/2011). A taxa de 4,96% obtida no ano de 2005 já era considerada espetacular pela comunidade internacional. Con-siderando ainda que a economia chinesa ultrapassará a americana (USA) antes de 2020 (Citigroup

02/2011).É oportuno considerar o mo-

mento que entidades de classe e prefeitura discutem o desenvol-vimento econômico de nossa ci-dade, traçando paralelos com o êxito alcançado em Huaibei. Em reuniões com estes públicos e privados chineses, percebi como notório o consenso dos objeti-vos propostos para a economia da cidade, fruto conseqüente de estratégias deliberadas de um planejamento realizado. Não é plausível diversificar os vetores econômicos de um município baseado unicamente na capaci-dade empreendedora individu-al. É mister termos um ordena-mento de ações, contemplando variáveis como, qualificação da força de trabalho, retorno do in-vestimento ao município, grau de inovação dos empreendimentos e incremento da média salarial, para que consigamos galgar, ra-pidamente, posições na escala, estadual e nacional, de municí-pios geradores de riqueza.

Nesse tipo de matéria, não podemos ser imediatistas, tão pouco esperar passivamente que a microeconomia municipal en-contre naturalmente um rearranjo que atenda nossos anseios. É im-prescindível acreditar no traba-lho que estão realizando a Asso-ciação Empresarial de Criciúma (ACIC), o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE), UNESC e Prefeitura Municipal, que visa de uma for-ma planejada estabelecer uma seqüencia de ações, algumas em curso, para potencializar rapida-mente nossa economia. Somen-te com planejamento de ações, agilidade na execução e compro-metimento dos responsáveis, o crescimento econômico susten-tável de Criciúma manter-se-á, para deleite dos que contribuem efetivamente e para surpresa dos incrédulos.

Joselito Pizzetti - Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma

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A implantação, manutenção e os benefícios da governança corporativa nas empresas foi o tema das palestras realizadas na ACIC no I Seminário de Governança Corporativa. O evento reu-niu a psicóloga Patrice Gaidzinski, os advogados Robert Juenemann e Carlos Amodeo Neto, que apresentaram temas complementares ao processo de implan-tação da governança corporativa.

O evento foi prestigiado por cerca de 100 pessoas, muitos oriundos de empresas familiares da região.

A abertura foi realizada pelo vice-presidente da ACIC, Donato Zanatta, que salientou a importância da reali-zação do evento pela ACIC e do tema para as empresas da região, onde a grande maioria são com perfil familiar.

A primeira palestra foi realizada pelo advogado Robert Juenemann, coordenador-geral do Capitulo Sul do

IBGC - Instituto Brasileiro de Gover-nança Corporativa. Juenemann apre-sentou conceitos, práticas e ferramen-tas de governança corporativa. Com base nos dados que 2/3 das empresas do mundo são familiares, salientou a importância da Governança para a per-petuação destas e como prática funda-mental na gestão das empresas, com um modelo que pode se enquadrar a qualquer tipo de negócio. Como coor-denador do IBGC, lembrou o trabalho que o instituto vem realizando no país, para disseminar a governança, um sis-tema pelo qual as sociedades são diri-gidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria In-dependente e Conselho Fiscal.

A implantação da governança nas empresas familiares e os desafios que estas encontram para separar o negócio

Seminário de Governança Corporativada família foi o tema apresentado pela psicóloga Patrice Gaidzinski, que mos-trou como empresas podem estar for-mando conselhos de família, conselhos de acionistas e conselhos de adminis-tração, as luzes da governança, supe-rando conflitos e problemas sucessó-rios. Patrice deixou muito claro a tênue barreira que separa empresas de famí-lias e como gerir questões espinhosas como a sucessão através das gerações. “Oitenta e cinco por cento das empre-sas familiares acabam na terceira ge-ração”, salientou Patrice, lembrando que a criação de excelência, através do desempenho e competência técnica e comportamental dos gestores. É atra-vés da governança que muitas famílias têm conseguido guiar seus descenden-tes e criar um fórum de conversação.

O encerramento do I Seminário de Governança Corporativa da ACIC foi feito pelo advogado Carlos Humberto Amodeo Neto, que falou sobre o papel do conselho de administração na ges-tão das empresas familiares. Amodeo Neto salientou a importância do Con-selho, uma das bases da governança corporativa, como um elo entre sócios, família e a empresa. Para Amodeo Neto uma das funções deste conselho é criar um ambiente de orientação e apoio, juntamente com o fiscalizador das ações de gestores.

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“Foi um dos mais emocionantes prêmios que recebi”, com essa fra-se o empresário Olvacir Bez Fonta-na, diretor presidente da Construto-ra Fontana descreveu a premiação entregue a ele neste fi nal de sema-na, em Feltre, na Itália. A premia-ção é organizada pela Província de Belluno, Rotary Club de Belluno e Associação Bellunesi Nel Mondo. A homenagem faz parte da XII edi-ção do Prêmio" Bellunesi che hanno onorato la Provincia in Italia e Nel Mondo" (Belluneses que honraram a Província na Itália e no Mundo).

Entre os homenageados Bellu-nensis estavam Francisco Sergio Turra, ex-ministro da Agricultura no Brasil, os irmãos Giovanna e Denis Secco, empresários do setor da agri-cultura na África do Sul e na Aus-trália, Pierfrancesco Bassi, professor da Universidade do Sacro Cuore de Roma e pesquisador no campo médi-co. Foi homenageado "em memória" o descendente de italiano Raymundo Faoro, falecido em 2003 e que em-presta seu nome ao Palácio da Justi-ça, sede do Ministério da Justiça, em Brasília.

A premiação é uma forma que as instituições encontraram de reconhe-cer personalidades italianas ou de descendência que construíram his-tórias através do seu trabalho, arte

Fontana é homenageadona Itália junto com ex-ministro da Agricultura

Sandro de Mattia

ou dedicação nas mais variadas áre-as do conhecimento humano. Para Fontana foi um momento único. “Ser recomendado junto com todas essas celebridades, numa premia-ção distinta e com essa valorização me deixa orgulhoso. Ser lembrado em Belluno, na Itália, terra de meus

descendentes, pelo trabalho que rea-lizamos no Brasil muito me honra”, destaca Fontana. Ele agradece Dona Zelma Mariot Hilber, em nome da Associação Bellunesi Nel Mondo Famiglia di Urussanga pela inicia-tiva da indicação e defesa do seu nome junto a organização.

FOTOS IVAN H

IPÓLITO

A magia do fim de ano faz a gente pensar alto. Imaginar que tudo vai ser melhor no ano que se aproxima. E, cooperando, isso acontece. Porque gente que coopera tem mais força. Gente que coopera cresce.

Um Feliz Natal e um Feliz 2012, Ano Internacional das Cooperativas.

sicredi.com.br

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Mercado.SulOpiniõesInformaçõesEntrevistasAnálises

Por Joice [email protected]

Criciúma 2030. Um estrada para o futuro.Com esta visão de 20 anos à frente, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Criciúma

contratou pesquisadores da Unesc e da PUC/RS para estudar o caminho que vai levar a cidade até lá com melhores índices de desenvolvimento do que os atuais.

A informação é de César Smielewski, presidente do Conselho. Dados iniciais revelam que a cidade vem a cerca de 25 anos apresentando índices declinantes e o estudo deverá mostrar como reverter este quadro. Dois problemas já foram detectados, atrasando o desenvolvimento da cidade. Um é a falta de terrenos públicos para novos investimentos. O outro é por Criciúma ser conhecida como “a capital brasileira de causas trabalhistas”, o que afasta os investidores. Segundo previsão do Conselho, o estudo deverá estar concluído até abril de 2012.

132 anosde colonização

italiana será comemorado em

Criciúma em 06 de janeiro de 2012

Toda ordem social é criada por nós. O agir e o não agir de cada um contribui para a formação e consolidação da ordem em que vivemos.

PioneiraCriciúma é pioneira entre as prefeituras brasileiras a implantar o SIGEOR –

Sistema de Gerenciamento Orientado para Resultados. É uma ferramenta nova e moderna para acompanhar on line o andamentos dos projetos da prefeitura. Este software de gestão foi desenvolvido pelo Sebrae.

“”Jorge Gerdau, durante palestra no Mampituba, em Criciúma, dia 24 de novembro.

Sul Metal e Mineração

A Feira Sul Metal & Mi-neração será realizada em Criciúma no período de 26 a 29 de junho. Nesta terceira edição da feira o leque de expositores será ampliado para novas áre-as de mineração e equipa-mentos para a construção, atendendo solicitação do setor da construção, que está com uma demanda muito forte para máqui-nas e equipamentos. A feira é uma promoção do Sindimetal, Simec e Siecesc, e realização da Fama Feiras.

Casa Pronta

O sucesso registrado na 9ª edição da feira Casa-Pronta, que atraiu mais de 40 mil pessoas nos cinco dias de exposição, em outubro em Criciúma, fez com que os organiza-dores planejassem uma edição extra para 2012. Além da 10ª edição que vai ser realizada em outu-bro no Pavilhão José Ijair Conti de Criciúma, a Ca-saPronta também aconte-ce pela primeira vez na cidade de Tubarão.O or-ganizador do evento é o publicitário Willi Backes.

Fenafashion

Criciúma vai sediar de 05 a 08 de junho de 2012 a Fena-fashion – Feira Nacional da Moda, especializada para pro-fi ssionais dos setores que contemplam a indústria da Moda. A feira de negócios propõe ao público visitante a sua reci-clagem profi ssional, intercâmbio de informações, negócios, oportunidades e conhecimento das principais tendências da moda com os lançamentos das coleções primavera/verão

2013. O evento é uma realização da Fama Feiras, em parceira com o Senai.

Feiras & Feiras 2012

Fenafashion foi lança-da dia 23 de novembro durante o EnModa, evento promovido pelo curso de Design da Moda do Senai, em parceria com a Unesc

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Segundo o Presidente,Conforme as prioridades para o próximo

ano, podemos afi rmar que nossas atenções estarão voltadas principalmente na qualifi -cação e formação de mão de obra.

Desde nossa última convenção coletiva de trabalho, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores procuramos proporcionar melhores salários e melhores condições de trabalho. Estamos preocupados em fi xar o trabalhador na Indústria da Construção, remunerando-o melhor do que em outras atividades industriais e, sobretudo dando melhores condições de trabalho quanto à sua saúde, segurança e alimentação.

Iniciado em 2011 e com continuidade no próximo ano, contaremos com a super-visão de nosso Engenheiro de Segurança do Trabalho, de cursos de aperfeiçoamen-to no uso dos equipamentos de prevenção e segurança, e inspeções preventivas nas obras, com o objetivo de diminuir sensivel-mente os acidentes nos canteiros de obras.

O aspecto importante em nossa gestão foi e será sempre o fortalecimento do Asso-ciativismo. Por isso, em 2012 visitaremos e convidaremos as empresas ligadas ao se-tor, nas regiões da AMREC e AMESC, para associar-se. Com isso, tornar nosso Sindica-to ainda mais forte, ampliando o número de participantes.

INFORME PUBLICITÁRIO

acompanhar as inovações tecnológicas, qualifi car seus recursos humanos e seguir todas as determinações legais e adminis-trativas.

Nós do Sinduscon, temos como princí-pio auxiliar as empresas a enfrentarem es-ses desafi os, através da construção coletiva de um cenário que incentive a expansão dos negócios e promova o crescimento eco-nômico.

É a partir das necessidades de cada empresa que este Sinduscon consolida os posicionamentos do setor. Eles são defendi-dos de forma integrada no interesse de solu-ções para os problemas da construção civil, juntamente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) e da Câmara da Indústria da Construção (CDIC).

Citamos também, nosso interesse na aprovação do novo Plano Diretor de Criciú-ma. Nosso objetivo é que possamos contri-buir para a melhoria da cidade, reafi rmando nosso compromisso de sempre colaborar com o poder público, principalmente quanto

Para o presidente do Sinduscon, Engenheiro Jair Paulo Savi, a Indústria da Construção Civil deve enfrentar grandes desafi os para o próximo ano, já que as expectativas de crescimento são maiores do que as de 2011.

Sindicato da Indústria daConstrução Civil do Sul Catarinense

ao direito de todos no exercício da cidada-nia.

Para os Empresários da Construção Ci-vil, a expressão que melhor sintetiza a pre-ocupação do Sinduscon com o novo plano diretor é o “direito a cidade”, para obtermos uma cidade realmente democrática.

Sindicato forte – Indústria forte! Sua empresa no caminho certo.“ ”

Associe-se ao Sinduscon e fortaleça o seu setor! Associe-se ao Sinduscon e fortaleça sua empresa!”

“”

Sinduscon Criciúma - Rua Ernesto Bianchini Góes, nº 91 – Próspera – Criciúma/SC – CEP: 88815-030 - [email protected] - (48) 3438-3104

Vários são os desafi os da Indústria para manter-se competitiva num ambiente de constante transformação. Alguns deles são:

Por ser oportuno, gostaríamos de lem-brar que o nosso setor econômico é um dos que mais cresce na geração de empregos na região sul do Estado de Santa Catarina e que promove o maior impacto na cadeia pro-dutiva de seus insumos, implicando sempre numa maior demanda e numa maior ativida-de relativa à sua comercialização. Daí a im-portância de nossos esforços em lutar para mantermos o crescimento e desenvolvimen-to do setor e por conseqüência, de toda a nossa região.

Por fi m, queremos ser ainda mais oti-mistas afi rmando que: a construção civil vai ter ainda mais o que comemorar em 2012 e vai prosseguir em sua ascensão por um longo período!

Nossos sinceros agradecimentos a to-das as Empresas associadas, à nossa dire-toria e aos nossos colaboradores.

Eu, em especial, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Jair Savi Presidente do Sinduscon

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