revista acic 37

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Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe. Abrindo caminho Tecnologia que cabe na palma da mão A moda da confecção Private Label As muitas faces do coaching Treviso registra maior crescimento de Santa Catarina Com força das entidades representativas, Sul ganha obras e nova perspectiva de crescimento CRICIÚMA | SC | Nº 37 | R$ 9,99 LIDERANÇA EMPRESARIAL

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Liderança Empresarial

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Page 1: Revista ACIC 37

Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.

Abrindo caminho

Tecnologiaque cabe na

palma da mão

A moda da confecção

Private Label

As muitasfaces do coaching

Treviso registra maior crescimento de Santa Catarina

Com força das entidades representativas, Sul ganha obras e nova perspectiva de crescimento

CRICIÚMA | SC | Nº 37 | R$ 9,99

LIDERANÇAEMPRESARIAL

Page 2: Revista ACIC 37

DO PORTO ATÉ A SUA PORTA, AJUDAMOS A TRANSFORMAR O SONHO DA SUA EMPRESA EM REALIDADE.

Com o mesmo cuidado que recebe os contêineres no porto, a Santos Brasil armazena, gerencia e transporta a sua mercadoria para entrega em qualquer lugar do Brasil.

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Movimentamos sonhos

Page 3: Revista ACIC 37
Page 4: Revista ACIC 37

ApresentaçãoA Revista Liderança Empresarial chega ao número 37

destacando as boas notícias registradas nos primeiros meses de

2013. Aprofundamos o projeto da Via Rápida, que teve suas obras

iniciadas e deve ser a grande via de desenvolvimento de Santa

Catarina. A inclusão das usinas de energia térmica a carvão nos

leilões de energia também segue a linha das boas novas deste início

de ano. O Engenheiro Fernando Zancan faz um detalhamento dos

benefícios que esta energia traz em comparação com outras fontes

energéticas, pelo caráter estratégico que o carvào exerce no país.

Soma-se ainda ao destaque de desenvolvimento as matérias sobre o

Plano Diretor de Criciúma e os prejuízos do atraso da BR-101 Sul.

Falamos ainda de coaching e como esta ferramenta de

treinamento se propõe a aprimorar a gestão nas empresas. Também

o caso de sucesso da Ufo Way, que atua no exclusivo segmento de

private label de confecções e tem ganhado cada vez mais destaque

no setor. Ainda sobre gestão, apresentamos um estudo feito sobre

Governança Corporativa

A edição 37 traz ainda casos de sucesso no segmento

de tecnologia e metalmecânica, artigos jurídicos, jovens

empreendedores, o destaque nacional sobre o município de Treviso,

a coluna da jornalista Joice Quadros e muito mais.

EXPEDIENTE | A revista Liderança Empresarial é uma publicação

da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Edição Ana

Sofia Schuster | Assessoria de Imprensa ACIC. Projeto Gráfico

Fernando Mangili. Editoração Cibele Córdova. Fotos Novo Texto

Comunicação e Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster,

Cibele Córdova e Paula Darós Darolt. Contatos 48 3461-0900

[email protected] | [email protected]

Vendas Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Eernesto Bianchini

Góes, 91 - Próspera - CX Postal 73 - CEP 88815030 - Criciúma - SC

www.acicri.com.br

Ana Sofia SchusterEditora

Page 5: Revista ACIC 37
Page 6: Revista ACIC 37

Sumário

12

18

25

29

26 36

20

34

3022

Engatando a primeira

Serra da Rocinha: uma luta que se estende há décadas

Carvão volta ao foco da matriz energética

Artigo - Quais as perspectivas para 2013?

A Operação Hidrotérmica e as Térmicas a Carvão Mineral

Esmalglass lança insumos para impressão HD

Prejuízos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi

A moda da confecção Private Label

Treviso registra maior crescimento de SC

Zonas industriais como foco no Plano Diretor

A interligação do Extremo Sul do Brasil com obra integrante

do rol de investimentos do Programa de Aceleração do

Crescimento – PAC

Região Sul desenvolve mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infraestrutura

Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuízos

sociais, psicológicos e de autoestima para a região e

conclusão das obras para 2017

Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e

internacional a partir de um modelo de negócios em expansão

no Brasil

Com PIB acima da média das demais cidades do estado,

Treviso é selecionada para destacar a qualidade de vida no

interior do Brasil

ACIC propõe emendas para o Plano Diretor Participativo

(PDP) que visam dar segurança às empresas da região

28 ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli

Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e

portos catarinenses pautaram a discussão com empresários

Page 7: Revista ACIC 37

42

40

6632

38

54

60

53

44

48

Mais que jovens, são empreendedores

Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito

Mercado.Sul

Uma ferramenta que cabe na palma da mão

ICON inicia operação de Implementos Rodoviários

Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul

As muitas facesdo coaching

Fazer o bem é uma questão de escolha...

Recorde de vendas impulsiona setor automobilístico

Consumidoresou pessoas?

50 Fenafashion traz o mundo da moda para Criciúma

51 2013 – Um ano importante para o Design em Criciúma

Presidente da Boa Vista Serviços afirma que novo cadastro

beneficia consumidores e fornecedores de empréstimos

Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar início a uma carreira profissional promissora

Por Joice Quadros

Os famosos aplicativos estão agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxílio para o trabalho

Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança

uma novadivisão da empresa que já atua na América latina

com máquinas e equipamentos

Há 12 anos no mercado, empresário é referência em

consórcio imobiliário em Santa Catarina

Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias

mostra que a moda do coaching vai além do ambiente

corporativo e chega aos lares e relacionamentos

Setor projeta crescimento para 2013 após decisão do

governo de seguir com as alíquotas reduzidas para o IPI

Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados

para a maior Feira Nacional para a Indústria da Moda no Sul

O sucesso das empresas já não está mais na competência

em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer

relacionamentos e fazer parte das comunidades

Page 8: Revista ACIC 37

08 | Liderança Empresarial

O Certificado Digital é uma credencial que identifica

entidades, empresas, pessoa física, máquinas,

aplicações ou site na Web. É um documento eletrônico

seguro que permite ao usuário se comunicar e efetuar

transações na internet de forma mais rápida, sigilosa e

com validade jurídica.

Assegure a integridade do tráfego de dados

e de documentos pela Internet

Certificação Digital

A ACIC é uma Autoridade de Registro e integra

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e-CNPJ e-CPF

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Page 9: Revista ACIC 37

Editorial

Olvacir José Bez Fontana

César Smielewski

Nelcides José Damiani

Iraide Piovesan

Venício Neves Pereira

Delir João Milanez

Denizard Ferrão Ribeiro

Diomicio Vidal

Donato Zanatta

Eduardo Zini Bertoli

Flávio Spillere Junior

Gilmar Menegon

Hélcio Ramos de Jesus

Julio César M. Wessler

Lenir Dal Sasso Schambeck

Luiz José Damázio

Maria Julita Volpato Gomes

Marli Maria Aguiar

Michel Alisson da Silva

Rui Inocêncio

Tito Lívio de Assis Góes

Valcir José Zanette

Diretoria 2012 - 2013

Presidente

1º secretário

2º secretário

1º tesoureiro

2º secretário

Olvacir José Bez FontanaPresidente da ACIC

A ACIC – Associação Empresarial de Criciúma acompanha

com expectativa o início dos trabalhos do novo prefeito. Cumprida

a etapa das novas eleições, onde a cidade viveu em compasso de

espera por quase meio ano, é hora de ação e encaminhamentos.

Em parceria com a CDL, AMPE e AJE apresentamos propostas

e ouvimos os candidatos. Obtivemos o comprometimento do

prefeito eleito Márcio Búrigo com estas demandas tão necessárias.

Ouvimos dos candidatos ideias para muitas áreas. Soluções para

a saúde, encaminhamentos para a mobilidade, melhorias para

a educação e investimentos em infraestrutura. Acreditamos que

muitas possam ser implementadas e que dêem resultados. Neste

caso pode-se olhar o novo processo eleitoral como uma fonte de

boas idéias e de um bom debate sobre o futuro de Criciúma. E

é este ponto que a ACIC acredita ser o foco: o futuro da cidade.

Para onde vamos? Qual o plano para os próximos 30 anos?

A ACIC acredita que o momento é de baixar a guarda entre

derrotados e vencedores. O passo seguinte é de construção. Se

for desta maneira estaremos sempre juntos. Sugerindo, usando

nosso poder de influenciar e de construir junto. Queremos ser

parceiros no desenvolvimento, que será trilhado pelo novo

Plano Diretor, pela Via Rápida que surge como um novo eixo

de crescimento para a cidade e pelo trabalho efetivo do nosso

Conselho de Desenvolvimento Econômico, para ficar apenas

nestes que já estão encaminhados. Através da instalação de novas

indústrias trazer novos recursos para movimentar a economia da

cidade e que também vai elevar a renda da nossa população.

Feita esta lição básica de casa é certo que teremos um PIB maior

e voltaremos a galgar posições no topo das cidades mais ricas do

Estado. Neste contexto vale ressaltar o papel de cidade pólo de

Criciúma, que irradia a riqueza por toda a região, atraindo também

investimentos de forma regional.

Ressalto que esta retomada passa fundamentalmente pela

nossa união. Precisamos olhar para frente e trabalhar de forma

conjunta, município, governo do Estado, parlamentares e governo

federal para que os investimentos venham e os resultados

apareçam. Já perdemos tempo demais e o momento de começar

não pode ser outro senão agora.

Page 10: Revista ACIC 37

10 | Liderança Empresarial

Desenvolvimento

Page 11: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 11

VIA RÁPIDA - NOSSA MAIOR OBRA

Orçada em R$ 100 milhões, rodovia supera investimentos como o da

Barragem do Rio São Bento e revela um novo marco do desenvolvimento

no Sul. Assim pode ser definida a Via Rápida, a qual as obras foram

iniciadas em fevereiro de 2013. A obra chega após anos sem grandes

investimentos na região, destacando investimentos federais como a

barragem do Rio São Bento e a BR-101.

Esta nova realidade é a prova de que a cobrança das entidades

e a representatividade de políticos e lideranças torna-se fundamental

para que a região obtenha recursos. O caso da Via Rápida é um

exemplo caro disto, em que desde o projeto, lideranças do Sul têm

se empenhado para que uma obra deste vulto saia do papel e se

transforme em realidade.

Ainda falando em desenvolvimento e recursos que o fomentem,

falamos ainda de BR-101, BR-285, Plano Diretor e a boa notícia referente

à inclusão da energia térmica a carvão nos leilões de energia do Governo

Federal. Todas as notícias mostram que as pedras estão rolando e os

caminhos sendo abertos. O futuro, porém, requer fiscalização destas

obras e viabilização de novos projetos.

Page 12: Revista ACIC 37

12 | Liderança Empresarial

Engatando a primeira

������������ �����CRICIÚMA

A barragem representava o saneamento de um

problema histórico que assombrava as cidades da Amrec:

a falta de água. Após a mobilização da comunidade os

recursos do governo federal garantiram a construção, entre

Siderópolis e Nova Veneza.

Concluída esta etapa, em 2006, anos se passaram sem

grandes investimentos em obras estruturantes. A construção

do anel viário se transformou em novela de capítulos longos

e ainda sem prazo para acabar. Em meio às lentas obras

de duplicação da BR 101 sul e novas novelas como do

aeroporto regional sul, em Jaguaruna, um novo movimento

nascia, percebendo que de nada adiantava ter uma BR

duplicada e um novo aeroporto, se as cidades da região

estivessem praticamente sem caminhos rápidos para

escoar sua produção.

Desta percepção chegou-se à conclusão de que

Criciúma, como cidade pólo do sul, estava ilhada, ligada

DESENVOLVIMENTO

Há seis anos o sul de Santa Catarina via sua maior obra de engenharia ser concluída. A construção da Barragem do Rio São Bento, iniciada em 2001 foi um marco para a região, construída com investimentos de R$ 37 milhões, dos quais 79% do governo federal e 21% da Casan.

Page 13: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 13

à BR 101 e, por conseqüência ao resto do

mundo, por acessos truncados, esburacados

e cheios de carros. O trajeto entre a cidade e

a BR 101 transforma-se em uma experiência

de paciência e riscos de acidente.

Então no início da década começa-se

a perceber a necessidade de trabalhar uma

nova via de acesso para Criciúma. Esta via

serviria a um novo propósito também: abrigar

em seu curso empreendimentos industriais

para uma Criciúma já sem áreas específicas

a novos investimentos.

Desta percepção e necessidade nascia

a ideia de construir uma via expressa, mais

tarde batizada de Via Rápida, como uma

nova perspectiva para o desenvolvimento do

sul.

No ano de 2005, Criciúma ganhava

representatividade tanto no Legislativo, com

oito deputados, quanto no executivo estadual.

A pasta da secretaria de planejamento estava

sob o comando do empresário Olvacir Bez

Fontana. Convencido de que a via rápida

seria um novo eixo de desenvolvimento

para a região, o então secretário foi um

aliado estratégico para tirar do papel a ideia

da rodovia. O tema gerava polêmica entre

a própria comunidade, onde o ex-prefeito

e então deputado Décio Góes seguia a

linha de que a via expressa deveria ser um

prolongamento da avenida Centenário. Já a

secretaria de planejamento acreditava que a

via deveria seguir um novo traçado, com vistas

a pensamento de criar um trajeto com novas

perspectivas para a instalação de indústrias.

Após debates e audiências públicas venceu

esta segunda proposta.

Ainda no ano de 2005 o governo do

Estado elaborava um raro documento

que olhava para o futuro. No seminário

Santa Catarina 2015 foi elaborado o Plano

Catarinense de Desenvolvimento, junto à

secretaria capitaneada por Fontana. A região

possuía na época do governador, Eduardo

Pinho Moreira, que assumia no último ano

de mandato de Luiz Henrique da Silveira. No

sul a secretaria de desenvolvimento regional

era liderada por outro empresário, Édio Del

Castanhel. Ainda no governo do estado

outro nome despontava no trabalho ao novo

projeto: Ivo Carminati.

Retomando ao plano de desenvolvimento

de Santa Catarina, o trabalho deu várias

diretrizes para o planejamento do estado

em dez anos. Ali falava-se em aumento da

competitividade do estado. Mas como ser

competitivo sem infraestrutura? A resposta

do documento esta exatamente dar a

infraestrutura necessária ao crescimento de

empreendimentos, semperder o foco no

meio ambiente.

Cobrança de perto: Presidente da ACIC acompanha o dia-a-dia da via rápida em Criciúma

O QUE ERA NECESSÁRIO

Fortalecer o processo de ampliação e manutenção

da rede de rodovias pavimentadas do estado.

Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de

energia elétrica.

Potencializar os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar a capacidade

de movimentação de cargas e consolidar o estado como

centro integrador da plataforma logística do Sul do país para

os mercados nacional e internacional

Page 14: Revista ACIC 37

14 | Liderança Empresarial

Para promover estas e outras ações

definidas pelo grupo (veja quadro), o

mesmo documento sugere que sejam

criados mecanismos e programas de

captação de recursos de agências e

fundos para investimentos na área de

infraestrutura. E assim foi feito.

PLANOCATARINENSE DE

DESENVOLVIMENTO

PLANOCATARINENSE DE

DESENVOLVIMENTO

INICIATIVAS EMPREENDEDORAS

Potencializar os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar a capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional

Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de energia elétrica.

Ampliar a oferta de gás natural no estado, buscando atender novas regiões e segmentos.

Criar mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infraestrutura.

Criar programas e ações integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação.

Criar programas e ações integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação.

Promover a inovação e a agregação de valor nas cadeias

produtivas de Santa Catarina

Promover e apoiar a participação das empresas

catarinenses nos mercados interno e

externo

Implementar políticas de

apoio aos micro e pequenos

empreendimentos

Estimular o ensino técnico

��������������� ��em parceria com a iniciativa privada,

entidades de classe e municípios

Potencializa capacidaintegrador internacion

Fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas do estado.

Ampliar e melhorar a infra-estrutura de saneamento básico visando a universalização do abastecimento de água, a ampliação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e resíduos sólidos.

Page 15: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 15

Com a definição do traçado por onde

passaria a via rápida, o passo seguinte

foi trilhar os caminhos do projeto. Na

secretaria de Planejamento ele foi gestado,

num relacionamento muito próximo com o

secretário em Criciúma, Édio Castanhel.

O trecho que separava Criciúma da BR

teria aproximadamente 15 quilômetros. A

polêmica ficaria por conta do local do início

da rodovia. Questionado por moradores

do Bairro Jardim Maristela, o projeto foi

aos poucos sendo moldado a minimizar

os impactos junto à comunidade, até

chegar à proposta final. Sairia da Próspera,

avançaria ao largo do bairro, sem cortá-lo ao

meio, e rumaria pelo interior do município,

passando por Içara, até à BR 101. E

como não transformar este novo trecho

em mais uma rodovia congestionada e

cheia de obstáculos? A resposta veio

com a proposta de duplicação das duas

faixas, sobrepostas por vários viadutos

que permitirão o tráfego de pedestres,

e evitarão a instalação de lombadas e

semáforos ao seu longo.

O projeto elaborado pela Prosul

Engenharia passou por pelo menos duas

alterações para adequar às definições

das audiências públicas feitas nos bairros

onde a obra vai passar.

Em paralelo às mudanças elaboradas

o andamento da obra seguia por duas

frentes: a captação dos recursos e os

licenciamentos. Um nome fundamental

neste processo foi do advogado Ivo

Carminatti, na presidência da SC Parcerias.

No órgão, ele tratou de dar andamento

ao processo buscando todos os

licenciamentos, uma vez que a proposta

inicial era de transformar a rodovia no

primeiro empreendimento estruturante feito

em parceria público-privada. A ideia barrou

no Tribunal de Contas do Estado, o que

obrigou o governo do Estado a mudar o

rumo do projeto.

Para Carminatti a obra é resultado de

um trabalho bem pensado, que teve todos

os seus passos bem resolvidos, desde a

idealização do projeto, passando pelos

licenciamentos e efetiva licitação. “Se fez

todas as etapas. Foi uma bela história.

Alguém tem que sonhar e alguém tem que

realizar. A cidade vai ser uma antes e outra

depois desta obra. Se há um consenso

entre todos é esta rodovia”, finalizou.

Totalmente licenciada, a rodovia

estava pronta para ser enquadrada no

projeto que buscava recursos no Banco

Mundial, o chamado BID IV. Esta seria

decisiva para alavancar não só esta, mas

todo um projeto do governo Raimundo

Colombo com vistas a dar mais um passo

no cumprimento do plano Santa Catarina

2015. No lançamento da obra, em

Criciúma, em fevereiro de 2013, Colombo

lembrou das dificuldades enfrentadas

para conseguir aprovação dos projetos

no governo federal no final de 2011,

permitindo que o Banco Mundial liberasse

os recursos para Santa Catarina.

Em setembro de 2012 o governo iniciou o processo de licitação internacional para as obras do BID IV. Entre elas a via rápida de Criciúma. A conclusão da licitação foi anunciada no mês de novembro, na sede da ACIC, em Criciúma, pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira, e pelo presidente do Deinfra, Paulo Meller. A licitação teve como vencedoras as empreiteiras Ivaí, R$ 77.173.955,91, e Setep, 15.754.824,21. (veja detalhes dos projetos no quadro).

Com a chancela do BID coube a Raimundo Colombo o papel de anunciar e dar início às obras. O evento foi sediado no bairro Jardim Maristela, em Criciúma, reunindo todos os personagens que fizeram parte da história da via rápida. Olvacir Bez Fontana, Ivo Carminatti, Édio Del Castanhel, Luiz Fernando Cardoso, Eduardo Pinho Moreira, Paulo Meller e

finalmente, Raimundo Colombo. Além destes, o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, destaca a participação do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que incentivu a realização do projeto em todos os mandatos, e também a equipe da Secretaria de Planejamento do Estado, da SC Parcerias e Deinfra que se emprenharam também no encaminhamento do projeto, licenciamentos e licitação da obra.

Para o presidente da ACIC, a evolução da Via Rápida ao longo dos últimos anos foi resultado do empenho de lideranças do sul no governo do estado. “Destaco a importância especial dos nossos empresários, que se envolveram na luta por esta obra, mostrando a força que temos de buscar e cobrar os nossos pleitos.”, resume Olvacir Bez Fontana.

O INÍCIO EFETIVO DAS OBRASO INÍCIO EFETIVO DAS OBRAS

Page 16: Revista ACIC 37

22 mil veículos por dia (Atualmente na

SC 445 que liga Içara a BR 101 trafegam

diariamente entre 20 a 30 mil veículos).

A Via Rápida será uma continuidade da Avenida Centenário com duas pistas e duas faixas além de passeios e canteiros.

Seguirá com características urbanas pela rua Vitalino Scremin por um quilômetro até o cruzamento com a rua Matias Ricardo Paz, onde foi projetado um desmembramento, com a implantação de três viadutos, de forma a garantir a fluidez no tráfego em todos os sentidos.

A partir deste ponto a via passa a ter características rurais, com duas pistas e duas faixas por pista e acostamento.

Logo após a passagem superior sobre a rodovia, que já assegura espaço para a passagem da futura rodovia Leste oeste, a Via Rápida passa pela área onde deveria funcionar o Porto Seco.

Mais adiante foi projetada a intersecção com o anel de contorno viário. O projeto conta com a implantação de dois viadutos, garantindo assim que o fluxo nas duas vias flua livremente.

Neste ponto a via segue cruzando o interior do município de Criciúma na Segunda, Terceira e Quarta Linha.

O afastamento entre as pistas permitirá que a triplicação e a quadriplicação sejam feitas entre elas, sem a necessidade de desapropriações futuras.

O projeto segue até o encontro com a BR 101, no quilômetro 385. Neste ponto foi projetado uma intersecção do tipo trevo completo, aproveitando os dois viadutos implantados, prevendo a execução de mais dois, fazendo com que todos os movimentos sejam feitos sem cruzamento entre os movimentos.

A interseção também previu a ligação ao acesso sul do Balneário Rincão, permitindo a ligação entre os dois municípios.

Extensão 10422,95 m

DEMANDA

CARACTERÍSTICAS

16 | Liderança Empresarial

SOBRE A VIA RÁPIDA

Page 17: Revista ACIC 37

Modal ferroviário de SC pode ser exemplo

Ao governador Raimundo Colombo,

a presidente Dilma Rousseff destacou

que o Governo Federal vai investir em

aproximadamente 1,6 mil quilômetros de

malha ferroviária no Sul do Brasil. Em SC, três

projetos estão em discussão para estabelecer

uma logística mais eficiente e sustentável.

Enquanto 25% de toda a carga brasileira é

transportada por trens, no Estado Catarinense

esse número não passa de 5%, cabendo

ao sistema rodoviário escoar 76% de toda

a produção. “Há setenta anos que não se

investe em ferrovias e o prejuízo por esse erro

é muito grande. O Brasil perde 80 bilhões de

dólares por ano ao aproveitar pouco essa

forma de transporte”, afirmou o governador.

O número também é significativo: os

prejuízos somam R$ 32 bilhões por ano

apenas com a ausência de duas ferrovias:

uma litorânea integrando os portos e a

outra fazendo a ligação da região Oeste

com o Leste do Estado. Além do maior

custo logístico, a presença de caminhões

nas estradas e a falta de controle no peso

transportado piora as condições das rodovias

em Santa Catarina e aumenta a insegurança

no tráfego.

Autoridades defendem que é

fundamental um traçado ferroviário capaz de

descongestionar as rodovias, para o transporte

de cargas, principalmente no que diz respeito

ao escoamento dos produtos catarinenses,

tanto para consumo interno quanto externo.

Com as obras prontas, Santa Catarina sai na

vanguarda, torna-se mais competitiva e será

palco do melhor modelo logístico do país.

Execução dos projetos, que devem durar, aproximadamente 10 meses, e licitação. Tudo deve acontecer até o final deste ano:

Com um total de 42 milhões de toneladas de cargas transportadas e investimentos que ultrapassam R$ 46,5 milhões, a Ferrovia Tereza Cristina, sediada em Tubarão, poderá trilhar um novo caminho. Concessionária privada de uma malha com 164 quilômetros de extensão, e atuando em 14 municípios no sul do Estado, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. A principal expectativa da FTC é a implantação dos projetos Ferrovia Litorânea e Ferrovia Leste-Oeste, que além de integrá-la à malha ferroviária brasileira, se constituirão em importantes corredores de cargas, ao permitir ampliar o acesso ferroviário aos portos e ao extremo Oeste de Santa Catarina, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento do Estado. Essa ampliação proporcionará o transporte de muitos outros produtos como cerâmica, granéis agrícolas e minerais, fertilizantes, metalúrgicos e siderúrgicos, produtos frigorificados, madeiras e derivados, carga geral e contêineres.

DESENVOLVIMENTO

Os traçados de uma nova malha ferroviária no Estado ganharam notoriedade nos últimos dias e é chegado o momento em que se tem consciência política, de que é preciso ter uma malha ferroviária como alternativa logística

Próximas ações

FerroviaTereza Cristina

Ferrovia Litorânea Ferrovia Leste-OesteDeverá ter 235,6 quilômetros de extensão,

no segmento Imbituba – Araquari, permitindo

interligar os portos de Imbituba, Itajaí e São

Francisco do Sul, além de incorporar a

Ferrovia Tereza Cristina ao Sistema Ferroviário

Nacional. Valor para execução, estimado em

R$ 17,6 milhões. Está com seus estudos em

fase final, o projeto básico completo está

previsto para junho e o projeto executivo para

dezembro.

Conhecida como a ferrovia da integração,

com projeto de 848 quilômetros de extensão,

no segmento Itajaí – Chapecó – Dionísio

Cerqueira, e que deverá escoar a produção do

oeste do Estado para os portos catarinenses,

integrando os modais de transporte.

Sai do oeste do Paraná, passando por

Chapecó e chegando ao Rio Grande do Sul.

As obras já estão previstas no Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC)

e no Plano Nacional de Logística e

Transportes, e o estudo de viabilidade

ambiental já foi iniciado. Também estão

previstos para o novo sistema ferroviário

catarinense contornos ferroviários em

Joinville, Itajaí e Jaraguá do Sul. E a

revitalização da ferrovia entre Mafra e São

Francisco do Sul é outra obra prevista.

Ferrovia Norte-Sul

Page 18: Revista ACIC 37

18 | Liderança Empresarial

Serra da Rocinha: uma luta que se estende há décadas����������������� ���TIMBÉ DO SUL

Em meio a muita luta e o sonho do

desenvolvimento, está a Associação

Empresarial de Criciúma – ACIC, levantando

bandeiras pelo Sul e Extremo Sul do

estado, unindo municípios e associações

empresariais para juntas fomentar o

crescimento econômico e promover

emprego e renda. Em janeiro, foi a vez de

apoiar a Associação Empresarial do Vale do

Araranguá – ACIVA, na pavimentação da BR

– 285, que liga a divisa do Rio Grande do Sul

com Santa Catarina ao segmento de Timbé

do Sul, conhecida como Serra da Rocinha,

uma luta que permeia décadas.

Em janeiro, a ACIC acompanhou

a apresentação do edital de licitação

para as obras da Serra da Rocinha em

Timbé do Sul. O evento contou com a

participação da Ministra chefe da Secretaria

de Relações Institucionais, Ideli Salvatti,

do Superintendente do Departamento de

Infraestrutura e Transporte (DNIT), João Jose

dos Santos, do presidente do Departamento

Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo

Meller, além de deputados e prefeitos que

se engajaram pela causa. A população da

região do vale também esteve presente na

sessão solene.

A obra consiste na pavimentação de 22

quilômetros da rodovia federal, incluindo a

implantação de um contorno na área urbana

de Timbé do Sul, com extensão de 4 km

com duas pontes e quatro viadutos. Para o

presidente da ACIVA, Alceu Pacheco, a luta

pela Serra da Rocinha parece finalmente

estar chegando ao fim. “É um sonho secular.

É uma luta de todos há mais de 20 anos”,

comenta.

A Ministra salientou que a obra, somada

às belezas naturais da região devem

impulsionar o turismo em Timbé do Sul.

“Esta obra por si só vai gerar um atrativo

turístico. Não tenho dúvidas também, que

as praias do sul catarinense e gaúcho, serão

beneficiadas com esta obra. Contando ainda

com as obras da Serra do Faxinal e Serra do

Corvo Branco, vamos potencializar o turismo

em todo o sul do estado”, explica.

Ideli destacou ainda, que outras obras

como Aeroporto Regional de Jaguaruna,

ampliação do Aeroporto de Forquilhinha e

Porto de Imbituba, deverão formar um triangulo

pólo entre as cidades do sul, bem como o

já existente entre Florianópolis, Blumenau e

Joinville, impulsionando o desenvolvimento

econômico. “Quando um empresário vem

para um município se instalar, a primeira coisa

que ele pergunta é se o local tem infraestrutura

para o escoamento da produção. Estas obras

trarão boas oportunidades. É a hora do Sul”,

complementa.

Para o secretário de Estado do

Desenvolvimento Regional de Araranguá,

Heriberto Afonso Schmidt, a obra, que é

uma das bandeiras de luta da 22ª SDR,

proporcionará a ligação de municípios pólos

da região Norte do estado do Rio Grande

do Sul e do extremo Sul de Santa Catarina

e proporcionará o desenvolvimento do

turismo.

O Presidente do Departamento Estadual

de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, citou

a importância da parceria entre Governo

Federal e Governo do Estado, através do

DNIT e Deinfra, para o desenvolvimento de

Santa Catarina. “Esta obra trará um novo eixo,

uma nova opção de mobilidade e inúmeros

benefícios aos dois estados”, assegura.

DESENVOLVIMENTO

Page 19: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 19

Promover o desenvolvimento econômico é sempre uma das causas mais debatidas entre as associações comerciais e empresariais. Desta vez não foi diferente, o presidente da ACIVA, afirma que a obra é uma das ações mais importantes para o desenvolvimento da região do vale. “Não tínhamos nenhum acesso pavimentado e vamos acabar com o isolamento à divisa com o Rio Grande do Sul. A rodovia servirá de acesso também para o escoamento de soja que vem de São Borja, além de ser um atalho para veículos que vem da Argentina”, explica Pacheco.

Para Pacheco,a união de forças do sul formam um associativismo muito forte e representativo para o governo. “Foi muito importante recebermos o apoio da ACIC e de outras associações empresariais. A Serra da Rocinha já é uma luta de muito tempo e a ACIC nos apóia desde o mandato do Sr. Santos Longaretti. Não temos a pretensão de ser monopolista de movimentos. Por muitas vezes tivemos o apoio também das CDL’s além de forças

políticas que auxiliam nas nossas causas”, afirma.O presidente declara que a ACIVA luta pelo interesse

comum. “Não queremos promover só o que é bom para o empresariado. Queremos qualidade de vida, bem estar da população e das camadas menos favorecidas”, finaliza.

O vice-presidente da ACIC, César Smielewski, acompanhou o evento em Timbé do Sul e comenta que a entidade trabalha auxiliando o desenvolvimento econômico não só de Criciúma, mas de toda a região. “Não vivemos em uma ilha. O que há de se fazer é que toda a região cresça. Por isso, a ACIC leva todas as bandeiras que venham atender o Sul como esta em Timbé”, declara.

Nos próximos meses, a ACIC irá promover um encontro com todos os prefeitos e associações empresariais da região para elencar as principais necessidades do sul. “Vamos unir nossas forças e lutar pelas prioridades que a região precisa para alcançar o desenvolvimento”, finaliza.

A BR-285 é uma Rodovia Federal que inicia em Araranguá, Santa Catarina e

termina na cidade gaúcha de São Borja, na divisa com a Argentina, cortando os dois

Estados no sentido leste-oeste. Ela é um importante elo entre a região produtiva de

grãos do Planalto Gaúcho e o pólo turístico do Litoral Sul de Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul a mesma passa por 29 municípios e em Santa Catarina

por 04 Municípios - Timbé do Sul, Turvo, Ermo e Araranguá. Ela possui no total

744,30 quilômetros de extensão, sendo que apenas 30,4 quilômetros ainda não

receberam pavimentação. Destes, 22 quilômetros ficam no lado catarinense, e 8,4

no Rio Grande do Sul.

ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS APÓIAM A CAUSA

ENTENDA A OBRA

divisa SC x RS

orçamento

programa do governo

CONFIRA ASVANTAGENS

Interligaçãodo Extremo Sul

do Brasil

Facilitação do trânsito e atração de turistas para

a região, gerando mais emprego e

renda

Melhoria doescoamento da

produção dos dois estados SC/RS

A obra, integrante do rol de investimentos do Programa de Aceleração do

Crescimento - PAC, inclui duas pontes, quatro viadutos e a implantação de um

contorno na área urbana de Timbé do Sul, com extensão de quatro quilômetros,

para separar o tráfego de longa distância e o tráfego local. O prazo para execução

dos serviços é de 900 dias a partir da assinatura da ordem de serviço.

A obra está orçada em aproximadamente R$ 42 milhões para o trecho gaúcho

e R$ 75 milhões para o trecho catarinense.

Page 20: Revista ACIC 37

20 | Liderança Empresarial

“O atual cenário vivenciado pela

Região Sul e os prejuízos devido ao atraso

das obras de duplicação da BR-101 Sul

são irreparáveis. Além de econômicos,

estamos falando também em prejuízos

sociais, psicológicos e de autoestima, e

sobre tudo isso não conseguiremos voltar

no tempo. Temos que pensar, então, em

como será daqui para frente”. Este foi o

alerta do professor Valter Alves Schmitz

Neto durante reunião promovida em

março, em Criciúma, pela Federação das

Indústrias do Estado de Santa Catarina

(FIESC).

O estudo faz parte de uma parceria da

Fiesc com a Universidade do Sul de Santa

Catarina (Unisul), a partir de reivindicações

dos empresários da região, entre elas a

Associação Empresarial de Criciúma –

(ACIC). Além do professor Valter, o estudo

foi conduzido também pelos professores

Gean Carlos Fermino e Jaison Coelho e

demonstram por meio de metodologia

científica que deixaram de ser geradas na

região, até dezembro de 2012, riquezas

equivalentes a R$ 32,7 bilhões. Valor

correspondente a 4,6 vezes o Produto

Interno Bruto (PIB) registrado de 2005 a

2009 no Sul.

Dentre as macro obras de infraestrutura,

o retardamento no início e atraso na

conclusão das obras de duplicação

da BR-101 Sul constitui-se no principal

fator gerador dos baixos índices de

desenvolvimento no Sul de Santa Catarina.

A obra de duplicação, com base na Ordem

Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuízos sociais, psicológicos e de autoestima para a região e conclusão das obras para 2017

�����������������CRICIÚMA

Prejuízos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi

de Serviços autorizada em 2005, foi orçada

em 800 milhões de dólares e previsão de

término para 2009. A pesquisa estima,

porém, conclusão para 2017, ou seja, com

oito anos de atraso e um custo adicional de

534 milhões de dólares.

DESENVOLVIMENTO

Page 21: Revista ACIC 37

O presidente da Fiesc, Glauco José

Côrte, defende que “a infraestrutura

adequada é condição básica para a

competitividade do setor industrial e que

o documento é uma peça estratégica

para que as lideranças catarinenses

busquem não só a aceleração dos

trabalhos de conclusão das obras, como

também compensação pelas perdas. É

uma questão de justiça com o Sul, que

teve seu desenvolvimento retardado”.

De acordo com o presidente da ACIC,

Olvacir José Bez Fontana, o estudo foi

bastante profundo e estratificou as principais

necessidades da região. “Devemos

aproveitá-lo agora pra recuperar parte do

que foi perdido e, principalmente, nosso

espaço diante das outras regiões. Vamos

disseminar esses dados para motivar

as lideranças políticas e empresariais a

concluírem o que falta. A ACIC pretende

criar um movimento de multiplicação da

região como potencial e não apenas

de crescimento em tamanho”, pontua

Fontana.

Diante dos números encontrados pela

Fiesc/Unisul foram realizados encontros com

as associações empresariais de Araranguá,

Içara, Criciúma, Jaguaruna, Braço do Norte,

Tubarão e Imbituba para identificação e

priorização de investimentos e obras macro

estruturantes para incrementar o processo

de desenvolvimento regional, gerando

riqueza e agregando valor.

Entre elas: modernização do Porto de

Imbituba; conclusão da BR-285, a qual

interliga São Borja (RS) ao litoral catarinense;

interligação da Ferrovia Teresa Cristina com

a malha nacional, ao Norte; implementação

de equipamentos, estruturas e infraestrutura

turísticas integradas no Sul de Santa Catarina

e celeridade nos processos e nas obras da

Rodovia SC-100 (Litorânea), por exemplo.

Para o estudo “Impacto econômico do

atraso nas obras de duplicação da BR-101

Sul sobre o desenvolvimento econômico no

Sul de Santa Catarina” foram selecionados

e comparados 44 indicadores competitivos

entre cidades de referência ao sul e ao norte,

utilizando-se as metodologias que tomam

como base o Índice de Vantagem Competitiva

- do professor de Harvard Michael Porter,

e um modelo matemático desenvolvido

pelos autores do trabalho, que levou em

consideração a variação do PIB em relação

aos investimentos nas obras de duplicação.

O documento confrontou índices como:

taxa média de crescimento populacional,

desenvolvimento humano, incidência de

pobreza, taxa de natalidade e mortalidade,

balança comercial, número de empresas,

de pessoas por companhia e de empregos

formais, taxa de criação de empresas

e empregos e salários médios, sendo

constatado que o desenvolvimento do Norte

de Santa Catarina é 31,6% superior ao do Sul.

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Investimentos

Page 22: Revista ACIC 37

22 | Liderança Empresarial

Zonas industriais como foco no Plano DiretorAssociação Empresarial de Criciúma – ACIC propõe emendas para o Plano Diretor Participativo (PDP) que visam dar segurança às empresas da região

�����������������CRICIÚMA

A partir de recursos assegurados no

Banco Interamericano de Desenvolvimento –

BID, no Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social – BNDES, na Corporação

Andina de Fomento – CAF, além de recursos

próprios do orçamento do Estado, o

secretário de Infraestrutura de Santa Catarina,

Valdir Vital Cobalchini, anunciou em janeiro

de 2013 que o estado “vai virar um canteiro

de obras”. Um investimento projetado em

mais de R$ 2 bilhões e que serão aplicados

no biênio 2013-2014, principalmente em

rodovias, restaurações e revitalizações da

malha rodoviária, transporte aéreo e portos.

A Associação Empresarial de Criciúma

- ACIC vêm acompanhando todos os

projetos que envolvem o Sul do estado,

pautando suas atividades no que se refere

ao Aeroporto Regional de Jaguaruna, o

Porto de Imbituba, Trecho Sul da BR-101,

Via Rápida, Anel Viário, entre outros, em

um processo de mobilização em busca do

desenvolvimento regional.

Em Criciúma, a ACIC é responsável

também pela elaboração do Plano Diretor

Participativo (PDP) que, no dia 28 de

dezembro de 2012, passou a vigorar em lei.

Transformando-se em um projeto polêmico

e com apelo popular, o PDP estava em

discussão desde o ano 2000, contabilizando

um total de 123 reuniões do governo

municipal com delegados, vereadores

e representantes da sociedade, até a

elaboração de sua versão final. Enviado pelo

governo do município, o projeto de lei estava

na Câmara de Vereadores desde 15 de

dezembro de 2009, quando em novembro

de 2012 foram aprovadas 146 emendas.

De acordo com o prefeito em exercício

em 2012, Clésio Salvaro, a sanção da lei do

PDP só foi possível após o parecer técnico

da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento

e Mobilidade Urbana, por meio da Divisão

de Planejamento Físico e Territorial (DPFT)

e do parecer jurídico da Procuradoria Geral

do Município. “O Plano Diretor estabelece

com clareza as diretrizes para as áreas

residenciais, industriais e comerciais em

Criciúma e onde é possível empreender

com segurança. Está em condições de ser

sancionado, não sendo mais apenas um

projeto, mas uma lei”, destacou Salvaro.

A ACIC participou diretamente de

seis emendas do PDP, que de acordo

com o assessor da presidência, Mario

Gaidzinski, representam melhorias para as

áreas industriais da região. “A ACIC propôs

inicialmente 13 emendas que vieram a ser

condensadas em apenas seis para a versão

final. Basicamente, elas fazem menção a

correções de alguns vícios de origem e

ao aumento das zonas industriais, dando

segurança às empresas já instaladas e às

futuras que ainda virão”, explica Mario.

Durante as mais diversas ações neste

contexto, a ACIC participou também

de visitas de campo realizadas junto à

consultora responsável, Hardt Planejamento,

em que foram visitadas todas as áreas onde

foram propostas as mudanças, sejam elas

de zoneamento, parâmetros urbanísticos,

entre outros.

De acordo com o vice-presidente da

ACIC, César Smielewski, a sanção do PDP

significa um passo de extrema importância

para o desenvolvimento da cidade, pois

abre espaço antes não existente para as

empresas. “São dois pontos importantes

que se referem ao fato de não haver mais

a insegurança jurídica, e que a partir de

agora haverá geração de novas áreas

para a instalação de empresas. Previsão,

inclusive, para os próximos 15 anos. A ACIC

lutou muito pela viabilização dessas áreas,

as quais destacamos seis: Anel Viário; Jorge

Lacerda; Luiz Rosso; Via Rápida; Sebastião

Toledo dos Santos e BR-101”, comemora

Smielewski.

A participação da ACIC

DESENVOLVIMENTO

Page 23: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 23

A ACIC verificou a necessidade das Zonas Industriais serem trabalhadas em seção específica do Plano Diretor, procurando viabilizar o

crescimento sustentável e sustentado do município de Criciúma. As propostas da ACIC são:

O QUE DIZEM AS PROPOSTAS

Art. 139. Nas vias que delimitarem duas zonas, ambos os lados

poderão pertencer à zona que tiver maior índice de aproveitamento

(IA), estabelecido no Anexo 10:Tabela dos Parâmetros de Uso e

Ocupação do Solo Municipal desta Lei, exceto nos limites com as

Zonas Industriais (ZI) e nas Zonas de Especial Interesse (ZEI).

Parágrafo Único. A delimitação física das zonas de uso é

determinada pelo seu perímetro, definido em projeto, por uma linha

que deverá percorrer vias de circulação, limites de lotes e poligonais

topográficas, assim definidas:

I - (...)

II - (...)

III - (...)

IV – Com exceção das Zonas Industriais que serão tratadas em subseção específica: “Subseção V das Zonas Industriais”.

Emenda nº 23 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Acrescenta inciso IV ao parágrafo único do art. 139, conforme:

Art. 144. Zonas Industriais (ZI): destinadas ao uso industrial de grande

porte e de potencial poluidor, de acordo com as orientações dos órgãos

públicos fiscalizadores do meio ambiente, complementado com o uso de

serviços e comercial, relacionados à atividade industrial, sendo permissíveis

usos residenciais atrelados aos usos industriais, subdividida em:

I - (...)

II - Zona Industrial 2 (ZI2): zona que pela sua localização contígua

à infra-estrutura existente, à área urbanizada e de boa acessibilidade,

permite a concentração de indústrias de médio e grande porte com baixo

ou médio potencial poluidor, conforme legislação específica de órgãos

de meio ambiente.

§ 1º (...)

§ 2º (...)

§ 3º. A zona de transição definida no §2º deverá ser isolada através de uma “barreira verde”, ou outra forma de barreira física em conformidade com as exigências técnicas dos órgãos de planejamento municipal legalmente instituído e demais órgãos ambientais competentes, para fins de evitar conflitos decorrentes das atividades industriais em andamento ou mesmo da implantação destas.”

§ 4º. Os limites das zonas industriais conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, poderá utilizar a totalidade das profundidades dos terrenos e/ ou glebas contidas nesta zona com testada voltada para as ruas, avenidas e rodovias, após

análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído.

I - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia

Jorge Lacerda, conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será

de 500 metros numa faixa paralela a esta rodovia, sendo que esta área

será limitada pela Z-APA (Zona – Área de Preservação Ambiental).

II - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia

Luiz Rosso, conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de

300 metros numa faixa paralela a esta rodovia.

III - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia

Sebastião Toledo dos Santos / SC 445, conforme Anexo 9: Mapa de

Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a esta

rodovia.

IV - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel

Viário, entre o trecho da SC 443 e da SC 446, conforme Anexo 9: Mapa

de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a estas

rodovias.

V - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel

Viário, entre o trecho da Rodovia Jorge Lacerda e a Avenida Universitária,

conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros

numa faixa paralela a esta rodovia.

VI – Caso as profundidades dos terrenos e/ou glebas ultrapassem as

faixas definidas nos incisos anteriores, permanecem as disposições do §

3º, deste artigo.

Emenda nº 24 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Dá nova redação ao § 3º e acrescenta § 4º ao artigo 144, conforme:

continua

Page 24: Revista ACIC 37

24 | Liderança Empresarial

Emenda nº 26 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Emenda nº 28 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Emenda nº 27 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme:

Acrescentar no Anexo 10: Tabela dos Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Municipal, no quadro ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), dentro do quadro permitido, a Indústria Tipo 3 – I3.

Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme:

Art. 148. Após estudos técnicos ambientais de ocupação,

após análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal

legalmente instituído e dos órgãos públicos de meio ambiente

e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal –

CDM, tais áreas deverão ser recuperadas de acordo com os

condicionantes e exigências das atividades pretendidas para a

instalação, respeitando as características sócio urbanas e/ou rural

e ambientais do entorno em que está inserida.

Parágrafo único. As glebas contidas na Zona Especial Interesse da Recuperação Ambiental Urbana (ZEIRAU), conforme Anexo 9; Mapa de Zoneamento Municipal, localizadas nas proximidades da Rodovia Jorge Lacerda, da Ferrovia Teresa Cristina e da SC 445, serão definidas, preferencialmente, para o uso industrial, caso as diretrizes e condicionantes da área e futuro uso assim o permitam, onde os parâmetros urbanísticos a serem adotados serão os mesmos da Zona Industrial 2 (Zl-2)”.

Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados

para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos posteriores, após

análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal.

Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores

(ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas

voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis

viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos

posteriores, após análise técnica do Órgão de Planejamento

Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de

Desenvolvimento Municipal.

Parágrafo Único: Os terrenos com testada para as vias marginais da futura via rápida, entre a Rodovia Alexandre Belloli (1ª Linha) e o limite municipal Criciúma - Içara serão considerados de uso industrial, com os parâmetros urbanísticos referentes à zona de uso ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), a faixa será de 500 metros paralela a esta rodovia.

Emenda nº 25 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009

Acrescenta parágrafo único ao artigo 148, conforme:

Visualize a íntegra do Plano Diretor na página da Prefeitura de Criciúmawww.criciuma.sc.gov.br

Page 25: Revista ACIC 37

Carvão volta ao foco

da matriz energética

O governo brasileiro evitou um recente

colapso de energia no pais acionando

as usinas térmicas a óleo, gás e carvão

mineral. Com as reservas hidráulicas

em níveis muito baixos, estas fontes

térmicas conseguem segurar o sistema

em operação porque não dependem

de condições climáticas. “A crise que se

vislumbra no setor elétrico está fazendo

com que o governo se volte para o carvão

mineral para que este minério contribua

para que se evite racionamento de

energia e apagões”, pondera Ruy Hülse,

presidente do Sindicato da Indústria da

Extração do Carvão do Estado de Santa

Catarina (Siecesc).

No estado catarinense, as minas de

carvão mineral vendem mais de 95% de

sua produção para a geração de energia

na Usina Termelétrica Jorge Lacerda, da

Tractebel Energia, em Capivari de Baixo. A

entrega contratual é de 200 mil toneladas

mês do mineral, mas, devido a crise de

energia, esta compra está na faixa de

260 mil toneladas mês. Na avaliação do

engenheiro de Minas Cláudio Benetton

Zilli, Assessor Técnico do Siecesc,

apesar de já ter chovido o suficiente para

equilibrar a geração hidráulica, o governo

mantém estratégicamente esta produção

maior de energia térmica para evitar

novas ameaças ao sistema, mantendo

mais altos os níveis

dos reservatórios das

hiderelétricas.

Neste contexto,

volta à mesa das

prioridades a discussão

em torno dos Leilões

de Energia A-5 com a

participação do carvão

mineral, suspensos

desde 2008 no país.

Em mobilização

do setor dia 19 de

março, em Brasília,

o governo federal

admitiu a realização

de novos leilões, com

a participação do

carvão mineral. Para

dar continuidade ao

assunto, está havendo

uma congregação de

esforços das Federações das Indústrias

de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul,

bem como das Assembleias Legislativas

destes dois estados produtores de

carvão mineral. Na Fiesc, o presidente

Glauco Côrte instituiu o Comitê do Carvão,

coordenado pelo engenheiro Cláudio

Benetton Zilli e, na Assembléia Legislativa,

o deputado estadual Joarez Ponticelli,

ao tomar posse na presidência da casa,

destacou as usinas térmicas a carvão

mineral entre as suas prioridades. Dia 22

de março o carvão mineral foi tema de

reunião da Fiesc, em Florianópolis, e um

próximo encontro sobre o tema está

marcado para o dia 02 de abril, em Porto

Alegre (RS). Na oportunidade, deverão

estar reunidas lideranças dos dois estados

para análise da situação e definição de

estratégias de trabalho pela valorização

do carvão mineral.

���������������CRICIÚMA

www.acicri.com.br | 25

A crise que se vislumbra

no setor elétrico está

fazendo com que o

governo se volte para o

carvão mineral para que

este minério contribua para

que se evite racionamento

de energia e apagões

Ruy Hülse, presidente do Siecesc

DESENVOLVIMENTO

Page 26: Revista ACIC 37

26 | Liderança Empresarial

A Operação Hidrotérmica

e as Térmicasa Carvão Mineral

Em 2009, publiquei esse artigo e creio ser oportuno revisita-lo

face ao momento atual onde se discute, devido ao baixo nível

dos reservatórios, o planejamento do sistema elétrico nacional.

Na mídia aparece as usinas térmica como caras e sujas. Aparece que

elas vão aumentar o custo da energia. Ocorre que na realidade é que

elas tem uma função vital na segurança energética do Brasil e seguro

tem um custo, o que podemos discutir é se o menor.

O sistema elétrico brasileiro tem característica operacional própria

e original entre os grandes sistemas do mundo, em função da

elevadíssima proporção de energia hidráulica que utiliza.

Nas usinas hidráulicas o aflúvio aos reservatórios depende da

meteorologia, com ciclos anuais e plurianuais. A otimização do uso

da energia hidráulica requer confronto entre valores presentes e

futuros, especialmente quanto à água acumulada nos reservatórios.

As usinas termelétricas têm, nesse contexto, papel relevante de

otimização do uso dos recursos hídricos, apesar de sua pequena

contribuição à geração total de eletricidade.

Cada usina termelétrica, conforme sua tecnologia e condições

de suprimento de combustíveis, caracteriza-se pela sua maior ou

menor flexibilidade na geração de energia complementar à de

origem hidráulica. Classifica-se, em função disso a sua capacidade

em uma parcela flexível e outra inflexível.

A coordenação da operação hidrotérmica brasileira, conforme

hoje se conhece, consolidou-se a partir do fortalecimento da

integração física dos sistemas elétricos sul e sudeste impulsionado

pela construção de Itaipu. Também da lei de Itaipu de 1973 veio o

princípio de ‘‘rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo

de combustíveis fósseis para geração de energia elétrica’’ e criou-se

a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) que hoje tida é um

dos vilões do custo da energia elétrica.

Na prática a programação da geração térmica complementar

é feita anualmente com base em metodologia que envolve grande

número de informações e é aplicada através de complexo modelo

de computação. Dessa programação resulta a expectativa de

consumo de combustíveis e o respectivo rateio do seu custo

total. Com essa complementação termelétrica, é possível realizar a

otimização do sistema, porque, se a térmica for flexível, quando há

água em abundância numa região, as usinas térmicas deixam de

ser despachadas e gera-se energia elétrica barata com a água que

ia ser jogada fora.

O mecanismo de otimização dos sistemas elétricos interligados,

trouxe ganhos significativos e dispêndios moderados. Fazendo uma

analise do período de 1985 a 1999, com dados do GCOI, o benefício

da operação do sistema hidrotérmico resultante do aproveitamento

de energia hidrelétrica secundária propiciado pela capacidade

flexível das usinas térmicas, e medida pelo valor da geração térmica

evitada, foi de US$ 345 milhões anuais. No mesmo período o

dispêndio médio com a aquisição de combustíveis para a geração

térmica foi de US$ 153 milhões. Em termos relativos as despesas

com a compra de combustíveis por esse mecanismo girou em torno

de 2% do faturamento total das concessionárias de distribuição do

sistema interligado que, em termos finais, traduz-se por tarifas mais

baixas para o consumidor final. Quantificando com outro método

o sistema de operação de forma cooperativa, o resultado do todo

traz mais energia do que a soma do máximo das partes. Isso fez

com que o país evitasse se sobreequipar e sobreinvestir em US$

10 bilhões em duas décadas, atendendo um mercado 24% maior

do que poderia ser atendido se o sistema fosse operado com cada

usina buscando se maximizar.

A necessária ampliação na capacidade instalada de geração, que

está sendo preponderantemente hidráulica, necessitará de energia

firme. Deve-se levar em conta que a capacidade de armazenagem

Eng. Fernando Luiz ZancanPRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DO CARVÃO MINERAL - ABCM

Page 27: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 27

de água nos reservatórios – entenda-se energia - está caindo,

em face da redução dos reservatórios por exigência ambiental: as

usinas hidráulicas antigas tinham reservatórios com capacidade de

armazenamento de 0,51 Km2/MW e hoje temos apenas 0,06 Km2/

MW. Teremos a cada vez mais a necessidade e a conveniência da

operação hidrotérmica otimizada. Espera-se uma participação de até

30 % da potência total instalada de térmicas no sistema interligado.

Portanto, aumentado-se as hidráulicas

teremos que inexoravelmente crescer

as térmicas, mas a elevada participação

hidráulica na matriz ainda deverá

perdurar ao longo das próxima década.

Tratando-se especificamente das

usinas térmicas, cabe ressaltar que na

Lei 9648/98 a CCC foi praticamente

extinta, restando apenas no sistema

isolado, que tem um conceito diferente

e não deve ser usada para efeito de

comparação.

O novo modelo do setor elétrico,

criado pelo governo Lula, que tem como

uma de suas principais premissas a

modicidade tarifária, reconheceu o

modelo hidrotérmico e suas vantagens

para a Sociedade.

O modelo de leilão para a energia

nova implementado pela MME com

gestão da EPE traz, no seu bojo, o

pagamento da disponibilidade das usinas

e ao mesmo tempo o pagamento do despacho (combustível)

inserido na tarifa paga pelo consumidor, valor variável conforme a

necessidade do sistema. A velha CCC volta de outra forma. Com

a MP 579/12, reduziu-se a conta da energia, mas os encargos

continuam a existir incluindo o pagamento dos combustíveis das

usinas térmicas. O custo do seguro é pago pelos consumidores

que precisam de garantia de energia e isso faz parte do modelo

hidrotérmico brasileiro.

Hoje temos grandes discussões sobre o aumento das tarifas,

que estão em níveis de primeiro mundo. Creio que os resultados do

modelo de leilão de energia nova devam ser reavaliados. O mercado

é muito criativo e muitas vezes as condições de contorno, ocultas

ou que não bem avaliadas pelo órgão gestor desta política, levam a

distorções no resultado esperado. Vejamos: assimetrias tributárias e

distorções nos dados de entrada nos modelos de leilão levaram a

instalação de um parque térmico exclusivamente a óleo combustível

que, se despachado acima do previsto na modelagem, elevarão o

custo final da energia ao consumidor. Portanto a modicidade tarifária

estará comprometida. Outras conseqüências são: a) o excesso de

oferta no nordeste e carência no sul e sudeste devido a restrições

de transmissão e, b) a incerteza do custo de combustível devido

à volatilidade dos preços do petróleo e do gás, que são a base

desta expansão até 2014. Entendemos que isso é um processo

de aprendizagem e, portanto, sujeito a ajustes. Leilões regionais,

modificação dos parâmetros do leilão no calculo do ICB, tal como

o uso da matriz originaria do calculo da garantia física para o calculo

do COP/CEC devem ser considerados como forma de otimização

do modelo. O MME já está fazendo leilões de reserva para biomassa

e para eólicas, porque não fazer para outras fontes? Porque não

avançar em projetos estruturantes? A visão de planejar o Pais com

usinas renováveis sem capacidade de estocar energia (eólicas, hidro

sem reservatório, PCHs) como usinas de segurança do sistema

precisa ser reavaliada. As mudanças climáticas não podem ser a

principal razão para a expansão. A baixa hidraulicidade de 2012/13

confirma a importância das térmicas e o acerto da operação do

modelo hidrotérmico.

É importante manter os benefícios da otimização hidrotérmica. Reconhecendo-se a característica essencial do nosso sistema hidrotérmico que é a necessidade de geração térmica flexível ajustada à hidrologia de cada ano. Mister se faz viabilizar a implementação de um parque térmico de usinas a carvão mineral. Adicionalmente ao exposto sobre a importância da operação hidrotérmica para o Brasil, especificamente quanto a térmicas flexíveis, cujo combustível pode ser estocado, cabe salientar as vantagens macroeconômicas do aproveitamento do carvão mineral nacional para o abastecimento de energia elétrica em nosso País, em especial: combustível em moeda nacional (sem influência do câmbio), menor impacto na balança de transações correntes, geração de emprego e renda e disponibilidade de reservas para suprir cerca de 18 mil MW em mais de 100 anos o que contribui para a segurança energética do Brasil.

Temos a certeza que se adotarmos a política energética correta, sem “demonizar” ou agregar externalidades ao custo da geração a carvão – como taxação ou compensação de gases de efeito estufa – num país que precisa crescer e usar todas suas fontes de energia para tal, teremos uma matriz equilibrada que contemplará, a modicidade tarifária - preservando nossa competitividade industrial – a segurança energética e a preservação ambiental.

Page 28: Revista ACIC 37

28 | Liderança Empresarial

ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli Salvatti

ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli Salvatti

Lideranças políticas e empresariais

da região Sul reuniram-se na Associação

Empresarial de Criciúma – ACIC no dia 22

de fevereiro para a palestra com a Ministra

das Relações Institucionais, Ideli Salvatti,

sobre o tema “Programas de Incentivo do

Governo Federal para o Setor Produtivo”. No

evento foram abordados temas relacionados

à duplicação da BR-101, investimento nos

aeroportos, influência dos portos catarinenses,

a competitividade do setor financeiro com

reduções dos juros bancários e das taxas de

energia, por exemplo, entre outros assuntos.

De acordo com o presidente interino

da ACIC, César Smielewski, as reuniões

e discussões da entidade ultrapassam a

microeconomia, sendo a macroeconomia um

destaque, já que as ações governamentais

são as maiores incentivadoras para a decisão

e realização de investimentos pela classe

empresarial. “Aproveitamos a oportunidade

e importância da Ministra na hierarquia da

Administração Federal para externar aquilo

que é recorrente nas pautas da ACIC, já que

esta desempenha uma inegável influência

na região e suas bandeiras conseguem

unanimidade por privilegiar, justamente, a

coletividade”, pontua Smielewski.

Para a Ministra, o Sul tem sido prioridade

nas discussões do Governo Federal e

Entre os tópicos discutidos, a Ministra também ressaltou que estão previstas reformas para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS e para o gás natural. “Estamos enfrentando uma verdadeira guerra fiscal no maior imposto do país que é o ICMS. Não tem sido simples, mas prevemos reformas. Além disso, prevemos mudanças para o gás natural, insumo que juntamente com a energia é o que mais impacta de modo significativo na vida econômica e empresarial brasileira”, avalia.

Para o vice-presidente da ACIC, Delir Milanez, umas das principais movimentações da região Sul envolve o setor cerâmico, e são necessárias reavaliações sobre as concessões do gás natural, assim como para as taxas de câmbio. “Estamos preocupados, pois há uma desindustrialização, ou seja,

um sucateamento da indústria nacional. Precisamos ampliar as discussões sobre o tema”, complementa.

O presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina - Siecesc, engenheiro Ruy Hülse, também aproveitou a oportunidade para solicitar apoio do Governo Federal para o carvão. “Com as recentes dificuldades energéticas enfrentadas pelo país, demonstra-se a necessidade de utilização de todas as fontes de energia. Sugerimos, portanto, que o carvão mineral seja incluído nos leilões de energia, e que sejam concedidas as mesmas vantagens para nos tornarmos competitivos como, por exemplo, linhas de crédito para modernização das minas”, relata Hülse.

Após o evento, foi realizada uma entrevista coletiva com a imprensa do município de Criciúma.

Aspectos econôminos para ampliar o desenvolvimento

�����������������CRICIÚMA

Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e portos catarinenses pautaram a discussão com empresários

por isso a importância do debate com o

setor empresarial. “Estamos em constante

preocupação em oferecer ao Sul as mesmas

condições de desenvolvimento de outras

regiões de Santa Catarina e também do Brasil.

Este debate respeita o papel relevante que

Criciúma possui frente à região, fazendo que

tenha a atenção que precisa”, destaca Ideli.

Page 29: Revista ACIC 37

BLOCOS ATUAIS(LICITADOS)

ESTADOS NÃOPRODUTORES (EX: SC)

MUNICÍPIOS NÃOPRODUTORES (REGIÃO

DE CRICIÚMA

2012

1,75%

7%

1,75%

7%

21%

21%

27%

27%

2013 EM DIANTE 2013 2020

BLOCOS NOVOS(QUE SERÃO LICITADOS)

www.acicri.com.br | 29

Quais as perspectivas para 2013? Marli Maria de Aguiar

Vice-presidente da ACIC

O fraco desempenho da economia

brasileira ficou evidente com a divulgação

dos números do PIB. A economia cresceu

0,9% em 2012, resultado que é o pior

desde a recessão de 2009 e inferior ao

obtido pela China (7,8%), Índia (5%),

México (3,9%), Estados Unidos (2,2%) e

Japão (1,9%). Apenas os países europeus

ficaram abaixo do Brasil. Mas o ponto mais

negativo, entre os números divulgados

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), foi a queda de 4%

nos investimentos. Sem a ampliação da

capacidade produtiva e logística, diminui o

potencial de crescimento da economia a

longo prazo e aumenta o risco de uma alta

na inflação.

Na esperança de reverter a queda, a

equipe econômica anunciou uma nova

tentativa de atrair investidores privados

para os projetos de rodovias e ferrovias,

oferecendo condições mais rentáveis

para os possíveis investidores privados.

Ao mesmo tempo, o governo tenta

aprovar uma lei que abre à iniciativa

privada o investimento em portos. É O RECONHECIMENTO DE QUE A ESTRATÉGIA DE USAR O ESTADO COMO INDUTOR DO CRESCIMENTO COLECIONOU APENAS UM PIB PÍFIO.

As contas públicas estão em rápida

deterioração. O relatório do Tesouro

Nacional mostrou em novembro um

rombo de nada menos de R$ 4,3 bilhões

na condução das finanças do governo

central, o primeiro resultado negativo desde

o meio de 2011. Em 12 meses, a meta do

superávit primário (sobra de arrecadação

para pagamento da dívida) ficou em

apenas 1,9% do PIB, quando deveria ser

de 3,1% do PIB.

O desequilíbrio das contas públicas leva

ao risco de atiçar ainda mais fortemente a

inflação, que também não conta com ajuda

da política monetária (política de juros),

porque a decisão do governo foi também

soltar as rédeas das emissões de moeda.

O prejuízo maior pode ser a percepção

de que os desequilíbrios da economia se

aprofundem e, com eles, se fragilize ainda

mais a confiança na política econômica.

Que alternativas as lideranças poderão

buscar para aumentar a capacidade de

investimentos em sua região?

Um país, um estado, uma região não

pode ser melhor, mais rica e mais bem

preparada do que as pessoas que a

compõem.

As lideranças de nossa região devem

se ater para as competências coletivas no

sentido de angariar recursos para o seu

desenvolvimento.

Uma das alternativas será buscar

junto ao Governo Federal uma fatia maior

na distribuição dos recursos oriundos da

receita para os Estados e Municípios.

Outra opção é o empenho no sentido

de que a divisão dos royalties do petróleo

conceda uma fatia maior dos recursos

arrecadados destinados a estados e

município onde não há produção.

Royalties são tributos pagos

mensalmente ao governo federal pelas

empresas que extraem petróleo, como

compensação por danos ambientais

causados pela atividade. Hoje, os royalties

perfazem 10% do valor do petróleo

produzido, sendo que nos blocos do pré-

sal, os royalties serão de 15%.

A expectativa dos não produtores

(como por exemplo Santa Catarina) é

ampliar de R$ 1,2 bilhões para mais de R$

8 bilhões, em 2013.

Uma distribuição em percentuais maiores para os Estados e Municípios exigirá uma maior responsabilidade, uma maior cobrança e, por conseguinte, uma gestão mais eficiente dos recursos e investimentos.

O Congresso Nacional derrubou em 07 de março os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que redistribui os royalties do pré-sal (12.734/12).

Com o fim dos vetos, Estados e Municípios não produtores de petróleo podem receber parte dos

royalties arrecadados com contratos de exploração já em vigor. Os vetos tinham o objetivo de manter esses recursos nas mãos dos Estados produtores - Rio de Janeiro, Espírito Santo e também São Paulo.

As lideranças políticas e empresariais do Sul de Santa Catarina têm para 2013 motivos muito fortes no sentido de colocarem suas competências coletivas em ação com o objetivo de buscar recursos significativos para o desenvolvimento de nossa região.

DESENVOLVIMENTO

Page 30: Revista ACIC 37

Treviso registramaior crescimentode SCCom PIB acima da média das demais cidades do estado, Treviso é selecionada para destacar a qualidade de vida no interior do Brasil

30 | Liderança Empresarial

Após a divulgação do Produto Interno

Bruto (PIB) dos municípios pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

em dezembro de 2012, o município de

Treviso entrou em pauta nas mais diversas

discussões políticas e empresariais. O

município, inclusive, foi o selecionado

catarinense a participar do programa Globo

Repórter, da Rede Globo, que em janeiro

deste ano acompanhou a cultura e os

hábitos da população trevisana. O programa

cujo tema “A boa vida nas cidades do interior

do Brasil” foi transmitido em rede nacional

no mês de março.

Toda essa movimentação ocorre

porque Treviso registrou o crescimento

mais expressivo entre as cidades de Santa

Catarina, durante os anos de 2009 e 2010.

O índice de uma das cidades mais italianas

do Sul chegou a 71,52%, bastante acima

da média de Santa Catarina que registrou

crescimento de 17,47%. Nos dados

apurados pelo IBGE, constatou-se que 224

municípios (76,4%) obtiveram crescimento,

ao contrário dos 69 municípios com

resultado negativo.

O PIB é a soma de todas as riquezas

produzidas pela cidade e a agricultura,

agropecuária, avicultura, algumas unidades

fabris e o comércio constituem a base

econômica do município de Treviso. O

destaque, porém, refere-se à extração do

�����������������TREVISO

carvão mineral. De acordo com o prefeito,

João Réus Rossi, o carvão é o principal

motivador da atual qualidade de vida

da população local, contribuindo para o

aumento do poder aquisitivo das famílias.

“Aproximadamente 75% da economia

do município provém do carvão. Hoje, é

nossa maior fonte de renda. E foi ele que

desencadeou toda essa qualidade, apesar

de seu passado e de sua relação com o

meio ambiente. Mas evoluiu muito e hoje,

com toda a fiscalização, é possível uma

produção que esteja em sintonia e respeite

o meio ambiente. Temos que considerar

também a instalação de mineradoras que

empregam nosso povo e contribuem para

a melhoria das condições de vida”, explica

o prefeito.

O desenvolvimento da cidade de

Treviso, além do fator econômico, envolve

um conjunto de ações que, para o prefeito,

são os motivos para transformarem a

cidade em a melhor para se viver. O povo

acolhedor, a gastronomia e as belezas

naturais como trilhas, lagoas e cachoeiras

são potenciais turísticos. “Por aqui ainda

temos energia elétrica em todo o perímetro

urbano e rural, transporte escolar para

100% do município, 100% de cobertura de

coleta de lixo, temos equipes da saúde da

família que abrangem todo o município, e

as nossas estradas são boas. Damos essa

O carvão como princípio

Lugar para se viver

25,2% da população de SC está concentrada

em 5 cidades: Joinville, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul. Juntas, estas detêm 37,9% do PIB

catarinense.

Page 31: Revista ACIC 37

condição para o morador da zona rural se

deslocar para o centro da cidade para

trabalhar, retornando ao final do dia para

o campo com tranquilidade”, enumera o

prefeito.

O secretário de Planejamento de Treviso,

Ernany Moreti, explica que um dos maiores

desafios é crescer em todos os segmentos,

mas de maneira organizada e atraindo

investidores. “Ainda somos um município

novo devido à emancipação de Siderópolis.

Conquistamos nossa internet banda larga

em 2007, a primeira linha de telefone em

2010, casa lotérica em 2011 e agência

dos Correios em dezembro de 2012, por

exemplo. Temos hoje esta qualidade para

os moradores que já estão aqui. Para os

que virem no futuro, é preciso, porém, que

tenhamos mais investidores que possam

gerar mão-de-obra e ofertas de emprego”.

A funcionária de uma loja de moda

e confecção, Rosimere Maria Pagani,

acredita que o município evoluiu em

diversos aspectos nos últimos anos e a

divulgação em rede nacional é benéfico

para apresentar as belezas locais. “Nós

moradores, porém, ficamos um pouco

apreensivos com essa divulgação,

devido à alta demanda que possa

aparecer por aqui. Ficamos preocupados,

principalmente, com a segurança. Mas

mesmo assim acredito que a transmissão

é ótima para movimentarmos ainda mais a

economia daqui”, avalia.

De acordo com o prefeito de

Treviso, estão previstas algumas ações

que tendem a contribuir ainda mais

para o crescimento do município. Elas

fazem de um Plano de Desenvolvimento

Econômico para diversificar a economia

da cidade. A pavimentação da Rodovia

SC-447, que liga Treviso a Lauro Müller

e a possível construção de uma usina

termelétrica, um projeto da Usina

Termelétrica Sul Catarinense (Usitesc)

são os dois principais fatores. “Com

a rodovia vamos ter o planalto serrano

interligado ao litoral, ou seja, turismo

para o ano todo com o verão ligado

ao inverno. E quanto à termelétrica,

estimamos a geração 1.200 empregos

diretos e cerca de 5 mil indiretos”,

ressalta João.

Moreti acrescenta que o

prolongamento da ferrovia, de Siderópolis

a Treviso, também é fundamental para

atrair investidores para a região, pois

ligaria, por exemplo, o município ao Porto

de Imbituba. “Já temos o projeto pronto

e todos os estudos sobre os impactos

ambientais. O que falta é a aplicação de

fato”, pontua.

“Crescer continuamente, de maneira

ordenada e com qualidade é nosso

desafio maior. Para nós foi um orgulho

sermos reconhecidos entre as cidades

catarinenses para o programa em rede

nacional. Acredito que vai despertar o

interesse de grandes investidores. E

isso mostra que estamos no caminho

certo”, conclui o prefeito.

PERSPECTIVASPARA O FUTURO

Page 32: Revista ACIC 37

32 | Liderança Empresarial

Uma ferramenta que cabe na palma da mãoOs famosos aplicativos estão agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxílio para o trabalho

����������������� ���CRICIÚMA

A tecnologia está cada vez mais a nosso

favor e quando o assunto é ferramenta de

trabalho então, as empresas fabricantes de

celulares e computadores não poupam idéias

e lançam frequentemente produtos novos no

mercado. Com a chegada dos smartphones,

acessar a internet se tornou muito mais

rápido e fácil, facilitando também a vida do

empresariado que necessita diariamente

consultar agendas, e-mail e etc. Há cerca de

três anos, outro xodó dos “tecnomaníacos”

vem tomando conta do mercado digital. Os

tablet’s já ocupam o lugar dos computadores

portáteis como, notebooks e netbooks.

Anotar tudo em uma agenda já é coisa

do passado pra muita gente, hoje se tornou

prático depositar a confiança e a rotina

profissional na tela de um celular ou tablet. É

possível compartilhar informações e carregar

milhões de anotações, projetos e documentos

na palma da mão, deixando pra trás os antigos

portfólios, álbuns de fotografia ou até mesmo a

famosa agenda.

Neste universo de novidades, o

consumidor pode optar por celulares mais

equipados como os aparelhos da Apple,

com sistema IOS, ou de outras marcas

com sistema Android. A diferença está na

velocidade do processador, sensibilidade

ao toque, capacidade de armazenamento,

aplicativos, durabilidade da bateria entre outras

funções.

De acordo com o coordenador de

vendas da LJ informática, Lourival Henrique

Júnior, o Brasil ainda está atrasado para o uso

de tanta tecnologia. “Os produtos chegam

para nós bem depois que são lançados.

Outro problema é a internet. Não temos 3G

em todos os lugares e a velocidade é baixa”,

explica.

Mesmo assim, toda tecnologia tem

atraído os olhares do empresariado e dado

aquela “mão na roda”

na correria do dia-a-

dia. Para o profissional

da área de marketing,

jovem empreendedor,

Renan Fogaça, depois

da chegada dos

smartphones organizar

as tarefas da semana

fica mais fácil. “Além de

eu usar o Iphone como

celular para trabalho, ele

é portátil e eu levo para

todos os lugares. Tenho

tudo em um único aparelho,

faço fotos, recebo e mando

e-mails, faço pesquisas

rápidas na internet quando

encontro redes wifi ou 3G. É

muito útil”, comenta.

Os tablet’s e smartphones

já são ferramentas de trabalho

indispensáveis. Em 2012, a venda

destes aparelhos em Criciúma dobrou

e o perfil do comprador é variado.

“Quando o Ipad foi lançado era muito

caro, depois vieram outros tablet’s mais

baratos e ficou mais acessível para o

consumidor. No natal esgotamos nosso

estoque e vendemos para crianças, jovens,

mas para muito adulto que precisava para

usar no trabalho”, revela o coordenador de

vendas.

Segundo Lourival, diversas empresas

já têm adotado os aparelhos como

ferramenta para os funcionários. “Fizemos

vendas em conjunto para empresas. As

pessoas querem cada vez mais um

material leve e que se apresente melhor

para o cliente. Muitos representantes já

estão adotando o tablet ao invés do

portfólio ou o notebook”, conta.

Page 33: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 33

ELEMENTOS DA TECNOLOGIA

Confira alguns aplicativos que a equipe da revista

Liderança Empresarial selecionou para você, que

como todo profissional do milênio, vive atarefado.

É um scanner para cartões de visita. Em

um clic, você fotografa o cartão e o software

reconhece nome, empresa, e-mail e telefones

criando um novo contato automaticamente na

agenda do aparelho. É ideal para quem possui

muitos cartões de visita e não tem paciência

de procurá-los ou até mesmo espaço para

guardar. Compatível: iPhone e Android.

Sincroniza automaticamente todos os

seus documentos do Google Docs. É

compatível com os formatos do Office,

PDFs, fotos e vídeos. Indicado para

fazer apresentações de PowerPoint,

consultar planilhas e ainda escrever

textos no tablet da Apple. Os diferentes

tipos de arquivos ficam agrupados por

pastas. Compatível: sistemas iOS (iPad

e iPad 2).

O aplicativo nada mais é do que uma espécie

de HD virtual. Uma pasta que armazena

dados, podendo modificar e salvar pelo

aplicativo a qualquer momento sem ocupar

espaço na memória do aparelho. Compatível:

iPhone e Android.

É uma agenda digital que permite controlar

horários e compromissos. Para prestadores

de serviço que cobram por hora, permite

controlar o tempo para cada cliente ou

projeto. Compatível: iPhone.

Voltado para quem precisa editar e não

apenas ler os arquivos do programa Office,

da Microsoft. É compatível com a maioria das

versões do Office, de 1997 a 2007. Permite

criar textos no Word, planilhas do Excel e

apresentações do PowerPoint. Também é

um leitor de arquivos em PDF. Há uma versão

gratuita do programa, mas não permite a

edição dos arquivos. Compatível: sistemas

iOS e Android

De maneira criptografada, o aplicativo

permite realizar transferências do seu

computador do trabalho para um

e-mail ou exibi-lo no tablet. Desta

maneira, é possível acessar um

arquivo importante caso você tenha

esquecido de levar para uma reunião,

por exemplo. É preciso instalar

o programa no seu computador

também. Compatível: sistemas iOS e

Android.

Versão para dispositivos móveis da

rede social para negócios. Permite

ter acesso ao perfil de outros

empreendedores e executivos e

criar ou manter o próprio networking.

Compatível: iPhone e Android.

Aplicativo que permite verificar o horários dos

voos, se estão com atraso, informações do

trânsito e rotas para chegar aos aeroportos.

Compatível: iPhone e Android.

CamCard

HoursTracker LinkedIn

Vôos Online

Logmein

Memeo Connect Reader

Dropbox

DocumentsToGo

Aplicativo que permite acessar o

computador do escritório em qualquer

lugar. É uma boa ferramenta para o

empreendedor que passa o dia fora do

escritório supervisionando sua equipe

ou se reunindo com fornecedores e

precisa consultar algum documento

salvo no computador da sua sala.

Compatível: iPhone e Android.

TeamViewerIBIS CRICIÚMA

Nossos quartos modernos são tranquilos, com isolamento acústico e ar condicionado.

O acesso Wi-Fi é gratuito.Para sua reunião oferecemos uma confortável

sala de convenção com 50m².

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Page 34: Revista ACIC 37

Uma empresa que produz um produto

com a marca de outra empresa. Este é o

princípio de um empreendimento Private

Label (PL) que pode atuar nos mais diversos

segmentos como acessórios, eletrônicos,

alimentícios, confecções e até mesmo

cartões de crédito. Trata-se de um modelo

de negócios em que a empresa detentora

de uma marca, geralmente grandes redes

varejistas, terceiriza o processo produtivo,

focando-se assim nas vendas e divulgação

da própria marca e não no ciclo operacional

da mercadoria.

Localizada em Criciúma, a Ufo Way

é uma empresa de confecção 100%

Private Label. Contando com um grupo de

aproximadamente 300 colaboradores diretos

e produção média de 200 mil peças por

mês, é administrada pelo fundador e diretor-

presidente, Valdir Moretto, e seus dois filhos

Dickson e Grasiela Moretto, diretores de

produção e administrativa, respectivamente.

A empresa, fundada em 1987, possui

parque fabril especializado no segmento de

jeans, trabalhando com diversas variações

dele em camisas, calças, bermudas, saias

e coletes, por exemplo.

O processo produtivo inicia com o

desenvolvimento de um protótipo, uma

peça modelo que será apresentada ao

cliente, de acordo com suas exigências

e necessidades. Basicamente, inicia no

setor de estilo, recebe cadastro no sistema

para ordem de produção, segue para

a modelagem, encaixe, corte, costura,

lavanderia, e customização para os

acabamentos e inserção das etiquetas

externas. Um período que leva de três a

quatro dias até a entrega do modelo para a

análise e aprovação do cliente.

Além de São Paulo e Fortaleza, a matéria-

prima é importada do Paquistão, segundo

o diretor de produção, Dickson Moretto.

Quando o protótipo é aprovado pelo cliente,

iniciam os procedimentos em larga escala

em um período que leva aproximadamente

45 dias. “Somos uma ferramenta na mão

de nossos clientes, uma empresa que

industrializa o produto e entrega na loja do

cliente já etiquetado e pronto para a venda.

Nós ditamos e vendemos moda, além

de um fast fashion comprometido com as

principais tendências mundiais, e o cliente é

o responsável pela divulgação da loja, pelas

�����������������CRICIÚMA

Eles são “fashionistas”

A moda da confecção Private Label

Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e internacional a partir de um modelo de negócios em expansão no Brasil

34 | Liderança Empresarial

Page 35: Revista ACIC 37

Quando iniciou os trabalhos em 1987, Valdir Moretto, hoje aos 58 anos, não contava com nenhuma experiência no segmento da confecção. As primeiras atividades no ramo, inclusive, envolvia apenas comprar roupas de outras empresas e revender para outras lojas, principalmente do Sul, em Porto Alegre, e também na fronteira do país com o Uruguai.

“Nasci em Siderópolis e com origem no campo, com os pés no chão e no meio da mata. Sou o mais velhos de 12 irmãos. Aos 16 anos saí de casa para aprender mecânica, trabalhando um ano inteiro de graça para aprender a mexer com automóveis. Meu primeiro emprego foi na Jugasa”, relembra Valdir. Em 1974 passou a trabalhar na Prefeitura de Criciúma, acreditando hoje, que na época foi um dos funcionários os quais ajudaram na construção da Avenida Centenário.

“No dia 1º de abril de 1977 comecei a trabalhar na mina, e no dia 4 nasceu meu primeiro filho. Eu estava embaixo da mina e nunca esqueço como tudo aconteceu. Mais ainda quando fui para o Pará, em 1983, para trabalhar em uma mina na selva Amazônica. Foram quatro anos muito difíceis, pois não existiam recursos, comunicação, rodovias. Para chegar lá

só de barco ou avião. Foi uma superação também porque fiquei oito meses sem ver minha família”.

O retorno para Criciúma aconteceu em 1987, quando deu início às atividades voltadas às roupas. Para Valdir, foram muitos anos de aprendizado, experiência e dificuldades com negócios mal realizados e até de saúde. Porém, perseverança é uma palavra a qual ele se identifica muito. “Passei por muitas dificuldades neste meio tempo, mas sempre tive uma perseverança muito forte de vencer. E fui pegando conhecimento e absorvendo as experiências. E isso vale para qualquer atividade, ou seja, deve-se acreditar e ter prazer no que se está fazendo, com capricho e dedicação. Sem esquecer, de modo algum, de respeitar e valorizar as pessoas que estão a sua volta”.

As demais metodologias de trabalho da Ufo Way, em confecção, foram sendo reduzidas de forma gradual até a especialização em Private Label há aproximadamente dez anos. São duas unidades em Criciúma, incluindo um parque fabril que está sendo ampliado de sete para 12 mil m². A empresa também ampliou sua atuação nos segmentos de terraplanagem e transporte de cargas secas.

vendas e todo o trabalho de marketing da

marca. Não queremos ser a maior, mas

uma referência no segmento PL para as

grandes redes. Essa é nossa missão”,

destaca Dickson.

De acordo com Grasiela, a Ufo Way

atende a grupos importantes de magazines

do mercado nacional e internacional, além

de marcas de médio e pequeno porte.

Os desings são inspirações de viagens

de pesquisa, principalmente ao continente

Europeu, em busca de informações de

outras marcas que são referência no

mercado. “Montamos uma coleção sempre

dentro das necessidades e do foco de cada

cliente, sendo preciso, portanto, entender

a essência de cada um. Os últimos cinco

anos foram muito bons, com todas as

metas alcançadas e com perspectivas de

crescimento já definidas até 2020”, revela.

www.acicri.com.br | 35

UM HOMEM DE NEGÓCIOS

Page 36: Revista ACIC 37

Esmalglass lançainsumos paraimpressão HD����������������� ���CRICIÚMA

Vista aérea da unidade fabril e equipe Esmalglass Morro da Fumaça

Na última edição da revista Liderança

Empresarial, trouxemos as três empresas

Criciumenses que foram premiadas pelo

Guia das revistas Você S/A e Exame por

estarem entre as 150 melhores empresas

para se trabalhar no Brasil. Nesta edição,

você vai conhecer outra vencedora do Sul,

que além de ter alto grau de satisfação

dos colaboradores, foi elencada pela

revista Mundo Cerâmico como a melhor

empresa fornecedora de colorifícios,

insumo fundamental para a produção do

porcelanato.

Participando pela primeira vez do

Guia, alcançar o prêmio ainda não era o

principal motivo da inscrição. De acordo

com o gerente de design e marketing

da empresa, Júlio César Napoli, estar

entre as 150 melhores empresas para se

trabalhar era uma meta traçada para 2015.

“Fizemos um planejamento estratégico e

estruturamos diversas metas para alguns

anos. Uma delas era estar no prêmio da

revista Você S/A e Exame, porém, veio mais

cedo do que esperávamos. Planejamos

para 2015, então no ano passado nos

escrevemos para ver como funcionava na

prática”, explica.

Em 2011, o Guia recebeu cerca de

600 inscrições de empresas de todo o

país, o que dificultou os trabalhos dos

jornalistas do Guia e os profissionais da

Fundação Instituto de Administração (FIA),

responsável pela metodologia do anuário

desde 2006. Juntos, Guia e FIA, realizam

um trabalho baseado em uma rigorosa

seleção e análise.

Para Júlio, na prática, concorrer ao

prêmio não é tão fácil quanto parece.

“Todos os nossos funcionários foram

entrevistados. Os diversos questionários

amplos e específicos demandaram tempo

e horas extras para responder”, conta.

Como de praxe, após a inscrição e

preenchimento de todos os questionários,

a Esmalglass também recebeu a visita dos

jornalistas do Guia. “Ficamos surpresos

também com a autenticidade do concurso.

Todo o material de questionário veio

lacrado. Já quando recebemos a visita

dos representantes da revista, sentimos

que gostaram da empresa, pelo asseio do

ambiente, mas, também não esperávamos

um resultado tão satisfatório”, revela.

Junto com a conquista, estar entre as

150 melhores para se trabalhar não quer

dizer ser uma empresa 100%. Como todas

as outras, a Esmalglass também recebeu

um relatório com sua pontuação e além

dos pontos altos e positivos na satisfação

do colaborador, conheceu também os

pontos a serem melhorados. “Gostamos

de receber o relatório e conhecer estes

pontos que podemos melhorar. Alguns

já estavam em planejamento e outros já

estamos nos moldando para alcançar

maiores patamares em qualificação”,

afirma.

Prêmio Mundo Cerâmico

Além de estar entre as 150 melhores para se trabalhar, em 2012, a Esmalglass foi lembrada mais uma vez pela revista Mundo Cerâmico, uma das mais conceituadas no ramo. A publicação, que premia os melhores fornecedores para empresas fabricantes de porcelanato, elencou pela 9ª vez, em 10 anos, a Esmalglass como melhor fornecedora de colorifícios.

“É muito gratificante recebermos pelo 9º ano este prêmio. Para estar na Revista Mundo Cerâmico, temos que ser citados pelos nossos clientes. O processo de seleção é direto, eles perguntam quem é o melhor fornecedor em determinado produto e aí sai o resultado”, explica.

36 | Liderança Empresarial

Page 37: Revista ACIC 37

Há 35 anos no mercado mundial,

o Grupo Esmalglass – Itaca possui 11

sedes espalhadas por oito países. De

origem espanhola, o Grupo chegou ao

Brasil em 1988 e montou sua primeira

fábrica em Criciúma. Com o crescimento

em ritmo acelerado, em 1994 transferiu-

se para Morro da Fumaça onde opera

atualmente.

Hoje, a Esmalglass é uma das

líderes no mercado nacional em

desenvolvimento de produto: fritas,

esmaltes, corantes, tintas para

impressão digital e granilhas. Além disso,

a empresa fornece assistência técnica,

design de produto, auxilio e soluções

para o cliente.

Acompanhando toda tecnologia,

a empresa também está à frente

em insumos para impressão digital.

“A impressoras HD mudaram todo

o conceito de fabricação, pode-se

imprimir qualquer tipo de imagens e até

fazer porcelanatos em auto relevo e a

Esmalglass está sempre inovando neste

tipo de insumo”, comenta.

O Grupo, que passou por uma

recente reestruturação, está preste

a lançar na Espanha, novidades em

esmaltes e efeitos para impressão digital.

“Assim que os produtos forem lançados

na matriz, automaticamente começamos

a vender e produzir aqui em Morro da

Fumaça também”, finaliza.

LANÇAMENTOS

Page 38: Revista ACIC 37

Há mais de 40 anos no mercado

industrial de máquinas e equipamentos, as

Empresas ICON construíram desde 1972

uma história de tradição e credibilidade,

baseada no trabalho em equipe,

dedicação e profissionalismo. Com fortes

clientes espalhados pela América latina,

a ICONpassa a ocupar um novo nicho

de mercadocom o lançamento da ICON

Implementos Rodoviários.Um projeto

ousado, feito por quem entende do

assunto e que mais uma vez, coloca uma

empresa criciumense entre as melhores

fornecedoras de equipamentos.

A empresa, que já produziu uma

linha de patrolas, aproveitou a vocação

e resolveu abrir um novo ramo dentro

do grupo com dois objetivos principais,

aproveitar melhor o parque fabril e

trabalhar com um produto de venda mais

regular. “O fato de termos produzido uma

linha de patrolas nos despertou esta ideia.

Como atualmente trabalhamos com um

mercado muito oscilante, decidimos optar

por trabalhar também com implementos

rodoviários já que é mais constante”,

explica o gerente comercial, engenheiro

Henrique Becker Serafim.

Optar por um ramo de grande

competitividade exigiu da ICON a

excelência em profissionais capacitados.

De acordo com o engenheiro Mauro

Losso, a empresa oferecerá produtos com

a mesma qualidade dos atuais produtos.

“Trouxemos técnicos especialistas para

fazer parte da equipe. A ICON é conhecida

por produtos de alta qualidade e nós

começamos um novo braço da empresa

com os melhores profissionais do ramo na

região”, comenta.

Mauro afirma que esta é uma linha

de implementos rodoviários segmentada,

que vem atender um público exigente em

estética e qualidade. “Oferecemos aos

clientes a possibilidade depersonalização,

customizando os implementos de acordo

com as necessidades de cada cliente”,

explica.

Com uma marca sólida ereconhecida

no Brasil inteiro, a ICON Implementos

Rodoviários já entrou no mercado com

confiança. “Queremos nos tornar líder do

ramo”, assegura Losso. Em 2013, o novo

ramos daempresa que já atinge vendas

nos três estados do sul, espera expandir

os negócios e aproveitar o mercado que

está aquecido com a copa em 2014.

“Visando o momento nos próximos quatro

anos, com o Brasil sendo sede da copa

do mundo, vamos ter um ponto alto da

construção civil. Portanto, concluímos que

era uma boa hora de entrar neste ramo”,

complementa Serafim.

Com um sistema de vendas por

representação, a ICON projetou para

este ano, concluir toda a estrutura de

vendas no país, complementar o mix

de produtos e consolidar a marca. “A

expectativa é de um mercado bastante

dinâmico. Temos um mixdiversificado na

linha dos implementos rodoviários e com

isso estamos confiantes.” Acrescenta o

gerente comercial.

38 | Liderança Empresarial

ICON inicia operação da unidade de Implementos Rodoviários

����������������� ���CRICIÚMA

Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança uma novadivisão da empresa que já atua na América latina com máquinas e equipamentos

Planejamento

Page 39: Revista ACIC 37

A ICON Implementos Rodoviários entra

no mercado com 12 produtos e deverá

atingir até o final do ano, toda linha leve e

pesada para caminhões. Os produtos são

confeccionados sob medida e tem um

prazo de entrega de até 30 dias

Com poucos mesesa ICON Implementos

Rodoviários já vem contabilizando um

bom retorno do mercado e agradando

o consumidor. “Apesar de sermos novos

no ramo, já recebemos elogios de vários

clientes. A partir de2013 o mercado deve

aquecer e isso já está refletindo na empresa.

O mercado está respondendo com boa

receptividade”, afirma Losso.

A Retroterra Terraplanagem foi um dos

primeiros clientes da empresa,começou

comprando uma caçamba de 15 metros

cúbicos. Para o diretor técnico, Nidson

Colombo, a ICON passa segurança por

sua tradição no mercado. “Acredito que

fomos um dos primeiros clientes da ICON

Implementos Rodoviários e o fato de ser

www.acicri.com.br | 03

QUALIDADE APROVADA PELO CLIENTEuma empresa reconhecida nacionalmente

nos deixou muito seguros na hora de fechar

negócio”, comenta.

Com uma frota de 30 caminhões, a

Retroterra jáadquiriu três caçambas com

a ICON. “A empresa presta um excelente

serviço, além de estar sempre a disposição

para qualquer acabamento”, finaliza.

PRINCIPAISPRODUTOS DA LINHA LEVE

PRINCIPAISPRODUTOS DA LINHA PESADA

Caçamba Basculante

Caçamba Standard

Caçamba Basculante Reforçada

Caçamba Basculante Linha Minério

Caçamba Basculante Abertura Lateral

Caçamba Basculante Graneleira

Semirreboque Porta-Contêiner

Semirreboque Carga Seca

Semirreboque Graneleiro

Semirreboque Basculante

Semirreboque Basculante Vanderléia

Semirreboque base

CIPAISCIPAIS CIPAISCIPAIS

Page 40: Revista ACIC 37

Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito Presidente da Boa Vista Serviços afirma

que novo cadastro beneficia consumidores e fornecedores de empréstimosBoa Vista Serviços S/A

40 | Liderança Empresarial

O consumidor brasileiro e as instituições

financeiras que concedem crédito tiveram

uma boa notícia com a publicação, no Diário

Oficial da União, do decreto que regulamenta

o Cadastro Positivo. “Trata-se de uma evolução

que traz grandes benefícios à sociedade

brasileira”, afirma Dorival Dourado, presidente

da Boa Vista Serviços, maior empresa de

capital nacional de informações e dados

sobre crédito, que administra o SCPC.

Dorival lembra que com o Cadastro Positivo

haverá um importante salto de qualidade no

mercado de crédito com a inclusão de mais

dados (inclusive os positivos) sobre o histórico

de pagamento dos consumidores. Com mais

informações sobre seu comportamento, o

consumidor poderá ter acesso ampliado e em

condições mais favoráveis aos empréstimos,

enquanto as empresas que concedem crédito

passam a ter mais ferramentas para medir o

risco das operações de maneira segura, entre

outras vantagens.

“O Cadastro Positivo é um mecanismo

transparente, que cria um novo paradigma no

setor”, garante Dorival Dourado. “O consumidor

– sobretudo o de menor renda que não tem

acesso ao crédito – ganha condições de

ingressar nesse mercado e como condutor

de seu histórico, já que poderá acompanhar

quem está utilizando suas informações (que

podem ser por ele excluídas ou incluídas).

Além disso, deve-se lembrar que a legislação

determina que a inclusão no cadastro só pode

ser feita com autorização do consumidor. Já

as concedentes têm a possibilidade de fazer

propostas diferenciadas aos clientes, além de

conhecê-los melhor com o acesso também a

informações positivas. O mercado, assim, só

tem a ganhar”.

Na avaliação do presidente da Boa Vista,

o Cadastro Positivo será adequado também

nesse momento em que o setor de crédito

vive um quadro de mudanças, com a entrada

de milhões de novos consumidores nos

últimos anos. Essa situação exige ferramentas

apropriadas para todos os participantes do

mercado e o Cadastro Positivo encaixa-se

nessa necessidade, como ficou comprovado

nos outros países em que foi adotado.

Dourado lembra que ainda há etapas

a cumprir em relação à regulamentação do

Cadastro Positivo, que será feita por órgãos

do governo. Ele ressalta que é necessária

especial atenção com a credibilidade do

mercado, com a constante fiscalização

do comportamento das empresas que

trabalharão com dados do Cadastro Positivo.

“É preciso que essas empresas sejam

comprovadamente idôneas, com atuação

dentro de elevados padrões de governança,

atendendo aos requisitos de confiabilidade e

segurança”, afirma o presidente da Boa Vista.

“Também é preciso monitoramento quanto

ao cumprimento da exigência de capital

mínimo para as companhias que trabalharão

com o Cadastro Positivo, para evitar que várias

empresas de menor porte se juntem e façam

uma ‘soma’ que permita chegar ao nível

exigido, apenas para atender à exigência – o

que pode significar a entrada de companhias

sem tradição nem confiabilidade para atuar

em um segmento tão importante”.

Com esses cuidados, assegura Dorival

Dourado, será possível garantir que uma

ferramenta importante como o Cadastro

Positivo produza todos seus impactos no

mercado de crédito: “Dessa forma, essa

nova ferramenta poderá criar uma nova

dinâmica no setor, com maior competição

entre os concedentes e reconhecimento dos

bons pagadores, com reflexos na melhora

da oferta e no acesso aos empréstimos por

parte, sobretudo das camadas de menor

renda da população”.

A Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coloca ao seu alcance as melhores soluções para a tomada de decisões de crédito e gestão de negócios. É a única empresa do segmento de serviços de informações comerciais com controle nacional. São mais de 350 milhões de informações comerciais sobre consumidores e empresas e mais de 42 milhões de registros de transações.

A empresa também se destaca no mercado pela inovação e pelo contínuo investimento em tecnologia, além de sua capilaridade nacional conquistada por meio de parceria com mais de 2,2 mil entidades de classe, distribuidores, revendedores autorizados e escritórios regionais.

Com sua ampla oferta de soluções para todos os segmentos da economia, a Boa Vista também possui serviços e soluções

que ajudam o brasileiro a cuidar bem do seu nome, prevenindo-se contra fraudes e a usar o crédito de forma sustentável. A Boa Vista Consumidor Positivo é uma vertical da empresa que possui serviços voltados exclusivamente para o consumidor como a campanha “Acertando suas Contas”, maior iniciativa de promoção da sustentabilidade do crédito no País, o serviço de utilidade pública “SOS Cheques e Documentos”, que aumenta a prevenção contra fraudes, o serviço “Consulta de Débito” e diversas iniciativas de Educação Financeira.

A Boa Vista também apoia a efetiva implantação do Cadastro Positivo no país, contribuindo para que mais brasileiros tenham acesso ao crédito e os diferentes segmentos tracem suas estratégias de negócio a partir de uma melhor compreensão dos consumidores no mercado brasileiro.

A BOA VISTA SERVIÇOS Para mais informações, visite o site www.boavistaservicos.com.br ou ligue para (11) 3003-0101

Page 41: Revista ACIC 37

Obras do Centro Empresarial seguem em ritmo aceleradoObras de ampliação do centro empresarial da ACIC correm dentro do cronograma

e deverão ser entregues até o final de novembro

Em poucos meses, a obra de

ampliação do centro empresarial da ACIC

foi ganhando corpo. Os trabalhos que

iniciaram em setembro de 2012, ocorreram

em ritmo acelerado e já partem para as

etapas de reboco externo, instalações

hidráulicas, elétricas e preventivo de

incêndio. De acordo com o engenheiro

responsável, Flávio Souza Neto, a obra

deverá ser entregue dentro do prazo.

“O andamento da obra segue em ritmo

satisfatório, tanto para a direção da ACIC e

fiscalização, quanto para nós da engenharia

Castanhel. Não tivemos nenhum imprevisto

e deveremos entregar a obra até o final do

mês de novembro”, afirma.

No bloco C, onde deverá abrigar o

novo auditório modular de 939,46 mt² e

com capacidade para 540 lugares, toda a

estrutura metálica já foi finalizada, incluindo

a de cobertura com a colocação das calhas

e rufos de acabamento. “Seguimos com os

trabalhos de alvenaria neste bloco, sendo

que estamos próximos a 100%, avançamos

também com o reboco externo. Neste bloco

já realizamos toda a tubulação para o sistema

preventivo de incêndio”, explica Souza.

Já no bloco D, que possui um espaço

de 2.164,3 mt², com três andares e salas

para entidades parceiras, foi concretado a

última laje do prédio e iniciado a alvenaria,

que está com 50% concluída no térreo.

“Paralelo a estes serviços seguem as

etapas de instalações hidráulicas, elétricas

e preventivo de incêndio. A estrutura de

concreto esta 90% concluída devendo ser

finalizada ainda no inicio do mês de abril”,

garante o engenheiro.

Para Flávio, um dos pontos mais

importantes na obra foi não ter registro

de nenhum acidente de trabalho. “Minha

avaliação para esta obra é a melhor

possível. Estamos com o cronograma em

dia, não tivemos nenhum imprevisto que

atrapalhasse o andamento e estamos tento

todo o suporte necessário tanto da direção

da Acic, quanto da fiscalização para

seguirmos com o trabalho. Porém, outro

ponto que deve ser destacado, é de que

não tivemos nenhum acidente de trabalho

até o momento”, enaltece.

Segundo o presidente da Associação

Empresarial de Criciúma – ACIC, Olvacir

Bez Fontana, as obras de ampliação

representam avanço para os trabalhos

dos empresários da região. “Trata-se

de uma obra importante porque irá abrir

novos espaços para as atividades do setor,

para convenções de vendas e realização

de grandes palestras, por exemplo,

fortalecendo nosso objetivo de ser a

biblioteca do empresário”, pontua Fontana.

Mensalmente, mais de 300 eventos

comerciais, de qualificação, entre outros, são

realizados nos 11 auditórios da ACIC. A partir

da ampliação, a entidade vai receber mais três

mil metros quadrados de área construída. As

obras contam com recursos do Funturismo,

com o apoio também da Secretaria de Estado

de Turismo, Cultura e Esporte e do Governo

de Estado de Santa Catarina.

A diretoria da ACIC, juntamente com a equipe responsável pela obra, decidiu em reunião no último mês, por algumas alterações na obra visando a melhoria da estrutura. O novo auditório modular receberá um camarim, e uma sala de apoio anexo ao palco. Além disso, foi contratado um escritório especializado em acústica para a realização de um projeto de tratamento e acústica para o novo auditório. “Estamos aguardando a conclusão deste projeto para darmos sequencia nas obras do bloco C. Devemos estar recebendo este projeto até o final do mês de março”, finaliza.

����������������� ���CRICIÚMA

MUDANÇAS NO PROJETO

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Page 42: Revista ACIC 37

42 | Liderança Empresarial

A maior concentração de empreendedores brasileiros em estágio inicial encontra-se entre os 25 a 34 anos com uma porcentagem de 35,45%, seguida pela faixa etária entre 35 a 44 anos. Estas são estatísticas do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), programa de pesquisa de abrangência mundial sobre as atividades empreendedoras.

Entretanto, a participação de jovens no mercado de trabalho aumenta quando considerados os 19,54% empreendedores que estão entre a faixa dos 18 a 24 anos. Isso significa, segundo a pesquisa, que “o empreendedorismo é considerado pelos mais jovens como uma opção consistente de carreira”.

Em meio ao trabalho diário que envolve planilhas que contemplam preços de fornecedores, administração dos custos e gastos, relatórios de vendas e pesquisa de mercado, Laís Soratto, aos 24 anos, já administra seu próprio negócio. Os ensinamentos sobre cuidados com o dinheiro e a importância de um trabalho árduo vieram dos pais desde criança, mas a ideia partiu da época em que cursava Economia na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Hoje, Laís comanda o primeiro restaurante de Criciúma especializado em gastronomia oriental, o Saikoo Sushi Bar.

“Mesmo se tratando de um pequeno restaurante, gosto de compará-lo a grandes empresas, sempre elaborando metas e projeções. Por meio do Saikoo tive muitas boas oportunidades e consegui fechar outros tipos de negócios, os quais irão permitir que ainda neste ano, inauguremos um outro tipo de restaurante”, comemora Laís.

Um olhar e vários clicksA fascinação pelas artes desde

criança, principalmente pela fotografia,

foi a motivação para Celso Pieri, há seis

anos, aliar sua vida pessoal à profissional.

Hoje, aos 25 anos, Celso atua como

fotógrafo de casamentos, eventos e

books fotográficos em diversas cidades

da região Sul, além de ministrar oficinas de

fotografia em universidade e possuir seu

próprio negócio, um estúdio fotográfico.

“É uma aprendizado a cada dia.

São com os obstáculos que venho

aprendendo a administrar e investir no

meu próprio trabalho. O mais bacana é

que em minha profissão a idade não pesa.

O que permite eu conquistar o cliente é o

meu portfólio e não se tenho muitos anos

de experiência”, destaca Celso.

Como fotógrafo, o jovem se considera

um empreendedor o que foi possível

também a partir do aperfeiçoamento,

na busca de inovações e em oferecer

aquilo que os clientes desejam. “Hoje me

considero assim depois de alguns cursos

que realizei pelo Sebrae. Minha profissão

é fotógrafo, possuo formação acadêmica

e, no momento, estou concluindo pós-

graduação em Arte e as Perspectivas

Contemporâneas. Os meus maiores

desafios são administrativos, já que no

início eu não sabia contabilizar o caixa,

os orçamentos e os lucros. Porém, tenho

aprendido muito e estou percebendo

nos últimos meses o resultado positivo”,

destaca Celso.

Para o presidente do Núcleo de

Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar início a uma carreira profissional promissora

�����������������CRICIÚMA

Mais que jovens,são empreendedores

Page 43: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 43

Inaugurado em novembro de 2009,

no Saikoo Sushi Bar o protagonista só

poderia ser o próprio sushi. Porém, são

várias opções desde buffet a kilo, festival

de sushi e à la carte, incluindo também

pratos quentes como o Yakissoba, Tepan

Yaki, e opções de entradas como ostras

gratinadas e empanados de frutos do mar.

Laís explica que devido à especificidade

da culinária, o custo de mercadoria de

um restaurante japonês chega a ser

cinco vezes mais alto quando comparado

aos ingredientes tradicionais. “Como,

por exemplo, o vinagre e o arroz. Sem

contar os insumos principais, os peixes,

que possuem forte volatilidade em sua

disponibilidade”.

Em busca de melhorias e do

aperfeiçoamento, a interação com os

clientes também são essenciais para a

jovem empreendedora. Em horários de

maior movimento, o restaurante chega a

atender 100 pessoas. “As pessoas foram

sempre muito queridas e receptivas.

Desde quando inauguramos, sempre

tivemos clientes que procuram nos dar

Ingredientessaudáveis

Jovens Empreendedores de Criciúma – AJE,

Eduardo Zini, enfrentar o mercado cada vez

mais competitivo é um desafio diário e que o

sucesso vai além do diploma no currículo. “A

cada dia, milhares de jovens são lançados

no mercado e enfrentam muitas dificuldades

em obter oportunidades de trabalho que lhe

possibilitem uma carreira promissora. Frente

a essa situação, cresce muito o número de

jovens que encaram o desafio de ter a sua

própria empresa e aproveitam o fato de terem

acesso fácil a informações com a facilidade

em quebrar paradigmas para conseguirem

inovar e se destacar no mercado em que

atuam”, pontua Zini.

Para Laís, a competitividade faz

parte do processo e não somente para

a nova geração, sendo importante o

aperfeiçoamento constante por meio de

cursos, consultorias, coachings e palestras.

Saber exercer uma boa liderança diante da

equipe composta por 15 colaboradores

é seu maior desafio. “Fico impressionada

com a quantidade de jovens que vêm se

destacando no mercado de trabalho. Mas

vejo que os jovens estão tirando de letra esta

competitividade. É imprescindível, porém, a

diferenciação do velho, buscando novos

atrativos, meios mais modernos, e grande

interação com o público”.

Laís também conta com o auxílio da sócia e mãe, Miriam Teresinha Soratto

dicas para melhorar nossos processos

e contam sobre restaurantes japoneses

que já foram mundo afora. Já tivemos,

inclusive, clientes que trouxeram receitas

de ótimos pratos para incluirmos aqui”,

finaliza Laís.

Page 44: Revista ACIC 37

44 | Liderança Empresarial

O Brasil encerrou o ano de 2012

contabilizando resultados acima do

esperado para a venda de automóveis

e comerciais leves, acima também do

crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Totalizando 3.634.421 unidades vendidas,

no comparativo com 2011 significa

crescimento de 6,11%, de acordo com a

entidade que representa mais de sete mil

concessionários de veículos no Brasil, a

Federação Nacional da Distribuição de

Veículos Automotores – Fenabrave.

E para iniciar o ano de 2013, quando

considerados os emplacamentos por

região durante a primeira metade de janeiro,

o Sul ocupa a segunda posição do ranking

com 20,42% da parcela de automóveis e

comerciais leves, atrás apenas da região

Sudeste com 48,17%. Os números positivos

são consequências de incentivos do

governo brasileiro durante o ano passado,

com a redução máxima nas alíquotas do

Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI), as taxas de juros, as margens e

liberação de compulsórios, medidas estas

adotadas com o intuito de reverter a curva

negativa apresentada no início de 2012.

Após o recorde de vendas, o retorno

gradual das alíquotas de IPI para os

veículos leves foi anunciado, porém o

governo decidiu seguir com a mesma

redução até o fim de 2013, evitando assim

uma ruptura no crescimento das vendas

de veículos. De acordo com o presidente

da Associação Nacional dos Fabricantes

de Veículos Automotores (Anfavea),

Cledorvino Belini, as projeções de alta são

de 3,5% a 4,5% para as vendas internas.

Entre os municípios que compõem

a Associação dos Municípios da Região

Carbonífera – Amrec, os cinco primeiros

colocados em um ranking de frota de

veículos em 2012, de acordo com o

Departamento Estadual de Trânsito de

Santa Catarina - Detran, foram Criciúma,

que fechou o ano com uma frota 127.301

veículos; seguido das cidades de Içara

– incluindo Balneário Rincão – (37.943);

Orleans (15.618); Forquilhinha (15.265) e

Urussanga (14.898). O destaque fica para a

intensa procura por carros zero quilômetro

durante o final de 2012 e às projeções de

crescimento das concessionárias também

para 2013, mesmo com o retorno original

do IPI.

De acordo com o superintendente

do Grupo Jugasa (marcas Fiat e GM),

Claudenir Pires da Silva, além dos incentivos

do governo, o aumento das ofertas de

trabalho, a melhora do poder aquisitivo do

povo brasileiro e a facilidade de crédito são

fatores que contribuíram para o saldo positivo

nas vendas. E a região da Amrec tornou-se

referência no segmento de veículos novos e

seminovos devido a dois principais fatores.

“A região é uma potencialidade porque os

consumidores cuidam muito bem de seus

carros, o que prolonga a vida útil, além de

existirem três principais grupos muito fortes,

que disputam a queda dos preços entre si

para se destacarem diante da concorrência.

E quem ganha é o consumidor com preços

cada vez mais acessíveis”, destaca.

�����������������CRICIÚMA

Recorde de vendasimpulsiona setor automobilísticoSetor projeta crescimento para 2013 após decisão do governo de seguir com as alíquotas reduzidas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis

FROTA DE VEÍCULOSNOS MUNICÍPIOS - 2012

Criciúma127.301 veículos

Orleans15.618 veículos

Forquilhinha15.265 veículos

Urussanga14.898 veículos

TOTAL211.025 veículos

Içara (incluindo Baln. Rincão)

37.943 veículos

Fonte: Detran SC

Mercado regionalaquecido

Page 45: Revista ACIC 37

A notícia positiva para consumidores

que não adquiriram veículos com o IPI de

2012 é que ainda há tempo para garantir

os preços mais baixos. O gerente

comercial da Gendai Veículos (Honda),

Leandro de Souza Pelegrin, ressalta que,

principalmente, no primeiro trimestre do

ano as concessionárias intensificam os

trabalhos com o estoque. “Esta época,

pós festas de final de ano, que deveria

ser de baixa nas vendas, mantém

assim uma boa procura pelos clientes.

Estamos falando de veículos fabricados

em 2012, mas que são modelos 2013,

com descontos de até quatro mil reais

em relação ao carro faturado em 2013

e consequentemente com o valor do

IPI original. E ao final de um ano, por

exemplo, o veículo do estoque estará

valendo o mesmo que o carro faturado

em janeiro que foi adquirido com o IPI

maior”, explica o gerente.

ESTOQUE AINDA GARANTE PREÇOS MAIS BAIXOS

O gerente de vendas da concessionária

Bourbon (Peugeot), Eduardo Nascif,

complementa que o carro passou a

ser uma necessidade básica da família

brasileira, então mesmo com o aumento

do IPI, em janeiro, existe uma projeção de

crescimento para todo o ano de 2013. “O

automóvel se tornou o sonho de consumo

de qualquer pessoa. O poder de ir e vir

no momento em que se deseja, com

comodidade e sem depender dos outros

é o maior atrativo”, destaca.

COMO FICA O IPI

1.0

1.0 a2.0

(gasolina)

7%

11%

13%

8%

0%

5,5%

6,5%

1%

2%

7%

8%

2%

2%e não mais 3,5%

7%e não mais 9%

8%e não mais 10%

2%e não mais 8%

COMERCIAISLEVES

início 2012 final 2012 jan - mar 2013 até o fim de 2013

1.0(flex)

3.634.421unidades vendidasno Brasil em 2012

Fonte: Fenabrave continua

Page 46: Revista ACIC 37

46 | Liderança Empresarial

O Grupo Kolina possui unidades em Criciúma, Tubarão, Imbituba, Braço do Norte e Blumenau com a marca Volkswagen e unidades em Araranguá, Tubarão e Braço do Norte com a marca Chevrolet. De acordo com o gerente de vendas especiais da unidade de

Criciúma, Marcio Oliveira, nos últimos três meses de 2012 houve um crescimento de 20 a 30% nas vendas Volkswagen em comparação a 2011. Os veículos mais procurados foram Gol, Fox e Voyage, e a expectativa de crescimento na loja para 2013 é de 5%.

A unidade de Criciúma contabiliza maior número de vendas para os carros populares e um crescimento de 21% em 2012 para os veículos novos e seminovos em relação a 2011. O Novo Uno e o Mille são os campeões de vendas de 2012 e a expectativa junto às montadoras é altamente positiva até o ano de 2017,

segundo o superintendente Claudenir Pires da Silva. Além de Criciúma, a Unitá Fiat possui unidades em Tubarão, Içara e Laguna. A Fiat anunciou em dezembro de 2012 que bateu recorde anual de vendas no Brasil em apenas onze meses, mantendo-se na liderança do mercado pelo 11º ano consecutivo.

Em relação aos emplacamentos totais em Criciúma, a Bourbon manteve em 2012 uma estabilidade com taxa de 3,1% do mercado, mesma taxa de 2011, de acordo com o gerente de vendas, Eduardo Nascif. Os meses mais movimentados foram junho e outubro e

na unidade de Tubarão foram os meses de agosto e dezembro, sendo que o veículo mais procurado foi o Peugeot 308. A expectativa de crescimento é de 15% a 20% em 2013, com projeção de ótimas vendas para a linha Premium. A Bourbon Peugeot integra o Grupo Jugasa.

O campeão de vendas da marca

Hyundai, em Criciúma, é o lançamento HB20.

Segundo o gerente de vendas, André Savi

Darós, a concessionária deixou de trabalhar

com veículos importados, sendo que as

vendas atualmente são exclusivas para o

lançamento nacional da marca. “Estamos

com um volume de vendas fantástico, ainda

mais se tratando de um carro com pouco

tempo no mercado”, comemora. Após

o lançamento, em outubro, o número de

vendas da unidade dobrou e a expectativa

é de maior crescimento para os próximos

meses, com o lançamento do HB20 X e do

HB20 Sedan. O Grupo possui unidades em

Criciúma, Tubarão e Araranguá.

A retomada de alguns produtos de 2010; a

superação de fenômenos naturais ocorridos no

Japão e na Tailândia que abalaram a marca; as

renovações de algumas frotas e os incentivos

do governo contribuíram significativamente para

o crescimento das vendas em 2012, segundo

o gerente comercial da unidade Honda, em

Criciúma, Leandro de Souza Pelegrin. “Em 2012

e no mercado nacional, a Honda cresceu 45%.

Somente na Gendai de Criciúma o crescimento

foi de 66% quando comparado a 2011. O

Civic, modelo mais antigo da marca, é nosso

destaque e representa 45% do total das vendas

aqui no município”, pontua. Além de Criciúma, o

Grupo possui unidade em Tubarão e showroom

em Araranguá.

GRUPO KOLINA

UNITÁ FIAT

BOURBON PEUGEOT

ATUAL VEÍCULOS

GENDAI VEÍCULOS

Page 47: Revista ACIC 37
Page 48: Revista ACIC 37

por Davi Frederico do Amaral DenardiProfessor do curso de

Design Gráfico da Faculdade [email protected]

O sucesso das empresas já não está mais na competência em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer

relacionamentos e fazer parte das comunidades.

A ideia de cliente está se modificando rapidamente, e as empresas que estão tendo sucesso são aque-las que estão tratando seus clientes como pessoas

e não como consumidores.No início da industrialização, o foco do processo de

produção estava no atendimento das demandas de mer-cado. Havia pouca oferta de produtos e as empresas tinham sucesso quando conseguiam produzir em quanti-dade suficiente para atender essas necessidades.

Com o aumento do número de indústrias e o esta-belecimento de concorrências, o fator crítico de sucesso passou a ser as tecnologias de produção. Redução de custos, velocidade de produção e distribuição passaram a ser cruciais no sucesso das empresas.

Com o emparelhamento tecnológico dos processos industriais, o sucesso passou a ser das empresas que conseguiam identificar desejo de consumo e comunicar bem, convencendo seus clientes de que seus produtos de fato eram capazes de atender a esses desejos.

Com a saturação desse período de comunicação,

em muitos casos pautado mais por promessas do que por qualidade, o sucesso migrou das empresas que pro-metem mas têm dificuldade em satisfazer desejos, para as empresas que conseguiam estabelecer um equilíbrio entre promessa e realização, entre criação do desejo e a satisfação dele.

Assim, pode-se considerar que até hoje o sucesso estava relacionado de alguma forma com o consumo, com uma relação de desejo e satisfação. Mas esse pa-norama está mudando rapidamente. As pessoas não querem somente consumir, mas fazer parte de um pro-cesso amplo de mudança.

O processo de globalização fez com que as pessoas se vissem como parte de comunidades, ora globais, ora locais, e, em função disso, as preocupações passaram de uma perspectiva particular, da mera satisfação de de-sejos, para um ponto de vista comunitário. Já não se tra-ta de consumir, mas de consumir com responsabilidade.

As pessoas já começam a notar os efeitos de suas práticas de consumo em suas comunidades e no mundo

ConsumidoresouPessoas?

48 | Liderança Empresarial

Page 49: Revista ACIC 37

como um todo. Elas são voluntárias em processos de coleta seletiva, em ações de redução do consumo de energia elétrica, de rodízios de automóveis para diminuir a poluição do ar, e elas vão valorizar as empresas que têm o mesmo cuidado.

Além disso, elas já se deram conta de que o proces-so de comercialização é uma via de mão dupla, e que a compra de um produto não satisfaz apenas o desejo do cliente, mas contribui com o crescimento das empre-sas.

Assim, elas não querem mais ser o ponto final da cadeia, a ponta do proces-so, mas fazer parte da equipe, e com isso, demandam respeito, atenção e afeto. Elas querem fazer parte das decisões empresariais, querem discutir e compartilhar a visão das corporações. Elas se deram conta de que são seres humanos, e querem que as empresas o tratem como tal.

Por isso, estreitar relacionamentos, através de canais de comunicação efetivos e próximos (como as mídias sociais) e demonstrar responsabilidade com as comuni-dades (através de ações sociais e ambientais) são hoje os fatores críticos de sucesso.

Mas não basta simular o relacionamento e nem mas-carar ações de cunho social, é preciso incorporar em todos os níveis empresariais a cultura do respeito (ao

cliente) e da responsabili-dade (com a comunidade) para que se possa fincar pé na sociedade atual e estar preparado para os novos paradigmas.

A prática do consumo vai sempre existir, porque as pessoas precisam de recursos para realizar seus sonhos e desejos, mas cada vez mais os próprios sonhos e desejos se tornam mais importantes que os meios para realizá--los. As pessoas consomem porque querem e precisam, mas são essencialmente pessoas, não consumidores.

diagramação:Laboratório de Orientação em Design

ilustração:Jan Raphael Reuter Braun

Já não se trata de consumir, mas de consumir com

responsabilidade.

“ “

revisão:Cláudio José Toldo (SC0640JP)

www.acicri.com.br | 49

Page 50: Revista ACIC 37

50 | Liderança Empresarial

Fenafashion traz o mundo da moda para Criciúma

Representatividadena região

����������������� ���CRICIÚMA

A região Sul Catarinense é um importante

pólo produtor de moda do país. São

mais de 1000 indústrias do segmento

de confecção de artigos do vestuários,

máquinas e equipamentos e serviços.

O setor gera mais de 10 mil empregos

diretos e produz mais de R$ 2 milhões de

peças por mês, faturando R$ 1,5 bilhão ao

ano. A participação do mercado nacional

da moda, destaca-se principalmente na

produção de jeanswear, modinha, moda

praia, surfwear, fitness, street, moda

casual, clássica e moda íntima, aliada a

alta qualidade e tendências.

Depois do sucesso da feira Sul Metal

Mineração, Criciúma já espera centenas de

milhares de visitantes para a Fenafashion,

Feira Nacional para a Indústria da Moda. O

evento que acontece dos dias 23 a 26 de

julho deste ano, no pavilhão de exposições

José Ijair Conti, é o 1º no segmento aqui no

Sul de Santa Catarina e espera mais de 10

mil visitantes qualificados, já que a feira é

para o setor fabricante, um evento completo

para quem fornece e cria moda.

Mais uma produção da Fama Feiras, a

Fenafashion surgiu da necessidade de criar

um estreitamento entre o fornecedor de

insumos para a confecção do vestuário e o

produtor. De acordo com a coordenadora

do evento, Fabíola Taraskevicius, a Fama

Feiras produz eventos profissionais de

negócios em um segmento diferenciado.

“Nós queremos proporcionar ao produtor e

o fornecedor, um encontro de indústria com

indústria. Em nossas pesquisas prévias,

percebemos que muitos confeccionistas

trabalham com fornecedores de São

Paulo, justamente porque não conhecem

empresas daqui que oferecem insumos

básicos para a confecção”, explica.

O evento espera reunir 150 marcas e já

está com mais de 2 mil metros quadrados

de área comercializada. Além de empresas

da região de Criciúma, outras regiões do

estado, Rio Grande do Sul e São Paulo

também estarão presentes. “Vamos criar um

intercambio de informações nos quatro dias

de feira. Aproximar quem vende de quem

compra, mais de 40% das empresas vem

de fora”, revela.

Na lista de expositores, nomes de

empresas regionais também se destacam.

A proprietária da Botões e Botões,

de Criciúma, Irene Serafim, buscou

novidades e deverá trazer para a

Fenafashion, a tendência também

dos botões. “Vou buscar as últimas

tendências em Las Vegas, mas pelo

o que eu já vi em algumas coleções,

os botões dourados estarão em

alta e aqueles com cristais e spikes

também continuarão em alta”,

comenta a empresária.

Irene garante que vai chamara a

atenção do público no evento, além

de levar o que há de novo no universo

deste adereço tão importante na

roupa, a Botões e Botões investirá

em um estande com muito glamour.

“Eu costumo criar vitrines diferentes

para a minha loja e assim também

pretendo fazer no estande. Participei de

outro evento no ano passado e o nosso

estande era um dos mais bonitos, todos

paravam para olhar e até tirar fotos.

Vamos usar a criatividade e montar

o estande também nesse estilo na

Fenafashion”, declara Irene.

Outra indústria que já está com

presença confirmada na Fenafashion é a

D´Porto Estamparia. A empresa que tem

80% dos clientes na região Sul do estado,

atende também o norte e Rio Grande do Sul.

Para o diretor presidente, Daniel Serafim, a

feira abrirá um leque de oportunidades. “É

a primeira vez que vamos participar de uma

feira neste porte. É uma oportunidade muito

boa para o segmento. Já comentamos

outras vezes que Criciúma precisava deste

tipo de encontro entre o fornecedor e o

confeccionista”, comenta.

Empresas interessadas em reservar

estande ou mais informações pelos

telefones: (48) 34334003/ 84569804/

99010170 ou pelo e-mail:

[email protected]

Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados para a maior Feira Nacional para a Indústria da Moda no Sul

Page 51: Revista ACIC 37

2013 – Um ano importante para o Design em Criciúma����� ��!�� "�� � �� COORDENADOR DO CURSO DE DESIGN, COM ÊNFASE EM PROJETOS DE PRODUTOS DA UNESC

Se em algumas empresas da região Sul de

SC, o Design já foi incorporado como estratégia

de diferenciação e melhoria da qualidade

de seus produtos no mercado, a nível

acadêmico,2013 se afirmará como um marco:

no início do mês de abril será inaugurado na

UNESC o LabDesign, Laboratório de Simulacão

de Modelos, com aproximadamente 290m2 de

área construída. Mais especificamente, este

laboratório de simulação de modelos terá como

objetivo a viabilidade física de novas propostas

de desenvolvimento de produtos, local onde

projetistas e técnicos tornam concretas idéias

inovadoras e soluções de problemas ,

resultantes de um processo de investigação

projetual.

A aproximação com a realidade produtiva

é parte determinante do currículo das escolas

de design, desde que a escola alemã Bauhaus

foi fundada em 1919 e até hoje influencia a

formação pragmática e profissional. Gropius,

arquiteto e primeiro diretor da escola, queria

unir os campos da arte e artesanato, criando

produtos altamente funcionais e com atributos

artísticos. Tratava-se de uma verdadeira escola

oficina, onde os vários ateliers se ocupavam

de áreas específicas, como metal,cerâm

ica,vidro,madeira,etc. A escola chegou a

desenvolver produtos que ainda hoje estão

disponíveis no mercado e deveriam subsidiar

as despesas da instituicão. Infelizmente a 2ª

Guerra interrompeu estes propósitos.

O LabDesign da UNESC reunirá em um

único espaco as máquinas que realizam

diversas operacões . Deverá permitir

também a experimentacão de materiais

e o desenvolvimento das habilidades de

representacão através de modelos, etapa

que antecede a prototipagem, reduzindo

possíveis equívocos de projeto e minimizando

riscos de futuros fracassos em termos de

produtos. Paralelamente, com o uso de

software de modelagem 3D, será possível

criar modelos resultantes de elaboracão

virtual. Este mesmo software hoje é utilizado

nas escolas européias de design e irá facilitar

o intercâmbio de informacões e profissionais

com diversos países. Um dos convênios em

andamento será com a Escola de Design de

Avellaneda, na Argentina.

Estes conhecimentos não serão

exclusivos dos futuros designers do Curso

mas serão oferecidos na forma de breves

cursos de extensão para profissionais que já

estão atuando na indústria, disseminando o

uso do novo software, já experimentado nas

escolas de Barcelona e Milão.

Os modelos de produtos auxiliam também

o marketing: podem facilitar a verificacão da

aceitabilidade dos produtos no mercado,

antes mesmo dos pesados investimentos

na fase de ferramentaria. O futuro usuário

conseguirá visualizar e manusear um produto

ainda em fase de estudo de viabilidade. Com

menos riscos para os fabricantes, o processo

projetual irá adquirir maior relevância na

concepcão de produtos , atendendo melhor

as espectativas, desejos e necessidades dos

consumidores. O espaco do Labdesign será

compartilhado com os cursos de Engenharia

de Materiais e Engenharia Mecânica na busca

permanente da inovacão tecnológica.

Page 52: Revista ACIC 37

Parceria entre PM e empresas gera vigilância interativa

A Polícia Militar mantém um trabalho em

parceria com as empresas que tem gerado

resultados positivos para as duas partes.

O serviço é chamado vigilância interativa

e permite que a empresa seja incluída em

rondas diárias da Polícia Militar.

O projeto inicia com o treinamento dos

vigilantes sobre a sistemática da ronda, que

acontece diariamente entre as 22 e seis da

manhã. Nesta ronda o Policial mantém uma

comunicação diária com o vigilante, que

também informa sobre possíveis suspeitas

ou ocorrências da noite. Com base neste

relacionamento a Polícia cria uma rede

que tem como principal ponto positivo a

prevenção aos delitos contra empresas.

O serviço de vigilância Interativa não

possui custos para as empresas é e

considerado estratégico para a PM, pois

permite reduzir e antecipar as ocorrências

ligadas a este segmento da sociedade.

Atualmente mais de 20 empresas

aderiram ao sistema em Criciúma. O

objetivo é fazer com que mais empresários

treinem seus vigilantes para aderir às

rondas.

A parceria com a comunidade também

pode acontecer no âmbito residencial.

Neste caso incluiriam os guardas de

condomínios. Estes profissionais também

se transformam em aliados a polícia,

notificando casos e ajudando a prevenir

ocorrências.

As empresas e condomínios

interessados em aderir a estes projetos em

parceria com a PM podem contatar com a

ACIC ou com o próprio comando da Polícia

Militar em Criciúma.

As empresas de Criciúma que possuem vigilantes próprios podem aderir ao

projeto de vigilância interativa, implantado pela Polícia Militar no ano passado. Aqueles

estabelecimentos que possuem vigilante no período das 22 às 6 horas da manhã devem

fazer contato com a ACIC ou diretamente com a Polícia Militar. O primeiro passo é o

treinamento do vigilante com quatro horas/aula.

Após esta etapa inicia o trabalho de ronda diária feita pela PM, que colhe a assinatura

do vigilante, que comprova a ronda. De acordo com o Comandante do 9º BPM, Coronel

Márcio Cabral, esta ronda visa criar uma relação de confiança entre o profissional da

vigilância, que informa sobre situações suspeitas que possam acontecer durante o seu

turno. Com isso a ronda permite a prevenção dos delitos.

Atualmente 20 empresas já participam do programa. Este projeto é uma parceria da

Polícia Militar com as empresas, sem nenhum custo.

52 | Liderança Empresarial

CONDOMÍNIOS

O que é

Como funciona

Quem participa

������������ �����CRICIÚMA

Page 53: Revista ACIC 37

FAZER O BEM É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA...

... e destinar parte do Imposto de Renda ao Bairro da Juventude também

O esporte e o lazer são ferramentas de

transformação social, pois através deles as

crianças e adolescentes conseguem trabalhar

fatores como a coordenação motora, espírito

de equipe, criatividade, disciplina e autoestima.

Pensando nisso, o Bairro da Juventude

sempre busca fazer a diferença e se inclui em

projetos e ações que tem como foco trazer

oportunidades e bem-estar para os alunos.

O apoio da comunidade e do empresariado

se torna fundamental para que os objetivos

da Instituição também sejam alcançados.

Através do Projeto “Esporte e Lazer”, incluso

na Lei de Incentivo ao Esporte, as pessoas

físicas e jurídicas podem se tornar parceiros

do projeto, pois estas deduções não excluem

nem reduzem outros incentivos fiscais.

O Projeto “Esporte e Lazer” vai propiciar

atendimento a 690 crianças e adolescentes,

com idades entre 6 e 14 anos, que se

encontram em situação de vulnerabilidade

social. “Diversas práticas esportivas serão

disponíveis a esses alunos, sempre no

contraturno escolar para que os mesmos

possam utilizar o esporte como mais uma

oportunidade de aprendizado”, observa a

diretora executiva do Bairro da Juventude,

Sílvia Regina Luciano Zanette. As modalidades

esportivas oferecidas pelo projeto são futebol

de campo, futebol de salão, judô, tênis de

campo, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

No caso de pessoas jurídicas é possível

contribuir por meio da Lei de Incentivo

como forma de doação ou patrocínio, no

valor de até 1% do imposto total anual sem

qualquer ônus para a empresa, desde que

tenha base de cálculo pelo lucro real. Já as

pessoas físicas, que fazem a declaração

do imposto de renda na forma completa,

podem doar 6% do imposto de renda

devido.

Segundo o proprietário da Radar, José

Altair Back, uma das empresas que colabora

com o Projeto Esporte e Lazer, o processo

de doação é muito tranquilo e todo ele é feito

pelo contador da empresa. “Este projeto é

uma ótima oportunidade para as empresas

saberem onde o seu imposto está sendo

investido. Incentivar os projetos do Bairro

da Juventude é ter certeza que o dinheiro

será bem utilizado e beneficiará crianças e

adolescentes da nossa região”, revela Back.

O depósito do Projeto “Esporte e Lazer”

pode ser feito diretamente nas agências do

Banco Brasil, na conta destinada ao projeto:

Agência: 3226-3 , Conta corrente: 16310-4.

Mais informações pelo e-mail: nei@

bairrodajuventude.org.br ou pelo telefone

(48) 3403-2700.

Além do acesso ao esporte, o Projeto

também vai oferecer às crianças e

adolescentes acompanhamento escolar,

reforço alimentar, serviços de saúde,

orientação sociofamiliar e ações que

promovem o civismo e a cidadania.

COMO SE TORNAR PARCEIRO DO “ESPORTE E LAZER”?

www.acicri.com.br | 53

#�������������CRICIÚMA

Page 54: Revista ACIC 37

Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul

54 | Liderança Empresarial

Mais de dez mil empregos diretos

gerados em diversos segmentos, a partir de

uma carteira que ultrapassa a marca de 100

clientes e cerca de 500 milhões de reais de

créditos liberados por meio do sistema de

créditos financeiros imobiliários. No intuito

de auxiliar os empresários do Sul de Santa

Catarina para a realização de seus projetos,

construção de novas indústrias, empresas e

pavilhões comerciais, a Paulo Bens Consórcios

completou 12 anos de atuação como único

representante autorizado da Rodobens

Consórcio no Sul de Santa Catarina.

Conforme o bacharel em Direito e

empresário, Paulo Bens, as parcerias

acontecem a partir dos esforços em oferecer

as melhores opções de consórcios e taxas

cada vez mais competitivas. “Buscamos

parceiros sólidos e que também estejam

comprometidos, principalmente, com

o município de Criciúma. Assim, nossa

participação vai do começo ao fim,

viabilizando desde o projeto de construção

de um empreendimento, por meio da

legalização da documentação e dos

aportes financeiros, até a efetiva construção

do pavilhão industrial”, destaca Paulo.

De acordo com o advogado e agente

da Propriedade Industrial credenciado no

Instituto Nacional de Propriedade Industrial

(INPI), Silvio Caetano, a parceria com o

Paulo Bens /Rodobens foi fundamental para

que o projeto da nova sede da Anel Marcas

e Patentes e Virtualiza Agência Interativa

saísse do papel. “Até então tínhamos apenas

um projeto e o desejo de realizar esta obra

que representará um grande passo no

nosso crescimento. Diante de todas as

opções de crédito disponíveis no mercado,

foi o Paulo Bens quem nos ofereceu a

melhor consultoria, com taxas realmente

atrativas, além de uma vantajosa agilidade

em todo o processo para a obtenção do

financiamento”, destaca Silvio.

Há 12 anos no mercado, empresário é referência em consórcio imobiliário em Santa Catarina

Page 55: Revista ACIC 37

www.acicri.com.br | 55

Cada vez mais preocupada com a

valorização da qualidade de suas estruturas,

a fim de garantir a excelência de produtos

e serviços e o bem estar no ambiente de

trabalho, a Pedecril Solid Surfaces está

construindo uma nova fábrica, com entrega

prevista para 2014. A localização estratégica,

no Anel Viário de Criciúma, bairro Linha

Batista, irá facilitar a logística da empresa,

contando com novos maquinários,

ampliação da produção e redução do

tempo de conclusão dos pedidos.

De acordo com o fundador da Pedecril,

Célio Brogni, “a parceria com a Paulo Bens/

Rodobens chegou junto ao novo momento

da empresa, compartilhando com todas as

possibilidades de crescimento. E o Paulo

Bens é um grande empreendedor com

visão que tem acompanhado o crescimento

de nossa cidade e região”, destaca. O

novo layout da Pedecril conta ainda com

circulação interna e externa planejadas

para deduzir o trajeto dentro da empresa,

conforto acústico com redução de ruídos,

e soluções sustentáveis como tratamento

e reutilização de toda a água utilizada na

produção.

Aos 54 anos de idade e ainda com

uma extensa rotina de trabalho, Paulo Bens

acredita que o sucesso é resultado de

muito esforço e de ações transparentes.

“O empreendedor de verdade tem que

ser sério e muito trabalhador, porque não

existe sucesso de graça. Na velocidade

em que se pode crescer, também é

possível desaparecer. E estamos no

mundo para fazer história”, pontua.

O desempenho nas vendas e a

intensa satisfação de seus clientes,

considerado, portanto, um agente do

desenvolvimento regional e um parceiro

fiel do empresário, resultaram a Paulo

Bens a sétima premiação no Programa

Qualy Representações, da Rodobens, no

final de 2012.

A avaliação do Programa Qualy

envolve o número de vendas, de entregas

e pontualidade de cobrança, sendo que,

atualmente, Paulo é considerado um

representante com titulação Diamante,

consolidando-se como um consultor

com ampla experiência, inovação no

atendimento e de credibilidade.

Silvio complementa que é importante

que as empresas da região conheçam

os serviços da Paulo Bens, pois trata-se

de um facilitador para o desenvolvimento

da economia do Sul. “O Paulo Bens é um

profissional que conhece muito bem o

mercado, e isso é um grande diferencial,

pois pode oferecer soluções que se

ajustem perfeitamente às necessidades

das empresas do sul do Estado. O

comprometimento e seriedade com que

lidou com o nosso projeto foi determinante

para que a parceria fosse firmada com

êxito”, explica.

Há mais de uma década no mercado

da comunicação digital, a Virtualiza

Agência Interativa possui uma carteira

de clientes que abrange todo o Sul,

envolvendo diversos perfis de empresas

e projetos. Fundada em 2001, em

Criciúma, a Anel Marcas e Patentes atua

com o propósito de fomentar a cultura da

proteção da propriedade industrial das

empresas da região.

UM MOMENTOPARA CRESCER

UM EMPREENDEDOR

A parceria com a Paulo Bens foi de grande

importância, uma forma de financiar meu

empreendimento de uma maneira rápida e justa em

que minha empresa pudesse honrar. A maior prova

disso é minha obra com 4.402 m² feita em apenas

11 meses, sendo que já estamos negociando outro

empreendimento de grande porte. Obrigado ao Paulo

Bens por acreditar e apoiar a realização de um sonho

Fernando Serafim Marcello,proprietário Sisos Hall

Page 56: Revista ACIC 37

As pequenas e médias empresas e a Governança Corporativa

Moair Barcelos

A globalização tem tornado o ambiente

de negócio das empresas cada vez mais

complexo e competitivo, exigindo por parte das

mesmas a busca permanente por melhorias

na gestão. Os desafios constantes de gerar

resultados baseados em princípios sólidos de

valores têm sido o principal paradigma a ser

rompido pelas administrações. Tais princípios,

necessariamente precisam ser percebidos

por todas as pessoas envolvidas nos

processos empresariais, de modo a agregar

o valor necessário a dar sustentabilidade aos

negócios.

Governança Corporativa é o sistema

pelo qual as empresas são dirigidas e

monitoradas, envolvendo os relacionamentos

entre Acionistas e/ou Cotistas, Conselho

de Administração, Diretoria, Auditoria

Independente, Auditoria Interna e Conselho

Fiscal, além de outras ferramentas como

o Planejamento Estratégico, Sistema

Orçamentário e outros.

Neste sentido, as Pequenas e Médias

Empresas (PME’s) disputam com as Grandes

Corporações a participação de mercado

e, para tanto, precisam se aculturar com as

Ferramentas de Governança Corporativa, a

fim de adotarem planos estratégicos bem

definidos e, assim, melhor se posicionarem

às necessidades do mercado.

O mundo tem convivido com crises

conjunturais de toda ordem, e recentemente

passou por período bastante turbulento em

virtude da crise financeira iniciada nos Estados

Unidos em 2008. Este fato, já bastante

dissipado, e outros de natureza política

e econômica, têm levado as empresas

a revisarem seus planejamentos futuros

com bastante otimismo e perspectivas,

haja vista a recuperação prevista pelos

mercados assolados pela crise e o potencial

de crescimento dos países emergentes,

particularmente o Brasil, que, aliado a

estabilidade política e econômica, está

o fortalecimento do mercado interno

alavancado pelos megaeventos da Copa

do Mundo de Futebol da FIFA e os Jogos

Olímpicos, previstos para 2014 e 2016,

respectivamente.

O aumento do nível de competitividade

para os próximos anos exigirá que as

Pequenas e Médias Empresas revejam seus

Modelos de Gestão, principalmente, quanto

às ferramentas a serem utilizadas para que

possam ter visão de futuro, planejamento,

gerenciamento consistente, equipe

comprometida e inovadora e capacidade para

mudanças bruscas nas suas estratégias.

Portanto, o cenário, que numa primeira

leitura parece ser de dificuldades para

as Pequenas e Médias Empresas, tendo

em vista suas limitações gerenciais é, na

verdade, uma ampla oportunidade das

mesmas se reaparelharem gerencialmente,

exatamente para fazerem das dificuldades,

oportunidades para crescerem sob todos os

aspectos operacionais.

Com vista a entender o grau de utilização

de Ferramentas de Governança Corporativa

pelas Pequenas e Médias Empresas, realizei,

recentemente, pesquisa neste sentido

junto as mesmas, de modo a permitir a

identificação do modelo de gestão utilizado e

propor alternativas viáveis e compatíveis com

suas realidades, que permitam às mesmas

melhor se estruturarem para os desafios,

ameaças e oportunidades que encontrarão

nos próximos anos.

56 | Liderança Empresarial

80%

70%

20% 35%

60% 65%

são Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada

da cultura societária é a de Empresa Familiar

correspondem a empresas de pequeno porte

Números da pesquisa:

ainda não implantaram qualquer tipo de ferramenta de Governança Corporativa

correspondem a empresas de médio porte

já adotam algum tipo de ferramenta de Governança Corporativa

Page 57: Revista ACIC 37

A seguir, os resultados obtidos do Questionário aplicado aos Administradores, Controllers ou Contadores das Empresas pesquisadas, respectivas análises, bem como a Conclusão.

Das empresas participantes, 80,0%

delas são Sociedades por Quotas de

Responsabilidade Limitada, demonstrando,

assim, o pouco interesse por Sociedades

Anônimas, que exigiriam a adoção de

maior número de Ferramentas de Gestão,

sobretudo as de cunho estatutário e legal.

Constatou-se através dessa análise que

a cultura societária predominante ainda é a

de Empresa Familiar (70,0%), característica

das empresas com baixo índice de utilização

de Governança Corporativa.

Do universo das empresas pesquisadas,

80% estão inseridas no propósito da pesquisa,

uma vez que 20% correspondem a empresas

de pequeno porte, de acordo com o critério

adotado nos seus respectivos seguimentos,

e 60% são de médio porte.

O Capital das empresas pesquisadas

é predominante Brasileiro, pois representa

95%.

50% das empresas pesquisadas faturam

anualmente acima de R$ 50 MM.

A contribuição social das Pequenas e

Médias Empresas é bastante expressiva, uma

vez seus quadros de pessoal, na maioria,

contempla mais de 100 Colaboradores,

mostrando, assim, a grande contribuição das

PME’s para a empregabilidade do País.

O nível de formação dos Administradores

ainda é relativamente baixo, uma vez que

45,0% deles possui o Ensino Fundamental

ou Médio, enquanto que 40,0% encontram-

se graduado ou graduando-se. Apenas

15% deles possuem formação após a

graduação.

A maioria das empresas consultadas

já aplica algum tipo de ferramenta, embora

de maneira isolada e descoordenada, pois

20,3% já possui alguma forma sistêmica

de informações gerenciais, 15,0% já adota

sistema orçamentário e 13,6% já possui

gestão profissionalizada, indicando, de certa

forma, tendências à busca por técnicas que

permitam melhor gerenciamento.

Das empresas consultadas, 35% delas

ainda não implantaram qualquer tipo de

Ferramenta de Governança Corporativa,

indicando, desta fora, que 65% já adotam

algum tipo de Ferramenta.

Das empresas que possuem algum

tipo de ferramenta implantada, a principal

dificuldade encontrada no processo de

implantação foi o desconhecimento da

sistemática de Governança Corporativa

(50,0%) e a falta de apoio da Alta Direção

(15,0%).

É notório os resultados obtidos por parte

das empresas que adotam algum tipo de

ferramenta de Governança Corporativa,

segundo as empresas pesquisadas,

principalmente quanto a velocidade do

processo decisório (32,1%), a assertividade

das previsões (21,4%) e melhoria do clima

organizacional (17,9%).

95% das empresas pesquisadas

concordam que a adoção das Ferramentas

de Governança Corporativa contribui para a

valorização da empresa.

Corroborando com a questão anterior,

90% das empresas pesquisadas acreditam

que empresas que possuem Governança

Corporativa são mais valorizadas.

Da mesma forma, é unânime o

entendimento das empresas pesquisadas

que o processo de Governança Corporativa

gera maior transparência e confiabilidade nas

informações gerenciais.

CONCLUSÃO

SOBRE O AUTOR

Natural de Criciúma, executivo e consultor em gestão empresarial, Moair Barcelos desenvolveu em 2012 o seu Trabalho de Conclusão de Curso de MBA em Direito Empresarial, que resultou em um artigo direcionado a classe empresarial. Graduado em Ciências Contábeis com Pós-Graduações em Controladoria, Direito Empresarial e Auditoria, Barcelos também é Certificado em English Business pela Kaplan International Center de San Francisco, CA, USA.

www.acicri.com.br | 57

As mudanças que vem ocorrendo

nos processos de gestão das grandes

companhias começam a refletir de

maneira efetiva nas Pequenas e Médias

Empresas, até porque a existência da

grande maioria dessas empresas se

dá justamente para atender as grandes

companhias, razão pela qual as PME’s

necessitam se adequar às metodologias

de gestão mais modernas para estarem

alinhadas com suas grandes parceiras.

A pesquisa ora apresentada

demonstra que este movimento já

começa a ganhar musculatura, haja vista

o número de ferramentas implantadas

nas empresas, embora ainda de

pequena proporção. Todavia, sabemos

que o de adoção das melhores práticas

de gestão, impacta diretamente na cultura

dos pequenos e médios empresariados,

exigindo esforço de toda ordem para a

implementação das mesmas.

Outro fato importante que levarão as

Pequenas e Médias Empresas melhor

se aparelharem, sobretudo em relação

às ferramentas de gestão, é exatamente

o movimento governamental com

vistas à modernização do modelo de

fiscalização, cada vez mais automático,

integrado e dinâmico, capaz de

identificar qualquer desvio ou equivoco

por parte das empresas, incorrendo em

ônus e outras consequências. Portanto,

esta é outra grande preocupação das

Pequenas e Médias Empresas que as

levará a se protegerem proativamente

com as ferramentas de Governança

Corporativa.

Outra importante vantagem na

adoção das boas práticas de governança

Corporativa é a valorização que a

metodologia proporciona a Empresa,

além de proporcionar facilidades a novas

parcerias societárias.

Como se constata, ainda há muito que

avançar para atingir um nível satisfatório

de emprego das boas práticas de

gestão. Diante desta constatação, faz-se

necessário alertar as Pequenas e Médias

Empresas sobre os riscos, sejam de

ordem fiscal, econômico e/ou financeiro,

a fim de que as mesmas possam rever

suas posições e encaminharem ações

no sentido da melhoria dos processos e

controles internos, de modo que possam

neutralizar ou eliminar tais impactos.

Page 58: Revista ACIC 37

58 | Liderança Empresarial

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Page 59: Revista ACIC 37

Junta Comercial e o registro de empresas

A formalização do registro das empresas

mercantis catarinenses e a determinação de sua

existência legal como pessoa jurídica acontece

por meio da Junta Comercial do Estado de

Santa Catarina – Jucesc. Em Criciúma, os

serviços da Jucesc ocorrem a partir de um

convênio com a Associação Empresarial de

Criciúma – ACIC, esta atuando como Escritório

Regional, capacitada para atender qualquer

município do estado, mas principalmente os

pertencentes à Associação dos Municípios da

Região Carbonífera - AMREC.

Mas o que seriam os serviços prestados

pela Jucesc? Responsável por conferir

garantia, publicidade, autenticidade,

segurança e eficácia aos atos submetidos

a registro, as atividades desenvolvidas pela

Jucesc são melhor compreendidas quando

comparadas à pessoa física. De acordo

com a analista técnica servidora da Jucesc,

Adriana Bongiolo Casagrande, “assim como

as pessoas físicas devem ser registradas ao

nascer no Registro Civil, onde se inscrevem

todos os atos importantes de sua vida como

o casamento, divórcio e óbito, por exemplo,

também para a pessoa jurídica mercantil foi

instituído um registro público, no caso as

Juntas Comerciais. E para isso há uma Junta

Comercial em cada unidade federativa, com

sede na capital”, explica.

Geralmente os atos levados à registro são

elaborados e entregues à Junta Comercial por

profissionais qualificados como contadores

e advogados, por exemplo. Entretanto,

qualquer empresário interessado pode levar

à Junta os seus atos para registro. Trata-se

de uma vantagem para o empreendedor

com o processo de descentralização dos

serviços da Jucesc, o qual prevê a ampliação

da atuação em todo o estado, com vistas a

melhor atender a demanda dos usuários.

“Foram criados, então, Escritórios Regionais

em cidades reconhecidas como pólo nas

regiões de Santa Catarina, possibilitando que

um processo seja protocolado e deferido

no próprio Escritório Regional. Com este

serviço oferecido em Criciúma, o usuário não

necessita enviar os atos a serem registrados

para a sede da Jucesc, em Florianópolis”,

destaca Adriana.

Os serviços oferecidos pela Jucesc envolvem autenticação de livros mercantis; registro, alteração e extinção de empresas mercantis; emissão de certidões: inteiro teor, simplificada e específica, observando que qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá solicitar estes documentos; registro e cancelamento de matrícula de leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais; e proteção ao nome empresarial.

Page 60: Revista ACIC 37

As muitas faces do coaching

O que é coaching?Duas vertentes são encontradas no

Brasil desde a década de 90. Sempre foi

primeiro voltado para a empresa. Descobriu-

se uma forma de fazer o executivo performar,

atingir resultados, que era fazendo

perguntas. Percebeu-se que o executivo

atinge objetivos na vida também, então

pode-se ter coaching de vida pra qualquer

pessoa em qualquer idade. Contanto que

eu que eu tenha a paciência de fazer

as perguntas ao invés de dizer

quais são as respostas. Então

veio como o que a consultoria na

época não oferecia. A consultoria

te diz o que fazer. O coaching te

dá liberdade para que tu escolha

o que fazer e descubra sozinho,

com teus próprios meios.

E onde atua?Hoje temos coaching de vida,

executivo, grávidos e educacional. O

coaching de vida é a o foco principal

para os próximos anos. O coaching

de vida é um mix de ferramentas

de psicodinâmica, neurociências,

relações humanas, comunicação

interpessoal e coaching.

Coaching de vida:No coaching de vida

transformamos em uma metodologia

muito especial, que transformou a nossa

empresa em pioneira em coaching de

vida em grupo no Brasil. A gente faz

coaching executivo humanizado. A

empresa preocupada em quando demitir

o funcionário, garantir que o funcionário vai

estar pronto para essa demissão. Então

oferecer um desligamento consciente para

que essa pessoa possa fazer um projeto

de vida após a saída do trabalho. As

demissões são muito doloridas atualmente

e não precisam ser. Muitas vezes as

pessoas saem de um processo porque o

salário está diferente, aquela competência

não está bem clara, não correspondeu a

personalidade daquela pessoa, ao jeito

de ela ser. Então a adequação profissional

pode ser feita através do coaching executivo

humanizado, que leva em consideração os

objetivos da empresa e da pessoa. Não

tem como fidelizar alguém numa empresa

hoje sem casar os dois objetivos. Você tem

que casar os dois objetivos, da empresa

com o da pessoa, senão você não fica lá.

Coaching para grávidos?Trabalha-se uma equipe de onze

pessoas, desde o obstetra, o consultor de

estilo e imagem, nutricionista, pedagoda,

uma série de pessoas que vive em função

de educar a criança desde a barriga e

preparar os pais para que esta educação

continue.

O coaching é a ferramenta mais eficiente em treinamento de

pessoas?Eu considero que é

muito importante se pegar a

complementariedade de tudo o

que existe para garantir que haja

resultado. Não existe milagre no

processo de coaching. O que eu

considero mais poderoso é o fato

de que eu descubro o meu jeito

de realizar. Então eu descubro

o meu jeito, então tu consegue

realizar sempre.

Agora, é muito complicado

quando a pessoa tem um

objetivo, atinge o objetivo, mas

não está feliz. E isso acontecia,

eu percebia isso no meu início de

trabalho. As pessoas atingiam os

objetivos, conseguiam comprar

um carro, mas não estavam

felizes. Então tem o aspecto

emocional que nunca pode ser

abandonado. Tem coisas que são perdidas

na linha do tempo, que se tu não visitar tu

não vai ser feliz. Por isso o coaching é a

ferramenta muito necessária.

Você trabalha com uma técnica para traçar e atingir resultados. Como

Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias mostra que a moda do coaching vai além

do ambiente corporativo e chega aos lares e relacionamentos. Vanessa Tobias, que é formada em

Administração de Empresas e mestre em Administração, esteve em Criciúma em evento promovido pela

RH Service em parceria com a Câmara da Mulher Empresária de Criciúma, onde falou para uma plateia de

600 pessoas. Nesta entrevista ela explica como focar em objetivos para chegar aos resultados

60 | Liderança Empresarial

O que nos move é o desejo de ser

siignificativo na sua vida e despertá-lo para

a responsabilidade de ser positivamente

significativo para alguém!

Vanessa Tobias

������������ �����CRICIÚMA

Page 61: Revista ACIC 37

ela funciona?Existe um jeito de fazer. A primeira coisa

é tu ousar ter um sonho Aladim. Você tem

três desejos e pode pedir qualquer coisa.

Se você pudesse pedir qualquer coisa, o

que você realizaria? Se você tivesse dinheiro

sobrando, tempo sobrando, conhecimentou

pra dar e vender de qualquer área técnica

que exista no mundo, os relacionamentos

necessários pra realizar qualquer projeto e

todos aceitassem e te apoiassem, o que

você faria? Se tu conseguires corresponder

a estes cinco quesitos tu vai atingir uma

concepção do teu maior sonho. A partir da

descoberta deste maior sonho tu tens que

fazer um passo a passo de trás pra frente. A

maioria das pessoas começa a planejar do

começo pro fim. Mas tem que ser do fim pro

começo. E é esta a maior dificuldade que

geralmente as pessoas encontram. Elas

têm que visitar o sonho realizado, senão

não tem como fazer o planejamento.

Resumindo:Se você tivesse tempo e dinheiro,

conhecimento e relacionamento e não fosse

julgado, o que você faria? Visita o que faria no

futuro, colocando uma data ou um prazo para

isso acontecer. Depois que eu visito esse

sonho realizado é que o plano começa. Este

é o passo a passo. Tem que fazer mais ou

menos dez passos para uma meta grandiosa

por ano. Se você fizer uma meta pra 2016,

não precisa ir muito longe, traça oito metas

para serem realizadas em 2013. Destas oito

escolham quatro, destas quatro dez passos

para atingir cada uma do fim para o começo,

nunca de frente pra trás.

Vocês conseguem medir os resultados?

Acompanhamos todos os clientes

em um ano em 40 quesitos diferentes.

Quantitativos e qualitativos. Das metas que

eram para ser atingidas em cinco anos

são atingidas em dois. A gente não sabe

o poder do tempo nem do foco. A gente

melhora em mais de 50% as áreas da

vida em um ano. Nossos relacionamentos

melhoram em 80% (familiares e afetivos).

No trabalho a gente consegue realizar

o que a gente sonha e deseja, e ter

relacionamentos mais saudáveis com

colegas. A satisfação é superior a 30%

após um processo de coaching. Redução

de custos de 23% e lucro aumenta em 22%.

No caso de autônomos o salário aumenta

em mais de 55% em três meses depois de

um processo de coaching.

Como viver isso no dia-a-dia?Tudo que sai do nosso planejamento

vai exigir equilíbrio emocional, mais do

que qualquer coisa. Então foco é muito

importante, mas acompanhamento é mais

ainda. O mais importante é uma imagem

e a visita a esta imagem. Você tem que

trabalhar a cabeça. A neurociência nos

ensinou que se você vive uma emoção

forte, mesmo que seja no futuro a tua

cabeça aceita aquilo como verdade e

desenvolve as competências para que

você atinja aquilo.

É muito importante o acompanhamento

profissional. Nós acompanhamos uma vez

por semana, online e presencialmente.

Para que você manter a rotina é manter

o foco no que dá pra fazer e não deixar

passar mais um ano sem conseguir realizar

aquilo que tu mais sonha. As coisas que

vão acontecer na realidade tem técnica pra

enfrentar, em termos emocionais. E não

querer fazer tudo. Faz uma coisa de cada

vez e bem feita.

Se não atingir?O primeiro ponto é lembrar que a

gente não tem ponto fraco. A gente tem

ponto estratégico a melhorar. Se a gente

não atingir o objetivo no tempo certo, ou a

meta não era boa o suficiente ao ponto de

te fazer se dedicar a ela, e não sendo uma

estratégia boa o suficiente, tinha alguma

coisa pra melhorar que não foi melhorada.

Deve-se buscar meios de melhorar aquilo

com uma ação clara. Antecipe o como

fazer.

O coaching tem atingido a quem nas empresas?

Oitenta por cento é relacionamento entre

pares e chefias. Você não vai conseguir

produzir muito bem se tiver um ambiente

triste. Validações e elogios não são mais

comuns. Somos chamados para isso, para

resgatar a felicidade de quem ta lá dentro.

O coaching faz perguntas para garantir se

chegar nos resultados mais rapidamente. O

coaching não vai fazer processos internos,

mas vai te dar clareza sobre a necessidade

de se fazer os processos internos. Você só

pode aconselhar sobre aquilo que se tem

resultados.

O coaching é estratégico, tátil e

operacional. O objetivo e a linguagem é

que mudam. Na origem se trabalhava só

o estratégico, porque era muito caro. Hoje

o retorno financeiro vem. A tendência é

democratizar. Há um movimento muito

grande do coaching em transformar o país

em país de objetivos. Toda a família, toda

equipe tem que ter objetivos, tem que ter

sonhos. Hoje as empresas tem turnover

altíssimo porque não respeitam o sonho

das pessoas que trabalham lá. Se quem

é estratégico não começar a ouvir quem é

tático operacional vai ficar sozinho.

www.acicri.com.br | 61

Page 62: Revista ACIC 37

Leis trabalhistas

Como é o cenário padrão hoje no que refere ao cenário das ações trabalhistas para as empresas?

O cenário atual das ações trabalhistas para as empresas é muito curioso, pois historicamente os reclamantes das ações são mais preparados e munidos de informações a cerca da legislação trabalhista que o próprio empresário. Buscando uma explicação lógica para isso, talvez possamos encontrar uma justificativa na diferença do foco de cada um, que no caso do reclamante, os resultados do seu trabalho cotidiano são seus direitos trabalhistas. Já o o resultado do trabalho do empresário, é a rentabilidade financeira e o aumento do patrimônio líquido de sua empresa. Por outro lado, ambos tem em comum a busca pelo resultado financeiro. Ao longo dos anos os reclamantes tem se servido de profissionais experientes e mais que isso, especialistas para a reclamação de seus direitos na Justiça. Além disso, como muitos sabem, a maioria das ações trabalhistas tem resultado em favor do reclamante, e com isso as empresas também passaram a optar por profissionais especialistas no Direito do Trabalho, visto que precisa estar adequadamente preparada para defender-se, e mais que isso, cercando-se do mesmo profissional para evitar que sua empresa tenha ações trabalhistas. Isso demonstra que a empresa que tem uma assessoria especializada, obtém melhores resultados, já na prevenção.

Como surge neste contexto um trabalho específico de direito trabalhista

para as empresas?O trabalho específico de direito trabalhista

deve funcionar como em toda área, ou seja,

ter um especialista no assunto atuando pré-

ven-ti-va-men-te. Usando um exemplo de

um avião, uma vez que se soubermos que o

comandante da aeronave não é especialista

na sua condução, certamente que iremos

desembarcar e não esperar levantar vôo. O

mesmo funciona na empresa, cada área deve

ter o especialista para diminuir o risco e usar

o valor do risco para prevenção.Vejamos uma

ação trabalhista de um funcionário que atuou

durante 05 (cinco) anos que redundou em

uma indenização de R$ 350.000,00 (trezentos

e cinqüenta mil reais) entre créditos trabalhistas,

fiscais, previdenciários , multas e correções.

Se dividir esse valor em 60 (sessenta) meses,

perfaz uma total de R$ 5.833,33 (cinco mil

oitocentos e trinta e três reais). Certamente

esse valor poderia ser utilizado para prevenir

não só essa, mas tantas outras causas

trabalhistas, assim como melhorar a imagem

da empresa na retenção e obtenção de

talentos profissionais, evitando desgaste

emocional que vai desde o depoimento

em audiência até contas bloqueadas, bens

penhorados, e coisas do gênero durante a

execução da sentença.

De que forma isso difere da tradicional assessoria jurídica empresarial?

A especialidade é a grande diferença!

Uma tradicional assessoria baseada nos

moldes tradicionais de atuação acaba sendo

uma clínica geral. Quando buscamos um

atendimento para nossa saúde, o primeiro

pensamento é a identificação de um

bom especialista, e atualmente estamos

encontrando mais empresários com

esse pensamento, de se assessorar com

especialistas e desenvolver a prevenção. O

grande diferencial de um especialista é ser

formalmente capacitado para aquele trabalho,

estar habitualmente atualizado na matéria,

e trabalhar full time com aquele assunto!

Isso facilita a busca de uma saída para um

problema, uma ação judicial e amplia o

conhecimento para uma boa defesa, prepara

o profissional para estar mais capacitado para

enfrentar os problemas relacionados com

a matéria e o empresário tem maior retorno

com o trabalho. Um outro diferencial entre os

funcionários e o empregador, é que ao buscar

os direitos, o reclamante se atende com um

profissional especialista em direito do trabalho,

portanto, devendo a empresa fazer o mesmo.

Trata-se de certa forma de uma advocacia preventiva?

Sim, exatamente! A advocacia preventiva

é a mola mestra para todas as operações

empresariais! Ao contrário de ter que

depender de ações, a firma de advocacia

que foca a prevenção, acaba trazendo

resultado para a empresa para qual atua, e

com isso o empresário diminui seus prejuízos.

O departamento jurídico tem de ser visto

como um departamento que gera resultados

financeiros para a empresa e não que

apenas busca ou defende direitos no Poder

Judiciário.

Esta deve ser uma tendência para as empresas, ou seja, pensar nos riscos futuros e minimizá-los?

Sim, na verdade já o é! Precisamos

colocar em planilhas o resultados da

prevenção. O importante é não deixar o

problema acontecer para depois tentar

corrigir, pois isso pode trazer resultados

e despesas que não são recuperáveis,

podendo causar, inclusive a bancarrota. Usar

uma ferramenta como o ROI – Return On

Investiment (Retorno sobre o investimento),

o que fará com que o empresário perceba o

real valor da prevenção.

Que outras observações faria sobre esta especialização?

A especialização na defesa trabalhista

é um campo do direito que está recebendo

especial atenção do empresário, pois

do outro lado da mesa, tanto na atuação

preventiva quando no caso de ação judicial,

existe um profissional especialmente

contratado para esse fim, e a empresa

estando igualmente preparada certamente

diminuirá seus riscos, gerando resultado

positivo em seu patrimônio.

62 | Liderança Empresarial

Advogada Raquel May Pelegrim, a qual integra o escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados Associados em entrevista para a jornalista Ana Sofia Schuster

Page 63: Revista ACIC 37
Page 64: Revista ACIC 37

Imaginar um breve discurso de um

gestor direcionado aos seus liderados no

atual modelo de gestão participativa é ter

a sensação de certeza que palavras como

“colaboradores, parceiros”, entre outras,

virão à tona em seu vocabulário.

Porém pergunto-me nesse momento;

a quem posso chamar de colaborador?

Como identifica-lo? Haveria outra forma

de referir-me a ele sem ser previsível e

redundante?

Para que eu possa situar-me em

minha pequena e retórica dúvida, preciso

definir o que a Administração de Recursos

Humanos me elucida sobre a definição

“colaborador”.

O termo acima descrito é geralmente

utilizado para designar todas as pessoas

que “colaboram” com uma organização,

ofertando seus préstimos. Neste contexto

o “colaborador” é o trabalhador em

questão, é o prestador de serviços, que

está subordinado às regras e/ou normas

da instituição.

Logo tenho um ponto inicial em

minha singela explanação, a Prestação

de Serviços, seja ela feita pelo funcionário

ou por um terceirizado é algo diretamente

relacionado ao trabalho e atualmente “o

trabalho”, deverá ser de forma profissional

com a qualidade que lhe é conferido.

Pois, podemos chamar de profissional

todo aquele que exerce uma profissão, cujo

seu mérito fora adquirido por seus estudos,

profissionalizantes ou universitários ou

mesmo pelo seu aprendizado, “como

quem aprende um ofício por profissão”. É

de relevância esclarecer que a qualificação

profissional não está vinculada apenas ao

título habilitante, mas também a sua ética,

seu compromisso, sua excelência nas suas

atividades laborais.

Portanto, eis a questão: Devo referir-me

aos envolvidos com o processo laboral,

seja(m) ele(s), trabalhadores vinculados,

terceirizados, clientes, fornecedores,

entre outros, de “Colaboradores” ou de

“Profissionais”?

Penso então, que seria prudente o

gestor, sempre que referir-se aqueles que

se envolvem no ofício de uma empresa,

seja ele celetista ou liberal, sejam então

chamados ou apenas tratados como

profissionais, pois existe neste momento

uma clara prestação de serviço, cujo tempo

e o esforço investido faz parte do “custo

oportunidade”, ou seja, há remuneração,

compromissos, metas etc.

Por que não chamá-los ou tratá-los

de colaboradores, como pregam os bons

modos?

Porque pessoas que se envolvem

com a organização em que trabalham

e comprometem-se em cumprir metas,

buscar sua autoformação, estabelecer

procedimentos laborais, preocupar-se em

prevenir riscos, segregar suas ações, buscar

melhores oportunidades, relacionar-se

Alex-Sandro P. CardosoEmpresário no ramo de Alimentos –

Trem Bão Distribuidora de AlimentosPerito Judicial Imobiliário.

Historiador e Educador.Especialista em Gestão de Negócios

Professor de Pós-Graduação – CENSUPEGPalestrante

[email protected]

Colaboradores ou ������������

com senso de equipe sem permitir perder

seu instinto de competitividade, opinam,

resolvem, solucionam... Estes, creio, agem

com características, métodos e contínuo

desenvolvimento interpessoal, que fortalece

seu intelecto, físico-comportamental,

conceituando o sentido profissional sob o

ponto de vista da gestão.

Page 65: Revista ACIC 37
Page 66: Revista ACIC 37

Joice [email protected]

Mercado Sul

66 | Liderança Empresarial

A ferrovia já foi um meio de transporte

tanto de passageiros como de carga

muito utilizado no Brasil, um país de

dimensões continentais, até a década

de 60. Entraram, então, em cena, o

lobby das rodovias e dos combustíveis

e o Brasil abandonou as ferrovias.

Agora, e já há algum tempo, em função

dos sérios problemas de infraestrutura

de logística do país, voltam à cena as

ferrovias. A Fiesc provocou um debate

com o governo federal sobre o tema e

o mapa (fig) que se coloca hoje para

Santa Catarina é o seguinte:

“Existe dinheiro do PAC para estes

projetos. O que precisamos é o trabalho

constante das lideranças políticas e

empresariais de Santa Catarina para

que todos eles saiam do papel e se

transformem em obras necessárias

para a infraestrutura. Até porque não

podemos pensar em triplicar a BR 101

daqui a dez anos”.

Carlos Menezes

Gerente Comercial da FTC

é o prejuízo acumulado da região Sul

do estado pelo atraso nas obras da

BR 101, segundo os cálculos de uma

empresa de consultora contratada pela

FIESC.

Empresário Cid Damiani, da empresa

Damyller, foi indicado pelos presidentes

de Sindicatos Patronais do Sul do estado

para concorrer à Medalha do Mérito

Industrial da Fiesc. A condecoração

acontecerá em evento especial, na

Fiesc, no mês de maio.

Já existe a ferrovia ligando Mafra, passando por Lages e interligando com o Porto de

São Francisco e com ferrovias gaúchas até chegar ao Porto de Rio Grande.

Já existe a ferrovia ligando Herval D´Oeste, Porto União, Mafra, Joinville, Aaraquari e o

Porto de São Francisco do Sul.

Este ano deve ficar pronto o projeto executivo da ferrovia ligando Imbituba a Araquari (

a obra deve levar cerca de cinco anos). De Imbituba a Içara já existe , onde a Ferrovia

Tereza Cristina (FTC) é concessionária. Concluída esta obra, interliga o Sul de Estado,

desde Içara, à malha ferroviária nacional.

Ainda neste segundo semestre deve ser feito o projeto da ferrovia ligando Dionísio

Cerqueira ao Porto de Itajaí, atravessando o estado catarinense. É conhecida como

a ferrovia do frango.

Outro projeto que deverá ser feito no ano que vem é o da ferrovia ligando Içara a Porto

Alegre. Com este projeto, liga o litoral brasileiro pela malha ferroviária.

A questão das ferrovias

Disseram

Número

Expressas

R$ 32 bilhões

Slides apresentados na FIESC durante evento sobre Ferrovias

pelo Sr. Mário Dirani, diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT

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