domingada historia paraiba
Embed Size (px)
TRANSCRIPT
-
2
HISTRIA DA PARABA
-
3
HISTRIA DA PARABA
01. Vrios acontecimentos dos anos de 1920-30 exprimem um significativo processo de modernizao econmico-social no Brasil, gerando conflitos de interesses entre segmentos mdios urbanos e oligarquias rurais detentoras do poder. Na Paraba, a ascenso de Joo Pessoa ao Governo (1928-1930) e algumas de suas aes, que atingiram interesses de coronis, tambm podem ser inseridas nesse processo. Sobre movimentos e aes conflituosas com a ordem oligrquica pr e ps-1930, correto afirmar: a) A Semana de Arte Moderna de 1922 sinalizou a emergncia de uma nova maneira de conceber e produzir a arte, negadora dos modelos artsticos nacionais e a favor da sua substituio por modelos culturais internacionais na anlise da realidade brasileira. b) O Tenentismo foi um movimento militar de contestao poltica s oligarquias, dividido, desde o seu incio, em duas vertentes: uma moderada, a favor de reformas polticas de cunho liberal, e outra radical, em defesa de uma revoluo socialista. c) Algumas medidas do Governo Joo Pessoa representaram certa modernizao poltico-administrativa do Estado na Paraba, a exemplo do controle do comrcio estadual e na indicao dos delegados de polcia. d) A fundao do PCB (Partido Comunista do Brasil), em 1922, constituiu-se na primeira expresso poltica anti-oligrquica da classe operria, fortalecida com o avano da industrializao, principalmente em So Paulo. e) A Revoluo Constitucionalista de 1932 foi uma guerra civil liderada por empresrios, classes mdias e operrios contra as oligarquias cafeeiras paulistas, pelo estabelecimento de uma constituio amplamente democrtica e cidad. 02) A conquista, pelos portugueses, do atual territrio da Paraba, em 1585, foi marcada por um duro enfrentamento militar. Sobre essa guerra, leia o fragmento do texto do Sumrio das Armadas. Chegando (os portugueses) boca da barra do Paraba, com a armada que trouxe, e alguns caraveles destas duas capitanias, Tamarac e Pernambuco, entraram pelo rio acima, por terem aviso que sete ou oito naus francesas, que l estavam surtas, estavam bem descuidadas, e varadas em terra, e a maior parte da gente nela, e os ndios metidos pelo serto, a fazer pau para a carga deles. E dando de sbito sobre elas, queimaram cinco, esbulhando-as primeiro, que foi um honrado feito: as outras fugiram com quase toda a gente. Fonte: Annimo. Histria da Conquista da Paraba. Braslia: Senado Federal, 2006, p. 34. Com base no texto e nos conhecimentos histricos sobre o tema nele abordado, correto afirmar: a) Portugal e suas colnias, entre elas o Brasil, eram parte, em 1585, do imprio espanhol, que desejava construir um porto em Cabedelo e expulsar os potiguara dessa rea. Os portugueses mantinham boas relaes com esse povo indgena, mas a Espanha imps suas ordens aos lusitanos, que foram forados guerra contra os potiguara. b) Os portugueses e os franceses haviam entrado em acordo, uma vez que ambos eram inimigos da Espanha. Por esse acerto, os franceses poderiam retirar o pau-brasil da Paraba, mas os potiguara, senhores do territrio, no aceitaram a aliana franco-lusitana, o que impediu a explorao do territrio pelos franceses.
c) Portugal e suas colnias, desde 1580, estavam sob domnio da Espanha, o que gerou conflitos entre portugueses e espanhis no s na Europa, mas tambm na Amrica. Os espanhis aliaram-se aos potiguara, habitantes do territrio hoje paraibano, e guerrearam contra os portugueses, o que levou os ltimos a se apossarem das terras potiguara. d) Os franceses aliaram-se aos ndios potiguara, com os quais trocavam presentes e armas por pau-brasil. Essa aliana ameaava os engenhos de acar da Capitania de Pernambuco e motivou os portugueses guerra e conquista do territrio que se tornaria a Capitania da Paraba. e) Os franceses j ocupavam, desde a metade do sculo XVI, as terras da atual Paraba, em que estabeleceram contatos e acordos com os ndios tabajara para a explorao do pau-brasil. Os portugueses consideravam essa aliana uma ameaa ao seu domnio e se aliaram aos ndios potiguara, que eram inimigos dos tabajara 03. Sobre os povos indgenas no Brasil, pode-se afirmar: I. Eles viviam em aldeias formadas por grandes casas, cada uma delas habitada por dezenas de pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. Embora no tivessem chefes formais, os seus grandes guerreiros detinham um enorme prestgio, o que lhes permitia alguns privilgios, como o de possurem vrias esposas. II. Alguns desses povos, como os Potiguara da Paraba, ofereceram grande resistncia colonizao portuguesa, enquanto outros, como os Tupiniquim de So Paulo, apoiaram os europeus em suas guerras contra outros povos tupis. Os portugueses utilizaram muito bem as rivalidades entre os ndios como arma de conquista. III. Os tupis possuam uma economia bastante simples, baseada no cultivo de plantas, como trigo e milho, e na criao de pequenos animais, como cabras e galinhas. Algumas aldeias possuam pequenos celeiros, onde a produo era armazenada e monopolizada pelos chefes hereditrios. Est(o) correta(s) apenas: a) II c) I e) III b) II e III d) I e II 04. Epitcio Pessoa, natural de Umbuzeiro, Paraba, chegou presidncia da nao e governou o Brasil entre 1919 e 1922. Sobre esse perodo da histria brasileira, pode-se afirmar: I. A eleio desse poltico paraibano deu-se sem a sua presena no pas. Chegando de Paris, onde participara da Conferncia de Versalhes, ele foi informado de que havia sido candidato, vencera as eleies e seria o prximo Presidente. II. As intervenes do Estado, durante a gesto epitacista, foram muitas. Na regio Sul, construram-se mais de mil quilmetros de ferrovias; j, no Nordeste, foi implementada uma poltica de combate s secas com a construo de mais de duzentos audes. III. Epitcio Pessoa, no campo poltico, marcou posio como um democrata e conciliador. No campo financeiro, o destaque de seu governo foi a poltica de emisso de moedas, conhecida como Encilhamento. Est(o) correta(s): a) Apenas III b) Apenas I
-
4
HISTRIA DA PARABA
c) Apenas II d) Apenas I e II e) I, II e III 05. Para administrar as suas terras da Amrica, a Metrpole Portuguesa organizou um sistema administrativo formado por vrios nveis de governo. Sobre a estrutura administrativa colonial adotada pelo Imprio Portugus, em suas possesses americanas, leia as afirmativas a seguir. I. As capitanias hereditrias foram criadas em 1534 e constituram a primeira forma de gesto administrativa da Amrica Portuguesa. Doadas a particulares os donatrios , as capitanias visavam garantir a posse das terras atravs da sua colonizao. Todavia, como apenas as de So Vicente e Pernambuco prosperaram, foi estabelecido, na Bahia de Todos os Santos, o Governo Geral, em 1549, que se sobreps s capitanias existentes. II. A Paraba no constava entre as capitanias hereditrias, sendo criada depois, em 1585, poca dos Governos-Gerais, portanto, sob controle direto da Coroa. Da a sua designao de real, posto que era propriedade do Estado monrquico, encarnado no Rei, como era o costume no Antigo Regime. Por esse motivo, nunca houve donatrios da capitania da Paraba, mas sim governadores ou capites-mores. III. As Cmaras municipais das vilas e cidades foram instncias administrativas que representavam o poder dos senhores locais. Eram ocupadas pelos homens bons, categoria social de sesmeiros, a nobreza da terra, e por comerciantes e seus representantes. Mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os escravos, por serem propriedade, estavam excludos da representao. Est(o) correta(s): a) apenas II d) apenas II e III b) apenas III e) I, II e III c) apenas I e II 06. A crise do Pacto Colonial, nas primeiras dcadas do sculo XIX, manifestou-se com grande vigor na atual regio Nordeste do Brasil, ento denominada de Norte. Na Capitania da Paraba, que, aps 1815, passou a Provncia do Reino Unido do Brasil, alm do descontentamento com a Metrpole, o processo descolonizador teve como caracterstica adicional e muito peculiar: a) O descontentamento dos paraibanos com o fato da Paraba ter sido desanexada da Capitania de Pernambuco em 1799. b) A significativa participao popular de mulatos e escravos na luta contra a subordinao comercial da Paraba a Pernambuco. c) A permanncia da situao de subordinao comercial da Paraba em relao a Pernambuco, mesmo aps a desanexao poltica. d) A reivindicao formal do movimento descolonizador no sentido de reanexar, politicamente, a Paraba a Pernambuco. e) O confronto armado das elites paraibanas contra as elites pernambucanas, motivado pela subordinao comercial da Paraba a Pernambuco.
07. Uma das mais flagrantes contradies, referentes histria das idias no Brasil Imperial, foi a adeso das classes proprietrias aos princpios do liberalismo com a defesa intransigente da manuteno da escravido, que permaneceu, por quase todo o sculo XIX, como a forma predominante nas relaes de trabalho. Sobre escravido, liberalismo e transio para o trabalho livre, no Brasil do sculo XIX, INCORRETO afirmar: a) Algumas rebelies imperiais, a exemplo da Revoluo Praieira e da Revoluo Farroupilha, ambas de contedo republicano, por mais radicais que tenham sido, no se comprometeram com o fim da escravido. b) As presses inglesas pelo fim do trfico negreiro coagiram as elites brasileiras a resolverem a questo da substituio da mo-de-obra escrava, que, no entanto, se processou de modo lento e gradual, atravs de um conjunto de leis: Eusbio de Queirs (1850), Ventre Livre (1871), Sexagenrios (1885) e urea (1888). c) As elites agrrias da Paraba no contestaram a Lei urea (1888) porque o nmero de escravos j era reduzido na provncia, e os proprietrios de terras j estavam buscando sujeitar ao trabalho os homens livres pobres na qualidade de moradores de condio (meeiros, parceiros etc.). d) O Estado, sobretudo em So Paulo, foi o principal instrumento de estmulo substituio da escravido pelo trabalho livre, uma vez que, a partir de 1871, passou a custear, parcialmente, a importao de trabalhadores imigrantes, diminuindo os gastos dos cafeicultores. e) A importao de fora de trabalho de origem europia exprimia, alm de objetivos econmicos, uma tentativa de branqueamento da populao brasileira, formada, predominantemente, por negros, ndios e mestios. f) O irrestrito apoio do Exrcito escravido e monarquia deveu-se ampla difuso do positivismo na instituio militar, expressando, ao mesmo tempo, o seu carter nacionalista e conservador. 08. Com relao cultura e vida cotidiana no Brasil Imperial, correto afirmar: a) As indstrias nascentes, na segunda metade do sculo XIX, no puderam utilizar mo-de-obra infanto-juvenil, mesmo recrutando essa fora de trabalho atravs de anncios de jornais, porque houve forte resistncia da sociedade civil a essa prtica. b) As camadas mdias e as camadas populares urbanas tinham amplas e diversificadas possibilidades de ocupao, mobilidade e ascenso social, devido a um intenso processo de urbanizao no pas, que remontava ao perodo colonial. c) Os hbitos culturais trazidos pelos imigrantes tiveram pouca penetrao na cultura brasileira, especialmente na rea cafeeira da provncia de So Paulo, devido resistncia das suas elites s influncias europias. d) A pacata vida cotidiana da Parahyba do Norte, capital da provncia da Parahyba, foi abalada, aps 1850, por dois acontecimentos impactantes: as epidemias, matando milhares de escravos, e o afluxo de milhares de retirantes sertanejos, aps a grande seca de 1877. e) Os grandes centros urbanos do pas tornaram-se cosmopolitas, isto , abertos a idias e costumes da cultura europia, o que resultou em maior democratizao tnica da sociedade brasileira.
-
5
HISTRIA DA PARABA
f) A modernizao da Capital (Rio de Janeiro), na segunda metade do sculo XIX, significou melhorias materiais na cidade bondes, iluminao, encanamento etc. , mas no foi acompanhada de quaisquer mudanas nas idias, costumes e prticas culturais. 09. Leia o trecho a seguir: (...) o avano em que ia o progresso da Capitania, em 1601, ou um pouco mais tarde, leva a crer que o trabalho nativo era o motor desse progresso (MEDEIROS, M. do Cu e S, Ariane N. de M. O Trabalho na Paraba: das origens transio para o trabalho livre. Joo Pessoa: Universitria/UFPB, 1999, p. 31). Baseado no exposto, pode-se afirmar: I. As aldeias, para os capites-mores da Capitania Real da Paraba, tinham a finalidade de preparar braos para a lavoura e soldados para a guerra. II. A mo-de-obra indgena teve pouca participao na conquista e colonizao da Paraba, pois os nativos no se adaptaram s condies exigidas pelo colonizador. III. O escambo, relao de trabalho que deu certo no extrativismo do pau-brasil, foi posto em prtica na Paraba, para integrar o ndio ao processo produtivo. A(s) afirmao(es) correta(s) (so): a) apenas II e III d) I, II e III b) apenas I e III e) apenas I e II c) apenas III 10. "A organizao dos camponeses na Paraba, com a morte de seus lderes, no foi destruda, ao contrrio, serviu de estmulo para lutar e reivindicar seus direitos. As Ligas Camponesas representaram importante papel na redefinio da questo agrria brasileira e questionaram o papel dos latifundirios, trazendo a Reforma Agrria para o debate pblico" (SILVA, Maria Santana de Souza. Os Camponeses se Rebelam e Lutam pela Reforma Agrria. In: LIMA, Damio de. e outros: Estudando a Histria da Paraba. Campina Grande: Cultura Nordestina, 1999, p. 108). Tomando por base o tema abordado no texto, a) defina as Ligas Camponesas, identificando seu papel histrico na Paraba. b) caracterize a atuao do MST no Brasil atual. 11. Povo nativo que vivia margem esquerda do Paraba at a serra da Ibiapaba, no Cear. Aliados dos franceses na Baa da Trao e, depois, na guerra holandesa, auxiliaram os portugueses. Estamos falando dos: a) aris. d) Tabajaras b) caets e) Cariris c) potiguaras 12. A origem de Campina Grande remonta prtica expansionista da Coroa Portuguesa do final do sculo XVII, cujo objetivo precpuo era o de encontrar soluo para os problemas internos do Reino, incentivando a ocupao de reas do interior do Brasil. (Josefa Gomes de A. E Silva. Razes histricas de Campina Grande. In: Imagens multifacetadas da Histria de Campina Grande, 2000, p.14)
Esta poltica expansionista da Coroa estimulou a) o desenvolvimento da economia canavieira no agreste paraibano. b) a exploso de minifndios no serto paraibano. c) a criao de gado e a agricultura de subsistncia com base na apropriao de terras e na subordinao do brao nativo pela escravido. d) a criao de gado no agreste paraibano e a pujana comercial sertaneja. e) a extino das Cartas de Sesmarias no interior da Paraba e o grande aumento do trfico negreiro para o serto paraibano. 13. Sabemos que a energia eltrica um dos modernos sistemas de iluminao que transformou o mundo desde o sculo XIX. Em termos de iluminao pblica na Paraba, correto afirmar: a) Durante o sculo XIX, Campina Grande utilizou o sistema de iluminao a gs carbnico. b) Foi fundamental para a Paraba a utilizao do sistema de iluminao a gs carbnico, considerado o mais avanado sistema antes da eletricidade. c) As primeiras experincias com energia eltrica na Paraba remontam ao ano de 1912, sendo levadas a efeito em Sap, Guarabira e Patos. d) Campina Grande teve a inaugurao da iluminao eltrica no ano de 1920 com a presena macia da populao em seu ato inaugural. e) Campina Grande s teve a inaugurao da iluminao eltrica em 1936, na primeira gesto do prefeito Vergniaud Wanderlei. 14. Entre 1930 e 1945, Campina Grande foi, segundo o historiador Fbio Gutemberg Ramos, palco de uma atribulada reforma urbana que marcou a vida de seus moradores. Para ele, haviam se tornado comuns no Brasil: ... as preocupaes com o saneamento e embelezamento das areas centrais das cidades e os planos para seu posterior crescimento; neles era cada vez mais freqente a incorporao dos fluxos de transportes e automveis, ao mesmo tempo em que as principais epidemias que haviam assolado as cidades no sculo XIX estavam sob relativo controle. In: Campina Grande: cartografias de uma reforma urbana no Nordeste do Brasil (1930-1945). Revista Brasileira de Histria. So Paulo, v. 23, n 46, p. 62. 2003. Analise as seguintes assertivas: I - Um aspecto da reforma urbanstica em Campina Grande foram a transferncia dos prostbulos de suas ruas centrais para reas afastadas e a destruio da cadeia postada na principal praa da cidade. II - O plano urbanstico preocupava-se apenas com o discurso vigente que colocava Campina Grande como um grande mercado de algodo do mundo. A prova disso que o primeiro sistema de saneamento e abastecimento de gua da cidade s foi feito j na dcada de 1970. III - A reforma urbanstica se relacionava com as mudanas estticas e higinico/sanitrias, inspiradas na medicina social, que j vinham sendo feitas em algumas capitais brasileiras desde a segunda metade do sculo XIX. Est(o) correta(s) apenas a(s) assertivas(s): a) II e III d) I b) I e II e) III c) I e III
-
6
HISTRIA DA PARABA
15. De lugar de pouso para tropeiros, passando por centro que beneficiava e comercializava o algodo, at o atual destaque no desenvolvimento de softwares, Campina Grande teve, no sculo XX, altos e baixos em seu crescimento. Sobre isso analise as seguintes proposies, verificando se so verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) questionvel atribuir ao algodo a responsabilidade pelo desenvolvimento econmico de Campina Grande, pois ela no produzia o ouro branco, apenas tinha a incumbncia de receber toda a produo que vinha do serto e export-la para a Europa e os EUA. ( ) Com a contribuio da economia algodoeira, Campina Grande teve um crescimento populacional extraordinrio. No final da dcada de 1910 registrava-se algo em torno de 20 mil habitantes; j no final da dcada de 1930, a cidade contava com cerca de 130.000 habitantes. ( ) At os anos 1960, Campina Grande era o plo comercial e industrial da Paraba, arrecadando mais impostos do que a prpria capital. Mas, no incio da dcada de 1970, Joo Pessoa passou a ter uma efetiva importncia econmica com investimentos privados e dos governos estadual e federal. ( ) Fatores para a crise da economia algodoeira em Campina Grande foram: a inexistncia, na Paraba, de um porto para grandes navios; a concorrncia com o Estado de So Paulo, que com a crise do caf passou a produzir o algodo; e o ingresso de poderosas empresas estrangeiras no mercado de algodo. Assinale a alternativa correta. a) V, F, V, F c) F, V, V, V e) V, V, F, F b) F, V, V, F d) F, F, F, V 16. A Capitania Real da Paraba foi criada em 1574, mas s foi ocupada em 1585. Sobre a conquista da Paraba correto afirmar: a) No houve resistncia dos nativos e a terra s no foi ocupada em 1574 porque o interesse dos portugueses era com a Capitania de Itamarac. b) A conquista da Paraba s ocorreu com a adeso dos tabajaras, que lutaram contra os potiguaras. Houve um extermnio em massa e os ndios que colaboraram com os colonizadores terminaram sendo utilizados como mo-de-obra na lavoura, nos engenhos e na construo de obras urbanas. c) Apesar de os potiguaras terem lutado ao lado dos portugueses no foram beneficiados, devido aos tabajaras, que no sucumbiram nas batalhas e tornaram-se aliados dos conquistadores, ocupando os postos de confiana. d) Os franceses pretendiam tomar as terras dos potiguaras e escraviz-los, o que favoreceu a aliana entre portugueses e potiguaras na luta que culminou com a conquista e ocupao da Paraba. e) Apesar da dominao da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, os espanhis foram totalmente ausentes nas tentativas de conquista da Paraba. 17. Tomam os sediciosos conta da feira, passam livremente a quebrar as medidas arrebatadas aos comerciantes, a despedaar as cuias encontradas em mos dos vendedores retalhistas, a recolher pesos de todos os tamanhos, atirados em seguida no
Aude Velho. (Cit.Damio de Lima. Estudando a Histria da Paraba, p. 71). A ignorncia e o fanatismo so apontados por alguns historiadores como os principais fatores que provocaram a ecloso de Quebra-Quilos. Sobre este movimento podemos afirmar: a) Em decorrncia de ter sido um movimento de expresso restrita a algumas cidades do estado da Paraba, inclusive Campina Grande, no foi reprimido pelo governo imperial. b) Movimento que teve sua origem em Fagundes, em 31 de outubro de 1874, no ultrapassou os limites do estado da Paraba. c) Teve a participao exclusivamente da camada pobre da sociedade, mais especificamente a massa de camponeses. d) Alm do fanatismo e da ignorncia, a centralizao administrativa, a alta carga tributria e a adoo do sistema mtrico decimal contriburam para o surgimento de Quebra-Quilos. e) O movimento foi reprimido pelo governo do estado da Paraba com o total apoio dos proprietrio rurais e de integrantes do clero. 18. Ao lado dos trabalhadores livres, como os meeiros, agregado-se aqueles que recebiam por tarefa, foram (os escravos) os principais responsveis pela produo da riqueza material e cultural domunicpio (...). Os documentos confirmam que famlias tradicionais possuam, para os padres locais, expressivos contingentes de escravos. (Luciano Mendona de Lima. In: Revista de Histria da Biblioteca Nacional. Ano 2 n 16. Janeiro de 2007.) Sobre o texto acima, que trata da histria da escravido na cidade de Campina Grande, assinale a nica alternativa INCORRETA. a) Os escravos podiam participar do comrcio nas feiras semanais comprando, vendendo e trocando vrios tipos de mercadorias advindas de seu prprio trabalho autnomo, de suas roas e outras atividades. b) Os escravos eram usados em vrias atividades scio-econmicas de Campina Grande. Nos algodoais, nas fazendas e currais, no plantio e colheita, na produo de aguardente e rapadura. At nas funes domsticas e ofcios artesanais percebia-se a presena escrava. c) Campina Grande s surgiu como cidade em 1864, sendo essa a causa para que os escravos tivessem uma fraca participao na economia local. O papel de destaque atribudo aos trabalhadores livres, mdios comerciantes e produtores de algodo. d) No incio do sculo XIX, Campina Grande se inseriu no trfico de escravos. Os proprietrios ganhavam muito dinheiro vendendo cativos para as provncias do sul, que prosperavam com a produo cafeeira. e) Nas ltimas dcadas do sculo XIX a escravido se deslegitima em Campina Grande. A prova disso so as aes civis onde escravos pleiteiam sua liberdade junto aos seus senhores. 19. Leia o texto abaixo e assinale a nica alternativa incorreta sobre o processo de ocupao e colonizao da Paraba: a) Felipia de Nossa Senhora das Neves, atual Joo Pessoa, surgiu do cultivo da cana-de-acar. Na Zona da Mata, os canaviais dependiam da mo-de-obra escrava e atraram o interesse dos holandeses no sculo XVII.
-
7
HISTRIA DA PARABA
b) Nas misses de catequese, os missionrios pregavam o cristianismo, alfabetizavam e ensinavam ofcios aos ndios e construam colgios. Foram eles que encontraram um planalto com uma campina verde e clima agradvel, que tinha um aldeamento de ndios cariris, e deram-lhe, ento, o nome de Campina Grande. c) A fundao da Paraba ocorre com o Ouvidor Martim Leito trazendo pedreiros, carpinteiros e engenheiros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves e indo at a Baa da Traio expulsar os franceses que relutavam em permanecer na Paraba. d) A colonizao de Campina Grande teve incio com a formao de um povoado e, em volta deste, de uma feira por onde passavam camponeses. J ento se percebem as caractersticas de uma cidade que historicamente nasceu vocacionada para as atividades comerciais. e) No existia (no sculo XVI) preocupao alguma por parte dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente a Paraba, pois o grande progresso da capitania pernambucana j rendia Coroa vultosas somas. 20. Leia o texto abaixo e assinale a nica alternativa INCORRETA sobre o Processo de Conquista e o Ocupao das Paraba: Portugal pretenso dono Do Brasil naqueles dias Fez presente a seus vassalos De extensas sesmarias Que se convencionou Chamar de Capitnias. Duas logo prosperaram, Pernambuco e So Vicente, A de Itamarac S muito tardiamente E onde est plantada A Paraba da gente S aps 80 anos De domnio portugus O Frutuoso Barbosa Aqui chegando se fez Foi a que o nosso Estado Comeo a ter voz e vez. Entre o mar impetuoso E o Sanhau dolente A Cidade foi surgindo Pelas mos do luso ingente Para depois transformar-se No que atualmente Nova Histria da Paraba recontada em cordel Manoel Monteiro. Campina Grande Junho/2005 4 ed. a) Felipia de Nossa Senhora das Neves, atual Joo Pessoa, surgiu do cultivo da cana-de-acar. Na Zona da Mata, os canaviais dependiam da mo-de-obra escrava e atraram o interesse dos holandeses no sculo XVII. b) Nas misses de catequese, os missionrios pregavam o cristianismo, alfabetizavam e ensinavam ofcios aos ndios e construam colgios. Foram eles que encontraram um planalto com uma campina verde e clima agradvel, que tinha um
aldeamento de ndios cariris, e deram-lhe, ento, o nome de Campina Grande. c) A fundao da Paraba ocorre com o Ouvidor Martim Leito trazendo pedreiros, carpinteiros e engenheiros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves e indo at a Baa da Traio expulsar os franceses que relutavam em permanecer na Paraba. d) A colonizao de Campina Grande teve incio com a formao de um povoado e, em volta deste, de uma feira por onde passavam camponeses. J ento se percebem as caractersticas de uma cidade que historicamente nasceu vocacionada para as atividades comerciais. e) No existia (no sculo XVI) preocupao alguma por parte dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente a Paraba, pois o grande progresso da capitania pernambucana j rendia Corou vultuosas somas. 21. O Anurio de Campina Grande de 1926 diz, sobre a naugurao da nova estrada de ferro ligando as cidade de Itabaiana e Campina Grande, que ... em 1907, inaugura-se entre ns, a estrada de ferro,fato que veio quadruplicar a influncia desta cidade,intensificando-lhe o comrcio, aumentando-lhe consideravelmente a populao, determinando a construo ininterrupta de novas ruas, de edifcios modernos, particulares e pblicos, para os possuintes, j agora, em nmero elevado. Sobre isso assinale a nica alternativa incorreta: a) Os trilhos chegaram Paraba ainda no sculo XIX, quando a estrada de ferro Conde DEu comeou a ser construda. Seu primeiro trecho ligando a Capital a algumas cidades do brejo paraibano ficou pronto em 1883. De l (em 1900) chegou a Itabaiana, para s ento vir para Campina Grande e depois seguir para o serto da Paraba. b) O primeiro trecho de uma estrada de ferro construdo no Nordeste foi no Estado de Pernambuco. A The Great Western of Brazil Railway C. L. iniciou, na segunda metade do sculo XIX, a construo de linhas frreas, com o intuito de prolong-las at a Paraba em busca de produtos como o algodo. c) Os dois principais atrativos que Campina Grande oferecia para ser um ponto terminal de uma via frrea eram o fato de ela encontrar-se na convergncia das trs grandes estradas centrais dos sertes do Piau, Rio Grande do Norte e Paraba, e de j demonstrar uma forte tendncia para as atividades de compra e venda de produtos ou valores. d) Os trilhos da estrada de ferro no traziam s o progresso. Se por um lado davam vida aos lugares por onde iam sendo colocados, por outro estagnavam as cidades que ficavam marginalizadas ao longo dos trilhos. Com isto, lugares como a cidade de Areia foram definhando por causa do isolamento. e) O que determinou a chegada do primeiro trem a Campina Grande foi a iniciativa do industrial pernambucano Delmiro Gouveia, que, conseguindo furar o bloqueio da Great Western of Brazil, investiu vultosa quantia em dinheiro para construir uma estrada que pudesse beneficiar os interesses comerciais de paraibanos e pernambucanos. 22. (...) a trade: festa-cidade-povo a frmula mgica para a construo da festa junina do MaiorSo Joo do Mundo como um fenmeno urbano e um evento turstico. Ela institui-se a partir dessa ligao de verdadeira simbiose, de maneira que, nos discursos e na prtica da festa, a cidade e o seu povo se revestem de um certo ethos juninopara, numa determinada temporalidade e espacialidade, o ms de junho e o Parque do
-
8
HISTRIA DA PARABA
Povo, transformar o cenrio de imagens cotidianas da cidade em uma espcie de arraial junino. In: LIMA, Elizabeth Christina de Andrade. A Fbrica dos Sonhos: a inveno da festa junina no espao urbano. Joo Pessoa: Idia, 2002. Em relao cidade de Campina Grande e sua maior festa popular, correto afirmar: I. Em que pese toda uma tradio em torno dos festejos juninos que remonta s primeiras dcadas do sculo XX, a instituio da festa de So Joo em Campina Grande, como um espetculo turstico, uma inveno recente que comeou a tomar forma entre o final da dcada de 70 e a primeira metade da dcada de 80, com a centralizao da festa junina em um nico local. II. O hbito de festejar os chamados santos juninos um costume antigo na regio Nordeste. Uma unanimidade entre os folcloristas a tese de que a festa junina originou-se na Europa e chegou ao Brasil com os portugueses ainda no sculo XVI. III. A construo e o conseqente sucesso da festa junina em Campina Grande se devem s peculiaridades da cultura local, pois sempre existiu na cidade toda uma sensibilidade em torno das atividades culturais como o teatro, a dana, o cinema, bem como em torno do lazer e do festejar. Est(o) correta(s) a(s) proposio(es): a) I, II e III b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e) Apenas II e III 23. A chegada do Santo Ofcio na Paraba, em 1595, no teve muita repercusso porque a populao era muito pequena. Foram aproximadamente 16 denncias e os casos mais interessantes foram de bigamia e sodomia, embora tivessem alguns casos judaizantes. (PINTO, Zilma. A saga dos cristos novos na Paraba. Joo Pessoa: Idia, 2005. Texto adaptado) De acordo com os seus conhecimentos sobre o Santo Ofcio e as prticas punitivas na Paraba, INCORRETO afirmar que a Inquisio: a) Inscreveu a religiosidade popular afro-brasileira como hertica e feiticeira, identificando-a como perigosa ao cristianismo. b) Gozou de relativa calmaria no sculo XVII, favorecida pela liberdade religiosa ocasionada pela cultura religiosa holandesa. c) Impulsionou o deslocamento de famlias paraibanas para o serto, intensificando o povoamento do interior. d) Classificou e puniu sodomitas e bgamos como os principais culpados de crimes contra a Igreja Catlica, e judeus como hereges e assassinos de Cristo. e) Condenou sujeitos acusados de judiarias, a exemplo de Branca Dias e do judeu Antnio Jos, julgados, degredados para a Bahia e queimados vivos em praa pblica 24. O historiador Luciano Mendona de Lima, ao pesquisar a escravido na Paraiba, enfatiza: A exemplo de todo o Brasil, o antigo municpio de Campina Grande teve na escravido, particularmente africana, um de seus fundamentos, pelo menos at a segunda metade do sculo XIX. O
progresso da Rainha da Borborema (como a cidade conhecida), ainda hoje exaltado em prosa e verso por suas elites, se fez em cima de costas negras, como resultado de um intenso processo de explorao de muitas geraes de escravos e seus descendentes. (LIMA, Luciano Mendona de. Os negros do Norte. Revista de Histria da Biblioteca Nacional. Ano II. N. 16, jan. 2007, p. 84). Com base no fragmento textual acima e nos conhecimentos sobre a escravido, considere as proposies abaixo: I. os escravos na Paraba colonial dedicavam-se sobretudo aos algodoais, enquanto o trabalho com a cana-de-acar era funo dos trabalhadores livres. II. os negros participaram ativamente do Quebra-Quilos, preocupando as autoridades e quebrando pesos e medidas. III. as identidades do escravo eram marcadas pela freqente submisso aos senhores e pela inrcia diante das ordens dos capites de mato. IV. o quilombo pode ser interpretado como um espao de resistncia dos escravos explorao econmica e opresso social. Esto corretas as afirmativas: a) II e IV. b) I e II. c) III e IV. d) I e IV. e) II e III. 25. o fim do mundo! Essa expresso, to cotidiana, expressa permanncia de um temor medieval. Nem sempre como metfora, ela surge como um medo concreto em muitos cristos dos mais variados matizes. Testemunhas de Jeov anunciaram o fim do mundo para 1914; os Borboletas Azuis, em Campina Grande, na Paraba, previram um dilvio que marcaria o fim do mundo para 13 de maio de 1980; no Japo, um grupo responsvel por um atentado no metr de Tquio previa o fim do mundo para 1995. Com a chegada do ano 2000, muitos sinais, a exemplo da Idade Mdia, foram interpretados como um indcios do final dos tempos. (CAMPOS, Flvio de; MIRANDA, Renan G. Oficina de Histria. So Paulo:Moderna, 2000, p.82) A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre a temtica, INCORRETO afirmar que o (a) a) milenarismo critica a fora dos fundamentalismos por acreditar que o Outro sempre representa o Anticristo e que precisa ser exterminado. b) messianismo um discurso poltico que reage atualidade dos tempos, a exemplo do Sebastianismo e dos Borboletas Azuis. c) milenarismo e o messianismo alimentam o sonho de poder acelerar ou mudar o curso do tempo e da histria, manifestos na figura de um heri que prope libertar a humanidade escravizada. d) milenarismo est longe de ter desaparecido, observando ainda uma conjuntura messinica e de temor ao fim dos tempos na Europa, na Amrica e no Oriente. e) mobilizao e a circulao planetria das idias, dos medos, dos pavores e das esperanas explicam o porqu do messianismo poder to eficazmente religar espaos e tempos
-
9
HISTRIA DA PARABA
26. Paraba. Dcada de 1920. Entre livros, papis, textos e imagens didticas nasce uma professora primria. No descendente de nenhuma figura extica, de nenhum pai cangaceiro, no descendeu da extirpe de nenhuma "Maria Bonita", mas nasce com o fogo da espingarda queimando-lhe os miolos, derretendo-lhe o juzo. Rasgando o verbo da tradio, surge cena paraibana Anayde Beiriz, numa poca que oferece terreno propcio s idias e aos movimentos denominados pela historiografia tradicional de progressistasou revolucionrios. (BURITI, Iranilson. Pela mo de Anayde. Revista O Professor. Lisboa, Portugal,2002, p. 73) A partir do fragmento textual acima, do filme Parahyba,Mulher Macho, e dos seus conhecimentos sobre o tema, certo afirmar que o comportamento poltico-social de Anayde Beiriz representa a (as) I. emancipao que estavam vivenciando todas as mulheres paraibanas, que rasgavam o verbo da tradio e conjugavam suas aes a partir de um novo tempo. II. construo de novos territrios femininos, tendo a contribuio das transformaes urbanas, da influncia estrangeira e da conquista de espaos pblicos para a mulher. III. inscrio de signos de diferenciao para a mulher, produzindo textos que mostravam sua insatisfao quanto ao projeto de vida que a cultura tradicional-oligrquica reservou para a figura feminina. IV. idias e movimentos denominados pela historiografia de progressistas ou revolucionrios, recepcionados na Paraba pela figura de Joo Dantas, Z Pereira e Joo Suassuna. Esto corretas: a) II e IV. b) I, II e III. c) III e IV. d) II e III. e) I e IV. 27.
Com o objetivo de povoar a sua colnia na Amrica, o rei de Portugal dividiu o Brasil em 15 lotes e doou a 12 donatrios. A Paraba, terra desconhecida, pertencia capitania a) de Pernambuco. b) do Rio Grande do Norte. c) de Itamarac. d) do Cear. e) da Bahia. 28. Criada de direito em 1574, quando da constituio de capitania real, a Paraba somente comeou a existir de fato em 1585. Analise as proposies a seguir: I- O retardamento da conquista explica-se pela resistncia dos ndios potiguaras, aliados aos franceses traficantes de pau-brasil. II- Nossa Senhora das Neves, terceira cidade do Brasil, por tratar-se de sede de capitania real, j nasceu cidade, desconhecendo o estgio de vila. III- O primeiro capito-mor da Paraba foi Martim Leito que instalou a fortaleza de Santa Catarina. IV- A sesmaria que originou o latifndio, monocultor, com a cana-de-acar no litoral e brejo, e o binmio pecuria-algodo, no serto, responsabilizou-se pela ocupao da Paraba. Est(o) CORRETA(S): a) Apenas I, III e IV b) Apenas I, II e IV c) Apenas II e III d) Apenas II, III e IV e) Todas 29.
Dois meses depois da luta Joo Tavares conquistou
Pirajibe e sua tribo E com ele reatou
Relaes de amizade Que com muita vaidade, Martim Leito festejou
A benfazeja aliana O inimigo atacava E o desejo comum
Dia a dia se arraigava Visando a um s ideal
O ncleo colonial Que ento se iniciava
E o marco da conquista
Sem dvida estava ficando Por soldados, jesutas
Muito bem testemunhado Sob as bnos de Jesus
A f ergueu uma cruz Tudo estava iniciado.
Luiz Nunes Alves, apud Eliete Gurjo. In: Estudando a Histria da
Paraba, 2001, p. 26. Considerando a conquista da Paraba NO CORRETO afirmar:
-
10
HISTRIA DA PARABA
a) Os conquistadores utilizaram a mo-de-obra dos ndios que se renderam na lavoura, nos engenhos e na construo de obras para edificao da cidade de Nossa Senhora das Neves. b) O papel da Igreja com a participao de diversas ordens como a dos jesutas, franciscanos, carmelitas e beneditinos foi de grande importncia na conquista da Paraba. c) A conquista definitiva da Paraba somente foi possvel quando os portugueses conseguiram a adeso dos Tabajaras. d) Com a dominao da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, alguns espanhis juntaram-se aos portugueses na tentativa de conquista da Paraba. e) Aps a Tragdia de Tracunham foi criada a Capitania Real da Paraba e como no houve resistncia dos nativos, logo se deu a efetiva conquista e ocupao do territrio. Fiadora e guardi da sociedade, a Igreja sempre disps de bastante prestgio. Acerca das ordens religiosas da capitania da Paraba e de seus mosteiros podem ser destacados os seguintes elementos: I- Os jesutas foram os primeiros missionrios que chegaram capitania da Paraba e acompanharam todas as lutas da colonizao. II- Os franciscanos construram o Convento de So Francisco o qual se constituiu num ncleo de catequese para encaminhar os brasilndios ao trabalho til e orientado. III- Os beneditinos foram expulsos da capitania da Paraba, porque se posicionaram contra a Santa Inquisio e no usavam mtodos de educao to rgidos como os jesutas. IV- Os missionrios carmelitas fundaram o mosteiro de So Bento onde iniciaram os trabalhos missionrios. Dentre eles, esto CORRETOS: a) Apenas III e IV c) Apenas II, III e IV e) Todas b) Apenas I, II e III d) Apenas I e II 30. A participao ativa da Paraba na rebelio de outubro, como componente da Aliana Liberal, conferiu s lideranas locais, que j integravam o aparelho administrativo, a permanncia no poder, com exceo do ento governador lvaro de Carvalho que se manteve alheio s conspiraes revolucionrias. O texto refere-se: a) ao ato de extrema bravura, de herosmo, como se fora o grito de emancipao da Paraba, dado pelo presidente Epitcio Pessoa, denominado dia do NEGO. b) Revoluo Praieira, ltima rebelio do Imprio c) Revolta de Princesa liderada pelo coronel Joo Suassuna, chefe poltico da cidade, localizada no serto da Paraba. d) reao dos comerciantes do interior da Paraba, do Cear e principalmente de Pernambuco reforma tributria promovida pelo presidente Joo Pessoa. e) Revoluo de 1930 que teve como estopim o assassinato de Joo Pessoa 31. Alguns historiadores taxaram esse movimento de Revoluo dos Padres, devido ao grande numero de religiosos que a integraram. Na Paraba, as coisas tiveram essa mesma feio, explicvel pelo preparo intelectual dos sacerdotes, aptos assimilao das idias liberais. Alm da Paraba, o movimento teve a adeso de Alagoas, Rio Grande do Norte e Cear.
MELLO, J. Otvio de A. Histria da Paraba. A UNIO, Joo Pessoa, 2002, p. 102. O texto refere-se : a) Revoluo Pernambucana de 1817 b) Guerra dos Mascates c) Coluna Prestes d) Conjurao Baiana e) Confederao do Equador 32. Apesar da rigidez da estrutura econmico-social baseada no latifndio e no trabalho escravo, as massas populares sempre procuraram assinalar intensa participao na Histria da Paraba. Faa a associao das duas colunas. 1 - Revoluo de 1817 2 - Confederao do Equador 3 - Revoluo Praieira 1848/49 4 - Revolta de Quebra-Quilos 5 - Ronco da Abelha ( ) Revolta que ficou assim conhecida pela modificao que provocou no sistema de pesos e medidas. ( ) Revolta contra a atitude autoritria de D. Pedro I. O objetivo do seu lder era reunir as provncias do Nordeste em uma repblica ( ) Foi o ltimo movimento revolucionrio do Imprio. Teve incio com os choques entre liberais e conservadores de Olinda ( ) A revolta deu-se nos sertes de Pernambuco, Alagoas, Cear e Paraba com o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto que, com o fim do trfico negreiro, os homens livres tiveram que trabalhar. ( ) Movimento de carter republicano e separatista. Teve incio em Pernambuco e logo se estendeu s provncias de Alagoas, Paraba, Rio Grande do Norte e Cear. Assinale a alternativa que indica a seqncia CORRETA. a) 4, 1, 3, 2, 5 b) 4, 2, 3, 5, 1 c) 2, 4, 1, 3, 5 d) 5, 3, 1, 2, 4 e) 5, 1, 4, 3, 2 33. Sobre a dominao holandesa na Paraba, analise as proposies a seguir: I- Tomada a capitania da Paraba, os holandeses estabeleceram suas defesas militares na fortaleza de Santa Catarina que seria a praa forte com mltiplas funes: posto de vigilncia; ponto de apoio para a defesa; arsenal de guerra; priso militar; palco de torturas; execues de traidores; caixa forte batava; refgio flamengo; e sede do governo durante a ocupao. II- A capital da Paraba, at ento Filipia, passou a denominar-se Frederica. A administrao holandesa foi implantada nesta cidade, de forma a garantir a dominao e o controle sobre a produo aucareira local. III- A Companhia das ndias, aps o retorno de Maurcio de Nassau a sua ptria, executou uma poltica agressiva: confiscou fazendas e engenhos, perseguiu catlicos e aumentou impostos.
-
11
HISTRIA DA PARABA
Est(o) CORRETA(S): a) Apenas a proposio I b) Apenas as proposies I e II c) Apenas as proposies II e III d) Apenas as proposies I e III e) Todas as proposies