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1 Agosto 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Agosto 2009

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Agosto 2009

Mais de 300 milhões para requalificar o Montijo – 19

Cidade de Montijo comemora 24.º aniversário – 20

24 Anos de Cidade: Obras de Referência – 21 e 22

Munícipes falam do Dia da Cidade – 23

Comércio LocalCorrearia Ferreira – 24

Testemunhos na Primeira Pessoa – 25

Eco-Feira de Projectos Escolares 2008/2009 – 26

Estagiar na Europa – 27

Câmara e Associação “O Jardim do Oleiro” assinam protocolo – 28

I Fórum Juntos pelo Bem-estar e pelo Desenvolvimento Solidário – 29

A ASSIM concorre ao Guiness Book ao som de Kizomba – 30

Notícias da reunião de câmara – 31

Afonsoeiro recebeu executivo municipal – 32

Executivo municipal visitou Alto Estanqueiro-Jardia – 33

Freguesia do Montijo encerrou ciclo de visitas – 34 e 35

Obras – 36 e 37

Um Caso de Sucesso – 38

Editorial – 3

Festas Populares de S. Pedro 2009 – 4 e 5

Humildes e AldeanosJosé António Aranha – 6 e 7

A Prevenção da Gripe A – 8

XX Feira do Porco e XVIII Salsicharia – 9

Modelscala 2009 – 10

Património Artístico-Cultural do Montijo – 11

Gente da Nossa Terra José Cáceres – 12 e 13

“Montijo Jovem 2009” com 43 obras concorrentes – 14

Voluntariado em Cabo Verde – 15

As Nossas Instituições Tertúlia Tauromáquica de Montijo – 16 e 17

Praceta Pátio d’Àgua recebe Julgado de Paz – 18

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Ficha Técnica

DirectoraMaria Amélia AntunesEditor Alcídio TorresRedacçãoAna Cantas Ribeiro, Ana Cristina Santos – Gabinete de Comunicação e MarketingFotografia Carlos RosaMiguel GervásioGrafismo e PaginaçãoDivisão de Informação e Relações Públicas PropriedadeCâmara Municipal de MontijoImpressãoGrafiponte

Publicação TrimestralDistribuição GratuitaDepósito Legal 121058/98ISSN1645-72187500ex.

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A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

Há 79 anos (1930) a vila e o concelho de Aldeia Galega do Ribatejo passaram a denominar-se Montijo. Em 1985 (14 de Agosto) Montijo é elevada à categoria de cidade. Desde então, a cidade e todo o concelho têm conhecido índices de conforto e de qualidade de vida importantíssimos.

O ordenamento espacial da cidade é, actualmente, um factor de inclusão e de desenvolvimento que potencia um ordenamento urbano harmonioso e ecologi-camente sustentável.

Nestes 24 anos de cidade, Montijo trabalhou para um ecossistema saudável, por recursos sustentáveis, pela justiça social, pela equidade e no respeito pelas diferenças.

Porque a cidade é um organismo complexo que vive, respira, cresce e está sem-pre em mudança, procurámos investir na qualidade de vida urba-na e ambiental.

Não é por acaso, que o Município de Montijo aderiu em 2000 à Rede Nacional de Cidades Saudáveis, fazendo parte do Conselho de Administração da Rede Portuguesa das Cidades Saudáveis.

As ETARs que construímos, o planeamento e a execução das no-vas urbanizações, a integração interclassista dos cidadãos nos chamados bairros sociais, o abastecimento de água e a sua qua-

lidade em todo o concelho, a requalificação da zona ribeirinha e do patrimóno edificado são apenas alguns exemplos de um projecto de cidade saudável e ecologicamente equilibada.

Reduzir as desigualdades em saúde, promover estilos de vida saudáveis, apro-fundar a cooperação entre serviços da administração pública, instituições e gru-pos envolvidos nas áreas sociais, são alguns dos objectivos que prosseguimos no sentido de um projecto cada vez mais sustentável de cidade saudável.

É neste contexto que ganha maior dimensão o envolvimento de todos os agentes sociais e económicos, de todos os partidos na promoção de políticas públicas saudáveis, partilhando experiências e saberes e potenciando competências.

Na verdade, o que mede o carácter democrático de uma sociedade, não é a for-ma de consenso ou de participação que ela atinge, é a qualidade das diferenças que ela reconhece, que ela gere, a intensidade e a profundidade do diálogo entre experiências pessoais e culturais diferentes umas das outras.

Como um projecto de todos e para todos, o projecto de cidade que preconiza-mos para Montijo atribui uma enorme relevância ao planeamento estratégico, um planeamento capaz de estabelecer as indispensáveis correlações entre ambien-te, planeamento urbano, saúde, educação, exclusão social/pobreza, emprego/desemprego, situação social e económica. É isso mesmo que pretendemos com a revisão, em curso, do PDM (Plano Director Municipal).

Mais do que a criação de uma sociedade politicamente justa e apologista da abolição de todas as formas de dominação e de exploração, queremos uma de-mocracia onde os indivíduos, os grupos e as comunidades se tornem em sujeitos livres, em produtos da sua história, capazes de viverem e amarem a sua cidade.

As ETARs que construímos, o planeamento e a

execução das novas urbanizações, a integração interclassista dos cidadãos

nos chamados bairros sociais, o abastecimento

de água e a sua qualidade em todo o concelho, a

requalificação da zona ribeirinha e do patrimóno

edificado são apenas alguns exemplos de

um projecto de cidade saudável e ecologicamente

equilibrada.

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24 ANOSDE CIDADE

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FESTAS POPULARES DE S. PEDRO 2009

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MEMÓRIAS DE PESCADOR

José António Gaspar Aranha é um homem do mar. As velas içadas de pequenas em-barcações fizeram com que percorresse o rio centenas de vezes. À Revista Montijo confidenciou como foi a sua vida no mar, an-tes de todas as inovações tecnológicas que hoje proporcionam melhores condições de trabalho. Apesar das dificuldades que en-frentou, e as mágoas que o mar lhe trouxe, não se cansa de falar das recordações que as águas lhe trazem e até o fado que can-ta combina a rima com a vida do pescador. Hoje, com 75 anos, reformado, vai todos os dias à zona ribeirinha, cuidar das embarca-ções municipais Deolinda Maria e Lubélia Maria. É perto do rio que se sente bem.

José Aranha nasceu a 13 de Fevereiro de 1934. Fez toda a sua vida no Montijo, na Rua Humberto Sousa, e no “Bairro de Pes-cadores”, onde ainda vive. “Na mesma casa onde nasci, ainda hoje moro. Entro e saio por aquela porta há 75 anos”, comenta.

Frequentou a escola até aos 11 anos, al-tura em que foi trabalhar numa fábrica de cortiça. Seguindo as tradições familiares, tira a cédula de pescador com 14 anos de idade. “Na altura custou quatro escudos”, recorda. Aos 17 anos foi para o mar.

A pesca é uma profissão de risco e os meios rudimentares existentes testavam a capacidade de sobrevivência dos que todos os dias se arriscavam para buscar sustento. Dois dos seus irmãos não resistiram. O mar roubou-lhes a vida. “O meu pai era pesca-dor. Dois dos meus irmãos também o eram e morreram no mar. Um porque o barco se virou e o outro caiu ao mar, só ao fim de dias é que apareceu.”

O pescador conserva vivas na memória as dificuldades por que passou. Durante anos, passou mais tempo no mar do que em terra. “Eram tempos difíceis. Íamos 12 dias para o mar e ficávamos três em terra. Voltávamos depois de trabalhar as redes e das mulheres lavarem a roupa. Digo com in-

sistência que sou casado há 50 anos, dormi 20 com a mulher e os restantes ao de cima de água”

No Inverno, era uma vida muito mais dura. “Devido ao mau tempo, quando havia mais dificuldade de pescar, parava e ia carregar cortiça para uma fábrica”.

Mas sempre que o mar deixava, zarpava. “Cheguei a andar com lama enterrada até aos joelhos e a chover. De noite, tínhamos que andar com uma pequena luz, um ar-chote, a apanhar o peixe um aqui e outro ali. Depois lá vinha aqueles dias de calor e a pessoa esquecia-se daquilo.”

O que o tempo não apaga são as lem-branças de dias em que, por vontade do destino, regressou a casa. “Um dia o barco virou-se. Éramos três, restou uma parte do barco ao de cima, o resto ficou tudo enter-rado debaixo de água, connosco lá dentro. Tive o tempo todo com água até ao pescoço para não sentir frio. Lá passou uma fragata que nos avistou, endireitámos o barco, des-pejámos a água e dormimos com a roupa molhada por cima do corpo”.

Episódios como estes eram frequentes. “Uma outra vez estava descalço e enleie-me nas redes e fui para o fundo, nem sei por onde andei, só sei que o susto foi de tal ordem que nunca mais fui para o mar com aquelas redes.”

A pele queimada e as mãos calejadas re-velam tanto de si como as histórias que tem para contar. José Aranha conheceu a fartura de peixe existente nestas águas, hoje tão pouco generosas para os pescadores. “Pes-cava vários tipos de peixe, como linguados, enguias, tainhas, robalos, entre outros. Hou-ve uma altura em que trazia duas carroças carregadas de peixe e vendia-se tudo”.

Hoje não é assim. “Não se vende uma caixa de peixe”, lamenta. Na sua opinião a escassez de procura tem explicação. “Na-quele tempo a população trabalhava e co-mia no Montijo. Agora somos muitos mais,

mas a maior parte das pessoas não vive cá, só vem dormir. Há 75 anos atrás esta terra era um corrupio de fábricas e de gente, gos-tava mais daquele tempo.”

Nas Festas Populares de São Pedro, e desde 1986, ano em que foi introduzida a procissão do mar, que José Aranha enfeita o barco, juntando-se ao cortejo de embarca-ções de pesca engalanadas, que seguem a imagem de São Pedro, da Base Aérea ao antigo Cais dos Vapores.

É também nesta época festiva que dá azo a mais umas das suas façanhas: a famosa Caldeirada à Pescador. “O trabalho que eu tenho com a caldeirada!” desabafa ao mes-mo tempo que o sorriso deixa transparecer o orgulho que tem em fazê-lo.

A tarefa árdua começa cedo. “Começo a

comprar peixe uma semana antes, as en-guias vão-me trazendo aos poucos. Na noi-te anteriortenho que partir tudo em postas e salgar. Eu e o meu irmão como lhe chamo, João Feijão, tratamos de tudo. Ele fica com os temperos e as batatas. Eu com o peixe.”

O famoso prato leva mais de 300 quilos de peixe. “Passa tudo pelas minhas mãos. Os chocos, o tamboril, as raias, as corvinas, os safios e as enguias, que é a mola real daquilo. Temos que vir de madrugada, por-que são 15 tachos grandes a cozinharem ao mesmo tempo. É uma roda-viva, ando sem-pre para cá e para lá. Mas nunca falha. À

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uma da tarde o almoço está pronto.”Apesar do empenho e dedicação que é

necessário para alimentar mais de 300 pes-soas no dia do padroeiro, a verdade é que quem labuta afinal não se senta à mesa. “Nunca me sentei a comer a caldeirada. Só provo. A meio da manhã, quando já está tudo quase pronto, cozo um bocadinho de tamboril ou de raia só com sal e uma batata e é o meu almoço”.

Aos 60 anos deixou a pesca. “Proibiram a pesca ‘tapa esteiros’ e eu já não tinha ida-de para aprender novo ofício como muitos fizeram. Como o ganho era pouco não se podia descontar muito. A minha salvação fo-ram estes barcos, doados à Câmara. Fiquei a tomar conta deles. Sempre ganho algum a juntar à minha reforma que pouco passa dos 60 contos.”

Hoje dedica mais tempo à família, à sua esposa, cuja saúde gostava que fosse maior, à filha e ao neto. Mas não só. Todos os dias visita a nova zona ribeirinha cuja obra aprecia, mas gostava de ver mais cui-dada e com mais animação. “É como uma casa nova em que não mora lá ninguém”.

Verdade seja dita, que é por Deolinda Ma-ria e Lubélia Maria que todos os dias lá volta. O aspecto impecável das embarcações e as cores garridas que brilham demonstram o muito empenho e dedicação no seu trato.

José Aranha é um homem simples, teve uma vida dura feita de muitas tormentas que conseguiu vencer. Talvez por isso goste de “ajudar quem não pode” e até deseje que um dia “seja eu, com a vida que tenho, o homem mais pobre do mundo, significa que todos os outros estão bem”, conclui.

“Um dia o barco virou-se. Éramos três, restou uma parte do barco ao de cima, o resto ficou tudo enterrado debaixo de água, connosco lá dentro. Tive o tempo todo com água até ao pescoço para não sentir frio. Lá passou uma fragata que nos avistou, endireitámos o barco, despejámos a água e dormimos com a roupa molhada por cima do corpo”.

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A Prevenção da Gripe A

A evolução do vírus H1 N1 (Gripe A) tem causado profundas preocupações nos ci-dadãos. A Câmara Municipal de Montijo, através do Serviço Municipal de Protecção Civil, está, juntamente com as entidades de saúde pública, a monitorizar a situa-ção, aconselhando igualmente que sejam respeitados as recomendações da autori-dade de saúde pública, com vista a preve-nir o contágio entre pessoas.

Dentro das medidas de autoprotecção existem dois gestos fundamentais para prevenir a disseminação do vírus.

O primeiro é cobrir a boca e o nariz quan-do tossir ou espirrar, usando sempre um lenço de papel e nunca as mãos. De segui-da, deve colocar imediatamente o lenço de papel no lixo e executar o segundo gesto fundamental que é lavar bem as mãos.

Sempre que se assoar, espirrar ou tossir deve lavar de imediato as mãos. Deve la-vá-las também frequentemente com água e sabão/sabonete líquido ou então com uma solução de base alcoólica.

Nunca é demais lembrar que a nova estirpe de vírus da gripe transmite-se pelo ar, de pessoa para pessoa, através de go-tículas de saliva de um indivíduo doente, sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto das mãos com objectos e/ou superfícies contaminadas.

Lembre-se que deve limpar superfícies sujeitas a contacto manual muito frequen-te, como as maçanetas das portas, cor-rimãos, telefones ou computadores, com um produto de limpeza comum.

A Gripe A é uma gripe humana e os sin-tomas desta doença são semelhantes aos da gripe comum: febre, tosse, dor muscu-lar, dificuldade respiratória e, nalguns ca-sos, vómitos e diarreia.

Se tiver regressado de alguma área afec-tada ou se tiver tido contacto próximo com alguém com gripe e manifestar algum dos sintomas mencionados deverá ligar para a linha Saúde 24 (800 24 24 24) e seguir as instruções que lhe forem dadas.

O Ministério da Saúde accionou o Pla-no de Contingência para este tipo de si-tuações e encontra-se permanentemente a acompanhar a evolução da situação, divulgando informação útil aos cidadãos sempre que necessário.

O Serviço Municipal de Protecção Civil aconselha a que cada um adopte com-portamentos preventivos, conhecendo e cumprindo as regras de prevenção de forma a mitigar as consequências graves provocadas pelos fenómenos a que todos nós cidadãos estamos sujeitos.

Mantenha-se atento e não se esqueça destas medidas fundamentais para preve-nir a disseminação do vírus.

Conselhos para o VerãoPara este Verão, o Serviço Municipal de Protecção Civil aconselha algumas medidas de auto-protecção para on-das de calor.

Em dias de muito calor, deve ingerir água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede. Não beba bebidas alcoólicas.

Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos. Se tiver de sair à rua, nas horas de maior calor, proteja-se usando um chapéu ou um lenço.

Lembre-se que deve vestir roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quanti-dade de calor. Evite usar vestuário com fibras sintéticas ou lã, pois provocam muita transpiração, podendo levar a desidratação.

Deve ir à praia sempre nas primei-ras horas da manhã ou ao final do dia. Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cremes de protecção solar;

Se for viajar com crianças mantenha-as arejadas, com o mínimo de roupa e dando-lhes frequentemente água a beber.

As refeições no Verão devem ser li-geiras, como sopas frias ou tépidas, saladas, grelhados, comidas com pou-cas gorduras e pouco condimentadas, acompanhadas, de preferência, com água e, se não for diabético, sumos de frutas.

A Protecção Civil Municipal e o Ga-binete Tecnico Florestal Intermunicipal Alcochete/Montijo relembram, também, que o Verão é a época de excelência dos fogos florestais. Proteger a floresta é uma obrigação de todos.

Durante o período crítico, ou seja de 1 de Julho a 15 de Outubro, não é per-mitido efectuar queimas de sobrantes, queimadas ou qualquer tipo de fogo dentro dos espaços rurais e florestais.

Quem viver ou trabalhar em zonas rurais ou florestais deve manter os ter-renos limpos num raio de 50 metros em redor da habitação, armazém ou oficina.

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Pelo segundo ano consecutivo, Pegões vai despedir-se do Verão com a prova “4 Horas de Resistência BTT”, no dia 20 de Setembro, a partir das 10h00.

As “4 horas de Resistência BTT - Adega de Pegões” é uma iniciativa da Associação Amigos do Campo e Aven-tura, ROSISTT – Associação Rotas & Sistemas, da Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Montijo e da Junta de Freguesia de Santo Isidro de Pegões.

As inscrições estão abertas e po-dem ser efectuadas através do e-mail [email protected]. Mais in-formações pelo telefone 21 231 67 86.

“4 Horas de Resistência BTT”

XX FEIRA DO PORCOE XVIII SALSICHARIAA Feira do Porco e da Salsicharia, orga-nizada pela Associação Livre de Suinicul-tores (ALIS), está de regresso, nos dias 25, 26 e 27 de Setembro, ao Parque de Exposições de Montijo. A vigésima edição da única mostra exclusiva em Portugal do sector suinícola vai contar com cerca de 50 expositores.

Luís Dias, presidente da ALIS, conside-ra a mostra deste ano “muito abrangente. Temos expositores que na fileira da sui-nicultura representam empresas que vão desde os equipamentos, à indústria de abate e transformação de carnes, passan-do pela reprodução e inseminação artifi-cial, genética, rações e os serviços e os laboratórios veterinários”.

Mais uma vez, a Feira do Porco e da Salsicharia assume-se como um evento de carácter nacional, onde produtores, co-merciantes, industriais e público em geral

podem conhecer um pouco melhor o tra-balho desenvolvido pelo sector suinícola em Portugal.

Para além do espaço de exposição, a ALIS vai promover, nos dias 26 e 27, jorna-das técnicas para os profissionais do sec-tor, onde serão debatidos temas como a gestão de recursos humanos, o marketing e o ambiente.

As portas do Parque de Exposições de Montijo vão estar abertas para a sua visita nos dias 25 e 26, das 11h00 às 23h00, e no dia 27, das 11h00 às 20h00. A entrada custa um euro.

O último fim de semana de Setembro oferece-lhe, ainda, outro motivo de visita ao Montijo, pois, paralelamente à Feira do Porco, no dia 26 de Setembro a praça de touros Amadeu Augusto dos Santos, situ-ada junto ao Parque de Exposições, rece-be uma corrida de touros.

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IV Clássica Afonsoeiro-Canha-AfonsoeiroAté 18 de Agosto estão abertas inscrições

para a IV Clássica Afonsoeiro-Canha-Afon-soeiro em cicloturismo que terá lugar no dia 23 de Agosto, a partir das 9h00.

A actividade integra as Festas Populares do Afonsoeiro e é organizada pela Câmara Municipal de Montijo, Junta de Freguesia do Afonsoeiro e Grupo de Cicloturismo do Afonsoeiro.

As inscrições custam dois euros (acresce dez euros se desejar almoço) e podem ser efectuadas através do e-mail [email protected].

MODELSCALA 2009

O Pavilhão Desportivo n.º 2 do Montijo volta a receber mais uma edição do Mo-delscala, nos dias 26 e 27 de Setembro. A organização é da Associação de Mode-lismo de Montijo com o apoio da Câmara Municipal de Montijo.

A organização espera, à semelhança de anos anteriores, cerca de cinco mil vi-sitantes. As peças expostas no concurso de modelismo deverão rondar as 800. Na área comercial estão previstas a presença

de 18 lojas ligadas à modalidade.

Para além da ex-posição e do con-curso de modelos, vão decorrer diversos workshops incluindo o workshop “Monta e

leve” dirigido ao público infantil, uma ex-posição de veículos verdadeiros, activida-des de aeromodelismo, radiomodelismo e modelismo ferroviário, a tradicional feira de modelismo e um jantar convívio.

Relativamente aos prémios, haverá

troféus para os melhores modelos por categoria e por classe. Destaque, ainda, para os prémios do Aeroclube de Portu-gal que oferecerá um baptismo de voo em planador aos participantes que apre-sentarem a concurso a melhor aeronave civil portuguesa, a melhor aeronave militar portuguesa e a melhor vinheta/diorama que envolva uma aeronave civil ou militar portuguesa.

O Modelscala 2009 vai reunir partici-pantes das associações de modelismo do Baixo Alentejo, de Setúbal, de Almada, de Lisboa, de Leiria, de Espinho, diversos modelistas espanhóis, representantes do Aeroclube de Portugal e de outras asso-ciações ligadas à modalidade.

Pode visitar a zona de exposição do Mo-delscala no dia 26 de Setembro das 15h00 às 20h30 (a área comercial está aberta a partir das 10h00) e no dia 27 de Setem-bro das 10h00 às 16h00 (a área comercial encerrará uma hora depois). A entrada é gratuita.

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PATRIMÓNIO ARTÍSTICO-CULTURAL DO MONTIJO

A Câmara Municipal de Montijo procedeu ao lançamento do livro “Património Artístico – Cultural do Montijo”, de Carla Varela Fer-nandes, Catarina Oliveira, Rosário Salema de Carvalho e Paulo Almeida Fernandes, no dia 9 de Junho, na Galeria Municipal

A obra tem a chancela da Colibri e inte-gra a Colecção Estudos Locais.

A evolução do património na cidade de Montijo, a sua proximidade com Lisboa e a ligação ao Rio Tejo são alguns dos temas reflectidos na obra, como está explanado na nota introdutória: “a sua evolução urbana e artística, patente nos muitos edifícios de valor patrimonial que subsistem, no núcleo principal da cidade, revela um desenvolvi-mento específico, fortemente condicionado por essa fácil ligação com o rio, Lisboa e o Alentejo. Ainda assim, integra-se nos eixos fundamentais do urbanismo português,

PATRIMÓNIO INDUSTRIAL E PRÉ-INDUSTRIAL DE MONTIJO

{c u l t u r a }

No dia 1 de Maio foi lançado pela autar-quia montijense o livro “ Património Indus-trial e Pré-Industrial de Montijo” da autoria de Élia de Sousa e Alfredo Tinoco. A ceri-mónia teve lugar na Galeria Municipal do Montijo.

Em 1999, a Câmara Municipal de Mon-tijo assumiu o objectivo de concretizar um levantamento cultural do concelho. Este livro surge no âmbito dessa política e é o resultado de um longo processo de levan-

tamento, de recolha e de estudo sobre os vestígios de património industrial e pré-in-dustrial existente no concelho de Montijo.

Élia De Sousa é licenciada em Antropo-logia e actualmente desenvolve projectos na área do património e educação. Alfredo Tinoco é Doutorado em História e Patrimó-nio Cultural e Natural pela Universidade de Huelva. Professor e investigador, tem livros e artigos publicados sobre História Local, Museologia e Património.

na transição para a Modernidade.”A Colecção Estudos Locais conta já com

outras obras publicadas: “Quinta do Pátio d’Água”; “Tomás Luís e o Retábulo da Igre-ja da Misericórdia”; “Carta Arqueológica do Concelho do Montijo: Do Paleolítico ao Romano”; “Paleontologia e Arqueologia do Estuário do Tejo”; “Moinho de Maré do Cais das Faluas”; “Montijo, um património a pre-servar”; “O Património Azulejar do Conce-lho de Montijo” e o “Património Industrial e Pré-Industrial de Montijo”.

“SANTO ISIDRO DE PEGÕES: CONTRASTES DE UM PATRIMÓNIO A PRESERVAR”No dia 16 de Junho, a Câmara Municipal de Montijo procedeu ao lançamento do li-vro “Santo Isidro de Pegões: Contraste de um Património a Preservar”, da autoria de Nuno Teotónio Pereira, Hélder Paiva Coe-lho, Isabel Costa Lopes e Irene Buarque, na Sociedade Recreativa de Pegões Velhos.

O Colonato de Santo Isidro de Pegões é um exemplo de uma experiência da reforma agrária e de povoamento do território, que de-correu durante o Estado Novo, em Portugal.

Na introdução desta obra, Nuno Teo-tónio Pereira refere a importância deste estudo “apesar de o reduzido número de edifícios que o compõe, constitui um con-junto notável que urge divulgar, com vista à respectiva preservação. É assim que, ao mesmo tempo que se prepara um projec-to de regulamentação, que garanta a pro-tecção deste património, se dá à estampa este volume inserido na colecção Estudos Locais”.

“Património Artístico – Cultural do Montijo ” tem a chancela da Colibri e integra a Co-lecção Estudos Locais.

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PAIXÃO PELATAUROMAQUIA

Se for amante da tauromaquia e se no lugar destas páginas estivesse um ecrã televisivo, muito provavelmente já tinha reconhecido apenas pela voz o nosso en-trevistado.

Se não gosta de tauromaquia também é provável que o conheça. Ele é um filho da terra, com uma ligação significativa ao movimento associativo.

Se mesmo assim não o conhece, pas-samos às apresentações: José Cáceres, 44 anos, agrónomo de profissão, autor, apresentador e produtor do magazine tauromáquico “Arte e Emoção” da RTP2.

Em 2004 devido à inexistência de progra-mas sobre a festa brava no panorama audio-visual português, José Cáceres apresentou uma proposta à RTP. “Dentro da perspectiva de serviço público e como a tauromaquia é uma área importante da nossa cultura fazia sentido um programa sobre esta temática na RTP. Apresentei um programa zero e está no ar até hoje”.

As excelentes audiências são o reflexo desta necessidade do público por progra-mas sobre tauromaquia. “As audências não têm sido nada más. Este ano, particularmen-te têm estado a crescer. Tem sido, muitas vezes, o programa mais visto dos domingos da RTP2 e já chegou a ser o mais visto da semana”, explica.

Para quem não conhece o programa, o apresentador, autor e produtor do mesmo apresenta-o como “ um magazine semanal sobre tauromaquia, com a duração de 30 minutos, que se divide em duas vertentes: uma relacionada com a actualidade, com os espectáculos taurinos e outra mais intempo-

ral com peças sobre outras áreas da tauro-maquia. Este ano, esta vertente tem assen-tado muito em tudo o que está relacionado com o campo e com o toiro”.

E afinal o que é Arte e o que é Emoção na tauromaquia? “A emoção é o toiro bravo, com raça, que dá espectáculo. A arte está nos toureiros, que pela forma como abor-dam o toiro criam momentos artísticos úni-cos, imagens inigualáveis”, afirma.

A festa brava…A tauromaquia entrou na vida de José

Cáceres “devido às amizades, porque vivo no Montijo e aqui sente-se a festa com par-ticular intensidade. É uma arte que vai muito para além do que se vê na praça, uma arte que tem a ver fundamentalmente com o toi-ro”.

Hoje, após cinco anos de ligação estreita e contínua aos bastidores desta festa que lhe permitiram, certamente, aprofundar os seus conhecimentos sobre este mundo, José Cáceres é peremptório: “não sei se alguma vez, na história da tauromaquia, a festa este-ve numa fase tão boa a nível de quantidade de toureiros, de espectáculos e de afluência de público. As corridas de toiros são um es-pectáculo perfeitamente enraizado no nosso país, cada vez mais distribuídas no território nacional e com mais adesão”.

Se as estatísticas demonstram o cresci-mento da festa brava, também, é evidente, sobretudo mediaticamente, a contestação a estes espectáculos. Para José Cáceres, estas manifestações de desagrado não são novidade. “A contestação não é de hoje. Sempre existiu e vai existir. O importante é que quem não gosta tenha o direito de se

manifestar, mas não pode condicionar o gosto de milhares de portugueses”.

“A tauromaquia é um espectáculo com ra-ízes muito profundas na cultura portuguesa e, por isso, não tem razão para que deixe de existir. Espectáculos como a tauromaquia ou o folclore são importantes para preservar os valores e identidade de um país”, acres-centa.

Apesar desta paixão pelo espectáculo taurino, José Cáceres é crítico quanto ao actual figurino do mesmo. “Hoje em dia, as corridas têm uma duração excessiva. Para o sucesso do espectáculo é importante mais ritmo. É preciso começar a respeitar o re-gulamento taurino e, sobretudo, os artistas precisam de ter bom senso para quebrar alguns tempos mortos. Os directores de corrida também têm de ser mais rigorosos”.

… mais festa brava, o associa-tivismo e o Montijo

Para além de um prazer, assistir a corridas de toiros passou, desde há cinco anos, a ser uma obrigação profissional e, por isso, José Cáceres conhece outras culturas e re-alidades taurinas. Sobre a tauromaquia em Montijo afirma “estar num bom momento. A Praça realiza um grande número de espec-

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táculos e continua ser uma das principais do país”.

Já relativamente ao enraizamento da tradição tauromáquica na cultura montijen-se lança um alerta: “nos últimos anos têm vindo morar para o Montijo muita gente. É preciso fazer um esforço para que essas pessoas possam vir ‘beber’ um pouco da cultura desta terra. Isto é importante para a tauromaquia, mas sobretudo para o Montijo para que não se descaracterize e perca a sua identidade cultural”.

Este mesmo esforço é necessário nou-tra área muito cara a José Cáceres: o as-sociativismo. Actualmente é presidente do Grupo de Forcados Amadores do Montijo e vice-presidente do Musical Alfredo Keill. “É importante as pessoas participarem na vida social da terra para que as próprias colecti-vidades possam ter mais força e a terra se afirme. Sem a participação das pessoas as terras não são nada”.

Apesar desta perspectiva, José Cáceres tem consciência da “existência de um divór-cio entre as colectividades e as pessoas, tal como acontece na política. Hoje em dia não se faz tanta vida social na rua. Os tempos são outros, motivados por outras ofertas”.

“Em terras como o Montijo, com muita gente nova, torna-se ainda mais importante

e mais difícil conseguir envolver as pesso-as. Quem tem responsabilidade nesta terra tem de continuar a proporcionar os instru-mentos necessários para as pessoas não se divorciarem da cultura da terra. Uma ter-ra que não assente e não tenha orgulho no seu passado dificilmente terá algum futuro”, acrescenta.

Para concretizar este objectivo, José Cá-ceres sugere que o “Montijo precisa de um centro de referência. A Praça da República está remodelada e bonita, mas não conse-gue cativar as pessoas. É demasiado escu-ra devido à iluminação. Nesse aspecto po-dia fazer-se algo. Depois quando os cafés começaram a sair da Praça e as ofertas de comércio a existir noutro lado perdeu o seu vigor. Deve existir mais dinamização e deve continuar a política de revitalização dos cen-tros históricos. O que se passou aqui acon-teceu em muitas terras. A realidade hoje é outra”.

Se a falta de vida no núcleo central é o principal problema, a opinião de José Cá-ceres sobre o seu Montijo é a de uma ter-ra “moderna que conseguiu manter a traça que a caracteriza. O Montijo evoluiu positiva-mente nestes últimos anos”.

Quando questionado sobre um projec-

“A emoção é o toiro bravo, com raça, que dá espectáculo. A arte está nos toureiros, que pela

forma como abordam o toiro criam momentos

artísticos únicos, imagens inigualáveis.”

to necessário na sua cidade, naturalmen-te que a paixão à tauromaquia falou mais alto: “gostaria que a envolvente à Praça de Touros fosse mais cuidada e que não fosse circundada por prédios. Em última instância por que não ser uma praça coberta, um es-paço multiusos”.

Se no início destas páginas não sabia quem era José Cáceres, certamente ago-ra que chegou ao fim da sua leitura ficou a conhecê-lo um pouco melhor.

E se gosta de tauromaquia não se esque-ça: todos os domingos, às 19h00, na RTP2 o José Cáceres e a restante equipa trazem-lhe um programa, tal como afirma o spot de promoção do “Arte e Emoção”, com “muita pinta”.

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“MONTIJO JOVEM 2009”

COM 43 OBRAS CONCORRENTES

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A V Edição do Concurso Nacional de Poesia e Ficção Narrativa “Montijo Jovem 2009” contou com um total de 43 obras concorrentes, 13 na modalidade de ficção narrativa e 30 na categoria de poesia.

O júri irá, agora, escolher um vencedor em cada categoria. Cada premiado rece-berá um prémio monetário de 1 250 euros e a oportunidade de ver a sua obra editada.

A cerimónia de entrega dos prémios, bem como dos certificados a todos os par-

ticipantes, terá lugar na cidade de Montijo no dia 20 de Novembro.

Tal como em outras edições, o “Montijo Jovem 2009” esteve aberto à participação de jovens entre os 15 e os 25 anos. Cada concorrente só podia apresentar uma obra a concurso em cada uma das modalida-des: ficção narrativa e poesia. As obras te-riam que, obrigatoriamente, ser escritas em língua portuguesa e originais.

Esta foi a quarta edição do Montijo Jo-vem, uma iniciativa criada pela Câmara Municipal de Montijo com o objectivo de descobrir e divulgar novos talentos na área da literatura.

Actividades de Tempos Livres no período de VerãoMais uma vez, a Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete da Juven-tude, acolhe jovens do concelho, entre os 12 e os 25 anos, nos seus serviços ao abrigo do Programa de Ocupação de Tempos Livres do Instituto Português da Juventude. Assim os jovens têm a oportunidade de, durante um período de dez dias, terem as suas manhãs ou tardes ocupadas através da realização de tarefas e actividades proporcionadas pelos serviços.

Cartão Jovem MunicipalO Cartão jovem Municipal é gratuito e oferece descontos no comércio tradi-cional, bem como em equipamentos municipais a todos os residentes do concelho, entre os 12 e 30 anos. Para adquirires o Cartão Jovem Municipal basta dirigires-te ao Gabinete da Juven-tude na Av. Dos Pescadores nº 33, 1º andar. Mais informações através do 21 2327867.

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VOLUNTARIADOEM CABO VERDE

A Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Desenvol-vimento Associativo e Cidadania (GDAC), está a aceitar inscrições para um projecto de voluntariado em Cabo Verde.

A autarquia considera o volunta-riado uma ferramenta essencial no exercício de uma cidadania activa e solidária e por isso apresentou uma candidatura, juntamente com a As-sociação para a Formação profissio-nal e Desenvolvimento do Montijo, ao Programa Juventude em Acção da Comissão Europeia com o ob-jectivo de enviar oito jovens para a Cabo Verde.

Os jovens irão realizar voluntaria-do na Associação Juvenil Black Pan-thers, situada na Cidade da Praia, durante nove meses, com início em Janeiro de 2010.

Os voluntários devem ter idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos e possuir formação em Medi-cina, Gestão, Informática, Contabi-lidade, Assistência Social, Inglês ou Animação Sócio-Cultural.

Ao longo do projecto, os volun-tários desenvolverão actividades desportivas, ministrarão sessões de informática e realizarão actividades de animação sócio-cultural com os utentes juniores e seniores da Asso-ciação Black Panthers.

Esta Associação de natureza co-munitária, foi fundada em 1980 com o propósito de identificar, estruturar e implementar programas de âmbito social, cultural, educativo e despor-tivo, em prol dos jovens e dos mais vulneráveis do Bairro da Várzea da Companhia e de outros bairros su-burbanos da Cidade da Praia.

A Black Panthers é parceira, há duas décadas, do Governo Cabo Verdiano no âmbito da promoção de programas de integração juvenil, que passam pela implementação de

cursos de informática e de anima-ção sócio-cultural e pela realização de torneios desportivos.

Além das 80 crianças que frequen-tam o jardim infantil, com direito a duas refeições, a Associação apoia, com material escolar, mais 175 jo-vens que frequentam o ensino públi-co e 32 idosos com géneros alimen-tares.

No total, a Black Panthers ajuda 450 jovens carenciados do Bairro da Várzea e de bairros adjacentes.

Se queres fazer parte deste pro-jecto de voluntariado em Cabo Verde contacta o GDAC através do 21 232 78 78 ou do e-mail [email protected].

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Os voluntários devem ter idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos e possuir formação em Medicina, Gestão, Informática, Contabilidade, Assistência Social, Inglês ou Animação Sócio-Cultural.

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TERTÚLIA TAUROMÁQUICA

DO MONTIJO TRADIÇÃO TAURINA

Praça de Touros Amadeu Augusto dos San-tos. 3 de Maio de 1959. No cartaz da corrida podia ler-se “composto por briosos rapazes que estão cheios de fé e vontade para honrar o nome que deram ao seu grupo”.

A frase apresentava ao público um novo grupo de forcados: os Amadores da Tertúlia Tauromáquica de Montijo.

É certo que a criação da colectividade, em 1948, antecedeu a fundação do Grupo, mas os forcados são o lado mais visível e os pro-tagonistas da história da Tertúlia.

“A Tertúlia foi fundada por José António Parrinha, Carlos Ramos, Francisco Cambo-las, António Tavares. Era uma colectividade onde as pessoas do Montijo que gostavam de toiros se encontravam. Em 1959, Renato Dias fundou o Grupo de Forcados com ele-mentos que faziam parte da Tertúlia”, explica Luís Carvalho, presidente da direcção da co-lectividade.

O Grupo de Forcados tem sido a imagem da instituição em Portugal e no estrangeiro. “Levou o nome da nossa cidade a Espanha

e a França. Na época de 1978 fizemos 30 corridas em Espanha. A Tertúlia teve épocas maravilhosas, grandes êxitos”, recorda Luís Branquinho, dirigente e ex-cabo do Grupo.

Entre 1987 e 1994, o Grupo atravessou uma fase menos positiva, tal como na época transacta. “Estava numa fase de ascensão. Depois o Branquinho deu o lugar de cabo ao Márcio Chapa e foi uma fase de transição. As corridas, devido às qualidades dos touros, também foram difíceis e foi uma época que não dignificou o nome da colectividade”, ex-plica o presidente.

O objectivo para a actual temporada é re-alizar dez corridas “ao melhor nível para no próximo ano atingirmos outro patamar. A cur-to prazo gostava de ver a Tertúlia no Campo Pequeno. Era um incentivo para o Grupo e um prémio para os jovens que se deslocam de longe para pegar pela Tertúlia. A longo prazo o objectivo é ter o Grupo a actuar nas grandes praças e não termos que ‘mendigar’ para fazer corridas. Queremos subir pelo valor do Grupo e, também, porque não pagamos para pegar como outros fazem”, acrescenta.

No ano em que o Grupo assinala o 50.º ani-versário, para cumprir os objectivos delinea-dos e por considerar “que o desempenho do Grupo é o reflexo do trabalho da direcção”,

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os dirigentes da Tertúlia apostaram “numa pré-época com treinos no campo com gado, até porque temos um problema que é o facto de uns elementos serem do Montijo, outros de Benavente, de Santarém, do Alentejo. Os treinos serviram, também, para criar união e amizade”.

Esta diversidade de origens é comum a mui-tos grupos de forcados até porque “os jovens têm outras distracções e a conjuntura social não é favorável para a prática da forcadagem. A entidade patronal, por exemplo, apesar do seguro que fazemos para todo o Grupo, não gosta de ter um funcionário que faça parte dos forcados porque se pode magoar e faltar ao trabalho”, afirma Luís Carvalho.

O papel da Tertúlia

Para Luís Carvalho, a função e a impor-tância da Tertúlia Tauromáquica de Montijo passa por “manter a tradição taurina e, por isso, as raízes do Montijo porque é uma terra de aficionados. A Tertúlia foi mãe na arte dos forcados e não queremos que esta tradição se perca”.

A tarefa de manter a tradição tem como maior obstáculo a falta de envolvimento das pessoas no associativismo. “Está a perder-se a cultura do bairrismo e do associativismo. A indústria foi desaparecendo e muitas pesso-as, hoje, só moram no Montijo, não são da terra. Para além disso, nos meios urbanos há outras distracções e as pessoas, também por isso, não se envolvem nas colectividades, não estão sensibilizadas para impedir a mor-te das tradições da terra. Para conseguirmos uma direcção temos quase que ‘mendigar’ para as pessoas aceitarem fazer parte”.

Em Fevereiro, Luís Carvalho conseguiu reunir essas pessoas e com Júlio André, Júlio Sacoto, Luísa Conceição, Luís Branquinho, Márcio Chapa e Renato Dias formou a direc-ção da Tertúlia.

Tal como em outras colectividades, as difi-culdades vão sendo superadas com o apoio de todos os membros dos órgãos sociais, “da Câmara e da Junta de Montijo, que estão sempre disponíveis e, também, do coman-dante dos Bombeiros Voluntários de Montijo que é um benemérito até a nível financeiro desta casa. Nas últimas épocas tem sido fun-damental o apoio dos empresários da Praça do Montijo, o João Pedro Bolota e o Abel Cor-reia, porque têm fomentado a participação dos forcados da terra nas corridas da nossa

Praça e sempre que podem dão-nos oportu-nidade de actuar noutras praças”.

Afinal o que é ser forcado?

Possivelmente é mesmo algo inexplicável. Pelo menos foi a frase mais repetida por Luís Branquinho, ex-cabo e forcado durante 40 anos, quando questionado sobre o que é ser forcado. “Não sei explicar, não sei explicar”, mas lá foi adiantando que ser forcado é “em primeiro lugar honrar a terra que representa, depois o grupo e por ultimo a si próprio. É isto que incutimos nos jovens forcados que não são do Montijo”.

“Os forcados assim que se fardam pas-sam a ser um só. O grupo de forcados é para estes jovens uma escola de valores e virtu-des. É uma formação para eles, por isso o comportamento cívico deles dentro e fora do grupo é fundamental”, acrescenta.

Quando a música toca e o grupo salta para a arena para pegar o toiro, Luís Branquinho afirma que “a adrenalina é muita, mas todos os forcados têm medo. O segredo é saber controlá-lo e ser forcado é, no momento da pega, expandir toda a força que temos para pegar o toiro”.

Para se ser um bom forcado existem ca-racterísticas fundamentais. “Em termos técni-cos é preciso coragem. Depois é necessária vontade, empenho, espírito de sacrifício, mas o essencial é a humildade, inclusive nos mo-mentos em que o grupo está mal. É a humil-dade que permite aceitar o erro”, conclui.

“as dificuldades vão sendo superadas com o apoio de todos os membros dos órgãos sociais, “da Câmara e da Junta de Montijo, que estão sempre disponíveis e, também, do comandante dos Bombeiros Voluntários de Montijo que é um benemérito até a nível financeiro desta casa. Nas últimas épocas tem sido fundamental o apoio dos empresários da Praça do Montijo, o João Pedro Bolota e o Abel Correia, porque têm fomentado a participação dos forcados da terra nas corridas da nossa Praça e sempre que podem dão-nos oportunidade de actuar noutras praças”.

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PRACETA PÁTIO D’ÀGUA RECEBE

JULGADO DE PAZ

O Ministério da Justiça assinou com o município de Montijo, no dia 23 de Ju-lho, um protocolo para a criação de um Julgado de Paz inserido no agrupamen-to de concelhos de Montijo, Alcochete, Barreiro e Moita. O Julgado de Paz de Montijo será instalado em três espa-ços comerciais da Urbanização Pátio d’Àgua, adquiridos pela autarquia com essa finalidade.

Os Julgados de Paz são Tribunais ca-racterizados pela proximidade entre a justiça e os cidadãos, que vivem sob o signo da simplicidade e celeridade pro-

cessuais, a custos reduzidos. O prazo médio para resolução do conflito é de cerca de dois a três meses.

Assim questões como incumprimen-to de contratos, responsabilidade civil, direito sobre propriedades ou condomí-nios, questões de arrendamento urbano ou acidentes de viação podem ser resol-vidos através dos Julgados de Paz.

O objectivo é permitir a resolução de conflitos de forma económica e célere para as partes e, em simultâneo, pro-mover o descongestionamento dos tri-bunais.

De acordo com o protocolado compete ao Ministério da Justiça, através do Ga-binete para a Resolução Alternativa de Conflitos, entre outras, promover a for-mação dos recursos humanos e supor-tar os encargos relativos à remuneração dos juízes de paz e dos mediadores.

Por sua vez, o município de Montijo compromete-se a disponibilizar insta-lações, proceder às obras necessárias e dotar as instalações de mobiliário e equipamentos vários, incluindo o infor-mático, bem como suportar os encargos inerentes a despesas correntes como água e luz.

O protocolo vigora pelo prazo de um ano, sendo susceptível de renovação automática por iguais períodos de tem-po.

Os Julgados de Paz são Tribunais caracterizados pela proximidade entre a justiça e os cidadãos, que vivem sob o signo da simplicidade e celeridade processuais, a custos reduzidos. O prazo médio para resolução do conflito é de cerca de dois a três meses.

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MAIS DE 300 MILHÕES PARA REQUALIFICAR O MONTIJO

“Este estudo é uma grande oportunidade de reconverter um conjunto de áreas e po-tenciar outras no sentido de um desenvolvi-mento sustentável”. A afirmação é de Maria Amélia Antunes, presidente da Câmara Mu-nicipal de Montijo, e foi proferida durante a apresentação, no dia 4 de Junho, na Galeria Municipal, do estudo “Re: Centrar o Monti-jo”.

O estudo, solicitado pela autarquia à Par-queExpo, é para ser executado em diversas fases, abrange uma área de 157 hectares e “tem um investimento de 307, 8 milhões de euros”, acrescentou a edil.

A cerimónia de apresentação contou com as presenças do presidente do conselho de administração da ParqueExpo, Rolando Borges Martins, do administrador José Ca-tarino e do arquitecto José Caldeira, que apresentou o estudo.

Segundo José Caldeira, um dos pontos essenciais do mesmo passa “pela recupe-ração do corredor ferroviário para um novo acesso ao centro histórico. A Rua José Jo-aquim Marques tem de voltar a ser uma rua comercial”.

O estudo assenta em quatro conceitos estratégicos: reorganizar o espaço público à escala da cidade, abrir a cidade ao rio, consolidar a estrutura ecológica municipal e reabilitar o centro histórico.

Dentro da reorganização do espaço pú-blico, para além da nova entrada pelo corre-dor ferroviário, o estudo prevê, entre outros aspectos, a reabilitação do Largo da Esta-ção e a criação de uma Praça Tejo, na zona do Cais das Faluas que reformulará todo o espaço envolvente ao edifício dos Paços do Concelho, funcionando como uma âncora cultural e turística.

O projecto inclui, também, a abertura da cidade ao rio através da continuação da re-abilitação da frente ribeirinha e da criação, numa perspectiva ecológica, de uma área na frente ribeirinha com equipamentos de lazer e desportivos.

Relativamente ao centro histórico, o es-tudo contempla a reabilitação dos quartei-rões da Praça da República, da Avenida dos Pescadores e do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida, privilegiando projectos de parce-rias com os proprietários das habitações.

Uma última nota para o financiamento destes projectos. A estimativa é de mais de 300 milhões de euros de investimento fase-ado, dos quais cerca de 64 milhões caberá à autarquia, sendo a maioria do restante fi-nanciamento do sector privado.

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CIDADE DO MONTIJO COMEMORA 24.º

ANIVERSÁRIOA 6 de Junho de 1930, Aldeia Ga-lega, alterou o nome para Montijo. O desenvolvimento notável e uma importante ascensão económica foram as principais causas respon-sáveis pela promoção de Montijo a cidade em 14 de Agosto de 1985.A Câmara Municipal de Montijo co-memora o 24º aniversário da ascen-são de Montijo a cidade com um vasto programa repleto de cultura e música, com especial destaque para a inauguração da Quinta do Pátio d’Água.

“A Cidade de Montijo na História de Portugal”Às 16h30 terá lugar a conferência “A Ci-dade de Montijo na História de Portugal”, proferida pelo historiador Joaquim Veríssi-mo Serrão, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Joaquim Veríssimo Serrão nasceu a 8 de Julho de 1925. O ex-reitor da Universidade de Lisboa é detentor de um vasto currícu-lo, desde catedrático jubilado da Facul-dade de Letras da mesma universidade, até presidente da Academia Portuguesa da História. O historiador vem publicando, desde finais da década de 70, uma Histó-ria de Portugal (com vários volumes publi-cados até ao período do Estado Novo), da sua inteira responsabilidade. Foi um dos galardoados com o Prémio Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais em 1995.

Embarcações Tradicionais em exposiçãoAs comemorações prosseguem às 17h30 com a inauguração da exposição “Tejo, Fonte de Vida II – Embarcações do Rio”, na Frente Ribeirinha.

O estuário do Tejo desde sempre propor-cionou boas condições para a navegabi-lidade, fomentando também a fixação de gentes e a criação de inúmeras povoa-ções, de entre elas, Aldeia Galega do Ri-batejo, hoje Montijo. A exposição retrata algumas das embarcações de mercado-rias, de pessoas e de pesca que cruzaram o rio, tornando a relação entre o montijen-se e o Tejo mais viva e rica.

Quinta do Pátio d’Água – A obraPelas 18h30 terá lugar a inauguração da Quinta do Pátio d´Água. Os dois pisos superiores do edifício vão acolher a nova sede da Junta de Freguesia do Montijo que terá um salão nobre e uma sala de atendimento onde é possível ver o rico es-pólio de azulejo.

No segundo piso da Quinta funcionará um espaço de formação para programas de reintegração e alfabetização. No rés-do-chão irá funcionar a Loja do Cidadão.

As obras da Quinta do Pátio d’Água, um investimento de mais de 780 mil euros, fo-ram realizadas de modo a manter a traça original do palacete, que data do Sec. XVI e de forma a preservar todo o espólio exis-tente. Foi ainda preocupação da autar-quia tornar o edifício utilizável para novas funções, com todas as normas previstas

e um elevador para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida.

As obras de recuperação da Capela de Santo António sofreram uma interrupção, uma vez que no local foram descober-tos objectos e ossadas que serão agora objecto de estudo. Devido à riqueza do espólio encontrado a capela irá ter um programa de exploração arqueológica por mais um ano e só na altura será possível recuperá-la.

Fernando Tordo & Sturdst Quinteto na PraçaAs comemorações terminam na Praça da República, pelas 21h30, com o concerto de Fernando Tordo & Sturdst Quinteto.

Fernando Tordo completou, em 2008, 43 anos de actividade ininterrupta. Para assi-nalar o facto foi preparada uma digressão nacional com grande orquestra.

O cantor, considerado um dos mais notáveis cantores da música ligeira por-tuguesa ainda em actividade, afirmou-se desde cedo pela riqueza poética e musi-cal de um reportório constituído por temas assinados não apenas pelo próprio, mas também por alguns dos mais significativos autores e compositores, designadamente Ary dos Santos, Manuel da Fonseca, Natá-lia Correia ou Sophia de Mello Breyner

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UM POUCODE HISTÓRIA1

A Casa da Quinta do Pátio d’ Água situa-se numa importante zona da cidade de Montijo, na Avenida dos Pescadores, arté-ria que outrora desembocava no Cais das Faluas.

Objecto de significativas intervenções arquitectónicas no decorrer do Século XX, esta habitação é o que resta daquela que fôra uma das melhores quintas da Aldeia Galega do Ribatejo, como então se cha-mava o Montijo.

A Quinta do Pátio d’ Água estendia-se por uma vasta área que incluía “boas casas”, marinhas, pinhais, um pomar de “laranjal da China” e um moinho de “ceis engenhos”. Hoje da “muyta fazenda livre”2

ficaram apenas dois pequenos pátios.O conjunto arquitectónico, compreende,

para além da casa de habitação, uma Er-mida, tendo ambos sido alvo de um pro-jecto da autoria do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, datado de 1919.

1 “Quinta do Pátio D’Água – Entre um La-ranjal da China e o Cais das Faluas”, Colec-ção Estudos Locais Cultura 1, Edições Colibri/Câmara Municipal de Montijo, 2005, p.17

2 LINO, Raul. Casas Portuguesas: alguns apontamentos sobre o arquitectar das casas simples, Lisboa: Valentim de Carvalho, 5ª Ed., 1933, p.25

Piscinas Municipais

As piscinas municipais foram inauguradas a 7 de Outubro de 1992. Actualmente, são utilizadas por mais de 1600 utentes, pres-tando, ainda, apoio aos jardins-de-infância e instituições de solidariedade social do concelho, bem como à secção de natação federada do Clube Atlético de Montijo.

Casa do Ambiente

Com os objectivos de sensibilizar a comu-nidade montijense para a educação am-biental e criar uma consciência ambiental e cívica nas novas gerações, a Câmara Municipal de Montijo inaugurou, no dia 5 de Junho de 2000, a Casa do Ambiente.

Praça da República

A 25 de Abril de 2001 foi inaugurada a re-conversão da Praça da República. Este espaço emblemático da cidade de Mon-tijo passou a contar com uma imagem mais moderna, com novo mobiliário urba-no, com o Café da Praça e a escultura do mestre Lagoa Henriques de homenagem ao Tejo e a Camões.

Arquivo Municipal

A 9 de Novembro de 2001, a Câmara Mu-nicipal de Montijo inaugurou o Arquivo Mu-nicipal, um espaço que alberga documen-tos históricos do concelho e/ou referentes a gestão autárquica do município. Em 22 de Junho de 2007 foi inaugurada a 2.ª fase do Arquivo, passando o edifício a dispor de mais espaço para o arquivo documen-tal e fotográfico, bem como de uma sala de consulta de documentação histórica, aberta aos munícipes e de uma zona para exposições.

24 ANOS DE CIDADE OBRAS DE REFERÊNCIA

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{d e s t a q u e }Quinta do Saldanha

A Quinta do Saldanha é um registo vivo da nossa identidade e tradição de culto e, por isso, a Câmara Municipal de Montijo adquiriu o espaço e procedeu a sua total recuperação. A inauguração das obras de recuperação da Casa Senhorial, dos ane-xos e da Capela do Senhor dos Aflitos foi no dia 8 de Dezembro de 2002.

Cinema Teatro Joaquim d’Almeida

Após 14 anos de encerramento, no dia 14 de Agosto de 2005 o Cinema Teatro Joa-quim d’ Almeida voltou a abrir portas aos espectáculos. Apesar do exterior não ter sofrido grandes alterações, o interior foi totalmente remodelado.

Moinho de Maré e Frente Ribeirinha

Inaugurado no dia 29 de Junho de 2005, a reconstrução do Moinho de Maré do Cais respeitou a tipologia e a funcionalidade do edifício, com o objectivo de perpetuar a me-mória e identidade do concelho, deixando às gerações futuras o legado dos nossos ante-passados.Posteriormente, a Câmara Municipal de Mon-tijo reconverteu a Frente Ribeirinha de Monti-jo, inaugurada a 24 de Novembro de 2007. O espaço passou a dispor de uma imagem mais moderna, que engloba um dique e uma ponte (passagem pedonal e ciclável levadi-ça) na entrada do Cais das Faluas.

ETAR do Seixalinho

Desde 2008 que está em funcionamento a ETAR do Seixalinho, após ter sofrido obras de remodelação. Esta ETAR tem ca-pacidade instalada para o tratamento dos esgotos domésticos de 60 000 habitantes. No concelho de Montijo, a rede de abas-tecimento de água e sistema de esgotos abrange 99 por cento da população.

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António CorreiaEstá muita coisa boa. A cidade está muito maior. Hou-ve muitas alterações como a Praça da República que está diferente. A Frente Ribeirinha está muito bonita. Ultimamente tenho andado a pé a redescobrir o Mon-tijo. Gosto do que vejo, sobretudo na zona nova da cidade. As novas urbanizações são bonitas, têm es-paços verdes e equipamentos para crianças.

Joaquim JoséA Frente Ribeirinha está melhor. O resto acho que está na mesma. Para mim o pior é o estacionamento na parte baixa da cidade. Está péssimo. A nível dos ser-viços de saúde há muita gente sem médico de família e era importante que todos tivessem.

Maria JoséA Praça da República está pior. Não gosto nada. O café tirou graça a toda à Praça. Não tem movimento, sobretudo à noite. Vejo poucas melhorias. Aqui na rua por trás da Galeria, já o disse na câmara há algum tempo, há necessidade de ecopontos, que até ago-ra nunca foram colocados. A zona ribeirinha não está má, mas queria mais dinamização, mais movimento. Aquela zona desde o Arte do Cais até à antiga esta-ção dos barcos devia ter uma zona de esplanadas.

Sérgio Miranda O que está pior, acima de tudo, é o estacionamento aqui no centro. Também gostava mais do aspecto an-tigo da Praça da República e acho que chamava mais pessoas à Praça. O que está melhor são algumas ini-ciativas, por exemplo, as Festas este ano foram muito boas e a Frente Ribeirinha está muito bonita.

Amália PintoHá 30 anos o comércio aqui da baixa estava aberto e agora, tirando as lojas dos chineses, está quase tudo fechado. Às 19h30 não há praticamente ninguém nes-tas ruas da baixa, sobretudo no Inverno. Há pouca vida. A baixa comercial está deserta. A Frente Ribeiri-nha é o melhor, está bonita.

Munícipes falam do dia

da CidadeNeste 24.º aniversário

da cidade, a Revista Montijo confrontou

alguns munícipes com a seguinte questão:

O que melhorou ou piorou

na cidade?

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A CORREARIAMuitos são os que se recordam dos tem-pos em que as ruas de Aldeia Galega eram traçadas por carroças e charretes puxadas por cavalos, à época, um dos principais meios de transporte para deslo-cações de pessoas e cargas.

Na verdade, não será preciso voltar mui-to atrás no tempo. Maria Lurdes Ferreira proprietária da Correaria de seu apelido, “a única da cidade” como frisa, abriu com o marido, Acácio de Sousa Ferreira, esta loja no Montijo, há 40 anos, por esta ser anunciada como uma terra “de cavalos e muitas carroças”.

No dicionário a profissão de correeiro é definida como: “artesão que fabrica e vende arreios para os animais e artigos de couro”. Foi por acaso ou destino que Acá-cio de Sousa Ferreira (já falecido) conhe-

ceu este ofício, uma arte hoje em extinção. “O meu marido esteve na tropa em Lisboa e conheceu lá um senhor que era do Mon-te da Caparica, era correeiro, precisava de um empregado e fomos para o Monte da Caparica. Lá aprendeu o ofício”, conta Maria de Lurdes.

Foi no Monte da Caparica que abriu a primeira loja: Mais tarde rumaram a Aldeia Galega, seguindo o conselho de quem

lhes indicou esta terra como de muita procura de serviços de correaria. “Havia cá muitas carro-ças e cavalos. Viemos para uma casa que dava para a antiga estação

dos caminhos-de-ferro. Depois, com mui-to sacrifício, comprámos esta, que era um café”.

Maria de Lurdes permanece aqui há mais de quatro décadas. Cá criou um filho e uma filha, e com o marido trabalharam em artigos de correaria, não só para loja mas para vender em feiras. “Quase que trabalhávamos dia e noite. Estávamos representados em todos os eventos liga-dos ao cavalo, como a Feira do Cavalo na Golegã. Ainda hoje somos muito conheci-dos”, comenta.

A dedicação e espírito de sacrifício fize-ram com que se mantivessem abertos até hoje. “Quando chegámos não tivemos aju-das de lado nenhum. Vinha tudo do nosso trabalho, e agora já se compra muita coi-sa feita, mas naquela altura era tudo feito

aqui de forma artesanal, os arreios para os cavalos, os cabeções, tudo ligado ao cavalo. Entretanto, o meu marido morreu e eu fiquei aqui com o meu filho.”

Nas últimas décadas assistiu-se a uma revolução nos meios de transporte. O apa-recimento das alfaias agrícolas dispensou os veículos de tracção animal. O carro to-mou o lugar da carroça.

“Hoje o cavalo deixou de ser encarado com um animal de trabalho ou de trans-porte para aparecer em apeadeiros. Os proprietários têm os cavalos para pas-seios de lazer, para equitação e para se-rem utilizados em touradas”, explica a proprietária enquanto aponta para alguns dos produtos em exposição. “Vendemos estribos, cabeções, selas à portuguesa, à inglesa, americana, ferraduras, botas para cavalgar, boinas, malas, tudo produtos em couro.” A lista de produtos é extensa e va-riada e a qualidade “é boa, fazemos ques-tão disso”, garante Maria de Lurdes.

À entrada, um cavalo manequim de ta-manho real, “vindo de Inglaterra”, parece convidar-nos a entrar na loja pequena com tanta variedade de produtos. A sela à por-tuguesa é das peças que mais curiosidade levanta. “Os clientes gostam de ver. As se-las à portuguesa são as mais procuradas pelos estrangeiros que recebemos princi-palmente no mês de Agosto. Infelizmente olham muito e compram pouco”.

Têm clientes fiéis há muito, mas esses são cada vez menos. “Já vendíamos muito menos por causa de não haver carroças, mas agora, com a crise, os clientes com-pram cada vez menos, só o indispensá-vel.”

Também os que têm peças para arranjar se dirigem à Correaria. “Fazemos repara-ções”, explica Maria de Lurdes adiantando que era função desempenhada pelo ma-rido, hoje com continuidade assegurada pelo filho Joaquim Ferreira.

Maria de Lurdes gosta do que faz, ape-sar de admitir que hoje se mantém mais para “ajudar o filho”. Todavia, não escon-de o gosto pela venda e recorda com sau-dade os tempos em que vendia nas feiras, onde conheceu muita gente. Garante que o segredo está em “ser paciente e ter uma cara alegre”.

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ESCOLA SECUNDÁRIAJORGE PEIXINHOTESTEMUNHOS NA PRIMEIRA PESSOA*

Poderia ser qualquer uma, Ana, Maria, Cristina, Sofia habitante deste concelho que, ao abrigo deste programa de formação de adultos, vê agora, quase concretizado, o so-nho de estar mais preparada, e qualificada para o emprego e para a vida. “Na verdade, encontrei aqui no curso EFA Nível Secundá-rio, o bocado de mim que faltava, a peça de um puzzle que, dificilmente, tenho tentado montar até agora, e que nunca se encontrará acabado.” Ana Lucas

“É com grande orgulho que cheguei ao fim do curso EFA- Secundário. O balanço que poderei fazer durante a minha dedicação a este curso é extremamente positivo. Adquiri conhecimentos das mais variadas temáti-cas, ajudou-me a ser mais participativa, mais assertiva e crescer a todos os níveis. Agora sinto-me mais realizada e mais feliz por con-seguir chegar ao final daquilo por que tenho lutado durante estes dois anos. A nossa maior arma, é acreditar que somos capazes de tudo aquilo que idealizamos e queremos. BASTA ACREDITAR EM NÓS PRÓPRIOS! “Liliana Ferreira

“Acredito que este curso é uma alternativa, uma alternativa viável em que todas as pes-soas são capazes de tudo e até de ingressar na vida académica, sendo esse o meu objec-tivo e de alguns colegas.” Teresa Fernandes

“Iniciei o curso EFA Secundário que se re-velou um curso muito interessante, que me tem dado oportunidade de adquirir determi-nadas competências, tanto a nível profissio-nal como a nível pessoal. Estes dois anos têm sido uma mais-valia para a minha vida, tenho aprendido a ser mais autónoma, fle-xível, e mais polivalente. Hoje sinto-me uma pessoa mais realizada, convicta e preparada para enfrentar a sociedade que temos, sem medo de acompanhar toda a sua evolução e desenvolvimento nas mais diversas circuns-tâncias. ACREDITEM, VALEU A PENA ESTES DOIS ANOS! “Fernanda Pacheco

Os nossos professores são nobres sol-dados que nos libertam, todos os dias, um bocadinho, da cruel ditadura da ignorância. Agradecemos-lhes pela dedicação a esta causa e pelo seu contributo para a constru-ção de um Portugal melhor.

* Texto elaborado pelos alunos do Curso de Educação e Formação para Adultos - Nível Secundário.

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A Câmara Municipal do Montijo assinala no dia 22 de Setembro, pelo nono ano consecutivo, o Dia Europeu sem Car-ros, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, este ano com a temática “Melhoremos o Ambiente na Cidade”, com diversas actividades na Praça da República e a inauguração de mais um troço de ciclovia junto ao Campo da Li-berdade, no Montijo.

A Semana Europeia da Mobilidade terá este ano como tema transversal “Melhoremos o Ambiente na Cidade”, pretendendo assim ser também um marco no processo de Copenhaga (Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas) e, uma importan-te ferramenta no combate às alterações climáticas e na melhoria da qualidade de vida a nível local.

A iniciativa pretende alertar os cida-dãos para a necessidade de mudança de comportamentos em relação à mobi-lidade, nomeadamente no que se refere à utilização do automóvel particular, to-mada de atitudes ecológicas que visem o aumento da qualidade do ar e a dimi-nuição significativa do ruído.

A área com trânsito condicionado será a Praça da República (com ex-cepção dos transportes públicos), das 9h00 às 17h00, onde serão realizadas actividades lúdicas, de promoção para saúde e de sensibilização ambiental.

DIA EUROPEUSEM CARROS

Eco-Feira de Projectos

Escolares 2008/2009

No dia 27 de Maio teve lugar, pelo sexto ano consecutivo, a “Eco-Feira de Pro-jectos Escolares 2008/2009”, na Praça da República, uma iniciativa organizada pelo pelouro do ambiente da Câmara Municipal de Montijo.

Este ano a Eco Feira contou com a participação de todas as escolas do Agrupamento de Escolas do Montijo, EB2 D. Pedro Varela e a EB1 /JI Alto Es-tanqueiro.

Algumas escolas optaram pela re-alização de Mini-Ecofeiras dentro do recinto das escolas como o Jardim-de-infância da Atalaia; a EB1 n.º 3 de Montijo, o Jardim-de-infância do Areias, a EB1/JI do Afonsoeiro, a EB1 n.º 4 de Montijo – Afonsoeiro e a EB1 da Horti-nha.

À disposição de todos os participan-tes e visitantes estiveram insufláveis, diversos ateliers e pinturas faciais di-namizadas pelas turmas de 10.º e 11.º do Curso Profissional Técnico de Apoio à Infância da Escola Secundária Poeta

Joaquim Serra.A Eco feira contou ainda com a

presença de entidades convida-das como a CERCIMA, o Serviço Municipal de Protecção Civil e o Estabelecimento Prisional Regio-nal de Montijo. A empresa “Urze – Agricultura Biológica” apresen-tou uma oferta variada de frutas da época, produzida por méto-dos biológicos certificados.

A Eco-Feira é o espaço onde se pro-move todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano na escola, sobre as temá-ticas ambientais.

O projecto Hortas Escolares está im-plementado em 15 escolas do concelho e pretende promover e sensibilizar a co-munidade escolar para os benefícios da agricultura biológica em relação à agri-cultura convencional.

A “Eco-Feira 2008/2009” contou com o apoio da Polícia de Segurança Públi-ca, dos Bombeiros Voluntários de Mon-tijo.

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A Escola Profissional de Montijo vai ter 25 estudantes seus a realizar, a partir de Se-tembro e durante quatro semanas, está-gios de formação profissional no Centro de Formação ZAW - Zentrum für Aus-und Weiterbildung em Leipzig na Alemanha.

Estes estágios surgem após uma can-didatura, de mais de 72 milhões de eu-ros, da Câmara Municipal de Montijo e da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento de Montijo à Acção Mobilidade do Programa Sectorial Leo-nardo da Vinci da União Europeia.

Os estudantes, que serão acompanha-das por dois professores, são finalistas dos cursos técnico-profissionais de “Ma-nutenção Industrial/Electromecânica” e de “Refrigeração e Climatização”.

Para os jovens do curso de “Manuten-ção Industrial/Electromecânica” o estágio vai servir para desenvolver na prática ac-tividades na área da manutenção, rela-cionadas com análise e diagnóstico, con-trolo e monitorização das condições de funcionamento dos equipamentos elec-tromecânicos e instalações eléctricas in-dustriais. Estes jovens vão, ainda, apren-der como se planeia, prepara e procede a intervenções no âmbito da manutenção preventiva, sistemática e correctiva de acordo com as normas de segurança e regulamentos específicos em vigor.

Por sua vez, os estudantes de “Refri-geração e Climatização” vão poder, com base nos procedimentos/técnicas ade-quadas e nas normas de higiene, segu-rança e ambiente, proceder à gestão do plano de fabrico, da montagem dos siste-mas, dos recursos afectos às actividades de instalação e montagem dos sistemas,

ESTAGIARNA EUROPA

da conservação e assistência técnica dos mesmos entre outras actividades essen-ciais ao seu percurso profissional.

O Centro de Formação ZAW é uma unidade de ensino moderna que dispõe da mais alta tecnologia nas áreas da Me-cânica Industrial, Electricidade e Energia (Frio e Climatização), Mecatrónica, Elec-trónica, Automação e Comando, entre outras.

Ao estagiar nesta entida-de, os estu-dantes terão contacto com o que de me-lhor se faz nas suas áreas de formação, tendo acesso a boas-práticas que mais tarde serão vitais no seu desempenho profissional.

Para além do enriquecimento profissio-nal, os estágios são também uma expe-riência linguística, pessoal, intercultural e social para estes jovens.

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CÂMARA E ASSOCIAÇÃO

“O JARDIM DO OLEIRO”

ASSINAM PROTOCOLO

No dia 8 de Maio de 2009 teve lugar a as-sinatura de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Montijo e a Associação “O Jardim do Oleiro”, no edifí-cio da Galeria Municipal. Este protocolo será

realizado no âmbito do acom-panhamento a famílias objecto de intervenção pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Montijo (CPCJ).

Recorde-se que a CPCJ de Montijo tem em vista promo-ver os direitos das crianças e jovens do concelho, prevenir e pôr termo a situações sus-ceptíveis de afectar a sua se-gurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. Após recepção das sinalizações e feita a instrução dos processos, a Comissão

adoptará a medida ou medidas adequadas para afastar o perigo em que as crianças se encontrem.

Considerando a necessidade de dotar o concelho de Montijo de estruturas que ga-rantam o acompanhamento às famílias, cujas crianças têm medidas aplicadas pela Comis-são, a autarquia montijense assinou o proto-colo com a Associação “O Jardim do Oleiro”.

A cerimónia contou com as presenças da edil montijense, Maria Amélia Antunes, da presidente da Associação “O Jardim do Oleiro”, Lucília Ferreira, e do presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crian-ças e Jovens em Risco, Armando Acácio Gomes Leandro.

Na continuidade da cerimónia teve lugar uma sessão de esclarecimento intitulada “ A Comunidade Local e o Sistema de Promo-ção e Protecção de Crianças e Jovens” pro-ferida por Jorge Souto, membro da equipa técnica de apoio à Comissão Nacional.

Após a assinatura do protocolo, a equi-pa técnica do “Jardim do Oleiro”, além de anunciar os objectivos da associação, fez a apresentação dos quadros técnicos que a compõem, bem como da filosofia subjacen-te ao modo de actuação da mesma.

A sessão focou o trabalho que se espera que as entidades de primeira linha (entidades com competência em matéria de infância e juventude) cumpram no concelho, quando detectadas situações de crianças e jovens em risco e junto das suas famílias, antes de sinalizarem as situações à Comissão.

Esta sessão visou ainda informar as en-tidades locais relativamente ao papel que desempenham no Sistema de Promoção e Protecção e reforçar também os conheci-mentos que os técnicos que trabalham na área da infância e da juventude têm sobre o mesmo Sistema.

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AGENDA E PASSAPORTE

SÉNIORA Câmara Municipal de Montijo recorda que o projecto “Outros Olhares” oferece, desde 2008 aos idosos, a possibilidade de apro-fundarem conhecimentos sobre a história, a cultura e o património do concelho. No âmbito deste projecto, a Agenda Sénior dis-

ponibiliza a calendarização anual de todas as actividades dirigidas à população sénior, sempre com quatro iniciativas mensais.Associado às actividades da Agenda está o Passaporte Sénior, que pretende validar a presença dos idosos nas iniciativas. Os três idosos mais participativos nas actividades vão ser premiados, no final do ano, na Festa de Natal.

Esta iniciativa integra o projecto Montijo Saudável, coordenado a nível europeu pela Organização Mundial de Saúde, e pretende proporcionar um envelhecimento saudável, um dos desafios lançados pela OMS.

Se tem mais de 50 anos e gosta de con-viver, participe no projecto “Outros Olha-res”. A Agenda Sénior informa que, no próximo dia 2 de Setembro, vai realizar-se uma sessão de esclarecimento dedicada à temática da Gripe, pelas 15h00, na Casa do Ambiente.

Para participar nas actividades da Agenda “Outros Olhares” é necessário proceder à respectiva inscrição. Os inte-ressados devem dirigir-se ao Gabinete de Saúde e Acção Social, na Praça da Re-publica, n.º 52, 1.º andar, ou contactar o telefone 21 232 78 55/56.

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I FÓRUM JUNTOS PELO BEM-ESTAR E PELO DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIO

A Escola Profissional de Montijo acolheu nos passados dias 20 e 21 de Maio a rea-lização do I Fórum “Juntos pelo Bem-estar e pelo Desenvolvimento Solidário”, uma organização do CLASS – Conselho Local de Acção Social e de Saúde de Montijo. O Fórum teve a adesão de mais de 180 participantes.

A sessão inaugural contou com a pre-sença de Nélson Baltazar, presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta, que abordou as dinâmi-cas sociais e os impactes em saúde que o novo Aeroporto Internacional de Lisboa trará à região.

No dia 21, a parte da manhã foi marcada pela apresentação do “Perfil do Homem e da Mulher Imigrante do Concelho de Mon-tijo” e pelo lançamento do “Guia de Re-cursos de Apoio às Famílias”, ambos com versão online disponível no sítio do Muni-cípio na Internet em www.mun-montijo.pt.

Das muitas temáticas abordadas duran-te o I Fórum destaque para o tema do tra-balho em rede (metodologias, estratégias e actores); a comunicação e o marketing na Saúde e na Solidariedade; a Saúde na 1ª e na 3ª Idade; pensar o espaço urba-no de forma sustentável e a (in)segurança humana.

A iniciativa pretendeu debater as ques-tões do desenvolvimento local que são identificados como prioritárias pela OMS – Organização Mundial de Saúde, nome-

adamente, no quadro da V Fase do Pro-jecto Cidades Saudáveis (em desenvolvi-mento).

Recorde-se, que a organização deste fórum tinha como objectivo elevar o co-nhecimento dos parceiros da Rede Social

e do Projecto Montijo Saudável sobre os domínios social, educacional, ambiental, comunicacional e urbanístico.

O evento contou com a participação de palestrantes vindos de vários quadrantes da sociedade pública e privada, que im-primiram um salutar ambiente de reflexão e debate entre os participantes das várias sessões plenárias e paralelas.

Decorreu também, nos corredores e no atrium principal da Escola, uma exposição de documentos e trabalhos ligados com as áreas de intervenção e resultados prá-ticos da acção quotidiana de diversas ins-tituições parceiras do CLASS de Montijo, bem como da própria RPCS.

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130 anos dos Paços do ConcelhoAté 31 de Agosto, está patente na Gale-ria Municipal a exposição “130 Anos de um Edifício com História – De Tribunal a Paços do Concelho”.

A exposição relata a trajectória bio-gráfica do edifício dos Paços do Con-celho e é uma forma de comemorar o trabalho desenvolvido pelas institui-ções que acolheu ao longo dos seus 130 anos de existência.

Inicialmente, o edifício albergou o tri-bunal e cadeia de Aldeia Galega. Em Janeiro de 1958 começou a funcionar como Escola Industrial e Comercial de Montijo. A partir de 1965 passou a ser o edifício dos Paços do Concelho (câma-ra municipal).

A exposição pode ser visitada de se-gunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e aos sábados das 15h00 às 19h00.

ASSIM CONCORRE AO GUINESS WORLD RECORDSA Associação de Imigrantes de Montijo (ASSIM) vai entrar para o famoso Guiness World of Records ao conseguir juntar o maior número de pessoas a dançar ki-zomba. O evento está agendado para o próximo dia 3 de Outubro, no Parque de Exposições do Montijo, entre as 10h00 e as 24h00. Com este evento pretende-se elevar a projecção desta jovem associa-ção, bem como promover o diálogo inter-cultural.

Esta iniciativa conta com apoio da Câ-mara Municipal de Montijo, estando a re-colher outros apoios, nomeadamente ao nível das embaixadas e organismos ofi-ciais que trabalham na área da imigração. Também se irão juntar a esta iniciativa ar-tistas de renome ao nível da kizomba, que é hoje um estilo musical contagiante e que atravessa todas as culturas.

A Associação de Imigrantes de Monti-jo, constituída em 2008, é composta por elementos de diferentes nacionalidades e tem como objectivos defender e promover os direitos e interesses dos imigrantes e seus descendentes, permitir a sua plena integração na comunidade de acolhimen-to montijense e desenvolver acções de apoio junto dos mesmos, visando melho-rar as suas condições de vida.

Neste sentido tem desenvolvido para e com os seus associados um conjunto de eventos culturais para que as diversas co-

munidades residentes em Montijo se sin-tam cada vez mais integradas, reforçando/recuperando a sua identidade cultural.

A dança e a música são aspectos mui-to relevantes que reforçam a identidade de qualquer comunidade imigrante. A KI-ZOMBA é um tipo de dança que nasce em Angola, mas que atravessa hoje uma mul-tiplicidade de países e culturas.

A ASSIM tem vindo a trabalhar afincada-mente no cumprimento de todos os crité-rios exigidos pela organização do Guiness World Records, estando já confirmada a presença de um dos seus elementos, a fim de proceder à validação do objectivo.

O evento pretende também reforçar a identidade dos imigrantes, através de uma mostra de gastronomia e da participação de diversos artistas e grupos musicais, de vários estilos musicais e países.

Haverá um momento alto do evento. Contamos com o apoio de todos os/as montijenses e residentes em concelhos vizinhos. Com o apoio de cantores/as de primeira linha, acompanhados de dançari-nos profissionais de Kizomba, centenas de pessoas cumprirão o sonho desta associa-ção: entrar para Guiness Book of Records!

Para mais informações contacte o Ga-binete de Saúde e Acção Social através do telefone 21 232 78 55/56 ou a ASSIM (Relações da ASSIM - Paula Barradas – 912386921).

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NOTÍCIAS DAS REUNIÕES DE CÂMARA

Na reunião de câmara de 22 de Julho, foi aprovado um protocolo entre a Câ-mara Municipal de Montijo e a Socieda-de Comercial Megasalto, Lda, titular do Ginásio Viva Fit. A proposta de parceria visa a promoção e realização de acti-vidades desportivas nas ciclovias exis-tentes na cidade de Montijo, no âmbito

Na reunião de 27 de Maio de 2009 foi aprovada a proposta de construção da Escola Básica 1, 2, 3/ Jardim-de-infância no Bairro do Areias/Esteval, junto à urbani-zação Colinas do Oriente.

A intervenção da referida escola insere-se no âmbito do eixo prioritário relativo à modernização do parque escolar. A in-tervenção visa responder aos anseios da comunidade local, superando definitiva-

EB1, 2, 3/JI do Bairro do Areias/Esteval

mente as necessidades registadas, contri-buindo de forma decisiva para a melhoria das condições de fornecimento e organi-zação do parque escolar do concelho.

A construção da escola decorre de um protocolo assinado entre a Câmara Muni-cipal de Montijo e a DREL (Direcção Re-gional de Educação de Lisboa). O valor base da obra é de quatro milhões e oito-centos mil euros.

das modalidades de ginástica, fitness e pedestrianismo, entre 15 de Agosto e 15 de Setembro.

O projecto tem como objectivos sensi-bilizar a comunidade em geral para a im-portância da adopção de estilos de vida saudáveis, estimular a pratica de exercício físico regular, uma alimentação saudável

e apelar para a prevenção de factores de risco primários.

De acordo com o protocolado no dia 12 de Setembro terá ainda lugar na Praça da Repú-blica demonstrações de aulas de grupo das modalidades de ginástica e fitness.

O projecto contará com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo de Montijo.

Desporto nas ciclovias

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AFONSOEIRO RECEBEU

EXECUTIVO MUNICIPAL

No dia 5 de Maio, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Sil-va e Renato Gonçalves realizaram uma visita à freguesia do Afonsoeiro.

Como habitualmente, a visita iniciou-se com a reunião entre o executivo municipal e os autarcas da junta de freguesia. A pre-sidente da câmara começou por salientar que “os tempos são difíceis e não vai haver

dinheiro para novas obras. É preciso que os cidadãos saibam disto. Não há margem para grandes investimentos, mas para con-solidar e manter o que está feito, até porque no essencial os compromissos que assumi-mos com a população do Afonsoeiro estão cumpridos”.

Uma das questões colocadas pelo presi-dente da junta, Humberto Lopes, prendeu-se com o JI da EB1 N.º 4 de Montijo. “A câmara tem 18 meses para realizar a obra. A sede do Estrela F.C. Afonsoeirense é intocável, mas o terreno adjacente será para construção do JI”, afirmou a presidente.

Sobre os polidesportivos, Nuno Canta disse que o equipamento da Avenida Pedro Nunes “já foi adjudicado. Quanto à vedação

do equipamento da Praça da Paz será muito difícil, este ano, conseguirmos colocá-la”.

O vereador das Obras e Meio Ambiente comunicou, ainda, ao executivo da junta que a Câmara está a solicitar orçamento para a colocação de semáforos na passadeira fren-te ao E.Leclerc.

À noite, três dezenas de munícipes corres-ponderam ao apelo da câmara e da junta e deslocaram-se à sede da junta de freguesia

para apresentarem as suas preocupações, de interesse público ou particular.

A sessão começou com a apresentação de dados rela-tivos às principais transferên-cias financeiras e investimen-tos realizados pela autarquia montijense no Afonsoeiro nos últimos quatro anos. Um in-vestimento no valor total de 13.784,202 euros.

Maria Amélia Antunes refe-riu-se ao Afonsoeiro como parte integrante da cidade de Montijo. “A cidade é tudo o que fica dentro da Circular Externa. Isso inclui o Esteval, o Areias, mas também o Afonsoeiro. Do ponto de vista da inclusão e da identida-de é importante que o Afonsoeiro se sinta como cidade. Temos que começar a ver o Afonsoeiro como cidade e não como perife-ria e nessa linha de orientação estratégica, a câmara tem concebido aspectos, como a iluminação, o mobiliário urbano, entre outros, que visam essa integração”.

Entre as questões de carácter público apresentadas pelos munícipes destaque para a EB1/JI do Afonsoeiro, para o depósito de terras frente ao E.Leclerc e para a coloca-ção do lixo nos contentores.

Maria João Mota, membro da Associação Provisória de Pais e Encarregados de Edu-cação da EB1/JI do Afonsoeiro, questionou o executivo sobre a falta de pessoal auxiliar no refeitório daquele estabelecimento de en-sino, a inexistência de uma passadeira junto ao portão do JI e de coberturas em algumas zonas do estabelecimento.

A vereadora Maria Clara Silva, responsável pelo pelouro da Educação, afirmou não exis-tir falta de pessoal na EB1/JI do Afonsoeiro. “O número de funcionários na escola é su-perior ao que a legislação obriga. As cober-turas serão a fase seguinte, mas é preciso ver que existem outras escolas no concelho que, ainda, não têm os arranjos exteriores, não têm polidesportivos e a EB1/JI do Afon-soeiro já tem tudo. Temos que repartir o in-vestimento, também, pelas outras escolas”.

A presidente Maria Amelia Antunes acres-centou que “será muito difícil resolver a situa-ção das coberturas até ao início do próximo ano lectivo. Quanto à passadeira é mais fácil de resolver e vamos avaliar as questões de se-gurança e ver o melhor local para a colocar”.

Sobre o problema das terras deposita-das frente ao E.Leclerc, Maria Amélia Antu-nes começou por enquadrar a situação, de modo a esclarecer os munícipes. “O terreno é um lote privado e como tal, na altura, auto-rizei temporariamente a colocação daquelas terras. Autorizei por ser privado e temporário. Não há ilegalidade na colocação das terras. Há, agora, uma irregularidade que consiste no abuso do uso do terreno e na sua falta de manutenção. Já notifiquei, por escrito, o proprietário para que proceda à limpeza e manutenção do mesmo. Se não o fizer, a Câ-mara terá que adoptar outros procedimentos para poder proceder à sua limpeza”.

Uma munícipe, moradora na Rua Gil Eanes, abordou, ainda, os executivos da câmara e da junta sobre o modo como as pessoas colocam o lixo nos contentores. Segundo, a munícipe muitas pessoas con-tinuam a colocar o lixo sem estar acondicio-nado em sacos, o que provoca mau cheiro e outros problemas de higiene.

Maria Amélia Antunes considerou a situa-ção “um problema de cidadania. As pesso-as erguem a voz pelos direitos mas esque-cem-se que também têm obrigações. Essa sua preocupação revela como alguns dos nossos concidadãos não estão preparados para dar o seu contributo na manutenção do espaço público”.

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A presidente da Câmara Municipal de Mon-tijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Renato Gon-çalves visitaram, no dia 3 de Junho, a fregue-sia do Alto Estanqueiro-Jardia.

O executivo municipal reuniu com o presi-dente da junta, Tolentino Gomes, e restantes membros da junta para avaliar os principais problemas da população local.

Maria Amélia Antunes começou por afirmar “que, no essencial, as promessas feitas aos munícipes do Alto Estanqueiro-Jardia estão cumpridas”, salientando as actuais dificulda-des económicas e financeiras e que “a gran-de preocupação é a manutenção dos equi-pamentos já existentes para garantirmos o nível de qualidade de vida das populações”.

Uma das preocupações dos autarcas da freguesia é o arranjo paisagístico da zona do Apeadeiro de Sarilhos. “A ideia é fazer um es-paço verde no largo junto à bomba, com um pequeno jardim com bancos e uma zona de estacionamento. Agora, com a limitação de receitas, temos algumas dificuldades. Não vamos conseguir fazer até ao final do ano”, afirmou o vereador das Obras e Meio Am-biente, Nuno Canta.

A pavimentação da entrada do Bairro das Carvalhas “já está adjudicada e vai, também. ser feito o asfaltamento do final da Rua Fernando Ferreira. A zona pedonal de ligação da Rua da Liberdade ao Alto Estanqueiro junto à Estrada Nacional 5 vai ser contemplada na próxima em-preitada de trabalhos diversos”, acrescentou.

Sobre o parque infantil da Quinta das Tílias, o vereador Nuno Canta disse já ter sido “pe-dido o orçamento, mas é uma obra dispen-diosa. Tínhamos duas prioridades: fazer par-ques infantis nas escolas e o parque infantil da Lançada que vai começar a ser executa-do. Numa próxima oportunidade, até porque já temos o projecto, será feito o parque da Quinta das Tílias”.

Os autarcas da câmara e da junta abordaram, ain-da, algumas obras de pavi-mentação que são neces-sárias na freguesia como a Estrada dos Brejos, a 2.ª fase da Estrada do Pinhei-ro, entre outras. O vereador Nuno Canta salientou que “a prioridade foi a pavimen-tação do Bairro Miranda e que, agora, se seguiram as outras ruas”.

A vereadora Maria Cla-ra Silva, responsável pelo

pelouro da Educação, informou o executivo da junta que foram “aprovadas candidaturas para a implementação de dois jardins-de-in-fância: um na escola básica da Jar-dia e outro na escola junto à sede do Águias Negras. São obras que estarão prontas no ano lectivo de 2010/2011”.

Durante a tarde, o executivo muni-cipal visitou alguns locais da fregue-sia como o Bairro Miranda, o Apea-deiro de Sarilhos e o União Futebol Clube Jardiense.

À noite, a sede da junta registou lotação esgotada. Os munícipes responderam afirmativamente ao apelo da câmara e da junta, confrontando o executivo com as suas preocupações rela-cionadas com a freguesia.

A sessão começou com a apresentação de dados relativos às principais transferências fi-nanceiras e investimentos realizados pela au-tarquia montijense no Alto Estanqueiro-Jardia nos últimos quatro anos. Um investimento no valor total de 2.484.223, 00 euros.

A falta de limpeza e de higiene, a insegu-rança rodoviária na zona do Apeadeiro de Sarilhos e o arranjo paisagístico da rotunda existente no mesmo local foram os problemas mais focados pelos munícipes. Os morado-res queixaram-se da existência de entulho nas ruas, da falta de limpeza das mesmas, de maus cheiros e da velocidade excessiva dos automobilistas, nomeadamente na Rua do Operário.

“A regra no concelho do Montijo é os equi-pamentos e os espaços públicos estarem tratados, com o lixo recolhido, as ruas as-faltadas, os espaços verdes cuidados, entre outros aspectos. Amanhã vou ver o que se passa”, afirmou a presidente.

Sobre o arranjo paisagístico da rotunda do Apeadeiro, a autarca disse que “neste

quadro de dificuldades económicas e finan-ceiras o arranjo da rotunda não é prioritário. Não quer dizer que não seja arranjada, mas, de momento, não podemos afectar recursos para esse género de obras”.

Relativamente as questões do excesso de velocidade do tráfego automóvel e após al-guns munícipes terem sugerido a colocação de lombas em cimento, o vereador Nuno Canta salientou “que as mesmas não são permitidas por lei e, por isso, a solução para minimizar o problema pode passar pela colo-cação de passadeiras sobrelevadas”.

Outra questão muito abordada pelos muní-cipes foi a sinalização e consequente circula-ção automóvel no Bairro da Boa Esperança. Os munícipes solicitaram a criação de ruas de sentido único.

“A organização do trânsito ainda não se rea-lizou porque, numa primeira fase, foi preciso im-plementar todas as infra-estruturas e alcatroar as ruas do Bairro. Já temos um estudo e agora podemos resolver essa questão com alguma rapidez”, referiu o vereador Nuno Canta.

Alguns munícipes do Bairro Miranda quiseram saber quando serão asfaltadas as restantes ruas e queixaram-se do valor elevado que terão de pagar para proceder à ligação das suas habitações à rede de sa-neamento.

O vereador das Obras informou-os que “podem fazer o pagamento da taxa de sa-neamento em prestações e que as obras de pavimentação do Bairro Miranda foram rea-lizadas por fases. Numa terceira fase serão asfaltadas e colocadas as infra-estruturas necessárias nas restantes ruas”.

Para além destes assuntos, os cidadãos da freguesia do Alto Estanqueiro-Jardia expressaram, ainda, preocupação com a limpeza das valas e a necessidade de mais ecopontos, de desvios para os autocarros na EN 5, de uma carreira dos Transportes Sul do Tejo no Bairro Miranda e de parques infantis na freguesia.

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EXECUTIVO MUNICIPAL VISITOU ALTOESTANQUEIROJARDIA

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{f r e g u e s i a s }No dia 15 de Julho, o executivo municipal encerrou o ciclo de visitas às freguesias do concelho com uma extensa visita na Fregue-sia do Montijo, que incluiu reuniões com re-presentantes da União Mutualista Nossa Se-nhora da Conceição, do Hospital, do Centro de Saúde e da Santa Casa da Misericórdia de Montijo.

Tendo como pano de fundo a eventual pandemia de gripe A, a visita dos executivos da câmara e da junta privilegiou o contacto com instituições da área da saúde e da ac-ção social com o intuito de analisar o trabalho que está e pode vir a ser desenvolvido entre a autarquia e estas entidades na abordagem a esta problemática.

“A câmara presta serviços básicos à po-pulação, como o abastecimento de água e a higiene urbana e, por isso, começámos a pensar na gestão dos recursos humanos nestas áreas em caso de pandemia porque estamos a falar de questões de saúde públi-ca. Temos divulgado junto dos funcionários as regras emitidas pela Direcção Geral de Saúde (DGS). É preciso informar as pesso-as, mas sem alarmismos”, salientou a pre-sidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes.

Elisabete Gomes, presidente da direc-ção da União Mutualista Nossa Senhora da

Conceição, informou o executivo que nas diversas valências da instituição “tem sido feita divulgação junto dos funcionários e dos utentes. Estamos a incentivar ainda mais nas crianças os hábitos de higiene”.

Na reunião com a administração do Hos-pital Distrital de Montijo, a presidente do con-selho de administração, Izabel Pinto Mon-teiro, salientou que “a DGS está a orientar procedimentos e a divulgar o necessário em relação à gripe A. A base de trabalho está a assentar na prevenção da disseminação do

vírus”, acrescentando que “a nossa obriga-ção social, enquanto cidadãos, é evitar ao máximo a propagação da doença”.

Por sua vez, os representantes do Agrupa-mento de Centros de Saúde do Arco Ribeiri-nho (do qual faz parte o Centro de Saúde de Montijo) comunicou o desenvolvimento de um plano de contingência, já apresentado

FREGUESIA DO MONTIJO ENCERROU CICLO DE VISITAS

aos colaboradores, e que assenta em quatro eixos: informação; medidas de prevenção e controle da infecção (como por exemplo: salas de isolamento em todos os centros de saúde); prestação de cuidados; formação dos próprios técnicos e comunicação com a comunidade para evitar situações de alar-mismo.

Este plano de contingência contempla, também, um Serviço de Atendimento à Gripe (SAG) que funcionará, quando e se necessá-rio, no Centro de Saúde da Moita

A última reunião do dia teve lugar na Santa Casa da Misericórdia de Montijo. Os respon-sáveis da instituição já adoptaram medidas para a prevenção da gripe A. “Reunimos parcelarmente com todos os colaboradores para esclarecer os cuidados de prevenção que devem ter e alertá-los para estarem preparados para lidar com a ansiedade dos utentes. Também comprámos máscaras”, afirmaram.

Os cuidados de saúde em Montijo

A reunião entre os autarcas e a administra-ção do Hospital serviu, também, para fazer um ponto de situação sobre o Centro Hos-pitalar Barreiro/Montijo. Izabel Pinto Monteiro informou que os hospitais do Barreiro e do Montijo já apresentaram “um plano de negó-cios que foi aprovado no Ministério da Saúde e está a aguardar aprovação do Ministério da Finanças. Pensamos que no princípio de Outubro podemos passar à criação do Cen-tro Hospitalar”.

“Entretanto criou-se a consulta de ortope-dia, vamos iniciar a consulta de oftalmologia, já adjudicamos um novo equipamento de ra-diologia e conseguimos financiamento para a Unidade de Cuidados Continuados e para a Cirurgia de Ambulatório. Vamos ter mais

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consultas externas, mais meios auxiliares de diagnóstico e consultas de especialidade. Estamos a tentar dar uma resposta integra-da e séria aos diferentes níveis de patologia e a toda a população”, concluiu.

Para Maria Amélia Antunes, “a melhor res-posta hospitalar é rendibilizar os recursos e meios existentes nos dois hospitais. Não des-carto, a médio/longo prazo, a construção de uma nova unidade hospitalar em Montijo, mas por agora os investimentos realizados neste equipamento devem ser rentabilizados. Com o novo aeroporto e a plataforma logística do Poceirão há mais razões para a manutenção da urgência do Hospital de Montijo”.

Palavra aos munícipes À noite, na Galeria Municipal o execu-tivo da câmara e da junta receberam os munícipes que quiserem colocar as suas preocupações de ordem pública ou particular.

Tal como nas outras freguesias, a sessão começou com a apresentação de dados relativos às principais trans-ferências financeiras e investimentos realizados pela autarquia na freguesia do Montijo nos últimos quatro anos. Um investimento no valor total de 18.590.691,00 euros.

A principal questão abordada foi a habitação social. Dois munícipes mostraram-se satisfeitos pela política de inclusão e integração social desen-volvida pela câmara, nomeadamente no Bairro do Esteval.

“O Bairro do Esteval é interclacis-sista. É um exemplo do que deve ser uma política de integração e habita-ção social. Acho que estamos no ca-minho certo porque é pela integração que salvaguardamos, também, a nos-sa qualidade de vida e segurança”, realçou a presidente.

Outro assunto em destaque foi a educação, com um munícipe a apre-sentar diversas situações sobre as actividades de enriquecimento curri-cular, a necessidade de mais psicólo-gos nas escolas e a indisciplina.

A presidente realçou o trabalho da autarquia na área da educação. “Tive-mos desde sempre uma grande preo-cupação com a educação e, por isso, temos dietista e psicólogos, mas ad-mito que possamos precisar de mais. Fizemos um grande investimento nas escolas. Muitas das situações que re-latou é falta de profissionalismo e de responsabilidade. Tem de haver um novo paradigma de gestão na admi-nistração pública. O caminho é pela responsabilização individual e colec-tiva”.

Em relação aos cuidados primários, os responsáveis do Agrupamento de Centros de Saúde do Arco Ribeirinho realçaram a importância da criação de Unidades de Saúde Familiar “o que pode ajudar a colmatar algumas lacunas no âmbito do número de utentes sem médico. Temos também perspectivas de criar uma aqui no Afonsoeiro porque tem condições para isso”.

Quanto à unidade de saúde de Montijo foi salientado o esforço realizado no aten-dimento a utentes sem médico de família e a importância do novo sistema informáti-co na gestão da unidade.

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Pólo Cultural do Afonsoeiro quase concluído

O Pólo Cultural do Afonsoeiro, que será a sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, está em fase de conclusão. A sua inauguração está prevista ocorrer du-rante as festas populares da freguesia.

A sede vai ter auditório, sala de dança, balneários, área de convívio no primeiro an-dar, onde se localiza o bar, e três gabinetes de direcção, sala de troféus e de reuniões no segundo piso. O edifício contempla ele-vador para deficientes.

O espaço envolvente será vedado para garantir uma maior segurança. Esta obra vem reforçar os equipamentos colectivos e culturais na freguesia do Afonsoeiro, cuja população tem vindo a aumentar. Uma obra adjudicada por 398 mil euros. Poupança

Energética em Bairros de Habitação SocialNo dia 28 de Julho, a ADENE – Agên-cia Nacional de Energia, em colabora-ção com a EDP, a S.Energia e a Câ-mara Municipal de Montijo procedeu à distribuição de lâmpadas de maior eficiência energética aos habitantes de todos os bairros sociais do concelho. Centenas de lâmpadas foram distri-buídas, cujo objectivo atravessa duas áreas de intervenção estratégica do municipio: o desenvolvimento ambien-tal sustentável e a acção social.

Pavimentação da Rua do Norte em Pegões

As obras de asfaltamento da Rua do Norte em Pegões já começaram. Mais uma inter-venção de qualificação da rede principal de caminhos rurais que irá apoiar o tecido em-presarial agrícola, uma vez que a circulação será mais segura. Esta estrada permite a li-gação de São João das Craveiras à EN4 e Vendas Novas.

A Câmara Municipal de Montijo está a proceder à substituição e reparação de luzes no espaço da Frente Ribeirinha que foram alvo de actos de vandalis-mo. Esta medida vem no seguimento da política adoptada pela autarquia de manutenção dos espaços públicos.

Pavimentação da Rua Eça de QueirozEm fase de conclusão está também a Rua Eça de Queiroz, que pertence à rede principal de estradas do antigo colonato de Pegões. Esta obra permi-tirá uma ligação segura e mais rápida aos Casais mais afastados do centro da Freguesia de Santo Isidro.

Autarquia repara luzes na Frente Ribeirinha

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Requalificação da Praça da Liberdade de Sarilhos Grandes

A Câmara Municipal de Montijo está a realizar obras de requalificação na Praça da Liberdade e Avenida 5 de Outubro, na fre-guesia de Sarilhos Grandes. Os trabalhos inserem-se numa estratégia politica, que a autarquia montijense tem vindo a desenvol-ver, de reforço da identidade dos centros históricos das freguesias do concelho.

As obras servirão para resolver os pro-blemas de abastecimento de água aos bairros da freguesia e para melhorar o estacionamento na zona. Será também alvo de intervenção o Coreto e reposta a calçada à portuguesa ali existente na dé-cada de 80.

As obras prolongaram-se um pouco mais do que o previsto devido à dificul-dade de coordenar os trabalhos com as empresas responsáveis pelo enterramen-to das infra - estruturas eléctricas e de te-lecomunicações.

Sistema de Drenagem Superficial dos Pescadores

A Câmara Municipal de Montijo está a cons-truir um novo sistema de drenagem de águas com o objectivo de combater as cheias no Bairro dos Pescadores. A obra contempla a construção de uma rede de colectores su-perficiais que, ao funcionar acima das cotas da maré máxima, em condições de chuva, cria uma alternativa ao sistema existente para um escoamento mais rápido das águas. Com o mesmo intuito, a autarquia tem vin-do a construir infra-estruturas de protecção

contra as cheias das zonas baixas da cida-de, nomeadamente a nova caldeira/dique e comportas na zona ribeirinha e agora o sis-tema superficial de drenagem. Num futuro próximo as obras de requalificação da Praça Gomes Freire de Andrade também irão per-mitir a construção de um novo sistema de drenagem de águas. Recorde-se que, mes-mo com estas infra-estruturas, será sempre necessária a variante humana para cuidar das comportas.

Sinalização Horizontal Arranjos exteriores da Escola da Caneira

A Câmara Municipal de Montijo proce-deu a arranjos exteriores na EB1 da Ca-neira.

A Câmara Municipal de Montijo está a pro-ceder à pintura de passadeiras, zonas de estacionamento, entre outros, na cidade de Montijo. Este trabalho é levado a cabo

por uma empresa contratada pela autar-quia que, todos os anos, garante o bom estado de conservação da sinalização ho-rizontal.

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UM CASO DE SUCESSO

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Férias Para TodosA época de férias é do agrado de todos. Se tem um animal de companhia, este também faz parte da família, logo também tem direito às suas “férias”. Se o puder levar consigo, não hesite. Porém se não existem condições para tal, deixo-o bem entregue. Aqui ficam algumas opções ….

Em casa…Há sempre um familiar, amigo ou vizinho que tem o prazer de cuidar do seu amigo. No seu próprio espaço ele irá sentir-se mais à vontade.

Em casa de familiares ou amigos…Deixe o seu animal bem entregue. Por cer-to irá correr tudo bem até porque prova-velmente já são pessoas que o seu animal conhece.

“Troca” entre donos…Começa a ser uma solução bastante usual. Basicamen-te, um dono fica com o animal de estima-ção de outro durante as férias e depois invertem os papéis.

Famílias de acolhimento temporá-rio…São famílias que por gostarem de animais, procuram no período de férias, ajudar a cuidar do seu animal, durante a sua ausência, estando sempre em contac-to consigo.

Hotéis para animais …Procure um bom hotel para deixar o seu amigo junto da sua área de residência ou próximo do seu local de férias. Já existem locais de hospedagem de pessoas que também aceitam animais. É só procurar o local ideal.

Seja qual for a opção, não se esqueça de lhe deixar os seus objectos conhecidos, como a cama, cobertores, comedouro, bebedouro e brinquedos, para que se sin-ta à vontade, e o contacto do Médico Vete-rinário para qualquer eventualidade.

Há cerca de dois anos que o Laiker foi adoptado pela família Correia. Motivada pelo desejo que o seu filho Daniel expres-sara em ter um cão, Elisabete dirigiu-se ao Canil Municipal no dia do aniversário do seu filho.

“Desde a primeira hora que concordámos que já que queríamos um animal de estimação porque não adoptarmos um?” interroga-se. Elisa-bete que não compre-ende “porque as pesso-as continuam a preferir comprar cães de raça”.

Fomos ao Canil “ O Laiker chamou-nos logo a atenção, tinha apenas três meses, era o mais sossegado e uma cor muito bonita.”

Antes de tomarem a decisão de acrescentar um membro à família várias questões se co-locaram e “ponderámos bastante, princi-palmente o tempo a despender com ele,

passeá-lo e todos os cuidados necessários, uma vez que trabalho em Lisboa e o meu marido está em Espanha”.

O desejo de Daniel prevaleceu até porque Elisabete não esconde o seu gosto pelos ani-mais. “Cresci com animais em casa, sempre

os adorei”. Passados dois anos Eli-

sabete não se arrepende da escolha. “Foi o presente ideal para o meu filho. O Laiker é muito brincalhão, não pára, fica doido quan-do nos vê.”

“Acho que o amor de-les ainda é maior do que o nosso por eles, porque eles precisam de nós”, afirma uma dona satisfeita que recomenda a todos os que desejem ter um ani-mal de estimação, que “o adoptem, pois essa é uma forma de ajudar estes ani-mais. Existem, nos canis, cães que foram abandona-

dos, bonitos e, às vezes, de raça à espe-ra de um dono.”

O Franjinhas Gatinho A Mana

O Pirata A Querida O Sentinela

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