carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia ... · anexo v questionário para...
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roteiro observação 2007 saúde.doc
1
Carnaval: violência contra a mulher, racismo e
homofobia, na opiniãode quem faz a festa
roteiro observação 2007 saúde.doc
Relatório apresentado pela Fundação de Assistência Sócio Educativa e Cultural – Fasec à Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República – SEDHCONVÊNIO nº 004/2007 – Julho de 2007
Carnaval de 2007 – Salvador, Bahia
2
roteiro observação 2007 saúde.doc
RELATÓRIO DE PESQUISA
SUPERINTENDÊNCIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES – SPM SSA PMSalvador
CENTRO DE REFERÊNCIA LORETA VALADARES – PREVENÇÃO E ATENÇÃO A MULHERES EM SITUAÇÃO DE
VIOLÊNCIA
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007
Secretaria de Promoção da Igualdade do Governo do Estado da Bahia – SEPROMISecretaria do Turismo do Governo do Estado da BahiaBahiatursa
Secretaria Municipal da Reparação – SEMUR SSASuperintendência Especial de Políticas para Mulheres de Salvador – SPM SSA
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Carlos Alberto da Costa Gomes,pela sensibilidade, presteza e valiosa colaboração
no enquadramento metodológico da pesquisa
À Socióloga Vanda de Sá Barreto, Superintendente de Políticas de Promoção
da Igualdade Racial da SEPROMI,pelo estímulo para realização e publicação deste estudo
e pelo esforço para viabilizá-lo financeiramente
Ao Centro de Referência Maria Felipa da Policial Militar da PM / BA,À Coordenação da Saúde da População Negra da SMS,
À Semur – Secretaria Municipal da Reparação,ao GGB – Grupo Gay da Bahia,
ao Grupo Palavra de Mulher Lésbica,pelas contribuições na definição dos formulários da pesquisa
Às 1261 pessoas entrevistadas, sujeitos deste trabalho, que riem, choram, dançam, trabalham, sofrem, brincam e nos
inspiram a aperfeiçoar a intervenção pública nessa grande Festa que é o Carnaval de Salvador.
À Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria de Segurança Pública,que abriram suas portas à presença das pesquisadoras,
através dos Serviços instalados no Circuito da Festa.
CREDITOS DA PESQUISA
RELATORIAMaria Eunice Xavier Kalil
5
roteiro observação 2007 saúde.docFrancisca Eleonora SchiavoMaria Helena Souza da Silva
COORDENAÇÃO TÉCNICAMaria Eunice Xavier KalilFrancisca Eleonora Schiavo
COORDENAÇÃO TÉCNICA-OPERACIONALFrancisca Eleonora SchiavoKátia Brochado
APOIO TÉCNICOSilvana Cruz Leal
APOIO ADMINISTRATIVOEzilda Cândida da Conceição
APOIO LOGÍSTICO Adalice Ramos de Oliveira
Marisete de Jesus Teixeira
MOTORISTASCristóvão Colombo FerreiraUbirajara Ferreira da SilvaRoberto Luis Costa dos SantosLuiz Trindade de Santana
DIGITADORASIsabelly Cristina de Aquino PinheiroEunice José CostaTânia Maria Gonçalves PalmaCláudia MagalhãesJacinta Marta Tavares Leiro
6
roteiro observação 2007 saúde.doc
PESQUISADORASAna Cláudia Muller UrpiaAndréa Melo Silva LucenaAna Maria de Souza AndradeBárbara Cristina de OliveiraDaniela Miguez CostaDanúbia Leal LimaEunice José CostaJacinta Marta Tavares LeiroJanildes Oliveira de LimaJamile dos Santos CarvalhoJucigleide Pinheiro SantosLarissa Correia Nunes DantasLiberalina Pereira de AlencarLuciana Conceição Santos da MotaLuciana Ferreira RibeiroLudmilla Oliveira RamosMara SchwingelMarlene Machado SilvaMário Sérgio LeonorSuely Maria Costa LoboNeidjane Gonçalves dos SantosTânia Maria Gonçalves PalmaZilmar Alverita da Silva
S U M Á R I O
Lista de Anexos .......................................................................................................... 4
Lista de Tabelas ........................................................................................................ 5
Lista de Gráficos ........................................................................................................ 7
7
roteiro observação 2007 saúde.docApresentação ............................................................................................................. 9
1 Introdução................................................................................................................. 11
2 Informação sobre ocorrências no Carnaval.............................................................. 12
3 Organização e desenvolvimento da pesquisa ......................................................... 183.1 Articulação com outras ações do Observatório da discriminação racial e da
violência contra a mulher .................................................................................... 183.2 Desenho da pesquisa “Carnaval em Salvador: violência e discriminação
racial, sexista e por orientação sexual na perspectiva das mulheres” .............. 183.2.1 Espaço de realização da coleta de dados ................................................. 183.2.2 Instrumentos .............................................................................................. 193.2.3 Equipe, capacitação e organização do trabalho de coleta de dados ........ 223.2.4 A coleta e o processamento dos dados .................................................... 23
4 Folionas / foliões, trabalhadoras e profissionais: os sujeitos da pesquisa .............. 25
5 Os sujeitos e a festa ................................................................................................ 325.1 Sentimento geral com respeito à festa ............................................................... 325.2 Utilização de equipamentos ............................................................................... 39
6 A percepção revelada .............................................................................................. 46
7 Conclusões .............................................................................................................. 54
8 Recomendações ...................................................................................................... 63
LISTA DE ANEXOS
Anexo I Folheto distribuído aos sujeitos da pesquisaAnexo II Questionário para Folionas e FoliõesAnexo III Questionário para AmbulantesAnexo IV Questionário para CordeirasAnexo V Questionário para Profissionais de Postos de Saúde e de PolíciaAnexo VI Questionário para Usuárias de Postos de Saúde e de PolíciaAnexo VII Roteiro para Observação em Postos de Saúde
8
roteiro observação 2007 saúde.docAnexo VIII Roteiro para Observação em Postos de PolíciaAnexo IX Orientações gerais para as pesquisadorasAnexo X Tabelas do estudoAnexo XI Fotos
Carnaval, violência contra a mulher, racismo e homofobia, na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Lista de tabelas
número Nome página
Tabela 1 - Número de atendimentos na clínica médica do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, Carnaval 2005, Salvador
15
Tabela 2 - Atendimentos na clínica médica do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues por tipo de exame realizado, Carnaval 2005, Salvador
15
Tabela 3 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o sexo da vítima – postos dos circuitos, Salvador 2005 e 2006
15
Tabela 4 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval por tipo de causa, segundo o sexo - postos dos circuitos, Salvador 2006
16
Tabela 5 - Distribuição do número de pessoas do sexo feminino atendidas por causas violentas durante o Carnaval por tipo de causa, segundo a raça/cor – postos dos circuitos, Salvador 2006
16
Tabela 6 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o 17
9
roteiro observação 2007 saúde.doctipo da vítima - Salvador 2006
Tabela 7 - Distribuição do número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o perpetrador da agressão – Salvador 2006
17
Tabela 8 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval por circuito e segundo a raça/cor - Salvador 2006
17
Tabela 9 - Ocorrências de Agressão Física / Sexual (%) Carnaval de 2006 - Salvador 17
Tabela 10 - Formas de Violência (%) - Carnaval de 2006 – Salvador 17
Tabela 11 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a satisfação por trabalhar no Carnaval, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
34
Tabela 12 – Distribuição dos profissionais, de acordo com sua definição para o Carnaval, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
34
Tabela 13 – Distribuição dos policiais de acordo com sua visão da utilidade do serviço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
34
Tabela 13 A – Distribuição dos profissionais de saúde de acordo com sua visão da utilidade do serviço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
35
Tabela 14 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a opinião sobre as condições de trabalho, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
35
Tabela 15 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a opinião sobre a organização do trabalho, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
35
Tabela 16 - Distribuição das cordeiras, de acordo com a opinião sobre o tratamento recebido por homens e mulheres no bloco. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
35
Tabela 17 - Distribuição das cordeiras, de acordo com a opinião sobre disponibilidade de água, alimentação, equipamento e assistência jurídica no bloco. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
36
Tabela 18 – Distribuição das ambulantes, segundo relação com a SESP a respeito de mercadoria. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
36
Tabela 19 – Onde dormem as ambulantes durante o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
38
Tabela 20 – Condições do sono das ambulantes durante o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
38
Tabela 21 - Percepção da violência entre os/as entrevistadas/os da polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
46
Tabela 21 A – Percepção da violência entre os/as entrevistadas/os da saúde. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
46
Tabela 22 – Distribuição do conhecimento de serviços de atenção a mulheres em situação de violência entre ambulantes, cordeiras, folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
48
Tabela 23 – Distribuição de ambulantes, folionas e foliões segundo experiência de violência no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
50
Tabela 23A - Distribuição de ambulantes, cordeiras, folionas e foliões segundo percentual de tipo 50
10
roteiro observação 2007 saúde.docde violência experimentada (= % sim) no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 24 – Número e percentual de situações vividas ou vistas por ambulantes, cordeiras e folionas que foram também presenciadas por policial. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
52
Tabela 25 – Número e percentual de mulheres que se declararam lésbicas entre ambulantes, cordeiras e folionas. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
52
Tabela 26 – Número e percentual de mulheres que se declararam lésbicas entre ambulantes, cordeiras e folionas. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
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Tabela 27 – Distribuição de cordeiras, ambulantes, folionas e foliões segundo o sentimento de discriminação devido a cor/raça. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
53
Tabela 28 - Distribuição das usuárias dos serviços segundo o sentimento de discriminação devido a cor/raça em situações específicas. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
53
Carnaval, violência contra a mulher, racismo e homofobia, na opinião de quem faz a festa Salvador, Carnaval 2007
Lista de gráficos
número Nome página
Gráfico 1 - Distribuição das pessoas entrevistadas segundo cor da pele declarada. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.186
25
Gráfico 2 - Distribuição percentual da cor da pele declarada pelas pessoas entrevistadas segundo grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.186
26
Grafico 3 - Distribuição das pessoas entrevistadas segundo faixa etária. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
26
Grafico 4 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo faixa etária e por grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.186
27
Gráfico 5 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo escolaridade. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.109 (não entraram os profissionais)
27
Gráfico 6 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo escolaridade de cada grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.109 (não entraram os profissionais)
28
Gráfico 7 - Percentuais de ambulantes e cordeiras que possuem casa própria e que são chefes de suas famílias. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
28
Gráfico 8 - Propriedade do negócio em que as ambulantes trabalham durante o carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
29
Gráfico 9 - Propriedade e tipo do negócio em que as ambulantes trabalham durante o carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
29
Gráfico 10 - Relações com órgãos públicos e clientela. Ambulantes. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
30
11
roteiro observação 2007 saúde.docGráfico 11 - Relações dentro e fora do bloco. Cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher,
racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.30
Gráfico 12 – Distribuição percentual de folionas e foliões, segundo “espaço” onde brincam o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
31
Gráfico 13 - Distribuição percentual de folionas e foliões segundo o que gostam no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
33
Gráfico 14 - Distribuição percentual de folionas e foliões segundo o que não gostam no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
33
Gráfico 15 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo a utilização de banheiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
39
Gráfico 16 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os que responderam sobre as condições dos banheiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
40
Gráfico 17 - Distribuição das cordeiras segundo o banheiro que utilizam. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
40
Gráfico 18 – Distribuição das cordeiras, segundo as condições dos banheiros que utilizam. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
41
Gráfico 19 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo utilização de serviços de saúde ou de polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
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Gráfico 20 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo tipo de serviço utilizado. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
42
Gráfico 21 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo motivo para busca aos serviços. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
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Gráfico 22 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo a satisfação com o atendimento recebido. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
44
Gráfico 23 - Distribuição das ambulantes segundo a disposição de deixar os filhos em creche no circuito do Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
45
Gráfico 24 - Percentual de profissionais de polícia e de saúde que sabem da existência de serviços específicos para mulheres em situação de violência, no Carnaval e no restante do ano.
47
Gráfico 25 - Percentual de profissionais de polícia e de saúde que sabem o que é a Lei Maria da Penha. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
47
Gráfico 26 - Conhecimento e utilização da contracepção de emergência, entre profissionais de saúde e de polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
49
Gráfico 27 - Conhecimento e utilização da contracepção de emergência entre foinas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
49
Gráfico 28 - Distribuição percentual do testemulho de agressão física e agressão sexual a mulheres e agressão a GTL (*) por parte de folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. SSA, 2007.
51
Gráfico 29 - Distribuição da experiência das folionas com algumas situações potencialmente agressivas. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
51
12
roteiro observação 2007 saúde.doc
Apresentação
O presente trabalho tem origem no desejo e no compromisso em aprofundar a intervenção dos
poderes públicos na organização e realização do Carnaval na cidade de Salvador, no sentido
de torná-la cada vez mais sintonizada à urgente necessidade de assegurar às cidadãs e
cidadãos que participam da Festa, os mesmos direitos e condições já garantidos a uma parte
da população.
Para cumprir esse desejo, com o olhar voltado para o significado da festa e para a expressão
das desigualdades e das violências sexista, racista e homofóbica, presentes no cotidiano da
cidade, buscou-se inicialmente conhecer quem são as pessoas, como vivem, pensam e
percebem o Carnaval, e em que condições brincam e trabalham.
Este documento pretende descrever, analisar, comentar e discutir os dados representados em
tabelas e gráficos, obtidos através de observação e entrevistas com cordeiras1, vendedoras
ambulantes, folionas, foliões, usuárias e profissionais dos serviços de Polícia e Saúde – acerca
de sua percepção sobre a existência das violências, em suas múltiplas formas, durante o
carnaval de Salvador em 2007. Finalmente, apresenta recomendações sobre possíveis ajustes,
providências e políticas públicas significativas para assegurar condições melhores e mais
igualitárias de trabalho e de folia.
A pesquisa foi uma iniciativa do Centro de Referência Loreta Valadares2 e da Superintendência
Especial de Políticas para Mulheres, da Prefeitura de Salvador, e contou com o apoio da
Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade – SEPROMI, do Ministério de Justiça e Direitos
Humanos e da Fundação de Assistência Sócio Educativa e Cultural - FASEC, da Universidade
Estadual da Bahia – UNEB e do Fórum Comunitário de Combate à Violência3.
Esse trabalho somou-se às ações do Observatório da Discriminação Racial e da Violência
contra a Mulher4, coordenado pela Secretaria Municipal da Reparação – SEMUR durante o
Carnaval.1 As cordeiras vêm desempenhando, nos últimos anos, uma atividade de carnaval que foi tradicionalmente realizada por homens. São
responsáveis por segurar as cordas que isolam os Trios Elétricos e seus associados, durante o percurso no carnaval, do restante da população foliona.
2 Centro de Referência para atendimento de mulheres em situação de violência, vinculado à Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres de Salvador, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado da Bahia – SEDES.
3 “O Fórum Comunitário de Combate à Violência é uma instância permanente de articulação de vontades, esforços e recursos (públicos e privados). Seu objetivo é propor e acompanhar políticas e ações destinadas a controlar e combater a violência em Salvador. Criado em 1996, a partir da constatação de que a violência é um problema prioritário de saúde, o Fórum conta com a participação de projetos, grupos e instituições que trabalham direta ou indiretamente com esse problema” (www.fccv.ufba.br / apresentação).
13
roteiro observação 2007 saúde.doc
1 Introdução
No Brasil e na Bahia, a chegada do entrudo5 através dos portugueses, introduziu costumes
ligados à algazarra e rebeldia durante os dias que antecediam à quaresma cristã. Aqui, essa
4 Realização da Secretaria Municipal da Reparação, em parceria com o Governo do Estado, através das Secretarias de Promoção da Igualdade, do Turismo e da Bahiatursa, e da Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres do município, contando com o apoio do Centro Maria Felipa – Centro de Referência à Mulher Policial Militar, Centro de Referência Loreta Valadares, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e das Secretarias Especiais de Direitos Humanos e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal.
5 Termo lusófono utilizado para designar a festa que antecedia à quaresma. Essa festa possuía características de irreverência, insolência, inversões hierárquicas e até agressivas, regadas com excesso de bebidas e comidas.
14
roteiro observação 2007 saúde.docFesta, aliada aos costumes importados da Colônia e à evolução da mesma na Europa, ganhou
contornos próprios. O então entrudo foi proibido e substituído pelo carnaval, considerado mais
“civilizado” pelas autoridades da época. Desde então, essa Festa foi ganhando contornos
distintos que foram se conformando e se transformando até adquirir as características atuais.
Hoje o carnaval é a maior festa popular de Salvador e, quiçá, do planeta, como é apregoado
por muitos. Do entrudo ao carnaval atual, fica claro “... como o caráter simbólico-cultural da
festa redefine, por exemplo, as relações de tempo e espaço das pessoas entre si e com a
cidade. Ele explicita sociabilidades, constrói, outras tantas, algumas temporárias, outras
duradouras, modifica comportamentos com seu sentido de extraordinariedade, conquista e
transforma a cidade e suas gentes.” (MIGUEZ, 1998)6
Podemos dizer que, hoje, o Carnaval é um tempo de suspensão de sanções e controles sociais
e de liberalização de costumes que propicia justificativa para uma naturalização generalizada
de comportamentos que configuram desrespeito e agressão. O caso dos beijos e toques no
corpo sem que a mulher tenha permitido é uma ilustração da situação, para mencionar apenas
agressões mais leves. Essa característica fundamental da festa pode ser uma das razões para
o fato de não existir muita informação sistematicamente coletada e organizada sobre a
discriminação e a violência praticadas e sofridas no Carnaval com base no gênero, cor da pele
ou orientação sexual das pessoas.
Outra característica do carnaval atual é a participação das mulheres em setores do trabalho
informal anteriormente ocupadas por homens, a exemplo das vendedoras ambulantes e
cordeiras. Cada vez mais, observamos que o número de mulheres desempenhando essas
atividades vem aumentando sem que o impacto social desse agrupamento seja
suficientemente estudado e resulte numa intervenção pública e, como diz MIGUEZ (1998), sem
que o papel do poder público “... se esgote com o provimento da infra-estrutura e dos serviços
urbanos demandados pela realização da festa, ou com as ações direcionadas à sua
comercialização como evento”.
Muitas dessas mulheres, no caso das ambulantes, para realizar seu trabalho durante o
carnaval, vêm acompanhadas de seus filhos e filhas, de variadas idades, que as ajudam com o
“negócio”, cuidando dos mais novos, ou simplesmente as acompanham por não terem lugar
seguro para estar durante a ausência da mãe e compõem algumas das inúmeras famílias que
ficam por dias, noites e madrugadas, ao sol, chuva e relento.
6 Miguez, Paulo. O Impacto Social do Carnaval. Jornal do Economista, Salvador, Conselho Regional de Economia e Sindicato dos Economistas da Bahia, ano 9, n.17, mai./out. 1998.
15
roteiro observação 2007 saúde.docAs cordeiras - outro agrupamento no qual se observa que o número de mulheres vem
crescendo - parecem bastante vulneráveis, pois estão expostas a vários tipos de maus tratos,
por parte de foliões, “empregadores” e agentes de segurança pública.
Nos últimos dois anos, no entanto, os organismos da Prefeitura Municipal de Salvador que têm
por função implantar políticas específicas de combate às discriminações e desigualdades
dirigidas a mulheres e à população negra, têm desenvolvido ações no sentido de conhecer
melhor as expressões de discriminação e violência no Carnaval, visando a indicação de
necessidade de políticas específicas que garantam, às mulheres e à população negra, o direito
de participar da festa sem sofrer discriminação e violência.
Durante o Carnaval de 2006, em Salvador, a Superintendência Especial de Políticas para as
Mulheres – SPM /PMS, constituiu uma equipe para verificar, in loco, as condições de trabalho
das mulheres envolvidas no Carnaval, a oferta e qualidade do atendimento dos serviços de
atenção a mulheres e a percepção das mesmas acerca da violência sofrida. Na verificação da
percepção da violência sofrida foram consideradas também as folionas.
O trabalho desenvolveu-se no circuito da festa de Carnaval, onde acontecem os desfiles e
onde estão concentrados os serviços e toda a estrutura organizada e disponibilizada para o
carnaval. Os circuitos Barra / Ondina, Campo Grande e Pelourinho foram as áreas de atuação
da equipe, que acompanhou o atendimento em Postos de Saúde e Delegacias, e visitou o
Observatório de Discriminação Racial – existente desde 2005 - além de entrevistar,
aleatoriamente, através de um questionário padrão, vendedoras ambulantes, cordeiras de
blocos e folionas.
Verificou-se naquele trabalho que, de maneira geral, homens e mulheres não reconheciam
certas atitudes e comportamentos como “violência contra a mulher” ou violência sexista. A
naturalização da violência - que não é uma característica somente da festa, mas que se reflete
e se intensifica nesse período - a banaliza, vulgariza e se faz confundir com uma “liberdade de
costumes”. Essa situação freqüentemente coloca em risco a segurança e o conforto das
mulheres, destacadamente, durante essa festa.
Essa experiência piloto remeteu à necessidade de ampliar o campo de investigação, visando
produzir subsídios para orientar políticas públicas de gênero específicas para o Carnaval,
incluindo a realização de intervenções sistematizadas que pudessem tratar a questão da
violência contra a mulher de forma preventiva antes, durante e após o período da festa, através
de campanhas de esclarecimento e sensibilização, além de garantir um esquema de proteção
às mulheres durante os festejos, cerceando possíveis casos de violência sexista.
16
roteiro observação 2007 saúde.docA referida iniciativa somou-se a um trabalho que já vinha sendo realizado desde 2005 pela
Secretaria Municipal de Saúde – através do Grupo de Trabalho de Saúde da População Negra
– o Observatório da Violência no Carnaval. Ainda em 2006, a Secretaria Municipal da
Reparação – SEMUR, repetiu a experiência do Observatório da Discriminação Racial, que
prestou atendimento à população negra durante o Carnaval e acompanhou casos de
discriminação racial, ocorridos durante a festa.
Verificava-se, portanto, que vários serviços e/ou instituições desenvolvem trabalhos durante o
Carnaval, individualmente ou em grupos, além dos serviços básicos já tradicionalmente
disponibilizados e executados durante o evento. Cada vez mais se fazia presente a
necessidade de uma articulação maior dessas iniciativas, em sua totalidade ou por áreas afins,
através de políticas públicas mais amplas e integradas, dirigidas ao Carnaval.
No início de 2007, a Superintendência Especial de Políticas Públicas para as Mulheres de
Salvador realizou uma ampla reunião que contou com a presença de alguns Serviços da Rede
de Atenção a Mulheres em Situação de Violência7, entre eles: Delegacia Especial de
Atendimento à Mulher – DEAM, Projeto VIVER8, Centro Maria Felipa9, e Centro de Referência
Loreta Valadares, além da Secretaria Municipal da Reparação - SEMUR e de representação do
grupo gestor do Fórum Comunitário de Combate à Violência. O objetivo dessa reunião foi dar
continuidade ao diálogo iniciado anteriormente, buscando avaliar possibilidades e definir ações
a serem implementadas por essa Rede, especialmente dirigidas às mulheres participantes da
Festa de Carnaval do corrente ano.
A intensificação dessa interlocução ocorreu com a incorporação ao processo da Secretaria de
Promoção da Igualdade - SEPROMI, do Governo do Estado da Bahia, então recém criada,
através de suas duas Superintendências: a Superintendência de Políticas para as Mulheres e a
Superintendência de Promoção da Igualdade Racial.
Esse esforço conjunto se concretizou na implantação do Observatório da Discriminação Racial
e da Violência Contra a Mulher durante o Carnaval, que atuou, tanto na área de atenção à
população negra em Salvador quanto na observação e verificação do tratamento recebido por
foliões e folionas durante a festa e das condições de trabalho dos trabalhadores e
trabalhadoras no carnaval, além de realizar pesquisa que pudesse orientar a formulação de
políticas públicas que possibilitem proporcionar uma festa em que estejam garantidos os
7 A Rede de Atenção a Mulheres em Situação de Violência é uma articulação metropolitana entre Serviços de Atenção a Mulheres em Situação de Violência, Organismos de Políticas para as Mulheres, outros órgãos públicos, Organizações não Governamentais e Grupos de Mulheres. Essa Rede se reúne freqüentemente, há alguns anos, visando garantir uma interlocução e institucionalização entre seus componentes que objetiva, sobretudo, melhorar a qualidade da Atenção a Mulheres em Situação de Violência assegurando uma atenção integral às mesmas.
8 Serviço ligado à Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, que presta atendimento a pessoas vítimas de violência sexual.9 Centro de Referência da Polícia Militar do Estado da Bahia, destinado a policiais do sexo feminino ou esposas de policiais.
17
roteiro observação 2007 saúde.docdireitos para todas as pessoas - mulheres e homens - independente de suas cores ou
orientação sexual.
A realização desta pesquisa ficou sob a responsabilidade da Superintendência Especial de
Políticas para as Mulheres de Salvador e do Centro de Referência Loreta Valadares, contando
com a parceria do Fórum Comunitário de Combate à Violência. São os resultados e as lições
aprendidas no processo de realização desse levantamento de opinião – forma como foi
apresentada às pessoas entrevistadas - que constituem o objeto do presente relatório.
2 Informação sobre ocorrências no Carnaval
A informação existente sobre os eventos e situações que atingem as pessoas no Carnaval é
aquela produzida a partir dos registros de atendimento nos serviços de segurança pública e
saúde nos circuitos da festa ou relacionáveis a ela. Esse tipo de informação disponível não
permite a identificação nem dimensionamento das manifestações de discriminação ou violência
sexista, racial ou homofóbica – por parte dos que as praticam ou que sofrem – porém dão idéia
da demanda relacionada com violência que chegou aos serviços de saúde, segurança ou de
promoção da igualdade nos últimos anos e podem, também, dar indicação das situações em
que a discriminação e a violência podem estar ocultas, como apontaram dados produzidos em
anos anteriores e expostos na série de tabelas apresentadas a seguir.
Tabela 1 - Número de atendimentos na clínica médica do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, Carnaval 2005, Salvador
Tabela 2 - Atendimentos na clínica médica do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues por tipo de exame realizado, Carnaval 2005, Salvador
Gênero| Freq Percent------+---------------MASC | 55 79.7%FEM | 14 20.3%------+----------------Total | 69 100.0%
Exame | Freq Percent-----------+----------------------------EMBRIAGUEZ | 2 2.9% ESTUPRO | 1 1.4% LESÃO CORP | 65 94.2% VERIF VIRG | 1 1.4% -----------+---------------------------- Total | 69 100.0%
18
roteiro observação 2007 saúde.docFonte: RELATORIO ESTATÍSTICO GERAL ACUMULADO – MORBIDADE POR CAUSAS EXTERNAS DURANTE O CARNAVAL 2005. Instituto Médico Legal
Nina Rodrigues, Observatório da Violência
Tabela 3 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o sexo da vítima – postos dos circuitos, Salvador 2005 e 2006
Sexo 2006 2005No. % No. %
Masculino 2794 67,3 2698 68,0Feminino 1357 32,7 1268 32,0Total 4151 100,0 3966 100,0
Fonte: Relatório descritivo dos casos de agravos violentos atendidos nos posto de saúde da Prefeitura durante o Carnaval de Salvador de 2006. Observatório da Violência/ Grupo de Saúde da População Negra/ Secretária Municipal de Saúde / Fórum Comunitário de Combate à Violência
Tabela 4 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval por tipo de causa, segundo o sexo - postos dos circuitos, Salvador 2006
CAUSA VIOLENTASexo
Masculino feminino Total
agressao agente quimico 9 3 12agressao com arma branca 27 5 32
agressao com arma de fogo 0 1 1
agressao física 1421 208 1629
agressao sexual 2 2 4
Atropelo 13 5 18
Colisão 16 15 31
ferimento acidental 561 508 1069
ferimento / acidente 90 66 156
intoxicacao alcoolica 445 365 810
intoxicacao exogena 1 0 1
Queda 185 156 341
Queimadura 24 23 47
Total 2794 1357 4151
Fonte: Relatório descritivo dos casos de agravos violentos atendidos nos posto de saúde da Prefeitura durante o Carnaval de Salvador de 2006. Observatório da Violência/ Grupo de Saúde da População Negra/ Secretária Municipal de Saúde / Fórum Comunitário de Combate à Violência
Tabela 5 - Distribuição do número de pessoas do sexo feminino atendidas por causas violentas durante o Carnaval por tipo de causa, segundo a raça/cor – postos dos circuitos, Salvador 2006
19
roteiro observação 2007 saúde.doc
CAUSARAÇA/COR
Amarelo Branco Ignorado Indígena Preto/pardo TOTALagressão agente químico 0 0 0 0 3 3agressão com arma branca 0 0 0 0 5 5agressão com arma de fogo 0 0 1 0 0 1agressão física 1 33 21 1 152 208agressão sexual 0 0 0 0 2 2Atropelo 0 0 0 0 5 5Colisão 0 3 0 0 12 15ferimento acidental 5 152 41 3 373 574intoxicação alcoólica 2 109 42 5 207 365intoxicação exógena 0 0 0 0 0 0Queda 1 44 12 0 99 156Queimadura 0 1 2 1 19 23Total 9 342 119 10 877 1357
Fonte: Relatório descritivo dos casos de agravos violentos atendidos nos posto de saúde da Prefeitura durante o Carnaval de Salvador de 2006. Observatório da Violência/ Grupo de Saúde da População Negra/ Secretária Municipal de Saúde / Fórum Comunitário de Combate à Violência
Tabela 6 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o tipo da vítima - Salvador 2006
Tabela 7 - Distribuição do número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval, segundo o perpetrador da agressão - Salvador 2006
TIPO DO PACIENTE No. %
Policial Militar 93 2,2Policial Civil 14 0,3Outro 454 10,9Folião 2944 70,9Pipoca 646 15,6Total 4151 100,0
AGRESSOR No. %Pipoca 1872 45,1Bloco 105 2,5Policial Civil 6 0,1Policial Militar 78 1,9Ambulante 22 0,5Cordeiro 88 2,1Não Informado 1980 47,7
Total 4151 100,0
Fonte: Relatório descritivo dos casos de agravos violentos atendidos nos posto de saúde da Prefeitura durante o Carnaval de Salvador de 2006. Observatório da Violência/ Grupo de Saúde da População Negra/ Secretária Municipal de Saúde / Fórum Comunitário de Combate à Violência
Tabela 8 - Número de pessoas atendidas por causas violentas durante o Carnaval por circuito e segundo a raça/cor - Salvador 2006
CIRCUITO
RAÇA/COR OSMAR/BATATINHA DODO FORA CIRCUITO Total
Amarelo 13 3 0 16Branco 228 582 3 813Ignorado 171 168 27 366Indígena 15 12 1 28Preto/Pardo 1452 1460 16 2928Total 1879 2225 47 4151
Fonte: Relatório descritivo dos casos de agravos violentos atendidos nos posto de saúde da Prefeitura durante o Carnaval de Salvador de 2006. Observatório da Violência/ Grupo de Saúde da População Negra/ Secretária Municipal de Saúde / Fórum Comunitário de Combate à Violência
20
roteiro observação 2007 saúde.docTabela 9 - Ocorrências de Agressão Física / Sexual
(%) Carnaval de 2006 - SalvadorTabela 10 – Formas de Violência (%) - Carnaval de 2006 - Salvador
Agressões Percent----------------------------------------Física 14,7%Sexual 9,8%Presenciou A. Física 39,0%Presenciou A. Sexual 12,2%Total 100.0%
Violência Beijo Forçado Corpo Tocado Sem Abordagem Consentimento Grosseira (V. Verbal)_____________________________________________________________________________Sim 22% 51,2% 29,3%Não 78% 36,6% 63,4%Não Respondeu 12,2% 7,3%__________ Total 100% 100% 100%
Fonte: Relatório sobre a percepção da violência vivida por mulheres no carnaval de 2006 em Salvador. Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres de Salvador.
3 Organização e desenvolvimento da pesquisa
3.1 Articulação com outras ações do Observatório da discriminação racial e da violência
contra a mulher
Paralelamente ao planejamento e organização da pesquisa, foram implementadas algumas
ações que pudessem contribuir para a eqüidade de gênero, de raça e de orientação sexual
durante o carnaval. Assim, nos incorporamos ao processo de produção de material educativo a
ser distribuído e às capacitações para agentes públicos que atuaram na Festa.
Foram produzidos folhetos educativos do Observatório explicitando a missão do mesmo e
divulgando informações que facilitassem aos profissionais, foliões e folionas reconhecer
diversos tipos de violência no Carnaval, além de relacionar vários organismos que poderiam
prestar assistência durante e após a festa. Esses folhetos (Anexo I), produzidos em larga
escala, foram distribuídos para foliões e folionas, serviços disponíveis no circuito e pessoas
entrevistadas durante a realização da pesquisa.
As ações de capacitação visaram, de maneira geral, sensibilizar, por um lado, agentes públicos
de segurança sobre atitudes racistas, homofóbicas ou sexistas e, por outro lado, informar sobre
os propósitos e características da pesquisa a funcionários públicos envolvidos nos trabalhos de
carnaval.
3.2 Desenho da pesquisa “Carnaval em Salvador: violência e discriminação racial,
sexista e por orientação sexual na perspectiva das mulheres”
3.2.1 Espaço de realização da coleta de dados
A área definida para a aplicação da pesquisa se ateve aos circuitos Dodô, que corresponde ao
trecho dos bairros de Ondina e Barra, e Osmar, cujo trajeto compreende a Avenida Sete de
Setembro, Rua Carlos Gomes e a Praça do Campo Grande.
21
roteiro observação 2007 saúde.docO circuito Osmar situa-se em região central da cidade, onde tradicionalmente essa festa
popular sempre aconteceu. O circuito Dodô localiza-se junto à orla de Salvador, para onde a
festa se expandiu nos últimos anos. Essas são zonas centrais da cidade, que atraem a maior
parte da população foliona e dos blocos que participam da festa de Carnaval e por isso esses
foram os circuitos selecionados. Nesses dois circuitos se instalam os serviços públicos de
atenção aos foliões, como ouvidorias, postos da polícia militar, postos de saúde, organismos
vinculados à fiscalização e operacionalização das ações do carnaval, delegacias da polícia civil
especializadas em crimes contra o patrimônio, delegacias para turistas e delegacias comuns,
além do próprio Observatório da Discriminação Racial e da Violência Contra a Mulher.
3.2.2 Instrumentos
Os instrumentos de pesquisa foram elaborados coletivamente, sendo discutidos nas reuniões
preparatórias do Observatório, inclusive com aqueles que não estavam diretamente ligados à
pesquisa, a exemplo da SEMUR, do Grupo Gay da Bahia – GGB, Grupo Palavra de Mulher
Lésbica e Grupo de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde.
Para facilitar o trabalho das pesquisadoras de campo e a identificação dos instrumentos em
condições adversas (multidão, chuva, iluminação inadequada, ruído excessivo, trabalho
durante a madrugada e realizado em pé, na rua), os questionários e roteiros de observação
foram impressos em cores diferenciadas. Esses questionários contêm, em sua maioria,
perguntas fechadas. As perguntas abertas foram utilizadas nos casos em que era necessário
detalhar determinadas respostas ou nos casos em que se considerou importante captar a
percepção acerca da diversidade da violência nas formas originais como as entrevistadas e
entrevistados as expressam em suas subjetividades. Também permaneceram abertos aqueles
itens em que era necessário se conhecer os detalhes das ocorrências relatadas pelos
entrevistados.
Todos os questionários coletaram os dados referentes à cor / raça (auto-declarada), idade,
ocupação profissional, escolaridade, número de filhos, moradia, condições das instalações
públicas sanitárias disponíveis nos circuitos, qualidade e cobertura de oferta de serviços
públicos oferecidos. Além dessas informações, também foram questionadas as ocorrências de
violência e a observação desse fato por algum policial, práticas discriminatórias devida à
cor/raça e/ou orientação sexual. Perguntou-se, ainda, sobre o conhecimento da existência de
Serviços de Atenção a Mulheres em Situação de Violência.
As opções de resposta não eram apresentadas previamente, na tentativa de evitar qualquer
indução. Somente quando a/o entrevistada/o tardava em responder ou demonstrava alguma
22
roteiro observação 2007 saúde.docdificuldade de compreensão da pergunta é que a entrevistadora apresentava as alternativas de
respostas.
Cada segmento da população investigada teve um questionário próprio, com exceção de
foliões e folionas. Esses instrumentos não utilizaram perguntas sobre a identificação civil de
quem concedia as entrevistas, garantindo assim, seu anonimato10, e pretenderam coletar as
informações e percepções, dentre outras, destacadas a seguir:
A - Questionário para Folionas e Foliões (Anexo II)
• Quem a (o) acompanha durante a festa e o por quê dessa escolha.
• Quais as satisfações e insatisfações advindas do Carnaval.
• Conhecimento e utilização da contracepção de emergência durante ou imediatamente
após a festa.
• Percepção sobre possíveis violências vividas ou presenciadas.
• Evidências ou existência de possíveis violências vividas.
B - Questionário para Ambulantes (Anexo III)
• Tipo de negócio que estabeleceu como ambulante.
• Número de filhos ou crianças e suas respectivas idades, sob sua guarda.
• Relação com os organismos públicos ligados à sua atividade durante o carnaval.
• Necessidade de estar acompanhada de menores, por motivo de auxílio no trabalho ou
por impossibilidade de deixá-los em lugar seguro sem sua presença.
• Aprovação e utilização de creches no circuito de carnaval se existisse essa
possibilidade.
C - Questionário para Cordeiras (Anexo IV)
• Relação com o contratante, polícia, colegas, foliões e pipocas.
• Tratamento dispensado a cordeiras e cordeiros por parte do contratante.
• Acesso e qualidade de alimentação, água, sanitários e equipamentos de proteção
oferecidos pelo bloco.
• Assistência Jurídica em caso de envolvimento em conflitos.
• Condições gerais de trabalho.
10 Para os casos das pessoas que relataram episódios de violência e que desejavam atendimento, orientação posterior ou encaminhamento para o seu caso, havia um campo para informação sobre nome, endereço, telefone e e-mail.
23
roteiro observação 2007 saúde.docD - Questionário para Profissionais de Postos de Saúde e de Polícia (Anexo V)
• Percepção sobre a festa.
• Relevância do serviço durante o carnaval.
• Condições de trabalho.
• Grau de satisfação com a remuneração recebida.
• Percepção sobre a violência contra as mulheres, a homofóbica e a racial.
• Conhecimento sobre a contracepção de emergência.
• Conhecimento sobre a Lei Maria da Penha.
• Reação diante de uma situação de violência contra mulheres (só para policiais).
E - Questionário para Usuárias de Postos de Saúde e de Polícia (Anexo VI)
• Motivo (s) de procura do serviço.
• Grau de satisfação com o serviço oferecido.
• Conhecimento e acesso à contracepção de emergência.
• Encaminhamentos e orientações de acordo com a demanda apresentada.
F – Questionário para Usuária de Postos de Saúde e de Polícia identificada em situação de
violência (incluído nos roteiros de observação)
• Tempo para atendimento
• Motivo (s) de procura do serviço.
• Percepção com respeito à atitude do/a profissional que a atendeu
• Percepção de julgamento por parte do/a profissional que a atendeu
• Percepção de preconceito por parte do/a profissional que a atendeu
Os roteiros de observação pretenderam verificar (Roteiro para Observação em Postos de
Saúde e de Polícia - Anexos VII e VIII):
• Número de profissionais disponíveis para o atendimento.
• Condições do espaço físico
• Recursos de atendimento
• Qualidade da atenção
• Demandas apresentadas e oferecidas pelos Postos.
• Acolhimento dispensado.
24
roteiro observação 2007 saúde.doc• Atitudes preconceituosas e discriminatórias por parte dos profissionais em relação a
sexo, raça/cor, classe social, naturalidade, nacionalidade, idade, orientação sexual ou
tipo de inserção na festa quanto à condição de foliona.
Nota: Infelizmente os bancos de dados dos roteiros de observação juntamente com os dados
do questionário F foram corrompidos, impedindo que se fizesse a análise desse material.
No entanto, como os documentos estão guardados, os bancos podem ser refeitos e a
análise realizada em futuro próximo, complementando o estudo.
3.2.3 Equipe, capacitação e organização do trabalho de coleta de dados
Após a definição e elaboração dos instrumentos de pesquisa, foi definida a equipe que sairia a
campo, a escala de trabalho e distribuição da mesma nos circuitos, a cota de preenchimento
dos instrumentos e a abordagem a ser utilizada junto aos entrevistados e Serviços.
Também foram elaborados mapas de deslocamento, a máscara dos instrumentos, o diário de
observações e um texto de orientações gerais para as pesquisadoras (Anexo X), além do
planejamento para a capacitação das mesmas e montagem dos kits de materiais e
instrumentos de pesquisa necessários para o desenvolvimento da atividade.
Outras providências necessárias para a realização da pesquisa também foram tomadas, tais
como: transporte, alimentação, plantão para apoio e entrega / recebimento de instrumentos.
Definida a equipe de trabalho, foi realizada uma capacitação de 5 horas de duração, na qual
foram apresentados todos os instrumentos de coleta a serem utilizados, se discutiram técnicas
de abordagem, detalhamento dos registros, a diversidade de possíveis situações a serem
enfrentadas e os encaminhamentos e procedimentos a serem adotados diante das mesmas.
Para a coleta de dados, se constituiu uma equipe de 25 pesquisadoras, que contaram com a
supervisão e apoio de 3 pessoas que ficaram na base (Centro de Referência Loreta Valadares)
e 4 motoristas que garantiam a ida e o retorno das mesmas dos Circuitos de Carnaval. As
pessoas envolvidas são profissionais e/ou estudiosas dos temas pesquisados.
Foram formadas duplas de trabalho que se revezaram entre os dois Circuitos. Cada dupla
cumpriu uma jornada de 8 horas diárias, nos turnos vespertino-noturno ou noite-madrugada,
com uma freqüência de 2 ou 3 dias durante o carnaval. Houve também um revezamento para a
população a ser abordada: em uma saída, durante um dos dois dias de trabalho, a equipe fazia
entrevistas de rua, e em outro dia fazia o trabalho de observação nos Postos de Saúde e
Delegacias do circuito.
25
roteiro observação 2007 saúde.docAs cotas mínimas estabelecidas para cada saída da equipe de entrevista foram de 44 folionas,
10 ambulantes e 10 cordeiras. Somente uma dupla foi encarregada de entrevistar foliões, cuja
cota mínima correspondeu a 50 questionários por saída.
Os trabalhos de observação foram desenvolvidos durante uma hora e meia em cada Posto,
com um retorno em dia posterior. As cotas para cada dupla, nessas saídas, eram de 04 roteiros
de observação, 08 anexos (para os casos de verificarem no Posto, a presença de mulheres em
situação de violência), 08 entrevistas com profissionais e 12 com usuárias.
Essas cotas, definidas a partir de uma estimativa de possibilidade de produção de entrevistas
por cada pessoa em cada turno de trabalho, considerando as condições de realização do
levantamento, determinaram o tamanho da amostra de cada um dos grupos de pessoas a
serem entrevistadas.
As equipes se deslocavam a partir do Centro de Referência, onde recebiam material para
coleta de dados e de divulgação de Serviços. As duplas eram levadas até um ponto do Circuito
e resgatadas após o cumprimento da jornada de trabalho, sendo trazidas de volta ao Centro de
Referência, onde revisavam e entregavam seus questionários, roteiros e diários de observação
(Anexo XI), esclareciam dúvidas e recebiam orientações da equipe de plantão. Para aquelas
cuja jornada terminava pela madrugada, era viabilizado o transporte de retorno às suas casas.
A digitação foi iniciada durante o carnaval, conforme os questionários e roteiros eram
entregues. Duas pessoas se revezaram, durante 16 horas diárias, para dar entrada nos dados.
Findo o carnaval, a digitação teve continuidade na Superintendência de Políticas para as
Mulheres, com aumento do número de digitadoras.
3.2.4 A coleta e o processamento dos dados
A população total investigada foi de 1.261 pessoas, correspondentes a 647 folionas, 187
trabalhadoras ambulantes, 185 cordeiras de Blocos de Trios Elétricos, 154 foliões, 82
profissionais de Postos de Saúde e de Polícia instalados nos circuitos e 40 usuárias desses
serviços. Esses mesmos serviços receberam visitas que cobriram 34 roteiros de observação.
Este conjunto configurou-se como uma amostra não probabilística, por acessibilidade,
composta por lotes, dos dois grandes subuniversos identificáveis no universo do carnaval: as
pessoas que vêm brincar e as pessoas que vêm trabalhar.
O primeiro grupo, em que pese sua grande diversidade de procedência territorial, lingüística,
cultural e sócio-econômica, está reunido em tempo e espaço definidos, com um mesmo motivo,
26
roteiro observação 2007 saúde.docque é a perspectiva dos prazeres proporcionados pela festa. Visto por este prisma, pode ser
considerado como uma população infinita11 e homogênea.
As pessoas que vêm trabalhar na festa constituem um universo mais homogêneo em termos
sócio-econômicos e culturais, ainda que entre os dois diferentes segmentos de mulheres
trabalhadoras de interesse do estudo, que eram as cordeiras e as ambulantes, se pensasse
que as primeiras vivessem em situações piores, dado que se submetiam àquele trabalho. O
outro segmento de trabalhadores que foi estudado, os operadores dos serviços de polícia e
saúde, se difere sócio-economicamente dos primeiros, assemelha-se a eles quando se
considera que para todos esses grupos o carnaval constitui uma oportunidade de ganhar, em
troca de trabalho, um dinheiro extra daquele auferido para sua manutenção no restante dos
dias do ano.
Os dados coletados foram digitados e analisados utilizando-se o programa EPI INFO para
Windows, produzindo resultados de um estudo qualitativo com possibilidade de representar o
universo pesquisado de forma bastante próxima da realidade, ainda que não permita a
verificação da aderência12 ou significância13 da amostra utilizada.14
4 Folionas / foliões, trabalhadoras e profissionais: os sujeitos da pesquisa
Os questionários digitados compuseram 5 bancos de dados. No processo de limpeza dos
bancos de dados, foi necessário descartar 8% do total de questionários (ver Tabela 1, Anexo
X), em quantidades que variaram entre os diversos bancos. Os sujeitos da pesquisa são
descritos a partir das informações extraídas desses bancos.
De acordo com os objetivos do estudo15, a maior parte (89%) do conjunto de pessoas
entrevistadas era do sexo feminino (ver Tabela 1 Anexo X. Só os foliões são homens).
A maior parte dessas pessoas se declarou parda ou negra (77%), como pode ser visto no
Gráfico 1.
11 Considera-se população infinita quando o número de sujeitos é igual ou maior que 100.000.12 Aderência: indica se a amostra representa de fato a realidade a que se refere13 Significância: indica se o resultado da amostra é aceitável14 com base em registro de discussão com o Prof. Dr. Carlos Alberto da Costa Gomes15 Ver Introdução, acima.
27
roteiro observação 2007 saúde.doc
Gráfico 1 - Distribuição das pessoas entrevistadas segundo cor da pele declarada. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na
opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.186
branca 16%
parda 39%
negra 38%
amarela 2%indígena 2% s.i. 4%
No entanto, o percentual da cada cor declarada variou de grupo para grupo (Gráfico 2): as
ambulantes têm o maior percentual de negras (50%), enquanto que entre os/as profissionais e
as folionas este número foi bem menor (30 e 32% respectivamente). Somados os valores para
parda e negra, as cordeiras aparecem com o maior número (92%) e as folionas com o menor
(69%). Por outro lado, o grupo onde houve maior número de brancas (24%) foi aquele das
folionas, quando no grupo de cordeiras esta cor de pele foi declarada apenas por 4% das
entrevistadas.
28
roteiro observação 2007 saúde.doc
4
49
43
1
3
6
36
50
1 1
7
24
37
32
2 23
16
33
42
2 61
18
44
33
5
18
41
30
3 3
6
cordei
ras
ambul
antes
foliona
sfoli
ões
usuária
s
profiss
ionais
Gráfico 2 - Distribuição percentual da cor da pele declarada pelas pessoas entrevistadas segundo grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e
homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.186
branca parda negra amarela indígena s.i.
No que diz respeito à idade (Tabela 3, Anexo X), 60% as pessoas estavam na faixa de 20 a 39
anos, sendo que 37% tinham entre 20 e 29 anos (Gráfico 3).
Grafico 3 - Distribuição das pessoas entrevistadas segundo faixa etária. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na
opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
20 a 29 37%
30 a 3923%
60 a 691%
10 a 1910%
40 a 4915%
50 a 596%
70 e +1% s.i./n.r.
7%
29
roteiro observação 2007 saúde.docAnalisando grupo a grupo (Gráfico 4), vemos que as folionas e as usuárias dos serviços eram,
majoritariamente, mais novas (79% de cada um desses grupos tinham até 39 anos) e as/os
profissionais constituíam o grupo mais velho (apenas 33% estavam com até 39 anos).
01020304050
cordei
ras
ambul
antes
foliona
sfoli
ões
usuária
s
profiss
ionais
Gráfico 4 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo faixa etária e por grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e
homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.N = 1.186
10 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 a 69
70 e +
s.i./n.r.
Quanto à escolaridade, quase um quarto das pessoas entrevistadas não havia estudado ou
tinham o fundamental incompleto (Tabela 5 / Anexo X, e Gráficos 5 e 6 abaixo). Como era de
esperar, a maior parte dessas pessoas pertencia aos grupos das ambulantes e das cordeiras.
Por outro lado, 26% delas tinham curso médio completo, estando entre elas 20% das
ambulantes e 9% das cordeiras.
Gráfico 5 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo escolaridade. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na
opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 1.109 (não entraram os profissionais)
S.I.+N.R.5%
fundamental incompleto 21%
fundamental completo6%
médio completo 26%
cursando univ ersidade11%
graduada11%
pós graduada4%
não estudou3%
médio incompleto 13%
30
roteiro observação 2007 saúde.doc
0%
20%
40%
60%
80%
100%
ambulantes cordeiras folionas foliões usuárias
Gráfico 6 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo escolaridade de cada grupo. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e
homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.N = 1.109 (não entraram os profissionais)
pós graduada
graduada
cursando univ ersidade
médio completo
médio incompleto fundamental completo
fundamental incompleto
não estudou
S.I.+N.R.
Algumas características específicas que poderiam produzir formas diferentes de perceber e
sentir o Carnaval foram analisadas dentro de cada grupo.
Assim é que, embora as diferenças sejam pequenas, elas têm o mesmo sentido da impressão,
adquirida durante a coleta de dados, de que as ambulantes tinham condição de vida melhor do
que as cordeiras. A variável que se utilizou para indicar esta situação (posse de casa própria)
mostrou que o número de ambulantes (67%) que possuíam casa própria foi um pouco maior do
que o de cordeiras (63%) (Gráfico 7 e Tabelas 7 e 12, Anexo X).
O número de ambulantes que eram chefes de suas famílias (68%) também foi maior do que o
de cordeiras (59%) (Gráfico 7 e Tabelas 6 e 11, Anexo X).
6768
63
59
ambulantes cordeiras
Gráfico 7 - Percentuais de ambulantes e cordeiras que possuem casa própria e que são chefes de suas famílias. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e
homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
possui casa própria é chefe de família
Com relação às ambulantes, a grande maioria (70%) é proprietária do negócio em que trabalha
durante o Carnaval. No entanto, apenas 17% utilizam como ponto de venda algo mais
31
roteiro observação 2007 saúde.docestruturado, como um balcão ou uma barraca. Estas duas variáveis - a posse (ser dona ou
auxiliar) e o tipo de negócio (balcão / barraca, isopor ou outro) a que se dedicavam - poderiam
vir a fazer alguma diferença na forma de perceber e sentir o Carnaval, uma vez que poderiam
indicar condição de trabalhar com maior ou menor tranqüilidade (Gráficos 8 e 9. Tabelas 8 e 9,
Anexo X).
Gráfico 8 - Propriedade do negócio em que as ambulantes trabalham durante o carnaval. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
não13%
S.I .17%
sim70%
74
10 16
68
1418
75
16 9balcão /barraca
isopor outro
Gráfico 9 - Propriedade e tipo do negócio em que as ambulantes trabalham durante o carnaval. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
sim não S.I.
Outra variável que poderia influir na forma como as ambulantes se sentem e reajem durante o
Carnaval é a percepção da relação que têm com os órgãos públicos (Secretaria de Serviços
Públicos – SESP, Polícia e Vigilância Sanitária) e com a clientela. Como se pode ver no Gráfico
10 (Tabela10, Anexo X), para todos os grupos a soma do número daquelas que consideravam
que a relação era boa ou muito boa ultrapassa os 51%. O percentural mais baixo de satisfação
se manifestou com relação à SESP (51%) e o mais alto correspondeu à relação com a clientela
(77%). Coerentemente, o percentual mais elevado de insatisfação (relações ruins e péssimas)
correspondeu às relações com a SESP (14%).
32
roteiro observação 2007 saúde.doc
SESPPolícia
Vig. Sanitáriaclientela
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Gráfico 10 - Relações com órgãos públicos e clientela. Ambulantes. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa.
Salvador, Carnaval 2007.
NSA + S.I.
Péssimas
Ruins
Aceitáv eis
Boas
Muito boas
Também para as cordeiras, as relações que estabeleceram com outras pessoas / grupos em
função de seu trabalho foram consideradas, de um modo geral, satisfatórias, com percenttuais
acima de 62% para relações boas e muito boas com a polícia, com o empregador e com
demais cordeiras e cordeiros. Já com os supervisores e com os foliões / folionas pipoca, os
percentuais de relação boa e muito boa caem para 33% e 38% respectivamente (Gráfico 11.
Tabela 18. Anexo X).
0%
20%40%
60%80%
100%
empre
gador
superv
isor
as co
legas
os col
egas
pipoca
spol
ícia
Gráfico 11 - Relações dentro e fora do bloco. Cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador,
Carnaval 2007.
NSA + S.I.
Péssimas
Ruins
Aceitáveis
Boas
Muito boas
No grupo de profissionais, 58% eram policiais e 39% eram do setor saúde (Tabela 15, Anexo
X).
33
roteiro observação 2007 saúde.docNo que diz respeito às pessoas que vêm brincar o Carnaval, a maior parte do total de
entrevistados (52%. Tabela 13, Anexo X) brinca na condição de “pipoca”, enquanto 30% saem
nos blocos e apenas 13% frequenta os camarotes privados nos circuitos. Quando se analisa
esta distribuição por sexo, surgem algumas diferenças (Gráfico 12): as mulheres alcançam
proporções maiores para “pipoca” (56%) e bloco (31%), enquanto os homens ficam na frente
nos camarotes (22%).
Também entre as usuárias dos serviços de saúde ou de polícia entrevistadas, predominaram
aquelas que brincam como “pipoca” (49%. Tabela 14, Anexo X).
Gráfico 12 - – Distribuição percentual de folionas e foliões, segundo “espaço” onde brincam o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Folionas Foliões
Em síntese, o perfil majoritário entre os sujeitos da pesquisa, excetuando-se os profissionais,
para os quais não se registrou o sexo, corresponde a mulher negra (negra + pardo = 77%),
com idade entre 20 e 39 anos (61%, sendo que 38% têm entre 20 e 29 anos).
5 Os sujeitos e a festa
5.1 Sentimento geral com respeito à festa
34
roteiro observação 2007 saúde.docO Carnaval é esperado com ansiedade e atrai muita gente. Mas, de quê as entrevistadas
gostam na festa? E o que acham das condições em que ela é realizada? Importava saber
como as pessoas se sentiam, porque é sob as disposições derivadas desse sentimento que
elas vão perceber, com maior ou menor senso crítico e pertinência, o que lhes acontece.
Assim é que a alegria da festa (58%) aparece como aquilo de que o conjunto de folionas e
foliões mais gosta, seguida pelos trios (13%) e pela música (12%). Mesmo quando homens e
mulheres são analisados separadamente, essas preferências se mantêm, mas é possível ver
que as mulheres declaram gostar mais de dançar do que os homens que, por sua vez, gostam
mais da bebida e de drogas do que as mulheres declaram.
Na lista do que não gostam, tanto em conjunto como separadamente, aparecem em primeiro
lugar as brigas (45%) seguidas pela violência contra as mulheres (18%). Curiosamente, as
mulheres apresentam percentual mais alto para a primeira alternativa e os homens para a
segunda. O tratamento recebido pelos agentes públicos incomoda mais aos homens (10%) do
que às mulheres (3%), assim como a discriminação racial (5% e 2% respectivamente).
Nas perguntas sobre “o mais se gosta/não gosta na festa”, é necessário ressaltar a variedade
de opções que foram abertas, o que limita a incidência de respostas possíveis para cada
alternativa. Diante disso, é significativa, a freqüência apresentada em alegria e em brigas, em
toda a população pesquisada, incluindo aí a sua diversidade de raça, gênero, orientação
sexual. (Gráficos 13 e 14. Tabelas 16 e 17, Anexo X).
Gráfico 13 - Distribuição percentual de folionas e foliões segundo o que gostam no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
35
roteiro observação 2007 saúde.doc
Gráfico 14 - Distribuição percentual de folionas e foliões segundo o que não gostam no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Entre os profissionais de saúde e de polícia, 76% consideram que o Carnaval é uma festa,
enquanto 14% consideram que seja uma confusão. Vale ressaltar que este resultado aparece
de um conjunto em que 26% dos policiais não gostam de trabalhar nesse período (ver também
Tabela 19. Anexo X).
Tabela 11 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a satisfação por trabalhar no Carnaval, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
Tabela 12 – Distribuição dos profissionais, de acordo com sua definição para o Carnaval, por setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
36
roteiro observação 2007 saúde.doc
As tabelas 13, 13 A, 14 e 15 (abaixo) trazem outras informações que podem ser consideradas
como elementos que contribuem para a satisfação dos profissionais com o trabalho no
Carnaval.
Todas/os (100%) profissionais entrevistados, na segurança (polícia) e na saúde, consideraram
que o serviço em que trabalham é de grande utilidade e a maioria deles/as (85% na polícia e
87% na saúde) considerou que é realizado com qualidade. Também a maior parte, ainda que
com valores menores, considerou que o trabalho é diferente daquele que executam no
cotidiano (rotina) dos serviços (76% entre policiais e 58% na área da saúde) e que exige
capacitação diferenciada (61% na polícia e 65% na saúde).
Por fim, 87% dentre as/os profissionais da saúde e 61% entre as/os policiais consideraram
adequadas as condições de trabalho e percentuais também elevados (74% para a polícia e
90% para a saúde ) consideram adequada a forma como é organizado o trabalho nesses dias.
Tabela 13 – Distribuição dos policiais de acordo com sua visão da utilidade do serviço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
Acha que o serviço sim não N.R. TotalNº % Nº % Nº % Nº %
É de grande utilidade 46 100 0 0 0 0 46 100
É realizado com qualidade 39 85 3 6 4 9 46 100
É o mesmo da rotina 9 20 35 76 2 4 46 100
Exige capacitação diferenciada 28 61 16 35 2 4 46 100
Tabela 13 A – Distribuição dos profissionais de saúde de acordo com sua visão da utilidade do serviço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
Acha que o serviço Sim não N.R. TotalNº % Nº % Nº % Nº %
É de grande utilidade 31 100 0 0 0 0 31 100
37
Gosta de trabalhar noCarnaval? S.I. polícia saúde TOTAL
S.I. 2 0 0 2sim 0 34 30 64não 0 12 1 13
TOTAL 2 46 31 79
Como define o Carnaval? S.I. polícia saúde TOTALS.I. 2 0 0 2
é uma festa 0 35 25 60é uma confusão 0 8 3 11
NR 0 3 3 6TOTAL 2 46 31 79
roteiro observação 2007 saúde.doc
É realizado com qualidade 27 87 1 3 3 10 31 100
É o mesmo da rotina 13 42 18 58 0 0 31 100
Exige capacitação diferenciada 20 65 11 35 0 0 31 100
Tabela 14 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a opinião sobre as condições de trabalho, por setor. Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 15 – Distribuição dos profissionais, de acordo com a opinião sobre a organização do trabalho, por setor. Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher. Salvador, Carnaval 2007.
A perspectiva das cordeiras, para além do tipo de relação que estabelecem com outros
personagens da festa e que já foi descrita acima, pode ser extraída do conjunto de variáveis
relacionadas com as condições de trabalho.
Para a grande maioria delas (78%), homens e mulheres são tratados da mesma maneira pelo
bloco e recebem pagamentos iguais (80%) (Tabela 16).
Tabela 16 - Distribuição das cordeiras, de acordo com a opinião sobre o tratamento recebido por homens e mulheres no bloco. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
alternativa sim não si / nr Totaissituação nº % nº % nº % nº %
tratados da mesma maneira? 146 78 27 14 15 8 188 100pagamentos iguais? 151 80 21 11 16 9 188 100
Em 92% dos casos de cordeiras, os blocos distribuem alimentação e água (Tabela 17), mas na
grande maioria das vezes a alimentação é um ou dois pacotes de biscoito, um ou dois copos
de água e um suco16. É grande também a percentagem que diz que há luvas (88%) e
protetores de ouvido (84%) para todas/os. Por outro lado, não há calçados (89%). Também não
16 esta resposta encontra-se na tabela 16.1 do banco de dados. Esta tabela não foi incluída no texto ou no Anexo X porque é muito grande e apresenta alguns problemas de consistência interna que não puderam ser corrigidos sem voltar aos questionários originais.
38
considera as condições de trabalho S.I. polícia saúde TOTAL
adequadas 0 28 / 61% 27 / 88% 55 / 70%inadequadas 0 16 / 35% 2 / 6% 18 / 23%
si / nr 2 2 / 4% 2 / 6% 6 / 7%TOTAL 2 46 31 79
considera que a forma como é organizado o trabalho é S.I. polícia saúde TOTAL
adequada 0 34 / 74%
28 / 90% 62 / 79%
inadequada 0 10 / 22% 2 / 7% 12 / 15%
NR / S.I. 2 2 / 4% 1 / 3% 5 / 6%TOTAL 2 46 31 79
roteiro observação 2007 saúde.dochá assistência jurídica para aqueles casos em que a/o cordeira/o se envolva em uma briga ou
outra questão judicial no exercício de seu trabalho.
Tabela 17 - Distribuição das cordeiras, de acordo com a opinião sobre disponibilidade de água, alimentação, equipamento e assistência jurídica no bloco. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
alternativa sim não si / nr Totaisitem nº % nº % nº % nº %
alimentação e água? 173 92 7 4 8 4 188 100luvas a todas? 166 88 13 7 9 5 188 100
protetores de ouvido? 158 84 20 11 10 5 188 100capacetes? 3 2 167 89 18 9 188 100calçados? 1 1 168 89 19 10 188 100
assistência jurídica ? 32 17 127 68 29 15 188 100
Para as ambulantes, algumas variáveis trazem alguma luz sobre elementos que podem influir
sobre a forma como se situam e se sentem no Carnaval.
Um primeiro grupo dessas variáveis diz respeito à relação com a Secretaria Municipal de
Serviços Públicos – SESP no que tange à apreensão de mercadoria. A maior parte das
entrevistadas nunca teve mercadoria apreendida (76%), ainda que dentre aquelas que tiveram
mercadoria apreendida (6%), nem todas tenham recebido o protocolo de apreensão, como
seria desejável.
Tabela 18 – Distribuição das ambulantes, segundo relação com a SESP a respeito de mercadoria Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
alternativa sim não si / nr Totaissituação nº % nº % nº % nº %
mercadoria apreendida? 12 6 142 76 33 18 187 100
caso sim, protocolo de apreensão 8 4 11 6 168 90 187 100
Nesta linha, a análise das respostas abertas referentes a como se protegem dos fiscais (Tabela
25, Anexo X) ajuda a entender o fato de a maioria não ter tido mercadoria apreendida: para
além das 17% que disseram estarem regulares e/ou documentadas, 34% (22 + 12) delas
deram respostas que parecem indicar pouca atividade fiscalizatória ou porque os fiscais
passam, mas não molestam:
“boa / é tranqüilo / não foi preciso / não há agressões / não há necessidade / não há problema / não preciso me proteger / não me escondo / não escondo nada / fica quieta, tranqüila / não tem porque proteger
/ eles só estão fazendo o trabalho / não teve atrito com eles / tudo bom / deixa acontecer / deixo eles fiscalizarem / não incomodam pq é área livre / do jeito q deus quer,não temos problemas não”
39
roteiro observação 2007 saúde.doc
ou porque não passam na área:
“eles não abordam / não abusam / não incomodam / não aparecem / não apareceu nenhum fiscal / não está tendo fiscalização / nunca apareceu / aqui fica tudo limpinho / fica tudo limpo / mantenho tudo limpo / limpeza, não fazendo coisas erradas / tudo correto na minha barraca ainda não foi fiscalizada /
eles não vem até aqui / não viu”
Ou ainda porque as entrevistadas obedecem a regras17:
“não vende o que não pode / obedecendo as regras / procura fazer o que é exigido / respeita as regras / respeitando, seguindo as normas / coloca no lugar que pode / estando no lugar correto / procura
obedecer, o fato de ser mulher facilita são mais educadas / vai ate eles perguntar o que é permitido fazer / estou de acordo com o que eles mandam / aqui fica tudo limpinho / fica tudo limpo / mantenho
tudo limpo / limpeza, não fazendo coisas erradas / tudo correto na minha barraca”
Ou negociam de alguma forma (11%)
“com conversa / diálogo / meu marido negocia com eles / discute / procura negociar”.
Com respeito à Polícia (Tabela 26, Anexo X), o maior grupo de respostas (36%) permite inferir
que não incomoda, sendo seguido pelo grupo que declara não ter medo (11%):
“a polícia não incomoda / eles ñ bolem c/ ninguém e a gente ñ bole c/ eles / não abusa / não tem problema com a polícia / não aparece / não tem confusão com a polícia / não se aplica / não teve
problema”
“Não me escondo / não me protejo / não vejo risco / não tem necessidade / não preciso / não temo”
A relação com a clientela não parece ser fonte de maior problema (Tabela 27, Anexo X). À
pergunta sobre como se protege da clientela inconveniente e/ou mal pagadora, 33%
responderam que não têm este problema, 14% deixam passar para não criar confusão, 14%
conversam e convencem o cliente a pagar, 7% cobram adiantado e só 13% recorrem à polícia.
Já a ausência de conforto, parece ser um problema que incomoda as ambulantes. Sessenta
por cento delas dormem no próprio negócio, sendo que a maioria das entrevistadas trabalhava
com caixa de isopor e não com barraca (Tabela 19) e 50% consideram as condições do sono
ruins ou péssimas, contra 18% que consideram de aceitável a muito boa (Tabela 20).
17 Não é possível identificar essas regras nem se são explicitadas de algum modo.40
roteiro observação 2007 saúde.docTabela 19 – Onde dormem as ambulantes durante o Carnaval.
Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 20 – Condições do sono das ambulantes durante o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 19 - Durante o Carnaval, dorme Nº %
S.I. (sem informação) 2 1Próprio Negocio 112 60Em casa 60 32Outro 13 7Total 187 100
Tabela 20 - Condições do sono: Nº %Muito Boas 5 3Boas 16 9Aceitáveis 12 6ruins 24 13Péssimas 69 37Nr / nsa / si 61 33Total 187 100
Quando perguntadas sobre como se protegiam das intempéries (Tabela 28, Anexo X), as
respostas denotavam ou dificuldade com o entendimento da pergunta ou soluções muito
precárias: o grupo maior de respostas cobria só 18% do conjunto e se referia à sombrinha,
guarda-chuva, e à proteção das árvores.
De um modo geral, pode-se dizer que, na amostra entrevistada, o Carnaval se confirmou como
tempo de alegria, tempo de festa, para quem veio para brincar, mas também como
espaço de satisfação para quem veio trabalhar nos serviços públicos. Para quem veio para
trabalhar em atividades que exigem pouca qualificação formal, a disposição positiva para a
festa (que é oportunidade de ganho, com relações aparentemente tranqüilas) deve enfrentar
algumas condições adversas relacionadas com a própria forma de organização dessas
atividades “produtivas” (no sentido de que produzem o ganho extra no Carnaval).
5.2 Utilização de equipamentos
A oferta de banheiros / sanitários, chuveiros e creches e a satisfação com as condições desses
equipamentos foram as variáveis escolhidas para dar indicação da infra-estrutura
disponibilizada para as pessoas durante a festa.
A maioria das ambulantes (52%), folionas (62%) e foliões (64%) utiliza os banheiros públicos
espalhados no circuito do Carnaval (Gráfico 15. Tabela 20, Anexo X), mas considera que as
condições desses equipamentos são ruins e péssimas (63%, 75% e 61% respectivamente)
(Gráfico 16. Tabelas 21 e 21A, Anexo X)
41
roteiro observação 2007 saúde.docGráfico 15 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo a utilização de banheiros públicos. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Gráfico 16 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os que responderam sobre as condições dos banheiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
.
Analisando separadamente as pessoas que vêm brincar na festa, percebe-se que as mulheres
usam menos os banheiros que os homens e apresentam maior insatisfação com o
equipamento.
As cordeiras utilizam tanto os banheiros públicos como os banheiros dos trios/blocos em que
estão trabalhado (44% em cada alternativa) e consideram que os primeiros estão em péssimas 42
roteiro observação 2007 saúde.doccondições (62%) enquanto que nos trios/blocos as condições desses equipamentos são boas
(41%). Gráficos 17 e 18. Tabelas 22 e 22 A, Anexo X).
Gráfico 17 - Distribuição das cordeiras segundo o banheiro que utilizam. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz
a festa. Salvador, Carnaval 2007.
públicos44%
do trio / bloco44%
N.R. / S.I .12%
Gráfico 18 – Distribuição das cordeiras, segundo as condições dos banheiros que utilizam. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Poucas trabalhadoras utilizam os chuveiros (11% das ambulantes e 4% das cordeiras). Das
poucas que utilizam, 3% acharam que as condições eram de aceitáveis a muito boas e 2%
acharam que eram de ruins a péssimas (Tabelas 23 e 23A, Anexo X). Mas, como não se
perguntou a razão da não utilização, não parece adequado tirar qualquer conclusão sobre as
condições deste tipo de equipamento.
A informação sobre utilização dos serviços de saúde e de polícia detalha o tipo de demanda
(razão da procura do serviço) e a satisfação com o atendimento recebido. Também aqui a
quantidade de pessoas que efetivamente buscou os serviços foi pequena (10% das/os
43
roteiro observação 2007 saúde.docentrevistadas/os) (Gráfico 19) e, por isso, a descrição do tipo de serviço procurado, da razão
da procura e da satisfação com o atendimento, considera apenas o grupo que respondeu sim
na Tabela 24 (Anexo 10).
Gráfico 19 – Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo utilização de serviços de saúde ou de polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
O Gráfico 20 mostra que os serviços de saúde são os mais procurados pela população
entrevistada (67%), o que pode ser considerado como uma indicação de espaço privilegiado
para desenvolver ações (de informação, de mobilização) que demandem contato mais
individualizado com as pessoas (Tabela 24 A, Anexo X). Os serviços que aparecem no
detalhamento da opção outros serviços utilizados não foram considerados porque são muito
diversificados e não permitiram agrupamentos significativos para os objetivos do estudo.Gráfico 20 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo tipo de serviço utilizado. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
O Gráfico 21 (Tabela 24 B, Anexo X) busca mostrar os motivos que levaram as pessoas a
procurar os serviços, e foi construído sem considerar as pessoas que não responderam (n.r.),
ou sobre as quais não havia informação (s.i.).
44
roteiro observação 2007 saúde.docComo se pode ver, mal estar foi o principal motivo de busca por serviços de atenção em todos
os grupos, o que pode sugerir influência de bebida, barulho, multidão e agitação. Por outro
lado, mal estar pode ser a expressão física de muitas outras situações, menos claras e
imediatas para quem as vive, o que pode ser considerado como indicação de necessidade de
que as/os profissionais estejam preparadas/os para acolher as pessoas e identificar outras
necessidades que se escondem por detrás da demanda imediata. Porque ainda que o
esquema dos serviços no Carnaval seja direcionado ao atendimento pontual de urgências e
emergências, para as pessoas que buscam esses serviços mesmo os dias especiais da festa
são dias do curso de suas vidas e o que lhes acontece nesses dias não está desvinculado de
seus modos e estilos de vida18; ou seja, o que lhes acontece e o que sentem nesses dias
repercute no seguimento de suas vidas e esta perspectiva deveria orientar atendimentos
realizados neste período.
Importa lembrar que nesse tipo de estudo, em que as quantidades apenas indicam possíveis
situações e não se pretende considerar que os achados correspondam à realidade do universo
da população, os números, ainda que pequenos, são úteis para estabelecer diferenças e
orientar alternativas.
Gráfico 21 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo motivo para busca aos serviços. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
ambul
antes
cordei
rasfoli
onas
foliões
usuária
s
outro
bus car pres ervativo
denúncia de s ituaçãode terceirosagres s ão verbal
agres s ão fís ica
mal es tar
ferimentos
Por outro lado, a análise da satisfação com o atendimento recebido (Gráfico 22. Tabela 29,
Anexo X) mostrou que a grande maioria, de todos os grupos, achou que suas necessidades
haviam sido satisfeitas, o que pode ser indicação de que os serviços especiais do Carnaval
estão funcionando dentro do esperado na perspectiva das/os usuárias/os (como resposta à
18 As condições gerais de existência caracterizam o modo de vida que articula condições de vida e estilo de vida. Condições de vida: condições materiais necessárias à subsistência, relacionadas à nutrição, à habitação, ao saneamento básico e às condições do meio ambiente. Estilo de vida: formas social e culturalmente determinadas de vida, que se expressam no padrão alimentar, no dispêndio energético cotidiano no trabalho e no esporte, hábitos como fumo, alcool e lazer. Paim, J. Determinantes Socio-econômicos da Morbimortalidade por Acidentes e Violências na Bahia. Apresentação no I Seminário para redução da morbimortaliade por acidentes e violências na Bahia. Salvador, out. 2007.
45
roteiro observação 2007 saúde.docnecessidade objetiva imediata). Este achado pode indicar, também, que há espaço para pensar
a incorporação, aos serviços, de procedimentos que articulem os atendimentos realizado no
Carnaval com a atenção prestada à população no restante do ano (inclusão em programas, por
exemplo).Gráfico 22 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo a satisfação com o atendimento recebido.
Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
83
17
92
8
74
26
69
31
85
5
ambulantes cordeiras folionas foliões usuárias
sim não
Ainda considerando os serviços disponibilizados na festa, outro aspecto que o estudo buscava
conhecer era a necessidade de instalação de creches, uma vez que tantas mulheres participam
do Carnaval como trabalhadoras.
Quando se perguntou às ambulantes com quem tinham vindo para o circuito, viu-se que a
maior percentagem isolada (22%) havia vindo com filhos/as (Tabela 30, Anexo X). A mesma
tabela mostra que 81% das razões para ter trazido os/as filhos/as eram dividir trabalho e
receber ajuda no trabalho.
No entanto, quando perguntadas sobre que serviço ou benefício, relacionado com seus
filhos/as ou netos/as, as ajudaria a desempenhar suas atividades durante o Carnaval (Tabela
32, Anexo X) a maior percentagem isolada das respostas (11%) se referiu a algo que poderia
ser encontrado em uma creche:“a existência de uma creche / local para tomar banho e almoçar / alguém que tomasse conta, ou outro
lugar com segurança / um lugar para colocá-los / espaço de recreação / utilizando para o neto, pq não deixam na casa dos outros / pra não ficar à toa em casa / havendo responsabilidade sob a guarda”
46
roteiro observação 2007 saúde.docE ainda, 35% de todas as ambulantes entrevistadas responderam que deixariam os filhos em
uma creche – se as houvesse no circuito do Carnaval (Gráfico 23. Tabela 31, Anexo X).
Quando se recalcula o percentual de quem deixaria os filhos em creche (os 35%) considerando
apenas as respostas sim ou não (106 mulheres) o valor sobe para 63%,
Gráfico 23 - Distribuição das ambulantes segundo a disposição de deixar os filhos em creche no circuito do Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa.
Salvador, Carnaval 2007.
sim36%nsa + si
43%
não21%
A análise das respostas dadas à pergunta sobre a razão de não utilizar creches se estas
estivessem disponíveis (Tabela 33, Anexo X) revela que a negativa mais referida (31%) está
relacionada com falta de confiança:
“.não confia / tem medo / medo de maus tratos / seria muita criança para poucos olhos”
Pode-se pensar que esta falta de confiança decorra da experiência prévia das mulheres com
este tipo de equipamento. Sendo assim, uma eventual implantação de creches no Carnaval
deveria vir acompanhada de um trabalho específico para estabelecer uma relação de confiança
com as mães usuárias potenciais.
6 A percepção revelada
As tabelas 21 e 21 A mostram que para os/as profissionais entrevistados/as nos postos de
saúde e de polícia, as mulheres não consideram que sofrem mais violência do que os homens
(65% e 52% respectivamente), mas as/os negras/os sofrem mais violência que as/os
brancas/os. Os homossexuais também não sofrem mais violência que os heterossexuais na
opinião dos/as policiais (59%), enquanto que entre os/as profissionais de saúde as opiniões
ficaram bem divididas (45% para sim e 45% para não).
47
roteiro observação 2007 saúde.docTabela 21. Percepção da violência entre os/as entrevistadas/os da polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na
opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
Acham que, durante o carnaval: sim não N.R. totalNº % Nº % Nº % Nº %
Mulheres sofrem + do que homens? 20 43,5 24 52,2 2 4,4 46 100Homossexuais sofrem + do que heterossexuais? 18 39,1 27 58,7 1 2,2 46 100Negras/os sofrem + do que brancas/os? 33 71,7 10 21,7 3 6,6 46 100
Tabela 21 A – Percepção da violência entre os/as entrevistadas/os da saúde. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
Acham que, durante o carnaval: sim não N.R. totalNº % Nº % Nº % Nº %
Mulheres sofrem + do que homens? 10 32,3 20 64,5 1 3,2 31 100Homossexuais sofrem + do heterossexuais? 14 45,2 14 45,2 3 9,7 31 100Negras/os sofrem + do que brancas/os? 16 51,6 13 41,9 2 6,5 31 100
Vale a pena lembrar que, quando se fala de violência em geral, sem especificar um tipo, o que
vem à mente das pessoas é o que tem sido chamado de violência urbana: os seqüestros, os
assaltos e, especialmente, as mortes que acontecem nas ruas e que atingem principalmente os
homens, jovens, negros, de baixa escolaridade, exercendo profissões que exigem pouca ou
nenhuma qualificação formal, moradores de áreas da cidade onde as condições de vida são
piores19.
No entanto, a maior parte dos dois grupos profissionais sabe da existência de serviços
específicos para mulheres em situação de violência, tanto no Carnaval como no restante do
ano (Gráfico 24. Tabela 34, Anexo X), e quando se perguntou aos/às policiais o que faria se
vissem uma mulher ser beijada à força, 61% responderam que interfeririam porque ela estaria
sendo agredida (Tabela 37, Anexo X), contradizendo a prática policial usualmente observada,
que é de não interferir nesses casos.
19 A este respeito, ver, por exemplo, enre outros, SANTANA, F.S.; KALIL, M.E.X.; OLIVEIRA, Z.C. O Rastro da violência em Salvador II: mortes de residentes em Salvador, 1998 a 2001. Salvador: FCCV/DICS-Sesab/Unicef/IMLNR/UFBA, 2002. 80 p.
48
roteiro observação 2007 saúde.doc
65
8494 100
durante o C arnav al no restante do ano
Gráfico 24 - Percentual de profissionais de polícia e de saúde que sabem da existência de serviços específicos para mulheres em situação de violência, no
Carnaval e no restante do ano.
polícia
saúde
Fonte: Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa.Salvador, Carnaval 2007.
Por outro lado, só os/as policiais já ouviram falar ou sabem da existência da Lei Maria da
Penha20, que é desconhecida para a maior parte dos/as profissionais de saúde (71%) (Gráfico
25.Tabelas 35 e 35 A, Anexo X).
96
39
87
29
já ouv iu falar sabe do que se trata
Gráfico 25 - Percentual de profissionais de polícia e de saúde que sabem o que é a Lei Maria da Penha. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
polícia
saúde
Entre as ambulantes, cordeiras, folionas e foliões pode-se considerar que o único serviço
conhecido para atenção a mulheres em situação de violência seja a Delegacia Especial de
Atendimento à Mulher – DEAM (Tabela 22, abaixo), o mais antigo dos serviços, implantado em
1986. Os Centros de Referência de Salvador (Loreta Valadares) e de Lauro de Freitas (Lélia
Gonzáles) foram criados na atual administração dos municípios e têm menos de dois anos de
existência. O Centro de Referência Bahia sem Homofobia ainda vai completar um ano.
Tabela 22 – Distribuição do conhecimento de serviços de atenção a mulheres em situação de violência entre ambulantes, cordeiras, folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
grupo ambulantes cordeiras folionas Foliões totais
serviço n % n % n % n % n %
20 Lei promulgada em 07 de agosto de 2006; visa coibir e punir a violência doméstica e familiar contra mulheres.49
roteiro observação 2007 saúde.docDEAM 95 51 119 63 296 53 1 1 511 48VIVER 1 1 0 0 4 1 0 0 5 0IPERBA 4 2 2 1 7 1 0 0 13 1Casa Abrigo 2 1 0 0 3 1 0 0 5 0Centro de Referência Loreta Valadares 0 0 1 1 7 1 0 0 8 1Centro de Referência Lélia Gonzalez 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0Centro de Referência Bahia sem Homofobia 0 0 0 0 2 0 0 0 2 0outro 4 2 7 4 15 3 0 0 26 2si / nr / 81 43 59 31 226 40 134 99 500 47totais 187 100 188 100 561 100 135 100 1071 100
Se por um lado é explicável, dado o tempo de existência (mais de 20 anos) e o caráter do
atendimento em uma delegacia de polícia, por outro indica a grande distância a percorrer para
fazer com que os serviços de atenção a mulheres em situação de violência sejam amplamente
conhecidos e utilizados pelo grupo a que se destinam.
Outro aspecto relacionado com a compreensão da violência contra mulheres e da atenção
devida a mulheres em situação de violência é a contracepção de emergência, cujo
conhecimento e utilização se buscou levantar entre os/as profissionais.
O Gráfico 26 (Tabelas 36 e 36A, Anexo X) apresenta a distribuição percentual das respostas na
polícia e na saúde às perguntas relacionadas ao conhecimento, orientação e utilização da
contracepção de emergência, mostrando que esta é uma alternativa que ainda é mais
conhecida na saúde do que na polícia, o que pode ser considerado como um indicador de
necessidade de difusão de informação a este respeito entre policiais. Mesmo entre o pessoal
da saúde, os valores para já ouviram falar (90%), sabem o que é (84%) e sabem como se
consegue (71%) são menores do que o desejável (100%) entre profissionais que estão
trabalhando numa festa como o Carnaval, quando é grande a possibilidade de que mulheres
venham a procurar esses serviços.
0
20
40
60
80
100
A B C D E F
Gráfico 26 - C onhecimento e utilização da contracepção de emergência, entre profissionais de saúde e de polícia. Carnaval:
violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, C arnaval 2007.
polícia
saúde
A = já ouv iram falar; B = sabem o que é; C = já utilizaram (*);
D= sabem como se consegue; E = já orientaram
ou encaminharam;
F = já prescrev eram
50
roteiro observação 2007 saúde.doc(*) = para os homens, se a companheira já utilizou.
Quando essas mesmas perguntas foram feitas a folionas e foliões (Gráfico 27. Tabelas 38, 38A,
38B e 38C, Anexo X), os percentuais mais elevados de resposta positiva estiveram,
compreensivamente, entre as mulheres. Ainda assim, mais de 20% delas responderam não
saber do que se tratava, indicando que há muito trabalho de divulgação a ser realizado, mesmo
entre as mulheres.
0
10203040
50607080
90
A B C D
Gráfico 27 - Conhecimento e utilização da contracepção de emergência entre foinas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa.
Salvador, Carnaval 2007. folionas
foliões
A = já ouv iram falar; B = sabem o que é; C = já utilizaram (*); D= sabem como se consegue;
(*) = para os homens, se a companheira já utilizou.
As respostas às perguntas diretas sobre experiência de violência no Carnaval aparecem nas
tabelas 23 e 23A, abaixo, construídas a partir das Tabelas 39, 39A, 39B, 39C, 39D, 40, 40A,
40B, 40C, 41, 41A, 41B, 41C e 41D do Anexo X.
Tabela 23 – Distribuição de ambulantes, folionas e foliões segundo experiência de violência no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
grupo ambulantes folionas Foliõesalternativa no. % no. % no. %
sim 5 3 77 14 47 35
não 93 50 469 84 86 64
si / nr / 89 47 15 2 2 1
totais 187 100 561 100 135 100
Tabela 23A - Distribuição de ambulantes, cordeiras, folionas e foliões segundo percentual de tipo de violência experimentada (= % sim) no Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007
tipo de violênciagrupo física sexual verbal outro tipo
ambulantes 14% 2% 14% 4%
cordeiras 8% 2% 9% 1%
folionas 12% 4% ...51
roteiro observação 2007 saúde.doc
foliões 34% 8% ...
A grande maioria, de todos os grupos perguntados, diz que não sofreu violência (Tabela 23).
No entanto, quando se desdobra a pergunta, explicitando alguns tipos de violência, as
respostas positivas ficam um pouco mais evidentes. Interessante ressaltar que só entre os
foliões a resposta à primeira questão (já sofreu violência: sim - foliões = 35%) manteve
proximidade com a resposta à pergunta desdobrada (já sofreu violência física – foliões = 34%.
Perguntou-se também se as folionas e foliões haviam visto mulheres sendo agredidas física e
sexualmente e gays, travestis ou lésbicas sofrendo discriminação ou agressão física. O Gráfico
28 (Tabelas 42, 43 e 44 Anexo X) mostra a percentagem de respostas positivas e confirma que
a violência física é muito mais evidente que outras formas de violência. Os representantes das
entidades de gays e lésbicas de Salvador, optaram por questionamentos diferenciados quanto
à orientação sexual dos entrevistados, o que implicou em perguntas distintas para os dois
segmentos , impossibilitando pensar em indicativos para as diferenças entre os números que
correspondem para a população de mulheres e os números que correspondem as respostas
para a população de gays, travestis e lésbicas e, portanto, não é possível pensar em indício de
homofobia nas respostas.
4456
18
6
19
37
agressão física agressão sex ual agressão a GTL
Gráfico 28 - Distribuição percentual do testemulho de agressão física e agressão sexual a mulheres e agressão a GTL (*) por parte de folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa.
SSA, 2007.
folionas
foliões
(*) = gay s, trav estis e lésbicas
A própria experiência com situações de cunho sexista potencialmente agressivas foi indagada
às folionas, e as respostas dão conta de que ter o corpo tocado sem consentimento é a
vivência mais frequente entre aquelas perguntadas (Gráfico 29, Tabela 45, Anexo X).
52
roteiro observação 2007 saúde.doc
0102030405060
abordada de formagrosseira ou
inconv eniente?
forçada a beijaralguém?
corpo tocado semconsentimento?
Gráfico 29 - Distribuição da experiência das folionas com algumas situações potencialmente agressivas. Carnaval: violência contra a
mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
sim
não
Uma outra forma com que se buscou aproximação com a percepção corrente sobre a violência
no Carnaval foi através de perguntas que buscavam saber se as agressões (violências) haviam
sido presenciadas por policiais e quais tinham sido as reações dos mesmos nessas ocasiões21.
Tabela 24 – Número e percentual de situações vividas ou vistas por ambulantes, cordeiras e folionas que foram também presenciadas por policial. Observatório da discriminação racial e da violêcia contra mulheres. Salvador, Carnaval, 2007.
alternativas sim não s.i. / n.r. totalgrupos n % não % n % N %cordeiras 8 4 55 29 125 67 188 100ambulantes 6 3 29 16 152 81 187 100folionas 20 4 344 61 197 35 561 100
Em apenas 7 das 34 ocasiões houve alguma reação dos policiais no sentido de coibir ou punir
as agressões (ver Tabelas 46, 47 e 48, Anexo X). De novo, os números são pequenos, mas
como as situações se referiam ações consideradas costumeiras e folclorizadas no Carnaval
(passar a mão no corpo sem consentimento, beijar à força), pode-se pensar que os/as policiais
não consideram que seja agressão e, portanto, não interferem. Lembre-se, porém que quando
perguntados diretamente (Tabela 37, Anexo X), os/as policiais disseram que interfeririam
quando vissem uma mulher sendo beijada à força, por entendiam que ela estava sendo
agredida.
Poucas mulheres se declararam lésbicas (4% das cordeiras, 2% das ambulantes e 2%das
folionas – Tabela 25, abaixo) e pouco mais da metade dessas ( 2% das cordeiras e 1% das
folionas, mas todas as ambulantes – 2% – Tabela 26, abaixo) disseram já terem sido
discriminadas por conta da orientação sexual. Com esses números, porém, não é possível
pensar em qualquer indicativo de ação relacionada ao enfrentamento da homofobia.21 perguntas 13 e 13.1 no questinário das usuárias – anexo VI; perguntas 22 e 22.1 no questionário das ambulantes – anexo III; perguntas
23 e 23.1 no questionário das cordeiras anexoIV; 26 e 26.1 no questionário das folionas / foliões – anexo II.53
roteiro observação 2007 saúde.doc
Tabela 25 – Número e percentual de mulheres que se declararam lésbicas entre ambulantes, cordeiras e folionas. Observatório da discriminação racial e da violêcia contra mulheres. Salvador, Carnaval, 2007.
alternativas sim não s.i. / n.r. totalgrupos n % não % n % N %
cordeiras 7 4 169 90 12 6 188 100ambulantes 3 2 170 91 14 7 187 100
folionas 12 2 538 96 11 2 561 100
Tabela 26 – Número e percentual de mulheres que se declararam lésbicas entre ambulantes, cordeiras e folionas. Observatório da discriminação racial e da violêcia contra mulheres. Salvador, Carnaval, 2007.
alternativas sim não s.i. / n.r. totalgrupos n % não % n % N %
cordeiras 4 2 6 3 178 95 188 100ambulantes 3 2 4 2 180 96 187 100
folionas 6 1 13 2 542 97 561 100
Por fim, a análise das respostas às perguntas que visavam detectar o sentimento de
discriminação devido a cor/raça mostra que em torno de 12% do conjunto de ambulantes,
corderias, folionas e foliões se sentiu – ou se sente discriminado em alguma situação, sendo
que os homens (foliões) apresentam um valor maior (21%) que as mulheres (Tabela 27,
abaixo). Quando se perguntou em que situações este sentimento aparecia, as respostas são
muito variadas, como se pode ver no exemplo da Tabela 49 (Anexo X) que traz as respostas
das ambulantes.
Já nos serviços, mesmo lembrando que os números são muito pequenos, apenas 2,5% se
sentiu discriminada, seja no Carnaval seja no atendimento (Tabela 28, abaixo).
Tabela 27 – Distribuição de cordeiras, ambulantes, folionas e foliões segundo o sentimento de discriminação devido a cor/raça. Observatório da discriminação racial e da violêcia contra mulheres. Salvador, Carnaval, 2007.
tipo / grupo sim não s.i./n.r. totaiscordeiras 23 (12%) 157 5 185
ambulantes 20 (11%) 153 14 187folionas 57 (10%) 498 6 561foliões 28 (21%) 106 1 135totais 105 757 21 883
% 12 86 2 100
OBS. Esta pergunta não foi feita para os profissionais e para as usuárias foi feita especificando situações (Tabela 28)
Tabela 28 - Distribuição das usuárias dos serviços segundo o sentimento de discriminação devido a cor/raça em situações específicas. Observatório da discriminação racial e da violêcia contra mulheres. Salvador, Carnaval, 2007.
situação sim não s.i./n.r. totaisnos carnavais 1 37 1 39
nos serviços 1 37 1 39% 2,5 95,0 2,5 100,0
54
roteiro observação 2007 saúde.doc
7 Conclusões
Algumas das constatações expostas neste item confirmam evidências facilmente observáveis
por quem participa ou apenas transita no carnaval de Salvador, pois estão fortemente
presentes como componentes estruturantes da vida e da maneira como se organiza e funciona
cotidianamente a cidade.
Consideramos importante incluí-las porque são também realidades pesquisadas e verificáveis
nos dados colhidos pelas entrevistas e observações realizadas. São, assim, elementos que
nortearam hipóteses e direcionaram nosso olhar, nossa reflexão e nossas análises ao longo de
todo esse processo. Outras considerações, que em geral nos parecem evidentes, nem sempre
são confirmadas como tal no universo pesquisado. Num caso ou noutro, registramos o que
entendemos como significativo para o planejamento das políticas, intervenções e investimentos
dos poderes públicos no Carnaval.
Como se observará, há elementos destas realidades já conhecidos e, portanto, previsíveis,
sobre as quais os poderes públicos têm governabilidade e, inclusive, já vem desenvolvendo
ações e tomando iniciativas que merecem ter continuidade, serem aperfeiçoadas e
consolidadas. Além disso, a maioria delas está relacionada com o objetivo estratégico do
Governo que tem o compromisso de promover a igualdade de direitos e oportunidades, o bem
estar e a dignidade de todas as pessoas.
Sabemos que é característica do carnaval de Salvador ser um fenômeno que envolve toda a
cidade, mobiliza de forma capilar o tecido social e afeta mesmo quem não participa da festa. É
impossível fugir do “clima” que vigora com a aproximação da Festa, ainda para quem se afasta
da cidade ou do carnaval e quer ficar longe da folia. Muito antes dos dias de carnaval a cidade
já se move de modo diferente, há um visível aumento do pequeno e do grande comércio, a
movimentação nas rodoviárias, nas estradas e no aeroporto, a circulação de pessoas e de
veículos é outra. Neste ano de 2007, o carnaval da Bahia atraiu aproximadamente 900 mil
foliões e gerou cerca de 130 mil empregos temporários22. É como se um novo estado de
22 SECULT – Secretaria da Cultura do Estado da Bahia – “Carnaval da Bahia - Uma Festa de Meio Bilhão” – 11 de outubro de 2007.55
roteiro observação 2007 saúde.docespírito se instaurasse, tomando conta das pessoas, das relações, do território, e das mais
distintas rotinas e instâncias da organização social.
Como sabemos, o “Carnaval da Bahia” instaura um espaço e um tempo singulares. Desvendar
o carnaval é “destampar” a cidade, suas dores e delícias, sua diversidade e cultura, a
composição majoritariamente afro-descendente da sua população e da sua história de
resistência, seu cotidiano desigual, fincado em matrizes arraigadas e ainda prenhes de valores
e práticas coloniais e excludentes, em flagrante conflito com o presente. Aqui convivem e se
completam distintos tempos históricos, novos e múltiplos sujeitos. É inequívoco o caráter de
festa de rua do nosso carnaval, e aí reside a sua força e beleza, seu passado, seus limites e
suas possibilidades de futuro. Não terá sido por acaso que é aqui o berço do trio, com sua
musicalidade a movimentar multidões a quilômetros.
Desde esta compreensão, as mulheres, principal público pesquisado, representam 52% da
população de Salvador - 1.538.876, pessoas, das quais aproximadamente 1.277.267 ou
82,99% são negras ou pardas. No carnaval do ano passado, as mulheres representaram
aproximadamente 67% do total de ambulantes cadastrados (SESP23-2006), índice que
seguramente não deve ter sofrido alteração significativa, e se isto aconteceu é mais provável
que tenha sido para mais, considerando as últimas informações sobre a população de
mulheres e homens em Salvador e Região Metropolitana, publicadas pelo IBGE, onde se
verifica o crescimento da proporção de mulheres (DOU, 05.10.2007). Em 2007 o cadastro da
SESP registra um total de 3.229 lotes24 ocupados nos principais circuitos do Carnaval.
Consideramos alto o número de ambulantes com curso médio completo (20%), e encontramos
9% das cordeiras com este nível de escolaridade.
Estão fora deste trabalho outros segmentos que seguramente trabalham em condições mais
precárias e que auferem pequenos ganhos e geram grandes lucros no carnaval, como
catadores de lata, em que a presença de mulheres e crianças é visivelmente majoritária.
No universo de pessoas entrevistadas (foliões e folionas, mulheres ambulantes e cordeiras),
por opção nossa e majoritariamente do sexo feminino, são declaradamente negras e pardas,
77%, proporção hegemônica na população da cidade. Entretanto, analisando separadamente
os segmentos entrevistados, “quem brinca” e “quem trabalha”, a proporção de pessoas brancas
aumenta no segmento que só “brinca”, o que confirma o que historicamente vem sendo
23 SESP – Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura Municipal de Salvador.
24 Território demarcado previamente pela SESP e autorizado para instalação de “carrinhos, isopor, tabuleiros de acarajé, bancas e barracas desmontáveis, instalação de equipamento de caldo de cana, gelo, barracas padronizadas, licenças especiais (veículos)”. A maior quantidade verificada é de isopor e carrinhos. Cada lote é ocupado por mais de um negócio. Ainda não estão disponibilizados os dados do cadastramento de ambulantes para o Carnaval de 2007.
56
roteiro observação 2007 saúde.docdenunciado pelos movimentos negros e anti-racistas: o “lugar” ainda ocupado por negros e
brancos na sociedade, marcado pela desigualdade de gênero, raça e classe, onde negros são
sinônimo de “pobres”, em especial quanto às mulheres, invariavelmente majoritárias entre os
segmentos mais explorados.
A maioria (92%) é negra entre as cordeiras e também entre as ambulantes (86%). É
significativo o registro de apenas 4% de mulheres declaradamente brancas entre as que
seguram a corda do bloco. Em ambos os segmentos predominam mulheres chefes de família
(67% ambulantes – 59% cordeiras), o que extrapola a média nacional (29%) e local (41%).
Esta constatação nos remete à afirmação de que o trabalho informal, ocupado majoritariamente
por mulheres, se exacerba durante o período de carnaval e confirma o que se encontra na
literatura sobre a Festa como oportunidade de pequenos ganhos para grandes contingentes
populacionais.
Chama atenção a quantidade de crianças em situação de trabalho e/ou em situação de
insalubridade. Estas, usualmente, estão acompanhando suas mães ambulantes. Se 22%
destas mulheres declaram ter levado os filhos ao carnaval e 60% delas dormem no próprio
negócio, infere-se que as que levam seus filhos os têm ali, dormindo consigo e em condições
de desconforto, extremamente precárias, e até perigosas.
Observe-se que, quando falamos em “próprio negócio” ou “negócio próprio”, utilizamos o termo
negócio para nos referir a um tipo de comércio, cuja posse é sobre os produtos
comercializados e a caixa de isopor depositada no meio da rua, ou em qualquer lugar,
passando pelos tabuleiros e chegando até balcões e pequenas barracas onde se vendem
bebidas e alimentos. A maioria das entrevistadas tinha caixas de isopor e dormia ali.
Segurar corda de bloco não é um trabalho desempenhado só por jovens, em que pese estar
entre as cordeiras a população mais jovem no conjunto de entrevistadas. Surpreendentemente
encontramos 06 mulheres com mais de 80 anos segurando corda. Vale registrar que até muito
pouco tempo atrás, segurar corda não era “trabalho de mulher” e que a presença feminina,
antes invisível, vem crescendo a cada ano.
Em alguns casos a escolha da ocupação parece representar não somente a busca pelo
dinheiro auferido do trabalho, mas também a maneira possível de realizar o desejo de se
divertir ou participar da festa, como demonstram afirmações do tipo: “Estou aqui para ter mais
algum dinheiro e poder estar no meio da folia”, repetida entre cordeiras entrevistadas, que
encerra uma motivação mais além do que a atração pelo ganho financeiro, evidenciando o forte
apelo da “folia”, da “alegria” como o grande catalisador da festa, o principal motivo das
pessoas, como revelado pelo conjunto dos entrevistados.
A relação do bloco com a população que contrata para marcar território para seus integrantes,
dando-lhes “segurança”, por sinal, vendida geralmente por alto preço – inclusive a prestações
57
roteiro observação 2007 saúde.docmensais - tem que mudar radicalmente, no que diz respeito às condições de trabalho e às
relações com quem cuida de suas cordas: a alimentação fornecida é muito aquém do mínimo
recomendável para suportar tal trabalho, seja em quantidade ou em qualidade - biscoitos (um
ou dois pacotes) e água (um ou dois copos) durante todo o percurso, numa jornada de no
mínimo 8 horas em desfile.
É preciso encontrar uma solução para assegurar o atendimento às necessidades fisiológicas
dessas pessoas, que em grande parte (44% dos casos), têm que ser realizadas fora do bloco,
não obstante, predominem regras do tipo “se for chamada pelo supervisor e estiver ausente,
perco remuneração”. É necessário também assegurar luvas em quantidade adequada, pois,
embora elas estejam sendo fornecidas pela maioria dos blocos (declaração de 88% das
entrevistadas), assim como protetores de ouvido (84%), existem observações sobre sua
insuficiência: “... cada pessoa fica com uma mão, pois não há pra todo mundo”.
Contrariamente à imagem concebida no senso comum, a relação com os órgãos públicos e
com empregadores (estes, no caso de cordeiras) é declarada boa ou muito boa pela maioria
das entrevistadas, e também pela maioria das ambulantes, isto incluindo os diversos órgãos
públicos, dentre os quais a Polícia, empregadores e fiscais.
No caso das cordeiras, as relações com supervisores e com foliões pipoca é que são referidas
como ruins. Essas declarações merecem uma interpretação mais cuidadosa, pois, por vezes, o
simples fato de ter “conseguido a vaga” para trabalhar, pode minimizar o rigor na apreciação.
Isto, embora também devamos reconhecer que, nos últimos anos, tem havido mais articulação
e preparação dos órgãos governamentais para a intervenção no Carnaval, a exemplo de
iniciativas de capacitações na Polícia, na Saúde, dentre outras áreas, e de instalação e
disponibilidade de serviços, como Ouvidoria, Observatórios, a exemplo da Saúde – com mais
tempo – e do Observatório Racial.
Os espaços disponíveis no circuito principal da festa são insuficientes para a população
majoritária que brinca. Confirma-se um sentimento que já é conhecido por todos e se revela
nas discussões sobre intervenções necessárias no Carnaval há já algum tempo (amplia/não
amplia o circuito principal). A pesquisa verificou o que é notório: os foliões e folionas pipocas
são hegemônicos sobre os de bloco ou de camarote, apesar de muitos investimentos públicos
e privados destinarem-se aos espaços ocupados pela minoria dos que participam na festa, nos
camarotes e/ou pulando nos Blocos, “protegidos” dos pipocas.
Nesse universo pesquisado de foliões e folionas, diante da consulta sobre “o que mais gosta no
carnaval”, a alegria, os trios e a música concentram 83% das respostas. E sobre “o que menos
gosta”, as “brigas” têm liderança. A perda, cada vez mais, do espaço territorial ocupado pelos
pipocas, nos remete a uma preocupação quanto à possibilidade de tornar vulnerável a festa, já
que esse fator incide sobre um bem cultural valioso para que essa se realize.
58
roteiro observação 2007 saúde.docEssa relação entre desejo de brincar, “interiorizado e eternizado” culturalmente nesta cidade, a
alegria como grande motor da festa, por um lado, e a inadequação de espaço por outro, pode
corromper a motivação da festa, propiciando brigas e fertilizando a violência.
As violências vividas pela população desta cidade, em suas diversas formas, certamente não
são geradas durante o carnaval, mas são alimentadas ao longo do ano e explicitadas de uma
maneira peculiar nesse período.
No caso das mulheres, as violências sexual e verbal presentes em seu cotidiano, ganham
contornos próprios durante o carnaval. Nessa época, que muitos consideram de maior
permissividade sexual, mulheres são tocadas, agarradas, beijadas à força, abordadas
grosseiramente (consentindo ou não) sem que isso seja interpretado como violência. As(os)
entrevistadas(os), conforme apontado pela pesquisa e já expressado neste relatório, só
passam a reconhecer essas expressões de violência sexual e verbal como tal, quando
passaram a responder se as sofreram sem que as mesmas fossem denominadas como
violência. Isso demonstra a distância que deve ser percorrida no enfrentamento à violência
contra as mulheres.
As violências urbana e física, não são somente mais visíveis, são também mais reconhecidas
e, portanto, encaradas como algo a ser superado por desestabilizar e ferir a sociedade.
Quando se trata das mulheres, as violências que as atingem têm, ainda, que ser reconhecidas
pelos que as praticam, pelas que as sofrem e por parte do poder público para que promovam
políticas públicas de enfrentamento.
Estranhamente, durante a coleta de dados, os foliões declararam, mais que as folionas, que a
violência contra a mulher era algo ruim na festa. Esse fato nos remete a refletir se aí não está
submerso um sentimento de ciúme e posse por sua prenda ou sua presa, vulnerável diante de
um suposto “território livre” durante a festa.
Numa festa em que há presença massiva da população negra, inclusive entre mulheres
trabalhadoras, encontramos declarações como de algumas cordeiras, por exemplo, que ao
serem questionadas se sofreram preconceito ou discriminação durante a festa, se referiram a
inúmeras expressões dirigidas a elas como negras, pretas, olhares sarcásticos e de desdém
como formas de insultos e humilhações. Mais uma vez afloram formas de violência que não
são físicas, mas psicológicas, verbais, simbólicas e que, por isso mesmo, para serem
detectadas e superadas, necessitam de um enfrentamento que vai muito além da simples
punição de quem as pratica, pois essas manifestações de violência racial provocam danos
sociais e emocionais que podem custar ser superados.
A homofobia, violência enraizada na desigualdade de gênero e “legitimada” por grande parte
das pessoas, é revelada durante o cotidiano dos homossexuais masculinos e femininos,
também de duras formas. Discriminações explícitas, perseguições, humilhações, agressões
59
roteiro observação 2007 saúde.docfísicas e assassinatos são freqüentes na vida dessa população – fatos conhecidos por muitos,
mas com uma relação inversamente proporcional entre a sua gravidade e a indignação da
sociedade. Previa-se, durante a pesquisa, que inúmeros relatos dessa violência viessem à
tona, porém isso não aconteceu da forma que esperávamos.
Nenhuma das formas de aproximação do tema homofobia, junto ao universo entrevistado,
parece ter sido eficaz para garantir a revelação destas discriminações a ponto de proporcionar
o relato dos casos, mas expressam um número significativo quanto à existência mesma destas
discriminações: 19% e 37% entre folionas e foliões respectivamente.
A pergunta de forma direta, “você é lésbica?”, definida pelo grupo lésbico que foi nosso
interlocutor no processo de elaboração dos instrumentos, parece não ter sido uma boa opção
para introduzir o tema junto às mulheres. Quanto aos homossexuais masculinos, o
representante do grupo definiu que não deveria ser feita a pergunta de forma direta, optando
por indagar se o entrevistado testemunhou algum homossexual sofrendo discriminação durante
o carnaval.
Em todo caso, as respostas colhidas parecem indicar um desconforto das pessoas em revelar
a sua orientação sexual, até por conseqüência de possíveis discriminações sofridas, tornando-
se mais fácil reportar-se ao tema como testemunha.
A violência racial contra negros é mais percebida do que a violência homofóbica e a sexista
entre profissionais da Polícia (71,7) e da Saúde (51,6). Maior número de profissionais da
Policia (43,5%) do que da Saúde (32,3%) consideram que mulheres sofrem mais violência do
que homens e na Saúde (45,2%), mais do que na Polícia (39,1%), é reconhecida a violência
contra homossexuais.
Nestas indagações, novamente devemos registrar que a pergunta “Mulheres sofrem mais
violência do que homens?” parece não ter sido a mais eficaz para provocar o reconhecimento
da violência de gênero na sua complexidade, pois não propicia ao profissional entrevistado a
informação sobre as formas de violência (sexual, psicológica, moral, patrimonial, além da
física) que atingem cotidianamente as mulheres pelo fato de serem do sexo feminino.
Associando aquelas respostas à compreensão no senso comum, onde a violência reconhecida
como tal é a violência física, e reconhecendo que os homicídios da cidade atingem
majoritariamente homens jovens e negros, as repostas são mais compreensíveis.
Esses índices, quando são amplamente noticiadas as formas de tratamento dispensadas aos
homossexuais nesses dois setores, nos faz refletir se esse fato se deve a uma maior
sensibilidade e/ou melhor preparação por parte dos profissionais selecionados para o trabalho
de carnaval, ou se deram a resposta que consideraram a mais adequada naquela
circunstância de pesquisa.
60
roteiro observação 2007 saúde.docNão só os dados analisados, mas as observações de rua e de Serviços, além da avaliação de
todo o processo de investigação, desde as primeiras reuniões, a preparação do trabalho e a
elaboração deste relatório, nos leva a outras indicações:
É grande a insatisfação, dentre os itens avaliados pelas entrevistadas, com a falta de limpeza e
conservação dos sanitários químicos instalados no circuito.
A maioria dos profissionais da Saúde e da Polícia sabe da existência de Serviços de Atenção a
Mulheres em Situação de Violência, o que não é suficiente, pois se espera que todos os
profissionais conheçam esse tipo de Atenção. Esses Serviços específicos para mulheres ainda
são pouco conhecidos por parte da população carnavalesca.
Os serviços de polícia e de saúde parecem estar adequados às necessidades imediatas do
Carnaval, na opinião de usuárias e profissionais, porém, nossas observadoras apontaram as
condições físicas e de trabalho nas Delegacias instaladas no Circuito, como insuficientes e
inadequadas em relação à população que ali trabalha ou é detida.
É importante registrar, também, que a decisão de construir coletivamente os instrumentos de
pesquisa, contando com a participação dos organismos – nas pessoas que os representavam -
que participavam das reuniões de construção da intervenção durante o Carnaval, se teve o
mérito de ser um exercício coletivo e democrático que permitiu a incorporação de muitas
contribuições com visões diferentes, fez com que se demorasse muito para conseguir as
definições finais necessárias ao fechamento do desenho. Além disso, o processo de ida e volta
em torno de algumas questões, com tantos questionários diferentes, fez com que se acabasse
deixando de garantir a relação entre as perguntas dirigidas aos diversos grupos de
entrevistados25. Um outro fator que gerou demora nas decisões que construíram a intervenção
foi a indefinição quanto à disponibilidade de recursos para realizar o levantamento.
Esses dois fatores combinados fizeram com que o tempo de treinamento para as
entrevistadoras fosse menor do que o inicialmente planejado, especialmente considerando as
condições pouco favoráveis (com muitos elementos geradores de dispersão e distração) em
que teriam de trabalhar. Houve muito pouco tempo disponível também para o preparo das
máscaras para o programa de entrada para os bancos de dados.
Quanto às entrevistadoras, essas se mostraram mais sensibilizadas e comprometidas com o
enfrentamento das violências em análise neste trabalho, após a coleta de dados, e
destacaram, durante reunião de avaliação, o significado e a importância que teve para elas,
verificar, in loco, e com um olhar especial, as questões investigadas.
Ainda que com limitações decorrentes do desenho e da operacionalização, o estudo permitiu
identificar indicações de ações que podem contribuir para a melhoria da situação das
25 Que perguntas todos deveriam responder? Que perguntas eram específicas?
61
roteiro observação 2007 saúde.doctrabalhadoras no Carnaval e para diminuir a agressão sexista durante a festa, sem que as
propostas tenham qualquer perspectiva moralizante ou moralista. As recomendações
apresentadas a seguir estão fundamentadas na busca da superação da violência em suas
diversas formas, destacando o papel do poder público nesse enfrentamento.
8 Recomendações
As recomendações aqui apresentadas são entendidas como propostas que, acreditamos,
podem contribuir para tornar o carnaval uma festa mais tranqüila e prazerosa para todas as
pessoas, estejam elas naquele enorme grupo que trabalha na festa e para ela, no grupo que
trabalha e brinca, ou no universo amplo e diverso da multidão que brinca, seja na condição de
pipoca, em bloco ou do alto dos camarotes instalados no circuito principal da festa; ou sejam
ainda os que aqui moram ou os que estão de passagem, e até os que não abrem mão de
pegar estrada e ficar longe da folia, que precisam ir e voltar em paz.
Como sabemos, para que tudo isso aconteça, são incontáveis as ações e relações
antecedendo a festa que, sem dúvida, dependem de toda a sociedade, e de forma mais
relevante dos poderes públicos em seus diversos âmbitos e esferas.
A organização do nosso carnaval, com as suas características e amplas dimensões, se oferece
como momento privilegiado de constatação do valor da integração e articulação estreita entre
áreas, órgãos e poderes públicos para que sejam atingidos resultados concretos e comuns,
impossíveis de serem obtidos sem uma ação pública mais sistêmica. Seria um exercício
interessante computar a quantidade de ocorrências de comunicações entre as diversas áreas e
instâncias de Governo, implicadas na preparação da Festa – desde ligações telefônicas, a
reuniões intersetoriais.
62
roteiro observação 2007 saúde.docNesse sentido, o Carnaval é uma oportunidade impar de rompimento de valores e práticas
presentes na matriz da nossa cultura administrativa que ainda se expressam com força na
gestão e na operação dos serviços, no lidar com “coisa” pública, resultando em ações isoladas
e nem sempre eficazes para a coletividade. A Festa parece afrouxar as relações, pois implica a
todos, exigindo aproximações e condutas e tornando imperioso algum diálogo. Isto minimiza a
força de práticas tradicionalmente arraigadas na cultura político-administrativa.
Não é possível imaginar o carnaval sem um prévio entendimento, por exemplo, entre Cultura,
Infra-Estrutura e Transporte, Saúde, Meio Ambiente, Segurança, Justiça, Turismo. Torna-se
cada vez mais urgente chamar a este lugar de planejamento e operação, os organismos cujas
finalidades se cumprem mais plenamente na medida em que a transversalidade se realiza e
consolida, a exemplo das instâncias responsáveis, diretamente ligadas ao cumprimento dos
objetivos estratégicos de Governo relacionados à promoção da igualdade de gênero e raça e
ao combate a todo tipo de discriminação, condições para a igualdade e dignidade de todas as
pessoas.
Entendemos que as recomendações decorrentes desta pesquisa devem passar pelo crivo dos
especialistas para que possam ser consideradas num planejamento que “dialogue” com os
segmentos a que se destinam. Queremos contribuir para este rico processo de planejamento e
intervenção integrada, que necessita ser fortalecido, internalizado na administração e
consolidado, a ponto de repercutir no cotidiano da gestão e da prestação de todos os serviços
durante a Festa de Carnaval.
As recomendações estão listadas em bloco, sem hierarquia entre elas e nem sempre está
indicado a quem (instituições e organismos) caberia a atribuição de acatá-las e viabilizá-las.
Pretende-se que sejam apreciadas nas várias instâncias de concepção e preparação,
ordenamento e operacionalização do Carnaval. Algumas são mais abrangentes e podem ser
úteis à reflexão sobre valores e conceitos que orientam as intervenções. Outras são mais
diretamente ligadas às ações de operação. Encontram unidade na busca de proporcionar mais
alegria a um maior número de pessoas, contribuindo para dar mais qualidade à ação
governamental, no desafio de prever, prevenir e solucionar, alguns dos muitos problemas.
• Adotar como estratégia, o direcionamento do investimento de esforços e recursos na
ampliação do território para a folia dos pipocas, público majoritário da Festa, em
comparação com a população dos camarotes e blocos;
• Rever os critérios para a concessão de licenciamento aos blocos de trio, definindo
padrões mínimos a serem assegurados quanto às condições de trabalho decente da
população que segura a corda, como parte das normas a serem cumpridas para a
obtenção do licenciamento público:
63
roteiro observação 2007 saúde.doco Obrigatoriedade de dispor de sanitários no interior do bloco, não só para os
associados, mas também para cordeiros e cordeiras;
o Definição de padrão (com fiscalização da execução) com base nas
recomendações nutricionais mínimas de alimentação e hidratação, a serem
asseguradas aos cordeiros e cordeiras para suportarem o trabalho que
realizam; garantia de equipamentos de proteção, no mínimo luvas em
quantidade suficiente para quem segura a corda, calçados e protetores de
ouvido em 100% dos casos, tudo registrado no instrumento de contratação
das pessoas para prestação do serviço; garantia de encaminhamento jurídico
nos casos ocorridos por conseqüência do exercício do trabalho;
• Rever o formulário para cadastro de licenciamento público de ambulantes, de modo
a colher informações que possibilitem conhecer melhor o universo dessa população
para planejar a intervenção. Além de sexo, idade, incluir cor, e indagar sobre a
existência de filhos e idades; se são chefes de família e outras informações
significativas para se ter uma previsão do número, pelo menos das crianças
menores que previsivelmente estarão nas ruas no carnaval com suas mães;
• Disponibilizar para os órgãos que atuam no carnaval, com mais antecedência, o
cadastro de ambulantes.
• Experimentar a instalação de uma creche no circuito para filhos/as de ambulantes,
funcionando 24 horas no próximo carnaval. Para isto, ter controle efetivo dos
contatos com o público cadastrado podendo chamá-lo, e atender a partir de critérios
estabelecidos previamente, tendo o cuidado de não criar uma expectativa além das
possibilidades de realização;
• Viabilizar a instalação de entrepostos em locais acessíveis aos ambulantes,
garantindo-lhes o suprimento dos produtos mais comercializados na Festa;
• Assegurar o acesso a todos os sanitários químicos disponibilizados no circuito, bem
como sua manutenção higiênica;
• Os chuveiros devem ser sinalizados, de maneira a assegurar o acesso das pessoas
que os necessitam;
• Realizar de Campanhas educativas e de mídia, iniciadas em período anterior ao
Carnaval, para informar, sensibilizar, orientar e coibir abusos de direitos que se
expressam através de práticas discriminatórias relacionadas com as violências –
contra as mulheres, racial e homofóbica, incluindo a divulgação dos Serviços de
Atenção a Mulheres em Situação de Violência. A concepção dessa campanha deve
ser discutida e definida especialmente pelos organismos governamentais mais
diretamente responsáveis pelo enfrentamento a esses tipos de violência;64
roteiro observação 2007 saúde.doc• Implementar ações educativas para conscientizar a sociedade para o cumprimento
dos direitos mínimos da infância e da adolescência, afetados pelo trabalho infantil e
pela exploração sexual, entre outros;
• Intensificar a atuação do policiamento durante a Festa, identificando os casos de
violência - sexual ou de outro tipo - contra a mulher e coibindo a ação dos
agressores, fazendo cumprir a Lei Maria da Penha e legislação em vigor;
• Fortalecer os estudos acerca da circulação de veículos e do acesso da população
aos locais da Festa, inclusive quanto à possibilidade de ampliação da frota de
transporte coletivo durante esses dias;
• Investir mais fortemente nas ações de capacitação de todos os profissionais que
atuarão no Carnaval, lidando diretamente com público ou não. Incluir o
enfrentamento às violências racial, homofóbica e contra a mulher como uma das
prioridades nos conteúdos das capacitações. Ampliar a informação dos profissionais
de saúde e da polícia sobre a Lei Maria da Penha e suas implicações para esses
setores;
• Redimensionar a estrutura física e de pessoal nas Delegacias de Polícia instaladas
no circuito, evitando assim as tensões e desgastes freqüentes que vivem esses
profissionais durante o carnaval, evitando um acirramento nas relações com os
detidos e possíveis conseqüências mais sérias;
• Instalar um Posto de Atenção a Mulheres em Situação de Violência, no circuito, com
caráter multidisciplinar e intersetorial - planejado e executado pelo conjunto de
Serviços já existentes nas duas esferas administrativas dos governos.
Reforçamos, finalmente, que o objeto do estudo e o processo de investigação evidenciados
neste relatório, bem como as recomendações que apresentamos são uma tentativa de frutificar
esforços, aguçar sentidos e dirigir olhares à ampla maioria da cidade de Salvador. Este é o
sentido e o compromisso com todas as reflexões apresentadas aqui, certamente,
compartilhadas também pelo poder publico.
Nossa tentativa de contribuição se apresenta no sentido de somar – fortalecer ações sensíveis
- já deflagradas ou não - aos problemas evidenciados neste trabalho. Essas indicações devem
ser apreciadas e consideradas levando-se em conta possibilidades concretas, metas e sonhos.
65
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ANEXOS
1. Folder
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Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLV
Anexo IILevantamento de Opinião – foliãs e foliões
Data da Entrevista: ___________ Turno: ___________ Local: ______________________ Entrevistadora: ________________________________________________________________
1. Condição da /o folia / ão: 1( ) camarote 2 ( ) pipoca 3 ( ) bloco 1.1 Sexo: 1 ( ) fem 2 ( ) mas
2. Cor / raça 1 ( ) branca 2 ( ) parda 3 ( ) preta 4 ( ) amarela 5 ( ) indígena 3. Idade: ____ (88 p NR)4. Profissão / Ocupação: _______________ 5. Escolaridade: 1 ( ) não estudou 2 ( ) fundamental incompleto 3 ( )
fundamental completo 4 ( ) médio incompleto 5 ( ) médio completo 6 ( ) cursando universidade 7 ( ) graduada 9 ( ) pós 8 ( ) NR 6. Bairro: _____________________ 7. Município: _________________
8. Com quem veio ao Circuito? 1 ( ) mãe 2 ( ) pai 3 ( ) tia 4 ( ) tio 5 ( ) prima 6 ( ) primo 7 ( ) namorado/a 10 ( ) marido 11 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (veio sozinha) 8.1 Se outro, quem? ____________________________
9. Por que escolheu essa (s) pessoa (s)? 1 ( ) sempre está com ela nos momentos de diversão 2 ( ) por uma questão de segurança 3 ( ) só obtém autorização para vir ao carnaval se estiver acompanhada por ela 4 ( ) outro motivo 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 9.1 Se outro, qual? ___________________________________
10. O que gosta no Carnaval? 1( ) alegria da festa 2( ) músicas 3 ( ) dançar 4 ( ) bloco de trio 5( ) blocos afro 6 ( ) bebidas 7 ( ) drogas 10 ( ) paqueras 11 ( ) ficar 12 ( ) namoros 13 ( ) sexo 14 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não gosta de coisa alguma) 10.1 Se outro, qual? ____________________________
11. O que não gosta nos carnavais? 1( ) multidão 2( ) barulho 3( ) brigas 4( ) infra-estrutura 5( ) dificuldade de acesso 6( ) tratamento recebido dos agentes públicos 7( ) violência contra as mulheres 10( ) discriminação racial 11( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não tem do que não goste) 11.1 Se outro, qual? ____________________________
12. Sentiu-se discriminada devido à sua cor / raça? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 12.1. Se sim, em qual situação? ______________________________________________________________
13. Utilizou os banheiros públicos do Circuito? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 13.1. As condições dessas instalações, na sua opinião, são: 1 ( ) muito boas 2 ( ) boas 3 ( ) aceitáveis 4 ( ) ruins 5 ( ) péssimas 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não utilizou)
14. Procurou algum serviço público de atendimento? 1 ( ) sim 2 ( ) não 14.1. Caso sim, qual? 1( ) Posto de Saúde 2 ( ) Centro de Saúde 3 ( ) Posto da Polícia 4 ( ) DEAM 5 ( ) VIVER 6 ( ) Observatório 7 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou) 14.2. Motivo: 1 ( ) ferimentos 2 ( ) mal estar 3 ( ) agressão física 4 ( ) agressão verbal 5 ( ) agressão sexual 6 ( ) discriminação racial 7 ( ) discriminação homofóbica 10 ( )contracepção de emergência 11 ( ) denúncia de situação com terceiros 12 ( ) buscar preservativo 13 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 14.3 Se outro, qual? ___________________________ 14.4 O atendimento cumpriu a necessidade da demanda? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou)
15. Sobre a contracepção de emergência:1 sim 2 não 8 NR 1 sim 2 não 8 NR
15.1 já ouviu falar ( ) ( ) ( ) 15.3 já utilizou? (*) ( ) ( ) ( )15.2 sabe o quê é? ( ) ( ) ( ) 15.4 sabe como se consegue? ( ) ( ) ( )(*) para os homens, se a companheira já utilizou
16. Já sofreu algum tipo de violência durante os carnavais? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
69
roteiro observação 2007 saúde.doc17. Sofreu alguma agressão física? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 17.1 Caso sim, qual ou quais?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. Sofreu alguma agressão sexual? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 18.1 Caso sim, qual ou quais? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
19. Viu alguma mulher sofrendo agressão física? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 19.1 Caso sim, qual ou quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. Viu alguma mulher sofrendo agressão sexual? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 20.1 Caso sim, qual ou quais?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
21. Viu algum gay, travesti ou lésbica sofrendo discriminação ou agressão física? 1( ) sim 2( ) não 8( )NR 20.1 Caso sim, qual ou quais? _____________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ FINAL PARA HOMENS
22. Alguma vez foi abordada de forma grosseira / inconveniente? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
23. Alguma vez foi forçada a beijar alguém? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
24. Você é lésbica? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 24.1 Caso sim, já foi alguma vez discriminada ou agredida por causa de sua opção sexual? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
25. Alguma vez alguma parte de seu corpo foi tocada sem o seu consentimento? 1( ) sim 2( ) não 8( ) NR 26. Esse(s) fato(s) foi/foram presenciado(s) por algum (a) policial? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
26.1 Caso sim, qual foi a reação desse (a) policial? 1 ( ) prendeu o agressor 2( ) advertiu verbalmente o agressor 3( ) não esboçou nenhuma reação 4( ) apenas separou o agressor da vítima 5( ) outra 8( ) NR 9( ) NSA (não foi presenciado) 26.2 Se outra, qual? __________________________________
27. Conhece algum serviço de atenção a mulheres em situação de violência? 1( ) DEAM 2( ) VIVER 3( ) IPERBA 4( ) Casa Abrigo 5( ) Centro de Referência Loreta Valadares 6 ( ) Centro de Referência Lélia
Gonzalez 7 ( ) Centro de Referência Bahia sem Homofobia 10 ( ) outro 8 ( ) NR 27.1 Se outro, qual? __________________________________________________________________________________
Observações e comentários da entrevistada: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Para aquelas que relataram episódio(s) de violência:Nome: _____________________________________________________________________________________Endereço: __________________________________________________________________________________Telefone (s): ________________________________________________________________________________E-mail: ___________________________________
Observações e comentários da entrevistadora: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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roteiro observação 2007 saúde.doc___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLV71
roteiro observação 2007 saúde.docAnexo III
Levantamento de Opinião - Ambulantes
Data da Entrevista: ___________ Turno: ___________ Local: ______________________ Entrevistadora: ________________________________________________ 1. Negócio: __________________________________ Próprio? 1( ) próprio 2( ) trabalha como ajudante
1.1 Tipo: 1( ) balcão / barraca 2( ) isopor 3( ) outro 1.2 Se outro, qual? ________________________ 2. Cor / raça 1 ( ) branca 2 ( ) parda 3 ( ) preta 4 ( ) amarela 5 ( ) indígena 3. Idade: ____ (88 p NR)4. Profissão / Ocupação: _______________ 5. Escolaridade: 1 ( ) não estudou 2 ( ) fundamental incompleto 3 ( )
fundamental completo 4 ( ) médio incompleto 5 ( ) médio completo 6 ( ) cursando universidade 7 ( ) graduada 9 ( ) pós 8 ( ) NR 6. Bairro: _____________________ 7. Município: _________________
8. N° de filhas/os ou crianças sob sua guarda : ______ Quantas/os têm de 0 a 5 anos? _ _ Quantas/os têm de 6 a 10 anos? _ _ Quantas/os têm de 11 a 15 anos? _ _ Quantas/os têm mais de 15 anos? _ _
9. É chefe de família? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 10. Tem residência própria? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR
11. Relação com órgãos públicos e com a clientela:1 muito boa 2 boa 3 aceitável 4 ruim 5 péssima 8 NR
11.1 SESP ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.2 Polícia ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.3 Vigilância Sanitária ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.4 clientela ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
11.5 Recebeu treinamento da SESP? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 11.6 Já teve mercadoria ou material apreendida pela SESP? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 11.7 Caso sim, recebeu um protocolo de apreensão? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR
Comentários________________________________________________________________________________
12. Com quem veio ao trabalho no carnaval? 1( ) veio só 2( ) mãe 3( ) pai 4( ) namorado/a 5( ) marido 6( ) filhas/os 7( ) outros parentes 10( ) outro 8( ) NR 12.1 Se outro, qual? ___________ 12.2 Por que escolheu essa (s) pessoa (s)? 1( ) para dividir o trabalho 2( ) para receber ajuda no trabalho 3( ) por uma questão de segurança 4( ) não tem com quem deixá-los 5 ( ) outro 8( ) NR 9( ) NSA (veio só) 12.3 Se outro motivo, qual? _________________________________________________________
13. Se trouxe os/as filhos(as) ou crianças sob sua guarda ao trabalho no carnaval:idade sexo: 1 = fem 2= mas função:
13.1 filha/o ou criança nº 1
13.2 filha/o ou criança nº 2
13.3 filha/o ou criança nº 3
13.4 filha/o ou criança nº 4
13.5 filha/o ou criança nº 5
13.6 filha/o ou criança nº 6
14. Utilizou os banheiros públicos do circuito? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) 14.1. As condições dessas instalações, na sua opinião, são: 1( ) muito boas 2( ) boas 3( ) aceitáveis ( ) ruins 5( ) péssimas 8( ) NR 9( ) NSA (não utilizou)
15. Utilizou os chuveiros públicos do circuito? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) 15.1. As condições dessas instalações, na sua opinião, são: 1( ) muito boas 2( ) boas 3( ) aceitáveis ( ) ruins 5( ) péssimas 8( ) NR 9( ) NSA (não utilizou)
16. Durante o carnaval, dorme: 1( ) no próprio negócio 2( ) em casa 3( ) outro 8( ) NR 16.1 Se outro, onde? ___________________________________ 16.2 Se traz os filhos, esses dormem: 1( ) no próprio negócio 2( ) em casa 3( ) outro 8( ) NR 16.3 Se outro, onde? _______________________________ 16.4 Condições do sono: 1( ) muito boas 2( ) boas 3( ) aceitáveis ( ) ruins 5( ) péssimas 8( ) NR 9( ) NSA (dorme em casa)
72
roteiro observação 2007 saúde.doc
17. Em relação a seus filhos, que serviço ou benefício lhe ajudaria a desempenhar sua atividade durante o carnaval? _______________________________________________________________________________
17.1 8( ) NR 9 ( ) NSA 10 Não sabe ( )
18. Se houvesse creches no circuito para deixar as/os filhas/os ou crianças sob sua guarda, as utilizaria? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 9( ) NSA (não tem filhos ou crianças sob sua guarda) 18.1 Se não, por quê? _______________________________________________________________________________________
19. Como se protegem19.1 Dos fiscais ___________________________________________________________________________19.2 Das intempéries ______________________________________________________________________19.3 Da polícia __________________________________________________________________________19.4 Da clientela inconveniente e/ou mau pagadora ______________________________________________
20. Procurou algum serviço público de atendimento? 1 ( ) sim 2 ( ) não 20.1. Caso sim, qual? 1( ) Posto de Saúde 2 ( ) Centro de Saúde 3 ( ) Posto da Polícia 4 ( ) DEAM 5 ( ) VIVER 6 ( ) Observatório 7 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou) 20.2. Motivo: 1 ( ) ferimentos 2 ( ) mal estar 3 ( ) agressão física 4 ( ) agressão verbal 5 ( ) agressão sexual 6 ( ) discriminação racial 7 ( ) discriminação homofóbica 10 ( )contracepção de emergência 11 ( ) denúncia de situação com terceiros 12 ( ) buscar preservativo 13 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 20.3 Se outro, qual? ___________________________ 20.4 O atendimento cumpriu a necessidade da demanda? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou)
21. Já sofreu violência durante os carnavais? 21.1Física: 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 21.2 Verbal: 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 21.3 Sexual: 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 21.4 Outro tipo de violência: 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 21.5 Se outra, qual? ________________________________________________
22. Esse(s) fato(s) foi/foram presenciado(s) por algum (a) policial? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 22.1 Caso sim, qual foi a reação desse (a) policial? 1 ( ) prendeu o agressor 2( ) advertiu verbalmente o agressor 3( ) não esboçou nenhuma reação 4( ) apenas separou o agressor da vítima 5( ) outra 8( ) NR 9( ) NSA (não foi presenciado) 22.2 Se outra, qual? _________________________________
23. Durante os carnavais, sentiu-se discriminada devido à sua cor / raça? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 23.1 Se sim, em qual situação? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________
24. Você é lésbica? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 24.1 Caso sim, já foi alguma vez discriminada ou agredida por causa de sua opção sexual? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
25. Conhece algum serviço de atenção a mulheres em situação de violência? 1( ) DEAM 2( ) VIVER 3( ) IPERBA 4( ) Casa Abrigo 5( ) Centro de Referência Loreta Valadares 6 ( ) Centro de Referência Lélia
Gonzalez 7 ( ) Centro de Referência Bahia sem Homofobia 10 ( ) outro 8 ( ) NR 25.1 Se outro, qual? ____________________________________________________________________
Observações e comentários da entrevistada: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Para aquelas que relataram episódio(s) de violência: Nome: ______________________________________Endereço: ________________________________________________________________________________Telefone (s): _______________________________ E-mail: ___________________________________
Observações e comentários da entrevistadora: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLVAnexo IV
Levantamento de Opinião - Cordeiras
Data da Entrevista: ___________ Turno: ___________ Local: ______________________ Entrevistadora: ________________________________________________ 1. Bloco / Trio______________________________________________________________2. Cor / raça: 1 ( ) branca 2 ( ) parda 3 ( ) preta 4 ( ) amarela 5 ( ) indígena 3. Idade: ____ (88 p NR)4. Profissão / Ocupação: _______________ 5. Escolaridade: 1 ( ) não estudou 2 ( ) fundamental incompleto 3 ( )
fundamental completo 4 ( ) médio incompleto 5 ( ) médio completo 6 ( ) cursando universidade 7 ( ) graduada 9 ( ) pós 8 ( ) NR 6. Bairro: ______________________ 7. Município _________________
74
roteiro observação 2007 saúde.doc8. N° de filhas/os ou crianças sob sua guarda : ______ Quantas/os têm de 0 a 5 anos? _ _ Quantas/os têm de 6 a 10
anos? _ _ Quantas/os têm de 11 a 15 anos? _ _ Quantas/os têm mais de 15 anos? _ _ 9. É chefe de família? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 10. Tem residência própria? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR
11. Relação com1 muito boa 2 boa 3 aceitável 4 ruim 5 péssima 8 NR
11.1 empregador ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.2 supervisor de bloco ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.3 polícia ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.4 colegas cordeiras ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.5 colegas cordeiros ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.6 foliões do bloco ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )11.7pipocas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Comentários________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. O Bloco contrata homens e mulheres? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 12.1 sabe quantos homens e quantas mulheres foram contratadas? 1 ( ) foram quantidades mais ou menos iguais de homens e mulheres 2( ) foram mais homens do que mulheres 3( ) foram mais mulheres do que homens 4( ) não sabe 8( ) NR 12.2 por que contrataram nessa proporção? 1( ) sei 2( ) não sei 8( ) NR 12.3 Se sabe, qual o motivo? __________________________________________________________
13. Homens e mulheres são tratados da mesma forma pelo bloco? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 14. Homens e mulheres têm pagamentos iguais? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 14.1 O pagamento é efetuado: 1( ) no
início 2( ) durante 3( ) após o percurso 8( ) RN 14.2. Como o supervisor checa quem tem a receber?____________________________________________
15. O Bloco oferece alimentação e água? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 15.2. Em que quantidade, freqüência e qualidade? ______________________________________________
16. O Bloco oferece a todas/os? 16.1 luvas 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 16.2 proteção para a cabeça 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 16.3 calçados 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 16.4 protetores de ouvido 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR
17. Você utiliza os equipamentos de proteção? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) NR 17.1 Por quê? ____________________________________________________________________________________________________
18. O Bloco oferece assistência jurídica, no caso de ocorrer algum fato durante o trabalho, no qual a cordeira esteja envolvida? 1 ( ) sim 2( ) não 3 ( ) 8( ) NR
19. Que banheiros utiliza? 1 ( ) públicos 2( ) do trio / bloco 8( ) NR 9( ) NSA (não vai ao banheiro) 19.1 As condições dessas instalações, na sua opinião, são: 1( ) muito boas 2( ) boas 3( ) aceitáveis 4( ) ruins 5( ) péssimas 8( ) NR 9( ) NSA (não utiliza banheiros)
20. Utilizou os chuveiros públicos do circuito? 1 ( ) sim 2( ) não 8( ) 21.1 As condições dessas instalações, na sua opinião, são: 1( ) muito boas 2( ) boas 3( ) aceitáveis ( ) ruins 5( ) péssimas 8( ) NR 9( ) NSA (não utilizou)
21. Procurou algum serviço público de atendimento? 1 ( ) sim 2 ( ) não 21.1 Caso sim, qual? 1( ) Posto de Saúde 2 ( ) Centro de Saúde 3 ( ) Posto da Polícia 4 ( ) DEAM 5 ( ) VIVER 6 ( ) Observatório 7 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou) 21.2 Motivo: 1 ( ) ferimentos 2 ( ) mal estar 3 ( ) agressão física 4 ( ) agressão verbal 5 ( ) agressão sexual 6 ( ) discriminação racial 7 ( ) discriminação homofóbica 10 ( )contracepção de emergência 11 ( ) denúncia de situação com terceiros 12 ( ) buscar preservativo 13 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 21.3 Se outro, qual? ___________________________ 21.4 O atendimento cumpriu a necessidade da demanda? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (não procurou)
22. Já sofreu violência durante os carnavais? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 22.1 Física: 1 ( ) sim 2 ( ) não 22.2 Verbal: 1 ( ) sim 2 ( ) não 22.3 Sexual: 1 ( ) sim 2 ( ) não 22.4 Outro tipo de violência:1 ( ) sim 2 ( ) não 22.5 Se outra, qual? ______________________________ _________________
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roteiro observação 2007 saúde.doc
23. Esse(s) fato(s) foi/foram presenciado(s) por algum (a) policial? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 23.1 Caso sim, qual foi a reação desse (a) policial? 1 ( ) prendeu o agressor 2( ) advertiu verbalmente o agressor 3( ) não esboçou nenhuma reação 4( ) apenas separou o agressor da vítima 5( ) outra 8( ) NR 9( ) NSA (não foi presenciado) 23.2 Se outra, qual? _________________________________
24. Durante os carnavais, sentiu-se discriminada devido à sua cor / raça? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 24.1 Se sim, em qual situação? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________
25. Você é lésbica? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR 25.1 Caso sim, já foi alguma vez discriminada ou agredida por causa de sua opção sexual? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
26. Conhece algum serviço de atenção a mulheres em situação de violência? 1( ) DEAM 2( ) VIVER 3( ) IPERBA 4( ) Casa Abrigo 5( ) Centro de Referência Loreta Valadares 6 ( ) Centro de Referência Lélia
Gonzalez 7 ( ) Centro de Referência Bahia sem Homofobia 10 ( ) outro 8 ( ) NR 26.1 Se outro, qual? ____________________________________________________________________
Observações e comentários da entrevistada: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Para aquelas que relataram episódio(s) de violência: Nome: ______________________________________Endereço: ________________________________________________________________________________Telefone (s): _______________________________ E-mail: ___________________________________
Observações e comentários da entrevistadora: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLVAnexo V
Levantamento de Opinião – Profissionais
Data da Entrevista: __/__/__ Turno: ___________ Entrevistadora: _______________________________
1. Serviço em que foi entrevistado/a: 1 ( ) polícia 2 ( ) saúde 1.1 Qual: _________________________
2. Categoria profissional: 1 ( ) delegado/a 2 ( ) agente de polícia 3 ( ) escrivã/ão 4 ( ) médico /a chefiando o plantão 5 ( ) médico plantonista 6 ( ) enfermeira/o 7 ( ) técnica/o de enfermagem 8 ( ) outro 2.1 Qual: ____________________________
3. Cor / raça: 1 ( ) branca 2 ( ) parda 3 ( ) preta 4 ( ) amarela 5 ( ) indígena 4. Idade: ____ (88 p NR)
5. O/A senhor/a gosta de trabalhar no carnaval? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR (não respondeu)
6. Como o/a senhor/a define o carnaval? 1 ( ) é uma festa 2 ( ) é uma confusão 8 ( ) NR (não sabe ou não respondeu)7. Como o/a senhor/a vê este serviço (a assistência policial / a assistência de saúde) no carnaval:
1 sim 2 nãoé de grande utilidade ( ) ( )é realizado com qualidade ( ) ( )o trabalho é o mesmo da rotina ( ) ( )exige capacitação diferenciada ( ) ( )
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roteiro observação 2007 saúde.doc
8. O/A senhor/a considera que as condições de trabalho durante o carnaval são: 1 ( ) adequadas 2 ( ) inadequadas 8 ( ) NR 8.1 Por que inadequadas? __________________________________________________________________________________________________________________________
9. O/A senhor/a considera que a forma de organização do trabalho durante o carnaval é: 1 ( ) adequada 2 ( ) inadequada 8 ( ) NR 9.1 Por que inadequada? ________________________ ______________________________________________________________________________________
10. O/A senhor/a considera que a remuneração do carnaval é: 1 ( ) suficiente 2 ( ) insuficiente 3 ( ) NR
11. O/A senhor/a acha que as mulheres sofrem mais violência que os homens durante o carnaval? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NRas/os homossexuais sofrem mais do que as/os heterossexuais? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NRas/os negras/os sofrem mais do que as/os não negras/as? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
12. Sobre a contracepção de emergência:1 sim 2 não 8 NR 1 sim 2 não 8 NR 9 NSA
12.1 já ouviu falar ( ) ( ) ( ) 12.4 sabe como se consegue? ( ) ( ) ( ) ( )12.2 sabe o quê é? ( ) ( ) ( ) 12.5 já orientou ou encaminhou? ( ) ( ) ( ) ( )12.3 já utilizou? (*) ( ) ( ) ( ) 12.6 já prescreveu? ( ) ( ) ( ) ( )(*) para os homens, se a companheira já utilizou
13. Sobre a Lei Maria da Penha:1 sim 2 não 8 NR 1 sim 2 não 8 NR
13.1 já ouviu falar ( ) ( ) ( ) 13.2 sabe do que trata? ( ) ( ) ( )
14. Sabe que existem serviços específicos para mulheres em situação de violência durante o carnaval? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
14.1 E no restante do ano, sabe que esses serviços existem? 1 ( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR
SÓ PARA POLICIAIS:15. Se o/a senhor/a vir uma mulher ser beijada à força: 1 ( ) deixa para lá porque é coisa de carnaval
2 ( ) deixa para lá porque entre homem e mulher ninguém se mete 3 ( ) espera para ver o resultado 4 ( ) interfere porque ela está sendo agredida 5 ( ) outra atitude 8 ( ) NR 9 ( ) NSA (para saúde)
15.1 Se outra, qual? _____________________________________________________________________
77
roteiro observação 2007 saúde.doc
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLVAnexo VI
Levantamento de Opinião – Usuárias
Data da Entrevista: __/__/__ Turno: ___________ Entrevistadora: _______________________________
1. Serviço em que foi entrevistada: ( ) 1.polícia ( ) 2. saúde 1.1 Qual: _________________________
2. Cor / raça: 1 ( ) branca 2 ( ) parda 3 ( ) preta 4 ( ) amarela 5 ( ) indígena 3. Idade: ____ (88 p NR)4. Profissão / Ocupação: _______________ 5. Escolaridade: 1 ( ) não estudou 2 ( ) fundamental incompleto 3 ( )
fundamental completo 4 ( ) médio incompleto 5 ( ) médio completo 6 ( ) cursando universidade 7 ( ) graduada 9 ( ) pós 8 ( ) NR
6. Bairro onde reside: ______________________ 7. Município onde reside ____________________
8. Condição da usuária: 1 ( ) foliã de bloco 2 ( ) foliã pipoca 3 ( ) foliã de camarote 4 ( ) cordeira 5 ( ) ambulante 6 ( ) policial 7 ( ) outra 8 ( ) NS/NR 8.1 Se outra, qual? ________________________
9. Por que procurou o serviço? 1 ( ) ferimentos 2 ( ) mal estar 3 ( ) agressão física 4 ( ) agressão verbal 5 ( ) agressão sexual 6 ( ) discriminação racial 7 ( ) contracepção de emergência 9 ( ) denúncia de situação com terceiros 10 ( ) outro 8 ( ) NR 9.1 Se outro, qual? ________________________________
10. O atendimento correspondeu a suas necessidades? 1( ) Sim 2 ( ) Não 7 ( ) Não sabe 8 ( ) NR11. Foi informada sobre a existência ou orientada a procurar: 1 sim 2 não 3 NR
11.1 serviço específico de atenção a mulheres em situação de violência ( ) ( ) ( )11.2 profilaxia para doenças sexualmente transmissíveis ( ) ( ) ( )11.3 contracepção de emergência ( ) ( ) ( )
12. Contracepção de emergência? 1 sim 2 não 8 NR 1 sim 2 não 8 NR
12.1 já ouviu falar ( ) ( ) ( ) 12.3 já utilizou? ( ) ( ) ( )78
roteiro observação 2007 saúde.doc12.2 sabe o quê é? ( ) ( ) ( ) 12.4 sabe como se consegue? ( ) ( ) ( )
13. (se procurou o serviço por conta de agressão): Esse(s) fato(s) foi/foram presenciado(s) por um(a)policial? 1( ) Sim 2 ( ) Não 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 13.1 Qual foi a reação desse(a) policial? 1 ( ) prendeu o agressor 2 ( ) advertiu verbalmente o agressor 3 ( ) não esboçou nenhuma reação 4 ( ) apenas separou o agressor da vítima 7 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 13.2 Se outra, qual? _______________________________________________________________________________________
14. Já havia procurado outro serviço público de atendimento neste carnaval? 1( ) sim 2 ( ) não 8 ( ) NR14.1 Caso sim, que tipo de serviço? 1( ) posto de saúde 2 ( ) centro de saúde 3 ( ) posto da polícia
4 ( ) DEAM 5 ( ) VIVER 6 ( ) observatório 7 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 14.2 Se outro, qual? ___________________________________________________________________
14.3 Motivo: 1 ( ) ferimentos 2 ( ) mal estar 3 ( ) agressão física 4 ( ) agressão verbal 5 ( ) agressão sexual 6 ( ) discriminação racial 7 ( ) discriminação homofóbica 10 ( )contracepção de emergência 11 ( ) denúncia de situação com terceiros 12 ( ) outro 8 ( ) NR 9 ( ) NSA 14.4 Se outro, qual? ______________________________________________________________________________________________
15. Já se sentiu discriminada devido à sua cor / raça, nos carnavais? 1( ) sim 2( ) não 8 ( ) NR15.1 Se sim, em qual situação? ______________________________________________________________
____________________________________________________________________ 8( ) NR 9 ( ) NSA
15.2 Já se sentiu discriminada devido à sua cor / raça, nos serviços? 1( ) sim 2( ) não 8 ( ) NR15.3 Se sim, em qual situação? ___________________________________________________________________________________________________________________________ 8( ) NR 9 ( ) NSA 15.4 Você é lésbica? 1( ) sim 2( ) não 8 ( ) NR 15.5 Já foi discriminada ou agredida por causa de sua opção sexual?
1( ) sim 2( ) não 8 ( ) NR NSA ( )
16. Conhece algum Serviço de Atenção a Mulheres em Situação de Violência? 1( ) DEAM 2( ) VIVER 3( ) IPERBA 4( ) Casa Abrigo 5( ) Centro de Referência Loreta Valadares 6 ( ) Centro de Referência Lélia
Gonzalez 7 ( ) Centro de Referência Bahia sem Homofobia 10 ( ) outro 8 ( ) NR 16.1 Se outro, qual? ____________________________________________________________________
Observações e comentários da entrevistada: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Para aquelas que relataram episódio(s) de violência: Nome: ______________________________________Endereço: ________________________________________________________________________________Telefone (s): _______________________________ E-mail: ___________________________________
Observações e comentários da entrevistadora: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLVAnexo VII
ROTEIRO PARA OBSERVAÇÃO EM POSTOS DE SAÚDE (nº: )
INFORMAÇÕES GERAIS:
Nome da Observadora: ________________________________ Data da observação ___/___/____ Turno: _________________________ Período da observação: de ____h a ____h Localização do Posto: _____________________________________________________________
1. O atendimento no posto está sendo realizado por (escreva o número de cada categoria):1.1 Médicos/as ____ 1.2 Enfermeiras/os ____ 1.3 Técnicas/os em Enfermagem ____ 1.4 Outros:____ 1.5 Se outros, que categorias? __________________________
As questões abaixo poderão, se for o caso, ter mais de uma alternativa assinalada.
2. O que você pode observar deste serviço quanto à(s) / ao(s):
2.1 ESPAÇO FÍSICO OFERECIDO PARA ATENDIMENTO: item de observação 1 sim 2 não item de observação 1 sim 2 não
2.1.1 permite privacidade no atendimento ( ) ( ) 2.1.4 o local é arejado ( ) ( )2.1.2 o som do carnaval atrapalha ( ) ( ) 2.1.5 espaço é suficiente para a demanda ( ) ( )2.1.3 o local é mantido limpo ( ) ( ) ( ) ( )
2.2 RECURSOS DE ATENDIMENTO:item de observação 1 sim 2 não item de observação 1 sim 2 não
2.2.1 atendimento informatizado ( ) ( ) 2.2.4 informativos impressos disponíveis ( ) ( )2.2.2 formulários impressos ( ) ( ) 2.2.5 encaminhamento para outros serviços ( ) ( )2.2.3 a orientação é só verbal ( ) ( ) 2.2.6 dispensação de medicamentos ( ) ( )
2.2.7 espaço para permanecer em observação ( ) ( )
3. ATENDIMENTO: 3.1 Número de mulheres atendidas no período observado: ____ 3.2 Tempo médio de atendimento: ____ m 4. NO GERAL, O ATENDIMENTO NO POSTO OBSERVADO FOI:
1 ( ) Ótimo 2 ( ) Bom 3 ( ) Regular 4 ( ) Ruim 5 ( ) Péssimo
80
Cara observadora,• Identifique-se ao responsável do Posto; • Posicione-se de modo que não atrapalhe o atendimento no serviço;• Evite emitir opiniões sobre o atendimento e a relação entre as pessoas envolvidas;• Não interfira nos procedimentos dos funcionários;• Observe e preencha este formulário com atenção, ética e sem esboçar juízo de valor a
respeito das questões levantadas.• Solicite da coordenação do Posto, se possível, o acesso às mulheres atendidas que se
encontram em situação de violência, além das informações pertinentes a esses atendimentos.
roteiro observação 2007 saúde.doc5. Durante a observação:
81
roteiro observação 2007 saúde.doc
5.1 itens procurados no posto 1 sim 2 não 5.2 itens fornecidos pelo posto 1 sim 2 nãocontracepção de emergência ( ) ( ) contracepção de emergência ( ) ( )prescrição p contracepção de emergência
( ) ( ) prescrição p contracepção de emergência ( ) ( )
informações sobre contracepção de emergência
( ) ( ) informações sobre contracepção de emergência ( ) ( )
preservativos ( ) ( ) preservativos ( ) ( )outras medicações ( ) ( ) outras medicações ( ) ( )
Usuária 1 11Tempo de atendimento: _________ minutos12 Idade: _____ 99 ( ) NR 13 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
14 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
15 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )15.1 Se outra, qual? ___________________________________________________________________
16 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não16.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
17 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 2 21 Tempo de atendimento: _________ minutos22 Idade: _____ 99 ( ) NR 23 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
24 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
25 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )25.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
26 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não26.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
27 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
82
roteiro observação 2007 saúde.doc
Usuária 3 31 Tempo de atendimento: _________ minutos32 Idade: _____ 99 ( ) NR 33 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
34 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
35 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )35.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
36 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não36.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
37 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 4 41 Tempo de atendimento: _________ minutos42 Idade: _____ 99 ( ) NR 43 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
44 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
45 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )45.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
46 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não46.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
47 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 5 51 Tempo de atendimento: _________ minutos52 Idade: _____ 99 ( ) NR 53 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
54 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
55 Atitude da pessoa da recepção:
83
roteiro observação 2007 saúde.doc
atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 nãoacolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )55.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
56 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não56.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
57 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 6 61 Tempo de atendimento: _________ minutos62 Idade: _____ 99 ( ) NR 63 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
64 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
65 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )65.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
66Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não66.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
67 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
84
roteiro observação 2007 saúde.doc
Observatório da discriminação racial e da violência contra a mulher – Carnaval 2007, Salvador
SEDH / SEPROMI / CMF – SSP Ba / SPM / SEMUR / CRLVAnexo VIII
ROTEIRO PARA OBSERVAÇÃO EM POSTOS DE POLÍCIA (nº )
INFORMAÇÕES GERAIS:
Nome da Observador/a: ______________________________ Data da observação ___/___/____ Turno: _________________________ Período da observação: de ____h a ____h Localização do Posto: _____________________________________________________________
1. O atendimento no posto está sendo realizado por (escreva o número de cada categoria):1.1 delegados/as ____ 1.2 agentes de polícia ____ 1.3 escrivãos/as ____ 1.4 Outros:____ 1.5 Se outros, que categorias? __________________________
As questões abaixo poderão, se for o caso, ter mais de uma alternativa assinalada.
2. O que você pode observar deste serviço quanto à(s) / ao(s):
2.1 ESPAÇO FÍSICO OFERECIDO PARA ATENDIMENTO: item de observação 1 sim 2 não item de observação 1 sim 2 não
2.1.1 permite privacidade no atendimento ( ) ( ) 2.1.4 o local é arejado ( ) ( )2.1.2 o som do carnaval atrapalha ( ) ( ) 2.1.5 espaço é suficiente para a demanda ( ) ( )2.1.3 o local é mantido limpo ( ) ( ) ( ) ( )
2.2 RECURSOS DE ATENDIMENTO:item de observação 1 sim 2 não item de observação 1 sim 2 não
2.2.1 atendimento informatizado ( ) ( ) 2.2.4 informativos impressos disponíveis ( ) ( )2.2.2 formulários impressos ( ) ( ) 2.2.5 encaminhamento para outros serviços ( ) ( )2.2.3 a orientação é só verbal ( ) ( ) 2.2.6 dispensação de medicamentos ( ) ( )
2.2.7 espaço para permanecer em observação ( ) ( )
3. ATENDIMENTO: 3.1 Número de mulheres atendidas no período observado: ____ 3.2 Tempo médio de atendimento: ____ m 4. NO GERAL, O ATENDIMENTO NO POSTO OBSERVADO FOI:
1 ( ) Ótimo 2 ( ) Bom 3 ( ) Regular 4 ( ) Ruim 5 ( ) Péssimo
85
Cara/o observador/a,• Identifique-se ao policial que está no comando do Posto; • Posicione-se de modo que não atrapalhe o atendimento no serviço;• Evite emitir opiniões sobre o atendimento e a relação entre as pessoas envolvidas;• Não interfira nos procedimentos dos funcionários;• Observe e preencha este formulário com atenção, ética e sem esboçar juízo de valor a
respeito das questões levantadas.• Solicite do comando do Posto, se possível, o acesso às mulheres atendidas que se
encontram em situação de violência, além das informações pertinentes a esses atendimentos.
roteiro observação 2007 saúde.doc
Usuária 1 11Tempo de atendimento: _________ minutos12 Idade: _____ 99 ( ) NR 13 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
14 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
15 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )15.1 Se outra, qual? ___________________________________________________________________
16 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não16.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
17 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 2 21 Tempo de atendimento: _________ minutos22 Idade: _____ 99 ( ) NR 23 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
24 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
25 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )25.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
26 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não26.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
27 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 3 31 Tempo de atendimento: _________ minutos32 Idade: _____ 99 ( ) NR 33 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
34 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
35 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )35.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
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roteiro observação 2007 saúde.doc
36 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não36.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
37 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 4 41 Tempo de atendimento: _________ minutos42 Idade: _____ 99 ( ) NR 43 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
44 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
45 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )45.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
46 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não46.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
47 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
Usuária 5 51 Tempo de atendimento: _________ minutos52 Idade: _____ 99 ( ) NR 53 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
54 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
55 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )55.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
56 Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não56.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
57 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Usuária 6 61 Tempo de atendimento: _________ minutos62 Idade: _____ 99 ( ) NR 63 Cor / raça: 1 ( ) Branca 2 ( ) Parda 3 ( ) Preta 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
64 Motivo de busca do atendimento: 1 ( ) violência física 2 ( ) violência moral 3 ( ) violência sexual4 ( ) outro Qual? ____________________________________
65 Atitude da pessoa da recepção:atitude 1 sim 2 não atitude 1 sim 2 não
acolhedora ( ) ( ) respeitosa (quanto à privacidade) ( ) ( )atenciosa ( ) ( ) agressiva ( ) ( )indiferente ( ) ( ) resolutiva ( ) ( )hostil ( ) ( ) outra ( ) ( )65.1 Se outra, qual? _______________________________________________________________
66Percebeu julgamento por parte dos profissionais para com a mulher atendida? 1( ) sim 2( ) não66.1 Caso sim, exemplifique: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________
67 Percebeu algum tipo de preconceito / julgamento para com as mulheres com relação a: 1 ( ) raça / cor 3 ( ) naturalidade 5 ( ) idade 7 ( ) orientação sexual 9 ( ) folia de bloco 2 ( ) classe social
4 ( ) nacionalidade 6 ( ) foliã pipoca 8 ( ) foliã de camarote 10 ( ) não se percebe
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Governo do Estado da Bahia – SEPROMI Anexo IXPrefeitura Municipal de Salvador – SPM e SEMUR
OBSERVATÓRIO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL E DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
CARNAVAL 2007
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AS PESQUISADORAS
• Apresente-se ao Posto de trabalho com 10 minutos de antecedência. Isso evitará transtornos na organização da dupla e facilitará o repasse de informações e orientações sobre o trabalho a ser desenvolvido.
• Para aquelas que desejarem, haverá transporte de ida e volta a partir do Centro de Referência Loreta Valadares para o Observatório da discriminação racial e da violência contra as mulheres.
• Não tragam objetos de valor nem volumes extras. As pesquisadoras receberão sacolas no primeiro dia de trabalho para transportar os ítens necessários.
• O material de trabalho e os instrumentos de pesquisa serão entregues, diariamente, no Posto do Observatório. Organize seu material antes de iniciar o trabalho.
• Ao início e término de cada jornada de trabalho, não se esqueça de assinar a folha de freqüência.
• Durante o trabalho de pesquisa, cuide de sua saúde. Proteja-se do sol, utilizando protetor solar, boné ou chapéu. Tome água em abundância e alimente-se com regularidade. Vista-se com roupas leves e calçados confortáveis, pois a jornada requer esforço físico.
• Aborde as pessoas com gentileza. Explique o propósito do trabalho e peça consentimento antes de iniciar as observações e entrevistas.
• Se houver recusa, não insista. Busque a próxima oportunidade.
• Os instrumentos devem ser preenchidos com atenção e precisão. No caso de dúvida faça contato com a coordenação da pesquisa com a maior brevidade possível
• Não se esqueça de agradecer ao final das entrevistas / observação. Entregue o material de divulgação disponível, solicitando que sejam lidos em suas casas. Coloque os organismos responsáveis pelo trabalho à disposição de todas.
• No caso de relato de episódios de violência doméstica e sexual, procure saber nome e telefone das mulheres, para que esses contatos possam ser mantidos para um futuro atendimento.
• Procure conversar com as entrevistadas de rua em vias secundárias para garantir a não interrupção das entrevistas durante as passagens dos trios e maior atenção por parte das pessoas.
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roteiro observação 2007 saúde.doc
• Ao final de cada dia, os questionários, roteiros de observação e o quadro síntese de atividades diárias devem ser entregues no Posto do Observatório devidamente conferidos.
• Não aceite provocações e não se envolva em episódios de violência. Se for necessário, acione a tropa feminina da PM que colaborará com o Observatório, durante o carnaval, ou busque ajuda com o policial e/ou posto da polícia mais próximo.
• Todas trabalharão em duplas. Lembre-se que toda ajuda é bem vinda. Trabalhe em colaboração com a parceira levando em conta que ambas têm experiências e que estas podem ser diversas entre si.
• O mínimo não é o máximo. Toda pessoa receberá uma cota mínima de instrumentos a serem preenchidos, porém, esse critério deverá ser compatibilizado com o horário mínimo de trabalho. Preenchida a sua cota e tendo tempo ainda disponível, avance no número de entrevistas.
• As pessoas identificadas como pesquisadoras deverão manter uma postura profissional e não de foliãs. A sua função na festa, durante o período de trabalho, deve se ater somente à pesquisa.
Obrigada pela contribuição. O seu trabalho é de muita importância para a definição de políticas públicas para as mulheres.
Boa sorte!Bom trabalho!
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roteiro observação 2007 saúde.doc
CARNAVAL, VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, RACISMO E HOMOFOBIA,NA OPINIÃO DE QUEM FAZ A FESTA
Salvador, Carnaval de 2007
ANEXO X – Tabelas
Tabela 1 - número de questionários realizados
tipo / grupoquantidade diferença
realizada no banco
cordeiras 185 188 + 3 corrigida
ambulantes 187 190 + 3 corrigida
folionas 647 561 - 86 (6,6%)foliões 154 135 - 19 (1,5%)
usuárias 40 39 - 1 (0,07%)profissionais 82 79 - 3 (0,23%)
totais 1295 1192 - 109 (8%)
Tabela 2 - distribuição dos grupos segundo cor/raça declarada
tipo / grupocor / raça declarada
branca parda negra amarela indígena s.i.Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
totais
cordeiras 8 4 90 49 80 43 2 1 0 0 5 3 185ambulantes 11 6 67 36 93 50 2 1 1 1 13 7 187
folionas 133 24 209 37 182 32 11 2 10 2 16 3 561foliões 21 16 45 33 57 42 3 2 8 6 1 1 135
usuárias 7 18 17 44 13 33 0 0 0 0 2 5 39profissionais 14 18 32 41 24 30 2 3 2 3 5 6 79
totais 194 16 460 39 449 38 20 2 21 2 42 4 1186
Tabela 3 - distribuição dos grupos segundo idade
tipo / grupofaixa etária
10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e + s.i./n.r.Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
totais
cordeiras 14 8 70 38 44 24 31 17 15 8 2 1 6 3 3 2 185ambulantes 13 7 44 24 54 29 38 20 16 9 6 3 3 2 13 7 187
folionas 87 16 243 43 112 20 70 12 14 2 2 0 1 0 32 6 561foliões 3 2 53 39 32 24 22 16 14 10 3 2 0 0 8 6 135
usuárias 6 15 15 38 10 26 3 8 2 15 0 0 0 0 3 8 39profissionais 0 0 11 14 15 19 19 24 13 16 1 1 0 0 20 25 79
totais 123 10 436 37 267 23 183 15 74 6 14 1 10 1 79 7 1186s.i./n.r. = sem informação / não respondeu
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roteiro observação 2007 saúde.doc
Tabela 5 - Distribuição percentual das pessoas entrevistadas segundo escolaridade. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N=1.109
grupo S.I. não estudou
fundamental incompleto
fundamental completo
médio incompleto
médio completo
cursando universidade graduada pós
graduada TOTAL
ambulantes - nº 14 21 68 19 27 38 0 0 0 187
% 7 11 36 10 14 20 0 0 0 100cordeiras -
nº 11 8 108 18 27 16 0 0 0 188
% 6 4 57 10 14 9 0 0 0 100folionas - nº 32 7 38 16 74 178 103 86 27 561
% 6 1 7 3 13 32 18 15 5 100foliões - nº 3 0 17 7 14 44 15 25 10 135
% 2 0 13 5 10 33 11 19 7 100usuárias -
nº 1 0 6 2 7 10 5 6 2 39
% 3 0 15 5 18 26 13 15 5 100
TOTAL60 36 237 62 149 286 123 117 39 11095 3 21 6 13 26 11 11 4 100
Tabela 6 – Número e percentagem das ambulantes que são chefes de família, por faixa etária. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 187
Tabela 7 – Número e percentagem de ambulantes que possui residência própria. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 187
Tabela 8 – Número e percentagem do tipo de negócio (ambulantes). Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007. N = 187
Tabela 9 - Relação entre propriedade e tipo de negócio próprio. Ambulantes, Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.N = 187
tipo do negócio Nº %balcão/barraca 31 17
isopor 112 60outro 32 17S.I. 12 6
totais 187 100
Tipo do Negocio S.I. sim não TOTAL
S.I. 4 / 33% 7 / 59% 1 / 8% 12balcão / barraca 5 / 16% 23 / 74% 3 / 10% 31
isopor 20 / 18% 76 / 68% 16 / 14% 112outro 3 / 9% 24 / 75% 5 / 16% 32
TOTAL 32 / 17% 130 / 69% 25 / 13% 187
92
Faixa etária S.I. sim não TOTAL10 a 19 anos 0 4 9 1320 a 29 anos 0 23 21 4430 a 39 anos 0 38 16 5440 a 49 anos 0 32 6 3850 a 59 anos 0 14 2 1660 a 69 anos 0 6 0 670 anos e + 0 3 0 3
S.I. 2 8 3 13
TOTAL e % 21%
12868%
5730%
187100%
Faixa etária S.I. sim não TOTAL10 a 19 anos 2 6 5 1320 a 29 anos 3 21 20 4430 a 39 anos 2 41 11 5440 a 49 anos 0 30 8 3850 a 59 anos 0 14 2 1660 a 69 anos 0 5 1 670 anos e + 0 2 1 3
S.I. 3 6 4 13
TOTAL e % 105%
12567%
5228%
187100%
roteiro observação 2007 saúde.doc
Tabela 10 - Relações com órgãos públicos e clientela. Ambulantes. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo SESP Polícia Vig.Sanitária Clientelarelação nº % nº % nº % nº %Muito boas 16 9 20 11 20 11 41 22Boas 78 42 115 61 97 52 102 55Aceitáveis 36 19 29 16 23 12 25 13Ruins 11 6 5 3 4 2 8 4Péssimas 15 8 6 3 12 6 3 2NSA + S.I. 31 16 12 6 31 17 8 4Totais 187 100 187 100 187 100 187 100
Tabela 11 – Condição de chefe de família entre ambulantes e cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 12 – Propriedade de residência entre ambulantes e cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo cordeiras Ambulantes
é chefe? Nº % Nº %
Sim 111 59 128 68
Não 66 35 57 31N.I. / N.R. 11 6 2 1
Total 188 100 187 100
grupo cordeiras ambulantes
possui? Nº % Nº % Sim 119 63 125 67
Não 58 31 52 28N.I. / N.R. 11 6 10 5
Total 188 100 187 100
Tabela 13 – Distribuição das folionas e foliões, segundo condição ou espaço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 14 - Distribuição das usuárias, segundo condição ou espaço. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Condição Nº %S.I. ou N.R. 10 25
outro 5 13foliã de bloco 5 13foliã pipoca 19 49
Total 39 100
Tabela 15 – Distribuição dos profissionais entrevistado segundo setor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
1. Serviço em que foi entrevistado/a Nº %S.I. 2 31-policia 46 582-saúde 31 39Total 79 100
93
Condição S.I. fem mas totalS.I. 28 / 42,4 11 / 2,0 2 / 1,5 41 / 5,4
camarote 10 / 15,2 59 / 10,5 30 / 22,2 99 / 13,0pipoca 22 / 33,3 312 / 55,6 63 / 46,7 397 / 52,1bloco 6 / 9,1 179 / 31,9 40 / 29,6 225 / 29,5
TOTAL 66 / 100 561 /100 135 /100 762 / 100
roteiro observação 2007 saúde.doc
Tabela 16 – Distribuição das folionas e foliões segundo o que gostam na festa do Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo S.I. feminino Masculino TOTAL
gosta de n % n % n % n %paqueras 0 0 8 1 2 1 10 1namoros 0 0 2 0 3 2 5 1
alegria da festa 24 36 329 59 85 63 438 57músicas 5 8 71 13 14 10 90 12dançar 3 5 27 5 2 1 32 4
trios elétricos 3 5 82 15 12 9 97 13blocos afro 2 3 12 2 3 2 17 2
bebidas 0 0 1 0 1 1 2 0drogas 0 0 0 0 1 1 1 0outro 1 2 19 3 5 4 25 3
S.I. / N.R. / N.S.A. 28 42 10 2 7 5 45 6TOTAL 66 100 561 100 135 100 762 100
Tabela 17 - Distribuição das folionas e foliões segundo o que gostam na festa do Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo S.I. feminino masculino TOTALnão gosta de nº % nº % nº % nº %
discriminação racial 0 0 12 2,1 7 5,2 19 2,5multidão 6 9,1 29 5,2 5 3,7 40 5,2barulho 2 3 6 1,1 0 0 8 1brigas 22 33 282 50,3 43 31,9 347 45,5
infra-estrutura 5 7,6 18 3,2 7 5,2 30 3,9dificuldade de acesso 1 1,5 12 2,1 6 4,4 19 2,5
tratamento recebido dos agentes públicos 1 1,5 16 2,9 14 10,4 31 4,1
violência contra as mulheres 3 4,5 107 19,1 31 23 141 18,5outro 2 3 56 10 14 10,4 72 9,4
s.i. / n.r / nsa 0 0 23 4,2 8 5,9 55 7,2TOTAL 66 100 561 100 135 100 762 100
Tabela 18 – Relações dentro de fora do bloco. Cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo empregador supervisor as colegas os colegas pipocas Políciarelação nº % nº % nº % nº % nº % nº %Muito boas 20 11 11 6 34 18 30 16 6 3 19 10Boas 98 52 51 27 112 60 112 60 64 34 98 52Aceitáveis 27 14 36 19 24 13 27 14 34 18 30 16Ruins 14 7 11 6 6 3 7 4 39 21 15 8Péssimas 19 10 54 29 4 2 3 2 32 17 13 7NSA + S.I. 10 5 25 13 8 4 9 5 13 7 13 7Totais 188 100 188 100 188 100 188 100 188 100 188 100
Tabela 19 - Relação entre gostar ou não do Carnaval e a forma como define a festa. Profissionais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
94
roteiro observação 2007 saúde.doc
Tabela 20 - Distribuição de entrevistados segundo a utilização de banheiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.grupo ambulantes folionas foliões
utiliza os banheiros públicos?
nº % nº % nº %
sim 97 52 348 62 86 64não 81 43 207 37 38 28N.R. / S.I. 9 5 6 1 11 8
totais 187 100 561 100 135 100
gosta de trabalhar no carnaval? é uma festa é uma confusão NR S.I. TOTALsim 55 4 5 0 64não 5 7 1 0 13S.I. 0 0 0 2 2
TOTAL 60 11 6 2 79
95
Tabela 21 - Distribuição de entrevistados segundo a condição dos banheiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.grupo ambulantes folionas foliões
condições banheiros nº % nº % nº %
muito boas 2 1 4 1 3 2
boas 16 9 32 6 15 11
aceitáveis 21 11 52 9 20 15
ruins 9 5 42 7 16 12
péssimas 59 32 226 40 42 31
N.S.A. / S.I. 80 43 205 37 39 29
totais 187 100 561 100 135 100
Tabela 21 A- Distribuição de entrevistados segundo a condição dos banheiros públicos, retirados N.S.A. / S.I.. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes folionas foliõescondições banheiros nº % nº % nº %
muito boas 2 2 4 1 3 3
boas 16 15 32 9 15 16
aceitáveis 21 20 52 15 20 21
ruins 9 8 42 12 16 17
péssimas 59 55 226 63 42 44
totais 107 100 356 100 96 100
Tabela 22 - Distribuição das cordeiras segundo banheiro que utiliza. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tipo de banheiro nº %públicos 82 44do trio / bloco 83 44N.R. / S.I. 23 12totais 188 100
Tabela 22 A - Distribuição das cordeiras, segundo condição do banheiro que utilizam. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
tipo do banheiro si / nr / nsa públicos do trio/bloco TOTAL
condições nº % nº % nº % nº %
muito boas 0 0 0 0 5 6 5 3
boas 1 7 4 5 34 41 39 21
aceitáveis 0 0 10 12 14 17 24 13
ruins 0 0 7 9 5 6 12 6
péssimas 2 14 51 62 11 13 64 34
nr / nsa / si 11 79 10 12 14 17 44 23
TOTAL 14 100 82 100 83 100 188 100
Tabela 23 – Distribuição de ambulantes e cordeiras segundo utilização de chuveiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes cordeiras totalutiliza? nº % nº % nº %
sim 11 6 4 2 15 4não 163 87 172 91 335 89si / nr 13 7 12 6 25 7total 187 100 188 100 375 100
Tabela 23 A – Distribuição de ambulantes e cordeiras segundo a condição dos chuveiros públicos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupos ambulantes cordeiras totalcondição nº % nº % nº %
muito boas 2 1 0 0 2 1boas 3 2 0 0 3 1aceitáveis 4 2 1 1 5 1ruins 0 0 3 2 3 1péssimas 1 1 2 1 3 1si / nsa / nr 177 95 182 97 359 96
Totais 187 100 188 101 375 100
Tabela 24 - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo utilização de serviços de saúde ou de polícia. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes cordeiras folionas foliões totalprocurou? nº % nº % nº % nº % nº %
sim 19 10 16 9 40 7 31 23 106 10não 147 79 162 86 495 88 100 74 904 84si / nr / 21 11 10 5 26 5 4 3 61 6totais 187 100 188 100 561 100 135 100 1071 100
Tabela 24 A - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo tipo de serviço utilizado. Carnaval: violência contra a mulher,
racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes cordeiras folionas foliões totalqual serviço? nº % nº % nº % nº % nº %posto / centro de saúde 15 8 12 6 25 4 16 12 68 6posto da polícia 2 1 1 1 9 2 11 8 23 2outro 2 1 1 1 6 1 2 1 11 1si / nr / nsa 168 90 174 93 521 93 106 79 969 90totais 187 100 188 100 561 100 135 100 1071 100
Tabela 24 B - Distribuição percentual das/os entrevistadas/os segundo motivo da procura aos serviços. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes cordeiras folionas foliões usuárias totalqual serviço? nº % nº % nº % nº % nº % nº %ferimentos 4 21 1 8 2 6 3 10 10 27 10 11
mal estar 10 53 9 75 12 36 8 28 11 30 39 42
agressão física 1 5 0 0 6 18 5 17 5 14 12 13agressão verbal 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 1 1
denúncia de situação de terceiros 0 0 1 8 4 12 1 3 1 3 6 6
buscar preservativo 0 0 0 0 2 6 2 7 0 0 4 4outro 4 21 1 8 7 21 9 31 10 27 21 23
totais parciais 19 100 12 100 33 100 29 100 37 100 93 100si / nr / nsa 168 176 528 106 2 980total geral 187 188 561 135 39 1110
Tabela 25 – Distribuição das respostas (abertas) das ambulantes à pergunta: Como se protegem dos fiscais? Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
nº %s.i. 17 9ando regular / apresento licença / com licença / apresento documentação 31 17boa / é tranqüilo / não foi preciso / não há agressões / não há necessidade / não há problema / não preciso me proteger / não me escondo / não escondo nada / fica quieta, tranqüila / não tem porque proteger / eles só estão fazendo o trabalho / não teve atrito com eles / tudo bom / deixa acontecer / deixo eles fiscalizarem / não incomodam pq é área livre / do jeito q deus quer,não temos problemas não
42 22
com conversa / diálogo / meu marido negocia com eles / discute / procura negociar 20 11Correndo / desciam pela praia fugindo / fugindo deles / me escondo / os amigos vem avisar /sai do lado que não tem fiscal / quando vejo q eles vem, eu tiro a caixa porque o isopor é emprestado /coloca depois que passa / mudando de ponto / a gente tem que circular quando eles não estão aqui
17 9
eles não abordam / não abusam / não incomodam / não aparecem / não apareceu nenhum fiscal / não está tendo fiscalização / nunca apareceu / aqui fica tudo limpinho / fica tudo limpo / mantenho tudo limpo / limpeza, não fazendo coisas erradas / tudo correto na minha barraca ainda não foi fiscalizada / eles não vem até aqui / não viu
22 12
esconde as mercadorias / guarda a mercadoria / não deixo levarem minha mercadoria e vou embora /levanto cedo com minha caixa de isopor / durante o dia, o isopor fica lá em cima à noite o isopor fica com ela nas costas / escoltando minha mercadoria
7 4
não sabe. 1a vez que trabalha no carnaval / não sabe / não tem o que dizer / sem comentário / nunca passou pela situação 6 3
não vende o que não pode / obedecendo as regras / procura fazer o que é exigido / respeita as regras / respeitando, seguindo as normas / coloca no lugar que pode / estando no lugar correto / procura obedecer, o fato de ser mulher facilita são mais educadas / vai ate eles perguntar o que é permitido fazer / estou de acordo com o que eles mandam / aqui fica tudo limpinho / fica tudo limpo / mantenho tudo limpo / limpeza, não fazendo coisas
21 11
erradas / tudo correto na minha barracaoutros (não vota no mesmo grupo / fico atenta / faz amizade / eles não querem nem conversar) 4 2total 187 100
Tabela 26 – Distribuição das respostas (abertas) das ambulantes à pergunta: Como se protegem dos policiais? Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
nº %s.i. 29 16a polícia que me protege / eles devem proteger a gente / está para nos proteger / tomou conta de mim / acha que a protege 7 4
agindo certo e não permitindo nada de errado / evitando problema, trabalhando certo / evitando confusão / fico na minha, faço meu serviço com responsabilidade / não fico no meio das brigas 5 3
a polícia não incomoda / eles ñ bolem c/ ninguém e a gente ñ bole c/ eles / não abusa / não tem problema com a polícia / não aparece / não tem confusão com a polícia / não se aplica / não teve problema 67 36
com conversa / diálogo 12 6eu fico no meu lugar / fico distante / evito estar por perto / não aborda / passa longe / procuro ficar distante / se afasta 14 7
nada a declarar / não tem o que dizer / não sei / não sei 1ª vez no carnaval / nem sei / sem comentário 8 4não deve nada à polícia / nunca precisou / não precisa 9 5Não me escondo / não se protege / não vê risco / não tem necessidade / não preciso / não a teme 20 11não sei, só sei que são terríveis / não tem jeito, eles são ignorantes / tem medo, são grosseiros 4 2Normal / tudo bem / sou indiferente / nunca teve / não tenho nada contra 5 3péssima 3 2Outros (procura seus direitos / se estiver errada / eles não, nem seguranças, está ótimo são meus amigos, quando eles vêm comprar eu sempre ñ cobro) 4 2
total 187 100Tabela 27 – Distribuição das respostas (abertas) das ambulantes à pergunta: Como se protegem da clientela incoveniente e/ou mau pagadora? Carnaval:
violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Nº %sem informação 22 12a clientela paga / é difícil acontecer / isto não acontece / nunca aconteceu / eles pagam mas choram no preço / não incomodam / não tem esta clientela / não tem este problema / não tem o que dizer /
61 33
a policia / chama a polícia / raramente acontece. se for o caso, chama a policia 24 13cobra adiantado / pego logo o dinheiro / não dou a mercadoria se não der o dinheiro / quem não paga não come 13 7
com a lábia / conversa / diálogo / bom relacionamento / paciência / contorna a situação / discute / não tem ninguém que uma conversa não amanse / sei negociar / tento conversar / levo na esportivaeles chegam com a gaiatice, é chato, mas a gente leva no ritmo do carnaval / meu marido tb. negocia
26 14
até dou para ir embora / deixa para lá / as vezes é melhor perder um pouco, que sofrer uma penalidade / deus te acompanhe / evita discutir / não discute / relevo / mando sairnão ligo para evitar briga / não faço nada a polícia não interfere mesmo, xingo mas deixo pra lá / tento não me irritar e deixo para lá / sem problemas / não revida / deixo passar / saio do local / procura não atender
26 14
outros ( depende da quantidade do dinheiro, se não eu mesmo resolvo / faço abatimento, mas me pagam / quando reclamam que está caro, a gente faz menor / meu filho resolve / não dando vacilo, ficar ligada / não temos com ser ressarcida desses prejuízos pois eles saem q não percebemos / poucos clientes / uma cliente quebrou a caixa e pagou / usa a política da boa vizinhança / vai ficar atenta com notas falsas
15 8
total 187 100
Tabela 28 – Distribuição das respostas (abertas) das ambulantes à pergunta: Como se protegem das intempéries? Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
19.2 das intempéries: nº %s.i. / sem comentário 33 18barraca / a barraca protege / a barraca tem cobertura / armou barraca / cobre a barraca 15 8 Não entendeu a pergunta respostas sem sentido (agride a pessoa que tenta me agredir / Aqui na esquina tudo é tranqüilo / atenção / chamando polícia / com bombeiros / com conversa / Diálogo / com papo / evita confusão / temos que agir curto e grosso / fico alerta proteção de deus e dos policiais / procura agir de perto / procura lugar mais tranqüilo
32 17
cobertura de lona 8 4coloco uma sombrinha / sombreiro / guarda chuva / guarda sol / eu trago um sombreiro mas não é bom / debaixo das árvores, guarda sol 34 18
coloquei um plástico / da chuva usa plástico,do sol, boné 12 6com as coisas que trazem de casa / como pode - traz cobertores e coberturas 3 2Corre (para uma proteção: árvore, marquise, bar, lugar emprestado, se esconde / onde não molha 19 10estamos dispostos para lidar com a situação / fica exposta / nada / não incomoda / não se protege não tem jeito / toma chuva e sol 17 9
estou protegida com a cobertura / proteção através de toldo 2 1eu guardo tudo no apartamento / vou para casa 2 1não há / nunca aconteceu / nunca teve problemas / protetores 4 2não sabe. 1a vez que trabalha no carnaval 6 3total 187 100
Tabela 29 – Distribuição das/os entrevistadas/os segundo satisfação com o atendimento recebido. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
grupo ambulantes cordeiras folionas foliões usuárias totaisprocurou? nº % nº % nº % nº % nº % nº %
sim 15 83 12 92 23 74 20 69 33 85 70 77não 3 17 1 8 8 26 9 31 2 5 21 23total parcial 18 100 13 100 31 100 29 100 35 87 91 100si / nr / 169 175 530 106 4 984
totais 187 188 561 135 39 1110
Tabela 30 – Distribuição das ambulantes segundo a pessoa com quem tinham vindo para a festa e razão para ter trazido essa pessoa. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
S.I. (sem informação)
Para dividir
trabalho
Para receber ajuda
no trabalho
Por uma questão
de Segurança
Não tem com
quem deixá-
losOutro
motivo NSA TOTAL %S.I. (sem
informação) 6 0 0 0 0 0 0 6 3Veio só 16 0 0 0 0 0 8 24 13Outro 5 9 6 2 0 2 0 24 13Mãe 1 8 2 0 2 0 0 13 7Pai 0 1 2 0 0 0 0 3 2
Namorado(a) 1 1 1 0 0 0 0 3 2
Marido 5 17 10 4 0 2 0 38 20
Filhos(as) 3 / 3%18 /
44%15 /
37% 2 / 5% 3 / 7% 0 0 41 22Outros parentes 2 15 15 1 0 2 0 35 19
TOTAL nº 39 69 51 9 5 6 8 187 100 % 22,1 36,3 26,8 4,7 2,6 3,2 4,2 100
Tabela 31 – Distribuição das ambulantes segundo idade e uso de creche – se houvessem nos circuitos. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
(*) – não tem filhos com filhos 106 dessas 63% utilizaria as creches
Tabela 32 – Serviços ou benefícios que ajudariam as ambulantes a desempenhar suas atividades durante o Carnaval. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Nº %S.I. (sem informação) 108 58a existência de uma creche / local para tomar banho e almoçar / alguém que tomasse conta, ou outro lugar com segurança / um lugar para colocá-los / espaço de recreação / utilizando para o neto, pq não deixam na casa dos outros / pra não ficar à toa em casa / havendo responsabilidade sob a guarda
21 11
filhos adultos / não tem filhos / tem com quem deixar / não precisa / não traz / os filhos iriam atrapalhar / sou contra trazer criança 13 7
acampamento no próprio carnaval / alojamento / cobertura / local digno para dormir, local para comer / barracos cobertos para eles não tomarem chuva / terem um lugar para abrigar-se da chuva, uma barraca de lona / um toldo para proteção da chuva, se as condições fossem melhores, traria os filhos / ajudam muito as barracas de lona / banheiros públicos para ambulantes
12 6
ajuda a vender / ajudando em tudo que eu preciso / carregar o material / precisa dos filhos para o trabalho 4 2assistência (diversas) / estudos e alimentação melhor / melhor escolaridade / receber bolsa família, ajudar alguém / outro carro de cachorro quente 5 3
é uma boa,mas não confiaria / nenhum, eu não ia confiar 2 1juizado de menores (ronda e proteção a menores devido a insegurança) / mais segurança / que tenha segurança 3 2mães que trazem os filhos deveriam vender mais. as pessoas deveriam sentir pena 1 1não, não pensou , não sabe 15 8N.R. (não respondeu) / nenhum 3 2total 187 100
Faixa etária S.I. Sim Não N.S.A (*) TOTALS.I. 8 / 13% 3 / 4,5 1 / 2,6 1 / 5,6 13 / 7%
10 a 19 anos 5 / 8% 5 / 7,5 0 0 13 / 7%20 a 29 anos 12 / 19% 17 / 25,4 11 / 28,2 3 / 16,7 44 / 24%30 a 39 anos 15 / 24% 21 / 31,3 15 / 38,5 4 / 22,2 54 / 29%40 a 49 anos 13 / 21% 16 / 23,9 5 / 12,8 3 / 16,7 38 / 20%50 a 59 anos 7 / 11% 3 / 4,5 4 / 10,3 4 / 22,2 16 / 9%60 a 69 anos 2 / 3% 1 / 1,5 2 / 5,1 2 / 11,1 6 / 3%70 anos e + 1 / 2% 1 / 1,5 1 / 2,6 1 / 5,6 3 / 2%
TOTAL 63 / 34% 67 / 36% 39 / 21% 18/ 10% 187/ 100%
Tabela 33 – Razões porque não utilizaria creches. Ambulantes. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
18.1 Se não, por que? Nº %filhos adultos 5 13havendo responsabilidade sob a guarda 1 3não confia / tem medo / medo de maus tratos / seria muita criança para poucos olhos 12 31não tem necessidade / mora perto / prefere deixar com parentes / tem gente em casa / ficam melhor com o pai 8 21
por que tem com quem conversar / porque ajuda / pq ele não iria querer e ele me ajuda 3 8porque eles não ficariam 1 3primeiro eu ia ver, se as condições fosse boas eu colocaria 1 3seria ótimo 2 5só trago meu filho porque não tenho um emprego / todos os filhos (sem sentido) 2 6S.I. 4 10Total 39 100
Tabela 34 – Distribuição (nº e %) dos profissionais de saúde e de polícia de acordo com o conhecimento da existência de serviços específicos para mulheres em situação de violência no Carnaval e no restante do ano. Salvador, Carnaval, 2007
Durante o Carnaval No restante do ano
Tabela 35 – Distribuição dos/as policiais de acordo com o conhecimento da Lei Maria da Penha. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
acham que, durante o carnaval: sim não N.R. totalNº % Nº % Nº % Nº %
Já ouviram falar 44 95,7 2 4,3 0 0 46 100
Sabem do que trata 40 87,0 4 8,7 2 4,3 46 100
Tabela 35 A – Distribuição dos/as profissionais de saúde de acordo com o conhecimento da Lei Maria da Penha. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
acham que, durante o carnaval: sim não N.R. totalNº % Nº % Nº % Nº %
Já ouviram falar 12 38,7 19 61,3 0 0 31 100
Sabem do que trata 9 29,0 22 71,0 0 0 31 100
Tabela 36 – Distribuição dos/as policiais de acordo com o conhecimento sobre concepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
S.I. policia saúde TOTALS.I. 2 / 100 1 / 2 0 3 / 4
sim 0 30 / 65 26 / 84 56 / 71
não 0 15 / 33 5 / 16 20 / 25
TOTAL 2 / 100 46 / 100 31 / 100 79 / 100
S.I. policia saúde TOTALS.I. 2 / 100 1 / 2 0 3 / 4
sim 0 43 / 94 31 / 100 74 / 94
não 0 2 / 4 0 2 / 2
TOTAL 2 / 100 46 / 100 31 / 100 79 / 100
(alternativas) sim não N.R. N.S.A. totalNº % Nº Nº Nº % Nº % Nº %
Já ouviram falar 34 73,9 10 21,7 2 4,4 0 0 46 100
Sabem o quê é 30 65,2 15 32,6 1 2,2 0 0 46 100
Já utilizaram (*) 10 21,7 25 54,3 11 23,9 0 0 46 100
Sabem como se consegue 24 52,2 20 43,4 2 4,4 0 0 46 100
Já orientaram ou encaminharam 8 17,4 32 69,6 6 13,0 0 0 46 100
Já prescreveram 0 0 19 41,3 27 58,7 0 0 46 100
(*) para os homens, se a companheira já utilizou
Tabela 36 A – Distribuição dos/as profissionais de saúde de acordo com o conhecimento sobre contracepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Acha que o serviço sim não N.R. N.S.A. totalNº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Já ouviram falar 28 90,3 3 9,7 0 0 0 0 31 100
Sabem o quê é 26 83,9 5 16,1 0 0 0 0 31 100
Já utilizaram (*) 7 22,6 20 64,5 4 12,9 0 0 31 100
Sabem como se consegue 22 71,0 6 19,3 3 9,7 0 0 31 100
Já orientaram ou encaminharam 15 48,4 15 48,4 1 3,2 0 0 31 100
Já prescreveram 5 16,1 20 64,5 6 19,4 0 0 31 100
(*) para os homens, se a companheira já utilizou
Tabela 37 – Distribuição dos policiais segundo o que fariam se vissem uma mulher sendo beijada à força. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 38 – Distribuição das folionas e foliões segundo já ter ouvido falar em contracepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 38 A – Distribuição das folionas e foliões segundo conhecimento do que seja contracepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
alternativas Nº %
S.I. ou N.R. 7 15,2
espera para ver o resultado 4 8,7
interfere porque ela esta sendo agredido 28 60,9
outra atitude 7 15,2
TOTAL 460 100
Tabela 38 B – Distribuição das folionas e foliões segundo utilização de contracepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 38 C – Distribuição das folionas e foliões segundo conhecimento de como se consegue a contracepção de emergência. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 39 – Distribuição das ambulantes segundo experiência de violência durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Fx. etária S.I. 1-sim 2-não 8-NR TOTALS.I. 8 0 4 0 12
0 a 9 anos 1 0 0 0 110 a 19 anos 5 0 8 0 1320 a 29 anos 24 1 19 0 4430 a 39 anos 29 1 23 1 5440 a 49 anos 13 2 23 0 3850 a 59 anos 5 1 10 0 1660 a 69 anos 2 0 4 0 670 anos e + 1 0 2 0 3
TOTAL 88 / 46% 5 / 3% 93 / 50% 1 / 1% 187 / 100%
já ouviu falar S.I. fem mas TOTALS.I. 24 / 36,4 3 / 0,5 2 / 1,5 29 / 3,8
sim 2740,9
40371,8
8462,2
51467,5
não 1522,7
15527,6
4936,3
21928,7
TOTAL 66100,0
561100,0
135100,0
762100,0
sabe o que é? S.I. fem mas TOTAL
S.I. 2436,4
468,2
118,1
8110,6
sim 2740,9
35563,3
8059,3
46260,6
não 1421,2
15928,3
4432,6
21728,5
nr 11,5
10,2
00,0
20,3
TOTAL 66100,0
561100,0
135100,0
762100,0
já utilizou S.I. fem mas TOTAL
S.I. 2436,4
223,9
1511,1
618,0
sim 57,6
13423,9
2417,8
16321,4
não 3756,1
40371,8
9167,4
53169,7
Nr 00,0
20,4
53,7
70,9
TOTAL 66100,0
561100,0
135100,0
762100,0
Sabe como se consegue? S.I. fem mas TOTAL
S.I. 2436,4
366,4
64,4
668,7
sim 1522,7
28550,8
6346,7
36347,6
não 2740,9
23742,2
6648,9
33043,3
nr 00,0
30,5
00,0
30,4
TOTAL 66100,0
561100,0
135100,0
762100,0
Tabela 39A – Distribuição das ambulantes segundo experiência de violência física durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 39B – Distribuição das ambulantes segundo experiência de violência verbal durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Física? Nº %S.I. 42 221 - Sim 14 72 - Não 131 70Total 187 100
Verbal? Nº %S.I. 71 381 - Sim 14 72 - Não 102 55Total 187 100
Tabela 39C – Distribuição das ambulantes segundo experiência de violência sexual durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 39D – Distribuição das ambulantes segundo experiência de outros tipos de violência durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Sexual? Nº %S.I. 88 471 - Sim 3 22 - Não 96 51Total 187 100
Outro tipo de violência? Nº %S.I. 140 751-SIM 4 22-NÃO 43 23Total 187 100
Tabela 40 – Distribuição das cordeiras segundo experiência de violência física durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 40A – Distribuição das cordeiras segundo experiência de violência verbal durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Física? Nº %S.I. 67 361 - Sim 15 82 - Não 106 56Total 188 100
Verbal? Nº %S.I. 78 411 - Sim 16 92 - Não 94 50Total 188 100
Tabela 40B – Distribuição das cordeiras segundo experiência de violência sexual durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 40C – Distribuição das cordeiras segundo experiência de outro tipo de violência durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Sexual? Nº %S.I. 79 421 - Sim 4 22 - Não 105 56Total 188 100
Outro tipo de violência? Nº %S.I. 97 521-SIM 2 12-NÃO 89 47Total 188 100
Tabela 41 – Distribuição de folionas e foliões segundo experiência de violência durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 41A – Distribuição das folionas segundo experiência de violência física durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 41B – Distribuição das cordeiras segundo experiência de violência sexual durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Física? Nº %S.I. 7 11 - Sim 65 122 - Não 489 87Total 561 100
Sexual? Nº %S.I. 6 11 - Sim 24 42 - Não 531 95Total 561 100
Tabela 41C – Distribuição dos foliões segundo experiência de violência física durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 41D – Distribuição dos foliões segundo experiência de violência sexual durante os carnavais. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Física? Nº %S.I. 3 21 - Sim 46 342 - Não 86 64Total 135 100
Sexual? Nº %S.I. 2 21-SIM 11 52-NÃO 122 93Total 135 199
Tabela 42 – Número e percentagem do testemunho de agressão física a mulheres por parte de folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Já sofreu violência nos carnavais? S.I. 1-fem 2-mas TOTAL
S.I.Row %Col %
1037,015,2
1555,6
2,7
27,41,5
27100,0
3,51-sim
Row %Col %
43,16,1
7760,213,7
4736,734,8
128100,0
16,82-não
Row %Col %
528,6
78,8
46977,383,6
8614,263,7
607100,0
79,7TOTALRow %Col %
668,7
100,0
56173,6
100,0
13517,7
100,0
762100,0100,0
Viu mulher sofrendo agressão física? S.I. 1-fem 2-mas TOTAL
S.I.Row %Col %
758,310,6
541,70,9
00,00,0
12100,0
1,61-sim
Row %Col %
175,0
25,8
24472,443,5
7622,656,3
337100,044,2
2-nãoRow %Col %
4210,263,6
31275,555,6
5914,343,7
413100,054,2
TOTALRow %Col %
668,7
100,0
56173,6
100,0
13517,7
100,0
762100,0100,0
Tabela 43 – Número e percentagem do testemunho de agressão sexual a mulheres por parte de folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 44 – Número e percentagem do testemunho de agressão ou discriminação a gays, travestis e lésbicas por parte de folionas e foliões. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 45 – Número e percentagem de resposta positiva das folionas a algumas situações potencialmente agressivas. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
alternativas sim não si. totalsituações n % n % n %
abordada de forma grosseira
ou inconveniente? 214 38 337 60 10 2 561 100forçada a beijar
alguém? 263 47 271 48 27 5 561 100corpo tocado sem consentimento? 307 55 227 40 27 5 561 100
Tabela 46 – REação dos policiais a agressões presenciadas por cordeiras. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Viu mulher sofrerAgressão sexual? S.I. 1-fem 2-mas TOTAL
S.I.Row %Col %
847,112,1
847,11,4
15,90,7
17100,02,2
1-simRow %Col %
413,36,1
1860,03,2
826,75,9
30100,03,9
2-nãoRow %Col %
547,6
81,8
53574,895,4
12617,693,3
715100,093,8
TOTALRow %Col %
668,7
100,0
56173,6
100,0
13517,7100,0
762100,0100,0
Viu G LT sofrer agressãoou discriminação? S.I. 1-fem 2-mas TOTAL
S.I.Row %Col %
642,99,1
750,01,2
17,10,7
14100,0
1,81-sim
Row %Col %
84,8
12,1
10965,319,4
5029,937,0
167100,021,9
2-naoRow %Col %
529,0
78,8
44576,679,3
8414,562,2
581100,076,2
TOTALRow %Col %
668,7
100,0
56173,6
100,0
13517,7
100,0
762100,0100,0
Caso sim, Qual foi a reação desse(a) policial? n %S.I. 150 79,8%1-prendeu o agressor 1 0,5%3-não esboçou nenhuma reação 5 2,7%8-nr 5 2,7%9-nsa 27 14,4%Total 188 100,0%
Tabela 47 – Reação dos policiais a agressões presenciadas por foliãs. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Qual a reação desse(a) policial? Nº %S.I. 157 841 - Prendeu o agressor 1 12 - Advertiu verbalmente o agressor 2 13 - Não esboçou nenhuma reação 5 38 – NR / NSA 22 12Total 187 100,
Tabela 48 – REação dos policiais a agressões presenciadas por ambulantes. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
Tabela 49 – Distribuição das respostas das ambulantes a respeito das situações em que se sentiam discriminadas devido a raça/cor. Carnaval: violência contra a mulher, racismo e homofobia na opinião de quem faz a festa. Salvador, Carnaval 2007.
23.1 se sim, em qual situação? nºs.i. 163a nível de relação a renda 1algumas pessoas não querem se aproximam porque ela é negra 1as pessoas brancas tem nojo das pessoas negras 1era puxada e empurrada como se não existisse por causa da cor 1eu nunca participei do carnaval 1foi chamada de ladrona por um estrangeiro 1foi comprar e restaurante achou q foi roubar 1foi olhada de forma estranha quando foi no bom preço ( supermercado) 1
Caso sim, Qual foi a reação desse(a) policial? Nº %S.I. 518 92,3
1-prendeu o agressor 0 02-advertiu verbalmente o agressor 3 0,5
3-não esboçou nenhuma reação 11 25-outro 1 0,2
Nr e nsa 28 5TOTAL 561 100
fui chamada de negrinha, eu não levo a serio, não adianta mesmo 1fulião, lugar chique, no supermercado. 1isso ai sempre tem né, mas eu não me lembro não 1meu marido pegou uma loira 1na compra da cerveja 1o branco se gaba 1os brancos ñ me discriminam aqui mesmo os brancos descem,comem o churrasco,em feira é bem pior aqui negro tem valor 1
pediu ao rapaz que tinha um carro c/ gelo p/ levar o gelo ate o seu isopor e ele discriminou 1pelos policiais por causa de uma confusão 1pessoas dos blocos 1pq eu ñ sou preta, sou morena 1precisava passar e a polícia não deixou 1quando passa perto de brancos eles se assustam 1restaurante, principalmente no china a preferência no atendimento é dos brancos 1se sente olhada de forma diferente 1vem comprar coisa na mão da gente, discrimina, no olho com... olhos por causa da cor,acho q tem nojo 1total 187
Anexo XI
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais – LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais – LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais - LTECS, Salvador – Carnaval 2007
Fonte: Banco de Imagens do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais – LTECS, Salvador – Carnaval 2007
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