processamento auditivo central em crianÇas com...

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estudos, Goiânia, v. 42, n. 3, p. 327-343, maio/jun. 2015. 327 TAINARD DA SILVA LEITE SANTOS, CLAUDIA CRUVINEL CÂMARA, DANYA RIBEIRO MOREIRA, LENARDO LUIZ BORGES Resumo: acredita-se que para o desenvolvimento adequado da lingua- gem e das habilidades auditivas é necessário integridade básica dos siste- mas nervoso central e periférico, uma vez que esta permite que o processo da aprendizagem ocorra de forma satisfatória. Objetivo: Verificar os testes utilizados para avaliar o Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas e observar os achados comuns na amostra. Mé- todo: Os dados foram coletados a partir de uma revisão sistemática da lite- ratura em bases de dados eletrônicos. Resultados: Observou-se a utilização dos testes Dicótico de Dissílabos Alternados, Dicótico de Dígitos, Fala no Ruído, Padrão de Frequência, Logoaudiometria Pediátrica, Padrão de Dura- ção, Dicótico Não-Verbal, Fala Filtrada e Gap in Noise. Os achados comuns na amostra referem-se aos testes Dicótico de Dissílabos Alternados, Dicótico de Dígitos, Fala no Ruído e Padrão de Frequência. Conclusão: Observamos associação entre Alteração do Processamento Auditivo Central e Dificulda- des Acadêmicas. Palavras-chave: Processamento Auditivo. Dificuldades Acadêmicas. Transtorno de Aprendizagem. O desenvolvimento adequado da palavra falada, lida e escrita tem sido motivo de várias pesquisas com o intuito de saber como é realizado o processo de aprendizagem, bem como o que é necessário para que este ocorra de forma satisfatória na vida acadêmica da criança. Myklebust e Johnson (1983, p.2) acreditam que para o aprendizado da linguagem oral e es- crita da criança, são necessárias integridades básicas nas funções dos sistemas nervoso periférico, central, bem como de fatores psicodinâmicos. PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM CRIANÇAS COM DIFICULDADES ACADÊMICAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA* 327

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TAINARD DA SILVA LEITE SANTOS, CLAUDIA CRUVINEL CÂMARA, DANYA RIBEIRO MOREIRA, LENARDO LUIZ BORGES

Resumo: acredita-se que para o desenvolvimento adequado da lingua-gem e das habilidades auditivas é necessário integridade básica dos siste-mas nervoso central e periférico, uma vez que esta permite que o processo da aprendizagem ocorra de forma satisfatória. Objetivo: Verificar os testes utilizados para avaliar o Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas e observar os achados comuns na amostra. Mé-todo: Os dados foram coletados a partir de uma revisão sistemática da lite-ratura em bases de dados eletrônicos. Resultados: Observou-se a utilização dos testes Dicótico de Dissílabos Alternados, Dicótico de Dígitos, Fala no Ruído, Padrão de Frequência, Logoaudiometria Pediátrica, Padrão de Dura-ção, Dicótico Não-Verbal, Fala Filtrada e Gap in Noise. Os achados comuns na amostra referem-se aos testes Dicótico de Dissílabos Alternados, Dicótico de Dígitos, Fala no Ruído e Padrão de Frequência. Conclusão: Observamos associação entre Alteração do Processamento Auditivo Central e Dificulda-des Acadêmicas.

Palavras-chave: Processamento Auditivo. Dificuldades Acadêmicas. Transtorno de Aprendizagem.

O desenvolvimento adequado da palavra falada, lida e escrita tem sido motivo de várias pesquisas com o intuito de saber como é realizado o processo de aprendizagem, bem como o que é necessário para que

este ocorra de forma satisfatória na vida acadêmica da criança. Myklebust e Johnson (1983, p.2) acreditam que para o aprendizado da linguagem oral e es-crita da criança, são necessárias integridades básicas nas funções dos sistemas nervoso periférico, central, bem como de fatores psicodinâmicos.

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM CRIANÇAS COM DIFICULDADES ACADÊMICAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA*

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Katz, Stecker e Henderson (1992, apud ROMERO, 2013, p. 16) referem o Proces-samento Auditivo como a maneira que o sistema auditivo periférico e central recebe, analisa e organiza as informações auditivas.

Machado (2003, p. 85) diz o Distúrbio do Processamento Auditivo trata-se de di-ficuldades nas habilidades auditivas centrais de atenção, identificação e integração de uma mensagem sonora, as quais levam a um distúrbio do desenvolvimento da linguagem bem como do desenvolvimento das habilidades escolares.

Segundo Museik e Lamb (apud COSTAMILAN, 2004, p.18) a avaliação do Pro-cessamento Auditivo em indivíduos com Distúrbio de Aprendizagem parte da necessi-dade de identificar quais prejuízos auditivos podem estar interferindo no seu trabalho acadêmico, em suas habilidades sociais e/ou comunicativas. Pfeiffer (2007, p. 4) relata que os testes buscam avaliar a integridade funcional do sistema auditivo quanto às atividades de função central.

Considerando o exposto acima, este trabalho teve como objetivo pesquisar na literatura nacional testes utilizados para avaliar o Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas e observar quais achados foram comuns na amostra estudada.

MÉTODOS

Foi realizado um trabalho de levantamento bibliográfico da literatura em periódicos nacionais, acessados eletronicamente nas bases de dados Scielo e Bireme, coletados entre os anos de 2005 e 2012. A pesquisa foi estruturada por meio dos descritores: Avaliação do Processamento Auditivo Central e Avaliação do Processamento Auditivo Central em crianças com Dificuldades Acadêmicas. A pesquisa retornou 12 publicações nacionais, todos artigos de periódicos. Na coleta, foram selecionadas apenas pesquisas cujo título, resumo ou corpo do artigo mantivessem relação com o objetivo do presente estudo. Foram incluídas, também, referências bibliográficas importantes citadas nos documentos selecionados das bases de dados. Para a análise dos dados compilados, foram criadas categorias que englobaram os conteúdos advindos das palavras-chave utilizadas a saber:Distúrbio de Aprendizagem;Dislexia; Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade; Distúrbio de Leitura e Escrita e; Distúrbio de Aprendiza-gem e Dislexia.Em cada categoria, foram apresentados detalhes dos artigos analisados assim como um levantamento dos testes utilizados por cada autor.

Pereira e Schochat (2011, p. 77-8) propõem um protocolo de avaliação do Proces-samento Auditivo Central, a partir do qual, realizou-se a divisão dos testes comporta-mentais para o presente estudo. Desta forma, o teste de Localização Sonora avalia a habilidade auditiva de localização sonora. O teste Memória Sequencial de Sons Verbais e Não-Verbais (MSV) e (MSNV), o teste de Padrão de Frequência (TPF) e o teste de Padrão de Duração (TPD) avaliam a habilidade auditiva de ordenação temporal. O teste de Fala no Ruído (TFR) e o teste de Fala Filtrada (TFF) avaliam a habilidade auditiva de fechamento. O teste Dicótico Não-Verbal (TDNV) avalia a habilidade auditiva de figura fundo para sons não-linguísticos. O teste Dicótico de Dígitos (TDD), o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) avalia a habilidade

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auditiva de figura-fundo para sons linguísticos. O teste de Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) avalia a habilidade auditiva de figura-fundo e de associados de estímulos auditivos e visuais. O teste Gap In Noise (GIN) avalia a habilidade auditiva de resolução temporal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a seleção de 12 publicações nacionais, foram analisados os textos dos artigos completos, considerando os objetivos, amostras, critérios de inclusão e exclusão, ins-trumentos (testes comportamentais) de avaliação do Processamento Auditivo Central e os resultados encontrados. Dos estudos selecionados, 4 se relacionam ao Distúrbio de Aprendizagem, 2 à Dislexia, 1 à Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperati-vidade, 4 ao Distúrbio de Leitura e Escrita e 1 à Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia. Na tabela 1, observa-se o total de artigos coletados referentes a cada grupo citado.

Tabela 1: Total de artigos coletados referentes a cada categoria

Número de Artigos Categoria

4 Distúrbio de Aprendizagem

2 Dislexia

1Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade

4 Distúrbio de Leitura e Escrita

1 Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia

TOTAL 12

A categoria de Distúrbio de Aprendizagem é composta pelos estudos dos autores Garcia et al. (2007), Engelmann e Ferreira (2009), Pelitero et al. (2010) e Pinheiro et al. (2010). A seguir são expostos os resumos dos artigos coletados para realização do presente estudo, bem como objetivo, métodos e resultados encontrados em cada um deles.

Garcia et al.(2007), com o objetivo de estudar os processos de atenção seletiva de crianças com e sem Distúrbio de Aprendizagem, dividiram em dois grupos crianças com Distúrbio de Aprendizagem, GI constituído de 20 crianças que apresentavam baixo risco para alteração no desenvolvimento das habilidades auditivas e GII consti-tuído de 20 crianças diagnosticadas como portadoras de Distúrbio de Aprendizagem, avaliando-as por meio do teste de Logoaudiometria Pediátrica – PediatricIntelligibility Test (PSI). Concluíram que o PSI foi adequado para diferenciar os grupos estudados, na OD na relação fala/ruído 0 e -10 MCI, havendo uma associação entre os resultados da Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) e o Distúrbio de Aprendizagem, mostrando alteração na Atenção Seletiva por associação.

Engelmann e Ferreira (2009), com o objetivo de esclarecer a relação entre dificul-dades de aprendizagem e o transtorno do processamento auditivo em uma turma de segunda série. Através da aplicação dos testes de leitura os alunos foram classificadas quanto à fluência em leitura, sendo um o Grupo A com 9 crianças com maior fluência e outro o Grupo B com 12 crianças com menor fluência. Realizaram a avaliação o Pro-

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cessamento Auditivo Central por meio da Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.) com instrumentos musicais, do teste Dicótico de Dígitos (TDD), do teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e do teste Padrão de Frequência – PitchPattemSequence(PPS). Encontraram que os participan-tes do Grupo A, tinham menor dificuldade de fluência de leitura do que os participantes do Grupo B, e que os subperfis decodificação e integração estiveram alterados em 19 participantes do grupo B, e o subperfil prosódia ocorreu alterado em 18 participantes também do grupo B, além de diferença estatisticamente significante no teste de Memória Sequencial Verbal (MSV) para o grupo B em relação ao grupo A.

Pelitero et al. (2010) realizaram um estudo com crianças com Alterações de Apren-dizagem da Leitura e Escrita e sem este tipo de alteração, de idade variando entre 8 e 12 anos, buscando comparar o desempenho destas crianças na Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.) e no teste de Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI). Não encontraram associação estatisticamente significante entre o desempenho na Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo e na Logoau-diometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) do grupo com Dificul-dade de Aprendizagem, apesar de ter sido verificada maior frequência de alterações nos resultados deste grupo de crianças se comparado ao grupo de crianças sem Alterações de Aprendizagem de Leitura e Escrita, sendo que este último grupo não apresentou alteração nos resultados da Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI).

Pinheiro et al.(2010) utilizaram os testes Fala no Ruído (TFR), Dicótico de Dígitos (TDD) e Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) com o objetivo de caracterizar e comparar o desempenho de 40 escolares, na faixa etária de 8 a 12 anos, com e sem Distúrbio de Aprendizagem. Dividiram a amostra em dois grupos, GI composto por 20 escolares com diagnóstico de Distúrbio de Aprendizagem e GII composto por 20 escolares com bom desempenho escolar. Encontraram médias de desempenho inferior nos resultados do GI em relação ao GII tanto na OD quanto na OE. No teste Dicótico de Dígitos (TDD) e no teste Dicótico de Dissílabos Alternados (SSW) encontraram diferenças entre os grupos, quanto ao teste de Fala no Ruído (TFR), não houve diferença estatisticamente significante, tendo em vista que 20% dos escolares do GI apresentaram alteração neste teste.

Quadro 1: Artigos que compõem a categoria de distúrbio de aprendizagem

TÍTULO DO ARTIGO AUTORESANO DE

PUBLICAÇÃOCATEGORIA

Atenção seletiva: PSI em crianças com dis-túrbio de aprendizagem

Garcia et al. 2007Distúrbio de Aprendizagem

Avaliação do processamento auditivo em crianças com dificuldades de aprendizagem

Engelmann e Ferreira

2009Distúrbio de Aprendizagem

Avaliação das habilidades auditivas em crianças com alterações de aprendizagem

Peliteroet al. 2010Distúrbio de Aprendizagem

Teste e Escuta Dicótica em escolares com Distúrbio de Aprendizagem

Pinheiro et al. 2010Distúrbio e Aprendizagem

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Na categoria de Distúrbio de Aprendizagem os testes realizados foram a Avaliação Sim-plificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.), o teste Padrão de Frequência (TPF), o teste Fala no Ruído (TFR), o teste Dicótico de Dígitos (TDD), o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e a Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI).

Desta forma, Engelmann e Ferreira (2009), utilizando a Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.), encontraram diferença estatisticamente significante nos resultados entre os grupos controle e estudo somente no teste de Memória Sequencial Verbal (MSV). Peliteroet al.(2010) também utilizando a Avaliação Simplificada do Pro-cessamento Auditivo (A.S.P.A.) não encontraram associação entre os grupos estudados, na Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI),observaram maior número de alterações nos resultados do teste de Memória Sequencial Verbal (MSV), apesar de o teste de Memória Sequencial Não-Verbal (MSNV) mostrar maior diferença entre os grupos estudo e controle. Garcia et al.(2007), encontraram diferença estatisticamente significante entre os resultados obtidos à OD na relação fala/ruído 0 e -10 da Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) no grupo de crianças com Distúrbio de Aprendizagem. Pinheiro et al.(2010)realizaram o teste de Fala no Ruído (TFR) e observaram nos resultados que os escolares com Distúrbio de Aprendizagem apresentam desempenho inferior nos testes de avaliação do Processamento Auditivo Central em relação ao grupo sem esta dificuldade. Engelmann e Ferreira (2009) e Pinheiro et al.(2010) realizaram os testes Dicótico de Dígitos (TDD) e Dicótico de Dis-sílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) os quais mostraram resultados estatisticamente significantes.

Quadro 2: Descrição dos testes realizados pelos autores na categoria de distúrbio de aprendizagem, assim como seus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO

A.S.P.A. TPF TFR TDD SSW PSI

N A N A N A N A N A N A

Garcia et al. 2007 - - - - - - - - - X*

Engelmann e Ferreira 2009 X* X - - X* X* - -

Peliteroet al. 2010 X - - - - - - - - X

Pinheiro et al. 2010 - - - - X X* X* - -

Legenda: A.S.P.A. = Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo; TPF = Teste de Padrão de Frequência; TFR = Teste de Fala no Ruído; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; SSW = StaggeredSpondaic Word Test; PSI = Pediatric Speech Intelligibility Test; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo; X* = Ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados; - = Teste não realizado no estudo.

A categoria de Dislexia é composta pelos estudos das autoras Saueret al. (2006) e Simões e Schochat (2010). Assim, são expostos a seguir os resumos dos artigos co-letados para realização do presente estudo, bem como objetivo, métodos e resultados encontrados em cada um deles.

Sauer et al.(2006), aplicando os testes Dicótico de Dígitos (TDD), Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e Dicótico Não-Verbal

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(TDNV), avaliaram 36 crianças divididas em dois grupos, Grupo Comparação – GC com 18 crianças normais e Grupo Experimental – GE com 18 crianças com diagnóstico de Dislexia, que em um segundo momento realizaram o SPECT. Encontraram que o GE apresentou diferença estatisticamente significante nos resultados em relação ao GC em todos os testes do Processamento Auditivo Central. Nas respostas da etapa da Atenção Livre do teste Dicótico Não-Verbal (TDNV), o grupo estudo apresentou preferência à OE. Na etapa de Atenção Direita o grupo controle apresentou resultados estatisticamente significantes superiores à OD em relação ao GE e na etapa de Atenção Esquerda não foi observada diferença estatisticamente significante entre os dois grupos estudados. No teste Dicótico de Dígitos, encontraram alterações estatisticamente significantes na OD no grupo de crianças com Dislexia. Em relação ao SPECT, apesar não ter diferença estatisticamente significante, 50% dos sujeitos avaliados apresentaram alteração, sendo esta a maior parte em áreas do Lobo Temporal Esquerdo. Concluíram que crianças com Dislexia apresentaram alterações do Processamento Neurológico Central que podem ser detectadas tanto em testes específicos de Processamento Auditivo, quanto em exames funcionais de imagem como SPECT.

Simões e Schochat (2010) realizaram um estudo para comparar o Transtorno do Processamento Auditivo Central em crianças com e sem Dislexia, em uma população de 40 escolares, na faixa etária entre 7 e 12 anos de idade, divididas em dois grupos, 20 pertencentes ao grupo com Dislexia e 20 pertencentes ao grupo Transtorno do Pro-cessamento Auditivo–TPA(C), aplicando os testes Fala no Ruído (TFR), Dicótico de Dígitos (TDD) e Padrão de Frequência (TPF). Encontraram maior probabilidade de alteração no teste Fala no Ruído (TFR) e no teste Dicótico de Dígitos (TDD) no Grupo de Transtorno o Processamento Auditivo –TPA(C). O Grupo Dislexia apresentou padrões diferentes de Transtorno do Processamento Auditivo TPA(C), os achados demonstram maior alteração nos resultados dos testes de Processamento Temporal do que nos testes que avaliam outras habilidades.

Quadro 3: Artigos que compõem a categoria de dislexia

TÍTULO DO ARTIGO AUTORESANO DE

PUBLICAÇÃOCATEGORIA

Processamento Auditivo e SPECT em crianças com dislexia

Saueret al. 2006 Dislexia

Transtorno do Processamento Auditivo (cen-tral) em indivíduos com e sem dislexia

Simões e Schochat

2010 Dislexia

Na categoria de Dislexia os testes realizados foram o teste Padrão de Frequência (TPF), o teste Fala no Ruído (TFR), o teste Dicótico Não Verbal (TDNV), o teste Dicó- Não Verbal (TDNV), o teste Dicó-Dicó-tico de Dígitos (TDD) e o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW).

Desta forma,Simões e Schochat (2010) realizaram o teste Padrão de Frequência (TPF) e encontraram resultado pior no grupo de crianças com Dislexia, assim como no teste Dicótico de Dígitos (TDD), já no teste de Fala no Ruído (TFR), foi observado que o grupo de crianças com Transtorno do Processamento Auditivo–TPA(C) tem maior

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probabilidade de alteração. Saueret al. (2006) realizaram o teste Dicótico Não-Verbal (TDNV) na etapa de Atenção Livre do teste Dicótico Não-Verbal (TDNV), o grupo estudo apresentou preferência à OE, na etapa de Atenção Direita o grupo controle apresentou resultados estatisticamente significantes superiores à OD em relação ao GE e na etapa de Atenção Esquerda não foi observada diferença estatisticamente significante entre os dois grupos estudados, no teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpon-daic Word Test (SSW)encontraram diferença estatisticamente significante no grupo de crianças com Dislexia.

Quadro 4: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de dislexia, assim como seus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO

TPF TFR TDNV TDD SSW

N A N A N A N A N A

Saueret al. 2006 - - - - X* X* X*

Simões e Schochat 2010

X* X - - X - -

Legenda: TPF= Teste de Padrão de Frequência; TFR = Teste de Fala no Ruído; TDNV = Teste Dicótico Não Verbal; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; SSW = StaggeredSpondaic Word Test; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo; X* = Ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados; - = Teste não realizado no estudo.

A categoria de Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é

composta pelo estudo dos autores Abdo et al. (2010). A seguir será exposto o resumo

do artigo coletado para realização do presente estudo, bem como objetivo, métodos e

resultados encontrados nele.

Abdo et al.(2010) com o objetivo de investigar o desempenho de crianças com

Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) nos testes Fala

no Ruído (TFR), Dicótico de Dígitos (TDD) e o Padrão de Frequência (TPF), avaliaram

30 crianças, na faixa etária entre 7 e 12 anos de idade, divididas em três grupos a saber:

10 no Grupo Controle – GC com crianças sem queixa de Alteração do Processamento

Auditivo ou Atraso no Desenvolvimento da Linguagem Oral e Escrita, 10 no Grupo

com Dislexia – GDislexia com crianças com Dislexia, e 10 no Grupo com TDAH –

GTDAH com crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Os

achados demonstraram que em relação ao teste Padrão de Frequência (TPF) houve pior

desempenho nos resultados do grupo de crianças com Transtorno do Déficit de Aten-

ção e Hiperatividade. Em relação ao teste de Fala no Ruído (TFR), houve desempenho

estatisticamente pior nos resultados do grupo de crianças com Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade independente da orelha avaliada. Em relação ao teste Dicó-

tico de Dígitos (TDD) o grupo com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

apresentou pior desempenho na OE, seguido do grupo com Dislexia na OD, sendo assim

o grupo com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade mostrou desempenho

estatisticamente pior em todos os testes de Processamento Auditivo aplicados, se com-

parado aos demais grupos.

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Quadro 5: Artigo que compõe a categoria de Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

TÍTULO DO ARTIGO AUTORESANO DE PU-BLICAÇÃO

CATEGORIA

Habilidades auditivas em crianças com dislexia e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

Abdo et al. 2010Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Na categoria de Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, os testes realizados foram o teste Padrão de Frequência (TPF), o teste Fala no Ruído (TFR) e o teste Dicótico de Dígitos (TDD).

Desta forma, Abdo et al.(2010) realizaram o teste Padrão de Frequência (TPF) e encontram pior desempenho nos resultados do grupo de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, assim como no teste de Fala no Ruído (TFR), independente da orelha avaliada e,no teste Dicótico de Dígitos (TDD) observaram pior desempenho nos resultados da OE do grupo de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, seguido da OD do grupo de crianças com Dislexia.

Quadro 6: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Grupo de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, assim como seus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTOAUDITIVO – GTDAH

Abdo et al. 2010

TPF TFR TDD

N A N A N A

X* X* X*

Legenda: TPF= Teste de Padrão de Frequência; TFR = Teste de Fala no Ruído; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo com ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados.

Quadro 7: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Grupo de crianças com Dislexa, assim comoseus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO – GDISLEXIA

Abdo et al. 2010

TPF TFR TDD

N A N A N A

X X X*

Legenda: TPF= Teste de Padrão de Frequência; TFR = Teste de Fala no Ruído; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo com ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados.

Na categoria de Distúrbio de Leitura e Escrita, os estudos dos autores Frota e Pereira (2010), Machado et al.(2011), Soares et al.(2012) e Wiemeset al.(2012) compõem o Grupo Estudo de Distúrbio de Leitura e Escrita. Assim, são expostos a seguir os resumos dos artigos coletados para realização do presente estudo, bem como objetivo, métodos e resultados encontrados em cada um deles.

Frota e Pereira (2010) fizeram um estudo com o objetivo de avaliar e comparar o desempenho de crianças com e sem Distúrbios Específicos de Leitura e Escrita. Ava-

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liaram 60 crianças, na faixa etária variando entre 9 e 12 anos, por meio de uma bateria de testes de linguagem (prova de consciência fonológica, avaliação e velocidade e leitura, da prova de leitura em voz alta, avaliação escrita com ditado de palavras reais e inventadas), afim de classificá-las em dois grupos: Grupo 1 – G1 com crianças sem Distúrbio de Leitura e Escrita, e o Grupo 2 – G2 com crianças com Distúrbio de Lei-tura e Escrita. Após a avaliação de linguagem, todas as crianças foram submetidas à avaliação do Processamento Auditivo utilizando testes verbais e não verbais. Os testes verbais utilizados foram Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e Fala no Ruído (TFR) com ruído branco, teste de Sequencialização Sonora para sons verbais (MSV) e Localização Sonora para Sons Não-Verbais. Encontraram diferenças estatisticamente significantes nos resultados do teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) entre o G1 e o G2. No teste Fala no Ruído (TFR), houve diferença estatisticamente significante nos resultados apenas para a OD entre as respostas de cada grupo. No Teste Dicótico Não-Verbal (TDNV), não houve diferença estatisticamente significante da resposta nas condições de atenção livre e de atenção direcionada à direta e à esquerda. Nos testes de Memória Sequencial Não-Verbal (MSNV) e de Localização Sonora para Sons Não-Verbais não foram encontradas associações estatisticamente significantes nos resultados.

Machado et al. (2011) com o objetivo de verificar possíveis Desordens do Proces-samento Auditivo em 15 crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita de 8 a 12 anos de idade, realizaram os testes de Fala Filtrada (TFF), Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW), Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI), teste Fala no Ruído (TFR), Gap in Noise(GIN), Padrão de Duração (TPD) e Frequência de Melódicos (TPF). Verificou-se que todos os indivídu-os apresentaram alterações em pelo menos uma habilidade auditiva do Processamento Auditivo, exceto para o teste de Fala Filtrada (TFF), em que a maioria dos indivíduos da amostra apresentou resultado normal. Observaram que os procedimentos que se desta-caram na identificação de anormalidade do Processamento Neurológico da informação auditiva foram os testes Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) com palavras no ruído e Teste de Padrão de Frequência de Melódicos (TPF).

Soares et al. (2012) verificaram que há associação entre o desempenho nos testes Auditivos Temporais e na Consciência Fonológica em indivíduos com Alterações de Leitura e Escrita. Avaliaram 16 indivíduos, de idade entre 7 e 12 anos, com alterações de leitura e escrita, todos submetidos à avaliação da consciência fonológica utilizando o Teste de Consciência Fonológica – Instrumento de Avaliação Sequencial e os testes de Padrão de Duração (TPD) e Padrão de Frequência (TPF). Observaram associação entre o desempenho nos testes Auditivos Temporais e na Consciência Fonológica.

Wiemeset al.(2012) realizaram um estudo com o objetivo de identificar os valores médios de latência do P300 e os resultados dos testes Dicótico de Dissílabos Alterna-dos – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e o Fala no Ruído (TFR) em crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita. Foram avaliadas 21 crianças, com idades de 7 a 14 anos, divididas em dois grupos, Grupo A com 10 indivíduos que apresentaram média de la-tência do P300 acima de 335ms e Grupo B com média de latência abaixo de 335ms. As

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crianças do Grupo A foram encaminhadas para realização dos testes comportamentais Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e teste Fala no Ruído (TFR). Chegaram à conclusão de que as alterações nos resultados do teste de Fala Dicótica (SSW) e do teste de Fala no Ruído (TFR) estiveram presentes no grupo de indivíduos com Distúrbio de Leitura e Escrita do Grupo A, de crianças com P300 acima de 335ms, sugerindo DPA.

Quadro 8: Artigos que compõem a categoria de distúrbio de leitura e escrita

TÍTULO DO ARTIGO AUTORESANO DE

PUBLICAÇÃOCATEGORIA

Processamento auditivo: estudo em crian-ças com distúrbios da leitura e da escrita

Frota e Pereira 2010Distúrbio de Leitura e Es-crita

Caracterização do processamento audi-tivo de crianças com distúrbio de leitura e escrita de 8 a 12 anos em tratamento no Centro clínico de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Machado et al. 2011Distúrbio de Leitura e Es-crita

Processamento temporal e consciência fo-nológica nas alterações de leitura e escrita: dados preliminares

Soares et al. 2012Distúrbio de Leitura e Es-crita

Potencial evocado auditivo e desordem de processamento auditivo em crianças com distúrbios de leitura e escrita

Wiemeset al. 2012Distúrbio de Leitura e Es-crita

Na categoria de Distúrbio de Leitura e Escrita, os testes realizados foram a Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.), o teste Padrão de Frequência (TPF), o teste Padrão de Duração (TPD), o teste de Fala Filtrada (TFF), o teste de Fala no Ruído (TFR), o teste Dicótico Não Verbal (TDNV), o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW), a Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) e o teste Gap in Noise(GIN).

Desta forma, Frota e Pereira (2010) realizaram a Avaliação Simplificada do Proces-samento Auditivo (A.S.P.A.) e não observaram diferença estatisticamente significante nos resultados. Machado et al.(2011)e Soares et al.(2012)realizaram os testes Padrão de Frequência (TPF) e Padrão e Duração (TPD) e não observaram resultados com di-ferenças estatisticamente significantes no grupo de crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita. Machado et al.(2011) utilizaram o teste Fala Filtrada (TFF) e observaram que a maioria dos indivíduos da amostra apresentou resultado normal. Frota e Pereira (2010) realizaram o teste Fala no Ruído (TFR) e encontraram diferenças estatisticamente sig-nificantes na OD entre as respostas de cada grupo. Machado et al.(2011) utilizando o teste Fala no Ruído (TFR) observaram alteração no resultado do grupo de crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita, assim como Wiemeset al.(2012) encontraram resultados alterados no grupo de indivíduos com valores médios de latência acima de 335ms no P300.Frota e Pereira (2010) realizaram o teste Dicótico Não-Verbal (TDNV) e não encontraram diferença estatisticamente significante entre os resultados dos grupos estudados, no teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test

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(SSW) observaram resultados com alteração estatisticamente significante apenas para a OD entre as respostas de cada grupo estudado. Machado et al.(2011) utilizando teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) encontraram resultados com alterações estatisticamente significantes para o grupo de crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita, assim como no estudo de Wiemes et al. (2012). Machado et al. (2011) realizaram a Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) a qual mostrou alterações estatisticamente significantes nos resultados do grupo de crianças com Distúrbio de Leitura e Escrita e, o teste Gap in Noise (GIN) no qual não ocorreu diferenças estatisticamente significantes nos resultados entre os grupos estudados. Soares et al.(2012) encontraram associação entre os testes que avaliam o Processamento Temporal (TPF e TPD) e a Consciência Fonológica.

Quadro 9: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de DISTÚRBIO DE LEITURA E ESCRITA, assim como seus resultados

A.S.P.A. TPF TPD TFF TFR TDNV SSW PSI GIN

N A N A N A N A N A N A N A N A N A

Frota e Pereira 2010

X - - - - - - X* X X* - - - -

Machado et al. 2011

- - X X X X - - X* X* X

Soares et al. 2012

- - X X - - - - - - - - - - - -

Wiemeset al. 2012

- - - - - - - - X - - X - - - -

Legenda: A.S.P.A. = Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo; TPF = Teste de Padrão de Frequência; TPD = Teste de Padrão de Duração; TFF = Teste de Fala Filtrada; TFR = Teste de Fala no Ruído; SSW = Stagge-redSpondaic Word Test; PSI = Pediatric Speech Intelligibility Test; GIN = Gap In Noise; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo; X* = Ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados; - = Teste não realizado no estudo.

A categoria de Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia é composta pelo estudo dos autores Oliveira et al.(2011). A seguir será exposto o resumo do artigo coletado para realização do presente estudo, bem como objetivo, métodos e resultados encontrados nele.

Oliveira et al. (2011) avaliaram o desempenho de escolares com Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia nos testes Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI), Dicótico de Dígitos (TDD), Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e teste de Memória Sequencial Verbal e Não-Verbal – (MSV e MSNV), realizando-os em 30 indivíduos, de 8 a 16 anos de idade, divididos em 3 grupos: Grupo I – GI composto por 10 escolares com diagnóstico interdisciplinar de Distúrbio de Aprendizagem; Grupo II – GII composto por 10 escolares com diagnóstico interdisciplinar de Dislexia e Grupo III – GIII composto por 10 escolares sem Dificul-dades de Aprendizagem, pareados segundo gênero e faixa etária com os Grupos l e ll. Verificaram que os escolares do grupo sem Distúrbio de Aprendizagem apresentaram desempenho superior nos testes de Processamento Auditivo em relação aos escolares do grupo com Distúrbio de Aprendizagem e o grupo com Dislexia. O grupo com Distúrbio de Aprendizagem apresentou desempenho inferior nas habilidades auditivas avaliadas

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pelos testes acima, tendo diferença estatisticamente significante nos testes Dicótico de Dígitos (TDD) e na Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI). Os escolares do grupo com Dislexia apresentaram também alterações com exceção da Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI). Os autores justificaram este achado pelo fato dos escolares com Distúrbio de Aprendizagem apresentarem Atenção Sustentada reduzida, enquanto os escolares com Dislexia apre-sentaram somente alteração decorrentes da dificuldade relacionada com a codificação e decodificação de estímulos sonoros.

Quadro 10: Artigo que compõe a categoria de distúrbio de aprendizagem e dislexia

TÍTULO DO ARTIGO AUTORESANO DE PU-BLICAÇÃO

CATEGORIA

Desempenho e escolares com distúrbio de aprendizagem e dislexia em testes de processamento auditivo

Oliveira et al. 2011Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia

Na categoria de Distúrbio de Aprendizagem e Dislexia, os testes realizados foram a Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.), o teste Dicótico de Dígitos (TDD), o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW) e a Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI).

Desta forma, Oliveira et al.(2011) realizaram a Avaliação Simplificada do Proces-samento Auditivo (A.S.P.A.) e o teste Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredS-pondaic Word Test (SSW) nos quais não foram encontrados resultados com alterações estatisticamente significantes no grupo estudo, já, nos testes Dicótico de Dígitos (TDD) e Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI),observaram diferenças estatisticamente significantes.

Quadro 11: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de distúrbio de aprendizagem e dislexia – GI composto por escolares com Dificuldades de Aprendizagem, assim como seus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO – GIII

Oliveira et al 2011

A.S.P.A. TDD SSW PSI

N A N A N A N A

X X* X X*

Legenda: A.S.P.A. = Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; SSW = StaggeredSpondaic Word Test; PSI = Pediatric Speech Intelligibility Test; N = Resultado Normal; A = Resultado Alterado; X = Teste realizado no estudo; X* = Ocorrência de resultado com diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados.

Quadro 12: Descrição de testes realizados pelos autores na categoria de distúrbio de aprendizagem e dislexia – GII composto por escolares com Dislexia, assim como seus resultados

TESTES DO PROCESSAMENTO AUDITIVO – GII

Oliveira et al. 2011

A.S.P.A. TDD SSW PSI

N A N A N A N A

X X X X X

Legenda: A.S.P.A. = Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; SSW = StaggeredSpondaic Word Test; PSI = Pediatric Speech Intelligibility Test; N = Resultado Normal; A = Resulta-do Alterado; X = Teste realizado no estudo.

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Assim, este estudo buscou identificar, por meio de uma revisão bibliográfica, inves-tigações que colaborassem na literatura nacional especializada, dados que se referem aos testes utilizados para avaliar o Processamento Auditivo Central e observar quais achados foram comuns na amostra estudada.

Os testes utilizados pelos autores estudados para avaliar o Processamento Audi-tivo Central na pesquisa realizada foram a Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (A.S.P.A.), os testes Padrão de Frequência (TPF), Padrão de Duração (TPD), Fala Filtrada (TFF), Fala no Ruído (TFR), Dicótico Não-Verbal (TDNV), Dicótico de Dígitos (TDD), Dicótico de Dissílabos Alternados – StaggeredSpondaic Word Test (SSW), Logoaudiometria Pediátrica – Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI) e o Gap in Noise (GIN).

Quadro 13: Testes utilizados nos artigos compilados e a frequência destes em nosso estudo

AUTORES A.S.P.A. TFR TPF TPD TFF TDNV TDD SSW PSI GIN

Garcia et al - - - - - - - - + -

Engelmann e Ferreira

+ - + - - - + + - -

Peliteroet al + - - - - - - - + -

Pinheiro et al - + - - - - + + - -

Saueret al - - - - - + + + - -

Simões e Schochat

- + + - - - + - - -

Abdo et al - + + - - - + - - -

Frota e Pereira + + - - - + - + - -

Machado et al - + + + + - - + + +

Soares et al - + + - - - - - -

Wiemesetat - + - - - - - + - -

Oliveira et al + - - - - - + + + -

FREQUÊNCIA 4 6 5 2 1 2 6 7 4 1

Legenda: A.S.P.A. = Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo; TPF = Teste de Padrão de Frequência; TPD = Teste de Padrão de Duração; TFF = Teste de Fala Filtrada; TFR = Teste de Fala no Ruído; TDNV = Teste Dicótico Não-Verbal; TDD = Teste Dicótico de Dígitos; SSW = StaggeredSpondaic Word Test – Teste Dicótico de Dissílabos Alternados; PSI = Pediatric Speech Intelligibility Test – Teste de Logoaudiometria Pediátrica; GIN = Gap in Noise; - = Teste não realizado no estudo; + = Teste realizado no estudo.

Costamilan (apud COSTAMILAN, 2004, p.21) também concluiu que o processa-mento da informação auditiva de crianças com Dificuldades de Aprendizagem é inferior ao de crianças sem estas dificuldades. Pinheiro &Capellini(2009) encontraram ineficácia na integração de informações auditivas em escolares com Distúrbio de Aprendizagem, sendo o desempenho, no TDD e no SSW, inferior por parte desses escolares, quando comparados aos alunos sem dificuldades.Nos artigos pesquisados os achados comuns na categoria de Distúrbio de Aprendizagem mostraram alterações nos testes SSW e TDD, concordando com os achados da literatura.

Tallal (1980), Ingelghem et al. (2001), Tallal (2004), Dawes et al. (2009), Murphy e Schochat (2009), Sharma et al. (2009) e Vanddermostena et al. (apud CASSEBE, 2011) encontraram déficits específicos nos testes realizados por indivíduos com Dislexia,

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tanto para sons verbais quanto para sons não-verbais, assim como no Processamento Temporal. Assim, na categoria de Dislexia foram observadas alterações nos testes TDD e TPF, tal achado corrobora com a literatura.

Na categoria de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade observaram-se alterações nos testes TDD, TFR e TPF. Tal achado corrobora com a literatura, uma vez que, Toplak, Dockstader e Tannock (apud ROMERO, 2013, p.33)encontraram problemas nos aspectos do processamento das informações temporais e dificuldade na discrimi-nação da duração dos sons de indivíduos com TDAH, assim como Eddins et al. (apud ROMERO, 2013, p. 62) afirmam que o déficit de memória e atenção podem levar à déficits nos testes de discriminação entre estímulos com duração diferente.

Costa (apud COSTAMILAN, 2004, p.23) confirmou o desempenho inferior no teste SSW destes indivíduos, assim como Frota (apud COSTAMILAN, 2004, p. 23) constatou que este teste foi eficaz para diferenciar crianças com Transtornos Especí-ficos de Leitura e Escrita de crianças sem este Transtorno, este dado concorda com o achado em nosso trabalho, onde a categoria de Distúrbio de Leitura e Escrita o teste SSW mostrou-se alterado.

Desta forma, com os estudos compilados, pôde-se observar que os testes utilizados pelos autores estudados para avaliar o Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas foram A.S.P.A., SSW, TDD, TFR, TFP, PSI, TPD, TDNV, TFF e GIN. Ao analisarmos os achados comuns da pesquisa na categoria de Distúrbio de Aprendizagem observamos que os testes mais alterados foram SSW e TDD. Na categoria de Dislexia foram o TDD e TPF. Na categoria de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade foram o TDD, TFR e TPF. Na categoria de Distúrbio de Leitura e Escrita foi o SSW. Devido à amostra ser pequena levanta-se a necessidade da reali-zação de novas pesquisas de Avaliação do Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas.Devido à amostra ser pequena levanta-se a necessidade da realização de novas pesquisas de Avaliação do Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas.

CONCLUSÃO

É possível observar que os estudos elaborados pelos autores citados não utilizaram os mesmos testes para avaliar a amostra do presente trabalho. Os testes utilizados pelos autores pesquisados para avaliar o Processamento Auditivo Central de crianças com Dificuldades Acadêmicas foram A.S.P.A., SSW, TDD, TFR, TPF, PSI, TPD, TDNV, TFF e GIN.

Na pesquisa os achados comuns referem-se aos testes SSW e TDD na categoria de Distúrbio de Aprendizagem. Na categoria de Dislexia os testes TDD e TPF. Na categoria de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade os testes TDD, TFR e TPF. Na categoria de Distúrbio de Leitura e Escrita o teste SSW.Os artigos pesquisados demonstram que os testes que apareceram com maior frequência foram SSW, TDD, TFR e TPF, o de menor frequência foi o teste GIN.

Sugerimos que sejam realizados novos estudos que complementem os dados apre-sentados nesta pesquisa, visto que foi possível observar associação entre Alteração do Processamento Auditivo Central e Dificuldades Acadêmicas.

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CENTRAL PROCESSING HEARING IN CHILDREN WITH DIFFICULTIES ACADEMIC: LITERATURE REVIEW

Abstract: It is believed that for the proper development of language and auditory skills is necessary basic integrity of the central and peripheral nervous systems, since this allows the process of learning to occur satisfactorily. Objective: Verify the tests used to evaluate the Central Auditory Processing of children with academic difficulties and observe common findings in the study sample. Method:Data were collected from a sys-tematic review of the literature in electronic databases. Results: We observed the use of Staggered Spondaic Word, Dichotic of Digits, Speech in Noise, Frequency Pattern, Pediatric Speech Intelligibility, Duration Pattern, Dichotic Non-verbal, Speech Filtered and Gap in Noise. The common findings in the sample refer to Staggered Spondaic Word, Dichotic of Digitc, Speech in Noise and Frequency Pattern. Conclusion: We observe the relation between Central Auditory Processing Disabilities and Academic Difficulties.

Keywords: Auditory Processing, Academic Difficulties, Learning Disorders.

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* Recebido em: 07.03.2015. Aprovado em: 27.03.2015.

TAINARD DA SILVA LEITE SANTOSGraduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Fonoaudióloga. E-mail: [email protected].

CLAUDIA CRUVINEL CÂMARAProfessora Mestre na PUC Goiás. E-mail: [email protected]

DANYA RIBEIRO MOREIRAProfessora Mestre na PUC Goiás. E-mail: [email protected]

LEONARDO LUIZ BORGESProfessor Doutor na PUC Goiás. E-mail: [email protected]