edição 41 - revista de agronegócios - dezembro/2009

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1 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

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Edição 41 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2009

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Attalea®Agronegócios- NOV 2009 -

São os votos da Família Escritório AlvoradaSão os votos da Família Escritório Alvorada

Feliz Natal e um ótimo 2010!Feliz Natal e um ótimo 2010!

PRODUTOR RURAL,PRODUTOR RURAL,

O nosso caminho é feito pelos nossos própriospassos. Mas a beleza da caminhada dependedaqueles que nos acompanham.

O nosso caminho é feito pelos nossos própriospassos. Mas a beleza da caminhada dependedaqueles que nos acompanham.

Que neste NOVO ANO que se inicia, possamoscaminhar mais e mais juntos, em busca de ummundo melhor, cheio de conquistas, paz, saúde,compreensão e muito amor.

Que neste NOVO ANO que se inicia, possamoscaminhar mais e mais juntos, em busca de ummundo melhor, cheio de conquistas, paz, saúde,compreensão e muito amor.

Escritório deContabilidade Rural

ALVORADARua Gonçalves Dias, 2258, Vila Nicácio, Franca (SP)

PABX (16) 3723-5022 - Email: [email protected]

Att

alea

Funcionários doEscritório Alvorada

Luis CesarMarangoni,

diretor

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Attalea®Agronegócios- NOV 2009 -

São os votos da Família Escritório Alvorada

Feliz Natal e um ótimo 2010!

PRODUTOR RURAL,

O nosso caminho é feito pelos nossos própriospassos. Mas a beleza da caminhada dependedaqueles que nos acompanham.

Que neste NOVO ANO que se inicia, possamoscaminhar mais e mais juntos, em busca de ummundo melhor, cheio de conquistas, paz, saúde,compreensão e muito amor.

ALVORADA

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Attalea®Agronegócios- NOV 2009 -

A Revista Attalea Agronegócios,registrada no Registro de Marcas

e Patentes do INPI, é umapublicação mensal da

Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com

distribuição gratuita a produtoresrurais, empresários e

profissionais do setor deagronegócios, atingindo

85 municípios das regiõesda Alta Mogiana, Sul e

Sudoeste de Minas Gerais.

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

R. Profª Amália Pimentel, 2394,Tel. (16) 3403-4992

São José - Franca (SP)CEP: 14.403-440

DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

(16) [email protected]

DIRETORA COMERCIALe PUBLICIDADE

Adriana Dias(16) 9967-2486

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CONTABILIDADE

Escritório Contábil LaborR. Maestro Tristão, nº 711,Higienópolis - Franca (SP)

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ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

É PROIBIDA A REPRODUÇÃOPARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER

FORMA, INCLUINDO OS MEIOSELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos, as opiniões eos conceitos emitidos em matérias

assinadas são de inteiraresponsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a

opinião da REVISTAATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / AssinaturasEditora Attalea

Revista de AgronegóciosRua Profª Amália Pimentel,

nº 2394, São JoséFranca (SP)

CEP [email protected]

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EDITORIAL

O gerenciamento daO gerenciamento daO gerenciamento daO gerenciamento daO gerenciamento dapropriedade ruralpropriedade ruralpropriedade ruralpropriedade ruralpropriedade rural

Dezembro. Final de ano civil e metade doano agrícola 2009/2010. Vários motivos paraconfraternizações e também preocupaçõespara o agricultor da região.

A economia brasileira vaibem, mas requerajustes que beneficiem diretamente o setorprodutivo. É este o elo mais prejudicado, sejaqual for o problema. “Quebrou o sistemafinanceiro em Dubai? Caem os preços do café!Tem previsão de safra recorde de milho nosEUA? Caem os preços da carne! Aumentou oconsumo de refrigerantes? Caem os preços doleite!

Os preços mínimos no país não cobrem ocusto de produção; o gerenciamento da pro-dução agrícola é deficiente; os ‘gargalos co-merciais’ complicam a vida de quem só sabeproduzir. A vida nocampo ainda sofrepela falta de assis-tência técnico-ge-rencial.

No final da pri-meira década doSéculo XXI, a pro-priedade rural noBrasil ainda man-tém sistemas em-presariais arcaicos.Falta gerenciamento administrativo, finan-ceiro e tecnológico, mesmo com todos osacessos à informação que o produtor rural temem mãos. Mesmo com a internet, serviçospúblicos, apoio do Sistema “S” (Sebrae, Senar,Sesi, Senac), associativismo, financiamentosprodutivos ainda são pouco utilizados nocampo.

Reconheço que a burocracia e outros malespolíticos ‘sugam’ grande parte da riqueza dopaís. Mas são entraves que precisam sersuperados, não deixados de lado.

Lembro dos tempos - mesmo antigos, masnão arcaicos - onde na zona rural os vizinhosse juntavam para realizarem tarefas em grupo,como montar o silo, vacinar animais, reformarcercas e estábulos, roçar pastos, construir pon-tes. Na verdade, o que se leva de exemplo destasatividades não são os ‘frutos que foram colhi-dos’, mas sim a união que até então existia.

Falta união entre os agricultores (são poucasas associações que realmente funcionam naprática); os representantes da classe (com raras

excessões) não estão preocupados com asituação do agricultor; a classe política quedeveria representar os agricultores não fazemo seu papel. Sem falar que a falta de união dopróprio agricultor não consegue eleger seusrepresentantes legais.

Queremos dizer, com isto, que a classeprodutora rural tem o poder de decidir porela mesma, mas não vai conseguir nada se nãose unir e exigir os seus direitos.

Na página 13 publicamos matéria queorienta sobre a importância do gerenciamentona propriedade rural. Quanto às previsõespara o final da próxima safra, publicamosartigo do Dr. Roberto Rodrigues, sobre asafrinha de milho e sobre a próxima safra decafé no país. São análises importantes e re-

flexivas sobre ocomportamentode campo e demercado para cul-turas importantespara o país.

Na matéria decapa, apresenta-mos resultadosimportantes sobreo teor de matériaseca na produção

de silagem de qualidade. Também na pro-dução de leite, apresentamos pesquisa impor-tante que atende algumas exigências de mer-cado, que é a produção de leite sem colesterol.

Publicamos também matéria orientativasobre a novidade do INCRA: a emissão deCCIR - Certificado de Cadastro de ImóveisRurais pela internet.

Na pecuária bovina, apresentamos artigotécnico do Dr. Ricardo Lopes D. Costa, da AP-TA-Andradina (SP), que aborda técnicas deultrasonografia para a produção de embriões.

Quanto à legislação ambiental de ReservaLegal e de APPs - Áreas de Preserção Perma-nente, apresentamos considerações técnicasda EMBRAPA-Florestas e as alteraçõespromovidas pelo Governo Federal sobre aalteração no prazo de averbação e registro deReserva Legal.

Boa leitura a todos e que a celebraçãoecumênica do Natal contemple energias deconstrução e de paz. Que o Ano Novo tragavida nova e grandes conquistas!

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MMMMMÁÁÁÁÁQQQQQUUUUUIIIIINNNNNAAAAASSSSS

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ARTIGO

José Carlos Cruz José Carlos Cruz José Carlos Cruz José Carlos Cruz José Carlos Cruz 11111

Miguel M. Gontijo Neto Miguel M. Gontijo Neto Miguel M. Gontijo Neto Miguel M. Gontijo Neto Miguel M. Gontijo Neto 11111

Israel Alexandre P. Filho Israel Alexandre P. Filho Israel Alexandre P. Filho Israel Alexandre P. Filho Israel Alexandre P. Filho 11111

Walfrido Machado Albernaz Walfrido Machado Albernaz Walfrido Machado Albernaz Walfrido Machado Albernaz Walfrido Machado Albernaz 22222

José Joaquim Ferreira José Joaquim Ferreira José Joaquim Ferreira José Joaquim Ferreira José Joaquim Ferreira 33333

A época de colheita da lavoura paraa silagem ou o ponto ideal de colheitapara a produção de silagem é assuntoque já foi bastante discutido entreprodutores e técnicos, mas até hoje éconsiderado um dos principais erros naprodução de silagem.

São muito frequentes situaçõesdesfavoráveis de produção de silagemde milho devido à antecipação do mo-mento ideal para a colheita, quando aplanta ainda não apresenta teor dematéria seca desejado e os grãos aindanão acumularam quantidade suficientede amido.

Os agricultores ainda têm dificul-dades de efetuar essa colheita no mo-mento oportuno por uma série de ra-zões exigindo, principalmente dos ór-gãos de fomento e de assistência técnica,uma melhor estratégia de abordagempara a resolução desse problema.

Quando o milho para silagem écolhido antes de completar seu ciclo, istoé, antes do milho atingir sua maturidadefisiológica, a data da colheita afeta a pro-dução de massa seca total e a compo-sição relativa das diferentes partes daplanta, principalmente a percentagemde grãos na massa seca total.

O corte antecipado do milho parasilagem resulta em perdas significativasna produção total de matéria seca e napercentagem de grãos na planta e,consequentemente, menor será a quali-dade da silagem. Além disso, em funçãoda menor quantidade de grãos, elevam-se os teores de fibra e reduzem-se sensi-velmente os teores de energia dasilagem.

Teor de Matéria-Seca Teor de Matéria-Seca Teor de Matéria-Seca Teor de Matéria-Seca Teor de Matéria-Seca - Emborao teor de MS (matéria seca) reduzido

Efeito do teor de matéria seca, na ocasião daEfeito do teor de matéria seca, na ocasião daEfeito do teor de matéria seca, na ocasião daEfeito do teor de matéria seca, na ocasião daEfeito do teor de matéria seca, na ocasião dacolheita, na quantidade e na qualidade da silagemcolheita, na quantidade e na qualidade da silagemcolheita, na quantidade e na qualidade da silagemcolheita, na quantidade e na qualidade da silagemcolheita, na quantidade e na qualidade da silagem

(abaixo de 30%) seja indesejável, acolheita do milho com teor de MS acimade 35-37% também não é desejável,pois aumenta a resistência da massa desilagem à compactação durante a suaconfecção, reduzindo a densidade.

Altos teores de MS (acima de 40%)também exigem maior potência doequipamento que realiza a colheita paramanter o tamanho da partícula unifor-me. Além destes fatores, quando o grãoatinge a maturidade fisiológica a diges-tibilidade do amido decresce, principal-mente em cultivares que apresentamtextura de grãos do tipo duro.

O teor de matéria seca é consideradoum dos mais importantes fatores quecontribuem para a obtenção de uma boasilagem. Para se conseguir silagens comadequado teor de matéria seca, as plan-tas devem ser cortadas com os grãos en-tre a textura pastosa e a farinácea dura.

Existe uma faixa de percentagem dematéria seca que é ideal tanto para oconsumo como para a produção e a con-servação da silagem, que, no caso domilho, fica em torno de 30 a 35%. Teorde MS inferior a 25% propicia ambientefavorável à proliferação e ao desenvol-vimento de bactérias produtoras de áci-do butírico e também a perdas de prin-cípios nutritivos, por lixiviação, e intensadegradação de proteínas. No pontofarináceo duro, a silagem produzida temcomo principal característica o altoconsumo, o que, sem dúvida, eleva oseu valor nutritivo. É interessante notarque a digestibilidade da matéria seca e o

NDT (nutrientes digestíveis totais),como indicativos do valor nutritivo doalimento, sofrem pequenas alteraçõescom a evolução da maturação fisio-lógica.

Este fato pode ser explicado pelamaior participação percentual do col-mo na qualidade da planta nos estádiosiniciais de maturação. Nos estádios maisavançados, o colmo é gradativamentesubstituído pela fração de grãos, queassume maior participação na matériaseca da planta, caracterizada pela maiordensidade energética e pelo maior teorde matéria seca.

Concursos de ProdutividadeConcursos de ProdutividadeConcursos de ProdutividadeConcursos de ProdutividadeConcursos de Produtividade -A ensilagem do milho fora da faixa deteor de MS adequada foi observada emduas safras nas propriedades ruraisparticipantes do Concurso de Produti-vidade de Milho promovido pela Ema-ter-MG na região Centro de MinasGerais. Na safra 2006/07, 59% dosagricultores colheram o milho para sila-gem com teor de matéria seca inferior a30%, sendo que 20% colheram o milhocom teor de MS inferior a 25%.

Em 2007/08, houve agricultor quecolheu o milho com menos de 20%,enquanto 27% dos agricultores colhe-ram o milho com menos de 25% de MS.Naquela safra, 80% dos agricultores co-lheram o milho com menos do que 30%de MS; 18% e 3% dos agricultores co-lheram o milho para silagem com teorde MS superior a 35%, em 2006/07 eem 2007/08, respectivamente.

11111 - Pesquisadores da Embrapa Milho eSorgo (Sete Lagoas-MG)

2 2 2 2 2 - Extensionista da Emater-MG (Empresade Assistência Técnica e Extensão Rural doEstado de Minas Gerais)

3 3 3 3 3 - Pesquisador da Epamig (Empresa dePesquisa Agropecuária de Minas Gerais).

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Na maioria das situações, o produtorfaz a opção pelo corte mais cedo daplanta mais verde por quatro motivos:a ensiladeira corta mais fácil; a compac-tação no silo é facilitada; os animaisconsomem mais; e perde-se menosgrãos nas fezes. Outra razão seria de-vido ao fenômeno de clorose das folhasinferiores das plantas, causada pelaadubação inadequada, principalmentecom nitrogênio e enxofre. Esse fenôme-no daria uma falsa impressão de que aplanta está secando, o que levaria muitosagricultores a iniciar a colheita de formaantecipada.

No caso do Concurso de Produtivi-dade de Milho para Silagem, pode-setambém creditar a ensilagem precoceda lavoura à falta de colheitadeiraprópria e ao receio de que a lavourapassasse do ponto ideal de ensilagem.

Para melhorar o corte do milho noponto ideal de colheita, o agricultordeverá trabalhar a colheitadeira,fazendo a afiação das facas no mínimoduas vezes ao dia, bem como fazer aaproximação das facas com contrafacasde maneira a se obter tamanhosregulares de partículas e a máximaquebra dos grãos.

Geralmente, as regulagens de corterecomendadas para as ensiladeirasdisponíveis no mercado variam entre 4e 6mm, proporcionando partículas comtamanho entre 1 e 3cm e com boaeficiência na quebra de grãos. Eventual-mente, regulagens até menores sãorecomendadas se os teores de matériaseca forem mais elevados.

Produtores de Leite do municípiode Luz (MG), no Centro-Oeste do Esta-do, atendidos e apoiados pela Emater-MG - Empresa de Assistência Técnicae Extensão Rural do Estado de MinasGerais, estão cada vez mais se organi-zando para conseguir um preço me-lhor para o produto. A iniciativa estásendo viabilizada por meio de umacampanha para aumentar o consumode leite, sensibilizando o consumidor,principalmente crianças, para o valornutricional da bebida. O slogan “Bebamais leite” vem sendo divulgado empeças publicitárias como bonés, ade-sivos, camisetas e em placas fincadas àsmargens da Rodovia 262, no perí-metro urbano de Luz, desde fevereirodo ano passado.

Os resultados já estão aparecendo.Segundo o produtor Ademar Lino deAraújo, idealizador do projeto, estásendo criada a Associação BebaAssociação BebaAssociação BebaAssociação BebaAssociação BebaMais LeiteMais LeiteMais LeiteMais LeiteMais Leite, com foco na valorizaçãodo produto e do produtor. “A gentesabe que não é algo a curto prazo, masa gente tem de começar. Acreditamosque a médio prazo, o consumo vai au-mentar e o preço melhorar”, informa.Lino acrescenta que é preocupante oconsumo de sucos artificiais pelascrianças, em detrimento do leite, ali-mento reconhecidamente nutritivo.“Minha esposa trabalha em escola evem constatando o quanto tem cres-cido a obesidade entre as crianças. Issoé resultado de má alimentação”, argu-menta.

Ademar conta que estava cansadode ver a pecuária leiteira diminuindona região, sem que nada fosse feito. Doscerca de 1.500 produtores rurais quehá três anos viviam da pecuária leiteira,no município de Luz, hoje resta apenasuma média de 500 na atividade, porconta da desvalorização do produto.“Depois de várias reuniões, palestras emanifestações, vimos que não tinhanada assim, movimentando realmenteo segmento. Então, começamos acampanha de produtor pra produtor,mostrando o nosso leite”, relata,ressaltando a importância de lidar comos desafios de modo diferenciado.

Em MG, campanha “BebaEm MG, campanha “BebaEm MG, campanha “BebaEm MG, campanha “BebaEm MG, campanha “BebaMais Leite” busca melhorarMais Leite” busca melhorarMais Leite” busca melhorarMais Leite” busca melhorarMais Leite” busca melhorar

preço ao produtorpreço ao produtorpreço ao produtorpreço ao produtorpreço ao produtor

O preço conseguido por litro, entreR$ 0,44 e R$ 0,68, segundo Ademar,não cobre nem os custos de produção.Assim, muitos produtores acabam porabandonar o negócio. Ademar afirmaque após a iniciativa, os produtoresestão mais mobilizados e empenhadosna qualificação, por meio de cursos decapacitação. Rações a um preço maisacessível, assistência veterináriagratuita e palestras sobre qualidade doleite já são também alguns ganhos quevieram com a organização do grupo,de acordo o produtor.

O colaborador da campanha, Gui-lherme Resende de Oliveira, confirmaque, desde o lançamento da BebaBebaBebaBebaBebaMais LeiteMais LeiteMais LeiteMais LeiteMais Leite, as adesões dos produtoreslocais e dos municípios vizinhos àcausa, assim como dos consumidoresde leite, aumentaram.

Segundo ele, o grupo formado porlideranças do setor, planeja hoje açõesmais focadas no consumidor final, e jáestão em pauta, a utilização de out-doors e banners em supermercados epadarias, além das atuais peças publi-citárias.

O grupo da Beba Mais LeiteBeba Mais LeiteBeba Mais LeiteBeba Mais LeiteBeba Mais Leite temreuniões quinzenais, para delegar asfunções entre os colaboradores, quereúnem cooperativas de produtores deleite, órgãos municipais e produtoresdos municípios Dores do Indaiá (MG),Extrema (MG) e Esteio (MG), queaderiram ao projeto.

“Temos a necessidade de inten-sificar o negócio, agregando mais pes-soas e outros municípios, falando amesma linguagem para fortalecer acampanha”, explica Guilherme. (Fon-Fon-Fon-Fon-Fon-te: Milkpointte: Milkpointte: Milkpointte: Milkpointte: Milkpoint)

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Em Viçosa (MG), pesquisadores daUniversidade Federal conseguem isolaro colesterol do leite. A medida podeajudar milhares de consumidores quenão podem comer derivados doproduto. Pelo desenho, a molécula decolesterol parece inofensiva, mas oexcesso desse tipo de gordura pode serum vilão da saúde. O colesterol pode sedepositar nas paredes da artérias ecausar entupimento.

O clínico geral César Augusto daSilva afirma que: ‘O entupimento daartéria coronária pode provocar infarto.O entupimento de uma artéria carótida,que leva sangue para o sistema nervoso,pode levar a um derrame cerebral.’

A aposentada Luci de Oliveira temcolesterol alto e não pode comer umasérie de alimentos, como leite integral emanteiga. Ela diz que todo alimento quecontém gordura demais a prejudica. Elaconsome produtos desnatados.

Mas a dieta pode ficar mais saborosaa partir de uma pesquisa da Universi-dade Federal de Viçosa, em MinasGerais. A equipe do professor Sebastião

Pesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterolPesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterolPesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterolPesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterolPesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterol

Brandão conseguiu isolar o colesterol doleite. O processo começa em umacentrífuga, com o leite cru: de um ladosai o creme e do outro o leite desnatado,que é reservado. O creme vira man-teiga. Depois, ela é derretida e se tornaum óleo. A parte mais pura é selecio-nada e colocada em um equipamento

chamado coluna cromatográfica. Oprofessor de Tecnologia de Alimentosda UFV, Sebastião Brandão, explicacomo funciona o equipamento: ‘Àmedida que o óleo da manteiga vaiatravessando a coluna, o colesterolagarra no material que está dentro damáquina, fica agarrado e, quandotermina processo, o óleo já sai sem ocolesterol.’ O óleo é misturado ao leitedesnatado lá do início do processo evolta a ser integral, mas agora, semcolesterol.

O leite pode ser consumido puro ouusado na fabricação de derivados comoqueijo, iogurte e manteiga. O produtoainda depende de testes em escalaindustrial para chegar ao mercado. Lucijá aguarda ansiosa: ‘Eu achei fantásticoporque a gente vai poder beber um leiteachando que é leite, sem ficarpreocupada também em buscar odesnatado, sem carregar culpa, né? Eassim que tiver no mercado eu voucomprar’, disse. O colesterol pode serusado na produção de Vitamina D.(Fonte: Mega MinasFonte: Mega MinasFonte: Mega MinasFonte: Mega MinasFonte: Mega Minas)

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Em 2009, tivemos um mercado demilho onde as percepções foram as maisvariadas, já que apenas poucos conquis-taram boa lucratividade, e para isso, doisforam os pré-requisitos:

Conquista de altas produtivi-Conquista de altas produtivi-Conquista de altas produtivi-Conquista de altas produtivi-Conquista de altas produtivi-dadesdadesdadesdadesdades - Como não poderia ser dife-rente, a história tem provado e com-provado que só alcançando altos ren-dimentos é que minimizamos as flutua-ções e a volatilidade de preços, principal-mente para o mercado de milho quepossui duas grandes safras dentro domesmo ano. Assim, na safra de verão, ameta deve ser sempre atingir produti-vidades superiores a 145 sc/ha, con-quista factível para todas as regiõesmilhocultoras do Brasil, pois nas áreasde maior vocação produtiva já sãoconquistadas produtividades superioresa 200 sc/ha, mesmo em condições desequeiro. E, para a safrinha, os funda-mentos são os mesmos, mas por motivosóbvios, as expectativas são menores eos melhores rendimentos situam-se nafaixa dos 80 a 90 sc/ha, mesmo sabendoque em regiões como Mato Grosso e

Goiás já se atinge produtividades supe-riores a 110 sc/ha de média em áreasextensas e, casos excepcionais, de 130sc/ha como vimos na safrinha 2009 noMT;

Trabalhar conceito de Mar-Trabalhar conceito de Mar-Trabalhar conceito de Mar-Trabalhar conceito de Mar-Trabalhar conceito de Mar-gemgemgemgemgem - Tratando a lavoura como umaunidade de negócios, é fundamental quea especulação seja mínima e a tentativade acertar o pico de preços seja abolida,pois a história prova que este métodopor tentativa tem sido extremamenteperigoso e punitivo para a maioria dosprodutores, pois dentro de um cenário

SAFRINHA 2010 – O que nos espera?SAFRINHA 2010 – O que nos espera?SAFRINHA 2010 – O que nos espera?SAFRINHA 2010 – O que nos espera?SAFRINHA 2010 – O que nos espera?

Safrinha: desafios e superação em 25 anos de históriaSafrinha: desafios e superação em 25 anos de históriaSafrinha: desafios e superação em 25 anos de históriaSafrinha: desafios e superação em 25 anos de históriaSafrinha: desafios e superação em 25 anos de história

pautado pela vo-latilidade e reche-ado de inúmerasvariáveis, é prati-camente impos-sível comerciali-zar 100% da safrano pico de preços.Assim, é funda-mental ter umaprecisa planilhade custos para seestabelecer a

margem a ser conquistada, e após umcriterioso acompanhamento de mer-cado, definir o momento de liquidarposições.

Agora olhando para a safrinha 2010,precisamos perceber o mercado demilho dentro de uma visão mais ampla,avaliando o cenário nacional e mundialpara tomarmos a decisão mais acertadae, dentro desta ótica, veremos que asexpectativas são bem mais animadorasdo que esta última. Vamos destacar os10 pontos principais que irão nortear asafrinha em 2010:

Francisco Sampaio Francisco Sampaio Francisco Sampaio Francisco Sampaio Francisco Sampaio 11111

Em 1980 o mercado de milho noBrasil dava início a uma mudança noquadro de oferta. Mesmo que aindatimidamente, a produção de milhopassou a ter oficialmente a segundaépoca de plantio com os primeirosplantios no Nordeste brasileiro. Nasafra de 1983/84, representandoapenas 6,5% da área total e 5,6% daprodução total do Estado, iniciava-seno Paraná uma segunda safra de milhoplantada em sucessão à safra oficial deverão.

Nascia, então, o que hoje é oficial-mente reconhecido como safrinha.Portanto, em 2009, a safrinha com-pletou 25 anos e consolidou novomarco na dinâmica de oferta e deman-da deste cereal. Mas, se há 25 anos asafrinha teve seu início pautado comomercado de oportunidade visando oescoamento das sementes não consu-midas na safra de verão, hoje o Plane-jamento Técnico e a ImportânciaEconômica da segunda safra são

fundamentos indispensáveis. Nesseperíodo, além do significativo aumentode área plantada superior a 15 vezes,muitas outras conquistas foram alcan-çadas. Dentre elas, iremos destacar as 5principais:

a) - Aumento de 215% na produti-vidade. Na safrinha plantada em 1984,a produtividade foi de 1.174 kg/ha e,em 2009, de 3.694 kg/ha em todo opaís, comprovando que a adoção de altatecnologia foi fator fundamental paraesta brilhante conquista;

b) - A primeira vez em que a produ-tividade nacional alcançada na safrinhasuperou as 3,5 toneladas/ha foi em 2003,quando estados como MS, GO e PRconquistaram produtividades superioresa 4,0 toneladas/ha;

c) - O cenário de milho no Brasilmudou radicalmente a sua dinâmicapois, se em 1984 a produção de milhosafrinha representou apenas 2% daprodução total, em 2009 este per-centual foi de 34%;

d) - Em 1995, a Pioneer Sementesinaugurou em Toledo, no Paraná, aprimeira estação de pesquisa do Brasil

com foco 100% voltado para pesquisae desenvolvimento de híbridosadaptados ao desafiador ambiente desafrinha;

- Em 2008, o estado do MatoGrosso se tornou o segundo maior pro-dutor de milho do Brasil, fruto de umaconsolidação da alta tecnologiaaplicada na safrinha, onde, nos últimos10 anos, conquistou uma evolução de197% em produtividade, saltando de1.500 kg/ha para 4.450 kg/ha em umaexpressiva área de 1,5 milhão dehectares;

Agora estamos nos aproximandodo novo planejamento para a safrinha2010 e, assim, teremos que avaliar comcritério e cautela tudo que ocorreucom esta última safrinha plantada em2009, já que tivemos altos custos deprodução e, nem com as excelentesprodutividades alcançadas nos estadosde Goiás e Mato Grosso, não temosmuito a comemorar, pois os baixospreços praticados pelo mercado impe-diram maiores lucratividades, deixan-do para a grande maioria, um grandesentimento de frustração.1 - Gerente de Negócios da Pioneer Sementes

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- O Brasil está plantando amenor área de milho desde adécada de 60, pois foi em1966 a última vez que o paísplantou uma área de milhoinferior a 9,0 milhões dehectares. Segundo dados doUSDA/CONAB /MAPA, oBrasil deve plantar, no má-ximo, 8,4 milhões de hectaresna safra verão 2009/2010;

- Mesmo com as expor-tações reprimidas em 2009 pelo câmbiodesfavorável, onde deveremos totalizar,no máximo, 7,5 milhões de toneladas,nosso estoque de passagem está estimadopelas consultorias em, aproximada-mente, 6,0 milhões de toneladas, osuficiente para um consumo de, nomáximo, 45/50 dias, o que nos sinalizaque, em meados e até o final de feve-reiro de 2010, poderemos ter problemasde desabastecimento em virtude da forteretração na área da safra verão do Sul eSudeste do país, o que pode promoveruma elevação significativa nos preços;

- O segundo semestre de 2009 teveforte redução nos custos de produção,principalmente quando avaliamos osfertilizantes, que puxados pelos nitro-genados apresentou reduções superioresa 45%. Assim a cultura do milho, queresponde muito ao uso de nitrogenados,torna-se a grande favorecida e todas asconsultorias já apontam para umaredução de, pelo menos, 15% no custototal de produção para safrinha 2010;

- A alta disponibilidade de híbridosde alta tecnologia, associados às novastecnologias e o uso associado defungicidas e Tratamento Industrial desementes para controle de sugadorespropicia maior proteção da lavoura eprodutividades ainda maiores nacolheita.

- O Brasil já se consagrou como opaís que adotou com maior velocidade

a Tecnologia Bt. Estima-se que apróxima safrinha terá, no mínimo, 50%de adoção e muitas regiões com índicessuperiores a 70%. Isto já é uma garantiade maior proteção contra ataques delagartas e melhor qualidade de grãos, oque promove maior segurança quantoà produtividade almejada;

- Os estudos climáticos indicam parauma forte expectativa de aparecimentodo fenômeno El Niño, o que sinalizamaiores precipitações pluviométricas emelhores chances de altas produtivi-dades, o que significa um incentivo àadoção de maior tecnologia;

- A Argentina estará plantando amenor área de milho desde 1991,estimando-se uma área de, no máximo,2,0 milhões de hectares;

- Os EUA estão colhendo em 2009a segunda maior safra de milho da suahistória, estimada em 329 milhões detoneladas.

Mas, o fato de maior destaque é queos americanos estão com o maiorconsumo de milho de toda a sua história:devem totalizar uma demanda superiora 331 milhões de toneladas. Assim, arelação estoque/ consumo será reduzidade 14,1% para 12,6% no maior produ-tor mundial de milho;

- Em 2009, os EUA devem utilizaro volume recorde de milho para etanol,chegando a 104 milhões de toneladas.Assim atende às exigências impostas pela

Lei definida ainda no governoBush, assinada em dezembrode 2007 (Energy Independen-ce and Security Act of 2007),e que estabelecia um percen-tual mínimo de 10% de misturade etanol em toda gasolinaconsumida.

Está tramitando no Con-gresso americano uma pro-posta de aumento deste per-centual mínimo para 15% já

em 2010. O governo Obama já admite,pelo menos, uma elevação para 12%, oque sinaliza forte incremento nademanda de milho para o próximo ano;

- Na América do Sul, com a forteredução nas áreas de milho nos princi-pais produtores como Brasil, Argentinae Paraguai, a safrinha 2010 será ogrande balizador de preços para osegundo semestre do próximo ano, poiso primeiro semestre será marcado pelapouca oferta de milho no hemisfério Sul;

Diante de todas estas análises econsiderações, concluímos que é funda-mental separar os aspectos que nortea-ram a safrinha 2009 daqueles queestarão prospectando a safrinha 2010.

Teremos melhores chances de lucra-tividades porque, além de melhoresexpectativas de preços, temos consi-derável redução no custo de produção.

E tudo isso estará associado ao novosistema de combinação de tecnologias,ou “Solução Completa, que a Pioneerestará disponibilizando para a próximasafrinha, contemplando forte Sistemade Combinação de Híbridos,Tratamento Industrial de Sementes,Tecnologia Bt com os genes YieldYieldYieldYieldYieldGard® Gard® Gard® Gard® Gard® e Herculex® I, NativeHerculex® I, NativeHerculex® I, NativeHerculex® I, NativeHerculex® I, NativeGenesGenesGenesGenesGenes e toda a força de serviços presta-dos pela Pioneer.

Na safrinha 2010 teremos a Tecno-logia a Serviço da Lucratividade.

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No começo do mês de novembro, a

reunião do Conselho Superior doAgronegócio da FIESP terminousombriamente: palestras dos competen-tes consultores André Pessoa (Agrocon-sult), Alexandre Mendonça de Barros(MB Agro), Roberto Perosa (GVAGRO)mostraram um horizonte bastantecarregado para as principais atividadesagropecuárias brasileiras em 2010.

Ficou claro que o grande problemapela frente é a desvalorização do dólar,fato que tira a competitividade de nossosprodutos no mercado internacional,inibindo a renda nas exportações eabrindo espaço para importações.

Por isso, os preços da soja, porexemplo, podem cair. Estados Unidos,Brasil e Argentina colherão suas maioressafras, elevando a oferta global, em umano, de 210,5 para 252,3 milhões detoneladas, o que aumentará os estoquesfinais de 37,4 para 56,1 milhões detoneladas. Mesmo com a demanda

ARTIGO

Horizonte sombrio em 2010Horizonte sombrio em 2010Horizonte sombrio em 2010Horizonte sombrio em 2010Horizonte sombrio em 2010

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aquecida, a recuperação dos estoquesdeverá sinalizar preços menores.

Também o milho, com safrasenormes, terá preços baixos, apontandoresultados negativos.

Mesmo para o algodão, cujoconsumo voltou a crescer depois dacrise, e que terá redução da áreaplantada no Brasil, o eventual melhorpreço em dólar será relativizado pelocâmbio.

As carnes, igualmente, têm cenáriospouco animadores, começando pelabovina: em 2009 as exportaçõesencolheram, principalmente por causada dura restrição da União Européia.Como a arroba de carne estava muitobarata nos últimos anos, os criadoresmandaram as fêmeas para o abate,

reduzindo o nascimento dos bezerros.Este ciclo está acabando, o que elevaráo preço do bezerro para reposição,enquanto as exportações seguirão semrenda por causa do dólar barato (que,aliás, faz nossas carnes ficarem caras emtermos internacionais).

Mesmo com queda dos preços demilho e soja, matérias primas das raçõespara frangos e suínos, estas carnesseguirão afetadas pelo fator cambial nomercado externo.

O café e a laranja são os produtosagrícolas que mais sofrerão. Café jávinha mal há 3 anos e 2010 é o ano dasafra cheia, dentro do regime debianualidade da cultura. Embora aoferta e demanda estejam equilibradas,o que não justifica o preço baixo docafé, a especulação tem sido extrema-mente prejudicial.

Com a crise, houve redução doconsumo de suco de laranja e os preçosdespencaram. Não há perspectiva derecuperação significativa em 2010.

E, para piorar, há o descasamentocambial recorrente: os produtores estãosemeando agora uma safra com insumoscomprados a um dólar de um e noven-ta, e irão colhê-la a um dólar de um esetenta, talvez menos. Mesmo com aqueda dos preços dos insumos em dólar,o desnivelamento entre plantio ecolheita tem efeito devastador.

Enfim, ano ruim para os produtores.Diante deste quadro, é tempo de

tomar providências agora, para evitarmais tarde o velho e desagradável ciclode inadimplência, negociação de dívi-das, prorrogação, reclamação, enfim,esta desgastante história conhecida detodos que a ninguém interessa.

Ah, se o seguro agrícola estivessefuncionando! Mas, até lá, o Banco doBrasil e o governo de São Paulo criaramum interessante mecanismo, as opções,que dão ao agricultor uma chance decomercializar sua produção semintervenção oficial, mas com tempopara decidir o melhor momento paravender. Poderia ser ampliado paraoutras regiões. (Fonte: Folha deFonte: Folha deFonte: Folha deFonte: Folha deFonte: Folha deS.PauloS.PauloS.PauloS.PauloS.Paulo)

1 - Coordenador do Centro do Agronegócioda FGV, presidente do Conselho Superior doAgronegócio da FIESP e professor doDepartamento de Economia Rural da UNESP-Jaboticabal, foi ministro da Agricultura(governo Lula).

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As embalagens de café industriali-zado no Brasil já podem estampar aimagem da mascote SupercaféSupercaféSupercaféSupercaféSupercafé,personagem da campanha Café éSaúde, do MAPA - Ministério daAgricultura, Pecuária e Abasteci-mento, que foi lançada em maio. Essamedida também vale para as emba-lagens do produto brasileiro indus-trializado pela empresa japonesaUCC - Ueshima Coffee Company

Para o diretor executivo da ABIC- Associação Brasileira da Indústriade Café, Nathan Herszkowicz, “apersonagem representa inovação im-portante na divulgação do café, ten-do boa aceitação entre os consumi-dores e notadamente entre a popu-lação mais jovem”.

O objetivo da campanha éestimular o consumo da bebida entreo público acima de 15 anos de idade.De acordo com Herszkowicz, a re-produção da mascote nas emba-lagens de café poderá otimizar amensagem, contribuindo para am-pliar o saudável hábito de tomar café.As novas embalagens, no entanto, sóserão utilizadas a medida em que osatuais estoques forem consumidospelas empresas.

‘Supercafé’ será‘Supercafé’ será‘Supercafé’ será‘Supercafé’ será‘Supercafé’ seráestampa de caféestampa de caféestampa de caféestampa de caféestampa de caféno Brasil e Japãono Brasil e Japãono Brasil e Japãono Brasil e Japãono Brasil e Japão

O momento é oportuno, segundo apesquisadora, pois “o reconhecimentointernacional do café brasileiro faz comque produtores busquem a cada diamaior qualidade de seu produto. Ocafeicultor só atinge essa qualidade econsegue atender aos desejos dosconsumidores, cada vez mais exigentes,com um bom plano de gerenciamento”.

Porém, adverte Glória, “o gerencia-mento não pode mais se restringirapenas à fazenda, mas, ir também alémde suas porteiras e atender ao mercadode forma geral. Grandes mudançasaconteceram nos últimos anos na formade se trabalhar o café. Atualmente o ge-renciamento visa um número reduzidode funcionários, preocupação ambien-tal e justiça social”.

De acordo com a pesquisadora daEPAMIG - Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais, o produtor,hoje, só atinge seus objetivos com umbom planejamento. “Um bom resultadorequer planejamento, organização,direção e controle. Exige definição dofuturo desejado e dos meios necessáriospara atingi-lo; alocação adequada derecursos, principalmente humanos, exis-tentes na empresa; direção que lidera emotiva os subordinados para execu-

Gerenciamento qualificadoGerenciamento qualificadoGerenciamento qualificadoGerenciamento qualificadoGerenciamento qualificadoé essencial para o sucessoé essencial para o sucessoé essencial para o sucessoé essencial para o sucessoé essencial para o sucesso

no mercado de caféno mercado de caféno mercado de caféno mercado de caféno mercado de cafétarem, com sucesso, atividades e tarefasque lhe forem atribuídas e tambémcontrole para verificar se tudo ocorreucomo planejado”.

De acordo com Glória, outros fato-res ligados ao gerenciamento como, porexemplo: observar a forma como osempregados trabalham, aplicar os adu-bos, fungicidas e inseticidas na quantida-de e hora certa também são determi-nantes para uma boa qualidade de café.

É necessário também acompanha-mento especial na hora da comer-cialização do café, devido à instabilidadedos preços. “Há sempre a incertezaquanto ao preço que o produto atingiráno fim do processo de produção. NoBrasil, há cerca de 300 mil cafeicultoresque, todo ano, têm que vender seu café.A comercialização, do ponto de vistado cafeicultor, é uma etapa incômoda,trabalhosa e arriscada. Diversas firmas,com finalidades diferentes, negociam ocafé”, enfatiza a pesquisadora. Outroponto importante, o crescimento demercado para o café fino ou gourmet.“Os mercados consumidores deste cafécrescem a uma velocidade superior àdo mercado normal e a sua maior procu-ra tem determinado um diferencial nopreço”, diz. (Fonte: Café e MercadoFonte: Café e MercadoFonte: Café e MercadoFonte: Café e MercadoFonte: Café e Mercado)

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Os empréstimos, negócios etransferências ligados a imóveis ruraispoderão ser feitos com maior agilidade,com a emissão pela internet do CCIR -CCIR -CCIR -CCIR -CCIR -Certificado de Cadastro de ImóvelCertificado de Cadastro de ImóvelCertificado de Cadastro de ImóvelCertificado de Cadastro de ImóvelCertificado de Cadastro de ImóvelRuralRuralRuralRuralRural. O documento é exigido pelaárea de crédito dos bancos ou pelosserviços cartoriais que precisam dacomprovação de dados do SistemaNacional de Cadastro Rural.

Até então, o certificado valia por trêsanos, mas será agora emitido anualmen-te, mediante o pagamento de taxa ca-dastral de R$ 1,40 para imóveis comárea de até 20 hectares ou de R$ 30 pa-ra aqueles de 20 a 1.000 hectares. Cons-tam do sistema 6 milhões de imóveisrurais, a maioria situada no Sudeste eno Sul do país.

O INCRA - Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária gastavacerca de R$ 5 milhões, em despesas comos Correios, para enviar o documentoaos proprietários de imóveis rurais,cujos endereços nem sempre estavamatualizados. Segundo a coordenadora-geral de Cadastro Rural do INCRA,Lucimeri Selivon, a taxa que será cobra-da se refere à manutenção do registro eo valor será recolhido à Conta Única daUnião.

Certificado de Cadastro de Imóvel RuralCertificado de Cadastro de Imóvel RuralCertificado de Cadastro de Imóvel RuralCertificado de Cadastro de Imóvel RuralCertificado de Cadastro de Imóvel Ruraljá pode ser emitido pela internetjá pode ser emitido pela internetjá pode ser emitido pela internetjá pode ser emitido pela internetjá pode ser emitido pela internet

A regularidade do cadastro ruralatesta a natureza da exploração eco-nômica da área e facilita a localizaçãode seus representantes.

Até o final de dezembro, o CCIRCCIRCCIRCCIRCCIRfornecido pela internet vai atestar asituação cadastral dos imóveis a partirde 2006, uma vez que os últimos docu-mentos que vinham sendo expedidoscorrespondiam ao ano de 2005. Porisso, neste mês, a emissão do documentovai gerar o recolhimento equivalente aodos quatro últimos anos. Segundo adiretora de Ordenamento Fundiário doIncra, Erica Galvani, a partir de janeirode 2010, no entanto, serão cobradosapenas os valores do exercício emquestão.

A emissão será feita com certificaçãodigital. Quem não tiver acesso à internetpoderá procurar uma das 3 mil unida-des municipais de cadastramento doINCRA, uma das 40 unidades avançadasou ainda uma das 30 sedes regionais.

Os interessados em obter o CCIRCCIRCCIRCCIRCCIRpodem acessar o link disponível nocanto superior direito do site do Incra.O certificado será emitido com númeropara comprovação de autenticidade,que poderá ser checada no site pelosbancos ou cartórios.

O INCRA, por meio de seu depar-tamento de Tecnologia da Informa-ção, está reforçando a estrutura deinformática da autarquia para aten-der a demanda de acessos em suapágina na Internet. A medida foitomada para atender com rapidez aogrande número de acessos na páginapor conta da procura pela renova-ção, atualização de dados do CCIR.CCIR.CCIR.CCIR.CCIR.

De acordo com a Diretoria deOrdenamento da Estrutura Fundiáriado INCRA, não há necessidade depressa na emissão do CCIRCCIRCCIRCCIRCCIR, pois épossível retirar o documento até odia 27 de janeiro sem incidência dejuros e multa de mora.

No entanto, é necessário pagaruma taxa de serviços cadastrais de R$1,40 para imóveis com área de até20 hectares ou de R$ 30 para aque-les de 20 a 1.000 hectares.

Incra reformaIncra reformaIncra reformaIncra reformaIncra reformaportal na Internetportal na Internetportal na Internetportal na Internetportal na Internet

para suportarpara suportarpara suportarpara suportarpara suportardemandademandademandademandademanda

Vinculadas às prefeituras, as UMCs- Unidade Municipal de Cadastramentoestão presentes em aproximadamente55% dos municípios brasileiros, tendonas prefeituras seu principal braço.

De acordo com Jacinto Chiareli Ju-nior, responsável pela UMC do municí-pio de Franca (SP), a emissão do CCIRatravés da internet não alterará empraticamente nada o atendimento naunidade. “Não altera muita coisa paraas prefeituras. Como o CCIR era entre-gue diretamente pelo Incra através doscorreios, a emissão do documento pelainternet contribuirá diretamente apenascom o próprio INCRA, que economiza-

rá em aproximadamente R$ 5 milhõescom despesas de correios”, afirmaChiareli.

Caso o cidadão não tenha acesso àInternet ou tenha dificuldade em aces-sar o portal do INCRA, ele poderá pro-curar a UMC mais próxima de suaresidência e solicitar a emissão do CCIR.“Por isso que eu digo que o trabalho daUMC continuará o mesmo”, explicaChiareli.

Outra questão importante que me-rece atenção do produtor rural é anecessidade de atualização dos dadoscadastrais da propriedade junto ao IN-CRA. Quem estiver com os dados desa-

tualizados ou que não participou do re-cadastramento de 1992, não vai conse-guir emitir o CCIR pela internet. Ele pre-cisa procurar a UMC mais próxima paraefetuar o recadastramento e somenteassim conseguir emitir o CCIR”, diz.

Chiareli lembra ainda que, de acor-do com o Decreto Federal 4.449, de2002, todas as propriedades rurais nopaís precisam estar georeferenciadas até2011. “Em alguns casos, como em áreassuperiores a 500 hectares, o prazo já ex-pirou e aquelas que não entregaram adocumentação foram retiradas do siste-ma do INCRA e não conseguirão emitiro CCIR pela internet”, explica.

Prefeituras continuam prestando serviços dePrefeituras continuam prestando serviços dePrefeituras continuam prestando serviços dePrefeituras continuam prestando serviços dePrefeituras continuam prestando serviços deorientação aos proprietários rurais nas UMCsorientação aos proprietários rurais nas UMCsorientação aos proprietários rurais nas UMCsorientação aos proprietários rurais nas UMCsorientação aos proprietários rurais nas UMCs

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Marcos Nogueira Marcos Nogueira Marcos Nogueira Marcos Nogueira Marcos Nogueira 11111

Mônica Simões Mônica Simões Mônica Simões Mônica Simões Mônica Simões 11111

O resultado da quarta e última estimativada safra nacional de café (conilon e arábia),divulgado no último dia 16 de dezembro pelaCONAB - Companhia Nacional de Abasteci-mento, mostra que o Brasil fechará 2009 como beneficiamento de 39,47 milhões de sacasde 60 quilos do produto. Esta temporada éde bienalidade negativa, quando há reduçãona colheita. Comparando-se aos últimos dezanos, este é o melhor resultado alcançadoentre os biênios de baixa, superando em 9,4%o de 2007.

Já em relação a 2008, período em que aprodutividade foi positiva, houve um recuode 14,18%, ou 6,52 milhões de sacas a menos.Outro fator que contribuiu para este quadrofoi o regime de chuvas irregular e as tempera-turas elevadas. As altas precipitações pluvio-métricas dos últimos meses, coincidindo comas fases de maturação e colheita do grão,comprometeram os processos de colheita esecagem, resultando em um maior volumede café com qualidade inferior.

Dessa forma, a produção do café arábica,o mais cultivado no país, com 73,1% daprodução total, ficou em 28,9 milhões desacas, redução de 18,5%, ou decréscimo de6,62 milhões de sacas. As principais quedasforam registradas em Minas Gerais (-16,8%)ou 3,95 milhões de sacas, Paraná (-43,8%)ou 1,14 milhão de sacas e São Paulo (-22,6%)ou 997 mil sacas. Minas é o maior produtor,com 19,60 milhões de sacas, ou 68,08% dototal.

Já o tipo conilon (robusta) é responsávelpor 26,9% da colheita nacional, com 10,60milhões de sacas. Isso representa um cresci-mento de 0,9% sobre a produção da safraanterior. O Espírito Santo é o maior produtordessa espécie, com 7,60 milhões de sacas,seguido por Rondônia (1,55 milhão) e Bahia(542 mil). A espécie robusta, diferentementeda arábica, não sofre com o fenômeno dabienalidade.

Área Área Área Área Área – Neste ano os cafezais ocupamuma área produtiva de 2,09 milhões dehectares, também com redução de 3,54%sobre a superfície de 2,17 milhões ha da safrapassada. Com isso, pelo menos 76,89 milhectares deixaram de ser cultivados.

O levantamento mostra que a maior áreaestá em Minas Gerais, com 1 milhão ha, ondeo arábica ocupa 98,6%. O solo mineirorepresenta 48,1% da área total cultivada, a

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Brasil colhe mais de 39 milhões de sacas de caféBrasil colhe mais de 39 milhões de sacas de caféBrasil colhe mais de 39 milhões de sacas de caféBrasil colhe mais de 39 milhões de sacas de caféBrasil colhe mais de 39 milhões de sacas de café

maior no país. Espírito Santo é osegundo, com 479,80 mil ha.

A pesquisa de campo das duasculturas foi realizada no período de23 de novembro a 4 de dezembronos principais estados produtores. Oacompanhamento da produção doscafezais mobilizou 189 técnicos daestatal e de órgãos conveniados.

1 - Pesquisadores da CONAB.

Recursos para mais três coope-rativas de crédito de Minas Geraisforam contratados pelo FUNCA-FÉ - Fundo de Defesa da Econo-mia Cafeeira, do MAPA - Minis-tério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento. São R$ 3,8 mi-lhões para a Credialp, de Alpi-nópolis (MG); Credicarpa, de Car-mo do Paranaíba (MG), e Credi-vass, de São Gonçalo do Sapucaí(MG). O CMN - Conselho Mone-tário Nacional está destinando R$100 milhões, exclusivamente paracooperativas. Cada entidade podecontratar até R$ 10 milhões e olimite por produtor é de até R$200 mil.

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Uma pesquisa realizada pelaABCSEM - Associação Brasileira doComércio de Sementes e Mudas re-vela que o setor de hortaliças é umramo do agronegócio em pleno cres-cimento e que movimenta milhõesde reais anualmente, em toda a suacadeia, do campo ao varejo. Só em2008, de acordo com dados da as-sociação, cerca de R$ 307 milhõesforam comercializados em sementesno País, valor pago pelos produtoresde hortaliças.

Atualmente, são cerca de 700 milhectares de área plantada no Brasil, comenvolvimento de mais de 700 mil pro-dutores, que geram cerca de 3 milhõesde empregos diretos. . . . . São mais de 80 es-pécies cultivadas e uma grande segmen-tação de mercado, devido a diferentestipos de produto e formas de oferecê-loao mercado.

A pesquisa de 2008 também revelouque a melancia, com 98 mil hectares; acebola, com 53 mil hectares; a alfacecom 51 mil hectares; o tomate com 55mil hectares (38 mil - tomate de mesa e17 mil - tomate para processamento); omilho doce com 36 mil hectares e o re-polho com 35 mil hectares são as es-pécies de hortaliças que tem maisrepresentatividade em termos de área.

Entre as hortaliças folhosas o desta-que é para alface, que apresenta um im-portante leque de tipos demandadaspelo mercado (lisa, crespa, americana,roxa/vermelha, romana e salad bowl).A pesquisa Abcsem não inclui alho ebatata, pois ambos não têm sua repro-dução vegetativa por semente.

De acordo com o presidente da asso-ciação, Francisco Sallit, alguns dosprincipais motivos para o crescimentodo mercado são: maior uso de híbridos;preços de sementes mais elevados, de-vido ao cultivo protegido, por exemplo;introdução de valor agregado (ou seja,da percepção que o consumidor temdo produto com relação às suas neces-sidades considerando o benefício versuspreço) e novas tecnologias nos produtos,como o tomate com F3 (melhoradogeneticamente), além do aumento dapopulação mundial e do consumo percapita, resultado da busca por uma vida

Tomate lidera crescimento eTomate lidera crescimento eTomate lidera crescimento eTomate lidera crescimento eTomate lidera crescimento elucratividade no setor de hortaliças lucratividade no setor de hortaliças lucratividade no setor de hortaliças lucratividade no setor de hortaliças lucratividade no setor de hortaliças

mais saudável. Além disso, dotadas decada vez mais infra-estrutura, as prin-cipais empresas mundiais que atuam nosegmento também estão presentes noBrasil e estão entre as empresas asso-ciadas da Abcsem.

Tomaticultura: Lucro e Pro-Tomaticultura: Lucro e Pro-Tomaticultura: Lucro e Pro-Tomaticultura: Lucro e Pro-Tomaticultura: Lucro e Pro-

dutividade - dutividade - dutividade - dutividade - dutividade - O Brasil apresenta umagrande diversidade de área de plantiode tomate. O último levantamento sobreárea cultivada no país, realizado pelaAbcsem em 2008, apontou um total de55 mil hectares, sendo que desse total,31% ou 17 mil hectares são destinadospara o segmento de processamento.

Para Sallit, é importante ressaltar quedo total da área cultivada de tomate demesa no Brasil – 38 mil hectares – osegmento SaladaSaladaSaladaSaladaSalada Indeterminado eDeterminado é o de maior importânciaeconômica e social com uma área de19 mil hectares. Outros segmentos im-portantes são: o Italiano/SaladeteItaliano/SaladeteItaliano/SaladeteItaliano/SaladeteItaliano/SaladeteIndeterminado e Determinado com 8mil hectares; o Santa CruzSanta CruzSanta CruzSanta CruzSanta Cruz com 11 milhectares e o CerejaCerejaCerejaCerejaCereja, com 210 hectares.Outro ponto relevante, apontado porele, é que, atualmente, 84% da áreacultivada de tomate no Brasil utilizasementes híbridas.

Segundo o Agrianual 2008Agrianual 2008Agrianual 2008Agrianual 2008Agrianual 2008, a pro-dução nacional em 2007 foi de3.200.846 toneladas, sendo que cercade 65% são cultivados para o consumoin natura e 35% produzidos pelasindústrias de processamento e ofertadosao mercado em forma de extrato detomate, molhos prontos e pré pre-parados, catchups, etc.

Assim, o atual consumo per capitado tomate está em torno 18 kg/ano, o

que representa um incremento deconsumo acima de 35% nos últimos10 anos. “Porém, podemos conside-rar um número ainda modesto, secompararmos com o consumo depaíses como a Itália, que é próximo a70 kg/ano, e a Turquia, cujo consu-mo per capita é de 86 kg/ano”,compara Sallit.

A cadeia produtiva de tomatetem forte relevância econômica noagronegócio brasileiro, pois movi-menta uma cifra anual superior a R$

2 bilhões (cerca de 16% do PIB geradospela produção de hortaliças no Brasil).Aliado a isso, o cultivo é um dos maisimportantes geradores de emprego naatividade rural do Brasil. “Se conside-rarmos somente o tomate de mesa,podemos estimar que a cultura empregacerca de quatro pessoas de forma diretae mais quatro pessoas indiretamente.Isso representa uma oferta de serviçospara aproximadamente 300 milpessoas”, exemplifica Sallit.

A produtividade brasileira está em59 toneladas por hectare ou cerca de 5kg/pé ou 245 caixas/mil pés de tomate.Podemos afirmar que, nos últimos 20anos, a tomaticultura nacional duplicoua produtividade, diz Sallit. ”Já temos,atualmente, produtores e sistemas decultivo, que alcançam rendimento supe-rior a 100 toneladas por hectare, o equi-valente a cerca de 9 kg por planta oumais de 400 caixas por mil plantas”,destaca.

Também no Brasil, produtores detomate em estufa têm alcançadorendimentos expressivos, acima de 500caixas de 22 kg em estufas médias de350 m². Quanto ao segmento industrial,também houve um crescimentofantástico de produtividade no país, sal-tando de um rendimento de 35 tone-ladas na década de 90, para uma pro-dutividade média próxima a 80 tone-ladas por hectare”, observa Sallit.

Custo de Produção e Rentabi-Custo de Produção e Rentabi-Custo de Produção e Rentabi-Custo de Produção e Rentabi-Custo de Produção e Rentabi-

lidade - lidade - lidade - lidade - lidade - O custo de produção do toma-te é um dos maiores em toda a atividadeagrícola. De acordo com dados da Abc-sem, o custo de produção apresentagrande variabilidade, ficando

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A MÃO AMIGA DO PRODUTOR RURAL

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Desejamos um Feliz Natal e em excelente 2010!

entre R$ 30 mil e R$ 55 milpor cada hectare plantado,dependendo da tecnologiaempregada na produção eos níveis de produtividadeque se espera obter nacultura. Já, a rentabilidadedepende fortemente daflutuação de preço que essecultivo tem no mercado, oque está, muitas vezes,associada à lei da oferta edemanda, além, natural-mente, da qualidade dofruto.

Maior Demanda - Maior Demanda - Maior Demanda - Maior Demanda - Maior Demanda - O consumo de

tomate está concentrado nos grandescentros urbanos, onde a estrutura deatacado e de varejo tem a responsabi-lidade de ofertar diferentes tipologias detomate para os consumidores. “Segura-mente, o tomate representa para asredes de supermercado um produto es-tratégico nas áreas de FLV (Frutas/Legumes/Verduras) e, hoje, não se podeconceber a ausência dessa hortaliça emsuas gôndolas”, afirma Sallit.

Também há uma preocupaçãoconstante com a qualidade, sabor eapresentação do produto, aspectospercebidos e valorizados pelo consu-midor. “Cada vez mais o varejo passa aexigir qualidade de fruto, diferentetipologia de produto, segurança ali-mentar e regularidade de oferta,objetivando atender as demandas deseus clientes’, acredita.

As regiões produtoras de tomate demesa no Brasil estão inseridas normal-mente em regiões de planalto e chapada,aproveitando o máximo da amplitudetérmica que esses ambientes oferecemao longo do ciclo da cultura.

No Sudeste, está a maior concen-tração da área plantada de tomate paraconsumo in natura, com 57%, sendo

que São Paulo e Minas Gerais repre-sentam 43% desse total. Já o Sul do Brasilocupa 19% da superfície, sendo oParaná com 9%, Santa Catarina com6% e Rio Grande do Sul com 4% dessetotal. O restante do Brasil, Centro Oestee Nordeste participam com 24% dototal da área plantada de tomate demesa no país. Já, o tomate paraprocessamento tem 62% de sua área emGoiás, 20%, em São Paulo e 16%, emMinas Gerais.

Considerações sobre o Setor -Considerações sobre o Setor -Considerações sobre o Setor -Considerações sobre o Setor -Considerações sobre o Setor -De acordo com Sallit, o setor está desor-ganizado, não existindo atualmenteuma associação de produtores capaz dedar uma direção para o negócio.

Desta forma a “Abcsem acredita quealguns pontos importantes devem serconsiderados para melhor entender osetor de tomate de mesa brasileiro ebuscar soluções que contribuam com oseu desenvolvimento’. Confira abaixoalguns pontos destacados por ele:

a) - Zoneamento da Produção:inexistência de zoneamento daprodução, que regule a oferta de tomatecom a demanda de consumo;

b) - Instabilidade de Preços: forteinstabilidade de preços devido a inexis-tência do zoneamento de produção;

c) - Questões Trabalhistas:o setor é um dos maioresgeradores de emprego daatividade agrícola e está muitoexposto às irregularidades emrelação à legislação e segu-rança do trabalhador. Alémdisso, existe a necessidade demelhoria na qualificação damão de obra;

d) - Controle de Resíduos,Rastreabilidade e SegurançaAlimentar: ponto chave ecrítico que irá nortear o setornos próximos anos, haja vista

a organização do varejo quanto à ofertade produtos ao consumidor sob umrígido controle da origem e da qualidadeda produção;

e) - Valorização e Marketing juntoa Diferentes Elos da Cadeia Produtiva ?O setor tem que melhor explorar overdadeiro valor nutricional do tomate,comunicando a sociedade quanto àsqualidades nutricionais da espécie. Tam-bém uma efetiva segmentação de pro-dutos, através das diferentes tipologiasde frutos e de embalagens nas gôndolasdos supermercados é fundamental paralevar essa diversificação e conhecimentoaos consumidores.

f) - Ausência de Linha de Crédito:Apesar de termos um importanteextrato de pequenos e médios produto-res ávidos por uma linha de crédito, aatual disponibilidade do crédito estáconcentrada em outros cultivos,especialmente cereais.

g) - Inadimplência durante aComercialização da Produção: A infor-malidade na negociação da produçãoainda é grande, levando muitas vezes àinadimplência e aumentando o riscodesse cultivo.

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Cerca de 200 profissionaisligados ao sistema agroindus-trial do café, que compõem oscinco GTEC’s/Café (GruposTécnicos de Cafeicultura -Syngenta), apresentaram suaspercepções sobre o quadroatual da cafeicultura e suasperspectivas para a próximasafra, em reunião em RibeirãoPreto (SP), entre os dias 02 e04 de dezembro.

Pesquisadores, consulto-res e profissionais ligados àscooperativas de cafeicultoresdas principais regiões pro-dutoras (Minas Gerais, São Paulo,Paraná, Espírito Santo e Bahia) apresen-taram informações sobre a situação daslavouras, o impacto das floradas,problemas climáticos e fitossanitários,expectativa de novos plantios e reno-vação das lavouras, percentual de podase expectativas para a próxima safra(investimentos, produção, comercia-lização).

De modo geral, todas as regiõesapresentaram problemas com o excessode chuvas no período da colheita, comatrasos e depreciação da qualidade finaldo produto. Em todas as regiões osprofissionais ressaltaram alta infestaçãode broca e expansão precoce da ferru-gem, o que exigirá maior atenção einvestimento dos cafeicultores. ParaMarcos Dutra (DesenvolvimentoTécnico de Mercado - Syngenta), asperspectivas são apresentadas porrepresentantes dos principais Estados

Pesquisadores e consultores de caféPesquisadores e consultores de caféPesquisadores e consultores de caféPesquisadores e consultores de caféPesquisadores e consultores de caféapresentam perspectivas para próxima safraapresentam perspectivas para próxima safraapresentam perspectivas para próxima safraapresentam perspectivas para próxima safraapresentam perspectivas para próxima safra

produtores e traçam um quadroilustrativo da cafeicultura brasileira.

Alta Paulista e Sorocabana - Alta Paulista e Sorocabana - Alta Paulista e Sorocabana - Alta Paulista e Sorocabana - Alta Paulista e Sorocabana - Osprofissionais das regiões Alta Paulista eSorocabana (Estado de São Paulo) ava-liam que as lavouras apresentam bomaspecto nutricional, embora não apre-sente o vigor de anos anteriores, sobre-tudo, em decorrência de um menornível de adubação em 2008. Até o iníciode dezembro já haviam sido registradasseis floradas, que foram satisfatóriasespecialmente em lavouras novas oupodadas. Além da alta incidência debroca e ferrugem, a região deverá sofrerainda com a cercosporiose e manchaaureolada. Estima-se para esta região oplantio de 2 milhões de mudas, especial-mente para renovação de lavouras,exceto na região de Piraju (Sudoeste deSão Paulo) onde deverá haver expansãoda área plantada. Em 2009, estima-se

que entre 15 a 20% das lavouras te-nham sido podadas (tipo decote). Pa-ra a safra 2009/10, a previsão é quesejam colhidas em torno de1.250.000 sacas. Nos últimos cincoanos, esta região tem se destacadopara os investimentos em mecaniza-ção da colheita e irrigação, comaproximadamente quatro mil hecta-res irrigados com o sistema de gote-jamento, resultando em produtivida-des médias de 50 sc/ha).

Cerrado Mineiro - Cerrado Mineiro - Cerrado Mineiro - Cerrado Mineiro - Cerrado Mineiro - Naavaliação dos profissionais do Cer-

rado Mineiro, as la-vouras estão em bomestado nutricional, es-pecialmente lavourasnovas e com fertirriga-ção, que também a-presentam melhor pe-gamento das floradas.Na região, a queda an-tecipada de frutos tempreocupado os cafei-cultores. Além da fer-rugem e broca acimado normal, outros mo-tivos de preocupaçãosão o bicho-mineiro,

mancha anular, cercosporiose e, emregiões de maior altitude, pseudomonase phoma. Estima-se que sejam plantadas12 milhões de mudas, 80% delas pararenovação das lavouras. Para a safra2009/10, na área de 160 mil hectares,deverão ser colhidas entre 4,5 a 5 mi-lhões de sacas, com produtividade mé-dia de 28 a 31 sc/ha. Quanto aos inves-timentos para a próxima safra, ressalta-se a necessidade de mecanização dacolheita, com foco na redução de mãode obra. Técnicos e consultores da re-gião estimam que a maior parte dos pro-dutores utiliza-se de algum programade troca ou venda futura de café, sendoque 30% da safra futura já pode ter sidocomercializada.

Matas de Minas - Matas de Minas - Matas de Minas - Matas de Minas - Matas de Minas - Para os repre-sentantes desta região (engloba Zona daMata Mineira, ES e RJ), as lavourasapresentam estado nutricional regular,devido, sobretudo, ao baixo nível deadubação no período anterior a safra.As floradas antecipadas (julho/agosto)deverão repercutir em uma colheitacom maturação bastante desuniforme.Em lavouras mais velhas, percebe-setambém baixo pegamento das floradas.Até meados de novembro, a precipi-tação (em torno de 1300 mm) foi 25%superior a média dos últimos 20 anos.Estima-se para esta região um plantioem torno de 20 milhões de mudas, sendo10 milhões do programa de renovaçãodo governo do Espírito Santo. Aestimativa para a próxima

Ataque de Ferrugem no cafeeiroAtaque de Ferrugem no cafeeiroAtaque de Ferrugem no cafeeiroAtaque de Ferrugem no cafeeiroAtaque de Ferrugem no cafeeiro

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safra, incluindo todas as regiõesprodutoras de referência é em tornode 8 milhões de sacas, sendo 5,3milhões (Matas de Minas), 2,5milhões (arábica do Espírito Santo) e290 mil sacas no Estado do Rio deJaneiro. Diferente do Cerrado Mi-neiro, os profissionais avaliam queapenas 5% dos cafeicultores destasregiões façam algum tipo de trocaou venda futura da safra, sendo que15 a 20% da safra pode já ter sidocomercializada.

Sul de Minas - Sul de Minas - Sul de Minas - Sul de Minas - Sul de Minas - De acordo comos repre-sentantes do Sul de Minas, as chuvas deoutubro favoreceram a brotação do café, emborahaja sintomas de deficiências nutricionais, princi-palmente nitrogênio, zinco, magnésio, boro emanganês. Eles ressaltam que as adubações foraminsuficientes em função da carga colhida nestasafra.

Comparado ao ano passado, a fertilização desteano ainda apresentou redução em torno de 25%.As floradas irregulares (quatro até dezembro)também deverão repercutir em baixa uniformi-zação no desenvolvimento e pegamento, podendocausar possivelmente maior queda de chumbinhosem Dezembro/Janeiro. Estima-se entre 15 -20%do parque cafeeiro, algo em torno de 120 milhectares, sofreram algum tipo de poda (recepa ouesqueletamento). Quanto aos novos plantios, entre2008 e 2009, devem ser totalizados cerca de 18milhões de mudas de café, sobretudo, pararenovação das lavouras.

Além da ferrugem e alta incidência de broca,as lavouras apresentam maior ocorrência decigarras e alto índice de bactérias (Pseudomonas)em locais com ventos frios. Em uma área de 506mil hectares, estima-se uma colheita em 2010entre 9,5 a 10 milhões de sacas.

Para os representantes desta região, o Sul deMinas não deverá repetir a média dos anos de altaprodução que é entre 11 e 12 milhões de sacas,contribuem para esta avaliação, especialmente, osmunicípios de Três Pontas, Campo do Meio,

Campos Gerais e Nepomuceno.Estes profissionais avaliam queentre 20 a 30% dos cafeicultoresdo Sul de Minas façam algum tipode troca ou venda futura da safra,sendo que cerca de 50% da safradeve ter sido comercializada.

Visão das cooperativas Visão das cooperativas Visão das cooperativas Visão das cooperativas Visão das cooperativas -As cooperativas de cafeicultores de

Ramo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da brocaRamo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da brocaRamo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da brocaRamo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da brocaRamo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da broca

Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.

Minas e São Paulofizeram uma avalia-ção do parque cafe-eiro do Sul de Minase Mogiana.

Na opinião destesrepresentantes, o bai-xo investimento eminsumos comprome-teu o potencial dasafra recém-colhida.

No geral, foramseis floradas, comapresentação de fru-tos em diferentes fa-

ses de granação, o que deverá terresultados negativos na próximasafra.

Os técnicos das cooperativasconcordam que haja uma maiorincidência de doenças, além dadificuldade de controle das plantasdaninhas. Para eles, os plantios denovas áreas e de renovação sãobaixos e inexpressivos.

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Sobre as loucas floradas de dezembroSobre as loucas floradas de dezembroSobre as loucas floradas de dezembroSobre as loucas floradas de dezembroSobre as loucas floradas de dezembroEnsei NetoEnsei NetoEnsei NetoEnsei NetoEnsei Neto

O clima mudou. Disso ninguémmais duvida. Nem mesmo os filmescatástrofes não precisam mais deHollywood para os efeitos especiais,pois as chuvas e superventanias estãofazendo verdadeiros estragos emtodos os cantos. No caso daagricultura, o impacto nas culturasque são perenes, ou seja, de árvoresou arbustos que produzem ao longode muitos anos como a laranja e ocafé, é dramático.

O cafeeiro é uma planta que temum ciclo de produção bem definido:floração (em geral na primavera),“pegamento” dos frutos, crescimentoe maturação dos frutos e colheita (finaldo outono e inverno), num período quedura algo como 215 a 245 dias. Quantomais distante do Equador, mais nítido éo efeito das estações do ano.

Algumas floradas fora de épocapodem acontecer (e qual árvorefrutífera não tem o seu “temporão”?),mas quase sempre sem afetar muito auniformidade da maturação dos frutos.

No caso do cafeeiro, quandolocalizado próximo ao Equador, o fatorclimático que define esse período fértile o de colheita são as duas usuaisestações: uma chuvosa e outra seca.

Como a temperatura é sempresuficientemente quente na faixaequatorial do nosso planeta, a combi-nação de calor e umidade é ótima parao período fértil (florada e fecundação)e crescimento dos grãos. Já o semestremais seco representa para as plantas omomento para “expulsar” seus frutos,pois amadurecem e estão prontos paraserem colhidos. E a continuação daatmosfera mais seca dá sinais à plantade que uma reserva de energia temde ser direcionada para a perpetuaçãoda espécie: é quando os botões floraiscomeçam a dar sinais.

O cafeeiro, como se sabe, produzapenas na parte nova dos ramos,comumente chamado pelos produ-tores de “ramo verde”, pois ramos

com casca velha (marrom) mantem osgrãos da safra em colheita. É por essarazão que o crescimento que se vê dosramos quando do início do tempo daságuas representa a florada do anoseguinte e, portanto, a colheita do anoposterior.

Isso mesmo, são quase dois anos nesseciclo! Este ano houve um “muxoxo”geral dos produtores sobre o climadurante a colheita: chuva sem parar.Até regiões famosas pelo seu clima seco,quase desértico, de maio a setembro,não escaparam dessa mudança climá-tica. E chuva nessa época, além do virtalestrago que faz com a qualidade do café,

“passa uma informação diferente”para a planta.

Sim, a planta interpreta que se nãohá seca e não há porque se resguardar.A abundância de água disponível nosolo e na mais alta umidade relativado ar, é indício de que é momentopara seu crescimento, conhecido entreos produtores como “vegetação”.Água é o insumo mais importante paraa vida, regulando todos os ciclos dosseres vivos!

E assim, além do crescimento dosramos, que continua com a entradada primavera e verão, as floradassimplesmente não param de acon-tecer. É o “Efeito Colômbia”, nomeque empreguei pela primeira vez em

1995 quando visitei a região de Bar-reiras, Oeste da Bahia, onde estava aentão surpreendente lavoura irrigadado Sr. João Barata, e que se caracterizapelas múltiplas floradas ao longo do ano.

Isso preocupa? Claro, que sim!Imagine que no Brasil a técnica decolheita mais empregada é a de derriça,seja manual ou mecanizada, quando seretiram todos os grãos do ramo de umasó vez. A colheita seletiva manual so-mente é viável em propriedades de mi-croprodutores familiares, poisempregando-se mão-de-obra contrata-da o seu custo é altíssimo.

Grandes fazendas fazem issoapenas com poucos e pequenos lotes,atendendo a um pedido específico decliente. Sendo assim, quando menosuniforme for a florada, significa quemais problemas de qualidade debebida e, também, de rendimento decolheita, acontecerão.

Por outro lado, é certo que apróxima safra ficará comprometidaquanto ao seu tamanho, uma vez queparte da florada que deveria ocorrerapenas na próxima primavera seantecipo.

Algo semelhante ocorreu há duassafras atrás. Sinal de que está setornando um padrão?

Quem viver, verá!www.coffeetraveler.netwww.coffeetraveler.netwww.coffeetraveler.netwww.coffeetraveler.netwww.coffeetraveler.net

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A espécie Coffea arabica écomercialmente propagada porsementes. Mas esta realidade poderá serdiferente a partir do próximo ano(2010), quando deverão ser distribuídasas primeiras mudas clonais de caféarábica produzidas em larga escala emuma biofábrica-piloto via embriogênesesomática. O objetivo inicial é a validaçãoda tecnologia e a avaliação docomportamento dos clones junto aprodutores rurais de várias cooperativasdo estado de Minas Gerais.

A iniciativa de levar os clones para ocampo em escala comercial é daFundação Procafé, Embrapa Café eEmbrapa Recursos Genéticos eBiotecnologia (Cenargen), porintermédio da Secretaria de Ciência eTecnologia de Minas Gerais (Sectes). AFundação de Amparo a Pesquisa deMinas Gerais (Fapemig), por demandalevantada pelo Polo de Excelência doCafé (PEC/Café), é uma das instituiçõesque apóiam financeiramente o projeto,além da Fundação Procafé, Cnpq eConsórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café (CBP&D/Café).

A Fundação Procafé, atenta àsvantagens da propagação vegetativa,vem há 12 anos selecionando plantasmatrizes com características de grandeinteresse agronômico. São plantasmatrizes com resistência ao bicho-mineiro e à ferrugem, boa qualidade debebida e alta produtividade.

Clones de café arábica em escalaClones de café arábica em escalaClones de café arábica em escalaClones de café arábica em escalaClones de café arábica em escalacomercial estarão disponíveis em 2010comercial estarão disponíveis em 2010comercial estarão disponíveis em 2010comercial estarão disponíveis em 2010comercial estarão disponíveis em 2010

De acordo com Carlos HenriqueCarvalho, pesquisador da Embrapa Caféque atua na Fundação Procafé, odesenvolvimento de cultivares deCoffea arabica é um processo longo, quenormalmente demanda cerca de 30anos até que uma nova cultivar chegueao campo. Este tempo pode serreduzido para cerca de 10 anos com aseleção de plantas matrizes e produçãode mudas clonais via embriogênesesomática. Esta técnica é considerada amais adequada alternativa para amultiplicação de plantas híbridas emlarga escala. A produção de mudasclonais em pequena escala paraavaliação experimental de plantasmatrizes já é uma tecnologia dominadapelas instituições participantes doprojeto.

Carvalho aponta alguns benefíciosda propagação vegetativa, como apossibilidade de produzir mudas deplantas matrizes com características degrande interesse e que dificilmenteseriam reunidas em uma cultivarpropagada por sementes, como porexemplo, resistência ao bicho-mineiroe à ferrugem, boa qualidade de bebidae alta produtividade. Vale ressaltar quea resistência incorporada neste materialevitaria o controle químico da ferrugeme do bicho-mineiro, que oneram o custode produção e representam risco à saúdee ao meio ambiente.

Vantagem competitiva - Vantagem competitiva - Vantagem competitiva - Vantagem competitiva - Vantagem competitiva - Oprograma de melhoramento genético

da Fundação Procafé trabalha para odesenvolvimento de cultivares quealiem resistências, qualidade superior debebida e elevada produtividade. Porém,a fixação destas características tem sidodifícil, existindo ainda grande segregaçãopara resistência ao bicho-mineiro e aprodutividade pouco uniforme. Paraque este material chegue ao mercadopelo método tradicional, estima-se umprazo de 10 a 15 anos. Neste sentido, aprodução de cultivares clonais a partirde plantas superiores já selecionadasdentro desta população permitirá aliberação comercial em um curtoespaço de tempo.

Em caráter experimental, apropagação por embriogênese somáticajá foi testada com sucesso para amultiplicação de híbridos F1 em algunspaíses da América Central. Plantasobtidas por este processo apresentamcomportamento semelhante ao deplantas oriundas de sementes, nãohavendo limitação para a sua utilização.

Na Fundação Procafé, atualmentesão conduzidos vários experimentos queavaliam o comportamento de clones eque no decorrer do projeto serãoutilizados para coleta de informações edemonstração aos produtores em dias-de-campo.

As primeiras mudas em escalacomercial deverão estar disponíveis em2010. (Informações Polo de Exce-Polo de Exce-Polo de Exce-Polo de Exce-Polo de Exce-lência do Cafélência do Cafélência do Cafélência do Cafélência do Café http://excelenciacafe.simi.org.br/ )

Rua Padre Conrado, nº 730, Vila Nova

Franca (SP)PABX: (16) 3722-7977 -

A DEDEAGRO deseja a todos os agricultoresum Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

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Héctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier Narváez11111

Ricardo Lopes Dias da CostaRicardo Lopes Dias da CostaRicardo Lopes Dias da CostaRicardo Lopes Dias da CostaRicardo Lopes Dias da Costa22222

Reginaldo da Silva FontesReginaldo da Silva FontesReginaldo da Silva FontesReginaldo da Silva FontesReginaldo da Silva Fontes33333

Mauricio MogollónMauricio MogollónMauricio MogollónMauricio MogollónMauricio Mogollón44444

Daniel SorrentinoDaniel SorrentinoDaniel SorrentinoDaniel SorrentinoDaniel Sorrentino55555

O avanço da indústria pecuáriabrasileira, nos últimos anos, tem sidoacompanhado pelo rápido desenvol-vimento das biotecnias associadas àreprodução bovina. O surgimento daaspiração folicular transvaginal guiadapor ultra-sonografia também chamadacomo Ovum Pick Up (OPU) se deu nadécada de 80, com a finalidade de seruma abordagem menos invasiva que aabordagem cirúrgica ou por lapa-roscopia até então utilizadas. A aspira-ção folicular transvaginal guiada porultra-sonografia é uma técnica comu-mente utilizada na recuperação deoócitos imaturos dos folículos ovarianosde animais vivos de alto valor genéticopara a produção in vitro de embriões(PIV).

Atualmente em torno de 41,9% dosembriões produzidos no mundo sãoprovenientes da técnica OPU-PIV e nosúltimos anos o Brasil foi responsável poraproximadamente 50% dos embriõesproduzidos no mundo por está técnica.

Alguns pesquisadores anteriormentedemonstraram que é possível obter até18 gestações em três meses utilizando a

Aspiração folicular transvaginalAspiração folicular transvaginalAspiração folicular transvaginalAspiração folicular transvaginalAspiração folicular transvaginalguiada por ultra-sonografia eguiada por ultra-sonografia eguiada por ultra-sonografia eguiada por ultra-sonografia eguiada por ultra-sonografia e

produção produção produção produção produção in vitroin vitroin vitroin vitroin vitro de embriões de embriões de embriões de embriões de embriões

1 - Doutorando do Laboratório deReprodução e Melhoramento GenéticoAnimal da UENF, Campos dos Goytacazes/RJ, [email protected] - Pesquisador da Agência Paulista deTecnologia dos Agronegócios – APTA, PóloExtremo Oeste, Andradina/SP,[email protected] - Prof. Associado do Laboratório deReprodução e Melhoramento GenéticoAnimal da UENF, Campos dos Goytacazes/RJ, [email protected] e 5 - Mestrando do Laboratório deReprodução e Melhoramento GenéticoAnimal da UENF, Campos dos Goytacazes/RJ. [email protected]

técnica de aspiração folicular, enquantona transferência de embriões (TE)convencional, no mesmo período, seriapossível obter apenas 5 gestações.

Portanto, na OPU-PIV é possívelproduzir 2 a 3 vezes mais embriões porunidade de tempo com relação a TEconvencional. Outras das vantagens da

OPU-PIV são as obtenções deoócitos em qualquer fase do cicloestral sem tratamento hormonal,possibilitando realizar repetidasrecuperações de oócitos deanimais vivos sem trauma do tratoreprodutivo, permitindo, destaforma, a produção de embriõesoriundos de vacas senis, compatologias reprodutivasadquiridas, vacas prenhes enovilhas pré-púberes. Outravantagem na aplicação da PIV emrelação a outras tecnologias é amaximização do uso do sêmen,permitindo maior produção deembriões com uma dose de altovalor comercial e inclusive sêmensexado.

Buscando obter maiornúmero de embriões em um curto

Fig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos daFig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos daFig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos daFig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos daFig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos daAPTA Pólo Extremo OesteAPTA Pólo Extremo OesteAPTA Pólo Extremo OesteAPTA Pólo Extremo OesteAPTA Pólo Extremo Oeste

Fig.2 - Técnica de Aspiração folicularFig.2 - Técnica de Aspiração folicularFig.2 - Técnica de Aspiração folicularFig.2 - Técnica de Aspiração folicularFig.2 - Técnica de Aspiração folicular

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PPPPPEEEEECCCCCUUUUUÁÁÁÁÁRRRRRIIIIIAAAAAFig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.Fig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.Fig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.Fig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.Fig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.

período de tempo, a OPU têmgeralmente se baseados em 1 a 2 sessõessemanais usando animais superovuladosou não.

Pesquisas anteriores reportaramuma taxa de recuperação de oócitos emtorno de 2 a 3 estruturas por doadora,por sessão. Mais recentementereportaram uma taxa de recuperaçãode 9,7 estruturas e outros trabalhosacima de 11 oócitos por sessão.

Existe também uma ampla variaçãona produção de oócitos e embriões, comuma variação entre as doadoras de 4 a33%.

Essa variação pode estar diretamenterelacionada ao fato de que o oócito,para ser fertilizado in vivo, é obtidoatravés da ovulação de um folículosaudável, durante uma fase específicado ciclo estral e os oócitos aspirados paraprodução in vitro são obtidos defolículos em diferentes estádios dedesenvolvimento e em fases distintas dociclo estral.

Desta maneira, o Brasil apresentou apartir do ano 2000 um contínuo eexpressivo aumento na produção invitro de embriões, observando-se noano 2003 uma mudança no mercadonacional de embriões, caracterizadapela retração na produção de embriõespor superovulação convencional esubstituição desta pela produção invitro, que passa a responder, a partir de2006, pela maior produção deembriões, com 196.663 estruturasproduzidas em relação a 69.886embriões da TE convencional.Portanto, a produção in vitro deembriões, tanto no Brasil quanto nomundo, foi a técnica que maior espaçoganhou nos últimos anos paramultiplicação de animais de interesseeconômico, em função de sua grandecapacidade de produção.

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Publicamos, nesta edição, o MapaMapaMapaMapaMapaFlorestal do Município de FrancaFlorestal do Município de FrancaFlorestal do Município de FrancaFlorestal do Município de FrancaFlorestal do Município de Franca,organizado em 2005 pelo InstitutoFlorestal do Estado de São Paulo.

Na edição anterior, haviamos publi-cado o mapa do município de Altinópolis.

Município de Franca no mapa florestalMunicípio de Franca no mapa florestalMunicípio de Franca no mapa florestalMunicípio de Franca no mapa florestalMunicípio de Franca no mapa florestalde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SPde municípios do Estado de SP

Nossa proposta é retratar, mensalmenteum município, com o objetivo de informarsobre qual o tipo de cobertura florestalcobre o município, com sua respectivaárea. As áreas agropecuárias não sãodestacadas.

O SIFESP - Sistema de Infor-mações Florestais do Estado de SãoPaulo foi desenvolvido objetivandodisponibilizar informações sobre avegetação natural e o refloresta-mento resultantes de levantamentoefetuado pelo Instituto Florestal daSecretaria do Meio Ambiente, atra-vés de seu projeto “InventárioInventárioInventárioInventárioInventárioFlorestal do Estado de SPFlorestal do Estado de SPFlorestal do Estado de SPFlorestal do Estado de SPFlorestal do Estado de SP”.

Para algumas regiões, além dasinformações sobre a vegetação, sãoapresentados levantamentos sobreo uso e ocupação da terra. Contémainda, redes de drenagem, área ur-bana, rodovias, limites municipais,divisões por bacias hidrográficas eregiões administrativas, sendo todasas informações georreferenciadas.

O “Inventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daInventário Florestal daVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do EstadoVegetação Natural do Estadode SPde SPde SPde SPde SP” constitui uma seqüência dasações que o Instituto Florestal temdesenvolvido objetivando efetuar omapeamento e a avaliação dos re-manescentes da vegetação naturaldo Estado de São Paulo para fins deestudos e controle da dinâmica desuas alterações.

Publicado em 2005, o atualtrabalho é um produto digital sendoque as bases georreferenciadasestabelecidas permitem a associaçãode informações geográficas combanco de dados convencionais.

Os resultados do levantamentodos remanescentes são apresenta-dos, em tabelas e espacialmente,considerando-se as diferentes Re-giões Administrativas e Unidades deGerenciamento dos Recursos Hídri-cos do Estado de SP e Municipios.

Importante conquista do “In-In-In-In-In-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ventário Florestal da Vegeta-ção Natural do Estado de SPção Natural do Estado de SPção Natural do Estado de SPção Natural do Estado de SPção Natural do Estado de SP”foi a conversão das antigas legendasutilizadas na vegetação natural parao sistema de classificação fisionômi-co-ecológico e hierárquico utiliza-do pelo IBGE, de caráter mais uni-versal.

MAPA FLORESTAL DOS MUNICÍPIOS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

MAPA FLORESTAL DOS MUNICÍPIOS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

do Estado de São Paulo

Inventário Florestal

mata

capoeira

cerrado

cerradão

campo cerrado

campo

vegetação de várzea

mangue

restinga

vegetação não identificada

reflorestamento

Localização no Estado de São PauloUnidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos

1:200.000

5 km0

* (em relação a área do município)

área do município: 57.100 ha

548,00

2.691,64

1.036,49

7,22

83,71

13,42 0,02

0,15

0,01

1,82

4,71

0,96

vegetação não classificada

vegetação de várzea

cerradão

cerrado

capoeira

mata

4.380,48 7,67TOTAL

299,86 0,53reflorestamento

FRANCAFRANCA

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O planejamento para o desenvolvimento sustentável deuma nação requer cuidados com o uso dos recursos naturaise, por consequência, a imposição de conceitos conser-vacionistas como: área de preservação permanente, reservalegal, unidades de conservação e sistemas de produçãosustentáveis. Por isto, a Embrapa Florestas tem desenvolvido,ao longo de seus trinta anos de existência, pesquisas científicasnestas áreas do conhecimento, cujos resultados têm sidorepassados para toda a sociedade brasileira.

Neste documento, mais especificamente, os pesquisadoresda Embrapa Florestas, de diferentes formações técnico-científicas, expressam suas opiniões sobre aspectos técnicosrelacionados a Áreas de Preservação Permanente (APPs) eReserva Legal (RL).

Em relação aos ambientes fluviais a Embrapa Florestastem definido três posições, sendo duas já consolidadas e umaterceira em discussão com a sociedade.

A primeira considera que, além da presença dacobertura vegetal nativa ciliar, a vegetação de APPao longo dos rios ou de qualquer curso de água deveser mantida ou recomposta desde o nível mais alto,atingido nas cheias, em faixa marginal, respeitandoassim a presença recorrente das águas e suasimplicações subsequentes.

A segunda reconhece que a recomposição davegetação de APP deve ser realizada com espéciesnativas do ecossistema, de tal modo que as suasfunções ambientais possam ser cumpridas e a suaforma recuperada. Assim, em ambientes campestres,devem ser constituídas, predominantemente, porespécies nativas herbáceas e, em ambientes florestais,por espécies nativas arbustivas e arbóreas.

Como terceira posição, recomenda que a larguradas APPs fluviais considere, também, a textura e aespessura dos solos, assim como a declividade dasencostas adjacentes aos cursos de água. Esta propostacontempla a dinâmica de preservação ambiental,estabelecendo condições mínimas suficientes parapropiciar estabilidade geológica e pedológica,contribuindo para a preservação da flora e da faunanativa.

Desta forma, promove-se a preservação dosrecursos hidrológicos, essenciais à heterogeneidadebiótica. Convém considerar que a dinâmica demodelamento das encostas, com ou sem a presençade sistemas de produção, impõe distintos níveis eformas de pressão aos cursos de água.

Assim, como exemplo, as APPs deveriam terlarguras mais expressivas sobre solos arenosos, rasose em relevos declivosos do que em solos argilosos,profundos e de menor declividade. A maior largurajustifica-se porque os primeiros possuem menor

Considerações técnicas da EmbrapaConsiderações técnicas da EmbrapaConsiderações técnicas da EmbrapaConsiderações técnicas da EmbrapaConsiderações técnicas da EmbrapaFlorestas sobre APPs e Reserva LegalFlorestas sobre APPs e Reserva LegalFlorestas sobre APPs e Reserva LegalFlorestas sobre APPs e Reserva LegalFlorestas sobre APPs e Reserva Legal

capacidade de filtragem, menor capacidade dearmazenamento de água, bem como maior suscetibilidade àerosão.

Evidentemente, estas três condições deverão sercontempladas conjuntamente, provendo larguras condizentescom as respectivas fragilidades/potencialidades ambientais decada região.

Sobre APPs de topo de morro, a Embrapa Florestasconsidera que a falta de uma definição do termo “morro” emfunção da inexistência de uma conceituação homogênea naliteratura científica, certamente provoca graves problemasna aplicação da lei. Além disso, há uma grande subjetividadeem se estabelecer o que é “topo”, pois os critérios de escolhapodem ser os mais diversos em razão dos diferentes fatoresou processos presentes. Isto gerará, certamente, uma grandedúvida ao momento da aplicação da lei.

Cabe ressaltar que, atualmente, não se consideram as

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características geomorfológicas epedológicas do morro, impedindo,assim, que sejam definidas, concreta-mente, as fragilidades e/ou potencia-lidades destes locais, uma vez que nãosão consideradas a espessura dos solos,sua textura e nem mesmo a declividadelocal. Como agravante, não se podedeixar de mencionar que a perfeitaavaliação técnica da potencialidade e/ou fragilidade destes locais deveriaconsiderar, também, a forma e adimensão geográfica, tanto do morro,como de seu “topo”.

No Brasil existem muitos exemplosde “topos” de morros amplos, com solosprofundos, argilosos, presentes emrelevos de baixa declividade, traduzin-do alto potencial de uso.

Confrontantemente, nas suas en-costas existem solos rasos com menoresteores de argila e, naturalmente, emmaiores declividades, caracterizandoassim, a necessidade de se estabelecercuidados especiais nos sistemas deprodução para não constituir mais um

caso de tensão ecológica. Portanto, seriamuito mais lógico discutirem-sevulnerabilidades nas encostas do quenos “topos” dos morros pois, grandeparte das vezes, essas áreas são as maisvulneráveis.

A Embrapa Florestas tem desen-volvido pesquisas para recuperação deAPPs com sistemas produtivostemporários, tais como a utilização desistemas agroflorestais multiestrati-ficados, quando estas forem conside-radas degradadas. Assim, além de ensejarcritérios ambientais, poderá, ao mesmotempo, contemplar anseios de desen-volvimento dos agricultores.

Com relação às RLs e outras formasque proporcionem a manutenção oureconstituição da vegetação nativa, aEmbrapa Florestas procura contribuircom tecnologias que auxiliem na buscade um consenso nos debates atuais sobrea legislação pertinente e reconhececomo imprescindíveis para diversospreceitos de equilíbrio ambiental esocial.

A localização das RLs deve con-siderar o potencial de uso da terra, deforma que estejam localizadas em áreascom maior fragilidade e impor-tânciaambiental, integrando-se com ossistemas de produção, trazendo bene-fícios ao ambiente e proporcionandouma renda adicional ao produtor.Como estímulo à sua implantação emanutenção, a Embrapa dispõe detecnologias para seu uso sob a forma desistemas florestais e agroflorestais, queconsideram os aspectos ecológicos,sociais e econômicos, por meio domanejo sustentável.

Em conformidade com o que éprevisto em lei, a recomposição destasRLs pode ser efetivada através deplantios florestais mistos, com autilização ou não de espécies exóticas,em caráter temporário, tendo comopropósito estabelecer condiçõesfavoráveis à restauração do ecossistemaoriginal, com planos de manejo quedirecionem estes povoamentos parauma composição de espécies nativas, de

forma permanente. De formaanáloga, a Embrapa Florestasreconhece o mérito dos cri-térios previstos em lei para acompensação da RL ine-xistente, desde que em mesmabacia hidrográfica e nomesmo ecossistema.

Com estas considerações,pretende-se demonstrar oquanto o Código FlorestalBrasileiro pode ser aprimo-rado por meio de alteraçõesembasadas em pesquisascientíficas, caracterizando,mais uma vez, o compromissoda Embrapa com o desen-volvimento sustentável.(Fonte: EmbrapaFonte: EmbrapaFonte: EmbrapaFonte: EmbrapaFonte: EmbrapaFlorestasFlorestasFlorestasFlorestasFlorestas)

À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.

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LIVROSSAÚDE AVIÁRIA

E DOENÇAS

Autor: RaphaelLucio A. FilhoEditora: RocaContato: www.agrolivros.com.brTel: (51) 3402-3415

Esta obra, comapresentação di-dática, mostra osvários tipos de

doenças que afetam o ambiente avícola,oferecendo o que há de mais recenteem controle, tratamento e prevenção.

Saúde Aviária e Doenças contacom a preciosa colaboração deprofissionais experientes nas diversasáreas abrangidas, com especialdestaque às doenças que atingemavestruzes e emas, uma das maisimportantes criações da atualidade.

Uma obra imprescindível aosgraduandos de Veterinária e Zootecniacom foco em avicultura, além de bemservir aos profissionais que buscamatualização nesse campo.

SISTEMASAGROFLORESTAIS

Autor: VáriosautoresE d i t o r a :EmbrapaContato: www.agrolivros.com.brTel: (51) 3402-3415

A produção agrí-cola no Brasil eno mundo, ba-

seada na monocultura extensionista, nouso intensivo da terra e no alto consumode insumos manufaturados nas últimasdécadas, encontra-se em grave crisesocioeconômica e ambiental, apesar deganhos de produtividade. A degradaçãodo solo, a redução da biodiversidade, adiminuição dos estoques de água, oaumento da emissão de gases de efeitoestufa e apoluição ambiental, vem acar-retando acentuadamente na redução deáreas de terras cultivadas. Este livroreúne conhecimentos teóricos e práticosde 80 professores e pesquisadores dediversas instituições brasileiras e do ex-terior e está estruturado em seis partes,a saber: Socioeconomia e Política, Bio-logia, Ecologia e Serviços Ambientais;Manejo de Sistemas Agro-florestais, So-los e Nutrição de Plantas; Modelagem eEstatística; Ensino, Extensão e Difusãode Tecnologia.

O SENAR - Serviço Nacional deAprendizagem Rural e o SEBRAE - Ser-viço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas firmaram no últimodia 10 de dezembro, convênio de co-operação técnica para promover açõespara estimular o crescimento do peque-no produtor rural. Juntas, as duas insti-tuições vão desenvolver uma meto-dologia específica de GER - Gestão deEmpreendimento Rural.

Cerca de dois mil pequenos produto-res rurais será beneficiado. O convêniode cooperação técnica foi assinado pelapresidente da CNA - Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil e presi-dente do Conselho Deliberativo doSENAR, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), e pelo diretor-presidente doSEBRAE, Paulo Okamotto.

Serão desenvolvidos dez projetos-piloto. O projeto contará com investi-mento de R$ 10 milhões durante ospróximos 15 meses. Meta prioritária

SENAR e SEBRAE lançam programaSENAR e SEBRAE lançam programaSENAR e SEBRAE lançam programaSENAR e SEBRAE lançam programaSENAR e SEBRAE lançam programade gestão da pequena propriedadede gestão da pequena propriedadede gestão da pequena propriedadede gestão da pequena propriedadede gestão da pequena propriedade

será promover ações de qualificaçãodo homem do campo, de forma que oprodutor rural receba treinamento eseja capaz, com ajuda do SENAR, doSEBRAE e dos sindicatos rurais, deaprimorar a gestão da sua pequenapropriedade, transformando-a emnegócio lucrativo.

Em julho deste ano, SENAR e SE-BRAE realizaram na sede da CNA, emBrasília, o workshop “Empreendedo-Empreendedo-Empreendedo-Empreendedo-Empreendedo-rismo para Gestão da Pequenarismo para Gestão da Pequenarismo para Gestão da Pequenarismo para Gestão da Pequenarismo para Gestão da PequenaPropriedade RuralPropriedade RuralPropriedade RuralPropriedade RuralPropriedade Rural”. Desde então,ficou acertado a parceria para desen-volver um programa de eficiência degestão da empresa rural de âmbitonacional. “O produtor rural precisaestar consciente de que é um empre-sário rural e que precisa ter lucro com asua atividade, para assim poder conti-nuar oferecendo alimentos bons ebaratos para toda a população”, dizOmar Hennemann, secretário-executivo do Senar.

Em meio à Conferência do Clima deCopenhague, o presidente Luiz InácioLula da Silva assinou decreto que adiapara 11 de junho de 2011 a exigênciapara que os produtores rurais façam oregistro da reserva legal de sua proprie-dade - 80% na Amazônia e 20% para orestante do País. O decreto, que adiouem 18 meses o prazo da averbação, foipublicado no Diário Oficial da União.

Com o adiamento, Lula atendeuprincipalmente à sua base no Congresso,formada por ruralistas e ambientalistas.O presidente concedeu aos fazendeirosque desejarem recompor a reserva legalajuda financeira e técnica. Donos defazendas de até 150 hectares receberãoainda mudas e sementes, além definanciamentos especiais.

Para obter os incentivos, os proprie-tários terão de aderir ao ProgramaProgramaProgramaProgramaProgramaMais Ambiente Mais Ambiente Mais Ambiente Mais Ambiente Mais Ambiente e assinar um termode adesão e compromisso, garantindo arecomposição das reservas. O CódigoFlorestal estabelece prazo até 2031 paraque elas sejam recompostas. Segundo oministro da Agricultura, Reinhold

Stephanes, hoje cerca de 3 milhões depropriedades não têm condição decumprir as exigências de recomposição.A CNA - Confederação Nacional daAgricultura diz que 90% delas nãoregistraram a área de reservas.

O decreto de Lula também criaoutra condição especial para que oproprietário cumpra a legislação. Nãohaverá multa mesmo que ele não obe-deça ao prazo que acaba em 11 de junhode 2011. A partir do momento em queum fiscal do meio ambiente perceber odescumprimento, o proprietário terámais seis meses de prazo para indicar aárea da reserva, correr atrás da papela-da e fazer o registro no cartório.

AtualizaçãoAtualizaçãoAtualizaçãoAtualizaçãoAtualização - O presidente anun-ciou que depois de voltar de Copenha-gue, para onde vai na semana que vem,vai fazer um projeto de lei com propos-tas de mudanças no Código Florestal,para atualizá-lo. O projeto deverá pro-por a legalização do plantio nas áreasde encostas e morros para lavouras decafé, maçã, mate, uva e pêssego.(Fonte: Agência EstadoFonte: Agência EstadoFonte: Agência EstadoFonte: Agência EstadoFonte: Agência Estado).

Lula adia em 18 meses prazo paraLula adia em 18 meses prazo paraLula adia em 18 meses prazo paraLula adia em 18 meses prazo paraLula adia em 18 meses prazo paraprodutor rural registrar reserva legalprodutor rural registrar reserva legalprodutor rural registrar reserva legalprodutor rural registrar reserva legalprodutor rural registrar reserva legal

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3720-2323 - 3720-2141R. Elias Abrão, 110, São Joaquim - Franca (SP)

ADUBOS, SEMENTES,DEFENSIVOS;

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A Bolsa Agronegócios deseja a todos os nossos amigos,produtores rurais e fornecedores umFeliz Natal e umPróspero Ano Novo!

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