edição 58 - revista de agronegócios - junho/2011

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Edição 58 - Revista de Agronegócios - Junho/2011

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Revista Attalea participa da 14ª EXPOCAFÉe-mails

JUVENAL LOPES DE FREITASMédico Veterinário e pecuarista. Iti-rapuã (SP). “Solicito alteração do meu cadastro”.

DÉBORA GOULARTMédica Veterinária. Belo Horizonte (MG). “Bom dia, Sou veterinária formada pela UFMG e recentemente voltei de um intercâmbio nos EUA. Trabalhei em uma fazenda de gado de leite e tive experiência em 2 universidades americanas (Univer-sidade de Minnesota e Universidade de Wisconsin) na área de qualidade do leite. Gostaria de saber se a revista teria o inter-esse em publicar um artigo sobre as ex-periências que adquiri no exterior. Aguardo resposta, obrigada.”.

TATIANA MANHANIFuncionária de Agroindústria. Taquari-tinga (SP). “Conheci a revista através de uma amiga que a recebe. Fiquei muito in-teressada e gostei bastante do conteúdo da mesma. Trabalho na Via Néctare Tec-nologia em Bebidas e Alimentos, indústria de polpas e sucos concentrados de frutas tropicais (manga, goiaba, acerola, abacaxi e maracujá). Processamos estas frutas em regime de safra e exportamos mais de 70% de nossa produção para os países do hemisfério norte (EUA, Europa) e também para alguns países asiáticos e árabes.

SAMUEL FERNANDES RINOSecretário Municipal de Agricultura. Divinésia (MG). “Gostaria de parabenizar pelas excelentes matérias veiculadas pela Revista Attalea Agronegócios. Como faço para receber as próximas edições?”

EDITORIAL

Pelo terceiro ano consecutivo a Revista Attalea Agronegócios

participa da EXPOCAFÉ - maior evento da cadeia produtiva do café no país, realizada na cidade de Três Pontas (MG).

Foi a 6ª feira em que a revista participa neste ano e já com vis-tas de participar da Crop World Sul América 2011, que acontecerá no início de julho, em São Paulo (SP).

Nesta edição, publicamos diver-sas matérias envolvendo a colheita mecanizada na cultura do café. O tema chave mostra que a escassez da mão de obra eleva consideravelmente os cus-tos do cafeicultor. Apresentamos, tam-bém, características importantes de dois modelos de colhedoras da Jacto, representada na região da Alta Mo-giane e na região de São Sebastião do Paraíso (MG) pela Sami Máquinas.

Também importante são os resul-tados da análise de material orgânico do Sítio Santa Izabel, realizada pela Ri-bersolo, comprovando a importância do Manejo da Braquiária no cafezal do produtor Toninho David, em Franca (SP).

Também na cafeicultura, des-taque para o artigo do Dr. Hélio Casale, falando sobre a Desbrota do Cafeeiro x

IAF - Indice de Área Foliar”.Publicamos também artigo im-

portante do consultor Carlos Cogo com as Projeções para a Cafeicultura até o ano de 2020.

Na pecuária de leite, com o apoio do empresário Luis Antônio da Silva, da LWS Equipamentos para Refrigera-ção, mostramos que com as novas re-gras da IN 51 o pecuarista tem mais a ganhar fi nanceiramente do que perder com a modernização da propriedade.

Inovamos, nesta edição, com a primeira reportagem sobre veículos. Com o apoio da VEMAFRE publicamos matéria sobre a Chevrolet Montana.

Em parceria com o Escritório Al-vorada e com o Escritório Labor, publi-camos artigo interessante sobre a “Im-portância do Planejamento Tributário para a Produtor Rural”.

Boa leitura a todos!

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Líder em vendas na sua categoria, trator cafeeiro da Yanmar Agritech ganha versão cabinada

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Entre os dias 14 e 17 de junho a cidade de Três Pontas (MG), recebeu mais uma edição da Ex-pocafé, feira que reúne todos os setores ligados à produção cafeeira e que este ano teve como

novidade o lançamento da versão cabinada do trator modelo 1155 Cafeeiro de 55 CV e Super Redução da Yanmar Agritech.

O modelo 1155 Cafeeiro, com potência de 55 cv e 45,6 cv na tomada de força, chegou à Expocafé com sua nova versão visando atender uma necessidade solicita-da pelo mercado para a realização de trabalhos com mais conforto e segurança, como o de pulverização.

Segundo Sami El Jurdi, diretor da Sami Máqui-nas Agrícolas, uma das maiores concessionárias Yan-mar Agritech do Brasil, “a versão cabinada do trator 1155 vem ao encontro das necessidades do cafeicul-tor brasileiro e agrega ao trator este item de segurança importantíssimo ao operador, atendendo as exigências das normas brasileiras”.

“Desde o início de nossa produção de tratores no Brasil focamos a cultura do café. O 1155 é um sucesso e a máquina sempre foi muito bem recebida pelos

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MÁQUINAScafeicultores. Hoje é o trator mais adequado para cul-tura do café”, destaca o gerente de vendas da Agritech, Nelson Watanabe.

Os visitantes da Expocafé puderam conferir o desempenho dos tratores da Yanmar Agritech nas dinâmicas de campo promovidas durante o evento. “Nossos tratores foram desenvolvidos especialmente para a utilização em pequenas e médias áreas. São mais leves e por conta disso não compactam o solo, além de serem bastante econômicos”, afi rma Watanabe.

Por possuir uma linha voltada especialmente para as necessidades da agricultura familiar, a Agritech é a empresa líder em vendas do programa do governo federal “Mais Alimentos”, na categoria de tratores até 57 cv.

Julio Cesar Freitas Santos 1

A colheita do café pode ser totalmente mecanizada de forma direta, realizada através de colheitadeiras

automotrizes ou tracionadas por tra-tores, que promovem a derriça e o recolhimento dos frutos, os quais são em seguida ventilados e ensacados, ou ainda, depositados na própria má-quina ou despejados por tubulação em carretas.

Para que esta colheita mecaniza-da seja efetivada, exige-se um alto investimento inicial, com este custo sendo amortizado na média de quatro anos, cujo retorno do capital investido é rapidamente visualizado na redução de custos e no aumento do rendimen-to da colheita.

Esse sistema de colheita é geral-mente utilizado por grandes cafeicul-tores, que chegam a pagar elevadas quantias na aquisição de colheitadei-ras, visando a mecanização total de suas lavouras, entretanto os pequenos e médios cafeicultores podem fazer uso desse sistema através da locação de máquinas por hora ou por emprei-tada com comerciantes e produtores.

Para que seja alcançada maior efi ciência na operação da colheita mecanizada do café, deverão ser ob-servados as seguintes recomendações:

• Dimensão da lavoura – na de-

Pesquisa orienta sobre colheita mecanizadaterminação da área total da lavoura cafeeira considera-se como expressiva a plantação acima de 50 ha para que seja viabilizada a colheita mecanizada, havendo estudos comparativos com outras formas de colheita para ser defi nida a forma mais adequada para aquisição ou para locação de colheita-deiras;

• Topografi a do terreno – de preferência que a área seja plana ou levemente ondulada, não ultrapas-sando os 15% de declividade, para não haver difi culdade de deslocamento e operacionalização das colheitadeiras;

• Uniformidade da lavoura – deve-se efetuar o plantio em nível e na forma de renque com pouco espaço entre as plantas para não existir falhas, devendo as mesmas serem bem alinha-das em linhas bastante compridas para reduzir as manobras das máquinas;

• Altura das plantas – manter os cafeeiros na faixa de altura de 2,5 à 3,5 m, fazendo a condução de uma haste por cova e realização constante de po-das e desbrotas, evitando que as máqui-nas tenham falhas na coleta dos frutos ou causem danos as plantas de café;

• Espaçamento de plantio – nas entrelinhas o espaçamento adequado será mais aberto não podendo ser infe-rior a 3,5 m e nas linhas o espaçamento entre plantas pode variar de 0,7 à 1,0 m, possibilitando a passagem da co-lheitadeira com bom recolhimento dos frutos;

• Tamanho dos carreadores –

tanto os carreadores de acesso e de trânsito na lavoura deverão ser mais largos, tendo espaço médio de 6 à 8 m principalmente no fi nal das linhas de café para facilitar as manobras das máquinas;

• Maturação dos frutos – quanto maior a uniformidade de maturação dos frutos maior será a efi ciência da colheitadeira, com a mesma colhendo melhor frutos maduros e secos do que frutos verdes, evitando assim atraso na realização da colheita mecânica ou necessidade de se efetuar mais de uma passada da máquina na lavoura;

• Produção da lavoura – deve ser avaliado o potencial produtivo da lavoura, cuja apresentação de produ-tividade mais elevada proporcionará maior incremento no rendimento operacional da colheitadeira e conse-quente diminuição dos custos;

• Características da colheitadei-ra – na escolha da colheitadeira deve-se considerar seu custo de aquisição, locação e operação, sua adequação às condições da lavoura, sua regulagem de varetas e de velocidade e sua ca-pacidade de rendimento operacional;

• Instalações de pós-colheita – considera-se importante existir instalações de preparo e secagem necessárias para atender o alto ren-dimento das máquinas e o grande volume de frutos colhidos, para não prejudicar a operação de colheita e a qualidade da produção.1 - Pesquisador Fitotecnista da Embrapa Café /

Epamig Patrocínio

Modelo 1155 Super Redução, em exposição no estande da Yanmar Agri-tech, durante a 14ª EXPOCAFÉ

EM TEMPOSAMI MÁQUINAS -

Franca (SP) - (16) 3713-9600São Sebastião do Paraíso (MG) - (35) 3531-7000

www.samimaquinas.com.br / www.agritech.ind.br

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MÁQUINAS

Com o início da colheita de café, os produtores do grão volta-ram a enfrentar problemas

para contratar mão de obra, que, além de escassa, fi ca mais cara a cada ano. Em algumas regiões, os custos com os colhedores cresceram mais de 60%, se comparados com os de 2010.

De acordo com representantes de cooperativas do segmento, os gas-tos com a colheita não mecanizada chegam a representar 50% do valor fi nal da saca de café, hoje cotada a R$ 500. Para evitar prejuízos, os ca-feicultores devem fi car muito atentos para as despesas com mão de obra e, sempre que possível, investir na me-canização da cultura.

Entre os fatores que reduzem a oferta de trabalhadores para a colhei-ta estão o aumento da escolaridade da população rural, o que abre novas oportunidades de empregos, e a de-manda aquecida, principalmente na construção civil.

Colheita é intensifi cada e escassez de mão-de-obra eleva custos do cafeicultor

De acordo com o gerente de de-senvolvimento técnico da COOXUPÉ - Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (MG), Joaquim Goulart de Andrade, com a diversifi cação das oportunidades de empregos, os traba-lhadores têm optado por cargos efeti-vos e não temporários, como a colheita do grão. “A mão de obra é o principal componente dos custos da saca de café. Para amenizar os gastos, os cafeicul-tores estão investindo cada vez mais na mecanização. Porém, devido ao relevo em algumas regiões do Estado, muitas vezes não é possível mecanizar o pro-cesso”, diz.

Segundo Andrade, a mão de obra na região de Guaxupé está 62,5% mais cara que a contratada em 2010. No ano passado, o valor pago por 60 litros de grãos colhidos era de R$ 8, hoje está em torno de R$ 13. O encarecimento dos custos foi amenizado pela valoriza-ção da saca, que passou dos R$ 250 para os atuais R$ 500.

MECANIZAÇÃO – A me-canização dos cafezais tem reduzido os custos dos produtores associados à COOPARAÍSO - Cooperativa Re-gional dos Cafeicultores de São Se-bastião do Paraíso. De acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Al-meida, cerca de 40% dos cooperados já mecanizaram os cafezais. O au-mento dos custos com mão de obra e a redução do números de trabalha-dores foram os principais impulsos para os investimentos.

Na região de atuação da CO-OPARAÍSO, o custo com os colhe-dores responde por 30% dos preços fi nais da saca, e a mão de obra no res-tante dos processos compromete 15% do valor. “Mesmo com os rendimen-tos comprometidos nos últimos anos, os cafeicultores da região têm prefe-rido investir na mecanização a pagar alto pelos colhedores. A tendência é que seja ampliada a cada ano”, diz Al-meida. (Fonte: Diário do Comércio)

Tracionada ou automotriz, colhedoras de café Jacto atendem a pequenos e grandes

Devido à intensa pesquisa por novos produtos, a crescente mecanização da agricultura brasileira e a busca de maior

competitividade, o mercado brasileiro expandiu-se. Para atender uma agri-cultura extremamente diversifi cada, a Jacto possui uma linha de colhedoras de café que atendem do pequeno ao grande agricultor.

Merecem destaque dois modelos da empresa: a KTR Advance, traciona-da com trator; e a automotriz K3 Mil-lenium.

KTR ADVANCE - Lançada em 1997, com um projeto robusto e arro-jado, a KTR Advance foi desenvolvida para o cafeicultor que busca maior produção diária com grande efi ciência na colheita. Se adapta perfeitamente às mais severas condições de trabalho. A KTR Advance possui bica com des-carga angular, cabine com excelente visibilidade e proteção, computador para monitoramento do equipamento

e um excelente conjunto para colheita e limpeza de grãos. Através do sistema hidráulico para nivelamento da máqui-na, o operador pode levantar ou abai-

xar a KTR Advance de acordo com a altura do cafeeiro e incliná-la para um lado ou para o outro, acompanhando a disposição das plantas e a caracterís-

Modelo KTR Advance em exposição na 14ª EXPOCAFÉ, no estande da Jacto.

K3 Millenium: operação de colheita faci-litada mesmo em terrenos desnivelados.

disposição das plantas e a caracterís-

que seja ampliada a cada ano”, diz Al-) A

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.brtica do terreno. O ângulo de trabalho da descarga mecânica pode variar de 0 a 90°, permitindo que a carreta cami-nhe por diferentes espaçamentos da lavoura.

Toda a operação de regulagem da descarga é feita por comandos, loca-lizados dentro da cabine. Este sistema proporciona uma chegada muito mais rápida do café ao terreiro, reduzindo os custos e garantindo a qualidade da produção.

A KTR Advance dispõe de co-lheita por ensaque na mesma máquina. Seu conjunto possui hastes vibratórias que atuam na planta causando, assim, a queda dos grãos.

Lâminas retráteis fecham o espa-ço sob a saia do cafeeiro, coletando os grãos, que são depositados em uma es-teira, onde é feita a primeira separação e folhas e galhos maiores. Em seguida, são levados por transportadores in-ternos onde as demais impurezas são

Colhedora Modelo K3 Millenium, em operação em cafezais da região de Franca.

separadas por processo de ventilação. O sistema garante excelentes resultados na colheita, além da certeza de um café livre de impurezas.

K3 MILLENIUM - A colhedora de café K-3 ope-ra a cavaleiro nas linhas das plantas, com as hastes vi-bratórias atuando em torno de cada planta. Assim, os grãos se soltam e são coletadas por um conjunto de lâmi-nas retráteis, que fecham o espaço sob a saia do cafeeiro. Os frutos colhidos são levados até o sistema de limpeza, por transportadores internos nos sentidos horizontais e verticais, onde as impurezas são separadas por um pro-cesso de ventilação. Depois de limpos, os grãos são en-sacados e retirados por operadores auxiliares.

Os comandos da K-3 são de fácil manejo, possi-bilitando ao operador perfeito domínio sobre o equi-

pamento, além da extrema leveza proporcionada pela direção hidráulica.

Através do sistema hidráulico especial, o operador pode le-vantar ou abaixar a K-3, de acordo com a altura do cafeeiro, e in-cliná-la para um lado e para outro, acompanhando a disposição destes e a característica do terreno.

A efi ciência de colheita da K-3, vai de 85 a 97% com ve-locidade de trabalho variando de 500 a 1500 metros/hora, che-gando a colher até 200 sacas por hora, alcançando declividade de até 10%.

A colhedora K-3 é comercializada em duas versões, a versão com sistema de ensaque e a versão com sistema duplo de ensaque e à granel.

TABELA 1 - Especifi cações técnicas da colhedora K3.ESPECIFICAÇÃOITEM

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Motor

TransmissãoFreios

Sistemade direção

Medidasponderais edimensionais

Marca Perkins nº de cilindros = 4 em linhapotência 110 cvcombustível óleo diesel-consumo: 6 l/hhidrostáticafrenagem principal = freio motorfrenagem auxiliar = freio tamborC3

peso total = 7.000 kgfcomprimento total = 5,80 mlargura total = 3,10 mbitola = 2,70 maltura total abaixada = 3,40 mvariação da altura = 0,40 mvelocidade de transporte = 15 km/hvelocidade de operação = 0,5 - 3,0 km/hrendimento horário = 0,2 a 1,2 ha/hjornada de trabalho =10 a 18 haltura de colheita = 2,6 m (faixa vertical útil de ação dos vibradores)espaçamento linhas = a partir de 3,0 m

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CAFÉ

Na esteira do sucesso alcançado pelo Sistema AgCel-ence® Soja de Produtividade Top, a Unidade de Pro-teção de Cultivos da BASF lança sua versão do manejo para os cultivos de café, uva, batata e tomate. Os es-

tudos realizados para essas culturas apontaram que os benefícios proporcionados vão além da proteção e do aumento de produtivi-dade. “A qualidade desses produtos é fator preponderante para garantir a comercialização. Com isso, o modelo criado pela BASF vai ajudar a assegurar que o agricultor tenha maior rentabilidade no negócio”, explica o gerente de Marketing de Cultivos de Espe-cialidades da BASF, Redson Vieira.

No cultivo do café, a uniformidade na maturação dos grãos se destaca como um dos principais benefícios do sistema. O mo-delo de manejo desenvolvido pela BASF no Brasil ajuda a prote-ger o cafeeiro de colheita a colheita. Os procedimentos do Siste-ma AgCelence® Café têm início logo após a colheita dos frutos, quando aparecerem os primeiros sinais da doença, com aplicação do fungicida Cantus® que ajuda a garantir a proteção das folhas e ramos. Já nos períodos de pré e pós fl orada são utilizados os fun-gicidas Cantus® e Comet®. Nesta fase, a proteção é importante para aumentar a proteção das fl ores e pegamento dos frutos. A última etapa é a proteção dos frutos e folhas utlizando o con-sagrado fungicida Opera® que proporcionará, além do controle fi tossanitário, maior quantidade de grãos cereja.

Hortifruti – na cultura da uva, os fungicidas Collis® e o

BASF amplia benefícios do Sistema AgCelence® para outros cultivos

Cabrio® Top serão empregados em diferentes etapas do manejo fi tossanitário. Esse modelo proporciona maior teor de graus brix, o que torna o fruto mais doce e pa-latável. Para os cultivos de tomate e batata, o Sistema AgCelence® integra a aplicação sequencial dos fun-gicidas Cantus® e Cabrio® Top para melhor manejo fi tossanitário. Além disso, a alternância entre os dois produtos ajuda a garantir o melhor manejo de resistên-cia de fungos a fungicidas. Os estudos realizados para esse cultivo constataram, além do excelente controle fi tossanitário, aumento de produtividade, melhoria na qualidade e maior uniformidade do produto fi nal.

Os sistemas já estão disponíveis para os agricul-tores. Vieira ressalta a importância da qualidade do produto fi nal em cultivos de especialidades: “É isso que estamos considerando como sustentabilidade para o agricultor, um modelo de manejo que ajuda a assegu-rar controle fi tossanitário, produtividade e qualidade dos produtos agrícolas proporcionando, naturalmente, maior rentabilidade para o negócio”.

A BASF, química líder mundial, e a EMBRA-PA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária anunciaram mais uma parceria

público-privada pioneira voltada à agricultura. A parceria terá foco em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de biotecnologia, melhoramento genético, fertilidade e mecanização de solos, proteção de plan-tas e fi siologia vegetal. As instituições podem acio-nar uma à outra ao identifi carem oportunidades de desenvolvimento de novas tecnologias nas quais jul-guem agregação de valor ao projeto.

Os dois primeiros projetos desta nova parceria tratam de produtos biológicos. Um deles é voltado ao estudo de uma bactéria destinada ao manejo de fun-gos na cultura da soja e, o outro, a uma bactéria com fi xadora de nitrogênio para a cana de açúcar.

Sistema de Produção Cultivance® - a primeira soja geneticamente modifi cada totalmente desen-volvida no Brasil e tolerante a herbicidas. Este siste-ma estará disponível no mercado nacional na safra 2012/2013 por meio do mercado legal de sementes. Além deste projeto, foi anunciado em fevereiro de 2011 o lançamento de uma nova cultivar de arroz tolerante ao herbicida Only®, intitulada BRS Sinu-elo CL. A variedade é destinada ao manejo das lavou-ras com o auxílio do Sistema de Produção Clearfi eld® Arroz para o controle do arroz vermelho, também decorrente de aproximadamente dez anos de pesqui-sa entre as duas instituições.

A BASF, química líder mundial, e a EMBRA-

BASF e EMBRAPA anunciam acordo de cooperação

dos produtos agrícolas proporcionando, naturalmente, A

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EXPOCAFÉ apresentou novas tecnologias para a cafeicultura

CROP WORLD acontece de 4 a 5 de julho emSão Paulo

A 14ª edição da EXPOCAFÉ superou todas as expecta-tivas e atraiu toda a cadeia produtiva da cafeicultura de 15 a 17 de junho, para a Fazenda Experimental

de Três Pontas (MG). Idealizada e coordenada pela UFLA - Universidade Federal de Lavras (MG) durante 12 anos, com o objetivo de ampliar o debate sobre os desafi os do setor, para exposição de máquinas e produtos inovadores para a cafeicultura, a EXPOCAFÉ foi realizada pelo segundo ano consecutivo pela EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais.

Os dados da feira ainda não foram fi nalizados até o fechamento desta edição, mas contabilizamos 7 mil pessoas apenas no primeiro dia do evento, que puderam visitar os 133 estandes e as 21 dinâmicas de campo.

Os visitantes puderam conferir as novidades de má-quinas como derriçadeiras, atomizadores, pulverizadores, colheitadeiras, recolhedoras, além de equipamentos que buscam redução de custo e sustentabilidade da atividade.

Entre os destaques estão: descascadora e despolpadora de café que praticamente não utiliza água no processo. O equipamento usa cinco vezes menos água que os outros dis-poníveis no mercado. Enquanto os convencionais gastam um litro de água para um litro de café, este equipamento utiliza 200 ml de água para cada litro de café.

Outra novidade é uma colhedora elétrica que ainda está em fase de estudo por uma incubadora da Universidade Federal de Lavras (Ufl a). O equipamento pode apresentar tanto menor custo para aquisição quanto para manutenção.

Lançamento da Palini & Alves durante a EXPOCAFÉ.

A 2ª edição da conferência Crop World South America 2011 - Feira e Congresso Internacional de Negócios, Ciência e Tecnologia em Produção Agrícola acontece entre os dias 4 e 5 de julho no

Hotel Blue Tree Morumbi, em São Paulo (SP).A Crop World abordará temas extremamente im-

portantes para os setores de defensivos, fertilizantes e para toda a cadeia de produção agrícola. De acordo com Eduardo Daher, diretor da ANDEF, “a produção de grãos aumentou 152% nos últimos 20 anos, enquanto a área plantada cresceu apenas 25%. Grande parte destes ganhos de produtividade devem-se as inovações em tecnologia e as práticas agríco-las e o Brasil esta à beira de se tornar uma superpotência agrícola. Nada mais oportuno do que nos debruçarmos sobre esses pontos fundamentais para o sucesso da agropecuária brasileira”, disse Daher.

“A pressão colocada sobre o abastecimento global de alimentos indica a necessidade de um evento que norteie as alternativas para os principais desafi os deste setor, que traga oportunidades de dividir conhecimentos”, disse Mirela Mellone, Diretora de Conferências da UBM Conferences, empresa responsável pelo evento no Brasil. “A posição da Crop World South America como um dos eventos líderes mundiais em produção agrícola com um programa baseado em extensa pesquisa de mercado local, torna-se uma escolha natural para empresas interessadas em participar, palestrar e expor que queiram dividir soluções inovadoras em produtos para este setor”, complementa.

A conferência proporcionará palestras com as maiores referências do mercado, oferecendo novas soluções para os grandes desafi os do setor. Venha fi car a frente da concorrên-cia com: Antonio Carlos Guimaraes (presidente Syngenta) José Agenor (diretor da ANVISA), Luís Rangel (coordenador de registro de agrotóxicos do MAPA), Márcio Freitas (coor-denador de avaliação de substâncias químicas do IBAMA), Helder Muteia (representante da FAO), Elena Tundisi (BAYER CropScience), Antônio de Padua Cruz (manager Honeywell Resins & Chemicals), Eduardo Daher (diretor ANDEF), David Roquetti (diretor ANDA), Eduardo Leão de Sousa (Diretor UNICA), Túlio de Oliveira (diretor executivo AENDA), Roberta Nocelli (Prof.ª Drª Centro de Ciências Agrárias/UFSCar), Olivier Girard (diretor macrologística), Alfredo Scheid Lopes (Engº Agrº,PhD, Professor Emérito da UFLA), Marco Fujihara (diretor Instituto Totem)Alfredo Scheid Lopes (Engº Agrº,PhD, Professor Emérito da

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.brPOLÍTICA

Dilma e Rossi lançam Plano Agrícola e Pecuário da safra 2011/2012

O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2011/12 da agricultura empresarial foi ofi cialmente lançado dia 17, em Ribeirão Preto (SP), pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

O governo vai disponibilizar R$ 107,2 bilhões para a agricultura empresarial na safra 2011/12. O valor é 7,2% su-perior ao destinado na safra passada. O ministro da Agricul-tura disse no lançamento que o atual plano agrícola é “uma revolução”. “Ele consolida o respeito à produção e, mesmo em tempos de contenção, o governo está disponibilizando esse valor para a agricultura brasileira”, afi rmou Rossi.

INVESTIMENTO - O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá 48,2% mais recursos que o estipulado na safra 2010/2011. No ciclo 2011/2012, o Pronamp coloca à disposição dos produtores R$ 8,3 bilhões para crédito de custeio e investimento, com taxas de juros de 6,25% e até oito anos para pagamento, no caso de operações de investimento.

Outra alteração importante foi o aumento do limite de renda bruta anual para enquadramento no programa que passa de R$ 500 mil para R$ 700 mil. Além disso, os limites de custeio e de investimento/benefi ciário foram ampliados, respectivamente, para R$ 400 mil e R$ 300 mil.

PECUÁRIA - Tanto o ministro como a presidente da República destacaram na solenidade as novidades que o PAP 2011/12 está trazendo e que contemplam a produção de laranja, cana-de-açúcar e a pecuária. Houve a inclusão dos produtores de laranja como benefi ciários da Linha Es-pecial de Crédito a Comercialização (LEC) e foi criada uma linha de fi nanciamento para as indústrias fi nanciarem seus estoques. Pela primeira vez, foi criada uma linha especial para os criadores de gado. Nela, produtores terão fi nancia-mento de até R$ 750 mil para a aquisição de reprodutores

e matrizes de bovinos e búfalos. Para custeio, os pecuaristas terão seu limite aumentado de R$ 275 mil para R$ 650 mil. “Também vamos fi nanciar a renovação de pastagens e que-remos melhorar a produtividade passando da atual média de 1,2 cabeça por hectare para 3 cabeças por hectare em dez anos. Isso vai mudar o nosso patamar e liberar mais terras para o cultivo de outras opções”, ressaltou Rossi.

CANA DE AÇÚCAR - O governo também criou um programa de investimento para ampliar a produção de cana-de-açúcar, um dos pontos para tentar solucionar o problema da escassez de etanol em alguns períodos do ano, jogando o preço do combustível para cima. O limite de contratação será de R$ 1 milhão, com prazo de cinco anos para pagar.

COMERCIALIZAÇÃO - Em 2012, o orçamento para apoio à comercialização deverá ser de R$ 5,2 bilhões. Os recursos serão investidos em medidas para garantir o preço mínimo ao produtor e o abastecimento interno com instru-mentos como a aquisição direta e equalização de preços.

Haverá, ainda, elevação dos preços mínimos de leite (até 8,5%), farinha de mandioca (11,2%), raiz de mandi-oca (até 21%), castanha de caju (12,5%), juta e malva (até 47,5%), e mamona (14,5%). Alguns produtos da sociobiodi-versidade também terão aumento nos preços mínimos: açaí (20%), pequi (até 10%) e pó cerífero (5%).

Wagner Rossi, Ministro da Agricultura; Michel Temer, vice-presi-dente; Dilma Rousseff, presidente; Kátia Abreu, senadora e presi-dente da CNA, ao fundo.

versidade também terão aumento nos preços mínimos: açaí A

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Análise de material orgânico comprova que o Manejo da Braquiária benefi cia o cafezal

Mais uma vez retratamos, nas páginas da Revista Attalea Agronegócios, matéria acerca do Mane-

jo da Braquiária na Cafeicultura. Para alguns pode ser novidade, mas o as-sunto já foi publicado na edição nº 40 (novembro de 2009) e está se tornando uma das técnicas mais difundidas nas regiões cafeicultoras da Alta Mogiana, no Cerrado Mineiro, no Sudoeste e no

Sul de Minas Gerais.Fruto da observação apurada de

Antônio Carlos David, a técnica do Manejo da Braquiária vem sendo ado-tada há pelo menos quatro anos no Sí-tio Santa Izabel - localizado na rodovia que liga Franca (SP) a Ribeirão Cor-rente (SP). “Foram anos de trabalho e observação na cultura do café, sempre na expectativa de encontrar um mane-jo que atendesse as necessidades da

planta e, consequentemente, aumen-tasse a produção. Participei de várias palestras, visitei produtores de café em várias regiões. Como não tenho irriga-ção, o manejo da braquiária constituiu a melhor técnica para mim na cafei-cultura. Com a braquiária, eliminei a aplicação de herbicidas e reduzi grada-tivamente a adubação do cafezal. Meu cafezal produz muito acima da média (92 sacas por hectare no ano passado), além de economizar mais de 40% do custo fi nal”, explica Toninho David.

Estes números foram muito ques-tionados por renomados engenheiros agrônomos, especialistas em cafeicul-tura, bem como por experimentados cafeicultores. Quando a matéria foi publicada, em novembro, a própria Revista Attalea Agronegócios foi ques-tionada por publicar informações ain-da sem dados científi cos.

Mesmo assim, graças ao alcance da revista e à rede de informação téc-nica que envolve a cafeicultura em todo o país, o tema alcançou outras regiões produtoras de café. A partir de janeiro deste ano, várias comitivas de cafeicultores e engenheiros agrônomos passaram a visitar o Sítio Santa Izabel.

No último dia 15 de abril deste ano, 40 cafeicultores da região de

Entrelinha do cafezal com braquiária no início do pendoamento (ponto de maior concentração de nutrientes)

Entrelinha do cafezal com a braquiária já manejada mecanicamente, mantendo a cobertura do solo.

Engenheiros Agrônomos visitam a propriedade de Toninho David. Da direita para a esquer-da: Hélio Casale, Fernando Pavão, Albino Rocchetti, Roberto Maegawa (Cocapec), Márcio Figueiredo (Cati), Fernando Ribeiro (Kissol) e Fernando Jardine (Nutriplant).

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.brTABELA 1 - Resultado da análise de material orgânico proveniente do manejo do capim

ESPECIFICAÇÃO

% Nitrogênio% P2O5 solúvel citrato neutro amônio+água% P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%% P2O5 solúvel em água% P2O5 total% K2O solúvel em água% K2O total

% Cálcio% Magnésio% Enxofre% Sódio

% Ferro% Manganês% Cobre% Zinco% Boro% Cobalto% Níquel

pHDensidade (kg/m³)Relação Carbono/Nitrogênio% Carbono Orgânico% Matéria Orgânica% Umidade

FONTE: Análise realizada pela Ribersolo, em 06 de abril de 2011.

1,30 (148 kg/ha)---------

0,38 (43 kg/ha)---

2,67 (305 kg/ha)

0,44 (50 kgha)0,26 (29,7 kg/ha)

< 0,01---

0,030,01

< 0,01< 0,01< 0,01

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------

37,80---

88,44----

1,18---------

0,35---

2,43

0,400,24

< 0,01---

0,03< 0,01< 0,01< 0,01< 0,01

------

6,04---

37,79---

80,548,93

MATÉRIA SECA MATÉRIA ÚMIDA

Patrocínio (MG), no cerrado mineiro, incluindo profi ssionais da COOPA – Cooperativa Agropecuária de Pa-trocínio, do SEBRAE-MG e do EDU-CAMPO –, estiveram conhecendo a técnica a convite do engenheiro agrônomo Leslie Cruvinel.

Foi a segunda visita de Cruvinel na lavoura de Toninho. No ano passa-do havia organizado uma caravana de cafeicultores dos municípios de Monte Carmelo (MG) e Patrocínio (MG).

COMPROVAÇÃO - Engenheiro Agrônomo formado pela ESALQ/USP e atualmente consultor na área de ca-feicultura, Hélio Casale é considerado um dos mais importantes profi ssionais do setor. Desde que Toninho David adotou a técnica do Manejo da Bra-quiária, Hélio Casale vem acompa-nhando-o. E como forma de compro-var os resultados da técnica, sugeriu que realizasse análise dos resíduos da Braquiária para comprovar o processo de reciclagem de nutrientes.

No início deste ano, Toninho Da-vid procurou a Ribersolo - Laboratório de Análise de Solo e Foliar, localizado em Ribeirão Preto (SP) e considerado um dos mais conceituados laboratórios do país. “Cortei a braquiária no ponto certo, ainda verde; pesei-a e coloquei para secar na sombra. Depois de seca, voltei a pesá-la. Quinze dias após man-dei fazer a análise”, explica.

Considerando quatro cortes no período chuvoso, sempre no ponto ide-al de corte, o cafeicultor obteve uma produção de 31,99 toneladas de massa verde de gramínea por hectare.

Os resultados surpreenderam até mesmo o cafeicultor. “Eu sabia que a técnica repunha os nutrientes no solo, quando do manejo. Mas não imagina que era tanto assim”, exclama Toninho.

Os nutrientes que mais surpreen-deram foram o Nitrogênio e o Potássio, bem como os altos teores de Matéria Orgânica (Ver Tabela 1)

“A análise comprova que o mane-jo da braquiária devolve ao solo - dis-ponibilizando para o cafeeiro quando manejada -, cerca de 148 kg de Ni-trogênio por hectare. “E não é só o ni-trogênio. Olha o teor de fósforo e o de potássio. Isto custa muito dinheiro ao agricultor. E eu estou economizando. Então, isto comprova que a consórcio com braquiária é importante sim para o cafeicultor”, afi rma Toninho David.

Além da questão nutricional, a técnica do manejo da braquiária traz outro benefício imediato para o cafei-cultor. “A cobertura do solo, tanto no

período que a gramínea está em cresci-mento, bem como depois de manejada, quando já é uma palhada, se der um ve-ranico de até 90 dias, eu estou sossega-do. Ao passo que o cafeicultor tradicio-nal, que não dispõe de irrigação, corre o risco de perder a produção”, explica.

Ele ressalta outro fator impor-tante do manejo da braquiária na en-trelinha do cafezal. A preservação das radicelas da planta. A aplicação do herbicida prejudica sensivelmente a planta. E isto compromete a produção. Mantendo o solo preservado, as raízes se desenvolvem melhor.

Adotando o manejo das folhas, no momento ideal, a braquiária de-volve os nutrientes ao solo, nutrindo as plantas do café.

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Os benefícios da braquiária são comprovados visualmente. Basta uma volta na propriedade. Os talhões de café do Sítio Santa Izabel se recupera-ram rapidamente ao fi nal da colhei-ta do ano passado e a produção deste ano – mesmo em ano de baixa – prova que matéria orgânica produzida com o manejo da braquiária fornece direta-mente alguns nutrientes que a planta precisa, bem como favorece a liberação de outros macro e micronutrientes que estavam imobilizados no solo.

PARA QUEM VAI INICIAR - O cafeicultor recomenda que a técnica do manejo de braquiária deve ser iniciada quando da implantação dos novos ta-lhões.

Quando se elimina um cafezal velho e planta-se um novo, o ideal é que se promova uma renovação no solo. Além do “descanso” e reposição de nutrientes, o plantio da braquiária também contribui para a redução sig-nifi cativa dos restos da antiga cultura e possíveis pragas e doenças. “O cafei-

cultor pode achar que está ‘perdendo’ um ano. Mas é o contrário. Ele está ga-nhando dois anos, devido à recupera-ção do solo.

Caso o cafeicultor queira adotar a técnica em lavouras já implantadas ou no caso de lavouras recepadas, To-ninho recomenda que seja adubada a área total.

“Adubo o café e adubo a bra-quiária. A cada ano, vou reduzindo a quantidade de fertilizante necessário à cultura do café. A análise de folha que eu fi z comprova que não há necessidade da aplicação de grandes quantidades de adubos com o passar dos anos. Só para se ter idéia, no meu caso, para este ano, tive que armazenar o fertilizante nitro-genado que eu já tinha comprado, pois não tinha necessidade”, ressalta.

O cafeicultor afi rma, ainda, que com isto, presta mais atenção na apli-cação de micronutrientes como o Boro e Zinco do que em Nitrogênio, Fósforo e Potássio.

VIDA NO SOLO - A manuten-

ção da matéria orgânica sobre o solo, além de contribuir diretamente para com a reciclagem de nutrientes para o cafe-eiro, traz outro benefício. “Ob-servei que o solo dos talhões de café com braquiária são ‘vivos’. São várias as espécies de insetos que sobrevivem aqui. E não causam nenhum problema à cultura. Pelo contrário, benefi ciam. Como exemplo, temos os corós (larvas de besouros da espécie Diloboderus ab-derus). Os besouros adultos perfuram galerias no solo, a profundidades de até 20 centímetros, para colocar seus ovos. Junto com os ovos, os besouros-pais levam restos de matéria orgânica que servirão de alimento para as crias. Esta matéria orgânica benefi cia não so-mente as larvas, mas também as radice-las do cafeeiro. Quero dizer, com tudo isto, que o produtor rural tem que ser mais observador. Deve analisar a sua propriedade como um todo, conhecer a fundo a cultura explorada e adotar técnicas que dêem retorno fi nanceiro sem prejuízos ao solo e ao meio ambi-ente”, fi naliza.

O cafeicultor Toninho David conversa com Paulinho, diretor da Casa das Sementes (Franca/SP).

Toninho David mostra as larvas do besouro Diloboderus abderus desenterradas a pouco menos de 20 cm da superfície do solo.

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.brEVENTOS

Itirapuã (SP) comemora o sucesso do 3º Seminário ‘Café com Leite’

7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil será em em Araxá (MG)

EM TEMPOwww.simposiocafe.sapc.embrapa.br

Tauá Grande Hotel - (31) 3236-1900 - Araxá (MG)

O 7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, organizado pela EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-

pecuária, será realizado de 22 a 25 de agosto em Araxá (MG). Sob o tema “Articulações em redes de pesquisa e novas fronteiras do conhecimento”, a proposta do evento é fomentar o debate entre a comunidade científi ca e representantes da cadeia produtiva sobre o desenvolvimento de tecnolo-gias e produtos relacionados ao café.

Durante o encontro, serão abordados três temas principais – “Agronegócio café”, “Regiões cafeeiras” e “Cafeicultura e Meio Ambiente” –, nos quais serão discutidos tópicos como comer-cialização, gestão da propriedade, biotecnologia, irrigação, qualidade, manejo ecológico pós-co-lheita, fertilidade de solo, ecofi siologia e mecanis-mos de desenvolvimento limpo.

Além da apresentação de trabalhos e mini-cursos, os participantes do simpósio contarão com palestras e conferências de pesquisadores e per-sonalidades do agronegócio, sessão de pôsteres e apresentações orais.

Com muita competência, a prefeitura de Itirapuã (SP), em parceria com a CATI e SENAR-SP, foi realizado de 17 a 18 de junho o 3º Seminário Café com Leite, evento que integrou a 22ª Festa do Peão de Itirapuã. O evento foi realizado no Centro de Lazer “José Antônio da Silva” e contou com a participação do governador Geraldo Alckmin e de diversas autoridades.

O evento contou ainda com importantes palestras: “Análise Sócio-Econômica do Mercado do Café”, proferida pelo econo-mista Celso Luiz Rodrigues Vegro, do Instituto de Economia Agrícola; “Atuais Créditos Rurais Disponíveis”, com Kátia Maria Gianini, da FEAP e Norival dos Santos Rocha Júnior, gerente geral do Banco do Brasil da região de Franca (SP); e “Código Florestal – Impacto Regional”, com João Cabreira Filho, Secre-tário do Comitê de Bacia Hidrográfi ca do Rio Pardo.

Além das palestras, o evento teve ainda exposições de má-quinas, insumos, implementos agrícolas e serviços, com a par-ticipação da Oimasa, New Holland, MIAC-Colombo, Cocapec, Dedeagro, Coonai e Galpão do Leite.

O prefeito de Itirapuã, Marcos Henrique Alves; o economista do IEA Celso Luiz Rodrigues Vegro; e o engenheiro agrônomo Pedro César Avelar, diretor do EDR-Franca / CATI. A

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Hélio Casale - Engenheiro Agrônomo

Desbrota do Cafeeiro x IAF - Índice de Área Foliar

artigo

O café, nas sábias palavras do Prof. José de Mello Moraes, da ESALQ – Piracicaba, foi, é e será uma das culturas

mais importantes para o Brasil, numa antevisão da sua importância econômi-ca e social.

Por mais de uma década, os produtores de café, em geral, penaram, trabalhando com preços baixos e re-sistiram bravamente, até que recente-mente veio um alívio, que dá aos per-sistentes um novo e alentador fôlego.

Como se pode ver nos quadros abaixo, a área em produção está prati-camente estacionada e a produtividade aumentando levemente. Nesses qua-dros, num período de 12 anos, tanto a área como a produtividade foram analisadas na média móvel do biênio e na média móvel dos últimos 4 anos, podendo-se observar pequenas alte-rações.

As lavouras vão envelhecendo e mesmo com novos plantios a área plan-tada com café no Brasil foi reduzida em cerca de 100 mil ha nos últimos anos. Mesmo assim, a produtividade cresceu na média móvel de 4 anos, em cerca de 15%, o que é um bom número, indi-

cando que o manejo das lavouras está sendo levado com bom senso, princi-palmente por termos passado por um longo período de vacas magras.

Não podemos nem devemos nos dar por satisfeitos com esse aumento na produtividade geral, uma vez que em várias propriedades, a produtividade média é bem maior que essa encon-trada. Se alguns podem, todos podem e mal de muitos é consolo de tolos, como dizia o saudoso Prof. Malavolta, em suas idas para o campo.

Vale lembrar que a cafeicultura é feita sob a infl uência de mais de 50 fatores de produção de ordem física, química e biológica e que todo cafei-cultor deve ser um verdadeiro artista para equacionar o manejo de sua lavou-ra, de maneira a tirar o maior proveito dos diferentes fatores de produção. Lembrar também que a cafeicultura é praticada a céu aberto e reage em tem-po real.

Um dos fatores que está inibindo o crescimento da produtividade, prin-cipalmente em lavouras mais velhas, diz respeito à falta de desbrota, uma prática geralmente considerada onero-sa, impraticável, de pouca importância,

que vem sendo relegada a um segundo plano. De uma maneira muito geral, poucos cafeicultores estão se preocu-pando com ela e as lavouras vêm per-dendo o potencial produtivo a cada ano que passa e até mesmo levadas à substituição precocemente.

Não é raro encontrarmos lavou-ras com 5, 10, 20, 30 e até mais de 70 ramos verticais, onde deveria ter ape-nas um ramo vertical principal, uma verdadeira vassoura invertida. Mui-tos ramos improdutivos competindo entre si, dando como resultado uma produção abaixo do desejado. O espa-çamento entre plantas mudou nos últi-mos anos para um maior adensamento, mas a prática da desbrota foi esquecida, bem como a relação IAF também o foi.

Para justifi car tecnicamente a desbrota, temos que falar do IAF – Ín-dice de Área Foliar, que representa a área de folhas dos cafeeiros que con-vivem numa área de 1 ha. Estudos di-versos mostram que a capacidade ou efi ciência fotossintética de um cultivo, seja ele qual for, depende principal-mente do seu Índice de Área Foliar - IAF, ou seja, da relação entre a su-perfície foliar e da superfície de terre-no ocupada pela planta. Assim sendo, um IAF de 9, signifi ca que em 1 ha de terreno tem 9 ha de superfície foliar, número esse considerado adequado para café, uma vez que é variável de cultura para cultura.

A afi rmação acima nos leva a con-clusões práticas da maior importância - o segredo para se obter alto rendimen-to na colheita consiste precisamente em manter o IAF num valor próximo ao ótimo por um tempo o mais longo possível.

Dr. Coaracy Moraes Franco, pes-quisador emérito do IAC, de

TABELA 1 - Área de Produção - Em milhões de hectares.1999

Área emProdução

Média Móvelem 2 anos

Média Móvelem 4 anos

1,9

2000

2,0

2001

2,2

2002

2,3

1,95 2,25

2,10

2003

2,2

2004

2,2

2005

2,2

2006

2,2

2,2 2,2

2,20

2007

2,2

2008

2,2

2009

2,1

2010*

2,1

2,2 2,1

2,15

TABELA 2 - Produtividade - Em sacas por hectares.1999

Produtividadeno Ano

Média Móvelem 2 anos

Média Móvelem 4 anos

14,5

2000

15,7

2001

14,4

2002

21,0

15,10 17,70

16,60

2003

13,1

2004

17,8

2005

14,9

2006

19,8

15,45 17,35

16,40

2007

16,6

2008

21,2

2009

18,9

2006

22,7

18,90 20,80

19,85

*- estimada. Fontes: DCAF – CONAB – ABIC – MCIC/SECEX – OIC – CEPEA/ESALQ/BM&F

*- estimada. Fontes: DCAF – CONAB – ABIC – MCIC/SECEX – OIC – CEPEA/ESALQ/BM & F

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renome internacional, num tra-balho inédito para determinar a superfície foliar do cafeeiro, esco-lheu 150 plantas que represen-tavam o desenvolvimento médio da cultura. As folhas de sete cafe-eiros, cada um por sua vez, foram retiradas e pesadas. Dessas, uma amostra de 150 folhas foi tomada ao acaso, pesadas e a superfície de-las foi determinada pelo método dos recortes de papel, calculando-se depois a superfície foliar total de cada planta. Esta superfície variou entre 22,87 a 45,74 metros quadra-dos, o que equivale a um IAF de 9 a 12, conforme o espaçamento, ou seja, espaçamento mais largo, IAF maior e mais adensado, IAF menor. A média fi cou em 31,46 m².

O cafeicultor pode aumentar ou reduzir o IAF de sua lavoura, usando de práticas conhecidas e con-vencionais. Para reduzir/reorganizar o IAF, empregar podas como desbrota, esqueletamento, decote, recepa, assim como abertura do espaçamento origi-nal. Para aumentar o IAF, empregar fertilizantes, principalmente os nitro-

genados, corretivos de acidez na su-perfície (calcários) e na subsuperfície (gesso agrícola), inseticidas, fungicidas, aumentar a densidade de plantio e au-mentar o grau de sombreamento de sua lavoura.

O objetivo maior do cafeicul-

tor é ter em mente que, uma boa produção depende princi-palmente de sua habilidade em acompanhar o desenvolvimento de sua lavoura e evitar que o IAF ultrapasse muito do valor ótimo, para a máxima efi ciência fotossin-tética. Deve agir a tempo e hora, evitando, o ano que vem, se Deus assim o quiser. Como o cafeeiro trabalha em tempo real apenas um ano, se for deixado sem desbrota, no ano seguinte haverá muitos brotos para serem tirados e aí sim, o custo torna-se inviável. Des-brota é pratica permanente, pelo menos duas a três vezes por ano.

Não será necessário fi car medindo folhas, basta controlar, no mínimo, a produção de cada talhão, anotando os litros de café da roça e os quilos de café bene-

fi ciado, pronto para comercialização. Produção tendendo a diminuir fi car atento com o IAF e interferir. Para aumentar a produção analise os mais diferentes fatores e busque sempre produção econômica.

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Projeções para a Cafeicultura 2011-2020

Com a contribuição do amigo José Edson, diretor da Cafeeira Silva & Diniz, de Franca (SP), apresenta-mos a seguir projeções de Carlos Cogo, da Consul-toria em Agrobusiness, para os próximos 10 anos

da cafeicultura mundial. São projeções importantes, que dão um ‘norte’ para todos aqueles que trabalham na cadeia produtiva do café. De acordo com o consultor, a área mundi-al deve crescer 12,2% até 2019/2020, com expansão concen-trada no Brasil, países da América Central, Etiópia, Vietnã, Indonésia, Índia e México. Além disto, cerca de 62,2% das áreas a serem incorporadas até 2019/2020 devem estar con-centradas em cultivos arábicas no Brasil.

Já a produção mundial deve crescer 12,8%, enquanto que a demanda mundial deve crescer 15,0% até 2019/2020. As importações devem crescer mais nos EUA, Rússia, Japão e Suíça e devem recuar nos países da União Européia.

BRASIL - é o maior produtor mundial, o maior ex-portador e o 2º maior consumidor mundial. O país deve tornar-se o maior consumidor mundial até 2013/2014 em volume físico;

• o segundo maior produtor mundial de café é o Vietnã (18,5 milhões de sacas), o terceiro é a Colômbia (9,2 milhões de sacas) e o quarto é a Indonésia (8,5 milhões de sacas)

• a área no Brasil deve crescer 19,4% e a produtividade média deve ter uma expansão reduzida. Para atender à de-manda mundial e a crescente participação no mercado glo-bal a produção precisará crescer dos atuais 45 a 48 milhões de sacas de 60 kg para mais de 60 milhões de sacas;

• a expansão da área deve estar concentrada nas atuais regiões de produção de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo,

com baixa expansão ou estagnação nas áreas em São Paulo e Paraná;

• a cafeicultura se fi xou, inicialmente, no Sudeste e depois se expandiu para o Paraná e Bahia e atualmente há produção em 14 estados. A área plantada é de 2,3 milhões de hectares, sendo que Minas Gerais responde por 51% da produção brasileira e o segundo no ranking é o Espírito San-to, com 24% do total;

• o café é o 5º item na pauta de exportações do agronegó-cio, gerando US$ 5,8 bilhões para a economia;

• as exportações brasileiras devem crescer apenas 3,5% até 2019/2020, em decorrência da forte expansão projetada para a demanda interna e baixo incremento dos excedentes exportáveis. Atualmente, os principais países importado-res do café verde brasileiro são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão;

• o consumo per capita de café torrado no Brasil atingiu a marca de 6,0 kg/habitante/ano em 2010 e deve crescer para 6,4 kg/habitante/ano em 2011. O aumento no consumo in-dividual fez com que a demanda total de café no Brasil che-gasse a 19,1 milhões sacas de 60 kg;

• em 2010, o consumo per capita foi 3,6% maior que o registrado em 2009, quando chegou a 5,8 kg/habitante/ano. Com isso o Brasil supera a Alemanha, onde o consumo é de 5,86 kg/habitante/ano e também Itália e França, grandes consumidores de café. Os campeões de consumo ainda

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são Finlândia, Noruega, Dinamarca com volume próximo dos 13 kg/habitante/ano.

VIETNÃ - a área de cultivo e a produção devem crescer 9,4% sem aumento de produtividade até 2020. O consumo interno de café é de apenas 900 mil sacas o que permite gerar elevados excedentes de exportação de 17 a 19 milhões de sacas/anuais até 2020;

• é o maior produtor mundial de robusta e o segundo maior exportador de café. A área plantada é de 530 mil ha e a produção atual é de 19 a 20 milhões de sacas de café robusta/ano, com uma produtividade média de 40 sacas/ha;

• tendência de estabilização e de baixa da produtivi-dade no longo prazo devido ao envelhecimento das lavouras e dos tratos culturais com baixa tecnologia;

• há grande disponibilidade de mão-de-obra a custo relativamente baixo, se comparado com o Brasil, aliado ao sistema de governo centralizado e à produtividade média su-perior às dos demais países, implica em custos de produção mais baixos do que os demais grandes produtores mundiais;

• o elevado preço do café robusta no mercado interna-cional deve levar os cafeicultores a investir em plantios de novas áreas, utilizando inclusive áreas menos apropriadas ao cultivo, contrariando as políticas governamentais. As prin-cipais vulnerabilidades do setor são as secas, altos preços dos insumos e a baixa qualidade do produto.

COLÔMBIA - está se recuperando de dois anos de co-lheitas decepcionantes e a safra deve alcançar 9,2 milhões de sacas em 2011. A área de cultivo não deve crescer até 2020 e os excedentes exportáveis devem permanecer estáveis em relação aos níveis atuais;

• a cafeicultura da Colômbia tem uma forma de orga-nização diferenciada em relação aos demais países produ-tores. Os cafeicultores são organizados em núcleos regio-nais (Comites Departamentales de Cafeteros), que formam a Federación Nacional de Cafeteros de Colômbia (FNC). Essa entidade gera um fundo, mantido por contribuições sobre cada saca de café benefi ciado, calculada sobre exportações do setor. Os recursos são aplicados em ações gerais de apoio à produção, tais como garantia de preços, subsídios e extensão rural, programas de recuperação de cafezais e programas de marketing internacional, além da própria Federação;

• a FNC tem um contrato de gestão com o governo. São estabelecidas medidas estruturantes e metas de desempe-nho. A FNC tem a prerrogativa de autorizar ou não as expor-tações, poder contestado pelos demais exportadores. A FNC é responsável direta por 30% das exportações de café do país

• as estações do ano, devido à baixa latitude do país, não são bem defi nidas, propiciando a ocorrência de múltiplas

fl oradas nos cafezais, fazendo com que a safra se estenda por praticamente todo o ano. Esse fato aliado à característica de que as regiões cafeeiras se encontram majoritariamente em regiões montanhosas, exige uso intensivo de mão-de-obra nas atividades agrícolas;

• o país chegou a produzir 17 milhões de sacas em 1991 tendo posteriormente recuado para produções ao redor de 9 milhões de sacas. A baixa produção levou a um forte desa-bastecimento de seus mercados, com quebras de contratos por parte de exportadores devido à falta do produto;

• diante desse fato, a FNC implantou um programa de renovação que objetiva renovar 300 mil ha ou o equivalente a 35% da área de cultivo, aumento de 41% da produtividade média , das atuais 14,0 para 19,7 sacas/ha.

CONSIDERAÇÕES FINAIS - Será preciso manter uma base de preços mais elevadas no longo prazo que garanta o suprimento das grandes torrefadoras mundiais e a expansão contínua da demanda. O café arábica (de mais qualidade que o robusta) é mais difícil de cultivar. Além disto, os cafeeiros arábicas estão em terrenos acidentados, elevada altitude e são mais caros de manter. Os custos de produção no Brasil são competitivos em relação aos demais produtores mundi-ais de arábica. Há uma tendência de concentração das áreas de produção no eixo MG/BA, aumento das áreas irrigadas, aumento da produtividade média em todas regiões e aumen-to da mecanização das áreas.

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CONTABILIDADE RURAL

A importância do planejamento tributário para o produtor rural

Liandra Portantiolo Kruger 1

Lizandra Blaas dos Santos 1

e Tracy Correa da Silva 2

Atualmente, no Brasil, e-xistem mais de 80 taxas, impostos e contribuições diferentes. Direta ou indi-

retamente todos nós somos contri-buintes, pois qualquer mercadoria que compramos em um supermercado já está embutido em seu preço os valores referentes à ICMS, PIS e COFINS, variando as porcentagens de acordo com seu estado. Para o Produtor Rural, os principais impostos e contribuições são:

1) - Contribuição ao INSS, popu-larmente conhecido como Funrural - Trata-se da contribuição ao INSS incidente sobre as vendas, na qual é recolhida mensalmente única e exclu-sivamente, para custear o sistema da seguridade social (saúde, amparo assis-tencial e previdência social). Tem per-centual e tratamento diferente tanto para quem explora a atividade rural na pessoa física, como para quem explora na pessoa jurídica.

2) - Fundesa/Fesa - O FESA e o FUNDESA tratam-se de contribuições destinadas a promover ações preven-tivas contra possíveis problemas sani-tários, como por exemplo, a febre af-tosa e a gripe das aves. Ambas, tem a

mesma obrigatoriedade, tendo como única diferença que o FESA é adminis-trado pelo Estado e o FUNDESA por entidades empresariais. O contribuinte pode optar em qual contribuição fará seus recolhimentos, porém é obri-gatório o recolhimento para um dos fundos.

3) - CDO - Cooperação e Defesa da Orizicultura - Trata-se de uma taxa estadual devida ao Instituto Rio Gran-dense incidente sobre o arroz.

4) - ITR - Imposto Territorial Ru-ral - Trata-se do imposto sobre a pro-priedade, o domínio útil ou a posse do imóvel localizado fora da zona urbana do município. É um imposto federal recolhido anualmente aos cofres públi-cos com base no valor de mercado da terra nua fornecido pelas prefeituras.

5) - IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física - Trata-se de um tributo federal, em que a alíquota é variável e proporcional a renda do contribuinte de acordo com a tabela progressiva fornecida pela receita Federal do Bra-sil. Vale salientar que o contribuinte que tiver imposto de renda a pagar ou quiser restituir o valor retido durante o ano, deverá apresentar a declaração de ajuste anual no mês de Abril.

6) - Ganho de Capital - Imposto sobre a venda de Imobilizado - Trata-se do imposto devido na venda de bens, bem como em permutas com torna, da-ção em pagamento e outros inclusive na venda de terra nua. O valor do im-

posto incide sobre a diferença entre o valor de aquisição do bem e o valor da alienação.

7) - ITBI - Imposto de Trans-missão de Bens Imóveis - É um tributo municipal desvinculado de qual-

1 - Consultoria/Extensão - Pelotas (RS)2 - Ciências Contábeis - Pelotas (RS)

A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 271/11, do deputado Ricardo

Izar (PV-SP), que inclui como be-nefi ciários do seguro-de-semprego trabalhadores rurais e urbanos com contrato temporário ou por prazo determinado

Pela proposta, o número de parcelas do benefício a que o de-sempregado terá direito dependerá da quantidade de meses trabalha-dos. Receberá duas parcelas quem esteve empregado por 9 meses nos 12 anteriores ao fi m do contrato. Terá direito a três parcelas quem ti-ver trabalhado por 12 meses nos 18 anteriores.

Já quem trabalhou 15 meses nos 24 anteriores ao fi m do contrato terá direito a receber quatro parce-las. O período trabalhado não pre-cisa ser contínuo.

Para o deputado Ricardo Izar, os trabalhadores com contratos por prazo determinado precisam ter di-reito ao benefício. “Grande parcela da população brasileira, constituída de trabalhadores rurais, é privada de direitos sociais básicos, situação que se agrava seriamente por ocasião do desemprego”, argumenta.

Proposta idêntica (PL 7479/06) havia sido apresentada pelo pai de Izar (ex-deputado Ricardo Izar, morto em 2008). Essa proposta tra-mita apensada ao PL 3118/04, que aguarda votação na Comissão de Trabalho, de Administração e Ser-viço Público.

Trabalhador temporário poderá ter direito a seguro-desemprego

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municipal desvinculado de qual-

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.brCONTABILIDADE RURAL

quer atividade econômica. Apesar de ser denominado im-posto sobre transmissão, a lei permite a cobrança tanto na cessão quanto na transmissão. Logo, para que se possa fazer o registro de um imóvel adquiri-do, é obrigatório que antes se pague o ITBI.

8) - ITCD - Imposto de Transmissão causa Mortis e Doação - É um imposto es-tadual devido por toda pessoa física ou jurídica que receber bens ou direitos como herança, diferença de partilha ou doação. Em se tratando de Reestruturação

Tributária, alguns impostos podem ser planejados, como é o caso do Imposto de Renda da Pessoa Física. É impor-tante que o Produtor Rural não deixe para se preocupar somente no fi nal do exercício ou na data da entrega da de-claração, pois poderá fi car insatisfeito com o valor a ser pago de imposto. Para que isso não ocorra é que se deve fazer um planejamento tributário, que tam-bém pode ser chamado de Elisão Fis-cal, onde se tem como objetivo reduzir o pagamento de impostos, o que não pode ser confundido com a Evasão Fis-cal, mais conhecido como Sonegação Fiscal.

A Sonegação ou Evasão Fiscal é utilizada ilegalmente, pois evitam o pagamento de taxas e impostos. O que também caracteriza a Evasão Fiscal é a omissão de dados e falsas declarações. Já o Planejamento Tributário ou Elisão Fiscal, permite que se diminuam os en-cargos de forma legal e planejada.

Algumas das fi nalidades do Planejamento Tributário são:

a) - Evitar a ocorrência do fato

gerador - Sem o fato gerador, o tributo não é devido, como por exemplo, na Retirada Particu-lar de um dos sócios do negó-cio, onde o ideal é realizar uma antecipação de lucros e não uma retirada por meio do Pró-Labore, já que o mesmo gera INSS de 20% e IR Retido na Fonte que pode variar de 7,5% à 27,5%.

b) - Reduzir a base de cálculo do tributo - Uma das formas de redução da base de cálculo está em fazer parceria

entre dependentes. Exemplo: Na de-claração do IR onde o Produtor Rural declara sua esposa como dependente, ele terá somente uma redução por tê-la como dependente, já se ela fosse par-ceira na atividade rural ele teria uma redução no faturamento de acordo com um percentual estabelecido através de contrato, onde seria mais vantajoso na hora de pagar o IRPF. Vale salientar que se o casal for casado em regime universal de bens, não é necessário o contrato de parceria, sendo que deverá ser declarado 50% para cada um dos cônjuges.

c) - Retardar o pagamento do tributo, sem a ocorrência de multa - No caso de retardar o pagamento do tributo devido, a contabilidade deverá ser escriturada por meio do regime de caixa, onde podemos efetuar uma venda em um período e recebê-la em outro. Exemplo: Ocorreu uma venda de soja, milho, arroz e gado em dezem-bro, onde o recebimento será em ja-neiro do ano subseqüente, a tributação será feita na hora do recebimento, ou seja, no próximo período. A

Autorizada criação dos Conselhos de Zootecnia

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Pú-blico aprovou no último dia

15 de junho proposta que autoriza o governo a criar os conselhos federal e regionais de Zootecnia

Aprovado em agosto de 2007 pela Câmara, o Projeto de Lei 1372/03, do ex-deputado Max Rosenmann, retornou à Casa por ter sido alterado no Senado. Em sua versão original, o texto determinava a criação dos conselhos. Com as mu-danças feitas pelos senadores, a pro-posta agora passa a ser autorizativa, permitindo ao Poder Executivo a instalação desses órgãos.

Atualmente, os zootecnistas têm de registrar-se nos conselhos federal e regionais de Medicina Ve-terinária. No entanto, salienta a relatora Andreia Zito, esses órgãos respondem com limitações aos an-seios da Zootecnia como categoria profi ssional. Zito ressaltou ainda que, segundo estimativas, o Brasil tem hoje mais de 20 mil zootecnis-tas, e mais de 3 mil são graduados ao término de cada ano. “É uma força de trabalho que cresce signifi cati-vamente em resposta à vocação do Brasil como país de imenso poten-cial agropecuário”, afi rmou.

Os conselhos serão autarquias federais, com autonomia fi nanceira e administrava, conforme o projeto. Caberá a eles orientar, disciplinar e fi scalizar o exercício profi ssional dos zootecnistas, assim como das empresas relacionadas A

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LEITE

Novas regras da IN-51 começam a valer em julho e gera preocupação no setor

A escalada de preços e a queda na oferta de leite, em fun-ção da estiagem, poderão ser agravadas caso a Instrução

Normativa 51, que deverá entrar em vigor no dia 1º de julho, seja implan-tada da forma como está prevista. A estimativa do segmento é que, caso se-jam implantadas as novas regras para a produção de leite cerca de 70% dos produtores brasileiros passem a tra-balhar na ilegalidade. A nova legisla-ção visa padronizar em nível de quali-dade internacional a produção láctea do país, impondo controles sanitários mais rígidos.

De acordo com o presidente da CNA - Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil e da Comissão de Leite da FAEMG - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Rodrigo Sant’Anna Al-vim, os representantes do segmento estão em negociação com o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que a normativa passe a ser exigida em julho, porém com valores intermediários que de-verão ser ampliados gradualmente.

“Não queremos que a data para o início das cobranças baseadas na IN 51 seja prorrogada, porém precisamos dar mais um pouco de tempo para o produ-tor se adaptar. Uma das soluções seria a cobrança de valores intermediários em relação às células somáticas e a conta-gem bacteriana, por exemplo”, disse Alvim.

Para Alvim, a IN 51 é uma preo-cupação para o setor, já que poderá comprometer cerca de 70% dos produ-tores de leite brasileiros. As exigências que serão impostas aos produtores são equivalentes às regras internacionais vigentes em grandes países produtores de leite, como no Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e na Europa. A diferença, segundo Alvim, é que nas lo-calidades citadas as regras começaram a ser criadas há mais de 30 anos e, ao longo deste período, foram feitas várias alterações até chegar ao padrão atual. No Brasil, o programa de melhoramen-

to do leite foi criado em 2002, com parte das regras passando a valer em 2005.

“A situa-ção é preocu-pante porque nos distraímos um pouco quan-do a IN 51 foi criada em 2002 e permitimos que fossem esta-belecidos limi-tes em seis anos, e esses limites

Seja qual for o tamanho da sua propriedade, existe um modelo de tanque de expansão que atende a sua necessidade.

são extremamente audaciosos. Só para ter ideia os países mais adiantados como EUA, Canadá, países europeus e a Nova Zelândia possuem entre 30 e 50 anos programas de melhoria do leite e o Brasil que estabelecer padrão igual em seis anos”, disse Alvim.

“Devemos ter maturidade, calma e segurança do que estamos fazendo e propor medidas factíveis com a reali-dade brasileira que é diferente dos out-ros países. Estamos em um país tropi-cal com temperaturas elevadas e onde é difícil manter um produto de quali-dade equivalente ao da Europa e Ca-nadá, por exemplo, que têm tempera-turas abaixo de 30 graus”, disse Alvim.

De acordo com Alvim, com um prazo maior para se adaptar e com as-sistência técnica adequada em campo, os produtores mineiros e do país con-seguirão se adaptar às novas exigên-cias. “É preciso produzir com técnica para ter qualidade, e para o produtor ter acesso às informações é necessário a presença e o auxilio de pessoas ca-pacitadas para adaptar e acompanhar a produção fazendo com que o produtor rural passe a ser um empresário com ca-pacidade de gerir a propriedade como um negócio”, argumentou. (FONTE: Diário do Comércio/MilkPoint).

Com as novas regras da IN 51, o uso de tambores para armazenamen-to de leite nas propriedades não mais existirá. A

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.brLEITE

Pagamento por qualidade e modernização de equipamentos trazem maior retorno fi nanceiro

Para o empresário e pecua-rista de leite Luis Antônio da Silva, diretor da LWS Equipamentos para Re-

frigeração, de Franca (SP), os novos parâmetros da Instrução Norma-tiva 51 vieram mais para fortalecer a atividade do que para difi cultar a vida do pecuarista de leite.

Segundo ele, o grande pro-blema das novas regras estão mais na falta de orientação técnica voltado ao produtor rural do que a “falta de preparo” dos mesmos. “Compreen-do a preocupação dos laticínios, dos empresários, dos representantes da classe e dos técnicos do setor. Sei que a qualidade do leite produzido atualmente em praticamente todo o país é inferior aos padrões que a IN 51 vão exigir a partir de julho. Mas eu pergunto: o investimento necessário para que o pecuarista es-teja adequado para as novas regras é tão alto assim que inviabilizará sua

produção? Pelo contrário! Se ele fi zer as contas, compreenderá que ele vai ganhar ao invés de perder dinheiro com a modernização”, ex-plica Luisinho, como é conhecido.

O QUE DIZ A NOVA RE-GRA - Pela norma, a partir de 1º de julho, o leite das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste poderá ter contagem bacteriana total (CBT) de até 100 mil UFC (unidade for-madora de colônias) por mililitro para tanques individuais e 300 mil UFC/ml para tanques coletivos. Já a contagem de células somáticas (CCS) passaria de 750 mil para 400 mil/ml. A mesma norma valeria para as regiões Norte e Nordeste a partir de 1º de julho de 2012.

Para se ter uma idéia, pelos padrões europeus, a CCS seria de 100 mil/ml e a CBT de 70 mil UFC/ml.

O setor lácteo solicita

Tanque de expansão e ordenhadeira são equipa-mentos necessários para a melhoria da atividade e da qualidade do leite produzido.

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LEITEque ambos os níveis - CBT e CCS - sejam diminuídos para 600 mil/ml e que um período de transição seja es-tabelecido para que sejam alcançados os patamares exigidos pela IN 51. Se a regra for aplicada como está agora o produtor que deixar de cumpri-la não poderá vender a produção para a in-dústria, que é obrigada a seguir a IN, editada em 2002.

GANHAR DINHEIRO IN-VESTINDO - Para o empresário Luis Antonio da Silva, o pecuarista só con-seguirá adequar a qualidade do leite se investir em equipamentos e colocar em práticas técnicas adequadas de higiene na ordenha. “É coisa simples. Com o pagamento por qualidade que a grande maioria dos laticínios estão praticando, bem como as linhas de fi nanciamento oferecidas atualmente pelo governo federal (veja box abaixo), o produtor de leite tem mais a ganhar do que perder com a modernização”, diz

O Banco do Brasil oferece linhas de crédito como o PRONAMP Inves-timento em que o pecuarista tem até 8 anos para pagar e 3 anos de carência e o PRONAF MAIS ALIMENTOS, com crédito de até R$ 130 mil, com juros de 2% ao ano e prazo de até 10 anos para pagar e carência de até 3 anos. “Além disto, o produtor pode receber do la-ticínio até 5% a mais por litro no preço do leite entregue resfriado. Vamos dar um exemplo: se ele tirar 200 litros de leite por dia, ele pagaria mensalmente apenas R$ 93,00 pela aquisição do tanque de resfriamento e da ordenha-deira e sobrariam mais de R$ 200,00 por mês. Não podemos esquecer os 3 anos de carência. Ele está perdendo ou ganhando com o investimento?” anali-sa Luisinho.

Além desta questão fi nanceira – que é a principal em todas as ativi-dades –, a aquisição de tanque de res-

friamento e da ordenhadeira contribui ainda para outros fatores que o pecu-arista não está observando. Os equipa-mentos reduzem o tempo de ordenha, reduzem os custos com mão-de-obra, eliminam o pagamento de horas extras ou adicionais aos funcionários. Outro fator interessante é a redução do preço do frete do transporte.

“Ressalto ainda outras coisas. Acaba aquela preocupação que o pecu-arista tem de levantar muito cedo para tirar o leite, com medo do caminhão passar e ele perder o leite. Sem falar que o emprego da ordenhadeira au-menta, no mínimo, 10% da produção de leite. Tudo isto vem a benefi ciar a atividade”, lembra.

Outro grande problema levan-tado pelo empresário na atividade lei-teira é o desperdício fi nanceiro na con-strução das salas de ordenha.

“É um absurdo o que eu encon-tro no dia-a-dia. Em minha proprie-dade em Carmo do Rio Claro (MG), que utilizo como modelo para mostrar aos outros pecuaristas da região, minha sala de ordenha tem 36 metros quadra-dos e ordenho com facilidade os ani-mais. Porém, grande parte das salas de ordenha que encontro nas proprie-dades que visito tem mais de 150 me-tros quadrados. Ou seja, estão jogando di-nheiro fora”, orienta

A construção da sala de ordenha e a aquisição de animais também são fi nanciados pelas linhas governamen-tais, com os mesmos prazos de fi nan-ciamento e de carência. “Com isto, o pecuarista tem tempo e condições fi -nanceiras para planejar a sua atividade. Por exemplo. Se ele pre-

PRONAMPINVESTIMENTO

BENEFICIÁRIOS• Produtor rural que atenda cumulativa-mente aos seguintes requisitos:

a) - seja proprietário, posseiro, arren-datário ou parceiro;

b) - tenha, no mínimo, 80% de sua renda originária da atividade agro-pecuária;

c) - possua renda bruta anual de até R$ 500 mil por participante, com aplica-ção do rebate de 40% da renda proveni-ente da pecuária leiteira

VALOR FINANCIADO• Até R$ 200 mil por beneficiário, por ano agrícola;• Empreendimento coletivo: de acordo com o número de beneficiários, respei-tado o teto individual por participante e limitado a 10 mutuários;

ITENS FINANCIÁVEIS• Itens de investimento fixos e semifixos necessários ao desenvolvimento das atividades agrícolas ou pecuárias.

LIMITE DE FINANCIAMENTO• Até 100% do valor da proposta, desde que as parcelas de reposição do crédi-to não excedam a 70% da capacidade de pagamdnto apurada.

PRAZO• Até 8 anos, com carência limitada a 3 anos.

ENCARGOS• 6,25% ao ano.

O uso de ordenhadeiras aumentam a produção de leite na propriedade.

Sala de ordenha de 35 metros quadrados, na Estância 21, em Carmo do Rio Claro (MG)

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LEITEtende comprar uma vaca com boa produção diária (atualmente em torno de R$ 4 mil), ao prazo dos 3 anos da carência, ele pode ter até 3 bezerras, vai fi car com a vaca, pagando apenas pelo seu custo. Se analisar direito, o custo dos equipa-mentos (tanque de expansão e ordenhadeira) será pago quase que exclusivamente com a produção de leite deste animal”, fi naliza.

Se o pecuarista analisar por este lado, ele entenderá que não está tirando nada do bolso para atender a nova legislação. Pelo contrário. Ele está sim investindo em sua atividade e com retorno garantido.

O empresário lembra, contudo, que o grande problema para se obter fi nanciamentos federais atualmente é que os produrores rurais não estão com os documentos da propriedade regu-larizados. “Isto compromete a obten-ção do crédito”, orienta.

A HIGIENE NA PRODUÇÃO

DE LEITE - Superada esta questão da aquisição de equipamentos visando produzir leite que atenda as novas re-gras da IN 51, o pecuarista precisa en-tender também que outros fatores in-terferem diretamente na qualidade do leite produzido.

Segundo Luis Antonio da Silva, o produtor de leite precisa sempre bus-car orientação de quem entende do

assunto. “A propriedade que produz leite precisa ter água de boa qualidade, tanto na captação quanto no acondicionamento da mesma. Também é necessário higienização correta dos equipamen-tos, principalmente nas borrachas onde passam o leite. Existem técnicas e produtos específi cos para esta higienização. Não es-quecer jamais que as bor-rachas - como qualquer equipamento - também tem vida útil, sendo ne-cessário trocá-las pelo menos a cada 6 meses ou 2.800 ordenhas. Não é que as borrachas se dani-

fi quem. Tem inúmeros casos aí de pro-priedades com teteiras com mais de 3 anos de uso. Em compensação, o índice de mastite é elevadíssimo e o criador afi rma não saber como resolver. A or-denhadeira deve ser higienizada da mesma forma que o prato que você come. Só assim consegue-se reduzir os índices de mastites e produzir leite que atendam a legislação”, fi naliza Luis.

A higiene da ordenha é essencial para que a qualidade do leite produ-zido atendas as novas regras da IN 51.

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Jean Baptiste de Vevey - ONG Sucre-Ethique na Suiça.

Como o setor sucro-alcooleiro vai gerar lucro fi cando sustentável?

artigo

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A maioria das pessoas pensam que o meio ambiente tem um custo e que tem que sacrifi car o lucro para não

comprometer o meio ambiente. Eu acho que esse tipo de raciocínio é an-tigo e completamente ultrapassado!

O desempenho ambiental não é apenas uma idéia ótima, mas pode ser também seu novo USP. - Unique Sell-ing Proposition; é o que vai diferenciar dos seus concorrentes. Na verdade, donos, acionistas e consumidores vão se tornar impacientes! Também os managers vão fi car felizes de saber do retorno atrativo que vai vir do desem-penho ambiental e social! Seu desem-penho ambiental vai infl uenciar os consumidores e também seus acionis-tas! Investidores, ambos individuais ou grandes investidores institucionais, promovem empresas e fundos que re-fl etam seus valores! Por exemplo, nos Estados Unidos, Investimento Social Responsável (SRI) cresceram de US$ 639 bilhões de em 1995 até US$ 2,71 trilhões de em 2007!

E para fazer partes desses “assets” agora, os empresários tem que provar aos investidores que você pode maxi-mizar retornos, ambos fi nanceiros e sustentáveis!

Na verdade, tem muitas tendên-cias que mostram a necessidade por negócios sustentáveis! Por exemplo, as mudanças do clima, aumento da popu-lação mundial, a perda de biodiversi-dade, a perspectiva do fi m do petróleo, etc…

Todas esses tendências estão mu-dando rapidamente e isso está com-plicando o mundo dos negócios. Ser sustentável pode ser um bom ponto para dar uma resposta à esta incerteza! Se você não quer tentar seguir esta tendência, você pode ter a certeza que seus competitores vao segui-la.

Como a informação está sempre

mais transparente para os consumi-dores, investidores e reguladores, tem-se novas expectativas para que o negó-cio torne-se sustentável.

Estamos atingindo um novo ti-ping-point - “fato-mudança”, que vai fazer mudar completamente um jeito de pensar, de comprar. Grandes opor-tunidades estão chegando pelo mundo do negócio para as empresas que vão fornecer alternativas sustentáveis, e-nergias limpas, boas práticas, energias alternativas…

Também outros tipos de opor-tunidades podem surgir e novos tipos de fontes podem estar disponíveis. Isso é o exemplo da Rússia, que vai con-seguir um maior acesso a seu petróleo e vai aumentar sua superfície de terras cultiváveis. Tudo isso por causa - ou graças - ao aquecimento climático!

Acho que esse exemplo pode ser muito bem aplicado ao setor sucro-al-cooleiro brasileiro para conseguir mais vantagens sobre seus concorrentes, que não são só as energias fósseis mas também qualquer tipo de energia que é sustentável no mercardo mundial! Mas tem que agir hoje.

É importante e essencial não es-perar alterações nas leis ou normas, mas começar a inovar o mais rapida-mente possível, por ser o líder e deixar os competitores perderem dinheiro em lobbying e avogados!

Claro que temos que trabalhar juntos com a legislação vigente. Isso é um fato, óbvio, mas não devemos dei-xar as regulações serem nossos objeti-vos e planejar com elas, porém de ver mais longe disso! É a hora de entender as forças que tem atrás dessas regula-ções, leis, movimentos da parte civil.

Por exemplo, na epoca do Bis-phenol-A já existiam estudos sobre o prejuízo que podia causar aos recém-nascidos. Mas não tinha lei!

Teve dois tipos de empresas. As que só fi zeram reclamar e tentar es-conder o que estava quase conhecido de todos. E as que entenderam rapida-mente o problema, que baniram-no e

começaram de procurar uma alterna-tiva ao Bisphenol-A. Quem você acha que ganhou ao fi nal?

Claro que foi a empresa que não esperou a lei por mudar, mas a que en-tendeu as consequências do produto e os desejos dos consumidores!

Além disso, para ilustrar meu argumento, podemos tomar o exem-plo da Toyota, que entendeu há mui-tos anos atrás que os consumidores queriam carros pequenos, ecológicos e econômicos. Neste mesmo tempo, a indústria de Detroit se concentrava em fazer SUV’s e colocar o Hummer no mercado!

Deixe ir embora os pressupostos e olhe pelos fatos! A noção de que um melhor desempenho ambiental re-duz os lucros é errado. Não temos que concentrarmos no lucro. Por outro lado, quantas pessoas pensam que a única razão do negócio é gerar lucro? Talvez a maioria? Mas será que isso é realmente o seu caso? Será que o único objetivo de sua companhia é o de pagar os salários dos empregados, de pagar as despesas? Na verdade, tenho certeza que não é!

A pergunta chave é o de saber realmente por que sua empresa está nesse mercado? Tenho certeza que quase ninguém vai me responder: “Es-tou aqui só pelo dinheiro”!

Sua empresa vai muito além dis-so! Sua empresa está aqui por entender os consumidores, oferecer o que eles precisam e de fi delizá-los! Por isso, tem que ouvi-los e nunca deixar de i-novar! Se você não quer colocar objeti-vos muito altos, você pode ter a certeza de que seus competidores vão fazer por você! Ao fi nal o maior ator não é o acionista, mas os consumidores! Sem consumidores não tem mais lucros e ainda menos negócios!

Negócios estão aqui para servir nossas necessidades e temos que guar-dar isso no padrão de nossa empresa! Assim, não tenho dúvida que o setor sucro-alcooleiro brasileiro será bem-sucedido!

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VEÍCULOS

Lançada no fi nal do ano passado, a Nova Montana chegou repleta de novidades. Desde o design dife-renciado, que mescla linhas belas e robustas – que passam a sensação da picape ser maior que todas as

suas concorrentes, fi cando entre uma picape pequena e uma média – até a maior capacidade de carga da categoria: 758 quilos.

A Nova Montana - segundo modelo da “Família Viva” – que inclui o Chevrolet Agile, novo referencial no segmen-to dos hatchs compactos - é comercializada em duas versões, a LS e a Sport, cada uma delas voltada para um tipo de uti-lização: trabalho e lazer.

Possui um design que transmite ainda mais robustez e força, graças às suas linhas mais dinâmicas e fl uídas. A frente segue o padrão global da Chevrolet, com a grade do radiador secionada e faróis com um estilo único. A superfície lateral desprende-se, mais larga do parachoque dianteiro, envol-vendo o side step (degrau lateral) – lembrando as picapes Heavy Duty americanas – até chegar às lanternas, enquanto a tampa traseira tem um pequeno desnível na parte superior, projetado para melhorar a visibilidade. “A nova Chevrolet Montana é um veículo para consumidores que buscam de-sign diferenciado e capaz de combinar simultaneamente robustez e conforto”, observa Denise Johnson, presidente da General Motors do Brasil. “Além disso, a Nova Montana herdou do Agile características únicas, como a ótima posição de dirigir e diversos recursos de série”, salienta. Ela destaca ainda o grande espaço interno da cabine, inclusive para a bagagem atrás dos bancos e ainda a caçamba, com a maior capacidade de carga do segmento.

Mas, além do visual diferenciado e das qualidades mecânicas, a Nova Montana inova mais uma vez no seg-

Pickup Chevrolet Montana:pronta para o trabalho e lazer

mento. Depois de ter sido pioneira na introdução do side step – degrau que facilita o acesso a caçamba e que foi ampla-mente copiado pela concorrência – a Nova Montana chega com um pacote de tecnologias exclusivas para o segmento, como piloto automático, computador de bordo, ar-condicio-nado com display digital e sensor crepuscular, elevando a oferta de equipamentos a um nível nunca antes atingido por nenhuma de suas concorrentes.

A Montana LS é a versão voltada para o trabalho e para o transporte de cargas. Robusta, ela tem uma nova suspen-são traseira, com um projeto totalmente novo. Com molas e amortecedores especialmente desenvolvidos a LS oferece a maior capacidade de carga do segmento, 758 quilos, a serem distribuídos em uma caçamba de 1.100 litros (1.180 sem o protetor de caçamba). Já a versão Sport, pelas suas carac-terísticas, é mais esportiva e voltada para o lazer. Em outras palavras: tem o conforto necessário para o dia a dia, encara até uma aventura urbana e tem a competência para os fi nais de semana no campo ou na praia, carregada ou não.

Ambas as versões são equipadas com o efi ciente mo-tor 1.4 Econo.Flex, que possui um novo sistema de geren-ciamento eletrônico totalmente desenvolvido pela General Motors no Brasil. Este motor gera 102 cv a 6.000 rpm e 13,5 kgf.m a 3.200 rpm quando abastecido com etanole 97 cv e 13,2 kgf.m a 3.200 rpm, com gasolina. É o motor 1.4 aspirado mais potente do mercado brasileiro.

A picape da Chevrolet não é imponente apenas pelo visual robusto. Ela é a maior picape da categoria, com 4,51 metros de comprimento, 1,70 metro de largura e 1,58 metro de altura. Sua frente segue o mesmo padrão global da Che-vrolet, com a grade do radiador como um elemento trape-zoidal secionada por uma barra, onde é aplicada a gra-

PAINEL DE INSTRUMENTOS DETALHE PORTA-OBJETOS

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vata dourada, símbolo da marca. A superfície lateral se desprende mais larga do parachoque dianteiro, envolvendo o side step (degrau lateral) até chegar às lanternas. Estas, por sinal, são verticais e possuem um desenho diferenciado, que dão percepção de que a picape cresceu na parte traseira. Como os faróis, as lanternas tiveram um tratamento especial deno-minado “Efeito Jóia”, ou seja, as peças são mais bri-lhantes e oferecem uma iluminação mais efi ciente.

O teto da Nova Montana tem um detalhe de design bastante interessante e que complementa o visual da cabine. Trata-se de uma elevação, que começa alguns centímetros após a junção do teto com o parabrisa e vai até a parte traseira da cabine encontrando-se com o brake-light (terceira luz de freio). Outro detalhe é o rack de teto, item de série para a versão Sport.

A caçamba – uma das maiores da categoria, com 1.100 litros de capacidade (1.180 sem o prote-tor de caçamba) – possui uma iluminação direcio-nal, graças ao brake-light , fi xada na parte superior da cabine. Já a tampa traseira da Nova Montana tem um pequeno desnível na parte superior, projetado para melhorar a visibilidade traseira. Segundo Car-los Barba, esse sistema ainda melhora as operações de carga/descarga quando a caçamba está fechada.

O parachoque traseiro do modelo é feito em chapa de aço – a Nova Montana é a única picape de sua categoria que utiliza este material -, tornando-se mais resistente quando alguma pessoa precisa pisar neste compartimento para subir na caçamba e colo-car ou retirar alguma carga. E para ajudar, ainda há um degrau traseiro que, além de compor o design, tem uma função muito importante também para fa-cilitar o acesso à caçamba.

A nova picape terá uma cor externa exclusiva: o verde Jásper, disponível para ambas as versões. Trata-se de uma cor inspirada na natureza e em e-quipamentos esportivos e foi desenvolvida levando-

se em consideração o consumidor jovem e aventureiro, que concilia sua agitada vida urbana com viagens para a praia e para o capo nos dias de folga.

Internamente, a Nova Montana tem um diferencial impor-tante em relação às demais picapes do segmento: posição elevada de dirigir, graças ao ponto “H” mais alto. “Para uma picape isso é fundamental, uma vez que aumenta a visibilidade dianteira e tra-seira”, ressalta Carlos Barba. Esta posição de dirigir e a frente mais alta dão uma percepção de se trata de um modelo posicionado entre uma picape compacta e uma média.

A picape da Chevrolet também apresenta a nova tecnologia “embossed” dos bancos da cabine. Trata-se de uma gravação em baixo relevo para os tecidos, dando um aspecto mais aconchegante ao habitáculo. Essa tecnologia de confecção dos assentos traz mais “conforto visual”, requinte no acabamento e sofi sticação, uma vez que dá uma visão tridimensional aos bancos. Na categoria das picapes compactas, nenhum outro veículo possui esse recurso de design de interiores.

FARÓIS TRASEIROS TETO e BRAKE LIGHT

compactas, nenhum outro veículo possui esse recurso de design de A

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