jbg setembro 2013

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 13 - Nº160 SETEMBRO 2013 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE Em mês de eleições autárquicas conheça os candidatos do Baixo Guadiana Taxa de ocupação turística no Baixo Guadiana está acima da média do Algarve 2 milhões de euros para saneamento em Cacela Dias Medievais são referência nacional e internacional Procissão Alcoutim/Sanlúcar cumpre tradição

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Mensário do Baixo Guadiana. Dedicado às autárquicas 2013

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Page 1: Jbg setembro 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 13 - Nº160

SETEMBRO 2013

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

Em mês de eleições autárquicas conheça os candidatos do Baixo Guadiana

Taxa de ocupação turística no Baixo Guadiana está acima da média do Algarve

2 milhões de euros para saneamento

em Cacela

Dias Medievais são referência nacional e

internacional

Procissão Alcoutim/Sanlúcar cumpre tradição

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

Vox Pop

R: O Algarve tem que ter também várias atividades e festas sem ser no verão. Apenas sol e praia não é suficiente; há que dinamizar outras potencialidades.

Nome: Ana Paula NorbertoProfissão: Comerciante

Nome: Carlos CarmoProfissão: Técnico de pré-impres-são

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando PessanhaFrancisco AmaralGilda PereiraHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosMaria Celeste SantosMiguel GodinhoPedro PiresRui RosaVítor BarrosAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:Postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Com resultados ainda por conhe-cer quanto ao mês de Agosto, período maior de férias para nacionais e estrangeiros, tudo parece indicar que as taxas de ocupação, no seguimento do que já se tinha verificado em Julho, vão no Algarve subir e que em tal conjuntura se destacará um crescimento maior na região do Baixo Guadiana quanto à ocu-pação hoteleira e à presença de gente em férias. Factores exte-riores, influenciaram subidas de mercados externos, designada-mente ingleses, holandeses, fran-ceses, entre outros, como reflexo dos acontecimentos em que con-tinuam envolvidos países como o Egipto, Síria, Turquia, entre outros no Norte de Africa e Oriente

médio. A tais acontecimentos que provocaram mudanças significati-vas no número de turistas que nos escolheu como destino, é bom ter igualmente presente que, a tal con-juntura, se associou uma prática de contenção de preços na oferta de alojamento, o que pode significar que ao aumento de turistas não corresponde mecanicamente um aumento proporcional da receita obtida. Seja como for trata-se de um momento favorável com refle-xos positivos no emprego, mesmo que de curto prazo, e em recursos que contribuem para a melhoria das nossas contas externas, mesmo tendo presente que o grande contingente que escolhe esta sub-região para as suas férias con-tinue a ser marcado pela maior presença de portugueses.

Ainda sobre esta matéria da acti-vidade turística a recente criação da eurocidade, envolvendo VRSA,

Castro Marim e Ayamonte, pode ter um papel importante se à conjugação de esforços, visando a rentabilização de várias infra-estruturas, se criarem condições destinadas a melhorar a promoção dos recursos, e são diversos, que se dispõem na área destes três muni-cípios, para aumentar a presença de visitantes e turistas.

O mês de Setembro marca o início de um novo ciclo na gestão do poder local através da realiza-ção de eleições no último domingo do mês, num quadro ainda por esclarecer quanto à possibilidade de um candidato que tenha cum-prido três mandatos consecuti-vos se poder recandidatar noutro concelho, facto que acontece em Castro Marim. Creio não ter sido saudável para a democracia que este processo da interpretação da Lei de limitação de manda-tos se tenha arrastado de modo

a só se ter uma interpretação do Tribunal Constitucional sobre tão importante matéria em finais da primeira semana de Setembro, quando, a meu ver, a Assembleia da República o poderia desde há muito o ter feito. Todavia, e independentemente do resultado desta contenda, que em nada pres-tigiou o estado democrático em que vivemos, aqui fica um claro apelo para que as eleições sejam grandemente participadas porque dessa maior participação resultará seguramente uma maior respon-sabilização de quem for eleito e quanto maior for a presença de eleitores mais forte fica o regime democrático que defendemos.

Carlos Luís Figueira

[email protected]

R: Naturalmente, pelas características do território, existiram sempre épocas de maior dinamização da região, acredito, porém, que as infraestruturas existentes, assim como as entidades têm capacidade de com os recursos/características do ter-ritório promover e dinamizar a região, principalmente sendo necessário manter o investimento na comunicação e tendo opções disponíveis durante todo o ano. Não se poderá combater a sazonalidade se não existir uma oferta disponível.

Nome: Ana MartinsProfissão: Account em Agência de Comunicação

R: Só não é mais acentuada devido ao esforço que os hoteteiros fazem: baixa radical de preços. Muito dificilmente saíremos desta situação. O golf, turismo de saúde e desporto, gastronomia podem ajudar um pouco. Uma boa animação nos hotéis também é importante. Nenhum esforço,nem a melhor imaginacão poderão fazer nada por um Algarve que não soube planear o se futuro. Salvo raras excep-ções, o turismo de qualidade é cada vez mais baixo. Nenhum turista se orgulha em revelar

que passou férias no Algarve. E fácil detetar os culpados da atual situacão da região.

R: Na minha opinião, criando nichos turís-ticos diferenciadores do sol, praia e golfe. Apostar no turismo desportivo, apresentando produtos além do futebol, apostando em infra-estruturas existentes, melhorando-as, possibili-tando uma oferta diversificada territorial e por modalidades, aproveitando també3m as nossas condições naturais por exclência. No turismo da saúde, aproveitando os grupos privados existentes no algarve. As autarquias devem apostar na promoção do algarve como um todo e não competindo entre elas, aproveitando as condições naturais da nossa região

Nome: Carlos FernandesProfissão: Empresário Hotelaria

ABERTURA

De que forma acredita que pode ser quebrada a sazonalidade turística no Algarve?

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 3

CRÓNICAS

Num momento em que os incendiários teimam reduzir a floresta portuguesa a cinzas, com a perda da vida de bombei-ros que tombam no braseiro das chamas no combate aos fogos, perante o olhar incrédulo e impotente das populações que entre fagulhas e labaredas vêem desaparecer a luta do trabalho de uma vida, gostaria de reflectir sobre a lei de limitação de mandatos.

Começo por fazer uma declaração de interesses: sou apoiante de candi-datos à presidência de autarquias que já cumpriram três mandatos.

Quando em 2005, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata fizeram aprovar na Assembleia da República uma lei mal enjorcada, que impede presidentes de câmara e presidentes

de juntas de freguesia com mais de três mandatos de se recandidatarem às mesmas, estariam longe de imagi-nar a embrulhada para onde estavam a conduzir o poder local.

Mas vamos aos princípios em que se funda a lei de limitação de manda-tos: prevenir abusos permitidos pela eternização do exercício do poder, o mesmo é dizer evitar a permanência de dinossauros e a existência de corrupção nas autarquias.

Cada um dos pressupostos apon-tados é mais lascivo que o outro. Ao assumirmos pacificamente a lei de limitação de mandatos coarctamos a liberdade de escolha dos cidadãos, isto é, o povo não é soberano na eleição dos seus autarcas porque o legisla-dor determina que um presidente de câmara ou de junta de freguesia, pelo

facto de ter cumprido três mandatos no seu concelho, contraiu lepra e não pode voltar a ser eleito.

Depois, o douto legislador vai mais longe na prosa, indicando que com esta lei evita-se a prática de corrupção nas autarquias, o que eu não sabia e fiquei a saber é que as entidades inspectivas (leia-se os tribunais) são impotentes para julgar a corrupção e os corrup-tos.

Todavia esta lei torpe só se aplica aos autarcas, deixando de fora os guardi-ães da Casa da democracia que são os senhores deputados da Assembleia da República.

Mas as incongruências da lei de limite de mandatos vão ainda mais longe ao afirmar que a lei fala do “presidente de câmara municipal” e “presidente de junta de freguesia”, quando a versão

aprovada no parlamento tinha a propo-sição “de”, em vez da contracção “da”, sendo que a versão publicada no Diário da República aponta que a lei é aplicá-vel a qualquer câmara ou junta e não a uma única autarquia em concreto.

O facto é que esta trapalhada deu azo a que a esquerda mais reaccionária e espalhafatosa viesse à liça, primeira-mente através do Movimento Revolu-ção Branca (MRB), colocar providências cautelares contra a candidatura de pre-sidentes de câmara com três ou mais mandatos.

Seguiu-se o Bloco de Esquerda (BE) com pedidos de impugnação de onze candidaturas de presidentes de câmara e dezenas de outras candidaturas de presidentes de junta com mais de três mandatos, visando a inelegibilidade dos candidatos.

Neste calvário em que se transfor-mou a impugnação de candidaturas de recursos e de reclamações, em que por exemplo Luís Filipe Menezes e Fernando Seara, candidatos às câmaras do Porto e Lisboa respectivamente, foram declara-dos elegíveis pelos tribunais, enquanto que Jorge Pulido Valente, candidato a Beja e Vítor Proença, candidato a Alcá-cer do Sal foram declarados inelegíveis, só no dia 9 de Setembro, a 20 dias das eleições, é que o Tribunal Constitucional vai tomar a decisão definitiva.

Quando a pré-campanha está na rua e os candidatos deveriam estar a discutir as linhas programáticas das suas candidaturas, vamos ao invés assistindo a uma chicana legislativa, que só empobrece a democracia e desacredita o Estado de direito e os tribunais em particular, pelo que não resta ao Tribunal Constitucional outra alternativa se não dar permissão a todas as candidaturas, como bem lembra o constitucionalista Jorge Miranda: “na dúvida, os direitos devem prevalecer sobre as restrições”.

Vitor Madeira

1. Chegados à recta final de mais um verão, importa tecer algumas conside-rações sobre esta nossa região, sobre esta nossa realidade real, perdoem-me a expressão. Como se a redundância existente na associação destes dois termos (cujos significados se apro-ximam), pudesse, no decurso desta reflexão, chegar a confrontá-los. 2. Pensemos então que durante muito tempo se foi operando a ideia de que, para se desenvolver o turismo dos países, seria necessário que as regiões com potencial se dotassem de infra-estruturas, equipamentos, condições capazes de atrair todas as pessoas que ali se quisessem instalar, para o gozo das suas férias. E porque

Jogávamos ao berlinde, junto ao pinheiro. Quem perdesse, levava uns “canelos”! E tanto que eles doíam… Era Inverno! No Verão, fazíamos ciclismo nas ruas da vila. As provas de montanha (ruas acima) eram as mais complicadas. A “bike” era um arame com feitio de guiador de bici-cletas (das mais modernas - havia que ser arrojado…).

cogumelos, por cima das cabanas dos pescadores, sobrepondo-se às antigas casinhas de férias ou fazendo-se erguer no meio dos pinhais e das retamas, por entre as rochas, «na primeira linha de costa», em cima de dunas primá-rias, «a dois passos da praia», «de frente para o mar», alimentados por uma alta demanda que tantas vezes não procurava mais, é certo, do que a praia – de preferência oferecida a par do glamour das summer-nights, das discotecas, da movida estival, dos sítios-in do verão, e dos eventos, em detrimento da cultura.5. Somos todos responsáveis. Toda a gente alinhou na cantiga, iludida pelo lucro fácil e quase imediato e pela aten-ção oferecida pelos holofotes da moda. What you get is what you want. Desde logo a especulação se fez sentir e, para lá de perverter a economia, transfor-mou zonas altamente singulares em unidades territoriais excessivamente

namente, o Joaquim Agostinho (do Sporting), no sprint final, decidiam a prova…

Jogávamos à galinha. Havia que pro-teger os nossos (supostamente) ovos. Na realidade, eram pedras. E havia que roubar os ovos do “inimigo”, sem ser apanhado. Eram noites de brinca-deira... Só o sono nos vencia!

Havia, também, o jogo da macaca. Um jogo “amaricado”. Era partilhado com as moças. Já, então, dávamos um ar de igualdade de sexos…

No rio, era o jogo do pato, mas sem pato. O pato era o inimigo. No fundo, era como jogar ao apanha dentro de

sazonalizadas, betonizadas, descarac-terizadas, estereotipadas, e, claro está, cada vez mais procuradas. Aconteceu no sul de Portugal, e aconteceu em todos os sítios onde a ganância imobi-liária conseguiu jogar as mãos, tantas vezes espicaçada por um poder político (local, regional, nacional) que também assim encontrou forma de justificar os seus tantas vezes questionáveis projec-tos de desenvolvimento.6. Os anos setenta materializaram o romance, os oitenta deram-lhe força e prosperidade, nos noventa verificou-se uma verdadeira deflagração do amor e, no início do novo milénio, demo-nos conta dos problemas: o verde dos pinheiros e o azul do mar deu lugar ao cinzento do cimento e as pequenas comunidades, agora «zonas turísticas», perderam a sua identidade. A reali-dade cultural desfigurada. Os sítios sobrelotados. Locais a rebentar de gente pelas costuras. Desordem urba-nística. Em muitos casos, caos. Mais casas do que pessoas. Uma sustentabi-

água. Na ribeira, já havia escorregas como

o Slide&Splash e o Aqualine! Só que as costas deslizavam… na lama. Às vezes, umas pedrinhas escondidas provocavam-nos feridas no lombo. O antibiótico da lama logo cicatrizava.

No intervalo, comíamos a nossa pizza com coca-cola, ou melhor dizendo, o nosso marmelo rijinho (de verde que estava). Não eram necessários euros. Era oferta da casa, isto é, das hortas junto à ribeira.

Os adultos brincavam… na taberna, com o tinto e os bagaços. Até que alguns ficavam “agarrados”. Depois, a brincadeira acabava e começava a dependência e a zaragata em casa, com os filhos a assistir ao espectáculo. Um calvário!

Crescemos! Alguns. Outros, conti-nuam a brincar. Por exemplo, em anos de eleições, vamos a todas as festas e

lidade discutível. A construção a atingir o seu limite de endividamento. Muito desemprego. Mais créditos (de parte a parte) por saldar do que carteiras para os pagar. 7. Com a classe média a deslizar no escorrega social, essa «democratização do turismo» parece estar agora a ser substituída, de uma forma mais expres-siva, pelo «miserabilismo do turismo». Uma dose de sardinhas para seis. Um café para uma mesa cheia. Um T1 para doze. Uma praia lotada e orçamentos zero (ou menos um). Hotéis em Agosto a vinte euros a diária, tudo incluído. Zonas com um valor ecológico brutal repletas de aldeamentos ou de viven-das e prédios por habitar.8. Abençoado desenvolvimento que nos conduziu no caminho certo. Con-tudo, os últimos dados parecem querer sugerir uma inversão nesta nossa rea-lidade real e uma mais séria tomada de consciência dos problemas. A ver vamos o que acontece nos próximos anos.

bailes. E, até dançamos! Colocamo-nos em sítios estratégicos para sermos vistos. Pagamos copos a toda a gente. Sorrimos para todos, cumprimenta-mos todo o mundo, até aqueles com quem estamos zangados. Falamos com cada um. Prometemos tudo. Muitos cartazes. Muitas ofertas. Resolvemos tudo. Há solução para todos os gostos, cores e feitios – uma brincadeira com-pleta!

Acabam-se as eleições – a desilusão do costume, as injustiças de sempre… O eleitorado enganou-se mais uma vez! Não sabe o que faz! Não compre-endeu as virtualidades… dos brinca-lhões. E são tantas… E agora? Festas? Bailes? Pagar copos? Sorrisos? Onde estão eles?

Daqui a 4 anos, a brincadeira reco-meça…

todos deveriam ter a possibilidade de, condignamente e a preços reduzidos, gozar os seus merecidos períodos de descanso, caminhou-se assim, de uma forma natural, em direcção àquilo que se designou de «democratização do turismo», que está na origem da padro-nização do mesmo e que conduziria, logicamente, à sua massificação.3. Na nossa região (e em tantas outras), o que se verificou foi que casas, pré-dios, torres de habitação, ilhas de betão cresceram indiscriminada e aleatoria-mente sobre a paisagem, tantas vezes com muito pouca regulação, fazendo com que a massa de gente que, em determinadas alturas do ano passaria a frequentar essas zonas, nos restan-tes períodos depressa fugisse, votando esses sítios à sua condição de locais fantasmagóricos, abandonados, consa-grados ao sossego do tempo frio. 4. Os grandes edifícios de aparta-mentos brotaram, pois, que nem

Na subida da montanha valia-nos um balde de água que o Chico Pinto, da carpintaria, nos “amandava”, como dizíamos. Refrescava de verdade. Pare-cia mesmo a sério. Não havia Sport TV, nem RTP1, 2 ou 3.

Outro tipo de ciclismo, mais repou-sante, era praticado no pinheiro (então, de terra batida). O circuito da volta a Portugal lá estava – com montanhas e tudo! Os ciclistas eram caricas (de cerveja ou de laranjada). Os pedais eram a nossa perícia com a mola do dedo. Autêntica chegada em pelotão, mas o Peixoto Alves (do Benfica), ou o Jorge Corvo (de Tavira) e, mais moder-

Francisco Amaral

Miguel Godinho

O insubmisso

A lei de limitação de mandatos – Uma lei torpe e castradora do poder local

[email protected]

«Zonas turísticas»

Brincadeiras

* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico

(artigo de opinião escrito há 4 anos)

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4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

Jovem de Monte Gordo administra página de fãs dos «One Direction»

Jovens dedicaram tempo de férias aos mais idosos

Tempos de crise de valores

Campus desportivo juntou 40 crianças em Mértola

JUVENTUDE

De Monte Gordo para o mundo Sofia Bartolomeu é desde há cinco meses a responsável por uma página de fãs da boys band do momento. Ela é «Direc-tioner», ou seja, uma fã incondicional da banda londrina «One Direction» e quis ir mais longe nesta paixão ao acei-tar gerir esta página que atrai milhares de admiradores (ou seja, direction-ners!). A página existe há cerca de um ano e tem já mais de 10 mil seguidores. Sofia não quer que esta seja apenas mais uma página de fãs destes jovens que têm encantado uma geração, mas quer antes que seja a melhor. Para isso garante que é “muito ativa”, estando

O Programa «+Solidário» durou dois meses numa primeira edição que de acordo com a organização “tem tudo para continuar” em próximas edi-ções. Essa é a vontade da provedoria atual da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, liderada por José Cabrita que neste projeto quis envolver os jovens em ações de solidariedade ao mesmo tempo “que os desviou de potenciais comportamentos de risco” aos quais estão mais expostos, em certa medida pela fase de crescimento que atravessam.

O projeto teve início em Julho e terminou em Agosto e ao longo deste período os jovens dos 16 aos 18 anos, residentes no concelho de Castro Marim não só viram ocupados os tempos livres como desenvolveram um melhor conhecimento da institui-ção e das suas atividades. Os jovens desenvolveram gosto pela participa-ção cívica e num contacto direto o JBG ficou a saber que muitos a estudar no secundário ganharam uma nova von-

Foi mais um campus de férias/des-portivo liderado pela Associação Odiana; o sexto campus desportivo organizado no período de dois anos. Em pleno Verão o desafio em Mértola com um vasto leque de atividades e intercâmbios desportivos. Caminhada noturna, peddy paper, catapulta humana, canoagem noturna, foram algumas das atividades com que os jovens vão poder contar durante três dias.

O campus contou com 40 crian-

sempre atenta ao twitter da banda, para além de fazer parte do maior grupo de directioners em Portugal, ter imensas amigas directioners e de pesquisar muito sobre a banda.

Os fãs são exigentes, querem estar sempre a par das mais recentes novi-dades. Sofia conta-nos que a partir da praia de Monte Gordo consegue dar todas as informações sobre concertos, vida social, entre outros ingredientes que apimentam a vida famosa destes jovens.

Não consegue quantificar as horas que dedica à sua página de fãs, mas garante que “são muitas” e dos cinco

tade em ingressar nos cursos de ação social. Para a Santa Casa esta foi uma experiência inovadora que contou com 16 jovens que acompanhados por três monitoras participaram em atividades diversas como praia, jogos, piqueniques, atividades desportivas radicais, música e no final tiveram direito a uma viagem ao parque aquá-tico «Aquashow». Grande parte destas atividades foram partilhadas com os mais velhos, permitindo assim um saudável convívio intergeracional e ainda a oportunidade de os idosos acederem a experiências únicas.

“Foi uma experiência única, total-mente financiada pela própria Insti-tuição, que aproveitou sinergias já criadas através do projeto PIEF que desenvolveu durante o ano letivo junto da população escolar e contri-buiu para reforçar o sentido de res-ponsabilidade social cada vez mais vincado junto da Mesa Administra-tiva”, declarou ao JBG o provedor daquela Santa Casa.

Maria Valentim é uma entre milhares de jovens que estão de regresso à universidade. Até aqui teve um percurso exemplar, estando sempre no topo das listas de melhores alunos das escolas por onde passou. “Aplicada e não marrona”, como afirma, gosta de ter opinião e manifestá-la na esperança de “contribuir para um mundo melhor”.

Vive em Vila Real de Santo António, mas desde há um ano que se mudou para o coração de Lisboa onde frequenta o curso de Direito. Tem 19 anos e uma vida pela frente, e apesar dos tempos difíceis que se vive na Europa, e no mundo, Maria tem um pen-samento positivo em relação ao futuro. Convicta que “a crise que atravessamos é uma crise, essen-cialmente, de valores” e conside-rando que “tudo se torna mais difícil numa sociedade em que impera o individualismo”, a jovem pretende formar-se, obter conheci-mento e experiência para um dia mais tarde regressar à terra-natal com o objetivo de contribuir para o seu desenvolvimento.

Auscultar os mais jovens para conhecer as suas ambições e lamentos é um exercício que muitas vezes nos dá o panorama daquilo que pode ser o nosso futuro. E numa altura em que muitos dos mais novos estão a imi-grar na esperança de um mundo melhor é diferenciador perceber os que para já garantem querer ficar pelo país de origem, como é o caso de Maria, que quer inves-tir numa carreira quando as opor-tunidades parecem escassear. O equilíbrio pessoal da jovempassa por ter tempo para a universidade, amigos, família e para si. Ler é dos hobbies que mais a preenchem e tem Eça de Queirós sempre na cabeceira. Maria Valentim ainda não desenhou o seu futuro profis-sional. “Poderá passar pelo Direito ou não…”, mas anseia “as dificul-dades dos dias que correm em os jovens fazerem uso da sua for-mação superior”. Por isso mesmo mostra-se aberta a trabalhar nou-tras áreas ou até formar-se noutros cursos “porque parar é morrer”.

Numa visão crítica esta jovem aponta o dedo à região que tanto ama, lembrando “o desinvesti-mento que tem existido em relação ao Algarve”, lembrando, nomea-damente, que “falta uma rede de transportes públicos e cultura”.

ças, dos 13 aos 14 anos de idade, de Castro Marim, Vila Real de Santo António, Mértola, Ayamonte e de Beturia. A iniciativa pretendeu mais uma vez promover a cooperação transfronteiriça.

Este campus é uma organização da parceria e projeto TAG – Turismo Ativo no Guadiana, uma iniciativa de cooperação entre o Algarve, Alentejo e Andaluzia, financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Por-tugal – Espanha, 2007-2013.

meses em que está envolvida nesta tarefa faz um balanço extremamente positivo já que nos garante que cada vez gosta mais de ser administradora da página, tendo encontrado “muitas pessoas interessantes que têm gostos em comum”.

Maior desejo: conhecer pessoalmente os 1D

O maior desejo de Sofia é, como não podia deixar de ser, conhecer a banda pessoalmente. Garante-nos que pelo facto de administrar uma página de fãs não tem qualquer pri-

vilégio, mas auspicia ir ao concerto em Portugal em 2014 e, quem sabe, conhecer a boys band, que, recor-de-se, nasceu para o mundo em 2010. Admiradora “das músicas, per-sonalidade, e tudo” dos cinco jovens tem como membro preferido o Liam, que classifica de “mais romântico” e pelo qual está fascinada pela per-sonalidade meiga, bem como pelas suas tatuagens. Feliz pela adminis-tração da página do quinteto juvenil a jovem vai vendo crescer a sua cole-ção de merchandising directioner que família e amigos não resistem em oferecer-lhe.

Sofia Bartolomeu é administradora há cinco meses de uma página Directioner

O convívio intergeracional marcou utentes e jovens

O convívio durou um fim de semana prolongado

Sofia tem apenas 11 anos, mas uma enorme paixão pelo grupo «One Direction». Para quem não conhece é a boys band do momento. A jovem de Monte Gordo encarrega-se de dar aos fãs toda a informação acerca dos já considerados «novos Beatles».

O objetivo da iniciativa passa muito por desviar os mais jovens de comportamentos de risco. O projeto chama-se «+ Solidário» e juntou várias gerações no verão.

De 16 a 18 de Agosto um grupo de 40 crianças do Baixo Guadiana montou acampamento em Mértola e usufruiu de um campus desportivo com selo da Odiana.

Ser jovem e ter opinião

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 5

Escola Secundária de VRSA abre ainda em obras

Odiana assina protocolo para inclusão de crianças e jovens

Marco Paulo apresenta Beatriz como exemplo de vida

EDUCAÇÃO&JUVENTUDE

Depois de retomadas as obras em Abril os trabalhos têm andado a «passo de caracol» na escola secun-dária de Vila Real de Santo António. A acusação vem da parte da Associa-ção de Pais que está, literalmente, a perder a paciência para uma situ-ação que considera “desgastante”. É que desde que iniciaram funções os membros da Associação de Pais têm-se visto a braços com as obras que já deveriam estar prontas há cerca de ano e meio e que estive-ram paradas cerca de 8 meses. Os pais temem a segurança e o desem-penho escolar dos perto de 1000 alunos dos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim.

Ao que o JBG conseguiu apurar junto do delegado regional de edu-cação as obras deverão estar termi-nadas “em breve”, mas cauteloso, este responsável prefere apontar uma data “mais para o final do ano

A Odiana, Associação para o Desenvolvimento do Baixo Gua-diana, em parceria com o Centro de Explicações «Cantinho dos Sábios» em Vila Real de Santo António estabeleceram um pro-tocolo inovador onde o apoio aos mais jovens é palavra de ordem. Desde apoio ao nível da terapia da fala, psicologia, nutrição, edu-cação especial e apoio ao estudo, realizado por técnicos especializa-dos com formação nas respetivas

Depois do presidente da Câmara de Alcoutim ter levado, pela primeira vez, Marco Paulo a visitar a sua fã Beatriz, de 10 anos, ao IPO (Instituto Português de Oncologia), o cantor passou a acom-panhar de perto e com muito interesse a evolução da situação. Marco Paulo, que também sofreu da mesma doença, convidou a sua amiga a subir ao palco no seu espetáculo em

Castro Marim, no dia 15 de agosto, e apresentou a alcouteneja como exem-plo de resistência, de fé e de vida, o que a levou à cura da doença e à franca melhoria na recuperação da visão, con-trariando os prognósticos médicos. A atuação de Marco Paulo fez parte do programa das festas anuais de Castro Marim e teve a assistência de milhares de pessoas.

para as obras estarem concluídas”. O histórico dos atrasos é extenso, e depois de ultrapassados os pro-blemas com o consórcio aguarda-se agora o término da obra.

O delegado regional garantiu ao JBG que o pavilhão desportivo vai ser entregue “já em Setembro, evi-tando que os alunos tenham que se deslocar para o pavilhão municipal para fazer desporto”. Recorde-se que tal como o JBG explicou na edição de Dezembro para fazer desporto e desenvolver atividades no âmbito da disciplina de Expressões os alunos tinham de percorrer dois quilóme-tros a pé.

Falta a conclusão de salas de aula e do refeitório e os monoblocos e contentores ressentem-se com o passar de um tempo que já se tornou longo demais para se designar de provisório.

“Em abril choveu tanto que os alunos foram obrigados a sair da

escola”, lembrou Ernesto Ramos, presidente da Associação de pais,

que revela alguma reticência quanto ao término efetivo das obras. “Já

eram para estar prontas há um ano letivo atrás”, lembra, garantindo que a associação que lidera não está, para já, a pensar promover qualquer ação de protesto porque, como garante, “a comunicação com as entidades envolvidas tem sido muito boa”, estando a “aguardar com expectativa” a finalização da reformulação da secundária vila-realense. Ana Cabrita, da direção do agrupamento de escolas de Vila Real de Santo António, pre-cisa ao JBG que estão ainda por ser entregues 40 salas, o refei-tório, espaços comuns e parte coberta do pavilhão. A respon-sável garante que “a escola vai abrir em segurança”, lamentando os atrasos das obras de uma escola que em Outubro vai fazer 50 anos. “Tínhamos previsto uma celebração para comemorar a data, mas a festa vai ter de ser adiada”, constata Ana Cabrita.

áreas. Entre as mais-valias estão ainda a promoção de rastreios no Baixo Guadiana, encaminhamento para o Centro de Explicações de todos os casos com necessidade de acompanhamento, ao nível das respetivas áreas. No que diz respeito a consultas de psicolo-gia este protocolo salvaguarda o acompanhamento, entrevista, ava-liação e apoio aos pais e família, orientação escolar e profissional, jogos e dinâmicas e programas de

intervenção. O protocolo entrou em vigor a 1 de Agosto e tem a duração de um ano. Para mais informações sobre o protocolo ou para saber como usufruir do mesmo dirija-se até à Associação Odiana ou contacte através do 281 531 171 ou [email protected]. Para outras informações consulte o site da Odiana www.odiana.pt , contacte através do 281 531 171, [email protected] ou ainda no facebook

O protocolo pretende dar início a uma parceria inovadora no combate a problemas vários que afetam os mais novos. A associação Odiana fala mesmo em “inclusão e igualdade de oportunidades para as crianças e jovens”. Nutrição, psicologia e terapia da fala são algumas das áreas abrangidas.

A escola secundária de Vila Real de Santo António vai iniciar o próximo ano letivo ainda em obras. Delegação regional do Ministério da Educação garante que até final do ano situação estará resolvida.

António Rosa

Mendes

Este ano letivo não abriu a oferta formativa de iniciação na escola de hotelaria e turismo de Vila Real de Santo António, tal como não abriu em Portimão. A medida resulta do plano de austeridade imposto pela TROIKA e à qual a Juventude Socialista algarvia já apelidou de «morte lenta» das escolas de hotelaria na região. Em comunicado às redações a JS Algarve critica “a decisão tomada pelo Turismo de Portugal de redu-zir em 42% a oferta formativa das Escolas de Hotelaria e Turismo sob

sua tutela, No Algarve mantém-se operacional a iniciação na escola de Faro, sede do Agrupamento do Algarve.

Contactado pelo JBG, o diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, David Murta, lamenta a deci-são do Governo e confirma que de fora terão ficado cerca de 40 alunos, tendo em conta que este é o número que, em média, anual-mente, ingressa na iniciação desta instituição. O responsável acredita que “esta situação será temporária

e que no futuro a escola funcio-nará nos mesmos moldes”.

O responsável adiantou ao JBG que este ano a escola de hotela-ria “vai ter uma nova aposta que passa pelo programa Formação Algarve indo abrir duas novas turmas com capacidade para 40 alunos no total”. David Murta adianta-nos também que a insti-tuição que dirige vai, igualmente, disponibilizar as instalações para cursos de aprendizagem afetos ao Instituto de Emprego e Formação Profissional e outras entidades.

Escola de Hotelaria em VRSA obrigada a fechar portas à iniciação

De fora ficam 40 novos potenciais novos alunos

Até ao final do ano obras deverão estar concluídas

Jovem Beatriz tem tido apoio incondicional do seu ídolo

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6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

por José Luís Rúa

XII encuentro de capitanes de almadrabas en la costa occidental

Invitación a Nerea

Boda transfronteriza en el río Guadiana

Fuego, ¡!!!nunca más!!!!

Un paseo por el arte

La ciudad de Isla Cristina será el escenario del próximo encuentro de los Capitanes de Almadrabas entre otros eventos paralelos. Estas jorna-das que se celebraran del 8 al 22 de Septiembre, estarán organizadas por la” Muy Noble Sociedad de Amigos del Atún” de esta Ciudad y contará con especialistas de la vecina pro-vincia de Cádiz como Conil, Barbate, Tarifa …de gran tradición en el arte de pesca de esta especie. También

De mi tierra, en sus tardes templadasde ocasos ruborosos y amarillos-trato con estos versos tan sencillos contar que fueron hechas por las hadas -

Son tardes misteriosas y embrujadasque hacen soñar con “lo desconocido”,y despiertan recuerdos ya dormidos,envueltos en azules marejadas.

¡Qué belleza sin par, tan reposadamelancólica y triste, tan hermosa,como la muerte dulce de una diosa!

Yo te invito a venir, si estas cansada,para sentirte leve brisa rosa,y hundirte en esta magia misteriosa.

Mar Velasco, poeta y escritora de Ayamonte. Participó en numerosos encuentros poéticos transfronterizos. Su inspi-ración fue siempre Ayamonte y el Guadiana.

Se cumplió en este mes de Agosto nueve años del pavoroso incendio que arrasó más de 35.000 hectáreas de masa forestal en la comarca de la Sierra de Huelva, y causó la muerte de un matrimonio de jubilados.

Desde entonces, Minas de Riotinto sigue ostentando el triste récord de ser el punto de la geografía andaluza en el que las llamas devoraron una de las mayores superficies de zona verde más productivas de la comuni-dad autónoma

El incendio terminó afectando a más de una docena de localidades, la mayoría onubenses, pero se cebó con especial virulencia en la pequeña localidad de Berrocal, que tiene en la producción de corcho el eje motor de su economía.

“El fuego acabó con os sueños y medios de vida de muchos de sus habitantes, para los que el monte es su fuente de economía”..

Poco más de un 10% es la cifra que arroja a día de hoy la recupera-ción de monte de alcornocal después de nueve años de intervención y en torno a 1% de encinar, la especie autóctona que más sufrió las conse-cuencias de aquella barbarie.

Aun a estas horas, muchos de nosotros estamos intentando superar la resaca de una movida cultural que nos ha dejado mudos a todos. Medio centenar de pin-tores pertenecientes a distintas genera-ciones, que forman parte de distintas escuelas pictóricas y que ven la pintura de mil maneras distintas, reunidos casi de manera informal en la misma calle. La plazoleta frente al Centro Cultural Casa Grande de Ayamonte y sus calles adyacentes, se quedaron pequeñas para esa sala de exposiciones improvisada en la calle, donde se podían apreciar las obras de arte colgadas o apoyadas en cualquier lugar, y que en muchos casos no sabríamos decir si la obra engalanaba la fachada o si el efecto era el contrario.

Y cuando el día se hizo noche, no había espacio natural que permitiera el paso de la gente. Tanto era el público que curioseaba los lienzos, que uno no terminaba de entender claramente en

Fue en el mes de Junio que se celebró el enlace de Mara y Antonio, tal como era su deseo, en un barco sobre el Gua-diana.

La unión estuvo oficiada por el alcalde de Sanlúcar de Guadiana D. José Manuel Ponce Ojeda , siendo testigos del acto, la linda hija de los contrayentes Cons-tanza de Almeida Gómez, el alcalde de Alcoutim, Dr. Francisco Amaral, y los amigos de la desposada la magistrada Dª María del Mar Delgado y su marido D. José Delgado.

Los vecinos perdieron hace tiempo la fe en la promesa realizada por el entonces presidente de la Junta de Andalucía, para la recuperación de esta zona y la pérdida continua a ser incalculable, ya que se perdió el hábi-tat de muchas especies autóctonas como el eucalipto, el pino, la encina o el alcornoque, así como numerosas

que lugar del planeta se encontraba. Los más diversos estilos, las maneras más personalizadas de hacer cuadrar la forma y el color, la perspectiva y los sentidos. Nombres como Galán, Emilio Borrego, Xavier Morato, D´Esury, Vir-ginia Saldaña o Dani Franco juntos y con sus mejores galas. Todo se unió de manera mágica para sorprender incluso a quienes llevan toda la vida metidos entre pinceles y lienzos. Una gran idea, una gran respuesta y un éxito que se merece el aplauso mas sincero.

Pero no solo la calle rebosaba ale-gría, colorido y público sino que el patio interior del Centro Cultural Casa Grande congregaba a muchísima gente amante de la poesía, la imagen y el sonido. Los Poetas del Guadiana, aya-montinos y villarrealenses, emociona-ban con sus recitales a un auditorio muy entregado a las lecturas y muy sorprendidos por las proyecciones visuales del autor Toño Mendez o los

Hubo emotivas palabras para los contrayentes de la amiga de la despo-sada Dª María del Mar Delgado, de D. Antonio Pedro Camejo, hijo del novio, y también de Mara para su fututo esposo. El convite para los invitados tuvo lugar en el maravilloso escenario del castillo de Alcoutim.

Fue una boda intima y muy emotiva, por deseo de la pareja, con la asistencia de familia y amigos íntimos.

Baixo Guadiana les desea próspera vida muchas felicidades.

especies animales: el jabalí el ciervo y el zorro entre otros.

La plataforma “Fuego, Nunca Mas,” viene denunciando desde entonces el incumplimiento de la Junta de Andalucía en la recupera-ción, trabajos de limpieza de montes y la falta de apoyos a la industria del corcho.

sonidos ofrecidos por Seba Mirabent. Seguida muy atentamente también fue la actuación de la cantautora local Mis Parker, que músico uno de los poemas del autor José León Acosta.

Si en la primera parte del recital se pudo escuchar a Clemen Esteban, Joa-quina Vázquez, José Cruz, Pedro Taba-res o Jose Luis Rúa, en la segunda los poemas venían de la mano de Aurora Cañada, Antonio Cabrita, Carmen Herrera, Raul Vela, Diego Mesa o Eladio Orta. Y todo ello conducido y coordinado de manera dinámica por el maestro de ceremonias, Antonio Mirabent.

Ha sido como abrir un escaparate cultural en la principal arteria de la ciudad, una ventana al arte y a la poesía sin mayor ambición que el de ofrecerse a un publico local conocedor del trabajo y a unos visitantes a los que poder sorprender. Felicidades por la idea y por el éxito.

tendrá carácter internacional ya que participaran expertos de Japón, Marruecos, Portugal y España. En el plano gastronómico visitaran esta Ciudad, restauradores de diferentes lugares, incluido el vecino Portugal en la “ IX Cata de la Mojama de Atún” y la VII Muestra Culinaria”. Habrá conferencias y de degustacio-nes de guisos típicos del atún rojo en numerosos bares y restaurantes locales.

Este concurso fue impulsado por la Delegacion de Economía, Innovación, Ciencia y Empleo

La plataforma “Fuego, Nunca Mas” viene denunciando el incumplimiento de la Junta de Andalucía en la recuperación, trabajos de limpieza de montes y la falta de apoyos a la industria del corcho

La plazoleta frente al Centro Cultural Casa Grande de Ayamonte y sus calles adyacentes, se quedaron pequeñas

Uno de los últimos poemas de la poeta Mar Velasco, que nos dejó recientemente. Hasta siempre Mar…

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 7

Processo de transferência para edifício de alfândega acontecerá até ao final do ano

Estrutura está a ser projetada pela Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim

PSP de Vila Real de Santo António vai ter nova esquadra

Residencial para doentes de Alzheimer projetada em Castro Marim

ACES Sotavento garante médico de família a todos os utentes

reia, para dar continuidade ao pro-cesso de transferência da Polícia de Segurança Pública (PSP) de VRSA para as novas instalações.

Novas instalações significam “a mudança da PSP para as novas ins-talações responde a uma pretensão há muito defendida pela autarquia e permitirá melhorar não só as con-dições de trabalho das forças de segurança, mas também aumentar a proximidade com os munícipes”, afirma Luís Gomes.

Além do presidente da Câmara Municipal de VRSA, a reunião contou com a presença

Combater lacuna

Esta estrutura residencial terá capacidade de resposta para utentes do concelho castroma-rinense, mas também de todas as

partes do país já que são muito poucas as residenciais do género existentes ao nível nacional.

Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim vai a eleições em Novembro pró-ximo.

do intendente Frederico Lima, do comando distrital da PSP de Faro; do comandante da PSP de VRSA, José Carlos Dias, e de um representante do Instituto Portu-ário e dos Transportes Marítimos, uma vez que as futuras instalações ficarão localizadas junto a área portuária.

Em breve, as três estruturas irão assinar um protocolo de colabora-ção para efetivar a transferência, estando igualmente previsto que o antigo apeadeiro, nas imediações da alfândega, venha a ser trans-formado em edifício de apoio.

Até ao final do ano a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Vila Real de Santo António vai ser des-localizada para as instalações pre-vistas para o edifício da alfândega, frente ao rio Guadiana. A atual esquadra não oferece as condições necessárias e o futuro edifício será “moderno e funcional”, assegura o executivo camarário pombalino em nota de imprensa. É que Luís Gomes, presidente da câmara local no início de Agosto reuniu-se com o diretor-geral de infraestruturas e equipamentos do Ministério da Administração Interna, João Cor-

A ideia da estrutura residen-cial vai ser apresentada a 6 de setembro numa sessão solene organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, mas o JBG sabe em primeira mão que este é um projeto que tem já arquitetura desenhada e que na melhor das hipóteses estará pronto no início de 2017.

A estrutura residencial para idosos vai ser construída de raiz e visará especializar-se no acolhi-mento de portadores da doença de Alzheimer. Está projetada para ser edificada na antiga fábrica do Pinhão e terá capacidade para 80 pessoas. Serão quartos sin-gles, duplos e triplos e a residen-cial terá rés-do-chão e primeiro andar.

Ao que o JBG conseguiu apurar para o rés-do-chão está projetada uma clínica de saúde para a ter-ceira idade.

A Santa Casa da Misericórdia está atenta à abertura do próximo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020 para poder candida-tar este projeto e beneficiar de fundos comunitários.

Todos os residentes no Sotavento Algarvio têm a partir de agora e pela primeira vez acesso a médico de família. Isto porque, o Agru-pamento de Centros de Saúde (ACES) do Sotavento que integra os concelhos de Tavira, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, tem neste momento capacidade para atribuir médico de família a todos os utentes ins-critos nas diversas unidades que integram os concelhos da sua área de abrangência.

Com trinta e seis médicos de medicina geral e familiar, o ACES Sotavento, em articulação com a Administração Regional de Saúde do Algarve IP, tem implementado uma estratégia de reorganização dos serviços e racionalização dos recursos humanos existentes, nomeadamente, médicos e enfer-meiros, com vista a assegurar uma prestação de cuidados de saúde eficiente e de qualidade a todos aqueles que necessitem e, simul-taneamente, garantir médico de família aos cerca de 60 mil uten-tes inscritos atualmente no ACES

Sotavento.Assim sendo, pela primeira vez,

um ACES da Região do Algarve tem capacidade para atribuir médico de família a todos os seus utentes. O Presidente do Conse-lho Diretivo da ARS Algarve IP, destaca “o empenho da Direção Executiva do ACES Sotavento, aliado ao profissionalismo e a dedicação de todos os profissio-nais deste ACES que têm contri-buído de forma muito positiva para a melhoria da acessibilidade de todos os utentes da sua área de abrangência aos cuidados de saúde primários”.

A ARS Algarve IP, em articula-ção com os três ACES da Região (Barlavento, Central e Sotavento), têm vindo a tomar as medidas necessárias para colmatar a crónica carência de médicos de família na Região do Algarve, quer através da abertura de concursos quer através da reorganização dos serviços, de modo a assegurar que todos os utentes tenham acesso à prestação de cuidados de saúde sempre que necessitem.

Santa Casa da Misericórdia

LOCAL

O projeto é a Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim que neste momento se prepara para reunir com as entidades competentes na matéria. A ser uma realidade resolveria uma lacuna a nível nacional no tratamento da doença.

A situação é inédita e foi divulgada em finais de Agosto. Num comunicado enviado às redações a Administração regional de Saúde dá conta que entre Tavira e Alcoutim existem 36 médicos de família.

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GRANDE PLANO

A taxa de ocupação na zona do Baixo Guadiana – entre Alcoutim e Vila Real de Santo António - subiu este ano 7,4% em relação ao período homólogo de 2012. Os dados foram fornecidos ao JBG por Elidérico Viegas que comanda os destinos da AHETA [Associação de Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve] e remetem-se ao mês de Julho, uma vez que de Agosto até à data de fecho do nosso jornal não havia dados globais fechados. Mas, tendo em conta que o comportamento turístico nos últimos quatro anos tem sido de subida gradual, as expectativas em relação aos resultados do mês mais quente de turismo “são as melhores, devendo acompanhar esta tendência”. O presidente da AHETA diz que ao nível da região do Algarve, e no que diz respeito a resultados globais médios, a subida da taxa de ocupação fixou-se nos 4,3% , o que significa que o Baixo Guadiana está acima da média regional. Nesta sub-região, apesar de revela-rem um crescimento positivo, estes dados acumulados respeitantes à ocupação turística não são acom-

panhados na mesma proporção pelo volume de negócios que está abaixo 2,4%, fixando-se, assim, nos 5%. “Estão a ser prestados mais serviços pelo mesmo preço”, admite a AHETA que afirma que a meta agora do turismo algarvio é atingir as taxas de ocupação de outros tempos.

Baixo Guadiana recebe mais turistas do Reino Unido, Holanda e Alemanha

Os preços estão mais apetecí-veis para os turistas que no Baixo Guadiana chegam cada vez mais vindos do Reino Unido, Holanda e Alemanha. Por aqui “as unidades de três estrelas, que são a maio-ria, têm tido uma boa prestação, apresentando interessantes taxas de ocupação”. Elidérico Viegas diz-nos que, por outro lado, portugue-ses e espanhóis têm vindo menos para esta zona do Algarve, tendo em toda a região descido na ordem dos 6,1%.

Recuperação turística está a acontecer

Os dados mais atualizados da AHETA faz com que os empresá-rios no Algarve olhem com “boas expectativas” para a evolução turís-tica. E Elidérico V. acredita que os empresários estão “no caminho certo” e recorda que “só havendo uma recuperação positiva das taxas de ocupação é possível gerir os preços”.

Mais marketing e vendas

De olhos postos na meta de recu-perar das taxas de ocupação turís-tica de outrora os empresários estão convictos que tal apenas será possí-vel se houver uma estratégia asser-tiva no que diz respeito à aposta no marketing e nas vendas. O res-ponsável da AHETA afirma que “apostou-se muito na imagem de Portugal e pouco na imagem do Algarve enquanto destino turís-tico”, defendendo que “é preciso focar uma estratégia que incre-mente uma viragem a esse nível e em que as entidades públicas e pri-vadas estejam concertadas”. Inte-grada no conselho de marketing da Região de Turismo do Algarve

(RTA) a AHETA pretende ser um olhar crítico. “É preciso vender mais”, sublinha Elidérico V. que afirma que “é possível fazer mais com menos dinheiro” no campo do marketing, vendas e projeção do turismo algarvio.

Empresários atestam crescimento turístico

Contactámos empresários do Baixo Guadiana, percorrendo os concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo Antó-nio. Na vila alcouteneja encontra-mos o «Guadiana River Hotel» onde a subida de ocupação em Julho e Agosto em relação a 2012 é notó-ria, sobretudo no mês de Julho. A ocupação média nesta unidade ronda os 85%, sendo que por aqui passam cada vez mais estrangei-ros e portugueses em família. Os responsáveis deste hotel reclamam “maior oferta cultural no concelho” porque, segundo dizem, “os turistas ao fim de três dias já se começam a deslocar mais para o litoral com o objetivo de desfrutarem de ati-vidades diversificadas”.

Em Castro Marim, Eglantina

Monteiro, é proprietária de uma unidade de charme em ambiente rural a que deu o nome de «Com-panhia das Culturas» e que está em funcionamento há cinco anos. Afirma que ao longo do tempo tem visto aumentar o número de clientes, conseguindo lotação esgo-tada nos meses de maio a outubro. Garante-nos que a procura da sua unidade é cada vez maior por parte dos alemães, “porque são grandes apreciadores das energias reno-váveis e da agricultura biológica aqui praticada”. Na sua opinião “o turismo algarvio está a beneficiar das tensões sociais do norte de áfrica” e por aqui o maior desafio é mesmo combater a sazonalidade. Esta unidade foi eleita uma das 100 melhores «boutique hotel» do mundo pelo jornal britânico «The Guardian», sendo que na Europa apenas 20 for contempladas, entre elas esta localizada no lugar São Bartolomeu do Sul.

Em Monte Gordo, no aparthotel Dunamar, a tendência é, igual-mente, para um aumento da ocu-pação, tendo havido neste verão em termos médios mais turis-tas na ordem dos 3%. Até 2010

Taxa de ocupação turística no Baixo Guadiana regista uma subida acima da média global do AlgarveTerminou em Agosto a época mais quente do turismo no Algarve. Agosto é o mês rei deste setor e os empresários depositam as maiores expectativas na atividade que padece de uma sazonalidade gritante.No Baixo Guadiana o aumento da ocupação turística em relação a 2012 foi de 7%, embora o volume de negócios não acompanhe a mesma tendência. Mesmo assim, os empresários do setor mostram-se expectantes para uma evolução que tem sido gradualmente positiva.

Susana H. de Sousa

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GRANDE PLANO

nesta unidade as taxas de ocupa-ção atingiam os 98%, agora não ultrapassam os 93%, sofrendo, no entanto, uma evolução positiva que tem sido gradual “graças a um grande trabalho de adaptação a novos mercados como é o caso do polaco, alemão e russo”. Jorge Queimado, diretor-geral desta unidade hoteleira fala no recurso inevitável a uma descida de preços, acreditando que a retoma seja progressiva. Com um olhar crítico Jorge Queimado gostaria de ver “da parte das entidades compe-tentes um melhor tratamento da orla costeira e das zonas naturais envolventes de Monte Gordo”.

Comerciantes em Vila Real criam nova associação para combater sazonalidade

Em Vila Real de Santo António os comerciantes mostram-se “satisfei-tos” com as quinzenas mais quentes do verão, avançando “que em Julho e Agosto viu-se mais gente nas ruas e às compras, apesar de comprarem menos que em outras alturas”.

António Guedes está há 23 anos

à frente da delegação local da Asso-ciação de Comerciantes do Algarve (ACRAL) e encabeça agora uma nova associação que tem como grande objetivo revitalizar a união dos empresários do concelho para que “todos falem a uma só voz”. O objetivo é “ter uma associação forte que una todos os setores econó-micos ”, diz-nos em primeira mão este dirigente.

A sazonalidade do Algarve mos-tra-se gritante “e só através de uma associação que defenda os interes-ses locais e estude novos mercados e métodos de incremento é possível vencer as brutais dificuldades que atravessamos”, avisa A. Guedes.

Nesta associação que dá pelo nome «Associação dos Empresá-rios do Concelho de Vila Real de Santo António» estão reunidos “a quase totalidade dos empresários do concelho, fazendo parte todas as atividades económicas desde o comércio à hotelaria, da restau-ração à industria, dos serviços à agricultura”.

A. Guedes revela-nos da parte dos comerciantes “cansaço” perante a atividade da ACRAL “que com a crise que atravessa” tem perdido

muitos associados. Em contraponto os comerciantes mostram-se satis-feitos com as inovações feitas pelo município no centro comercial a céu aberto pombalino.

Maior portal de viagens confirma potencial turís-tico do Baixo Guadiana

Há dois anos que a Associa-ção Odiana apostou num canal exclusivo do Baixo Guadiana no portal de viagens Lifecooler com o objetivo de promover esta região e seu tecido empresarial. Quase dois anos após o início desta incur-são as visitas continuam a subir a pique e confirmam o sucesso do território como destino turístico. Os indicadores gerais de desempe-nho no segundo trimestre de 2013 mostram que as visitas ascenderam às 536 mil visualizações, regis-tando um crescimento de quase 16%.

Áreas como o alojamento, res-tauração e património são as mais procuradas pelos visitantes do portal de turismo, sendo que desde o início do Lifecooler este formato já captou a atenção de

quase 5 milhões de visitantes. No primeiro trimestre do ano corrente, a média era de 462 mil visualizações já evidenciando um crescimento de 4% face ao período homólogo. Agora no segundo tri-mestre as visualizações batem as 536 mil, em resultados estatísticos que continuam a ascender e vêm a confirmar e fortalecem a imagem do Baixo Guadiana como destino turístico

De referir que os números do canal interativo têm crescido exponencialmente. Inicialmente com 44 mil visualizações mensais em Dezembro de 2011, para 145 mil em Fevereiro de 2012. Julho, Agosto, Setembro e Dezembro de 2012 ultrapassaram as 300 mil, período mais forte do Verão. No primeiro trimestre de 2013 chegou às 462 mil visualizações. No total, neste segundo trimestre a janela virtual do território garante mais de 530 mil visualizações do canal interativo.

A aposta continua e à distân-cia de um simples clique é fácil desvendar a serra, o barrocal e o litoral dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo

António, bem como a paisagem, património, gastronomia, hotelaria e animação. Recorde-se que o site Lifecooler é atualmente o portal nacional mais completo de lazer e viagens com 120 mil subscritores e cerca de dois milhões de visitantes mensais.

Região de Turismo instiga trabalho em rede

No plano turístico regional da parte da Região de Turismo do Algarve (RTA) têm surgido notí-cias que denotam um esforço continuado para melhorar o pano-rama do setor.

Desidério Silva, reeleito presi-dente da RTA por mais cinco anos, sublinha que os objetivos da RTA são “trabalhar em rede com todos os agentes do setor e estabelecer parcerias fortes com os municípios. Este é o tempo de reorganizarmos os produtos turísticos, de melho-rarmos a qualidade e a imagem da região, de apostarmos na forma-ção e promoção e de fidelizarmos turistas para todo o ano”, defende o responsável.

Taxa de ocupação turística no Baixo Guadiana regista uma subida acima da média global do Algarve

Autores do estudo integram entidades de Portugal e Espanha e foi no âmbito da cooperação transfronteiriça que elaboraram esta ferramenta que para além de identificar as causas e efeitos da obesidade aponta soluções

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LOCAL

A apresentação pública da candidatura do Partido Socialista de Alcoutim aos diferentes órgãos autárquicos, liderada por Osvaldo dos Santos Gonçalves, decorreu a 14 de Agosto durante um jantar num dos restaurantes do concelho com maior capacidade e contou com casa cheia.

No passado dia 9 de Agosto o Bloco de Esquerda (BE) em Vila Real de Santo António apresentou, no jardim municipal, a sua candidatura à câmara municipal, Assembleia Municipal e Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António.

Casa cheia na apresentação da candidatura de Osvaldo Gonçalves

Mário Matos encabeça candidatura dos bloquistas

Em comunicado às redações, o PS alcoutenejo refere que a apresenta-ção da candidatura «ALCOUTIM PARA TODOS» contou com a presença de João Proença, ex-secretário geral da UGT, em representação do PS nacional e Miguel Freitas, deputado à Assem-bleia da República, pelo Algarve, bem como Jorge Botelho, atual presidente da Câmara Municipal de Tavira e can-didato às próximas eleições naquele município.

Mário Dias, engenheiro agrónomo a exercer funções na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve é o presidente da comissão de honra.

Osvaldo Gonçalves, 45 anos, natu-ral e residente no concelho, é casado, bancário e vereador sem pelouros atri-buídos na Câmara de Alcoutim, cargo que ocupa desde 2009. Propõe-se como uma alternativa credível e o garante da correta administração dos destinos do concelho”.

Foi num convívio onde não faltou comes e bebes e música que os blo-quistas apresentaram os seus três can-didatos ao concelho de Vila Real de Santo António. Mário Matos encabeça a lista à câmara e perante os apoian-tes o candidato desferiu duras críti-cas ao comando camarário que está sob a alçada do social-democrata Luís Gomes há 8 anos. Considerando de “verdadeiro desastre” a gestão cama-rária em VRSA, Mário Matos diz que “o barco que o presidente da câmara Luís Gomes diz que apesar da crise não foi ao fundo, está em doca seca”, acrescentando que “o motor gripou” e que nas próximas eleições a população tem “de substituí-lo”.

Este candidato defende que “a crise, só por si, não pode servir de desculpa”, lembrando que “a crise já existia em 2008”, defendendo que “obrigava a que houve rigor na gestão”.

Dívida municipal “aumenta 53,7milhões de

“Alcoutim é hoje, após 20 anos de gestão social democrata, o concelho mais pobre do Algarve e um dos mais pobres e desertificados do país. Alcou-tim precisa urgentemente de um novo impulso, um balão de oxigénio, que o faça emergir do marasmo em que se encontra. São necessárias novas polí-ticas e estratégias de desenvolvimento para o concelho”, defende o candidato. Os socialistas prometem “promover o desenvolvimento económico susten-tável e travar o despovoamento e a desertificação a que se tem assistido nas duas últimas décadas constituem os grandes desafios estratégicos da candi-datura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Alcoutim”. “Os alcoutene-jos merecem mais e melhor. Impõe-se uma mudança, baseada numa visão de futuro e numa estratégia de médio e longo prazo, capaz de potenciar as mais valias de um concelho fértil em valores humanos e naturais”.

euros”

Fazendo contas Mário Matos chega a um resultado de “aumento da dívida de 53,7 milhões de euros” por parte do atual executivo municipal no âmbito dos empréstimos aprovados com o PAEL [Programa de Apoio à Economia Local] e ao Banco Europeu de Inves-timento. “Estes milhões terão de ser pagos em 20 anos, ou seja, durante cinco mandatos”, disse o bloquista que afirmou que “já nem com a venda do património se resolve esta situação”, antevendo para o concelho pombalino “mais impostos de IMI e IRS, imposto da derrama, aumento das taxas cama-rárias e cortes nos apoios sociais”.

Estado Social é prioridade

O programa eleitoral do BE em VRSA tem como prioridade o «Estado Social». Mário Matos prometeu “rigor e trans-parência” na atribuição de habitação social. Em primeiro lugar, afirmou,

estão as crianças e os idosos, com programas de preven-ção primária relativamente a comportamentos de risco, bem como refeições, trans-portes e manuais escola-res gratuitos para famílias carenciadas.

Para a economia local está projetado “mais apoio às empresas com redução de taxas, redução da faturação da água e outras”, falando este líder em “desenvol-vimento de estratégias de desemprego”, nomeadamente na proteção “das microempresas com autoemprego, desenvolver apoios à transfor-mação e comercialização de produtos tradicionais”. Os bloquistas serão “oposição incondicional à pri-vatização das água ou dos resíduos”, e prometem garantir “a transparência em todos os negócios realizados pela câmara municipal”.

Revisão de Plano Diretor Municipal

Uma das medidas que tomará caso ganhe as eleições, diz Mário Matos é “solicitar a revisão do Plano Diretor Municipal” e também “combater a corrupção, denunciando o enriquecimento ilícito”.

O bloquista promete, ainda, “um regime mais democrático com maior participação das pessoas”.

AUTÁRQUICAS 2013

Osvaldo Gonçalves diz que “Alcoutim precisa de um novo impulso”

Bloquistas prometem dar prioridade ao «Estado Social»

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 11

LOCAL

Melhoria da estrada de Giões/Farelos/Tesouro já avançou

Entrada de Alcoutim vai ser requalificada

Açude da Várzea já está terminado

Começa em Setembro beneficiação de estrada entre Martinlongo e Corte Serranos

Já começaram as obras de beneficia-ção na estrada municipal 507 – troço Giões/Farelos/Tesouro/E.M.124. Os trabalhos passam limpeza de aque-dutos, repavimentação e sinalização

A Câmara Municipal de Alcoutim avançou com a obra de requalifi-cação de uma das entradas da vila de Alcoutim (acesso oeste). A obra

As obras do açude da Várzea já foram concluídas. Esta represa, situada na ribeira de Odeleite, na povoação da Várzea (freguesia de Vaqueiros), tem uma capacidade de 10000m3 e visa facilitar a rega das pequenas explora-ções agrícolas existentes nas margens, permite a recarga dos lençóis freáti-cos, que, muitas vezes, esgotam por completo durante o verão, garante a fixação das espécies cinegéticas e constitui ainda uma zona de recreio e lazer. O novo açude foi adjudicado con-juntamente com o açude de Gala-xos, concluído já no ano passado, e a empreitada custou à autarquia 246.568,44 euros, com um financia-mento de 65% pelo PO Algarve 21.

São quase um milhão de euros de obra para a beneficiação da EN 124 – troço Martim Longo/Corte Serra-nos. De acordo com um comunicado da câmara municipal de Alcoutim a intervenção deverá começar em

horizontal e vertical.A empreitada representa um

investimento de 444.637,00 euros. A obra deverá estar concluída dentro de 8 meses.

foi adjudicada por 85.000 euros e deverá estar concluída em meados do mês de outubro. Os trabalhos vão incidir na criação de zona verde,

jardim, para zona de descanso e lazer informal, e construção de pas-seios, que permitam uma circulação pedonal mais segura.

Setembro e contemplam a repavi-mentação da estrada e a colocação de sinalização vertical e horizontal. Em nove meses, ou seja em Junho de 2014, a empreitada deverá estar terminada.

Obra vai abranger mais de um milhar de pessoas

Obra visa facilitar a rega das pequenas explorações

Zonas verdes, zonas de descanso e lazer e mais passeios estão projetados nesta obra

Obra deverá estar concluída até Maio de 2014

Município investe 2 milhões de euros em saneamento nas zonas rurais

nacha e Torre dos Frades, cujas águas residuais passam a ser reencaminhados para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de VRSA.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “a obra permite que todos os pontos da fregue-sia de Vila Nova de Cacela fiquem agora dotados com redes de saneamento», melhorando, desta forma, «a qualidade de vida de centenas de famílias”.

Melhoramento de estradas

Estas obras vão levar a diversas intervenções nas vias de comunica-ção no interior do concelho, pelo que permitirão a melhoria de dezenas de quilómetros nas estradas do interior do concelho, que serão repavimentadas após o término das obras de sanea-mento básico.

O município de Vila Real de Santo Antó-nio vai ampliar as redes de saneamento básico nas áreas rurais da freguesia de Vila Nova de Cacela. De acordo com um comunicado da autarquia, “a obra ascende aos dois milhões de euros, beneficiará mais de um milhar de pes-soas e assegura a cobertura total do concelho em termos de tratamento de águas residuais”.

Empreitadas que vão ser desenvolvi-das ao abrigo do Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POVT) e “representam um dos maiores investimentos jamais realizado neste âmbito na freguesia de Cacela”, pode ler-se num comunicado de imprensa.

A conclusão das obras está prevista para Fevereiro de 2014 e contemplam a beneficiação das localidades de Caliço, Fonte Santa, Beco, Corujeira, Pedra Alva, Coutada, Cruz do Morto, Bor-

Trata-se de uma obra de bastante relevo para a freguesia de Cacela. Cerca de um milhar de pessoas vai sair beneficiada e o executivo vilarealense garante que a obra permitirá a melhoria de dezenas de quilómetros de estradas do Interior.

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LOCAL

No habitual convívio que no Verão decorre no parque de merendas de Monte Gordo o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, teceu palavras de solidariedade para com as vítimas dos incêndios que deflagraram em 2012 no Algarve e

acusou “política de terra queimada” praticada pelos sucessivos Governos e que levaram ao abandono do inte-rior do país e de sectores produtivos como a agricultura.

O dirigente criticou também a política de “agressão” contra os

trabalhadores e de “favorecimento” dos grandes grupos económicos, levada a cabo pelo Governo PSD/CDS-PP e pela troika do Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Euro-peia.

O secretário-geral do PCP exigiu ainda o “apuramento da verdade” no caso dos submarinos e do alegado desaparecimento de documentos do Ministério da Defesa sobre a compra desses equipamentos, à margem de um comício no Algarve.

A localidade da Manta Rota foi, à semelhança do ano passado, alvo da presença dos manifestantes da Comissão de Utentes contra as por-tagens da Via do Infante. Os mani-festantes protestaram nas imediações da casa onde o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho passa férias e

A CDU de Vila Real de Santo António tornou público um manifesto contra a privatização do estacionamento público que depois de Monte Gordo vai alargar-se em janeiro de 2014 a Vila Real de Santo António.

Os comunistas em terras pom-balinas acusam esta iniciativa de representar um “saque à popu-lação”. Neste manifesto é defen-dido que o estacionamento pago no centro urbano de Vila Real de Santo António [da Avenida da aRe-pública até à Rua Catarina Eufémia e da Rua de Ayamonte à Rua 25 de Abril] “vai tornar-se num pesadelo para os comerciantes do centro histórico que competem com as grandes superfícies comerciais (...) e que disponibilizam estacionamento gratuito”, defendendo a CDU que a rotatividade do estacionamento pode ser conseguida “com recurso a outras soluções assentes na criação de postos de trabalho”.

A privatização do estacionamento em VRSA contou com os votos contra da CDU e do PS. Os socialistas falam em “impacto negativo para comer-ciantes e residentes” e defendem que

também se fizeram ouvir na praia. Cerca de uma dezena de pessoas

participou no protesto da Comissão de Utentes da Via do Infante (A22). A CUVI não conseguiu entregar uma carta aberta ao primeiro-ministro, tendo o acesso sido vedado pelos seguranças e agentes da autoridade

a questão deveria ter sido referen-dada.

Comerciantes a favor

Por sua vez os comerciantes estão a favor desta iniciativa de privatização. Em declarações ao nosso jornal Antó-nio Guedes, responsável pela dele-gação de Vila Real de Santo António da Associação de Comerciantes do Algarve (ACRAL) e da recém-criada Associação de Empresários do Con-celho de Vila Real de Santo António [ver notícia pág. 8] diz que o esta-cionamento pago “vem ordenar o estacionamento e melhorar o acesso ao centro comercial a céu aberto”. O responsável chama a atenção para o “atual estacionamento desordenado que afasta clientes” e avança que “os comerciantes associados estão já a estudar a hipótese de pagar o esta-cionamento a quem faça compras a partir de determinado valor. “Há que perceber que se o centro comercial a céu aberto estiver mais acessível torna-se mais atrativo e terá mais clientes”, reforça António Guedes.

no local. Os manifestantes foram impedi-

dos de entrar na rua onde Passos Coelho esteve de férias, sendo que as mesmas restrições não se aplicaram a mais ninguém. Envergando cartazes a pedir a demissão do Governo cerca de uma dezena de pessoas garantiam

Estacionamento pago a partir de 1 de Janeiro

Contactado pelo JBG, Luís Gomes, presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António lembra que “o concurso público agora adjudicado decorre de um pro-cesso iniciado quando foi instalado o estacionamento pago em Monte Gordo”. O autarca lembra, também. que quando assumiu a presidência da câmara municipal em 2005 “havia já uma proposta do PS no sentido de privatizar o estacionamento”.

“O grande objetivo desta medida é garantir a rotatividade do estaciona-mento e dotar de maior qualidade a mobilidade na cidade”, explica Luís Gomes que sublinha que na área abrangida pelo estacionamento pago cada residência e cada loja comercial vão ter três lugares cada para estacionar gratuitamente”. Por hora o estacionamento vai custar 60 cêntimos.

Em Monte Gordo o estaciona-mento pago vai ser alargado “às zonas perto dos hóteis”, avançou Luís Gomes ao JBG, referindo que a

que não vão abandonar a luta contra as portagens.

Dias antes já esta comissão tinha se manifestado na praia da coelha, em Albufeira.

Depois marcaram presença no Pontal, na festa do PSD onde também se fizeram ouvir.

lógica para a medida segue a neces-sidade de rotatividade.

900 lugares gratuitos

Entretanto o município vilarea-lense ordenou na cidade de VRSA 10 bolsas de estacionamento que totalizam 900 lugares gratuitos, dis-tribuídos entre as zonas do tribunal, estação ferroviária, ferry-boat, com-plexo desportivo, e marina.

Estacionamento privado avança em terreno de antigo hospital

A par deste processo municipal de reeordenamento do estacionamento na cidade vai abrir em breve um espaço privado de estacionamento com acesso público. Vai ter lugar no terreno onde em tempos funcionou o antigo hospital de VRSA . Trata-se de um negócio privado entre o pro-prietário do terreno e a empresa de estacionamento «E.S.S.E» - a mesma que explora o estacionamento em Monte Gordo e que o vai fazer em VRSA.

Jerónimo de Sousa condena Troika e quer a queda do Governo

Manta Rota alvo de protestos contra as portagens

Estacionamento pago: comerciantes apoiam e oposição vota contra

POUPANÇA CRIATIVA

Monte Gordo

VRSA

Caros leitores e caras leitoras. Nesta edição, e na sequência do tema tratado na edição de Julho, como melhor tirar partido da abundância de fruta que temos nesta época do ano, quero parti-lhar convosco uma forma ainda mais económica de usar a fruta.

Na última edição falei-vos de como fazer compotas de fruta variadas para aproveitar a fruta da época e quando esta está mais barata.

Uma outra forma de aprovei-tar a fruta é transformando-a em fruta em calda!

Este processo é mais rápido, gasta menos gas ou eletricidade no fogão e é um pouco menos trabalhoso!

Podemos usar pêssegos (os meus favoritos), ameixas, cere-jas ou ananás.

Começamos por esterilizar os frascos de vidro que utilizaremos nesta tarefa, mergulhando-os em água a ferver durante 5 a 10 minutos. Os frascos devem ser um pouco maiores do que os frascos utilizados para compota pois a fruta estará quase inteira.

Com a mesma água que esteri-lizámos os frascos escaldamos a nossa fruta. Isto ajudará a libertar a casca exterior do fruto. Depois de bem pelada a fruta cortamos em duas metades e retiramos qualquer caroço que possa exis-tir. Com frutos pequenos como as cerejas podemos naõ retirar os caroços, pois de contrário destruimos o fruto.

Colocam-se as metades de fruta dentro dos frascos.

Numa panela juntam-se 2 chá-venas de água e uma chávena de açucar, casca de laranja ou limão, 3 ou 4 grãos de cravinho da índia e um ou dois pauzinhos de canela (o uso das especiarias depende sempre do gosto de cada um de nós).

Deixar ferver durante 10 a 15 minutos. Cobrir os pêssegos com esta calda, retirando previamente todas as especiarias, fechar bem com a tampa e deixar arrefecer.

Se o frasco não for aberto a fruta pode conservar-se até seis meses ou mais.

Esta forma de conservar a fruta permite-nos poupar tempo na preparação, no gas ou na eletri-cidade, pois neste processo não precisamos de mais de 15 a 20 minutos no fogão, enquanto que para a compota precisamos de quase uma hora!

Divirtam-se e boa poupança!

Maria Celeste Santos

Susana H. de Sousa

O estacionamento público pago nas artérias urbanas da cidade de Vila Real de Santo António vai entrar em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2014. O objetivo é, segundo a câmara municipal local, promover a rotatividade do estacionamento.

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DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013

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DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013

DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013 - ALCOUTIM

NOME: José Carlos PereiraPROF: EmpresárioIDADE: 45 anos

NOME: Osvaldo GonçalvesPROF: Gerente BancárioIDADE: 45 anos

NOME: Maria Luísa FernandesPROF: Aposentada bancáriaIDADE: 66 anos

NOME: Dalila BarrosPROF: Médica VeterináriaIDADE: 53 anos

NOME: Paulo PaulinoPROF: Gestor ComercialIDADE: 43 anos

NOME: Carlos BarãoPROF: AposentadoIDADE: 66 anos

NOME: Luís CanelasPROF: Coordenador técnico do serviço cultura e desportoIDADE: 42 anos

NOME: José GarlitoPROF: Funcionário PúblicoIDADE: 47 anos

NOME: José António TeixeiraPROF: VendedorIDADE: 54 anos

NOME: Manuel Domingos MestrePROF: ReformadoIDADE: 61 anos

NOME: João SimõesPROF: BancárioIDADE: 44 anos

NOME: Carlos BarãoPROF: AposentadoIDADE: 66 anos

NOME: Mário Teixeira GonçalvesPROF: Construtor CivilIDADE: 45 anos

NOME: Daniel NevesPROF: EmpresárioIDADE: 58 anos

NOME: Manuel MarquesPROF: AgricultorIDADE: 71 anos

NOME: Avelino CardeiraPROF: Téc. Auxiliar de Pecuária IDADE: 56 anos

NOME: Fernando GregórioPROF: MecânicoIDADE: 37 anos

NOME: Mário DionísioPROF: AposentadoIDADE: 65 anos

NOME: Manuel João CustódioPROF: Diretor ComercialIDADE: 49 anos

NOME: Aníbal CardeiraPROF: Prof. Seguros Aposentado IDADE: 64 anos

NOME: Gilberto PereiraPROF: PedreiroIDADE: 63 anos

NOME: Paulo PinaPROF: Médico VeterinárioIDADE: 49 anos

NOME: António AmorimPROF: ProfessorIDADE: 51 anos

NOME: Augusto LouridoPROF: ProfessorIDADE: 68 anos

As eleições autárquicas têm lugar já no final do mês de Setembro. 29 vai ser o dia de todas as decisões. Neste caderno apresentamos os candidatos aos vários órgãos autárquicos, sendo que há informação que não tendo sido fornecida pelos partidos até ao fecho da nossa

edição não nos foi possível inserir. Até ao fecho da edição de Setembro do JBG não era conhecida a decisão do Tribunal Constitu-cional (TC) no que diz respeito à Lei de Limitação de Mandatos às autarquias. Tudo indica que a decisão dos juízes do palácio Ratton será anunciada até 5 de setembro. O coletivo terá de decidir se a limitação deve incidir sobre a função de presidente de câmara ou sobre o território onde exerceu já os três mandatos. Recorde-se que no Baixo Guadiana o Bloco de Esquerda de Castro Marim impugnou a candidatura do PSD local, liderada por Francisco Amaral que interpôs recurso, aguardando, agora, o parecer do TC.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

JUNTA DE FREGUESIA:- União Alcoutim / Pereiro

JUNTA DE FREGUESIA:- União Alcoutim / Pereiro

JUNTA DE FREGUESIA:- União Alcoutim / Pereiro

JUNTA DE FREGUESIA:- Vaqueiros

JUNTA DE FREGUESIA:- Vaqueiros

JUNTA DE FREGUESIA:- Vaqueiros

JUNTA DE FREGUESIA:- Giões

JUNTA DE FREGUESIA:- Giões

JUNTA DE FREGUESIA:- Giões

JUNTA DE FREGUESIA:- Martinlongo

JUNTA DE FREGUESIA:- Martinlongo

JUNTA DE FREGUESIA:- Martinlongo

slogan de campanha: «CONTINUAR ALCOUTIM»

slogan de campanha: «ALCOUTIM PARA TODOS»

slogan de campanha: «CONFIANÇA NA CDU»

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 15

DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013 - CASTRO MARIM

NOME: FRANCISCO AMARALPROF: MédicoIDADE: 58 anos

NOME: Carlos NóbregaPROF: EmpresárioIDADE: 52 anos

NOME: João DiasPROF: Técnico SuperiorIDADE: 55 anos

NOME: Pedro TavaresPROF: ProfessorIDADE: 40 anos

NOME: Manuel das Neves DoutelPROF:IDADE:

NOME: Filomena SintraPROF: Gestora de EmpresasIDADE: 36 anos

NOME: Célia BritoPROF: EnfermeiraIDADE: 44 anos

NOME: Marco RosaPROF: ProfessorIDADE: 42 anos

NOME: Luís CaetanoPROF: Eng. CivilIDADE: 27 anos

NOME: Nuno PereiraPROF: Bancário IDADE: 46 anos

NOME: Luís GuilherminoPROF: EmpresárioIDADE: 43 anos

NOME: Vera PalmaPROF: DesignerIDADE: 32 anos

NOME: Ana Gil RibeiroPROF: auxiliar de lar/centro de dia IDADE: 28 anos

NOME: Valter MatiasPROF: Engenheiro CivilIDADE: 34 anos

NOME: Vítor EstevesPROF: BancárioIDADE: 46 anos

NOME: Sílvia BatistaPROF: CozinheiraIDADE: 35 anos

NOME: Horácio TeixeiraPROF: RadiologistaIDADE: 42

NOME: João VeiaPROF: Assistente OperacionalIDADE: 42 anos

NOME: José DomingosPROF: Técnico de JardinagemIDADE: 53 anos

NOME: António MartinsPROF: Técnico de Abastecimento de Aeronaves IDADE: 54 anos

NOME: Guiomar PalmaPROF: OperacionalIDADE: 54 anos

NOME: José EstevensPROF: Bancário AposentadoIDADE: 60 anos

NOME: José CabritaPROF: Funcionário da Segurança Social - AposentadoIDADE: 59 anos

NOME: Bruno CostaPROF: JardineiroIDADE: 27 anos

NOME: David LivramentoPROF: ProfessorIDADE: 31 anos

NOME: Nélia MateusPROF: Ass. Téc. Administrativa IDADE: 55 anos

NOME: Maria José BandeiraPROF: Gerente ComercialIDADE: 39 anos

NOME: João Fernandes PROF: MédicoIDADE: 58 anos

NOME: José Luís DomingosPROF: Engenheiro TécnicoIDADE: 59 anos

NOME: Manuel PereiraPROF: Assistente OperacionalIDADE: 56 anos

NOME: Andreia BringelaPROF: Eng QuimícaIDADE: 33 anos

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

JUNTA DE FREGUESIA:- Odeleite

JUNTA DE FREGUESIA:- Castro Marim

JUNTA DE FREGUESIA:- Castro Marim

JUNTA DE FREGUESIA:- Castro Marim

JUNTA DE FREGUESIA:- Azinhal

JUNTA DE FREGUESIA:- Altura

JUNTA DE FREGUESIA:- Altura

JUNTA DE FREGUESIA:- Altura

JUNTA DE FREGUESIA:- Odeleite

JUNTA DE FREGUESIA:- Odeleite

JUNTA DE FREGUESIA:- Azinhal

JUNTA DE FREGUESIA:- Azinhal

JUNTA DE FREGUESIA:- Castro Marim

JUNTA DE FREGUESIA:- Altura

slogan de campanha: «EXPERIÊNCIA, RESPONSABILIDADE,

HUMANISMO»

slogan de campanha: «O MAIS NATURAL PARA CASTRO MARIM»

slogan de campanha: «A CDU FAZ FALTA A CASTRO MARIM»

slogan de campanha: «O BLOCO FAZ FALTA»

* A informação desta candidatura não foi disponibilizada pela estrutura partidária. Por essa razão, a informação que disponibilizamos neste espaço é a que constava, à data de fecho do JBG, no portal Autárquicas 2013.

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DOSSIER AUTÁRQUICAS 2013 - VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

NOME: Luís GomesPROF: EngenheiroIDADE: 40 anos

NOME: David MurtaPROF: GestorIDADE: 37 anos

NOME: José Estevão CruzPROF: BancárioIDADE: 66 anos

NOME: Mário MatosPROF: Reformado IDADE: 63 anos

NOME: Maria Luísa CondessaPROF:IDADE:

NOME: Ana CabritaPROF: ProfessoraIDADE: 46 anos

NOME: Luís SalasPROF: Diretor GeralIDADE: 39 anos

NOME: VascoVasquesPROF: Técnico AdministrativoIDADE: 38 anos

NOME: Maria CelestePROF: FormadoraIDAD0: 49 anos

NOME: João PereiraPROF: JuristaIDADE: 28 anos

NOME: Célia PazPROF: SecretáriaIDADE: 43 anos

NOME: Ana BaiôaPROF: Professorade PianoIDADE: 50 anos

NOME: Mário MateusPROF: Téc. InformáticaIDADE: 39 anos

NOME: João RodriguesPROF: Empresário IDADE: 60 anos

NOME: Sílvia Madeira PROF: AssistentesocialIDADE: 27 anos

NOME: José BarãoPROF: Eng. Civil IDADE: 37 anos

NOME: José RufinoPROF: 1º Ajudante de CRCIDADE: 60 anos

NOME: Álvaro LealPROF: Técnico de informáticaIDADE: 40 anos

NOME: Dulce NetoPROF: Educadorade InfânciaIDADE: 46 anos

NOME: BeatrizBeltranPROF: Empregadade MesaIDADE: 24 anos

NOME: ValterMarquesPROF: VigilanteIDADE: 40 anos

NOME: Luís RomãoPROF: ProfessorIDADE: 41 anos

NOME: Hélder dos SantosPROF: Empresário IDADE: 57 anos

NOME: Hélder MartinsPROF: Técnico de Instações ElétricasIDADE: 56 anos

NOME: Augusto FonsecaPROF: MaquinistaIDADE: 45 anos

NOME: Manuel AntónioPROF: ReformadoIDADE: 62 anos

NOME: Sara BritoPROF: Técnica SuperiorIDADE: 38 anos

NOME: Paulo ConceiçãoPROF: Pintor da Construção CivilIDADE: 44 anos

NOME: José RobertoPROF: Mediador de SegurosIDADE: 67 anos

NOME: Paulo Barbosa PROF: EmpresárioIDADE: 38 anos

NOME: João RodriguesPROF: Técnico ArquivísticoIDADE: 38 anos

NOME: José Carlos BarrosPROF: Arquiteto Paisagista IDADE: 50 anos

NOME: Maria Luísa CastroPROF: Professora IDADE: 60 anos

NOME: António Parra MartinsPROF: Trabalhador Independ.IDADE: 33 anos

NOME: José DouradoPROF: DesempregadoIDADE: 39 anos

JUNTA DE FREGUESIA:- Vila Real de S. António

JUNTA DE FREGUESIA:- Monte Gordo

JUNTA DE FREGUESIA:- Vila Real de S. António

JUNTA DE FREGUESIA:- Vila Real de S. António

JUNTA DE FREGUESIA:- Monte Gordo

JUNTA DE FREGUESIA:- Vila Real de S. António

JUNTA DE FREGUESIA:- Monte Gordo

JUNTA DE FREGUESIA:- V. Nova de Cacela

JUNTA DE FREGUESIA:- V. Nova de Cacela

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

JUNTA DE FREGUESIA:- V. Nova de Cacela

slogan de campanha: «LUÍS GOMES. UM PRESIDENTE QUE É NOSSO»

slogan de campanha: «MAIS TRABALHO! MAIS CONCELHO!»

slogan de campanha: «O FUTURO É AGORA - RECUPERAR O CONCELHO»

slogan de campanha: «UM NOVO RUMO»

* A informação desta candidatura não foi disponibilizada pela estrutura partidária. Por essa razão, a informação que disponibilizamos neste espaço é a que constava, à data de fecho do JBG, no portal Autárquicas 2013.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 17

DESENVOLVIMENTO

PETIÇÃO CONTRA EXPLORA-ÇÃO DE PETRÓLEO NA COSTA ALGARVIA - A ASMAA, Associa-ção de Surf e Atividades Marítimas do Algarve, colocou em curso uma petição que visa contrariar a ativi-dade de extração de petróleo da pla-taforma marítima do Algarve pelas companhias de petróleo Repsol e Partex, a cerca de 8 quilómetros da costa já a partir do próximo ano,

Nesta petição afirma-se que o equipamento “foi comprado como «sucata» na Indonésia e que não foram feitos Estudos de Impacto Ambiental, nem houve qualquer divulgação de informação pelas autoridades ou pelas empresas envolvidas, nem nenhuma consulta pública até hoje.

“Precisamos de ter em noção que qualquer tipo de exploração de petróleo ou de gás é de grande preocupação, devido aos riscos ambientais e económicos que enfrentam o nosso povo, a nossa terra e o nosso mar”, diz a petição, adiantando que “Não há duvida de que, para a maioria dos portugue-ses e residentes estrangeiros, as gigantes organizações de petróleo e gás não são bem-vindas nas nossas águas costeiras”.

“Os portugueses vão perder mais de 91% dos lucros obtidos (Mas na realidade, o que possivelmente vai acontecer e que nós portugueses não vamos ver nem um cento desses 9% dos lucros) com a exploração de nosso mar, e que ainda vamos ter que pagar mais do que 100% do custo quando algo der em errado. A história diz-nos que é apenas uma questão de tempo antes de nós termos de pagar o custo de um der-rame por exemplo”.

QUERIA O ALGARVE DERAM-LHE TORREMOLINOS – June Burns e Susan Jones, duas amigas e turistas inglesas não conheciam o Algarve e decidiram viajar até à nossa região, para gozarem sete dias de pausa.

O voo foi para Faro, mas o trans-fer, nome técnico do transporte para o hotel, deixou-as a 59 quilómetros, na Costa da Luz, em Espanha, mais precisamente num hotel de Punta Umbria.

“É como se tivesse pedido para reservar férias na Escócia e a agên-cia de viagens me colocasse em Inglaterra”, disse June, residente em Great Manchester, ao jornal inglês Daily Express.

O mais interessante é que tal se passou numa agência com perga-minhos como a Thomas Cook. “A comida era boa, o hotel era limpo, mas colocaram-nos no meio do nada”, disse June Burns ao mesmo jornal.

A inglesa pede à companhia uma indemnização de 1.247 libras.

NO ALGARVE

José Cruz

Líquidos iónicos são química verdeum átomo de cada, como o cloro ou o sódio, são moléculas feitas de vários átomos e, por isso mesmo, maiores. Para além disso, quer a molécula com a carga positiva quer a que tem a carga negativa, têm formas tridimensionais diferentes e por isso não se conseguem arranjar no espaço de forma tão harmoniosa como os cristais de sal. Por esse motivo são líquidos e não sólidos à temperatura ambiente.

Um líquido iónico pode comparar-se ao sal de cozinha. O sal é sólido porque os iões de sódio e cloro são pequenos e esféricos e, dessa forma, conseguem compactar-se formando estruturas cristalinas brancas. O sódio tem carga positiva, o cloro negativa, juntando um de cada temos carga neutra e o sal correspondente.

Os líquidos iónicos também são constituídos por uma parte positiva e uma negativa, mas em vez de apenas

“Uma das grandes vantagens dos líquidos iónicos é poderem ser feitos à medida, criados de acordo com as necessidades do processo que pre-tendemos. E, consoante a estrutura e o tamanho que tenham, as suas propriedades químicas e aparência muda”, esclareceu Isabel Marrucho, investigadora do Instituto de Tecno-logia Química e Biológica e da Uni-versidade de Aveiro, a Joana LA, da Jornalismo e Ciência da Universidade

Nova de Lisboa.Tal como acontece com o azeite,

alguns líquidos iónicos também não se misturam com a água. No entanto, há moléculas que estão presentes na água e que têm mais afinidade para com estes líquidos. É este o princípio de extração de substâncias. Usam-se dois líquidos que não se misturam e as moléculas pequenas passam de um para o outro consoante a sua preferên-cia física e química.

Um estudo já publicado mostra como os líquidos iónicos são mais eficazes que os solventes orgânicos, normalmente usados para extração de três ácidos produzidos por micror-ganismos. Um deles é o ácido láctico, cuja produção anual ronda as 300.000 toneladas a nível mundial, o que faz com que qualquer processo mais barato e mais amigo do ambiente tenha uma enorme impacto positivo tanto na eco-nomia como na ecologia.

RTA condena que Sul de Espanha se promova como «Algarve espanhol»

Governo quer investir 14 milhões nos portos algarvios

Aumento de receitas nas SCUTS não significa maior tráfego

O Turismo do Algarve quer impe-dir o uso abusivo do nome da região para publicitar a venda de apartamentos no sul de Espa-nha, anunciados num “site” diri-gido ao mercado britânico como sendo localizados no “Algarve espanhol”.

Em declarações à Lusa, o pre-sidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, afirma que ins-tituição está a avaliar os meca-nismos legais disponíveis para apresentar uma queixa às auto-ridades.

Em causa está a promoção de

São 10 milhões para o porto de Portimão e 4 milhões para o porto comercial de Faro que estão previs-tos investir ao longo dos próximos quatro anos. O anúncio foi feito em Agosto pelo ministro da Economia António Pires de Lima. De acordo com o governante a medida terá como finalidade “melhorar signifi-cativamente as condições de acesso aos dois portos por parte dos navios de cruzeiro”. Para Portimão está projetado o alargamento do porto e a dragagem do canal de navega-ção, permitindo assim a escala de

De acordo com a Estradas de Por-tugal a ex- scut no Algarve foi a que apresentou a maior subida de receita, na ordem dos 22%. Os últimos resultados divulgados pela empresa demonstram que aumenta-ram as receitas nestas estradas que antes não tinham custos para os uti-lizadores, mas segundo a Estradas de Portugal tal não significa que

propriedades para venda na zona de Ayamonte, junto à fronteira com Portugal, apresentadas como tendo preços até 50% mais bara-tos do que no «Algarve português» e prometendo um «estilo de vida luxuoso» apenas a 45 minutos do aeroporto de Faro.

No site www.worldproper-tywarehouse pode ler-se que o «Algarve espanhol» cobre a parte oeste da costa da Andaluzia, estendendo-se por 261 quilóme-tros de costa, dotada de praias bem preservadas e sem demasiada construção.

navios com mais de 300 metros e com capacidade para cerca de três mil passageiros.

O Ministério da Economia já avançou que, este ano, o porto de Portimão deverá receber 55 navios de cruzeiro, (com nove escalas inau-gurais), representando um total de 35 mil passageiros, sendo por isso este um grande espaço de cresci-mento no Algarve.

A região turística como o Algarve tem grande vantagem pelo facto de estar junto do Mediterrâneo, permi-tindo a captação de novas rotas, o

tenha havido mais tráfego. Aquele aumento terá surgido da diminuição da fraude, à facilitação dos sistemas de pagamentos a estrangeiros e à política de redução de preços.

NO total as ex-Scuts apresentaram um aumento de 9 por cento de recei-tas este ano. Nos primeiros seis meses do ano os utilizadores pagaram mais de 10 milhões de euros, em relação

que a juntar ao facto de Gilbraltar estar a esgotar a sua capacidade provoca uma onda de boas expec-tativas para o Governo e tecido empresarial.

PS/Faro saúde investimento na capital

Por sua vez, em Faro o Partido Socialista saudou em comunicado, o investimento anunciado para a capi-tal do Algarve. “O Governo parece ter agora, em período eleitoral, reparado no significativo aumento

ao mesmo período do ano passado. Só no Algarve a Via do Infante rendeu 8,9 milhões de euros.

Por sua vez, as receitas nas por-tagens na auto-estrada da Beira Litoral e Alta também verificaram um aumento de 18 por cento, um valor que se traduz em mais de 20 milhões de euros. A concessão do Interior Norte obteve o terceiro

de atividade do porto comercial de Faro, em particular devido à expor-tação de cimento e, mais vale tarde do que nunca, identificado o estado de abandono em que se encontra toda a zona portuária”, refere o PS/Faro.

Os socialistas liderados por Luís Graça consideram que o porto de Faro e toda a zona industrial do Bom João são “um dos eixos principais para o desenvolvimento de uma nova estratégia comercial e turís-tica” para a afirmação da capital algarvia.

maior aumento com as receitas a crescerem 16 por cento. No Norte Litoral a subida foi de 15 por cento. Já as portagens da Grande Lisboa e do Norte obtiveram um decréscimo de cerca de 900 mil euros.

A Estradas de Portugal apontam para que as receitas das portagens atinjam os 270 milhões de euros até ao final do ano.

Desidério Silva está a avaliar mecanismos legais para apresentar queixa

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18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

DESENVOLVIMENTO

Novos requisitos químicos para brinquedos entram em vigor

Os novos requisitos químicos

da UE para os brinquedos, que se encontram entre os mais rigorosos a nível mundial, são aplicáveis a partir de amanhã, 20 de julho de 2013. A utilização de substâncias cancerígenas, mutagénicas ou tóxi-cas para a reprodução, assim como 55 fragrâncias alergénicas, passam a ser proibidas nos brinquedos, ao passo que é agora exigida a rotu-lagem para 11 potenciais alergé-nios. Estudo de mercado dos consumidores

Um novo estudo da UE estima

que os consumidores da UE pode-riam poupar, globalmente, até 8,6 mil milhões de euros por ano, mudando de fornecedor de acesso à Internet: o documento de trabalho dos serviços da Comissão publicado ontem analisa a experiência do con-sumidor de serviços de Internet a nível de toda a UE e concluiu que mais de um terço dos inquiridos tinham tido problemas com o seu fornecedor de acesso à Internet ao longo do último ano.

Proteger o dinheiro do contribuinte contra a fraude: a Comissão propõe a instituição de um Procurador europeu

A Comissão Europeia tomou hoje

medidas para melhorar, à escala da União, a ação penal contra os criminosos que defraudam os contribuintes da UE, instituindo um procurador europeu, que terá por missão exclusiva investigar e, se necessário, processar judicial-mente (no tribunais dos Estados-Membros) os casos de infrações ao orçamento da UE. A procura-doria europeia será uma instituição independente, sujeita ao controlo democrático.

«Perto daEuropa»

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Cinemas no AlgarveShopping reabriram

20 projetos aprovados na fronteira luso-espanhola com um investimento de 21 milhões de euros

Candidaturas aos Sistemas de Incentivos às empresas até 16 Setembro

As nove salas de cinema do Algar-veShopping reabriram no dia 22 de agosto com a marca CINEPLACE. A reabertura dos cinemas no Algar-veShopping assinala a estreia em Portugal do Grupo Orient, o novo operador de cinema que vai reabrir as salas dos restantes 9 centros comer-ciais da Sonae Sierra com a marca CINEPLACE.

A Sonae Sierra e o Grupo Orient anunciaram o acordo para a explora-ção das salas de cinema de dez cen-tros comerciais no passado dia 06 de agosto. A abertura dos complexos nos dez centros comerciais irá ser fase-ada na medida em que os diferentes processos necessários para a abertura estejam concluídos, sendo objetivo das duas empresas ter todas as salas a operar até ao final de 2013.

Além do AlgarveShopping, o Grupo

O Comité de Gestão do Programa Operacional de Cooperação Trans-fronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) 2007-2013 aprovou, no passado dia 16 de Julho de 2013, 20 projetos de cooperação apresentados no âmbito da Ter-ceira Convocatória do Programa, de um total de 104 candidaturas, representando um investimento total ao longo da fronteira de 21M€, com uma contribuição FEDER de 15,7M€.

Dos 20 projetos aprovados, 12 são do Eixo 1 (Fomento da Competitividade e Promoção do Emprego) e 8 do Eixo 2 (Ambiente, Património e Pre-venção de Riscos).

Para a Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia (EUROAAA), foram aprovados quatro proje-tos:

GERITRANSA: Gestão de Riscos Transfronteiriços - pretende desenvolver ações des-tinadas a estabelecer uma base de conhecimento mútuo e comuni-cações eficazes para fazer frente a contingências sanitárias criadas por catástrofes ambientais, inci-dentes com múltiplas vítimas e alertas de saúde. Este projecto é coordenado pela Empresa Pública

Até ao próximo dia 16 de Setembro estão abertas as candidaturas aos Sis-temas de Incentivos às empresas. O aviso é da Comissão Directiva do Pro-grama Operacional do Algarve (PO Algarve 21). O objetivo destes siste-mas é apoiar investimentos empresa-riais que reforcem a competitividade e o dinamismo das empresas, apos-tando na especialização inteligente tendente à inovação empresarial e na internacionalização. As datas em aberto são:

Sistema de Incentivos Inovação

5 de setembro - Inovação Produtiva (Aviso 12/SI/2012)

5 de setembro - Empreendedorismo Qualificado (Aviso 13/SI/2012)

Sistema de Incentivos Qualificação PME

16 setembro Projetos Individuais (Aviso 10/SI/2012)

Orient vai reabrir as salas de cinema do Parque Atlântico, Centro Comer-cial Continente de Portimão, Estação Viana, LeiriaShopping, LoureShop-ping, MadeiraShopping, RioSul Shop-ping, Serra Shopping e 8ª Avenida.

Até ao momento, o Grupo Orient contratou 14 colaboradores para os cinemas do AlgarveShopping. Está previsto o mesmo número de sessões que anteriormente, sendo que a 1ª arranca às 13:00 horas. Haverá sessão da meia-noite à 6ª feira, sábado e vés-pera de feriado.

Para Carla Martins, diretora do AlgarveShopping, “é com grande satis-fação que anunciamos a reabertura das salas de cinema, proporcionando uma oferta comercial e de lazer diver-sificada no AlgarveShopping, além de constituir uma importante mais valia para a região do Algarve.”

de Emergências Sanitárias da Junta da Andaluzia e tem par-ceria com o INEM.

ODYSSEA: Desenvolvi-mento e Dinamização dos recursos Náuticos e Flu-viais - pretende implementar um modelo europeu inovador de desenvolvimento territorial socioeconómico entre os atores locais públicos e privados para melhor valorizar e dinamizar os recursos turísticos, náuticos, cul-turais e o património das cidades portuárias y fluviais. As entida-des parceiras são a Consejeria do Turismo e comércio da Junta da Andaluzia (Coordenador do pro-jecto), e as Câmaras de Grândola e de Silves.

RUTA CECE: Rota de Coo-peração Territorial e de Comércio Eletrónico - pre-tende incentivar a plena integra-ção das empresas da Sociedade da informação (S.I.) de ambos lados da fronteira, promovendo o incremento do tecido empresarial diversificado e sustentável atra-vés de uma estreita colaboração transfronteiriça e impulsionando o cooperativismo Algarve-Huelva como medida de demonstração

efetiva para o aproveitamento de sinergias, oportunidades de negócio, criação de emprego e o associativismo como via de crescimento económico susten-tado e sustentável. A entidade coordenadora deste projecto é a Câmara Municipal de Palma del Condado, em parceria com as Câmaras de Ayamonte, Lepe, Faro e as Associações UATAE, MITA ONG e a CEAL.

TRADE II: Sistema de Observação INTERREG RADAR para Proteção do Meio Ambiente - pretende dotar a região de uma infraes-trutura tecnológica de prevenção dos riscos existentes e ao mesmo tempo melhorar de forma subs-tancial a gestão do litoral, na pre-venção destes riscos e também na distribuição de informação sobre o estado do mar em tempo real ao cidadão comum, de forma semelhante à da distribuição da previsão meteorológica, sendo esta de interesse para a navega-ção de recreio, pesca e segurança balnear. É um projecto coorde-nado pelo Instituto Hidrográfico Português e tem parceria com a Agencia de Portos da Junta da Andaluzia.

«Grupo Orient»O Grupo Orient é um importante operador com presença no mercado Brasileiro há mais de 20 anos e no mercado Angolano há 6 anos, sendo uma referência em qualidade, tecnologia e sinónimo de programação inteligente e bem elaborada. O Grupo é líder no mercado de exibição de filmes no nordeste do Brasil, e está entre as 20 maiores empresas do ramo no Brasil com uma presença constante no Box office das 5 maiores bilheteiras. Em 2012 a empresa teve uma faturação global de cerca de €30 milhões, e mais de 4,5 milhões de espetadores nas suas salas. O Grupo Orient inclui as empresas UCI ORIENTE, ORIENTE CINEMAS e CINEPLACE tendo iniciado em 2007 um processo de internaciona-lização em África, tendo já uma interessante posição em Angola, e aposta agora na entrada em Portugal através dos centros comerciais da Sonae Sierra.

Apoios

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 19

CULTURA

Castro Marim vive dias de sonho ao longo de quatro dias e quatro noites.

«Dias Medievais de Castro Marim» demarca-se na

oferta cultural nacional

Foram muitos os milhares de turistas que passaram pela vila medieval de Castro Marim em mais uma edição dos «Dias Medievais». Quatro dias de muita recomposição histórica suportados por uma organização que há 16 edições tem vindo a evoluir na dinâmica de apresentação deste evento que tem já uma enorme projeção nacional e internacional.

Recorde-se que são muitos os artistas de várias nacionalidades que integram o certame, nomeadamente de países como a Itália, Espanha e França. A geminação de Castro Marim e Guèrande também tem ajudado bastante à divulgação do certame.

José Estevens, o presidente em fim de mandato e candidato à câmara municipal de Tavira, disse ao JBG que “ao fim destes anos fica o sentido do dever cumprido”, regozijando-se com a dimensão que o evento atingiu”. O autarca recordou que os momentos mais marcantes da evolução dos «Dias Medievais» passaram pela abertura da animação à vila, ao forte de São Sebastião, ao Revelim de Santo António e à biblioteca municipal.

De saída de Castro Marim devido à limitação de mandatos autárquicos José Estevens garante que para o concelho vizinho de Tavira, onde se candidata, tem «na manga» um evento de forte impacto que “irá beber à história do concelho”.

Quatro dias de magia

Bobos, malabaristas, equilibristas, cuspidores de fogo, encantadores de serpentes, conta-dores de histórias e contorcionistas, espalharam a magia da época pelas ruas entre 22 e 25 de Agosto, pelo forte e pelo castelo de Castro Marim. As companhias de teatro reproduziram peças e histórias da época, envolvendo os espectadores num ambiente onde a imaginação fez voar. A música medieval foi recriada pelos trovadores, jograis e menestreis que, com os seus alaúdes, violas ou harpas transportaram para os serões musicais de outrora. Uma viagem que terminou na ma Esta viagem de sonho ao mundo misterioso e fascinante termina iluminada pelo espectáculo de fogo de artifício, que desperta todos os participantes e os chama de volta à realidade e à civilização contemporânea. A população em geral está envolvida com este evento, sendo que enfeitam as suas janelas e os comerciantes as suas lojas.

Ao longo dos últimos 16 anos a vila de Castro Marim está no mapa cultural graças ao evento «Dias Medievais». Mas cada vez mais este evento está no centro das atenções de

quem procura história, património edificado, gastronomia e música numas férias no Algarve.

Este espaço habitualmente dedicado aos livros, é hoje preenchido com a home-nagem à memória de um autor dos mais importantes da literatura portuguesa con-temporânea.

Falamos de Urbano Tavares Rodrigues, que partiu para sempre no passado 9 de Agosto, deixando um grande vazio na vida nacional.

Escritor, docente universitário, comba-tente antifascista e lutador pela liberdade marcou a cultura e a política do país ao longo de mais de 70 anos.

Foi um homem de letras em toda a acep-ção da palavra, praticando quase todos os géneros literários: romance, conto, ensaio, crítica, crónica, reportagem, e a todos impri-miu a marca da poesia.

«Escrevo muitas páginas dos meus livros como se estivesse a escrever um poema» - confessou.

Tornou-se mais conhecido como grande romancista e foi sobretudo através romance que se distanciou do neo-realismo, abra-çando uma estética onde as problemáticas individuais ganham grande relevo, sem abandonar as preocupações colectivas e sociais.

Como combatente antifascista esteve preso, viu livros seus cortados pela cen-sura e apreendidos pela PIDE, foi forçado a um longo exílio.

Homem de esquerda, ligou-se cedo ao PCP e fez questão de manter essa ligação até morte.

Mas era um comunista com um discurso muito próprio:

Em 1997, numa entrevista que con-cedeu a Maria Teresa Horta, para o «Diário Notícias», ao ser confrontado por ela com a afirmação de que já houve momentos em que o comunismo se mostrou incompa-tível com a liberdade, respondeu:

«Isso é exacto. Mas, feita uma leitura democrática de Marx adequada à realidade de hoje, chega-se facilmente à conclusão que é possível realizar um socialismo marxista com respeito por todas as liberdades.»

Não acompanhava também certos ran-cores sectários do PCP. Era amigo do seu amigo independentemente da opinião que o partido dissesse dele.

Despojado de sectarismo ou inveja de qualquer espécie, distinguia-se pelo espírito tolerante, solidário e convergente, a capa-cidade de diálogo, a generosidade.

Embora não acreditasse na teoria do «homem novo», ele foi-o em grande medida ao longo dos seus 90 anos de vida.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

URBANOTAVARES

RODRIGUES

L I V R O Spor Carlos Brito

Os 500 anos da conquista de Azamor, no Algarve Dalém mar.

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

O presente mês de Setembro de 2013 assinala um dos maiores feitos militares da história da expansão ultramarina portuguesa: a con-quista de Azamor (em árabe رومزأ‎), em Mar-rocos. Segundo cronistas como Rui de Pina ou Garcia de Resende, Azamor, temendo ser tomada pela força das armas portuguesas, tornou-se tributária de D. João II, em 1486. D. Manuel I ainda confirmou os termos do contrato com Azamor, em 1497, porém, a fidelidade dos seus habitantes à Coroa por-tuguesa foi muito irregular depois de 1502, revoltando-se contra a soberania portuguesa e deixando de pagar os tributos acordados. Em 1508, Rodrigues Bérrio, um armador de Tavira que costumava ir pescar sáveis a Azamor, deu conhecimento a D. Manuel I das grandes divisões entre os seus habitan-tes e do desejo que alguns manifestavam em se tornar súbditos de Portugal. Atendendo a esses motivos, foi enviada uma armada (50 navios e 2.500 homens) sob o comando de D. João de Menezes, com o apoio de um prín-cipe oatácida que já estivera em Portugal, Muley Zião. Porém, a expedição fracassou, não só porque o aliado mudara de posição, mas também porque os meios envolvidos se revelaram insuficientes para tomar a praça. As intenções em tomar Azamor mantive-ram-se até que, em 1513, deu-se um levanta-mento geral em Portugal, num ambiente de vibração patriótica registado por Gil Vicente, no seu Auto da Exortação da Guerra.

De acordo com Damião de Góis, (Chronica do Serenissimo Senhor Rei D. Manoel, III, Capítulo XLVI) os preparativos resultaram na maior armada organizada no reinado do venturoso; mais de 400 navios e cerca de 25000 homens, entre soldados, cavaleiros e infantes, comandados por D. Jaime, o duque de Bragança. Quando a armada partiu de Lisboa, “foi lançar ancora na baia do Faram, no regno do Algarue”, onde se lhe juntaram mais navios com combatentes algarvios. Muitos membros da grande fidalguia do reino participaram nesta expedição, entre os quais Rui Barreto, alcaide-mor de Faro e vedor da fazenda do Reino do Algarve, que ia investido como capitão de Azamor, e D. João de Menezes, que ia investido como capitão de campo. Com o desembarque do grosso das tropas na baia de Mazagão, em 28 de Agosto, os portugueses atacaram por terra e pelo rio no primeiro dia de Setembro. Os defensores de Azamor, impressionados com o poderio do exército português, acabaram por abandonar a cidade, procurando refúgio nas regiões vizinhas. A notícia da tomada da cidade correu rapidamente por toda a Enxovia e Duquela, pelo que as povoações de Almedina e Tide acabaram por ser abando-nadas. Muitos mouros pediram então a paz, alegando quererem ser vassalos e pagar tri-buto a el-rei de Portugal. Finalmente, a 3 de Setembro, o duque de Bragança entrava na cidade e D. Manuel I acrescentava mais uma praça marroquina ao império português.

Fernando PessanhaHistoriador

GILDA MARIA

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

CULTURA

Procissão Fluvial une Alcoutim e Sanlúcar

Festas em Honra de Nossa Senhora da Visitação em Odeleite

Festas em honra de Nossa Senhora da Assunção

II Encontro Transfronteiriço de Idosos

Banho Santo marcou final de Agosto

Decorreu a 15 de agosto, a procissão fluvial em honra de Nossa Senhora do Carmo, Virgem dos Marinhei-ros. As populações de Alcoutim e Sanlúcar juntaram-se no rio Gua-diana, com os barcos engalanados, para acompanharem a Virgem no seu percurso. Esta festa, realizada anualmente e integrada na Semana Cultural de Sanlúcar, cativa também os numerosos turistas, que acabam por participar na manifestação cul-tural com os seus iates e veleiros multicolores. A imagem da Virgem saiu da Igreja de Sanlúcar e percor-reu as ruas da povoação espanhola até chegar ao cais, onde foi colo-

Cumprindo as tradições religiosas seculares da aldeia de Odeleite, a Junta de Fregue-sia e a Associação Social da Freguesia de Odeleite celebraram as Festas em Honra de Nossa Senhora da Visitação, de 30 de agosto a 1 de setembro. Folclore do Grupo Etnográfico de Santo António de Arenilha de Vila Real de Santo António, torneio de futebol, torneio da Malha, baile e espetá-culo pelo artista Nelo Ferreira. O segundo dia das festas terminou com a música de

O ponto alto das comemorações foi o já habitual «Banho Santo», no dia 29 de agosto, às 11h00, em pleno areal da Manta Rota. O afa-mado banho de mar é um encon-tro que se realiza anualmente a 29 de agosto, assinalando a data em que, segundo a tradição, São João Baptista foi degolado. Em anos idos, este era o dia em que as gentes oriundas da serra algar-via se deslocavam até à praia, acompanhadas dos seus animais de carga, para «dar banho». Para não deixar morrer a tradição, a

cada num barco, seguido por um cortejo de embarcações de pequeno porte oriundas dos dois lados da fronteira. Sob o repicar dos sinos, a imagem desembarcou na vila portuguesa e foi recebida junto à Capela de Santo António. Depois de prestadas as devidas homena-gens, a imagem foi de novo colocada no barco, seguindo o percurso de regresso a Sanlúcar. A cerimónia contou com as presenças dos autar-cas das duas vilas. Visando conso-lidar esta tradição cultural, assim como o fortalecimento dos laços que unem as duas comunidades, tanto as festas, que incluem desde há uns

discoteca para os mais jovens selecionada pela DJ Joana.

A encerrar as festividades foi celebrada no dia 1 de setembro a missa na Igreja Matriz. Uma hora depois, a imagem veneranda de Nossa Senhora da Visitação percorreu as ruas da aldeia numa manifestação de fé, que reúne centenas de fiéis.

As Festas em Honra de Nossa Senhora da Visita-ção, que aconteceu já o JBG estava a ser impresso, têm o apoio da Câmara Municipal de Castro Marim e a colaboração da Paróquia de Odeleite.

A vila de Cacela Velha recebeu, nos dias 13, 14 e 15 de agosto, as tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Assunção. Bailes e celebrações religiosa animaram uma organização conjunta da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e da Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela.

Decorreu no Domingo dia 1 de Setembro. o II Encontro Transfronteiriço de Idosos que teve lugar no Lar e Centro de Dia de Alcoutim e a actuação do Grupo Etnográfico de Quelfes, conhecido e premiado pela recriação da antiga “Dança dos Velhos”.

anos a esta parte um dia dedicado a Portugal, como a procissão fluvial, contam com o apoio da Comissão Cultural de festas de Sanlúcar de Guadiana, das autoridades religio-sas, da Associação Transfronteiriça ATAS, do Município de Alcoutim e do Ayutamiento de Sanlúcar.

A ATAS organizou a participação de um grupo português, como habi-tualmente, tendo escolhido desta vez o rancho folclórico do Azinhal, que encantou os sanluquenhos. A associação agradece aos Jovens canoistas do Centro Náutico de Alcoutim que acompanharam o andor no seu percurso fluvial.

associação «A Manta» apostou mais um ano na recriação histó-rica do evento, atraindo centenas de curiosos à praia da Manta Rota para ver como as coisas se passa-vam noutros tempos.

A cerimónia contempla os ani-mais de carga e transporte, as indumentárias tradicionais - como as vestes compridas e os chapéus de palha -, nem esquece o habi-tual piquenique com produtos genuinamente algarvios.

Nestas festas da terra de Manta Rota houve ainda lugar para a pri-

meira eliminatória do concurso de fado amador, procissão e missa em honra de São João Baptista e muitos bailaricos. Houve a celebração do XII aniversário do Rancho Folclórico Praia da Manta Rota no dia 29, bem como a Valsa a prémio; uma tradição preser-vada.

No dia 30 foi rei o XII Festi-val Nacional de Folclore numas festas organizadas pela associação «A Manta, que contaram com o apoio do município de Vila Real de Santo António. O Banho Santo aconteceu na Manta Rota no passado dia 29 de Agosto

Iniciativa junta portugueses e espanhóis

As tradicionais festas de verão em honra de São João da Degola regressaram à praia da Manta Rota, entre os dias 28 e 31 de agosto, com um programa de animação que incluiu concertos, um concurso de fados, folclore e fogo-de-artifício. O banho santo foi rei da festa.

Manta Rota

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 21

CULTURA

I Concurso de Fado Amador decorre até 14 Setembro

POR CÁ ACONTECE A G E N D A21 de Setembro 19hPasseio Ribeirinho AlcoutimInauguração da Exposição de Fotografia Alcoutim - Sanlúcar de GuadianaOrganização: Projeto Alcoutim

CASTRO MARIM

Festas em Honra de Nossa Senhora da Visitação em Odeleite - 30 de agosto a 1 de setembro Mercados de Gastronomia Artesanal da Eurorregião AAA (Alentejo-Algarve-Andaluzia) – 30, 31 de agosto, das 19:00 às 00h00 a 1 de setembro pela manhãMercado Transfronteiriço de produtos gastronómicos de Portugal e Espanha Animação de Verão em AlturaNoite de Pop-Rock com os Grab It04 de Setembro, às 22h00 Homenagem Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim 6 de Setembro - 21hBiblioteca Municipal de Castro Marim

Serões de Acordeão no Concelho de Castro Marim07 Setembro - Cortelha

VRSA

Espetáculo de Ballet da Escola de Ballet de Vila Real de Santo António Prof. Elisabete CardosoData: 4 de setembroHora: 21h30Local: Centro Cultural António Aleixo| VRSA

«ConCordis» - Quarteto com Eudoro GradeData: 21 de setembroHora: 22h00Local: Centro cultural António Aleixo | VRSA

3.ª Eliminatória- inserida nas Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores - Monte GordoData: 4 de SetembroHora: 22h00 Local: Zona poente do Casino| Monte Gordo Final VI Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo AntónioData: 14 de setembro

Hora: 22h00 Local: Centro Cultural António Aleixo| VRSA

Exposição «Vicente Campinas – a construção da memória» do escultor Nuno Rufino Data: 14 de setembro > 30 de outubroLocal: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Palestra «O valor da paz» Brahma Kumaris – associação para um mundo melhor Data: 20 de setembroHorário: 18h00 > 19h45Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Clube de leitura «Livros Mexidos» sobre a obra «Romance depois dos 50» com a presença de Isabel Vila PeryData: 26 de setembroHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Exposição «Bichos. Quem nos observa da paisa-gem?»Ilustrações de Marta SantosData: até 27 de SetembroHorário: das 9h30 > 17h00Local: Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela| Antiga Escola Primária de Santa

Oficina de ilustração Associada à Exposição «Bichos. Quem nos observa da paisagem?»Ilustrações de Marta SantosPúblico alvo – crianças e jovensData: 28 de setembroHorário: 9h30 > 12h30 3,5€ p/ participanteInscrições / Informações: Centro de Investigação e Informação do Património de CacelaAntiga Escola Primária de Santa Rita

Jornadas Europeias do Património 2013Tema: Património / LugaresData: 20, 21 e 22 de setembroDia 21 (sábado) Peddy paper de descoberta do património de Cacela para famíliasHorário: 10h30 > 12h30Informações / Inscrições:Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela|

Antiga Escola Primária de Santa Rita

«Sotavento Luz e Poesia», pintura de Emanuel AlmeidaData: 3 a 30 de setembroHorário: segunda a sexta-feira 9h30 > 12h30 | 14h00 > 16h45Local: Arquivo Histórico Municipal | VRSA

Festas em Honra de Nossa Senhora da Encar-nação Data: 31 de agosto e 1 de setembroLocal: Vila Real de Santo António

Festas em Honra de Nossa Senhora das DoresData: 4 > 8 de setembro Local: Zona poente do Casino| Monte Gordo

Dia 4 |22h00|3.ª Eliminatória do Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo António

Dia 8 |8h00 | Alvorada com a Banda Musical da Associação Cultural de VRSA |11h00| Pau de Sebo |12h00| Corrida de barcos a remo |17h00| Procissão com a imagem de Nossa Senhora das Dores |22h00| Atuação «Marco Paulo» |24h00| Lançamento Fogo de Arti-fício

Stock outData: até 8 de setembroHorário: 20h00 > 24h00Local: frente ao Casino de Monte Gordo | Monte Gordo

«Batalha de Guarda-Redes 2013»Comemorações do 8.º Aniversário da Associação Esco-linha de Guarda-Redes de Futebol Luís RodriguesData: 15 de setembroLocal: Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António (Campo Sintético)

ALCOUTIM

13 de setembro Mercado de Vaqueiros Local: Vaqueiros Hora: 09h00

21 de setembro Feira NovaLocal: Pereiro (Feira Nova)Hora: 09h00

01 de setembro II Encontro Transfronteiriço de IdososLocal: Lar e Centro de Dia de Alcoutim Hora: 16h00

13, 14 e 15 de setembro – DESTAQUE Festa de Alcoutim Local: Cais da Vila – Alcoutim

De Julho a Outubro Dinamização do Núcleo Museológico de Santa Justa Local: Santa Justa

Alcoutim, Terra de FronteiraExposição permanente pela vila de Alcoutim

Exposição “Bonecas da Flor d’Agulha”Local: Centro de Artes e Ofícios (Alcoutim)Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30

De 03 a 27 de setembro Exposição de pintura de Manda Beaching Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 18h00

De 03 a 30 de setembro Exposição de Escultura de Henrique Silva Local: Pátio da Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim) Hora: De segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 18h00

17 de setembro Palestra “Vigilância da Mama”Local: Centro Paroquial de Martim LongoHora: 18h0020 de Setembro 21hNúcleo Museológico de Santa Justa Sessão de Revitalização do Núcleo Museológico de Santa Justa dedicada aos Provérbios PopularesOrganização: Projeto Alcoutim

Inscrições abertas

O Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo António está a decorrer desde o passado dia 28 de Agosto no concelho de Vila Real de Santo António. Depois de uma interrupção de um ano está de volta esta que é uma das iniciativas culturais mais bem sucedidas no concelho. Nas suas edições anteriores, o evento tem esgotado as inscrições e os locais onde têm decorrido as eliminatórias, reunindo concor-rentes de várias regiões do país.Este ano tem lugar no Verão e integra as festas tradicionais do concelho. A primeira eliminatória integrou as Festas do São João da Degola e decorreu no dia 28 de agosto, às 22h00, junto ao Centro de Artes na Manta Rota. A segunda eliminatória disputou-se na Praça Marquês de Pombal, em VRSA, no dia 31 de Agosto e integrou as Festas em Honra de Nossa Senhora da Encarnação.A 3.ª Eliminatória tem por palco a Zona Poente do Casino de Monte Gordo, no dia 4 de setembro, também às 22h00, e faz parte da programação das Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores. Depois de ter percorrido as três freguesias do concelho, a final do concurso está marcada para o Centro Cultural António Aleixo, em VRSA, no dia 14 de setembro, às 22h00.Nas edições anteriores, grandes nomes do fado têm acompanhado este evento, como foram os casos de Alexandra, Raquel Tavares, António Pinto Basto, Teresa Tapadas, Al-Mouraria, Pedro Viola, Teresa Viola, Luís Manchita, Luís Saturnino ou Luís Moreno.O VI Concurso de Fado Amador é organizado pela Câmara Muni-cipal de Vila Real de Santo António e conta com a direção musical de Valentim Filipe. Para além dos residentes há muitos turistas adeptos deste concurso e marcam presença assídua na assistência

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22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

POESIA

Europa

Europa, com as mais belas aspiraçõesA unidade, porém seus traços esbarram

Passa pelas mais cruéis decepçõesPalavra afirmada, que outros enjeitaram

Misturar-se-ão, por meio de aliançasPois foi assim posta a questão

Dizem, fazem com honestidade e pujançaSão diferentes, nunca se entenderão

A história da Europa, é a nossa históriaOutros se esforçam, por criar esta “unidade”

Apelando a todos, por uma vitóriaNo futuro, será essa a realidade?

O conceito de modernidade, foi usadoA existência de valores, intemporaisNão há ponderação, está saturadoOu assumes compromissos, ou sais

Contudo, verifica-se a permanênciaÉpoca histórica, mas não heróica

Será que esta união é apenas aparência?Onde estão os projectos que evoca?

Manuel Tomaz

Foz de Odeleite – Terra Esquecida

Quem me dera ser mais novoPara te ajudar a crescer

Fazer de ti um lindo povoAonde te apetecesse viver.

Vejo que estás muito esquecidaSe não mesmo abandonadaApesar de seres tão querida

E tão bem localizada!

A teu favor o Guadiana, esse rioQue muito pode e te deve dar

Se houver vontade, iniciativa e brioE com a Câmara poderes contar.

Alguma coisa já foi feita? SimE o que tanto falta fazer

Depende da Câmara de Castro MarimSr. Presidente visite a Foz

E no local poderá ver.

VER O QUÊ?...

Ruas que estavam alcatroadas e agora nãoVerdadeiros regatos onde mal se pode andarNo entanto visitadas por turistas neste verão

Que linda imagem eles irão levar.

As novas ruas a lembrar as romanas antigasFeitas com pedra cá do povo

Por ela fomos levados em cantigasMas elas não nos trouxeram nada de novo.

A Foz de Odeleite e Almada D’OuroNão pertencem à mesma freguesia

As ruas de Almada D’ Ouro são um tesouroAs ruas da Foz uma porcaria.

MAS PERTENCEM AO MESMO CONCELHO

É verdade que alguma coisa já se fezDo muito que o Sr. Presidente nos prometeu fazer

Não nos abandone sem acabar de vezPorque a Foz de Odeleite isso não irá esquecer…

Relógio

O Caçador

Caças com uma espingardaQuantas peças já caçasteViste uma lebre deitada

Ela estava sossegadaMesmo assim a mataste.

Caçadores vejo tantosAndam muitos a caçar

Percorrem todos os cantosPara eles são encantos

Atirando o chumbo ao ar.

Coelhos, rolas e perdizesPodem ficar sossegados

Porque muitos aprendizesSão aquilo que tu dizes

Não acertam com os bagos.

Vê se arranjas um furãoE também um batedor

Aproveita a ocasiãoNo meio desta confusãoNão percas o teu valor.

Se és caçador afamadoMostra bem como se caçaNão sendo do teu agrado

Mas leva dinheiro guardadoPara comprar lebres na praça.

Henrique Roberto

VERÃO

Brilha o oiro das espigasque a brisa acaricia;

solta a cigarra cantigasna campestre sinfonia.

Ataca em voo picado,em bandos, a passarada,aparece em todo o ladoe a seara é dizimada.

Mas o Verão é exigente,no campo não quer ficar;vai conhecer nova gente,

desce até à beira-mar.

Desnuda-se, dá nas vistas,sobre as ondas a nadar

e, faz inveja aos banhistasao sol, a bronzear.

Erguem-se estes, das torreiras,para o Verão saudar;

perfilam-se, abrem fileiras,vai Sua Alteza a passar…

Manuel Palma

Rosário do Meu Viver

Na cidade fui felizO tempo que vivi na capital

Mas o meu coração sempre me dizComo o Baixo Guadiana não há igual

No campo fui temperadoCom o Rio Guadiana ao fundo

És o lugar mais amadoA melhor terra do mundo

Com saudades regresse à terraBaixo Guadiana onde nasci

E aqui quero morrer

Do Guadiana olho a serraRecordando o que aprendi

Desfio o rosário do meu viver.

Manuel Gomes

Meu menino dorme

A chuva cai lá fora E molha a minha dor

Vai molhando as rosas desfolhadas em florVai molhando a aldeia e a cidadeTraz-me a nostalgia da saudadeMeu menino dorme a meu peito

No teu fatinho de linhoNo teu xailinho de lã

Serás grande e importante a meu jeitoTrarás a justiça e a verdade

No homem de manhãMeu menino dorme…

IIA chuva cai lá fora

E molha o meu jardimVai molhando as flores de jasmim Vai molhando a minha rua deserta

Traz-me a nostalgia do poetaMeu menino dorme descansado

No teu berço doiradoSerás poeta ou doutor consagrado

Serás honrado e puroNo homem do futuro Meu menino dorme…

Ilda Ferreira

Page 23: Jbg setembro 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 23

EDITAIS

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIMA cargo da Adjunta de Notário

Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada hoje neste Cartório Notarial, a folhas cento e dezassete do Livro de Notas para Escri-turas Diversas número “trinta e três – D”, José Manuel Tendeiro, N.I.F. 104.625.775, e mulher Maria Ana Pereira Tendeiro, N.I.F. 192763520, casados no regime da comunhão geral, ambos naturais da fre-guesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, residentes na Rua D. João V, bloco B, r/c Dtº, Quarteira, Loulé:

Que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem dos seguin-tes prédios, todos sitos na freguesia de Martim longo, concelho de Alcoutim e inscritos na matriz cadastral em nome do justificante marido, não descritos na Conservatória de Registo Predial de Alcoutim, a que atribuem valores iguais aos patrimoniais:

a) Rústico, sito em Chaboco, composto por cultura arvense e figueiras, com a área de dezasseis mil oitocentos e oitenta metros quadrados, que

confronta do norte e poente com Maria de Jesus T.L. Cavaco, do sul com Rafael Silvestre Fernandes, do nascente com António João, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 136 da secção 052, com o valor patrimonial tributário de duzentos e oitenta e sete euros e vinte e nove cêntimos.

b) Rústico, sito em Janeiro, composto por cultura arvense, com a área de dezasseis mil cento e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com herdeiros de António Amaro Silvestre, sul com linha de água, nascente com António Henrique Cenáculo e poente com Manuel Gonçalves Rodrigues, inscrito na respetiva matriz, sob o artigo 22 da secção 069, com o valor patrimonial tributário de duzentos e trinta e quatro euros e catorze cêntimos.

c) Rústico, sito em Eiras das Cevadas, composto por cultura arvense, com a área de dez mil novecentos e sessenta metros quadrados, que con-

fronta do norte com herdeiros de Adélia Gonçalves, sul com Manuel Estêvão, nascente com Maria de Lurdes Afonso S. Fernandes e poente com herdeiros de Jorge Neves Mateus, inscrito na respetiva matriz, sob o artigo 1 da secção 070, com o valor patrimonial tributário de duzentos e oitenta e seis euros e setenta seis cêntimos.

d) Prédio rústico, sito em Chaparral, composto por cultura arvense e olival, com a área de sete mil duzentos e quarenta metros quadrados, que con-fronta do norte com António Pereira, sul com Manuel Luís Teixeira Casquilha, nascente com Agostinho Cenáculo e poente com Joaquim Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 37 da secção 070, com o valor patrimonial tributário de duzentos e cinquenta e seis euros e três cêntimos.

e) Prédio rústico, sito em Valagão, composto por cultura arvense, com a área de nove mil oitocentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte com Fernando Agostinho Lourenço Tendeiro, sul com herdeiros de Jorge Neves Mateus, nascente com Manuel Estêvão e poente com Manuel José Agos-tinho, inscrito na respetiva matriz , sob o artigo 76 da secção 070, com o valor patrimonial tributário de duzentos e trinta e seis euros e noventa e sete cêntimos.

f) Prédio rústico, sito em Cerca do Poço da Barrada, composto por cultura arvense, oliveiras, citrinos e horta, com a área de mil novecentos e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com José Fernandes da Encarnação, sul com Joaquim Rodrigues, nascente com via pública e poente com Jaime Paulino Santos, inscrito na respetiva matriz , sob o artigo 129 da secção 070, com o valor patrimonial tributário de trezentos e seis euros e cinquenta e três cêntimos.

g) Rústico, sito em Cerca do Cerro, composto por cultura arvense, com a área de quarenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel António Cavaco, sul e nascente com via pública e poente com José Fernandes da Encarnação, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 133 da secção 070, com o valor patrimonial tributário de um euro e quarenta e dois cêntimos.

h) Rústico, sito em Cerro Serrão, composto por cultura arvense e mato, com a área de onze mil e oitocentos metros quadrados, que confronta do norte com José Francisco Emídio, sul com Manuel Martins Costa, nascente com her-deiros de Maria Dias do Carmo e poente com linha de água, inscrito na respe-tiva matriz, sob o artigo 5 da secção 109, com o valor patrimonial tributário de cento e trinta euros e sessenta e seis cêntimos.

i) Rústico, sito em Barranco do Servo, composto por mato e leitos de curso de água, com a área de oito mil oitocentos e quarenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel José Cardeira, sul com linha de água, nascente com António Filipe Teixeira e poente com José António, inscrito na respetiva matriz, sob o artigo 40 da secção 110, com o valor patrimonial tributário de vinte e cinco euros e sessenta e um cêntimos.

j) Prédio rústico, sito em Barranco do Servo, composto por cultura arvense e leitos de curso de água, com a área de quarenta e três mil duzentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte e poente com herdeiros de António da Silva Guerreiro, sul e nascente com linha de água, inscrito na respetiva matriz, sob o artigo 20 da secção 127, com o valor patrimonial tri-butário de quinhentos e noventa e cinco euros e noventa e quatro cêntimos.

Que os prédios supra identificados entraram na sua posse em data impre-cisa do ano de mil novecentos e oitenta e portanto há mais de vinte anos, por compra verbal, não titulada pro escritura pública ajustada com Maria Antónia, viúva, residente na rua Trindade Coelho, número onze, rés-do-chão esquerdo, Buraca, Amadora, Manuel Augusto Machado Dias e mulher Maria Alice Neves Dias, casados sob o regime da comunhão geral, resi-dentes na rua Alfredo Roque Gameiro, número nove, sexto frente, Odivelas, Loures, Mariana de Deus Afonso Tendeiro Ferreira Coelho e marido Fernando Gabriel Ferreira Coelho, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na rua Trindade Coelho, número onze, rés-do-chão esquerdo, Buraca, Amadora e António Afonso Tendeiro e mulher Maria da Conceição Nogueira Nunes Tendeiro, casados sob o regime da comu-nhão de adquiridos, residentes em Warrawong New South Wales, Austrália.

Que no entanto desde que a mesma foi efetuada até à data, sempre eles jus-tificantes estiveram na posse e fruição dos citados imóveis ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisas exclusivamente suas, adquiridas dos anteriores pro-prietários, pagando as respetivas contribuições e impostos, fazendo sementei-ras, plantações, enfim, extraindo todas as utilidades por eles proporcionadas.

Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública conti-nua e de boa fé, adquiriram os ditos prédios por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.

Está conforme o originalCartório Notarial de Alcoutim, aos dezasseis de agosto de dois mil e treze.A Adjunta do Notário, em substituição legal,

(Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Conta:Art.º 20.º n.º 4.5.......€ 23,00São: Vinte e três euros.Conta registada sob o n.º

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro de 2013

CARTÓRIO NOTARIAL EM CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e um de Agosto de dois mil e treze foi lavrada neste Car-tório, de folhas dois a folhas três verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Vinte e Cinco - A, uma escritura de justificação, na qual Miraldina Custódia Rosa, viúva, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro, onde reside, no Pego dos Negros, contribuinte fiscal número 182 001 369, declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos localizados no Pego dos Negros, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho:

UM - Prédio urbano composto por edifício térreo, com duas divisões, destinado a arrecadação e arrumos, com a área total e de implan-tação de trinta e três metros quadrados, a confrontar a norte com Manuel Domingos Gonçalves, a sul e nascente com Custódio Afonso, e a poente com rua, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2784, com o valor patrimonial tributável, igual ao atribuído, de mil cento e vinte euros;

DOIS - Prédio urbano composto por edifício térreo, com duas divisões, destinado a arrecadação e arrumos, e logradouro, com a área total de sessenta e cinco metros quadrados, dos quais sessenta e um vírgula oitenta são de área coberta, a confrontar a norte com Manuel Domingos Gonçalves, a sul, nascente e poente com rua, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2785, com o valor patrimonial tributável, igual ao atribuído, de dois mil e noventa euros;

TRÊS - Prédio urbano composto por edifício térreo, com quatro divisões, destinado a arrecadação e arrumos, com a área total e de implantação de sessenta e quatro metros quadrados, a confrontar a norte e sul com rua, nascente com Manuel Silvestre, e a poente com Manuel Domingos, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2786, com o valor patrimonial tributável, igual ao atribuído, de dois mil cento e setenta euros.

Que declarou que os referidos prédios entraram na sua posse, ainda no estado de solteira, maior, por doação verbal e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, feita por seus pais, Manuel Rosa e Isabel Custódia, actualmente já fale-cidos, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Pego dos Negros, na dita freguesia de Odeleite.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse dos referidos prédios, utilizando-os para guarda e conservação de bens, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, enfim usufruin-do-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a justificante adquiriu os prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 21 de Agosto de 2013.

A Notária, [Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta registada sob o n.º Factura/Recibo n.º

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro de 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBALDO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES

Certifico narrativamente que, por escritura de dezasseis de Julho do ano de dois mil e treze, lavrada de folhas cinquenta e duas e seguin-tes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e dois-A, deste Cartório, MARIA DAS DORES RODRIGUES CRUZ, segundo declarou, natural da freguesia de Santa Justa, do concelho de Lisboa, divorciada, residente habitualmente na Rua da Colina, número 11, Quintinha, Charneca da Caparica, contribuinte fiscal número 139480803, justifica ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém, do prédio rústico composto de cultura arvense, mato e alfarrobeiras, com a área de treze mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, situado em Malhão, na freguesia e concelho de Castro Marim, que confronta do Norte com António Joaquim Assunção e José Joaquim Gonçal-ves, do Sul com Valentim Raposo de Campos, do Nascente com José Gonçalves Júnior e Anabela Conceição Fernandes Rodrigues, e do Poente com Rosa Rodrigues, Joaquim Madeira Caldeira e Maria José Rufino, e inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 82 da Secção BB, da freguesia de Castro Marim, que proveio do artigo 25 da mesma Secção, dada a existência de alteração superveniente, constando como titular do referido artigo matricial a ora justificante. Que, no tocante ao Registo Predial, faz parte do descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o número mil seiscentos e vinte e nove, de vinte e quatro de Abril de mil novecentos e oitenta e nove, da freguesia de Castro Marim, com registo de direito de propriedade a favor de Valentim Raposo de Campos e mulher Maria José Domingas Fernandes, casados sob o regime da comunhão geral de bens, sob a inscrição requisitada pela Apresentação vinte, de vinte e quatro de Abril de mil novecentos e oitenta e nove. -

ESTÁ CONFORME.Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos dezasseis de Julho do ano de dois mil e treze.O Notário,

(Lic. João Farinha Alves)Conta nº

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro de 2013

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quatro de Julho de dois mil e treze, de folhas cento e trinta e nove a folhas cento e quarenta e uma, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e quatro – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

MANUEL DIAS GOMES, NIF 107.418.215, natural da freguesia e concelho de Alcoutim e mulher BÁRBARA FELÍCIA REIS GOMES, NIF 175.154.597, natural da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Praceta Vila da Marinha Grande, nº 20, 2º Esq., Vila Real de Santo António, declararam:

Que casaram entre si no dia dezasseis de Março de mil novecentos e setenta e quatro e que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, todos situados na freguesia e concelho de Alcoutim e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, a saber:

a)Prédio urbano, sito em Balurcos de Baixo, composto por edifício térreo com vários compartimentos, sótão e logradouro, destinado a habitação, a confrontar do norte e poente com a via pública, do sul com Manuel Inácio e do nascente com José Cavaco, com a área total de cinquenta e dois vírgula vinte e quatro metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 2.421, com o valor patrimonial tributário atribuído de QUATRO MIL SETECENTOS E SETENTA EUROS;

b)Prédio urbano, sito em Torneiro, composto por edifício térreo, com vários compartimentos e logradouro, destinado a habitação, a con-frontar do norte com Custódio Sebastião, do sul e nascente com a via pública e do poente com Manuel Dias Gomes, com a área total de trinta e três vírgula setenta e cinco metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 2.493, com o valor patrimonial tributário e atribuído de DOIS MIL E OITENTA EUROS;

c)Prédio rústico, sito em Vale das Candeias, composto por mato, a confrontar do norte e poente com barranco, do sul com barranco e Pedro Cachopa e do nascente com herdeiros de Maria Henrique, com a área total de sete mil trezentos e vinte metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 42 da secção 096, com o valor patrimonial tributário e atribuído de VINTE E TRÊS EUROS E TREZE CÊNTIMOS;

d)Prédio rústico, sito em Casa Branca, composto por cultura arvense, a confrontar do norte com Amândio, do sul com a via pública, do nascente com Domingos Sapateiro e do poente com Custódio Galrito, com a área total de oitocentos e oitenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 80, da secção 083, com o valor patrimonial tributário e atribuído de TRINTA E QUATRO EUROS E SETE CÊNTI-MOS;

e)Prédio rústico, sito em Vale da Fonte, composto por cultura arvense, alfarrobeiras, amendoeiras e oliveiras, a confrontar do norte, do sul e do poente com Benvinda Maria Gomes e do nascente com o barranco, com a área total de dois mil e trezentos e sessenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 27, da secção 103, com o valor patrimonial tributário e atribuído de TREZENTOS E TRINTA E UM EUROS E NOVENTA E SEIS CÊNTIMOS;

Que adquiriram o prédio acima indicado em a), por lhes ter sido adjudicado em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, por partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito da tia do justificante marido, Rita Maria, que também usava Rita Maria da Palma, viúva residente que foi em Alcoutim.

Que adquiriram os restantes prédios, por lhes terem sido adjudicados em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por par-tilha amigável e verbal, nuca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito de seus pais, Emília Dias, falecida em mil novecentos e oitenta e um e marido Manuel Francisco Gomes, falecido em mil novecentos e oitenta e seis, casados que foram no regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sítio de Torneiro, Alcoutim.

Que desde essas datas possuem os prédios em nome próprio, utilizando os mesmos, fazendo as obras de conservação e reparação neces-sárias, amanhando a terra e colhendo os seus frutos, pagando os impostos e contribuições devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Que os bens têm a natureza de bens comuns do casal.Que atribuem a este acto o valor total de SETE MIL DUZENTOS E TRINTA E NOVE EUROS E DEZASSEIS CÊNTIMOS.

Tavira aos 04 de Julho de 2013A funcionária por delegação de poderes;

(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o nº 87/1)Conta registada sob o nº PAO839/2013 Factura nº 0850

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro 2013

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

PATRIMÓNIO E PSICOLOGIA

Segundo a “Lenda do Azinhal”, a renda de bilros terá nascido nesta povoação serrana, fruto de uma tragédia amorosa. Conta-se que, certo dia, ao passar por esta região, um cavaleiro livre se apaixo-nou por uma bela princesa, filha de um nobre rico que possuía muitas terras onde hoje é o Azinhal. A princesa, também ela apaixonada, exigiu ao belo cavaleiro que renunciasse aos seus ideais de liberdade, para juntos viverem o amor. Este, dividido entre os seus ideais de liberdade e a voz do coração, correu até um montado de azinheiras e cravou um punhal de ouro no coração. Em desespero, a bela princesa terá tentado entrelaçar os fios de sangue do seu amado com dois pauzinhos de

esteva, na esperança de que este voltasse a viver. Esta lenda, que, segundo a crença local, também está na origem da aldeia do Azinhal, é ilustrativa da importância que a renda de bilros – ou “a bilros” – deteve nesta localidade.

A renda de bilros teve uma grande expressão em Castro Marim e Azinhal, sem que se saiba ao certo como é que esta arte, com origem nos Países Baixos, chegou ao nosso território. Pelas ruas destas terras, era comum ouvir a melo-dia ritmada provocada pelo tilintar dos bilros que dançavam por entre os ágeis dedos das rendilheiras. De mãos hábeis saíam belos trabalhos que sustentavam a economia do lar: naperons ou apliques

para toalhas e cortinados, que, em muitos casos, enriqueciam os enxovais das rapa-rigas da terra. O saber era, tal como hoje, transmitido de mães para filhas, avós para netas, ou entre pessoas da mesma geração. Algumas começaram cedo, em tenra idade, outras mais tarde, já em idade adulta.

As rendas podem ir de um par de bilros até, por exemplo, quarenta e oito pares, dependendo do desenho e da destreza das rendilheiras. Algumas, mais expe-rientes, conseguem manusear até oito pares numa só mão.

A canastra em verga suporta o rebolo, uma almofada de forma cilíndrica forrada com uma capa em tecido, rija e cheia

de palha, para suportar os alfinetes que assinalam o final de cada ponto e segu-ram o desenho. Desta, pendem cachos de bilros, feitos em madeira de esteva ou loendro colhido nos barrancos das ribeiras. Eram talhados com um cani-vete e depois secos. Havia quem, após a cozedura, aproveitasse o calor dos fornos para os secar. Os bilros utilizados pelas rendilheiras do Azinhal e Castro Marim são longos e finos, em oposição aos bilros de Peniche ou Vila do Conde, que têm o pescoço em forma de pêra. Isto deve-se à técnica utilizada nesta zona, onde os bilros são agilmente passados de uma mão para a outra com os dedos.

As Rendas de Bilros

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

Pedro Pires Técnico de Património Cultural / Membro do CEPHA / UALg

“Pendurados na almofada, que repousa na canastra,

os bilros à desfilada formam em cada casa uma orquestra.”

Manuel Palma

A síndrome de Burnout constitui um distúrbio psíquico que se caracteriza por um sentimento muito intenso de tensão emocional. Leva a que a pessoa sinta uma sensação de esgotamento e falta de energia e de recursos emocionais pró-prios para lidar com as rotinas da prática profissional. Este desgaste profissional presente na pessoa está relacionado a uma vulnerabilidade diretamente ligada a alguns fatores como: a sua idade, o nível de escolaridade e de instrução, a falta de eficácia, instabilidade emocional, pouca resistência ao stress, o facto de ser uma pessoa com tendência para se sentir muito responsável, sem apoio social, com dificuldades em lidar com acontecimen-tos exteriores a si e com baixa capacidade para enfrentar situações difíceis, sobre-tudo a tensão no trabalho. Ocorre com mais frequência nos profissionais que têm contacto direto com o público.

A síndrome de Burnout desencadeia uma série de sintomatologia que pode variar nas diferentes pessoas. Os sinto-mas principais são: desmotivação em relação ao emprego, dificuldades de atenção e concentração, aumento do stress e ansiedade laboral, taquicardia, irritação gástrica, dificuldade respirató-ria, tremores, hipersudação, inquietude, distúrbios do sono, oscilação de humor, irritabilidade, medo de perder o controlo.

Nos casos mais graves podem surgir crises de pânico.

O Burnout possui várias etapas. Ini-cia-se com o desenvolvimento de um cansaço psicológico em que se verifica uma perda de energia e entusiasmo. Mais tarde, evolui para uma despersonalização - a pessoa dá respostas frias, monossilábi-cas, apresenta-se sem vontade e com um atendimento distante relativamente aos

clientes, aos doentes ou às pessoas com quem tem de contactar. Numa fase mais avançada da síndrome, revela ausência de realização pessoal, o trabalho não satisfaz as necessidades, passa a ser con-siderado “pesado”, pouco gratificante, é elaborado de má vontade e com a sensa-ção de que este não tem qualquer valor positivo. Além disso, a pessoa desenvolve ainda uma perceção de si própria cada vez mais negativa, perde a auto-estima

e a auto-confiança, torna-se depressiva, com tendência para o isolamento, com a sensação de desespero e de vazio desen-volvendo toda a sintomatologia referida anteriormente.

Uma vez que a pessoa perde o sentido da sua relação com o trabalho, o trata-mento deve passar pelo restabelecimento da situação laboral que foi alterada. Para isso devem-se avaliar os fatores que estão

a gerar o stress laboral e valorizar os recursos e as competências pessoais para que a pessoa possa encarar corretamente a situação conflituosa e ao mesmo tempo encontrar respostas adequadas para a enfrentar sempre com o apoio por parte da Psicologia. O acompanhamento psico-terapêutico é muito importante porque para além do referido ajuda a pessoa a encontrar outras formas de realizar o tra-balho. Na maior parte dos casos, existe

também o tratamento farmacológico. A pessoa pode ainda frequentar sessões de grupo para trocar ideias com outros, con-versar com os colegas de trabalho para que se sinta apoiada. A atividade física também é muito valorizada para alivio dos sintomas desencadeados, controlo do stress e sensação de bem-estar.

Para prevenir a doença deve-se ter uma atitude positiva em relação ao tra-

balho. Como? Mantendo a confiança em si mesmo quando ocorrem fracas-sos, desenvolver relações positivas para com colegas e para com as pessoas que se atende. Ao mesmo tempo, devem estabelecer-se prioridades entre as tare-fas e definir objetivos reais e flexíveis. Ainda, controlar o ritmo de trabalho e usufruir do tempo livre com atividades gratificantes. As responsabilidades labo-rais devem ser definidas, conhecer-se e

controlar toda a sua área de trabalho e, ao mesmo tempo, usar todos os recursos disponíveis. Procurar ajuda sempre que necessário tanto ao nível técnico como emocional, aprimorar as habilidades de relacionamento interpessoal e manter sempre uma atitude de abertura uma vez que pode ser necessário, a qualquer momento, efetuarem-se mudanças no método e ambiente de trabalho.

Fica como nota importante que deve cuidar de si, uma vez que o cuidado do outro depende do seu cuidado. Lembrar que é importante fazer parte da relação profissional com o cliente mas que esta relação não é a única. A saúde mental e física fazem parte da sua responsabili-dade e são muito importantes para um bom desempenho laboral.

Síndrome de Burnout

NEIP (Núcleo de Estudos e Investigação Psicológica) – Ana Ximenes, Catarina Cle-

mente, Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Patrícia Santos,

Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira,

Inês Morais

[email protected]/NEIP.vrsa

“ A minha vontade de dar aulas foi diminuindo e cada vez me sinto pior (…)

O simples facto de pensar em voltar à sala de aula provoca-me pavor , um medo terrível…”

Page 25: Jbg setembro 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 25

PASSATEMPOS&LAZER

Porquê comprar, quando pode adotar? Visite o canil/gatil

Intermunicipal de VRSA/Castro-Marim

O Banco de Portugal gere a Central de Responsabilidades de Crédito que é um sistema de informação, constituído por informação recebida das entidades participantes sobre responsabilidades efectivas ou potenciais decorrentes de operações de crédito e por um conjunto de serviços relativos ao seu processamento e difusão.Esta base de dados contém informação de natureza positiva e nega-tiva, isto porque todas as responsabilidades de crédito acima de 50 euros, contraídas no sistema financeiro, são comunicadas, indepen-dentemente de se encontrarem em situação regular ou em incumpri-mento.Assim, a Central de Responsabilidades contém, na grande maioria dos casos, informação de natureza positiva, que comprova o bom pagamento do cliente até à última data de reporte dessa mesma infor-mação. No caso dos devedores em situação de incumprimento, a infor-mação da Central constitui um apoio às entidades participantes e aos próprios para a sua regularização.Em suma, qualquer pessoa, seja ela singular ou colectiva, pode soli-citar o seu Mapa de Responsabilidades de crédito à Central de Res-ponsabilidades de Crédito. Este mapa contém informação sobre os montantes, as instituições que comunicaram a informação, o nível de responsabilidade, produto financeiro, prazo original, prazo residual, situação do crédito, classe de crédito vencido e, caso existam, tipo e valor de garantias associadas, bem como informação sobre declara-ções de insolvência emitidas pelos Tribunais. Caso o devedor seja um particular com crédito habitação, ao consumo ou automóvel, também contém informação sobre o valor da prestação mensal suportada.Para confirmar a informação reportada à Central pode consultar o sítio do Banco de Portugal na Internet, formular um pedido por escrito ao Banco de Portugal ou dirigir-se pessoalmente a um dos seus postos de atendimento

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

1. Portas2. Chaves3. Fechaduras4. Janelas5. Varandas6. Torneiras7. Lavatório

8. Sanita9. Bidé10.Tomadas11. Banheira12. Roupeiros13. Água14. Electricidade15. Gás16. Lareira17. (Ar) Condicionado18. Caloríferos19. Estendal

Quadratim - n.º111

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Jogo da Paciência n.º 117

Quando o Infarmed desconfia que algum medicamento tem compostos no seu fabrico que podem originar o cancro, manda imediatamente retirar esse medicamento do mercado. Os maços de tabaco sabe-se que têm 4.000 venenos que podem originar doenças, mortes e não tê a coragem de reti-rar do mercado. Isto é hipocrisia, habilidade governamental ou de rendimentos em impostos, morra quem morrer e parte do imposto gerado pelo tabaco é para aplicar na luta contra o tabagismo. Será isto verdade? Faz algum sentido? O próprio luta contra si? Quem esclarece?

Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro do aviso que «Fumar Prejudica…». DEIXE DE FUMAR garante mais saúde e poupa nos rendimentos – evita gastar cerca de 1.500 Euros/ano no mínimo, a um maço por dia. O mais sau-dável é nunca tentar querer fumar. Os vícios negativos devem evitar-se e não há nenhum vício que vença o ser humano porque só é viciado quem for fraco e destes a história não os menciona. Soluções Jogo da Paciência - n.º116

O CEFOSAP (Centro de Formação Sindi-cal e Aperfeiçoamento Profissional) vai levar a cabo nas instalações da Asso-ciação Odiana Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD). Formações na área de informática acontecem em Castro Marim e na localidade de Altura.

As tecnologias e informática estão em crescente expansão e são atual-mente ferramentas indispensáveis no dia-a-dia, sobretudo no campo laboral. Como tal a Odiana disponibiliza a sua sala de formações para oito cursos que constam no Catálogo Nacional de Qualificações na área das ciências informáticas [processador de texto e folha de cálculo– básico e funcionali-dades, cada um, hardware e tipologias de rede, administração de redes, inter-net e criação de sites web].

A sublinhar que estas ações de for-mação são dirigidas a ativos e desem-pregados e são cofinanciadas, sendo que os formandos terão direito a cer-tificado e subsídio de alimentação. A carga horária varia entre as 25h e as 50 horas nas instalações da Associa-ção Odiana em Castro Marim e/ou na localidade de Altura na antiga escola primária. Mediante o número de inscri-ções.

Para se inscrever basta aceder à ficha de inscrição (também no site da Odiana) e enviar cópia do BI, NIF, NIB, Currículo e Certificado de Habilitações de forma legível para o email da Asso-ciação Odiana: [email protected].

Para outras informações consulte o site da Odiana www.odiana.pt , con-tacte através do 281 531 171 ou ainda no facebook

A DECO INFORMA...

Cursos de Informática na Odiana

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected]/

http://associacaoguadi.blogspot.comFACEBOOK

[email protected]

«A CASA»

A Guadi agradece aos voluntários e a todos os cidadãos que contribuíram na Campanha

de Recolha de Alimentação para Animais Abandonados, realizada nos dias 29 e 30 de

Junho no supermercado Lidl em VRSA.Obrigado pela vossa solidariedade!

Susana Correia jurista

“Mapa de Responsabilidades” “Atrasei-me no pagamento de um crédito. Será que o meu nome está no Banco de

Portugal?”

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26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

Mestre Germano ficou emocionado com homenagem Mestre Germano ficou emocionado com homenagem

Torneio contou com vertente não oficial feminina

DESPORTO

A noite de 11 de Agosto foi de emo-ções no campo Francisco Gomes Socorro, o mesmo que presenciou esse fato histórico há mais de 60 anos. Germano ao pisar o relvado, agora sintético do Francisco Gomes Socorro, confidenciou, “a última vez que aqui estive o campo era pelado e estava enlameado”

Emocionado com a homenagem, referiu que ao entrar novamente no campo Francisco Gomes Socorro, foi “embargado pela nostalgia, num campo de muitas memórias” e que “não esperava o carinho da fregue-sia, do Lusitano, dos veteranos do Lusitano e de todos os presentes”, mas num misto de emoções, Ger-mano realçou que é “com grande tristeza que vê a atual situação do seu Lusitano”.

Germano, fez questão de fazer a entrega de todos os troféus, e até deu de forma simbólica o pontapé de saída da final.

Manuel do Rio, visivelmente emocionado, relatou uma das joga-das de Germano dentro das qua-tros linhas, como se de um relato radiofónico se tratasse, levando os presentes numa viagem até ao longínquo ano de 1947.

Além da grande amizade que o liga a Germano, Manuel do Rio, salientou que ”foi uma sensação indescritível regressar após tantos anos ao campo Francisco Gomes Socorro, de onde guarda grandes recordações”.

Luís Romão, presidente da Fre-guesia de Vila Real de Santo Antó-

O Torneio teve lugar no início de Agosto e contou com cerca de 45 participantes nos quatro escalões e trouxe até nós alguns dos melhores jogadores do ranking nacional de Portugal. No escalão de + 35 anos disputou-se a final entre o jogador Nuno Delfino da ATJS(nº2 do ranking nacional) que venceu Ricardo Gago do CTN Morada(nº9 do ranking Nacional) pelos parciais de 6/3 e 2/0 após desistência, numa final equili-brada que demorou cerca de 1h50m. No escalão de +45 anos disputou-se a final entre o jogador Arnold Heeren do CT Lagos(nº37 do ranking nacio-nal) que venceu Mário Rui do Carca-velos TC(nº34 do ranking nacional) pelos parciais 6/4 ; 1/6 e 10/4. No escalão de +55 anos disputou-se a final entre o jogador Marc Van Dalen do CT Lagos(nº2 do Ranking nacional) que venceu por 6/1 e 6/4

nio, ofereceu a Germano uma placa de homenagem pela sua dedicação ao Lusitano F.C., referindo que “esta foi uma homenagem bem merecida e que estava em falta.

O Lusitano Futebol Clube precisa de voltar a unir os vila-realenses e a aproximação a antigos jogadores só pode contribuir para tornar o clube mais forte ganhando com isso também a terra, que é manifesta-mente Lusitanista.”

Luís Romão afirmou também que “Mais uma vez a Junta de Freguesia conseguiu em parceria com associações locais, o caso o Lusitano F.C. e o seu núcleo de veteranos, organizar um evento de qualidade, de grande entusiasmo e sobretudo de futuro.” Concluindo que “Esperamos para o ano voltar a organizar este torneio, homena-geando outro veterano do clube e se possível envolver ainda mais associações.”

Miguel Vairinhos, Presidente do Lusitano F.C., ofereceu uma cami-sola da equipa possibilitando a Germano voltar a vestir de encar-nado com o emblema da equipa do coração.

Adérito Barrada, da equipa dos veteranos do Lusitano F.C., fez questão de realçar que “foi uma homenagem merecida a uma figura que faz parte da história do Lusi-tano e de Vila Real de Santo Antó-nio”.

Germano é a imagem daquela equipa que ao longo dos anos foi desa-parecendo, sendo sem dúvida a “alma

o jogador Raul Ferreira do VLTA(nº3 do Ranking Nacional). Na vertente de pares masculinos os irmãos Heeren venceram a dupla Mário Rui e Antó-nio Eira pelos parciais de 6/2 e 6/3, proporcionando um excelente partida de pares masculinos, que contou com

viva” de uma geração de jogadores que escreveram uma das páginas mais bonitas do Lusitano F.C. e de Vila Real

12 jogadores de todos os escalões.Este torneio contou, ainda, com

uma vertente não oficial de singula-res femininos, que teve 4 inscritas, onde foi realizado um quadro que foi vencido pela jogadora Ana Heeren na final contra Isabel Pinto do CT Faro.

de Santo António e que nunca mais será esquecida. A mística de um clube é feita com a sua história.

Contou com um ambiente muito sau-dável entre todos os jogadores que fizeram questão de salientar que foi uma das melhores provas a nível nacional que participaram, quer em infraestruturas quer na componente social, prometendo regressarem na próxima edição de 2014.

Este evento desportivo teve a par-ceria da conserveira BOM PETISCO que forneceu prémios de participação e também contou com a colaboração do restaurante Dom Petisco na Ponta da Areia que serviu todas as refeições para os atletas em prova.

Na opinião do director do Torneio, Prof. Xisto Silva, este evento despor-tivo “foi mais um êxito alcançado pela excelente organização do Clube de Ténis de Vila Real de Santo António” que contou com jogadores de várias nacionalidades e de clubes de Norte a Sul de Portugal.

Freguesia de VRSA homenageou «Mestre Germano»

Torneio de ténis em VRSA com os melhores jogadores nacionais

Futebolândia

O verão está a acabar, com ele vão acabar as filas nos supermercados, carros estacionados na horizontal, vertical ou na oblíqua, a estrada nacional 125 com intermináveis filas de trânsito, a A22 às moscas (tirando quem entra por Ayamonte, que só podem entrar por aí ou voando!) e temos o regresso do futebol para alegria dos adeptos do desporto-rei.

O Sporting neste início de campeonato devolveu a alegria aos adeptos; começo só com vitórias. Além disso tem o Bruma de volta, por isso imagino como se devem sentir os adeptos da equipa de Alvalade que já lhe tinham feito até “Vudu”. Bruma que admitiu numa entrevista regressar ao Sporting, isto depois da decisão do tribunal.

Em comunicado, o Sporting informou o jogador da seguinte forma: “Bruma, não tens que admi-tir nada, és obrigado a regressar, vens por livre e espontânea von-tade ou enviamos o leão que quase arrancou o braço ao Victor Hugo Cardinali?!” (qualquer semelhança com a realidade é quase acertar no euromilhões!).

A seleção da Sérvia... perdão... o Benfica, por sua vez sofre golos em todos os jogos. É mais fácil entrar na defesa do Benfica do que ser entrevistado pela Judite de Sousa. Começo muito tremido para quem quer chegar à final da Liga dos Cam-peões. Já dizia António Gedeão que “o sonho comanda a vida”; também Jorge Jesus sonha ser um grande treinador, mas um treinador que pensa que um golo de vantagem sobre o adversário é suficiente para vencer o jogo, dificilmente conse-guirá chegar a esse nível.

A seu favor tem a atitude no final do jogo com o Gil Vicente, distri-buindo mais beijos pelos jogadores que a Teresa Guilherme no “Big Brother VIP”, mostrando que além de beijar bem, tem coração de man-teiga.

Para finalizar, José Mourinho continua a ser polémico ao afirmar que tinha trabalhado com o verda-deiro Ronaldo, referindo-se ao joga-dor brasileiro e não ao português. Mas... Mourinho também não foi o treinador “verdadeiro” do Ronaldo brasileiro porque era o adjunto de Bobby Robson e Louis Van Gaal!...

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicaçã[email protected]

Em 1947, depois de alcançar o segundo lugar no campeonato nacional da 2ª divisão, o Lusitano fazia história ao subir ao primeiro escalão do futebol português onde permaneceu durante três épocas. Germano, o “Cavalinho” foi um dos jogadores que fez parte dessa página brilhante do Lusitano F.C. e de Vila Real de Santo António e a sua dedicação ao clube suscitou a homenagem de que foi alvo por parte da Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António, pelo núcleo de veteranos do Lusitano F.C. e o próprio clube na primeira meia-maratona Mestre Germano que decorreu nos dias 10 e 11 de agosto.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2013 | 27

DESPORTO

O treinador Bruno Carmo salienta que “80% dos alunos da escola de Alcoutim já praticam canoagem”, o que é signifi-cativo da adesão dos mais novos a esta modalidade que tem trazido muitos troféus para o concelho [ver caixa]. Os resultados que o GDA tem obtido com a prática da modalidade, bem como facto de a canoagem ter atingido a medalha de prata nos Jogos Olímpicos em 2012 são fatores que se têm mostrado deci-sivos para cativar tanto rapazes como raparigas, dando um impulso interes-sante à canoagem neste concelho do Baixo Guadiana. Aliás, os números não enganam; na temporada anterior o GDA contava com 20 jovens e este ano vai ter o dobro dos atletas.

“E não aceitámos mais inscrições porque eu estou sozinho a treinar”. Bruno Carmo identifica duas dificul-dades no GDA: a falta de recursos e o facto dos jovens quando vão estudar para a escola secundária abandonarem a modalidade. Ficam os mais novos e daí a maior aposta no escalão da for-mação que tem registado excelentes resultados.

Treinador de canoagem no GDA há 12 anos Bruno Carmo diz que “seria ideal ter mais uma pessoa na equipa para ajudar no treino”, mas reconhece as limitações financeiras do clube. A verdade é que a modalidade tem dire-

cionado os jovens nas suas escolhas, sendo que 90% quando vão para a secundária ingressam no curso de des-porto. “Era bom que esses alunos que se formam em desporto pudessem ser aproveitados para o clube”, sugere aquele responsável que não tem mãos a medir.

Canoagem cativa rapazes e raparigas

Em Alcoutim a canoagem tem cativado desde sempre os meni-nos, mas cada vez mais há meninas a praticar a moda-lidade. Elas são já na ordem dos 30%. “É como tudo, vem uma jovem e as outras seguem-na”, constata o trei-nador. Num con-celho deprimido e envelhecido a canoagem “tem contribuído para a

integração social dos jovens”, garan-te-nos o Bruno C. que lamenta que tenham sido cortadas as horas para o desporto escolar, onde a canoagem está inserida.

Outro fenómeno associado à prática desta modalidade em Alcoutim, e que o treinador felicita, é que os pais dos praticantes acompanham cada vez mais os filhos. Até ao final do ano o GDA

vai a eleições e Bruno Carmo gostaria de ver os pais dos jovens mais envolvidos nestas lides diretivas porque “sendo a direção composta por voluntários haveria uma motivação diferente para levar o clube, e a canoa-gem em particular, para a frente”, acredita este jovem de 31 anos.

Os canoístas alcoute-nejos têm na sua maioria entre os 14 e os 17 anos, sendo que as idades de praticantes compreen-dem entre os 7 e os 25 anos.

Treinos diários a partir das sete da manhã

Todos os dias o Gua-diana recebe os treinos de canoagem bem cedo, antes da ida para a escola secundária, no que diz res-

peito aos alunos mais velhos que entram no rio pelas 7 da manhã. Ao longo do dia existem vários grupos a praticar. Os cano-ístas residem nas freguesias de Alcoutim e Pereiro. “Há alunos interessados nou-tras freguesias, mas como sou eu que faço também o seu transporte torna-se impossível abrangê-los”, conta-nos este responsável que deposita grande espe-rança nos seus atletas integrados num clube que conta com o apoio financeiro do município de Alcoutim.

Bruno Carmo foi cinco vezes campeão nacional

Bruno Carmo começou a praticar canoagem em Mértola, quando a moda-lidade ainda não existia em Alcoutim. Sagrou-se cinco vezes campeão nacio-nal, levando longe o nome do Alentejo nas competições. Mas uma lesão no ombro fê-lo parar por um ano. Entre-tanto, a canoagem surgia em Alcoutim. Estávamos em 1996 e Bruno Carmo, com apenas 14 anos, foi convidado a praticar e também a auxiliar na forma-ção do GDA. No ano seguinte a canoa-gem sofreu um interregno e em 2001 recomeçou sem mais parar. Desde aí Bruno Carmo está de corpo e alma e tem demonstrado o seu trabalho com a obtenção por parte do GDA de exce-lentes resultados canoísticos.

A «Volta a Portugal de Diamante» foi a mais vista dos últimos 6 anos e con-sagrou o Galego Alejandro Marque.

Com mais de 6 milhões de teles-petadores e 300 profissionais a trabalhar diariamente para levar a todo o mundo as notícias da 75ª Volta a Portugal Liberty Seguros, as transmissões televisivas da Volta no canal publico tiveram a maior audi-ência desde 2007. Em média, cerca de 550 mil telespetadores assisti-ram a cada etapa e no final mais de 700 mil assistiram à vitória de Alejandro Marque, o colega de equipa de Samuel Caldeira, OFM/Quinta da Lixa.

O espanhol Alejandro Marque (OFM/Quinta da Lixa) venceu o contrarrelógio da penúltima etapa e chegou à liderança da 75ª Volta a Portugal Liberty Seguros. Nos 35,3 quilómetros de luta individual contra o cronómetro entre o Sabugal e a Guarda, o corredor galego gastou 49 minutos e seis segundos. No dia seguinte em Viseu só teve de cortar a meta para ser considerado o vencedor

da 75ª Volta a Portugal Liberty Segu-ros com uma vantagem de apenas 4 segundos sobre o adversário mais direto, curiosamente o compatriota, companheiro de equipa e amigo Gustavo Veloso. Trata-se da dife-rença mais escassa de sempre de um vencedor de Volta a Portugal. Para encontrar outra margem tão curta entre primeiro e segundo classificado é preciso recorrer à classificação de 2002 quando triunfou Claus Moller. O dinamarquês venceu nesse ano com 5 segundos de vantagem sobre Jon Horrach.

Ciclistas do Baixo Guadiana falam da Volta

Samuel Caldeira – «Agridoce de uma Volta Diamante» (dire-tamente do Brasil onde correu o Tour Rio Janeiro entre 28/08 e 01/09)

“A Volta a Portugal não podia ter corrido melhor paraa minha equipa, OFM/QUINTADALIXA/GOLDENTI-MES, que ganhou três etapas e fez o primeiro e segundo na geral. Muito

dificilmente se poderá melhorar, só mesmo fazendo primeiro, segundo e terceiro no próximo ano! (risos). A equipa respondeu da melhor forma a tudo que lhe foi exigindo, até mais, portanto a nível colectivo não se podia pedir melhor. A nível pessoal definiti-vamente não foi o meu ano de sorte, pois entrei logo mal no primeiro dia e foi impossível resistir no segundo dia; mas fiquei bastante feliz pelo resul-tado final de toda a equipa”.

Amaro Antunes – «Incansável lutador» da equipa Ceramica Fla-minia Fondriest

“O balanço que faço desta 75º Volta a Portugal em Bicicleta é positivo. Digo isto pois dois meses antes desta Volta, que considero bastante mais exigente que Volta de 2011, estive a infelicidade de atravessar alguns pro-blemas físicos o que me impossibili-taram de estar a 100%, mas mesmo assim tentei ao máximo dignificar a camisola que envergava. Sabia que para a geral era bastante difícil, por isso a minha ideia passou sempre por

tentar vencer uma etapa. Estive três dias seguidos em fuga, sempre com esse objectivo, mas claro todos tem duas pernas como eu e foram mais fortes, resta-me continuar a trabalhar e a acreditar...”

Ricardo Mestre – «A Volta a Portugal vista de fora»

“Este ano não fiz parte ativa da Volta e não assisti com muita regu-laridade à mesma por estar a correr outras provas com a minha equipa, mas acho que foi uma corrida seme-lhante há dos outros anos, em que a disputa foi entre as equipas portugue-sas. Pelo que me apercebi foi uma cor-rida pouca atacada, onde só a Efapel fez esse papel, mas nunca conse-guindo fazer a diferença. Em relação ao Samuel Caldeira foi uma pena os problemas que teve, pois foi, talvez, o ano que chegou mais forte, ou pelo menos o ano que mais trabalhou para isso, com estágios de altitude, e inclu-sive o ano em que chegou mais magro. Quanto ao Amaro Antunes esteve

Praticantes de canoagem em Alcoutim duplicaram em apenas um anoNo Grupo Desportivo de Alcoutim (GDA), os atletas que começaram a praticar canoagem apenas este ano terminam a temporada na primeira semana de Setembro. Nos últimos anos tem-se registado um aumento do número de jovens a entrar para a modalidade, havendo, atualmente, 40 praticantes, o que representa o dobro do ano passado.

“Volta a Portugal em Bicicleta ganhou popularidade nas Bodas de Diamante” - Samuel Caldeira, Amaro Antunes e Ricardo Mestre falam deste evento desportivo

Palmarés da canoagem pelo GDAA lista de prémios da canoagem de Alcoutim é extensa. São já 112 medalhas nacionais, mais de 50 títulos regionais individuais, 21 coletivos regionais e 14 títu-los nacionais individuais.Feitos que têm levado a vários reconhecimentos públicos e incremento nos apoios financei-ros por parte da câmara munici-pal.

Bruno Carmo treina a canoagem no Grupo Desportivo de Alcoutim há 12 anos

bem, fez uma corrida dentro daquilo que sabe fazer, ao ataque. Tenho certeza que dentro de pouco tempo será um ciclista de referência.”

Vencedores Geral:

Geral Individual: Alejandro Marque (OFM/Quinta da Lixa)

Geral da Montanha: Marcio BARBOSA (Alumínios/Antarte)

Geral Pontos: Manuel CARDOSO (Caja

Rural/Seguros RGA)

Geral Equipas: EFAPEL/GLAS-SDRIVE

Geral juventude: Vladislav GORBUNOV (Continental Team Astana)

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2013

Em mês de regresso às aulas é altura de despesa (bastante) acres-cida para fazer face à necessidade de aquisição de manuais e material escolares.Poupe no que puder. Sempre que possível adquira os livros através de trocas entre amigos, familiares ou adeptos desta prática. Verá que esta será uma medida ecológica e financeiramente van-tajosa. Pesquise sobre esta modali-dade de troca e verá que são cada vez mais as pessoas que a prati-cam.

À data de fecho do JBG estava a ter lugar o primeiro de seis Mer-cados de Gastronomia Artesanal da Eurorregião AAA (Alentejo-Algarve-Andaluzia), que vão acontecer nestas regiões entre os meses de agosto e novembro. Em Altura, no concelho de Castro Marim, estiveram entre 30 de Agosto e 1 de Setembro cerca de vinte produtores locais procedentes do Algarve, Alentejo e Andaluzia.

Os visitantes que estiverem presentes nestes mercados transfron-teiriços poderão degustar e adquirir os produtos gastronómicos mais representativos do Algarve, Alentejo e Andaluzia: chocolate, sal, compotas, produtos conservados em sal, mel, queijos, licores, bolos, pão… Uma ampla amostra da rica gastronomia da Euror-região. O mercado será configurado como uma oferta de lazer para toda a família que inclui atividades infantis e que irá reunir pequenos empresários e produtores do território fronteiriço para mostrar ao público a sua oferta gastronómica, de forma direta e sem intermediários, do produtor ao consumidor, através deste canal curto de comercialização. Os visitantes poderão desfrutar também de ateliês e atividades infantis.

O projeto dos Mercados de Gastronomia Artesanal da Eurorre-gião AAA, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e a Consejería de Presidencia e Igualdad da Junta da Andaluzia através do Programa Europeu de Cooperação Transfron-teiriça Espanha-Portugal 2007-2013, tem como objetivo apoiar as PME e negócios familiares que trabalham neste setor e promover o turismo sustentável para estas zonas e a promoção e difusão da rica gastronomia da Eurorregião.

Depois de Altura, em Ayamonte nos dias 20, 21 e 22 de setem-bro, vai realizar-se o segundo mercado e na coincidência com o Dia Europeu da Cooperação (21 de setembro de 2013), será feita uma apresentação oficial do projecto. Proximamente, serão também apresentados os mercados em Almonaster la Real (Huelva), Faro (no Algarve), Beja e Mértola (ambas no Alentejo).

Cartoon ECOdica

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Investimento de 14 milhões anunciado pelo Governo para portos do Algarve

Escola Secundária de VRSA abre em obras

Dias Medievais de Castro Marim são evento de referência nacional e internacional

Cooperação Transfronteiriça promove gastronomia artesanal